contabilidade de custos
DESCRIPTION
Contabilidade de custosTRANSCRIPT
Contabilidade de Custos I
Aula 01
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.
O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de
discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente
virtual de aprendizagem UNINOVE.
Uso consciente do papel.
Cause boa impressão, imprima menos.
Aula 01: As bases da contabilidade de custos
Objetivo: Conhecer em qual contexto histórico, social e econômico o estudo do
custo e sua mensuração se tornaram necessários; quais preocupações motivaram
os gestores a compreender, sistematizar e controlar os gastos envolvidos na
elaboração de um produto e sua importância no processo de tomadas de decisão.
Contextualização histórica
Prezado aluno, seja bem-vindo à primeira aula de nosso curso!
Grandes transformações econômicas e sociais foram observadas nos países
europeus entre os séculos XII e XVIII, com o crescimento das grandes metrópoles e
sua transformação nos principais centros de comércio e produção. Como
consequência, as migrações populacionais para as grandes cidades esvaziaram o
campo e tornaram a agricultura em opção profissional secundária.
Muitas atividades comerciais eram realizadas nas grandes cidades de forma
artesanal e por encomenda, como alfaiataria, sapataria, marcenaria, serralheria,
entre outras. Elas envolviam, geralmente, toda a família e eram realizadas em casa,
sem horário determinado para a operação nem volume determinado de produção.
A utilização de novas fontes de energia, como carvão, eletricidade e,
posteriormente, petróleo, permitiam o avanço tecnológico e o desenvolvimento de
máquinas e equipamentos produtivos que poderiam transformar a oferta artesanal
em produção em massa.
Os industriários aproveitaram a imensa mão de obra disponível ao redor para
alimentar processos produtivos que atenderiam à demanda crescente nas cidades.
Essas transformações ocorreram no período histórico chamado de Revolução
Industrial.
Homens eram escolhidos para as atividades que exigissem força braçal e,
para as outras, mulheres e crianças eram recrutadas preferencialmente por serem
consideradas subservientes e mais facilmente intimidadas.
Tais abusos refletiam em redução de custos com a mão de obra,
considerando também a inexistência de direitos trabalhistas e qualquer limite à
jornada de trabalho.
O engenheiro norte-americano Frederick Wislow Taylor iniciou os estudos dos
tempos de produção, na busca pela eliminação do desperdício e da ociosidade
operária e pela redução dos custos de produção.
Introdução à Contabilidade de Custos – origens e evolução
Como mencionado anteriormente, até a Revolução Industrial (século XVIII),
os bens eram quase todos produzidos de forma artesanal, por pessoas ou grupos de
pessoas que não se organizavam sob a forma de empresas e as informações de um
sistema de custos eram bastante simples.
Até então, a Contabilidade Financeira (ou Geral) estava estruturada para
atender, basicamente, às empresas comerciais. Nelas, os registros eram efetivados
em duas oportunidades: quando da aquisição das mercadorias, com a entrada nos
estoques e, nas vendas, estes estoques eram baixados através de uma conta de
resultado denominada Custo das Mercadorias Vendidas (CMV). O CMV era apurado
com a identificação dos estoques no início e no final do período em que se levantava
o Balanço Patrimonial. (Martins, 2003, p.19-20)
Com o surgimento das industriais, tornou-se mais complexa a apuração do
resultado e o levantamento de balanço, pois o valor de compras na empresa
comercial estava sendo substituído por uma série de valores pagos pelos fatores de
produção utilizados.
Surgiu, então, a necessidade de adaptação dos critérios de avaliação de
estoques para as indústrias, ou seja, o tratamento dado aos custos passou a ser
mais bem elaborado com o surgimento da indústria de transformação e sua atuação
em larga escala, embalada pela Revolução Industrial, quando a aquisição de
mercadorias não era destinada à venda, mas à transformação em outros produtos.
Aliado a outros fatores de produção, passou a se denominar de matéria-
prima, tendo-se voltado inicialmente para a avaliação dos estoques e determinação
do Resultado do Período e, dessa forma, ficou mais difícil para o contador
determinar o valor dos estoques.
Essa dificuldade na determinação dos custos resultou no surgimento da
Contabilidade de Custos. Com a evolução das atividades das empresas, abertura do
seu capital, globalização, necessidade de informações mais precisas e rápidas para
os dirigentes e outros usuários de informações, no sentido de se tomar atitudes e
resoluções tanto em sua operacionalização quanto no seu posicionamento junto às
atividades do mundo financeiro, passou-se a se exigir mais e melhores informações
no menor tempo possível.
As informações servem também para a tomada de decisões e não somente
para fins de determinação do resultado contábil no final de um período, tendo, a
partir daí, um caráter mais gerencial.
No que diz respeito à Decisão, por sua vez, consiste na alimentação de
informações sobre valores relevantes relativos às consequências de curto e longo
prazos sobre medidas de introdução ou corte de produtos, administração de preços
de vendas, opção de compra ou produção entre outras.
Objetivos da Contabilidade de Custos
Segundo (Megliorini, 2012, p. 3-4), as informações geradas pela
Contabilidade de Custos contribuem para:
A determinação dos custos dos insumos aplicados na produção; aplicados
nas diversas áreas que compõem uma organização.
A redução dos custos dos insumos aplicados na produção ou diversas áreas
que compõem uma organização; dos desperdícios de materiais, tempo
ocioso, etc.
O controle das operações e das atividades e elaboração de orçamentos.
A administração, auxiliando-a para tomar decisões ou resolver problemas
especiais.
A contabilidade de custos também auxilia na solução de problemas
relacionados:
Ao preço de venda.
À contribuição de cada produto ou linha de produtos para o lucro da empresa.
Ao preço mínimo de determinado produto em situações especiais e ao nível
mínimo de atividade em que o negócio passa a ser viável.
Ao gerenciamento dos custos.
Vale a pena conferir
1. Assista ao vídeo As consequências da revolução industrial – criando maravilhas.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=t-FkprvquUo>. Acesso em: 13
ago. 2013.
2. Leia o artigo: Evolução histórica da contabilidade e dos sistemas de gestão de
custos, dos autores Ewerson Moraes da Silva e Myriam Becho Mota. Disponível em:
<http://www.iepg.unifei.edu.br/edson/artigosconginter04.htm>. Acesso em: 13 ago.
2013.
Caro aluno, não se esqueça...
Está na hora de acessar o AVA e resolver os exercícios elaborados para esta
aula! Verifique seus conhecimentos e reforce seu aprendizado! Em caso de dúvida,
discuta-ás no Fórum com os colegas e com o professor... Bom estudo!
* O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência
para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado.
REFERÊNCIAS
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
MEGLIORINI, Evandir. Análise e Gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall
Brasil, 2012.
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso Básico Gerencial de Custos. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2005.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos Fácil. São Paulo: Saraiva, 2002.
SHANK, John K. A Revolução dos Custos. Rio de Janeiro: Campus. 1997.
Contabilidade de Custos I Aula 02
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.
O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de
discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente
virtual de aprendizagem UNINOVE.
Uso consciente do papel.
Cause boa impressão, imprima menos.
Aula 02: Terminologia contábil básica
Objetivo: Conhecer a terminologia adequada à Contabilidade de Custos.
Termos fundamentais
Caro aluno, seja bem-vindo a 2ª aula! Já vimos que as transformações
econômicas e sociais ocorridas entre os séculos XII e XVIII trouxeram modificações,
como o crescimento das metrópoles e esvaziamento do campo, o surgimento dos
processos produtivos e a necessidade de compreensão dos gastos (custos).
O estudo na área dos custos de todo e qualquer processo produtivo envolverá
especialmente a compreensão de como os diferentes gastos ocorrem; o que motiva
sua ocorrência; como podem e devem ser quantificados; são periódicos (ocorrem
regularmente) ou eventuais (ocorrem raramente)? O controle destes gastos
necessitará, fundamentalmente, do entendimento de todos estes aspectos. Dessa
forma, inicialmente, é indispensável conhecer os termos utilizados no estudo dos
custos e sua sistemática. A seguir, tomaremos conhecimento dos principais termos
utilizados:
Ativo: são os diversos recursos à disposição de uma empresa e por ela
controlados, adquiridos de fornecedores (materiais, componentes,
embalagens), financiadores (máquinas, equipamentos, instalações, bens
duráveis), colaboradores (mão de obra), investidores (empréstimos de curto
ou longo prazo) e dos sócios formadores da empresa (capital social). A
utilização destes diferentes recursos cria expectativas de benefícios
econômicos futuros, com a geração de fluxos de caixa. Alguns destes
recursos serão direcionados ao processo produtivo, os quais serão alocados,
portanto, à unidade fabril (fábrica) e contribuirão diretamente aos objetivos da
empresa. Outros recursos serão utilizados nos demais departamentos e
colaborarão indiretamente aos objetivos da empresa.
Ativos
Gasto: este termo representa os compromissos financeiros (dívidas)
assumidos pela empresa na aquisição de recursos que serão consumidos no
processo produtivo da fábrica (empresa industrial), mercadorias a serem
revendidas (empresa comercial); recursos para a realização de serviços;
recursos a serem consumidos no ambiente de administração e comercial.
Gastos
Custo: este termo representa o conjunto de recursos consumidos para que a
operação de uma empresa se efetive. Desta forma, ele corresponde aos
recursos que alimentam o processo de elaboração de um produto (empresa
industrial), aos recursos do processo de revenda de mercadorias (empresa
comercial) e aos recursos necessários para a realização da prestação de
serviços (empresa prestadora de serviços).
Diferentes Segmentos
Despesa: ao contrário do custo, que ocorre especificamente no consumo de
recursos para efetivação da operação de uma empresa (industrial, comercial
ou prestadora), as despesas representam recursos consumidos com as
atividades dos outros departamentos que indiretamente colaboram com os
objetivos da empresa (Recursos Humanos, CPD, Contabilidade/ Financeiro,
Comercial). Os recursos necessários para efetivar a venda de produtos já
elaborados, como transporte, propaganda, comissões e logística, também
pertencem à categoria das Despesas.
Investimento: os diversos recursos a serem utilizados na realização da
operação da empresa como materiais, equipamentos, ferramental,
mercadorias ou veículos são considerados investimentos desde o momento
em que são adquiridos até serem enviados ao processo produtivo. Deste
momento em diante, serão considerados custos.
Perda: é caracterizado pelo consumo anormal de recursos (gasto com mão
de obra durante um período de greve), involuntário (perdas de instalações,
móveis e utensílios ou imóveis em incêndios ou inundações) ou ineficiências
do processo produtivo (desperdício de materiais). Quando as perdas são
reconhecidas na demonstração do resultado, elas são geralmente
demonstradas separadamente, pois sua divulgação é útil para fins de tomada
de decisões econômicas.
Perdas
Desembolso: é o consumo de recursos financeiros para o efetivo pagamento
pela aquisição de materiais diversos, equipamentos, mão de obra, entre
outros.
Pagamento
Caro aluno, atenção! Vamos acompanhar um exemplo prático envolvendo os
elementos apresentados:
Consideramos a compra de uma matéria-prima, a qual, em si (à vista ou a
prazo), é um gasto. Ao abastecer o estoque de matéria-prima, temos um
investimento (pois o material ficará estocado até que seja requisitado para consumo,
isto é, aplicado na produção de um bem). Ao requisitá-lo ao estoque e aplicá-lo na
produção, temos a ocorrência do custo. Ao concluir o produto e estocá-lo para
venda, temos novamente um investimento no estoque (estoque de produtos
acabados). Para realizar a venda do produto, os gastos incorridos serão
considerados despesas, bem como os gastos incorridos na administração da
empresa.
Assim, os custos são a parcela do gasto ligado à produção, como mão de
obra da área fabril (a mão de obra compreende qualquer funcionário de uma
empresa que trabalhe no processo de fabricação ou em funções administrativas da
divisão fabril. O custo da mão de obra corresponde à somatória dos gastos com
salários e encargos sociais), matéria-prima (a matéria-prima compreende os
materiais usados no processo de fabricação, transformados em produtos), aluguéis
de prédios da fábrica, depreciação de máquinas e instalações fabris, energia elétrica
consumida na fábrica etc. Despesa é a parcela do gasto não ligado à produção,
como mão de obra dos departamentos de administração e de vendas, comissões de
vendedores, aluguéis de escritórios, depreciação de móveis e utensílios,
manutenção e depreciação dos prédios administrativos etc.
Prezado aluno, este é o momento de reforçar os conhecimentos adquiridos
nesta aula! Desenvolva os exercícios disponibilizados na plataforma AVA e
concretize seu aprendizado. Se suas dúvidas persistirem, não se esqueça de
compartilhar com o professor. Até a próxima aula!
* O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência
para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado.
REFERÊNCIAS
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso Básico Gerencial de Custos. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2005.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos Fácil. São Paulo: Saraiva 2002.
SHANK, John K. A Revolução dos Custos. Rio de Janeiro: Campus. 1997.
Contabilidade de Custos I
Aula 03
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.
O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de
discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente
virtual de aprendizagem UNINOVE.
Uso consciente do papel.
Cause boa impressão, imprima menos.
Aula 03: Princípios de Contabilidade aplicados à Contabilidade de
Custos
Objetivo: Compreender a essência dos padrões e normas contidos nos princípios
de Contabilidade.
Prezado aluno, olá! Os estudos desenvolvidos na área de custos, como em
qualquer outra área da Contabilidade, possuem caráter científico e precisam,
portanto, obedecer a padrões e normas que deverão ser seguidos e respeitados por
todos que desenvolverem tais estudos.
Princípios de Contabilidade
O respeito e a observância aos princípios de Contabilidade asseguram a
uniformidade de procedimentos aplicados por todas as empresas sobre seus ativos
e passivos, em consonância ao entendimento predominante pelos estudiosos da
Contabilidade nos âmbitos científico e profissional.
Princípio da Entidade
Conforme o CFC, Resolução 750/93:
O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. (CFC, 1993)
A Contabilidade observará os fatos exclusivamente relacionados ao
patrimônio (recursos adquiridos e dívidas assumidas) da empresa, tendo como
finalidade analisar, avaliar e controlar estes recursos colocados à disposição da
empresa, providenciar os pagamentos aos financiadores e fornecedores destes
recursos, e apurar o resultado observado do confronto entre gastos e ganhos da
empresa, periodicamente. Dessa forma, recursos e dívidas pessoais de seus sócios
não devem ser confundidos com os da empresa. Deve ser mantida uma completa
separação entre os patrimônios pessoal e empresarial.
Princípio da continuidade
Segundo o CFC, em sua Resolução 1282/2010, “O Princípio da Continuidade
pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a
mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta
circunstância.” (CFC, 2010)
A empresa é formada em dado momento sem uma perspectiva definitiva de
sua duração, portanto, com ânimo de permanência. Por estar dissociada, em
princípio, das pessoas de seus donos (sócios), a empresa deverá permanecer e
seguir ativa depois que estes não mais existirem.
Princípio da Oportunidade
De acordo com o CFC, Resolução 1282/2010, “O Princípio da Oportunidade
refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes
patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.” (CFC, 2010)
Todas as informações, para se tornarem úteis à tomada de decisão dos
gestores, devem estar completas e à disposição destes gestores a tempo da decisão
ser tomada. Para tanto, o processo de mensuração e apresentação dos
componentes patrimoniais deve ser feito com cuidado.
Princípio do Registro pelo Valor Original
Conforme o CFC, Resolução 1282/2010, “O Princípio do Registro pelo Valor
Original determina que os componentes do patrimônio devam ser inicialmente
registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.”
(CFC, 2010)
As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e
combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:
Custo histórico: os ativos são registrados pelos valores pagos, a serem
pagos em caixa, equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que
são entregues para adquiri-los na data da aquisição.
Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos
em troca da obrigação ou em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa
ou equivalentes de caixa, que serão necessários para liquidar o passivo no
curso normal das operações.
Variação do custo histórico: uma vez integrados ao patrimônio, os
componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações
decorrentes de diferentes fatores.
* O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência
para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado.
Princípio da Competência
Segundo o CFC, Resolução 1282/2010:
O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas. (CFC, 2010).
Este é o princípio que melhor caracteriza o pensamento contábil, dando-lhe
forma e dinâmica próprias. Deve-se separar um fato contábil de sua consequência
futura, pagamento ou recebimento, registrando este fato agora, no ato de sua
ocorrência.
Certamente existe a preocupação ou a probabilidade de uma compra ou uma
venda, por motivos inesperados e ocorridos posteriormente, acabem por não serem
pagas ou recebidas como deveriam. Essa preocupação não deve prevalecer, pois se
esperássemos pela definição do pagamento ou recebimento para registrar um fato
contábil, estaríamos mudando-o de sua posição correta, transportando-o para o
futuro.
O resultado (diferença entre gastos e ganhos do período) deve ser
considerado neste período, e não no próximo.
Princípio da Prudência
De acordo com o CFC, na Resolução 750/93:
O Princípio da Prudência determina a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. (CFC, 1993)
Este princípio se aplica a fatos contábeis cuja mensuração de valor não é
precisa inicialmente e se definirá posteriormente, como retornos de investimentos e
aplicações, pagamento de indenizações ou direitos trabalhistas e ações judiciais
envolvendo impostos a receber ou pagar.
Para evitar que recebimentos futuros sejam superestimados e pagamentos
futuros, subestimados, o princípio prevê que se considere um valor provavelmente
maior para os pagamentos e um valor provavelmente menor para os recebimentos.
Prezado aluno, acesse agora a plataforma AVA para realizar os exercícios de
fixação deste conteúdo. Exercite bastante! Participe também do fórum e compartilhe
suas opiniões com o grupo de estudos.
* O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência
para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado.
REFERÊNCIAS
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE — CFC. Resolução CFC Nº 1282/10.
Disponível em:
<http://www.crcsp.org.br/portal_novo/legislacao_contabil/resolucoes/Res1282.htm>.
Acesso em: 13 ago. 2013.
______. Princípios Fundamentais da Contabilidade – Resolução CFC nº 750/93.
Brasília: CFC, 1993
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso Básico de Contabilidade de Custos. 2 ed. São
Paulo: Atlas, 2002.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso Básico Gerencial de Custos. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2005.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
STARK, José Antonio. Contabilidade de Custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2007.
Contabilidade de Custos I
Aula 04
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.
O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de
discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente
virtual de aprendizagem UNINOVE.
Uso consciente do papel.
Cause boa impressão, imprima menos.
Aula 04: Classificação de custos – Fixos e Variáveis
Objetivo: Discutir a classificação de custos: fixos e variáveis.
Olá, prezado aluno! O consumo de diferentes recursos, ocorrido na realização
do processo produtivo e ao qual denominamos genericamente de “custo”, subdivide-
se em duas importantes categorias: Fixos (ocorrem apesar do volume produzido) e
Variáveis (acompanham este volume proporcionalmente).
A relação entre os custos e o volume de produção
Vamos imaginar o espaço delimitado de uma unidade fabril (fábrica). Em seu
interior, o processo produtivo se desenvolve normalmente e, em suas rotinas diárias,
são consumidos diferentes recursos como matérias-primas, materiais secundários,
mão de obra, lubrificantes, energia elétrica, solventes, embalagens e água, entre
outros.
Também não podemos nos esquecer de que o trabalho do gerente de
produção, o seguro da fábrica, o aluguel do espaço desta área de produção e o
IPTU desta mesma área são gastos necessários para garantir que todos os dias o
processo produtivo possa ser realizado.
Para que a gestão do consumo destes recursos (custos) seja eficaz e alcance
os resultados desejados, eles deverão ser compreendidos e classificados sob
aspectos especiais. Na verdade, os aspectos podem ser vários e de diversa
complexidade. Nesta aula, o aspecto a ser estudado é a relação dos custos e o
volume de produção.
De início, é curioso saber e importante considerar que determinado item de
custo, diante do aumento ou redução da produção, pode se comportar de forma
diferente a outro item. Devemos compreender que, quanto ao comportamento em
diferentes níveis de produção, os diversos itens de custo são classificados em:
Custos fixos: estão normalmente relacionados à estrutura operacional que
necessitou ser montada pela empresa e sobre a qual os trabalhadores
transformarão materiais e outros insumos em produtos. Exemplos destes
custos são:
o Aluguel da área de produção ou das máquinas produtivas.
o IPTU da área da fábrica.
o Seguro da área da fábrica.
o Valor das máquinas (se foram adquiridas, e não alugadas).
o Salários administrativos da produção.
Com relação ao volume de produção, estes custos são considerados fixos
pelo fato de que, produzindo muito, pouco ou nada, eles deverão ser
pagos integralmente a quem os forneceu à empresa. Dessa forma, não
acompanham o volume de produção praticado, permanecendo seus valores
inalterados quando as vendas aumentarem ou diminuírem.
Custos variáveis: estão, normalmente, relacionados ao produto a ser
elaborado, possibilitando sua materialização. Exemplos destes custos são:
o Matérias-primas.
o Materiais secundários.
o Mão de Obra Direta (MOD).
o Energia elétrica das máquinas.
o Embalagens.
Estes custos são assim denominados uma vez que, ao contrário dos custos
fixos, acompanharão proporcionalmente aumentos ou reduções dos volumes
de produção. Um volume maior de produção consumirá mais MOD, materiais,
energia elétrica, etc. Quando o volume de produção diminuir, será requisitada
menos MOD e menos materiais.
Custos semivariáveis: são os elementos de custos que possuem, em seu
valor, uma parcela fixa e outra variável, isto é, têm um comportamento de
custo fixo até certo momento e, depois, se comportam como custo variável.
Como exemplos, temos energia elétrica e água.
Quando não há utilização desses, recursos ou o consumo fica abaixo de um
valor mínimo estipulado pelas companhias de fornecimento de energia e de
água, paga-se uma taxa fixa (custo fixo). À medida que a utilização desses
recursos cresce, com o aumento da produção, o valor da conta se eleva
(custo variável).
Custos semifixos: são assim denominados os classificados como fixos, mas
que se alteram em decorrência de mudanças na capacidade de produção
instalada.
Prezado aluno, neste momento do curso é importante reforçar os conceitos
aprendidos! É aconselhável refazer a leitura do texto e dos termos aprendidos nesta
aula. Em seguida, desenvolva as atividades previstas para este conteúdo, que estão
disponíveis na plataforma AVA.
* O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR
Code de sua preferência para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o
plugin Flash instalado.
REFERÊNCIAS
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso Básico de Contabilidade de Custos. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 2002.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
MEGLIORINI, Evandir. Análise e Gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall
Brasil, 2012.
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso Básico Gerencial de Custos. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2005.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
SHANK, John K. A Revolução dos Custos. Rio de Janeiro: Campus. 1997.
STARK, José Antonio. Contabilidade de Custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2007.
Contabilidade de Custos I Aula 05
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente virtual de aprendizagem UNINOVE. Uso consciente do papel. Cause boa impressão, imprima menos.
Aula 05: Classificação de custos – Diretos e indiretos Objetivo: Distinguir os itens de custo que são facilmente quantificados por unidade
produzida de outros, cuja quantificação é mais complexa.
Os itens de custo são classificados quanto à participação por unidade
produzida, categorizados em diretos e indiretos.
Na aula anterior, vimos que os diferentes custos ocorridos em um processo
produtivo estão basicamente divididos em dois grandes grupos: aqueles que
compõem a estrutura sobre a qual o processo produtivo será realizado, contando
com os recursos necessários (máquinas e equipamentos, ferramentas, espaço
físico, instalações, gestores acompanhando a produção); e os custos necessários
para a materialização do próprio produto (matérias-primas, materiais secundários,
embalagem, MOD, energia elétrica, água).
Foi observado na aula passada que, quando relacionados ao volume de produção, os diferentes custos se dividirão em variáveis (acompanham o volume
de produção) ou fixos (não acompanham o volume de produção).
Outro aspecto de grande importância para a análise destes diferentes custos
é a sua relação com a unidade produzida. O significado desta relação é que a
participação de alguns custos na unidade produzida por ser quantificada. Para
outros itens de custo, esta participação é imprecisa, solicitando mais atenção dos
gestores. Para essas informações mais claras estas, suponha a seguinte situação:
Uma empresa industrial que fabrica calçados deverá comprar: couro, cola, cadarços,
embalagem, palmilhas, solados e verniz, além de gastar com a MOD, e a energia
elétrica das máquinas. Conhecendo o modelo a ser fabricado, é possível quantificar
precisamente o consumo de:
• Couro para o par (1 metro, hipoteticamente).
• Duas palmilhas.
• Dois cadarços.
• Dois solados.
• Dois saltos.
Por outro lado, a quantidade exata de verniz, cola ou mesmo energia elétrica
consumidos para a elaboração de apenas um par tende a ser imprecisa. Desta
forma, a participação de alguns custos por unidade produzida (alocação) pode ser
facilmente quantificada, diferentemente de a participação de outros custos.
• Quanto aos produtos fabricados: para alocar os custos aos produtos, eles são
classificados em custos diretos e indiretos.
Diferenciação entre custos diretos e custos indiretos
Custos diretos: são aqueles que podem ser apropriados diretamente, ou
seja, claramente quantificados à unidade do produto fabricado porque há uma
medida objetiva de seu consumo nessa fabricação. Como os seguintes materiais
diretos:
• Matéria-prima: são os “materiais brutos” que normalmente sofrem
transformação, sendo cortados, serrados, tingidos ou cozidos durante um
processo produtivo tais como tecidos, couro, madeira, ferro, argila ou
alimentos. Geralmente representam a base principal do produto a ser
elaborado.
• Materiais secundários: são elementos comprados prontos (produzidos por
outras empresas fornecedoras) e adicionados aos produtos que estão sendo
elaborados em nosso processo, como: zíper, botão, cadarço, parafusos,
dobradiças, palmilhas, puxadores etc.
• Embalagens: são necessárias para proteger, conservar, transportar e estocar
os produtos; contem informações de manuseio ou consumo, promove a
marca da empresa/ produto ou ainda é necessária para destacar a
participações em ações de responsabilidade social/ ecológica da empresa
(Selo da Abrinq, instituto Airton Senna, SOS Mata Atlântica, AACD etc.).
• Mão de obra direta: trata-se dos custos utilizados diretamente na produção
que a empresa teve com os trabalhadores; ela deve computar, além dos
salários propriamente ditos, os benefícios e os encargos trabalhistas.
Sabendo-se quanto tempo cada trabalhador atuou em determinado produto e
o preço da mão de obra, é possível apropriá-la diretamente do produto final.
Custos indiretos: este grupo é formado pelos custos que não podem ser
apropriados diretamente ao produto, ou seja, cuja participação não pode ser
claramente quantificada à unidade do produto fabricado. Não existe uma medida
objetiva de seu consumo na fabricação. Essa dificuldade de mensuração provocará
a definição e a utilização de um critério de rateio (item a ser estudado nos próximos
conteúdos). Como:
• Material indireto: empregado nas atividades da produção e cujo consumo
atende à área completa de produção, seus diferentes departamentos e às
diversas etapas sem ser apropriado objetivamente a nenhum deles, como o
material de limpeza, o material utilizado na manutenção dos equipamentos, a
graxa, os lubrificante, o combustível, entre outros.
• Mão de obra indireta: trabalho de direção, supervisão ou gerenciamento das
tarefas produtivas realizadas na área de produção ou dos departamentos de
suporte à produção: salário do diretor de produção, do gerente e do
supervisor de produção, salário do pessoal do almoxarifado, do vigia da
fábrica, do faxineiro etc.
• Outros gastos: água, energia elétrica, telefone, aluguel, imposto predial,
seguros etc.
* O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado.
REFERÊNCIAS
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso Básico de Contabilidade de Custos. 2 ed. São
Paulo: Atlas, 2002.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso Básico Gerencial de Custos. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2005.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos Fácil. São Paulo: Saraiva, 2002.
______ Contabilidade de Custos. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
STARK, José Antonio. Contabilidade de Custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2007.
Contabilidade de Custos I Aula 06
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.
O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de
discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente
virtual de aprendizagem UNINOVE.
Uso consciente do papel.
Cause boa impressão, imprima menos.
Aula 06: Terminologias dos custos de produção
Objetivo: Distinguir e expor as terminologias adequadas e sua utilização correta
para a análise eficaz dos fatores relacionados aos custos de produção e à sua
gestão.
Boa aula!
Estoques
Os estoques representam uma categoria especial de ativos circulantes
(recursos que apresentam grande movimentação sendo reduzidos e aumentados
constantemente dentro do período de 360 dias, ou seja, no Curto Prazo). Esses
ativos (materiais ou componentes) estão diretamente relacionados à operação fim
da empresa, sendo transformados em produto (empresa industrial) ou revendidos
(empresa comercial). Os estoques serão subdivididos basicamente entre três
etapas:
Estoque de materiais
Corresponde à área de entrada das matérias-primas ou materiais secundários
adquiridos nas compras efetuadas dos fornecedores da empresa. Devido ao fato de
tais compras conterem impostos obrigatórios na sua comercialização, sua entrada
deverá ser efetuada pelo valor líquido. No conteúdo da aula 7, será explicado como
determinar esse valor. Os materiais permanecerão neste estoque até o momento da
requisição para a produção.
Estoque em elaboração
No momento da requisição, os materiais são enviados para a elaboração
onde serão adicionados de Mão de Obra Direta (MOD) e de outros gastos de
produção. Essa elaboração poderá se desdobrar em várias etapas, percorrendo
diferentes departamentos produtivos, até que o produto esteja finalizado (acabado).
Estoque de acabados
Uma vez finalizado, o produto será encaminhado ao estoque de acabados, de
onde saiu pela ocasião das vendas. No estoque de produtos acabados, o valor de
cada unidade representa seu custo total final, o qual, no momento de sua saída pela
venda, passará a ser denominado Custo do Produto Vendido (CPV).
Custo primário ou custo direto
Este termo corresponde ao grupo de custos que podemos relacionar a um
produto imediatamente, antes de qualquer outro gasto do processo produtivo que
posteriormente também deverão ser considerados. Este grupo segue descrito a
seguir exatamente como explicado na aula 5:
Materiais diretos:
a) Matéria-prima: são os “materiais brutos” que normalmente sofrem
transformação, sendo cortados, serrados, tingidos ou cozidos durante um
processo produtivo tais como tecidos, couro, madeira, ferro, argila ou
alimentos. Geralmente, representam a base principal do produto a ser
elaborado.
b) Materiais secundários: são elementos comprados prontos (produzidos por
outras empresas fornecedoras) e adicionados aos produtos que estão sendo
elaborados em nosso processo, como: zíper, botão, cadarço, parafusos,
dobradiças, palmilhas, puxadores etc.
c) Embalagens: são necessárias para proteger, conservar, transportar, estocar,
conter informações de manuseio ou consumo, promover a marca da empresa/
produto ou ainda para destacar participações em ações de responsabilidade
social/ ecológica da empresa, por exemplo: Selo da Abrinq, instituto Airton
Senna, SOS Mata Atlântica, AACD etc.
Mão de obra direta: trata-se dos custos com os trabalhadores utilizados
diretamente na produção, computando, além dos salários propriamente ditos,
também os benefícios e encargos trabalhistas. Sabendo-se quanto tempo
cada um trabalhou no produto e o preço da mão de obra, é possível apropriá-
la diretamente ao produto.
Custo primário ou direto = Material direto + Mão de obra direta
(MD) (MOD)
Custo de conversão ou transformação
Os custos de transformação de estoques incluem os custos diretamente
relacionados às unidades produzidas ou às linhas de produção, como pode ser o
caso da mão de obra direta. Também incluem a alocação sistemática de custos
indiretos de produção, fixos e variáveis, que sejam incorridos para transformar os
materiais em produtos acabados.
Custo transformação = Mão de obra direta + Custos indiretos de fabricação
(MOD) (CIF)
Os custos indiretos de produção fixos são aqueles que permanecem
relativamente constantes, independentemente do volume de produção, tais como a
depreciação e a manutenção de edifícios e instalações fabris, máquinas e
equipamentos e os custos de administração da fábrica. Os custos indiretos de
produção variáveis são aqueles que variam diretamente, ou quase diretamente, com
o volume de produção, tais como materiais indiretos e certos tipos de mão de obra
indireta.
Custo de produção do período
São os mesmos grupos de custos explicados acima, porém quando
delimitados a um determinado período de tempo. Sua composição é:
Material direto + Mão de obra direta +
Custos indiretos
indireto de
fabricação
=
Custos de produção do
período
(MD) (MOD) (CIF) (CPP)
Material direto: matéria-prima; materiais secundários (cujo valor compense
apropriá-los diretamente ao produto); material de embalagem.
Mão de obra direta: gasto com mão de obra diretamente apropriáveis ao
produto.
CIF: demais gastos de fabricação. São conhecidos também como Gastos
Gerais de Fabricação.
Custo da produção acabada (CPA)
É a soma dos custos contidos na produção acabada (finalizada) em
determinado período. Pode conter custos de produção de diversos períodos
anteriores, mas, em unidades que só foram completadas no presente período.
Custos dos produtos vendidos (CPV)
Do total dos produtos acabados (finalizados) em um determinado período,
somente a quantidade efetivamente vendida, considerada pelo seu valor total de
elaboração, será denominada CPV. Logicamente, as unidades acabadas que ainda
permanecerem no estoque por algum tempo, somente serão consideradas CPV na
próxima saída de estoque quando, então, forem realmente vendidas.
Acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem e acompanhe no material
complementar um exemplo descritivo das etapas citadas nesta aula.
* O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência
para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado.
Prezado aluno, é importante participar das atividades como o fórum. Suas
dúvidas e opiniões devem ser compartilhadas com seu professor tutor e com os
demais colegas da turma!
Agora que você já estudou esta aula. Resolva os exercícios e verifique seu
conhecimento. Caso fique com dúvidas, leve a questão ao Fórum e divida com seus
colegas e professor.
* O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência
para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado.
REFERÊNCIAS
BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3 ed. São Paulo: McGraw
Hill, 2007.
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 2 ed. São
Paulo: Atlas, 2002.
HORNGREN, Charles T.; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, William O. Contabilidade
gerencial. 12 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.
MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall
Brasil, 2012.
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2005.
STARK, José Antonio. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2007.
Contabilidade de Custos I
Aula 07
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.
O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de
discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente
virtual de aprendizagem UNINOVE.
Uso consciente do papel.
Cause boa impressão, imprima menos.
Aula 07: Materiais diretos – Parte I
Objetivo: Conhecer os procedimentos de contabilização dos materiais diretos na
ocasião de sua aquisição; identificar os impostos inclusos nas compras e determinar
o valor de entradas dos materiais no estoque.
Caro aluno, seja bem-vindo à sétima aula do nosso curso. Boa aula!
Revendo os conceitos
Como explicado na quinta aula, os materiais diretos pertencem à categoria
dos custos cuja participação na unidade produzida pode ser claramente quantificada
(custos diretos). Existe, portanto, uma medida objetiva de seu consumo no processo
de fabricação. Também aprendemos lá que os materiais podem se apresentar em
basicamente três subgrupos:
Matéria-prima: são os “materiais brutos” que normalmente sofrem
transformação, sendo cortados, serrados, tingidos ou cozidos durante um
processo produtivo. Exemplos: tecidos, couro, madeira, ferro, argila e
alimentos. Geralmente representam a base principal do produto a ser
elaborado.
Materiais secundários: são elementos comprados prontos (produzidos por
outras empresas fornecedoras) e adicionados ao que está sendo elaborados
em nosso processo, como zíper, botão, cadarço, parafusos, dobradiças,
palmilhas, puxadores, etc.
Embalagens: são necessárias para proteger, conservar, transportar, estocar,
conter informações de manuseio ou consumo, promover a marca da
empresa/produto ou, ainda, destacar participações em ações de
responsabilidade social/ecológica da empresa (selo da Abrinq, instituto Airton
Senna, SOS Mata Atlântica, AACD, etc.).
Podem ser: primárias, como latas, garrafa, sachê, pacote, vidro e
secundárias, como caixa de papelão ou engradado de madeira.
Custo do material direto adquirido
Os materiais diretos são recursos necessários para a alimentação do
processo produtivo, sendo rotineiramente adquiridos, pela empresa, de seus
diversos fornecedores. Tais fornecedores, no papel de agentes externos, provedores
de recursos que são, incluem em seu preço de venda não apenas o valor dos
materiais vendidos, mas também outros gastos necessários à operação da
venda, como transporte, seguro e manuseio. Além disso, outros valores deverão ser
adicionados ao preço de venda, em obediência às leis de comercialização: os
impostos.
Os materiais diretos adquiridos dos fornecedores devem inicialmente ser
destinados ao seu respectivo estoque, no caso, o de materiais, onde serão
adequadamente controlados quanto a sua entrada, envio à produção, reposição ou
mesmo devolução parcial. O controle rigoroso efetuado neste estoque refletirá no
valor dos materiais que comporão o custo da unidade produzida.
Neste momento, alguns questionamentos devem ser observados:
Qual deve ser o valor correto do registro da entrada desses materiais no
estoque? Saiba que alguns dos valores componentes do preço da nossa compra
(preço de venda do fornecedor) devem ser desconsiderados na entrada do estoque!
Quais deverão, então, ser considerados? Se ocorrerem vantagens que
facilitem a negociação, como descontos comerciais, abatimentos e outros itens
semelhantes, eles deverão ser deduzidos na determinação do custo de aquisição?
Os impostos (IPI, ICMS, PIS e COFINS) devem, normalmente, ser excluídos
do valor da compra dos materiais diretos (valor total da nota fiscal) antes do registro
de entrada no estoque. Tal exclusão dependerá de os impostos serem recuperáveis:
se não o forem, não deverão ser excluídos, passando a fazer parte do custo do
material.
Observação:
Todos os gastos incorridos no sentido de disponibilizar o material direto para
o uso na produção fazem parte do seu custo.
Se o comprador tem de retirar o material no fornecedor e arcar com os
gastos de transportes e seguro, estes devem ser incorporados ao custo do
material.
Os gastos com armazenagem, recepção e vigilância também devem ser
incorporados aos custos dos materiais.
Exemplo 1: No caso da compra de 10 000kg de matéria-prima a prazo, de
acordo com os dados a seguir:
Valor do material direto R$ 300 000,00
(+) IPI R$ 30 000,00
Valor total da nota fiscal R$ 330 000,00
ICMS R$ 54 000,00
PIS R$ 4 950,00
Cofins R$ 22 800,00
O valor de entrada no estoque do material direto será:
Valor da Nota Fiscal R$ 330 000,00
( - ) IPI R$ 30 000,00
( - ) ICMS R$ 54 000,00
( - ) PIS R$ 4 950,00
( - ) Cofins R$ 22 800,00
Custo de aquisição R$ 218 250,00
O lançamento de contabilização da nota fiscal será:
D - Estoque de matéria-prima 218 250,00
D - IPI a recuperar 30 000,00
D - ICMS a recuperar 54 000,00
D - PIS a recuperar 4 950,00
D - Cofins a recuperar 22 800,00
C - Fornecedores 330 000,00
O registro nos razonetes será:
Estoque de materiais IPI a recuperar ICMS a recuperar Fornecedores
218.250,00 30.000,00 54.000,00 330.000,00
PIS a recuperar COFINS a recuperar
4.950,00 22.800,00
Observação: os mesmos procedimentos são aplicáveis à compra de material
secundário e embalagens.
Exemplo 2: calculando o custo do material, considerando que os tributos IPI,
PIS e Cofins não são recuperáveis:
Total da Nota Fiscal R$ 330 000,00
( - ) ICMS R$ 54 000,00
Custo de aquisição R$ 276 000,00
O lançamento de contabilização da nota fiscal será:
D - Estoque de matéria-prima 276 000,00
D - ICMS a recuperar 54 000,00
C - Fornecedores 330 000,00
Estoque de materiais IPI a recuperar Fornecedores
276.000,00 54.000,00 330.000,00
Acesse a plataforma AVA e para fazer o download do texto explicativo Análise
prática, que está disponível como Material complementar.
* O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência para acessar
esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado.
Caro aluno, não se esqueça! Está na hora de resolver os exercícios
elaborados para esta aula. Verifique seus conhecimentos e reforce seu aprendizado!
Somente a exercitação poderá ajudar a conquistá-lo. Bom estudo!
* O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência para acessar
esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado.
REFERÊNCIAS
BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3 ed. São Paulo: McGraw
Hill, 2007.
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 2002.
MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall
Brasil, 2012.
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2005.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de custos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
SHANK, John K. A revolução dos custos. Rio de Janeiro: Campus, 2007.
WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade gerencial. 2.
ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.
Contabilidade de Custos I Aula 08
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.
O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de
discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente
virtual de aprendizagem UNINOVE.
Uso consciente do papel.
Cause boa impressão, imprima menos.
Aula 08: Materiais diretos – Parte II
Objetivo: Compreender os mecanismos de controle e avaliação dos estoques da
empresa e sua influência na determinação no valor do custo e consequentemente
sobre o resultado apurado; conhecer os métodos PEPS (Primeiro que Entra,
Primeiro que Sai), UEPS (Último que Entra, Primeiro que Sai) e CMP (Custo Médio
Ponderado).
Olá, caro aluno!
Métodos de avaliação dos estoques
Prezado aluno, nesta aula trataremos de um elemento de importância central
nas discussões sobre custos: o estoque. Inicialmente, é importante considerar que
uma empresa, ao longo de suas rotinas operacionais, comprará várias unidades
(materiais, mercadorias ou componentes) em períodos diferentes e pagando preços
diferentes (mais barato ou mais caro a cada momento), mas não consumirá esses
recursos na mesma proporção. Assim, elas acabam se misturando no almoxarifado.
Surgem então diversos questionamentos: Qual é o valor de custo das unidades que
estão sendo enviadas à elaboração? Qual o valor das unidades que ainda
permanecem no estoque? Devemos considerar o valor das mais caras ou mais das
mais baratas? Para atribuir custo às unidades consumidas, usamos os mesmos
critérios utilizados pela Contabilidade Financeira, a saber:
Sistema de inventário permanente.
Sistema de inventário periódico.
Método de avaliação de estoque - PEPS (primeiro a entrar e primeiro a sair).
Método de avaliação de estoque - UEPS (último a entrar e primeiro a sair).
Custo médio ponderado.
Sistema de inventário periódico
Este sistema é aplicado quando a empresa não mantém um controle de
acompanhamento contínuo (ao longo dos dias, semanas e meses) dos estoques por
meio de fichas de estoque. A informação dos valores consumidos só poderá ser
obtida após o procedimento de contagem dessas fichas, que ocorrerá por ocasião
do Balanço Patrimonial e posterior avaliação de acordo com os critérios legais. O
consumo é calculado por uma fórmula, a qual é válida para qualquer item do
estoque.
Pensemos que hipoteticamente determinada empresa apresenta os seguintes
dados:
Inventário físico realizado em 31/12/x1: 100.000 kg de matéria-prima avaliada
em R$200.000,00.
Compras líquidas realizadas durante o ano X1: 900.000 kg de matéria-prima
no valor de R$1.800.000,00.
Inventário físico realizado em 31/12/x2: 200.000 Kg avaliados em
R$400.000,00.
Calculando o consumo de matéria-prima do período, teremos:
Quantidade (Kg) Valor (R$)
Estoque Inicial 100.000 200.000
( + ) Entradas Líquidas 900.000 1.800.000
( - ) Estoque Final (200.000) (400.000)
Consumo de matéria-prima 800.000 1.600.000
Consumo de Material Direto = Estoque Inicial + Entradas Líquidas – Estoque Final
Sendo assim, o custo da matéria-prima consumida foi de R$1.600.000,00; ou
seja, R$2,00 por quilo.
Inventário permanente
No sistema de inventário permanente, ao contrário do item anterior, será
realizado o controle contínuo dos estoques por meio de fichas de estoque (planilhas
eletrônicas dinâmicas). As informações sobre o CPV (Custo dos Produtos Vendidos)
e do remanescente no estoque (Estoque Final) podem ser calculadas e fornecidas a
qualquer momento pela Contabilidade. A contagem física ainda será realizada;
porém, para atender a solicitações dos procedimentos de auditoria e controle
interno, o controle físico e contábil será feito pela ficha de estoque (tanto no
Almoxarifado como na Contabilidade).
Métodos de avaliação de estoque
Como já mencionado, as entradas que ocorrem rotineiramente no estoque de
uma empresa, com o propósito de alimentar regularmente suas operações, ocorrem
normalmente em momentos diferentes e valores de compra variados. Esses valores
de compra diferentes entre si irão, portanto, influenciar o valor das saídas desse
estoque em direção à elaboração e definir a base do cálculo para o custeio do
Material Direto aplicado na produção. Para tanto, há três sistemas de custeio dos
estoques:
PEPS – Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair
Por este método, as compras são organizadas pela sua ordem de entrada,
lote a lote, refletindo o valor de sua aquisição. Na ocasião do envio à elaboração, a
saída do estoque seguirá a mesma ordem de entrada, obedecendo ao critério de
que os primeiros produtos a entrar, também serão os primeiros a sair, assumindo os
valores originais de compra.
Exemplo:
Em 01/0x compra de 100 unidades a R$ 10,00 cada.
Dia 10/0x compra de 100 unidades a R$ 20,00 cada.
Dia 15/0x envio à elaboração de 50 unidades.
Neste caso, o custo utilizado será o da primeira entrada, ou seja:
UEPS – Último a Entrar, Primeiro a Sair
Semelhante ao PEPS, por este método, as compras são organizadas pela
sua ordem de entrada, lote a lote, refletindo o valor de sua aquisição. Entretanto, na
ocasião do envio à elaboração, a saída do estoque seguirá a ordem inversa à da
entrada, obedecendo ao critério de que os últimos produtos a entrar, serão os
primeiros a sair, assumindo os valores originais de compra. Utilizando o mesmo
exemplo numérico anterior, teríamos:
Entrada Saída Saldo
Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total
01 100 10,00 1.000,00 100 10,00 1.000,00
10 100 20,00 2.000,00 100 100 200
10,00 20,00
1.000,00 2.000,00 3.000,00
15 50 10,00 500,00 50 100 150
10,00 20,00
500,00 2.000,00 2.500,00
Entrada Saída Saldo
Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total
01 100 10,00 1.000,00 100 10,00 1.000,00
10 100 20,00 2.000,00 100 100 200
10,00 20,00
1.000,00 2.000,00 3.000,00
15 50 20,00 1.000,00 100 50 150
10,00 20,00
1.000,00 1.000,00 2.000,00
Custo Médio Ponderado
Este método é amplamente utilizado pelas empresas e de forma diferenciada
a PEPS e UEPS, não registra separadamente os lotes comprados pela ordem de
sua entrada. Esses lotes são acumulados à medida que entram no estoque, tanto
em termos de unidades quanto de valores totais, sendo o valor unitário de estoque,
determinado pela divisão do valor total em estoque pelas unidades totais em
estoque. Essa forma de determinar o custo unitário representa o aspecto que
diferencia o CMP em especial, por considerar que o custo unitário deva ser
atualizado e nivelado à entrada de cada novo lote de compras. Ocorre, portanto,
uma transferência de custo a cada atualização.
Utilizando ainda o exemplo numérico anterior, teríamos:
Caro aluno, até mais! Estude bastante e realize as exercitações reservadas
para você no AVA. Mantenha sua comunicação com os demais colegas e com o
professor! Não deixe de compartilhar opiniões e discussões no Fórum, ok? Até a
próxima aula!
* O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência
para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado.
REFERÊNCIAS
BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3 ed. São Paulo: McGraw
Hill, 2007.
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 2 ed.São
Paulo: Atlas, 2002.
MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall
Brasil, 2012.
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2005.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de custos. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
STARK, José Antonio. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2007.
Contabilidade de Custos I Aula 09
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.
O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de
discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente
virtual de aprendizagem UNINOVE.
Uso consciente do papel.
Cause boa impressão, imprima menos.
Aula 09: Mão de obra
Objetivo: Conceituar e diferenciar o trabalho desenvolvido pelos profissionais
diretamente envolvidos com os processos produtivos do trabalho daqueles que
apenas o acompanham e administram; quantificar os elementos de custo do
trabalhador mensalista, horista e os encargos trabalhistas previstos em lei.
Olá, caro aluno!
Conceito de Mão de Obra Direta (MOD)
Representa o custo relativo ao trabalho desempenhado pelos funcionários
que atuam diretamente na transformação dos materiais e outros insumos em
produto, operando máquinas e equipamentos, operando ferramental, embalando os
produtos, efetuando o trânsito de materiais entre os estoques, entre outras
atividades.
Seu custo corresponde aos salários dos funcionários acrescidos dos encargos
sociais e trabalhistas, além dos benefícios.
Diferença entre a mão de obra direta e a Mão de Obra Indireta (MOI)
Quando um trabalhador opera determinada máquina ou equipamento, em que
é produzido apenas um tipo de produto de cada vez, o trabalho deste operário será
considerado como MOD; ao contrário, se um funcionário opera uma máquina em
que são fabricados vários produtos, quantificar as parcelas desta mão de obra, no
custo de cada diferente produto, torna-se uma tarefa mais complexa.
Sendo possível medir o tempo de produção de cada produto por meio de
controles precisos, determinando com exatidão quanto da mão de obra deve ser
direcionado por diferente produto, então ela será considerada direta. No entanto,
caso não existam esses controles e se torne necessário utilizar qualquer critério de
rateio para apropriá-la aos produtos, ela será considerada MOI (também será assim
considerada em caso de ociosidade normal).
Vamos observar o exemplo a seguir:
Supondo que um empregado seja contratado por um salário de R$8,10 por
hora, ele deverá receber um salário mensal equivalente a 220 horas. Isso
estará de acordo com a legislação brasileira, embora ele seja horista.
Suponha que ele trabalhe na produção 190 horas por mês e fique 30 horas
ocioso, aguardando, por causa de um defeito ocorrido no equipamento, ou
que nessas 30 horas tenha ajudado na manutenção elétrica da fábrica.
A folha de pagamento discriminará um salário mensal para ele de R$1 782,00
(220h x R$8,10), mas para a Contabilidade de Custos, esses R$1 782,00
estão divididos em R$1 539,00 de MOD (190h x R$8,10) e R$243,00 de MOI
(30 h x R$8,10).
Categorias de funcionários: mensalistas e horistas
De acordo com a legislação brasileira, a jornada de trabalho a ser cumprida
pelos empregados não deve ultrapassar a 8 horas diárias e 44 horas semanais,
entretanto, são previstos outros tipos de jornada de trabalho com duração de tempo
menor, consideradas jornadas especiais.
A remuneração dos funcionários compreende todo o valor pago pelo
empregador em decorrência da contraprestação de serviços. Compõem essa
remuneração: o salário contratual acrescido de horas extras, adicional noturno,
adicionais de periculosidade e de insalubridade, descanso semanal remunerado
(para funcionários horistas), prêmios por assiduidade e outras vantagens recebidas
pelo empregado durante a vigência do contrato de trabalho.
São duas as principais categorias de funcionários:
Mensalistas (com valor do salário fixado por mês): em um mês completo
de contraprestação de serviços, o funcionário mensalista recebe um salário
correspondente a 30 dias (independentemente do número de dias do mês),
acrescido de horas extras, prêmio por assiduidade, etc.
Normalmente, esse modo é utilizado para os funcionários que trabalham na
parte administrativa da empresa, como Contabilidade, Departamento
Comercial (exceto as comissões) e Departamento Financeiro.
Horistas (com valor do salário fixado por hora): em um mês completo de
contraprestação de serviços, os funcionários horistas terão sua remuneração
composta pelo salário referente ao número de horas comparecidas no mês
acrescido do descanso semanal remunerado e feriados, perfazendo o número
de dias do mês, aos quais são somados as horas extras, adicionais de
periculosidades, etc.
O salário horário é utilizado predominantemente para pagamento dos
funcionários que trabalham no processo produtivo e pode se referir tanto à
mão de obra direta como à indireta.
Encargos sociais e trabalhistas
Os encargos sociais e trabalhistas correspondem aos gastos da empresa com
o funcionário além do salário. Tratam-se de conquistas asseguradas por lei,
provenientes de acordo sindical ou negociação com a própria empresa.
Alguns encargos são concentrados em determinada época do ano, como 13º
salário e as férias, ou ocorrem em situações específicas, como a multa do FGTS,
que deve ser paga em casos de dispensa sem justa causa.
O custo da mão de obra não é formado apenas pelo salário pago ao
empregado, mas será também acrescido destes encargos. Para o cálculo do custo
da mão de obra, é necessário determinar quais são as incidências sociais e
trabalhistas.
A seguir, serão apresentados os encargos básicos e os critérios para calcular
cada um deles. Entretanto, cabe ressaltar que não compreendem todas as situações
possíveis, pois cada empresa ou atividade tem suas próprias características de
composição de custos.
Exemplo:
Previdência Social (INSS) 20,0%
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) 8,0%
Salário-Educação 2,5%
SESI, SESC 1,5%
SENAI, SENAC 1,0%
INCRA 0,2%
SEBRAE 0,6%
Seguro contra Acidentes do Trabalho (SAT) até... 3,0%
TOTAL 36,80%
Cálculo do custo do salário-hora para o horista
Suponha que um operário seja contratado a R$100,00 por hora. A jornada
máxima de trabalho permitida pela Constituição brasileira é de 44 horas semanais
(sem considerar horas extras). Supondo, ainda, que ele trabalhe de segunda a
sábado, a jornada máxima diária será de:
44 horas ÷ 6 dias = 7,3333 horas (equivalem a 7 horas e 20 minutos)
Dessa forma, podemos estimar o número máximo de horas que um
trabalhador pode oferecer à empresa:
Número total de dias por ano 365 dias
( - ) Descanso Semanal Remunerado (DSR) * 48 dias
( - ) Férias 30 dias
( - ) Feriados 12 dias
( = ) Numero máximo de dias à disposição do empregador 275 dias
( x ) jornada máxima diária ( em horas ) 7,3333 horas
( = ) Número máximo de horas à disposição, por ano: 2 016,67 horas
( * ) deduzidas quatro semanas já computadas nas férias
No cálculo dos dias trabalhados, devem ser contados efetivamente os dias
em um calendário para obter as informações corretas. Deve-se observar, também,
que se ocorrer um feriado em um domingo, não pode ser considerado como feriado,
pois já esta computado pelo dia da semana. Da mesma forma, do descanso
semanal remunerado, devem ser deduzidas as quatro semanas já computadas nas
férias.
A remuneração anual desse empregado será:
Salários: 2.016,67 horas x R$ 100,00 201 667
DSR: 48 d x 7,3333 h = 352 h x R$100,00 201 667
Férias: 30 d x 7,3333 h = 220 h x R$ 100,00 22 000
13º Salário: 220 h x R$ 100,00 22 000
Adicional Constitucional de Férias (1/3 de “c”) 7 333
Feriados: 12 d x 7,3333 h = 88 h x R$ 100,00 8 800
Total 297 000
Sobre esse total, o empregador será obrigado a recolher os seguintes
encargos: FGTS, INSS, Salário-Educação, INCRA, SESI ou SESC, SENAI ou
SENAC, SEBRAE e SAT, perfazendo um total de 36,80%. Assim, o custo total anual
para o empregador será:
R$297 000 x 1,3680= R$406 296
E o custo do salário-hora, será:
R$406 296 2 016,67 horas = R$201,47
Os encargos sociais e trabalhistas mínimos provocaram, então, um acréscimo
de 101,47 % sobre o salário-hora contratado.
Considere que o exemplo apresentado é básico, pois não estão sendo
computados outros gastos, como tempo de dispensa durante o aviso-prévio,
indenização compensatória ou multa do FGTS na dispensa, faltas abonadas, PIS, e
também se computou a jornada máxima permitida de 44 horas semanais. Nesse
exemplo, a empresa deverá atribuir a taxa de R$201,47 por hora trabalhada, e não
os R$100,00 contratuais.
Observação: para determinar exatamente o quanto cada empregado da
produção (MOD) trabalhou por dia e em quais produtos, normalmente a empresa
possui ferramentas que possibilitem este apontamento, como sistemas de relógio de
ponto, cartão de apontamento e relógios automáticos de início e término de ordens.
Prezado aluno, é importante rever os cálculos deste conteúdo para uma
fixação adequada das informações. É indispensável exercitar continuamente para
garantir seu aprendizado!
* O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência
para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado.
REFERÊNCIAS
BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3. ed. São Paulo: McGraw
Hill, 2007.
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 2002.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall
Brasil, 2012.
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2005.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de custos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
STARK, José Antonio. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2007.
Contabilidade de Custos I
Aula 10
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.
O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de
discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente
virtual de aprendizagem UNINOVE.
Uso consciente do papel.
Cause boa impressão, imprima menos.
Aula 10: Custos indiretos de fabricação – parte I
Objetivo: Conhecer os custos indiretos de fabricação e identificar suas
características; proceder a sua distribuição aos diferentes produtos por meio da
utilização dos critérios de rateio; determinar as características de um critério de
rateio.
Custos indiretos de fabricação
Prezado aluno, olá!
Como visto anteriormente, os custos indiretos representam um grupo formado
por aqueles custos que não podem ser apropriados diretamente ao produto, ou seja,
cuja participação não pode ser claramente quantificada à unidade do produto
fabricado. Não existe uma medida objetiva de seu consumo na fabricação. Esta
dificuldade de mensuração provocará a definição e utilização de um critério de
rateio, item a ser estudado nesta aula.
Também foi visto anteriormente que podemos dividir os custos indiretos em
três grupos, a saber:
Material indireto: empregado nas atividades da produção e cujo consumo
atende à área completa de produção, seus diferentes deptos e às diversas
etapas sem ser apropriado objetivamente a nenhum deles: material de
limpeza, material utilizado na manutenção dos equipamentos, graxa,
lubrificante, combustível, entre outros.
Mão de obra indireta: trabalho de direção, supervisão ou gerenciamento das
tarefas produtivas realizadas na área de produção ou dos deptos de suporte à
produção: salário do diretor, gerente e supervisor de produção, salário do
pessoal do almoxarifado, do vigia da fábrica, do faxineiro etc.
Outros gastos: água, energia elétrica, telefone, aluguel, imposto predial,
seguros etc.
Rateio dos custos indiretos de fabricação
Os estudos e pesquisas desenvolvidos na área de custos ao longo das
décadas têm com objetivo principal permitir a identificação do real gasto ocorrido
para se elaborar um determinado produto. A correta identificação do custo de um
produto é condição indispensável para sua gestão estratégica, a qual buscará
garantir a competitividade do produto no mercado, garantir a produtividade (menor
custo X maior resultado) e evitar desperdícios no processo produtivo. É
indispensável considerar que:
A definição do custo de um produto representa o ponto de partida para a
elaboração do seu preço de venda.
O cálculo errado do custo resulta na elaboração incorreta do preço de venda.
Um preço de venda superestimado (a maior) ameaça a competitividade do
produto.
Um preço de venda subestimado (a menor) ameaça o retorno (resultado) do
produto.
Neste sentido, a distribuição incorreta de um item de custo indireto entre
diferentes produtos acarretará distorções no valor final dos seus respectivos custos
e, consequentemente, prejudicará o retorno no resultado de um, tanto quanto a
competitividade de outro. Surge então o desafio de encontrar a melhor forma de
distribuição destes custos. Esta distribuição é denominada genericamente de
rateio1.
Esta distribuição deve, por sua vez, estar fundamentada em algum aspecto,
característica ou diferenciação que exista entre os produtos, que nos leve a supor
uma proporcionalidade diferenciada na distribuição do item de custos entre eles.
Exemplo 1:
Suponha que na área de produção anterior, a qual compreende 200m2, 3
produtos são elaborados. Esta área é alugada pelo valor mensal de R$ 6.000,00.
Quanto, em relação ao valor deste aluguel, deve ser considerado ao custo de cada
produto? Seria incorreto simplesmente dividir este valor por 3 (6.000,00 ÷ 3 =
2.000,00), uma vez que cada produto ocupa espaços diferenciados da área de
produção e, portanto, tem aproveitamento diferenciado do aluguel pago.
Considerando estes aspectos, a melhor distribuição seria:
Como é possível observar, o custo indireto correspondente ao valor do
aluguel pago é distribuído proporcionalmente ao percentualmente do
aproveitamento de cada produto sobre a área total de produção. Esta
distribuição em função de m2 da área representa um critério de rateio2.
Produto M2 Aproveitamento Aluguel
X 105 52,5% 3.150,00
Y 65 32,5% 1.950,00
Z 30 15,0% 900,00
Total 200 100,0% 6.000,00
Exemplo 2: determinada empresa produz três diferentes produtos: X, Y e Z.
As informações sobre os custos diretos e critérios de rateio dos custos indiretos são
os seguintes:
Custos Diretos
Produtos Materiais MOD
X 155.000,00 47.000,00
Y 147.000,00 22.000,00
Z 93.000,00 21.000,00
Total 395.000,00 90.000,00
Critérios de Rateio – Custos Indiretos
Produto Área ocupada (m2) Aproveitamento
X 105 52,5%
Y 65 32,5%
Z 30 15,0%
Total 200 100,0%
Produto Unidades Produzidas Volume Produzido
X 28.000 53,8%
Y 15.500 29,8%
Z 8.500 16,4%
Total 52.000 100,0%
Mão de obra indireta (salários dos gestores da produção), energia elétrica e
depreciação serão distribuídas pelos percentuais de volume produzido. Aluguel,
IPTU e seguros, pelos percentuais de aproveitamento da área de produção.
Mapa de Custos
105m2 65m2 30m2 200m2
Produto X Produto Y Produto Z
Diretos
Materiais 155.000,00 147.000,00 93.000,00 395.000,00
Mão de obra direta 47.000,00 22.000,00 21.000,00 90.000,00
Indiretos
Mão de obra indireta 78.750,00 48.750,00 22.500,00 150.000,00
Energia elétrica 2.625,00 1.625,00 750,00 5.000,00
Depreciação 10.500,00 6.500,00 3.000,00 20.000,00
Aluguel 3.228,00 1.788,00 984,00 6.000,00
IPTU 807,00 447,00 246,00 1.500,00
Seguro 1.614,00 894,00 492,00 3.000,00
Total 299.524,00 229.004,00 141.972,00
28.000 15.500 8.500 52.000
Custo Total Unitário 10,70 14,77 16,70
Exemplo de bases utilizadas:
Unidades produzidas.
Horas de MOD.
Horas de uso direto das máquinas.
Valor (custo) da MOD.
Matéria-prima consumida.
Horas diretas de serviços prestados.
QWH – hora (energia elétrica) ou HP.
M³ de ar comprimido.
Número de funcionários.
Saiba mais
Rateio1: é um artifício empregado para distribuir os custos que não conseguimos
identificar diretamente com os produtos.
Critério de rateio2: é a base utilizada para a distribuição dos custos, ou seja, é o
fator pelo qual nós vamos dividir os CIF’s.
* O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência
para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado.
REFERÊNCIAS
BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3. ed. São Paulo: McGraw
Hill, 2007.
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 2002.
HORNGREN, Charles T.; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, William O. Contabilidade
gerencial. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.
MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall
Brasil, 2012.
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2005.
STARK, José Antonio. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2007.
WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade gerencial. 2.
ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.
Contabilidade de Custos I
Aula 11
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.
O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de
discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente
virtual de aprendizagem UNINOVE.
Uso consciente do papel.
Cause boa impressão, imprima menos.
Aula 11: Custos indiretos de fabricação – parte II
Objetivo: Reforçar os conceitos de gestão dos custos indiretos com uma
exemplificação.
Caros alunos, olá! Na aula anterior vimos que a gestão dos custos indiretos
de fabricação exige maior detalhamento quanto a sua distribuição entre diferentes
produtos.
Considere os seguintes dados apresentados, referentes à “Companhia
Uninove”:
CONTAS SALDOS (em R$)
Compra Líquidas de matérias-primas 180.000,00
Mão de obra direta 90.000,00
Mão de obra indireta 45.000,00
Materiais diversos consumidos na fábrica 60.000,00
Depreciação dos equipamentos de produção 3.000,00
Depreciação dos equipamentos de entrega 1.500,00
Despesas de vendas 6.600,00
Despesas administrativas 27.000,00
Despesas financeiras 3.900,00
Caixa 22.500,00
Duplicatas a receber 37.500,00
Equipamentos de entrega 15.000,00
Depreciação acumulada – equipamento de entrega 1.500,00
Equipamentos de produção 30.000,00
Depreciação acumulada – equipamento de produção 3.000,00
Fornecedores 15.000,00
Empréstimos a Pagar (curto prazo) 22.500,00
Financiamento a Pagar (longo prazo) 22.500,00
Capital Social 225.000,00
Receita de Vendas 232.500,00
Dados adicionais:
A empresa fabricou os produtos A, B e C nas seguintes quantidades:
Produtos A = 50.000 kg, Produto B = 30.000 kg e Produto C = 20.000 kg.
O consumo de matéria-prima, por produto, foi: Produto A – R$52.500, Produto
B – R$31.500 e Produto C – R$21.000.
O valor da mão de obra do período, por produto, foi: Produto A – R$28.125,
Produto B – R$33.750 e Produto C – R$28.125.
Os custos indiretos são alocados proporcionalmente à quantidade produzida.
Não havia estoques iniciais.
O estoque final de matérias-primas foi avaliado em R$ 75.000.
O estoque final de produtos em elaboração era igual a 30% do custo da
produção do período (CPP).
O estoque final de produtos acabados era igual a 25% do custo da produção
acabada (CPA).
Do valor total das vendas, 50% foi do produto A, 30% do produto B e 20% do
produto C.
Etapas da resolução do cálculo
Calcular o consumo de matéria-prima do período, considerando uso comum
pelos três produtos.
Efetuar o rateio dos custos indiretos de fabricação.
Determinar o custo de produção do período de cada produto.
Elaborar a demonstração de resultados e o balanço patrimonial.
1º passo: apropriação dos custos diretos aos produtos
Produto A Produto B Produto C Total
Matéria-prima (a) 52.500 31.500 21.000 105.000
Mão de obra direta (b) 28.125 33.750 28.125 90.000
TOTAL 80.625 65.250 49.125 195.000
Consumo de matéria-prima = Estoque Inicial + Compras Líquidas - Estoque
Final
Consumo de matéria-prima = 0 + 180.000 - 75.000 = 105.000
2º Passo: apropriação dos custos indiretos aos produtos, mediante rateio
Mão de obra indireta
Produtos Base de rateio Taxa de rateio Custos Indiretos de
Fabricação
A 50.000 50% 22.500
B 30.000 30% 13.500
C 20.000 20% 9.000
Total 100.000 100% 45.000
Materiais diversos consumidos na fábrica
Produtos Base de rateio Taxa de rateio Custos Indiretos de
Fabricação
A 50.000 50% 30.000
B 30.000 30% 18.000
C 20.000 20% 12.000
Total 100.000 100% 60.000
Depreciação – equipamentos de produção
Produtos Base de rateio Taxa de rateio Custos Indiretos de
Fabricação
A 50.000 50% 1.500
B 30.000 30% 900
C 20.000 20% 600
Total 100.000 100% 3.000
3º Passo: Determinação do custo de produção do período, do custo da
produção acabado e do custo dos produtos vendidos
DADOS/CONTAS PRODUTO
A PRODUTO
B PRODUTO
C TOTAL
Consumo de matéria-prima 52.500 31.500 21.000 105.000
Mão de obra direta 28.125 33.750 28.125 90.000
CUSTO DIRETO TOTAL (1) 80.625 65.250 49.125 195.000
Mão de obra indireta 22.500 13.500 9.000 45.000
Materiais diversos Consumidos na Fábrica
30.000 18.000 12.000 60.000
Depreciação - Equipamentos de Produção
1.500 900 600 3.000
CUSTOS INDIRETOS TOTAIS (2) 54.000 32.400 21.600 108.000
CUSTO DA PRODUÇÃO DO PERÍODO (CPP) (1) + (2)
134.625 97.650 70.725 303.000
(+) E.I. de Produtos em Elaboração - - - -
( - ) E.F. de Produtos em Elaboração (40.387,50) (29.295) (21.217,50) (90.900)
CUSTO DA PRODUÇÃO ACABADA (CPA)
94.237,50 68.355 49.507,50 212.100
(+) E.I. de Produtos Acabados - - - -
( - ) E.F. de Produtos Acabados 23.559,38 17.088,75 12.376,87 53.025
CUSTO DA PRODUÇÃO VENDIDA (CPV)
70.678,12 51.266,25 37.130,63 159.075
Demonstração de resultados do período
Demonstração do Resultado (em R$)
Produto A Produto B Produto C Total
Receita de Vendas 116.250,00 69.750,00 46.500,00 232.500,00
( - ) Custo dos Produtos Vendidos
(70.678,12) (51.266,25) (37.130,63) (159.075,00)
Lucro Bruto 45.571,88 18.483,75 9.369,37 73.425,00
( - ) Despesas (39.000,00)
Resultado Líquido do Período 34.425,00
Prezado aluno! O presente exemplo será continuado na aula 12. Nela
seguiremos com a contabilização destes fatos contábeis além da elaboração do
balanço patrimonial e da demonstração do resultado do exercício.
Não deixe de exercitar as atividades disponibilizadas na plataforma AVA. Até
mais!
* O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência
para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado.
REFERÊNCIAS
BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3. ed. São Paulo: McGraw
Hill, 2007.
HORNGREN, Charles T.; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, William O. Contabilidade
gerencial. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.
MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall
Brasil, 2012.
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2005.
SHANK, John K. A revolução dos custos. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
STARK, José Antonio. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2007.
WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade gerencial. 2.
ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.
Contabilidade de Custos I
Aula 12
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.
O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de
discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente
virtual de aprendizagem UNINOVE.
Uso consciente do papel.
Cause boa impressão, imprima menos.
Aula 12: Contabilização dos custos
Objetivo: Complementar às contabilizações, elaborar o balanço patrimonial e a
demonstração do resultado do exercício.
Sejam bem-vindos, caros alunos!
Na aula anterior, iniciamos a exemplificação sobre custos indiretos de
fabricação.
Registro no Diário:
1. Pela transferência das compras do período para o estoque de matéria-
prima:
D – Estoque de matéria-prima 180.000,00
C – Compra de matéria-prima 180.000,00
2. Pela transferência das matérias-primas para o processo produtivo:
D – Estoque de produtos em elaboração – Produto A 52.500,00
D – Estoque de produtos em elaboração – Produto B 31.500,00
D – Estoque de produtos em elaboração – Produto C 21.000,00
C – Estoque de matéria-prima 105.000,00
3. Apropriação da mão de obra direta aos produtos em processo:
D – Estoque de produtos em elaboração – Produto A 28.125,00
D – Estoque de produtos em elaboração – Produto B 33.750,00
D – Estoque de produtos em elaboração – Produto C 28.125,00
C – Mão de obra direta 90.000,00
4. Apropriação dos custos indiretos de fabricação aos produtos em
processo:
D – Estoque de produtos em elaboração – Produto A 54.000,00
D – Estoque de produtos em elaboração – Produto B 32.400,00
D – Estoque de produtos em elaboração – Produto C 21.600,00
C – Mão de obra indireta 45.000,00
C – Materiais diversos Consumidos na Fábrica 60.000,00
C – Depreciação - Equipamentos de Produção 3.000,00
5. Contabilização da transferência dos produtos completados para o
estoque de produtos acabados
D – Estoque de produtos acabados – Produto A 94.237,50
C – Estoque de produtos em elaboração – Produto A 94.237,50
D – Estoque de produtos acabados – Produto B 68.355,00
C – Estoque de produtos em elaboração – Produto B 68.355,00
D – Estoque de produtos acabados – Produto C 49.507,50
C – Estoque de produtos em elaboração – Produto C 49.507,50
6. Contabilização dos Custos da Produção Vendida:
D – Custo dos Produtos Vendidos – Produto A 70.678,12,00
C – Estoque de produtos acabados – Produto A 70.678,12,00
D – Custo dos Produtos Vendidos – Produto A 51.266,25,00
C – Estoque de produtos acabados – Produto A 51.266,25,00
D – Custo dos Produtos Vendidos – Produto A 37.130,63,00
C – Estoque de produtos acabados – Produto A 37.130,63,00
7. Transferência das receitas e despesas para a apuração do Resultado
D – Apuração do resultado do período 198.075,00
C - Custo dos Produtos Vendidos 159.075,00
C – Depreciação dos equipamentos de entrega 1.500,00
C - Despesas de vendas 6.600,00
C – Despesas administrativas 27.000,00
C – Despesas financeiras 3.900,00
D – Receita de vendas 232.500,00
C – Apuração do resultado do período 232.500,00
A seguir, transcrevemos os lançamentos para o Razão:
Caixa Duplicatas a receber
(SI) 22.500 (SI) 37.500
Equipamentos de entrega Depreciação acumulada:
equipamentos de entrega
(SI) 15.000 1.500 (SI)
Equipamentos de produção Depreciação Acumulada: Equipamentos de produção
(SI) 30.000 3.000 (SI)
Fornecedores Empréstimos a pagar (curto prazo)
15.000 (SI) 22.500 (SI)
Financiamentos a pagar (longo prazo)
Capital social
22.500 (SI) 225.000 (SI)
Compra de matéria-prima Mão de obra direta
(SI) 180.000 180.000 (1) (SI) 90.000 90.000 (3)
Mão de obra indireta Materiais diversos consumidos na fábrica
(SI) 45.000 45.000 (4) (SI) 60.000 60.000 (4)
Depreciação dos Equipamentos de produção
Depreciação dos equipamentos de entrega
(SI) 3.000 3.000 (4) (SI) 1.500 1.500 (7)
Despesas de vendas Despesas administrativas
(SI) 6.600 6.600 (7) (SI) 27.000 27.000 (7)
Despesas financeiras Estoque de matéria-prima
(SI) 3.900 3.900 (7) (1)180.000 105.000 (2)
(EF) 75.000
Estoque de em elaboração: Produto A
Estoque de produtos em elaboração: Produto B
(2) 52.500 94.237,50(5) (2) 31.500 68.355 (5) (3) 28.125 (3) 33.750 (4) 54.000 (4) 32.400
(EF)40.387,50 (EF) 29.295
Estoque de produtos em elaboração: Produto C
Estoque de produtos acabados: Produto A
(2) 21.000 49.507,50 (5) (5) 94.237,50 70.678,12 (6) (3) 28.125 (4) 21.600
(EF)21.217,50 (EF)23.559,38
Estoque de produtos acabados: Produto B
Estoque de produtos acabados: Produto C
68.355 (5) 51.266,25 (6) (5)49.507,50 (5) 37.130,63 (6)
(EF)17.088,75 (EF)12.376,87
Receita de vendas CPV
(7) 232.500 232.500 (SI) (6)70.678,12 159.075 (7) (6) 51.266,25 (6) 37.130,63
Apuração do resultado do período
Reserva de lucro
(7) 198.075 232.500 (7) 34.425 (8) (8) 34.425
Com as informações anteriores, podemos elaborar a Demonstração de
Resultados e o Balanço Patrimonial.
Receita de Vendas 232.500
( - ) Custos dos Produtos Vendidos (CPV) (159.075)
Lucro Bruto 73.425
( - ) Despesas
De Vendas (6.600)
Administrativas (27.000)
Financeiras (3.900)
Depreciação dos Equipamentos de Entrega (1.500)
Resultado Líquido do Período 34.425
Demonstração do Resultado do Exercício
Ativo Passivo e Patrimônio Líquido
Circulante 278.925 Circulante 37.500
Caixa 22.500 Fornecedores 15.000
Duplicatas a receber 37.500 Empréstimos 15.000
Estoques 218.925
Produtos acabados 53.025
Produtos de elaboração 90.900
Matéria-prima 75.000
Não circulante 40.500 Não circulante 22.500
Imobilizado 40.500 Financiamentos a pagar 22.500
Equipamentos de entrega 15.000
( - ) Depreciação acumulada (1.500) Patrimônio líquido 258.425
Equipamentos de produção 30.000 Capital social 225.000
( - ) Depreciação acumulada (3.000) Reserva de lucro 34.425
Total 319.425 Total 319.425
Balanço Patrimonial
Caro aluno, chegamos ao final desta aula. Não deixe de participar com seus
colegas de turma, das discussões e dos debates no fórum. Compartilhe seu
aprendizado, opiniões e dúvidas. Desenvolva as atividades previstas na plataforma
AVA e bons estudos! Até a próxima aula!
* O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência
para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado.
REFERÊNCIAS
BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3. ed. São Paulo: McGraw
Hill, 2007.
HORNGREN, Charles T.; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, William O. Contabilidade
gerencial. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.
MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall
Brasil, 2012.
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2005.
SHANK, John K. A revolução dos custos. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
STARK, José Antonio. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2007.
WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade gerencial. 2.
ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.
Contabilidade de Custos I
Aula 13
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.
O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de
discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente
virtual de aprendizagem UNINOVE.
Uso consciente do papel.
Cause boa impressão, imprima menos.
Aula 13: Departamentalização – Parte I
Objetivo: Conhecer o conceito de departamentalização, diferenciando os
departamentos produtivos e os departamentos de serviços, aprender como distribuir
os custos indiretos de acordo com os aspectos da departamentalização.
Prezado aluno, bem-vindo à 13ª aula do nosso curso.
Departamentalização
Em nossa aula anterior, verificamos que os custos indiretos apresentam
alguma dificuldade para serem distribuídos objetivamente a diferentes produtos.
Essa dificuldade cria a necessidade de se determinar critérios para sua distribuição.
São os chamados critérios de rateio. Existem outras situações que devem ser
conhecidas.
A maioria das empresas industriais elabora mais de um produto. Quando
existe uma variedade de produtos, é intuitivo supor que eles apresentem diferenças
em sua composição, nos materiais utilizados, no nível de acabamento ou, até
mesmo, em suas etapas de produção. Normalmente, essas etapas ocorrem em
diferentes departamentos com rotinas diferenciadas e bem definidas, além da
utilização de materiais específicos. Por exemplo: A fabricação de um veículo é
iniciada no departamento de estamparia, passando, a seguir, para o departamento
de soldagem, de pintura, elétrico, de motorização, de estofamento, e de vidros e
faróis.
Os materiais utilizados, tempo da MOD e energia elétrica aplicada, utilização
de ferramental específico, entre outros, representam gastos diferenciados ao longo
das etapas do processo de fabricação, o que torna o controle de custos mais
complexos e detalhados. A departamentalização envolve análise, compreensão e
gestão dos gastos envolvidos nessas etapas do processo produtivo e,
posteriormente, à contribuição de outros departamentos que não estarão
diretamente envolvidos na produção, mas prestando serviços ao processo produtivo.
Na área de estudos da contabilidade de custos, a definição de departamento
corresponde à menor unidade administrativa de uma empresa industrial, a qual é
composta por pessoas e bens, onde se é possível realizar tarefas homogêneas.
Para que essas tarefas sejam realizadas, são gerados gastos que, em dado
momento, podem ser considerados despesas, e em outros, custos. Serão
considerados custos quando tais gastos beneficiarem a produção.
Departamento produtivo
Estão localizados na área de produção e são responsáveis pela elaboração
dos produtos. Um departamento produtivo caracteriza-se por realizar transformações
e modificações no produto. Os gastos gerados nesses departamentos (custos
diretos e indiretos) serão adicionados aos produtos no momento em que eles
transitarem pelos departamentos. São exemplos de departamentos produtivos:
acabamento, carpintaria, corte, costura, fundição, montagem, usinagem e tinturaria.
Departamento de serviços
Também denominados como departamentos de apoio ou auxiliares, os
departamentos de serviços tem como objetivo atender às necessidades das demais
áreas da empresa prestando serviços, inclusive, aos departamentos produtivos. No
enfoque de custos, são caracterizados por não receberem a passagem dos
produtos. Seus gastos são considerados somente como custos indiretos e
necessitarão de rateio para serem transferidos aos produtos. São exemplos de
departamentos de serviço: almoxarifado, conservação e manutenção, oficina
elétrica, oficina mecânica, controle de qualidade, refeitório, ambulatório médico e
segurança.
Exemplo: Determinada fábrica está dividida em 2 departamentos
(departamento de serviço e departamento produtivo) e em 4 setores (manutenção,
almoxarifado, prensas e usinagem). Ela produz 2 produtos “A” e “B” e nós temos os
seguintes CIF’s em cada setor:
Gerência Geral ...................... $ 1.000
Manutenção ........................... $ 2.400
Almoxarifado ........................ $ 800
Prensas .................................. $ 5.200
Usinagem .............................. $ 2.800
É necessário determinar uma ordem de distribuição de custos, na qual o
departamento que os rateia não recebe mais nenhum custo; depois, é necessário
determinar o critério de rateio desses custos. No nosso exemplo, começaremos a
ratear os custos da Gerência Geral para os outros departamentos de forma igual, ou
seja, 25% para cada um. O próximo departamento a ratear seus custos será a
manutenção, e o fará em função das horas trabalhadas em cada departamento.
Horas trabalhadas da manutenção em outros departamentos
Almoxarifado 200 h 20%
Prensas 300 h 30%
Usinagem 500 h 50%
Total 1.000 h 100%
Nesse caso, se existissem horas trabalhadas para a Gerência Geral, elas
seriam ignoradas, pois se rateássemos para a Gerência Geral seria necessário
ratear novamente seus custos para a Manutenção e esta para a Gerência Geral e,
assim, sucessivamente. O almoxarifado rateia seus custos em função do valor da
matéria consumida em cada departamento produtivo:
Matéria-prima consumida no departamento de prensa R$80.000 80%
Matéria-prima consumida no departamento de usinagem R$ 20.000 20%
Total R$100.000 100%
Os custos dos departamentos produtivos são rateados aos produtos em
função das horas trabalhadas:
Prensa Usinagem
Produto “A” 225 h 30% 100 h 25%
Produto “B” 525 h 70% 300 h 75%
Total 750 h 100% 400 h 100%
Vamos montar um quadro de rateio dos CIF’s aos produtos:
Usinage
m
Prens
as
Almoxarifa
do Manutenção
Gerência
Geral Total
CIF 2.800 5.200 800 2.400 1.000 12.200
1.Gerência
Geral 250 250 250 250 (1.000) -
Subtotal 3.050 5.450 1.050 2.650 - 12.200
2.Manutenção 1.325 795 530 (2.650) - -
Subtotal 4.375 6.245 1.580 - - 12.200
3.Almoxarifado 316 1.264 (1.580) - - -
Total
Departamento
Produtivo
4.691 7.509
12.200,00
Produto A 1.172,75 2.503 3.675,75
Produto B 3.518,25 5.006 8.524,25
* O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência
para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado.
REFERÊNCIAS
BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3. ed. São Paulo: McGraw
Hill, 2007.
HORNGREN, Charles T.; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, William O. Contabilidade
gerencial. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.
MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall
Brasil, 2012.
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2005.
SHANK, John K. A revolução dos custos. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
STARK, José Antonio. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2007.
WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade gerencial. 2.
ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.
Contabilidade de Custos I
Aula 14
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.
O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de
discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente
virtual de aprendizagem UNINOVE.
Uso consciente do papel.
Cause boa impressão, imprima menos.
Aula 14: Departamentalização – parte II
Objetivo: Reforçar os conceitos dados na aula 13 sobre a exigência feita pela
distribuição dos custos indiretos de fabricação de um maior detalhamento ao serem
divididos entre os departamentos produtivos e os de serviços.
Departamentalização – exemplificação
A empresa ABC produz bolos e tortas. O ambiente produtivo em si e suas
atividades de apoio ocorrem em quatro departamentos: Confeitaria, Embalagem,
Administração da Produção e Manutenção. Sua estrutura de custos, em
determinado período foi a seguinte:
Os Custos Indiretos de Fabricação (CIF) comuns aos dois produtos:
o Aluguel – R$ 2.400,
o Energia elétrica – R$ 1.600,
o Material indireto – R$ 1.000
o Depreciação – R$ 2.000.
Outros dados coletados no período:
Os CIF são alocados inicialmente aos departamentos e depois destes aos
produtos. As bases de rateio são as seguintes:
O aluguel é distribuído aos departamentos de acordo com suas respectivas
áreas.
O consumo de energia elétrica é medido por departamento.
A base de rateio utilizada para o material indireto e a depreciação é o número
de horas de mão de obra utilizadas em cada departamento.
Os custos do departamento de administração da produção são os primeiros a
serem distribuídos aos demais, e a base é a quantidade de horas
trabalhadas: Confeitaria – 240 horas, Embalagem – 120 horas e Manutenção
– 40 horas.
Conforme se tem observado em períodos anteriores – espera-se que se
mantenha – cabe ao departamento de Embalagem 25% do total dos custos
de Manutenção; o restante pertence, integralmente, ao de Confeitaria.
A distribuição dos custos dos departamentos de produção aos produtos é
feita em função das quantidades produzidas: bolos, 600 unidades e tortas,
400.
Relembrando as observações feitas na aula anterior, a distribuição incorreta
de um item de custo indireto entre diferentes produtos, acarretará distorções no
valor final dos seus respectivos custos e, consequentemente, prejudicará o retorno
no resultado de um, tanto quanto a competitividade de outro. Procedemos então
à distribuição desses itens de custo, fundamentada nas diferenças que podemos
observar entre os diversos produtos. Criamos, então, critérios de rateio. Logo,
teríamos o seguinte mapa de rateio dos custos indiretos:
Prezado aluno, como está seu aprendizado? Dúvidas? Procure esclarecê-las
rapidamente com seu professor-tutor. Agora, acesse o AVA e continue exercitando
bastante seus conhecimentos fazendo o exercício proposto. Bons estudos!
* O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência
para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado.
REFERÊNCIAS
BLOCHER, Edward J. et al. Gestão Estratégica de Custos. 3. ed. São Paulo:
McGraw Hill, 2007.
HORNGREN, Charles T.; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, William O. Contabilidade
Gerencial. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.
MEGLIORINI, Evandir. Análise e Gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall
Brasil, 2012.
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso Básico Gerencial de Custos. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2005.
SHANK, John K. A Revolução dos Custos. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
STARK, José Antonio. Contabilidade de Custos. São Paulo. Pearson Prentice Hall,
2007.
WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade Gerencial. 2.
ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.
Contabilidade de Custos I
Aula 15
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.
O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de
discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente
virtual de aprendizagem UNINOVE.
Uso consciente do papel.
Cause boa impressão, imprima menos.
Aula 15: Custeio por ordem de produção
Objetivo: Conhecer o sistema de custeio por ordem de produção, identificando suas
características.
Ordem de produção
Muitos processos produtivos elaboram produtos em massa, cujas
características são idênticas, não permitindo versões finais customizadas. Como
exemplo, podemos citar diversas áreas produtivas: alimentícia, vestuário,
eletrodomésticos, etc. Outros processos produtivos, diferentemente, elaboram
produtos mediante encomenda, com características individualizadas, peças
opcionais, materiais e acabamento diferenciados. Este sistema é denominado “por
ordem de produção”.
Ele se diferencia por prontamente identificar os custos que serão alocados
aos produtos em unidades individuais ou por lotes, cada um exigindo graus variados
de atenção e habilidade. Os setores que normalmente usam o método de custeio
por ordem de produção incluem construção, impressão, aeronáutica, móveis,
maquinarias especiais, além de encomendas de produtos únicos.
Desta forma, os itens de custos são aplicados a ordens específicas, que
podem constar de uma unidade física (como um móvel sob encomenda) ou poucas
unidades semelhantes (por exemplo, veículos) em um lote distinto, ou mesmo um
fechado.
O registro de custo por ordem, ou ainda denominado folha de custo por
ordem, ordem de serviço ou ordem de fabricação, representa o elemento
direcionador deste processo.
Todos os custos direcionados para um produto em particular, serviços ou
lotes de produtos são aqui registrados. Um arquivo destes registros para serviços
parcialmente completados fornece detalhes de apoio para a conta de estoque de
produtos em processo. O registro de custo por ordem resume a informação contida
nos documentos fonte como requisições de materiais e cartão de ponto da mão
de obra. A primeira indica os materiais utilizados nas ordens particulares; já o
segundo registra o tempo de um trabalhador direto em particular, consumido em
cada ordem. Obviamente estes registros possuem processos informatizados.
1. Transação: materiais diretos comprados: R$ 1.900.000,00
Análise: o ativo estoque de materiais diretos é aumentado. O passivo
fornecedores é aumentado.
D – Estoque de materiais diretos 1.900.000,00
C – Fornecedores 1.900.000,00
2. Transação: materiais diretos requisitados: R$ 1.890.000,00
Análise: o ativo estoque de PEP (produto em processo) é aumentado. O ativo
estoque de materiais é diminuído.
D – Estoque de PEP 1.890.000,00
C – Estoque de materiais diretos 1.890.000,00
3. Transação: custo de mão de obra incorrido: R$ 390.000,00
Análise: o ativo estoque de PEP é aumentado. O passivo salários a pagar é
aumentado.
D – Estoque de PEP 390.000,00
C – Salários a pagar 390.000,00
4.
a) Transação: custos indiretos de fabricação incorridos: R$ 392.000,00
Análise: inicialmente os custos reais são debitados nas contas de custos
indiretos de fabricação departamentais (CIF), que podem ser considerados como
ativos, até que seus montantes sejam posteriormente transferidos para outras
contas. Cada departamento tem contas CIF detalhadas, como mão de obra indireta,
utilidades públicas, reparos, depreciação de equipamentos, seguros e impostos
prediais etc. Estas contas alimentam outra resumida de controle de CIF
departamental. Os gestores são responsáveis por controlar estes custos, item por
item. Assim, que estes custos são debitados dos departamentos, as outras contas
afetadas são correspondidas nos ativos e passivos. Exemplos incluem caixa, contas
a pagar, provisões a pagar e depreciação acumulada.
D – Controle de CIF departamental da fábrica 392.000,00
C – Caixa........................................................
C – Contas a Pagar........................................
C – Outras contas.......................................... 392.000,00
b) Transação: CIF da fábrica aplicados, R$ 95.000,00 + R$ 280.000,00 = R$
375.000,00
Análise: o ativo estoque de PEP é aumentado. O ativo controle de CIF
departamental da fábrica é diminuído.
D – Estoque de PEP 375.000,00
C – Controle de CIF departamental da fábrica 375.000,00
5. Transação: custo dos produtos acabados: R$ 2.500.000,00
Análise: o ativo estoque de produtos acabados é aumentado. O ativo estoque
de PEP é diminuído.
D – Estoque de Produtos Acabados 2.500.000,00
C – Estoque de PEP 2.500.000,00
6.
a) Transação: vendas a prazo: R$ 4.000.000,00
Análise: o ativo contas a receber é aumentado. A conta de receita de vendas
é aumentada.
D – Contas a receber 4.000.000,00
C – Vendas 4.000.000,00
b) Transação: custo dos produtos vendidos R$ 2.480.000,00
Análise: a despesa custo dos produtos vendidos é aumentada. O ativo
estoque de produtos acabados é diminuído.
D – Custo dos produtos vendidos 2.480.000,00
C – Estoque de produtos acabados 2.480.000,00
Observe a seguir o resumo das operações no quadro:
Usinagem Montagem Total
1) Material direto comprado a prazo - - 1.900.000,00
2) Material direto requisitado 1.000.000,00 890.000,00 1.890.000,00
3) Mão de obra direta 200.000,00 190.000,00 390.000,00
4a) CIF incorridos 290.000,00 102.000,00 392.000,00
4b) CIF aplicados 280.000,00 95.000,00 375.000,00
5) Custo transferido p/ acabados - - 2.500.000,00
6a) Vendas a prazo - - 4.000.000,00
6b) Custo dos produtos vendidos - - 2.480.000,00
Vimos que os estudos desenvolvidos na área de custos, em algumas
situações, solicitam especial atenção, por serem únicas.
Caro aluno, não deixe de participar com seus colegas de turma, das
discussões e debates no fórum. Compartilhe seu aprendizado, opiniões e dúvidas na
plataforma AVA e bons estudos!
Até a próxima aula!
REFERÊNCIAS
BLOCHER, Edward J.; et al. Gestão Estratégica de Custos. 3. ed. São Paulo:
McGraw Hill, 2007.
HORNGREN, Charles T.; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, William O. Contabilidade
Gerencial. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.
SHANK, John K. A Revolução dos Custos. Rio de Janeiro: Campus. 1997.
WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade Gerencial. 2.
ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.
Contabilidade de Custos I
Aula 16
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.
O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de
discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente
virtual de aprendizagem UNINOVE.
Uso consciente do papel.
Cause boa impressão, imprima menos.
Aula 16: Custeio por processo
Objetivo: Conhecer o custeio por processo e identificar suas principais
características de aplicação.
Prezado aluno, seja bem vindo! Na aula anterior, aprendemos a metodologia
do custeio por ordem de produção; nesta aula, aprenderemos outra metodologia, o
custeio por processo.
Aplicabilidade do custeio por processo
As empresas que produzem grandes quantidades de produtos genéricos ou
homogêneos em um processo contínuo não usam as técnicas de custeio por ordem.
Quais os motivos? Inicialmente, não há uma produção discreta, ou seja, a empresa
não aguarda um pedido específico do cliente, mas sim faz uma previsão da
demanda para o produto e produz para atendê-la.
Diferentemente do rastreamento do custo de um produto, que é realizado
quando se trata de uma encomenda, no custeio por processo, a empresa determina
os custos unitários utilizando quantidades muito maiores. Assim, o custeio por
processo atribui custos ao mensurar os de produção geral e calcular uma média
deles com base na produção total em unidades, ao longo de um período mensal
(normalmente). O custo médio resultante é, então, utilizado para determinar o custo
do estoque e o custo dos produtos vendidos.
Exemplo de aplicação do custeio por processo
Suponha uma empresa industrial fabricante de brinquedos de madeira que
elabora apenas um produto. Ela adquire a madeira como material direto para o seu
departamento de modelagem. No departamento de acabamento, o brinquedo é
pintado. O departamento de modelagem manufaturou 25 000 unidades idênticas em
um mês e seus custos naquele período foram:
Materiais diretos .................................................................................R$70 000,00
Custos de conversão
MOD.......................................R$10 625,00
CIF da Fábrica.......................R$31 875,00.........................R$42 500,00
Custos a Contabilizar......................................................................R$112 500,00
O custo unitário dos produtos completados seria, simplesmente,
R$112 500,00 ÷ 25 000 = R$ 4,50. Uma especificação das informações mostraria o
seguinte:
Materiais diretos, R$70 000,00 ÷ 25 000..................................................R$ 2,80
Custos de conversão, R$42 500,00 ÷ 25 000..........................................R$ 1,70
Custo unitário do brinquedo......................................................................R$ 4,50
O que ocorreria, porém, se nem todas as 25 000 unidades fossem finalizadas
neste mês? Suponha que 5 000 unidades estivessem em processo ao final dele e,
portanto, apenas 20 000 unidades estivessem concluídas. Observemos que, tanto
as unidades concluídas quanto aquelas a concluir já contêm os materiais diretos
aplicados. Porém, somente as unidades concluídas contêm o total do montante de
custos de conversão. As unidades a concluir receberam apenas 25%. Surge o
questionamento: como o departamento de modelagem deveria calcular o custo dos
produtos transferidos e o custo de produtos remanescentes no estoque final de
PEP? A resolução para a questão se desenrola em 5 etapas:
Resumo do fluxo das unidades físicas
Inicialmente, rastreando as unidades físicas de produção, observa-se que do
total das 25 000 a serem contabilizadas, nem todas têm a mesma produção do
departamento de modelagem, uma vez que apenas 20 000 foram concluídas e
transferidas para acabados. Às 5.000 inacabadas não se poderá aplicar a mesma
ponderação recebida pelas acabadas. Dessa forma, será necessário determinar a
produção em unidades equivalentes.
Cálculo das unidades equivalentes de produção
Correspondem as unidades que poderiam ter sido finalizadas com o
aproveitamento dos materiais aplicados. Por exemplo: 4 unidades que estão 50%
finalizadas, considerando o material total aplicado, corresponderiam a 2 unidades
finalizadas. Assim, a produção seria medida como 25 000 unidades equivalentes de
custo materiais diretos, mas apenas 21 250 unidades equivalentes de custo de
conversão.
Se 5 000 unidades inacabadas utilizaram 25% dos custos de conversão,
então estas unidades estão 1/4 finalizadas. Reunindo os 25% destes custos
utilizados nas 5 000 unidades, teríamos correspondentes 1 250 unidades (1/4 das
5.000).
Etapa 1 Etapa 2
Fluxo do Produto Mat. Diretos Conversão
Iniciado e completado 20 000 20 000 20 000
PEP – estoque final 5 000 5 000 *1 250
Unidades contabilizadas 25 000
Trabalho realizado até a data 25 000 *21 150
*unidades inacabadas (5 000) x % de custos de conversão utilizados.
É importante ressaltar que estimar, de maneira precisa, o percentual de
utilização dos custos de conversão, com o objetivo de determinar as unidades
equivalentes, representa uma tarefa consideravelmente complexa, uma vez que
alguns dos itens de custo são mais difíceis de proporcionalizar às unidades, como
energia elétrica, mão de obra de manutenção ou supervisão.
Resumo dos custos totais aplicados
Compreende os custos totais contabilizados.
Cálculo dos custos unitários
O custo unitário resulta da simples divisão dos custos totais pelas medidas de
custos equivalentes.
Aplicação dos custos às unidades concluídas e às unidades a concluir
O custo da unidade acabada é utilizado para aplicar os custos aos produtos.
As 20 000 unidades acabadas foram completadas tanto pelos custos diretos quanto
pelos de conversão. Dessa forma, multiplica-se o custo unitário acabado pelo
número de unidades completadas para determinar seus custos. As 5 000 unidades
incompletas absorveram 100% dos custos diretos (20 000 x R$ 2,80 = R$ 14 000,00)
e apenas 25% dos custos de conversão (1 250 x 2,00 = R$ 2 500,00).
Detalhamento
Custos
Totais
Materiais
Diretos
Custos de
Conversão
Etapa 3 Custo a ser contabilizado 112 500,00 70 000,00 42 500,00
Etapa 4 Dividido por unidades equivalentes ÷ 25 000 ÷ 21 250
Custo unitário 4,80 2,80 2,00
Etapa 5
Aplicação dos custos:
Às unidades acabadas e transferidas ao departamento de
acabamento,
20 000 unidades a R$ 4,80.
96 000,00
Às unidades não acabadas e ainda em processo, ao final
do mês: 5 000 unidades:
Materiais diretos 14 000,00 5 000,00
Custos de conversão 2 500,00 1 250,00
PEP final do mês 16 500,00
Total de custos contabilizados 112 500,00
Prezado aluno, caso as dúvidas persistam, entre em contato com o professor-
tutor e com os colegas pelo fórum! Até mais...
REFERÊNCIAS
BLOCHER, Edward J. et al. Gestão Estratégica de Custos. 3. ed. São Paulo:
McGraw Hill, 2007.
HORNGREN, Charles T.; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, William O. Contabilidade
Gerencial. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.
MEGLIORINI, Evandir. Análise e Gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2012.
PSHANK, John K. A Revolução dos Custos. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade Gerencial. 2.
ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.
Contabilidade de Custos I
Aula 17
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.
O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de
discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente
virtual de aprendizagem UNINOVE.
Uso consciente do papel.
Cause boa impressão, imprima menos.
Aula 17: Custos conjuntos – parte I
Objetivo: Analisar as particularidades dos custos comuns, identificando o produto
principal, produtos conjuntos e subprodutos.
Prezado aluno, olá! Bem-vindo à aula 17 de nosso curso. Nela iniciaremos
uma viagem de conhecimento sobre um assunto ainda a ser explorado nesta área:
custos conjuntos.
Custos conjuntos
Representando um modelo especial utilizado apenas por poucas empresas
em ramos específicos de atividades, os custos conjuntos correspondem a custos
comuns em um ou vários processos, de onde se originam diferentes produtos. São
identificados assim somente até o ponto antes da separação desses produtos. Suas
principais características são:
Indivisibilidade, o que significa que sua natureza não permite identificá-los
claramente a cada produto, provocando uma apropriação arbitrária.
Nos custos conjuntos, não apenas o custo indireto de fabricação requer
apropriação aos itens produzidos, mas também o custo dos materiais e o da
mão de obra direta.
Produto principal, produtos conjuntos e subprodutos
No âmbito da apuração dos custos conjuntos, surgem as figuras dos produtos
principais, produtos conjuntos e subprodutos. A diferenciação entre eles se
fundamentará na relevância de seu percentual de participação nas vendas totais. Se
o percentual for relevante, os produtos serão considerados principais ou conjuntos.
Se o percentual for irrelevante serão considerados subprodutos.
Pela ótica do critério das vendas relativas, é plenamente possível que um
subproduto em determinado momento torne-se principal e em outro se torne um
subproduto. Assim, o critério utilizado para diferenciar um produto principal de um
subproduto seria o valor comercial atribuído ao segundo com relação ao primeiro.
Essa classificação, entretanto, não é absoluta se considerarmos que o subproduto
pode se tornar significativo em termos de volume de vendas, transmutando-se em
um produto principal, tanto quanto um anteriormente produto principal pode vir a ser
considerado um subproduto. A qualificação será realmente definida pelo mercado.
Os resultados de um processo de produção conjunta podem ser classificados
basicamente em dois grupos gerais: resultado de valor positivo de vendas e
resultado de valor negativo de vendas (HORNGREN et al, 2004, p. 70). Dessa
forma, o termo produto corresponderá a qualquer resultado com valor positivo de
vendas, o qual poderá ser alto ou baixo. Quando o resultado de um processo de
produção conjunta é um produto com valor alto de venda, ele é definido como
produto principal. Quando o resultado for de dois ou mais produtos com alto valor de
venda, eles serão definidos como produtos conjuntos. Quando o valor de outros
produtos for inferior ao valor do produto principal ou dos produtos conjuntos, serão
denominados subprodutos (HORNGREN et al, 2004, p. 70).
Um subproduto tem baixo valor de venda em comparação com os produtos
conjuntos e com o produto principal. A madeira é um claro exemplo disso. Uma tora,
ao ser processada, resulta em tábuas padrão e lascas. Considerando o valor alto de
venda da tábua padrão em comparação às lascas de madeira, a primeira seria o
produto principal e a segunda, o subproduto. Porém, caso as toras sejam
processadas em tábuas de alta qualidade, estas e as tábuas padrão corresponderão
aos produtos conjuntos e as lascas ao subproduto (HORNGREN et al, 2004, p. 70).
Sucata
Já aqueles artigos que não forem classificados como produtos conjuntos,
produto principal ou subprodutos, deverão ser considerados sucata. Ela representa
itens que não possuem valor de mercado certo, sendo irrelevantes para o negócio
da empresa. Por outro lado, não se deve esquecer que as sucatas fazem parte do
processo e por muitas vezes acarretam gastos como armazenamento e descarte. A
sucata não deverá integrar o ativo estoque, compondo o custo do produto principal.
Na possibilidade da sucata ser vendida, seu valor será considerado como outras
receitas operacionais. Este item será adequadamente abordado em outra aula.
Métodos de apropriação dos custos conjuntos
Existem importantes razões para que os custos conjuntos sejam apropriados
aos produtos ou serviços. Na opinião de Horngren (2004, p. 71), as principais razões
seriam:
Apuração dos custos inventariáveis e do custo dos produtos vendidos para
fins de contabilidade financeira e relatórios para as autoridades tributárias.
Apuração dos custos inventariáveis e do custo dos produtos vendidos para
fins de relatórios internos. Tais relatórios são usados na análise da
rentabilidade da divisão e afetam a avaliação do desempenho dos gerentes
das divisões.
Reembolsos de custos de contratos às empresas que têm alguns, mas não
todos, de seus produtos ou serviços reembolsados sob os contratos de custo-
mais com uma agência do governo.
Apuração dos acertos de seguros para indenizações de danos com base nas
informações de custo pelas empresas que tem produtos conjuntos, principais
ou subprodutos.
Regulamentação de tarifas para um ou mais dos produtos ou serviços
produzidos em conjunto, sujeitos à regulamentação de preços.
Litígios nos quais os custos dos produtos conjuntos são as entradas-chave.
É importante considerar que os produtos conjuntos não estão diretamente
relacionados com os individuais, uma vez que o processo de produção simultâneo
resulta em múltiplos artigos. Um dos métodos de apropriação dos custos conjuntos é
o seguinte:
Método do valor de mercado
Este método considera que os custos conjuntos são distribuídos aos
produtos, de acordo com as unidades produzidas, ponderadas pelo preço de venda
dos produtos no ponto em que surgem como unidades individuais, ou seja, no ponto
de separação, supondo sua venda neste estado. Assim, existe uma relação entre o
preço de venda e o custo incorrido no processo produtivo, considerando que
diferentes valores decorrem da maior ou menor dificuldade em sua elaboração e
evidenciando, desta forma, que os produtos que tiverem maior preço de mercado
receberão maior custo.
Porém, não são encontrados valores de mercado para todos os produtos no
estágio de acabamento ou no ponto de separação, criando necessidade de
determinação de um valor de mercado hipotético a ocorrer no ponto de separação e
que se refira ao valor de mercado dos produtos finais, subtraídos dos custos
adicionais de cada produto para torná-los em condições de venda.
Esse procedimento baseia-se na ideia de que os custos adicionais estariam
mais associados às possibilidades de se conseguir maior preço e maiores lucros
relacionados a cada produto isoladamente do que ao processo de produção
conjunta. Porém, é indispensável ressaltar que este método é considerado o mais
praticado em razão muito mais da falta de oferta de outros métodos de análise
melhores do que de sua perfeita adequação. Assim, a simples afirmação de que os
produtos de maior valor são os que recebem ou tem as melhores condições para
receber a maior parcela de custos necessita ser avaliada com maior objetividade e
fundamentação.
Produtos Conjuntos
Valor de Venda / kg
Quantidade Produzida
Valor de Venda Total
Custos Adicionais
Produto A 400,00 55.000 22.000.000,00 4.000.000,00
Produto B 200,00 100.000 20.000.000,00
Produto C 300,00 60.000 18.000.000,00 6.000.000,00
Total 215.000 60.000.000,00 10.000.000,00
Prezado aluno, na aula 18 estudaremos a segunda parte deste conteúdo, em
que serão apresentados os outros métodos do valor de mercado. É importante que
você reforce seus conhecimentos da presente aula, pois eles serão solicitados no
próximo conteúdo, ok? Caso fique alguma dúvida, leve a questão ao Fórum e divida-
a com seus colegas e professor. Bom estudo!
REFERÊNCIAS
BLOCHER, Edward J. et al. Gestão Estratégica de Custos. 3. ed. São Paulo:
McGraw Hill, 2007.
HORNGREN, Charles T.; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, William O. Contabilidade
Gerencial. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.
MEGLIORINI, Evandir. Análise e Gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall
Brasil, 2012.
PSHANK, John K. A Revolução dos Custos. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade Gerencial. 2.
ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.
Contabilidade de Custos I Aula 18
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.
O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de
discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente
virtual de aprendizagem UNINOVE.
Uso consciente do papel.
Cause boa impressão, imprima menos.
Aula 18: Custos conjuntos — Parte II
Objetivo: Continuar a identificação das metodologias de apropriação dos custos
conjuntos iniciada na aula anterior.
Caro aluno, olá! Aprendemos, na aula anterior, que alguns custos
representam uma base comum (custos conjuntos), sobre a qual posteriormente
produtos definitivamente diferentes são produzidos.
Método das quantidades físicas
Também denominando método das unidades quantitativas, utiliza unidades
de medidas como base para alocar os custos conjuntos. Quanto às unidades de
medida, variam de produto para produto, um denominador comum tal qual
quantidade por tonelada ou outra unidade deve ser utilizado. Muitas empresas de
produção contínua que operam no segmento industrial dos produtos naturais, como
óleos, carnes, farináceos, combustíveis, enfrentam a difícil tarefa de identificar
custos que a cada etapa devem indubitavelmente ser adicionados, mas em qual
proporção?
Como exemplo desta complexidade, vamos supor um bovino comprado a um
preço suposto de R$2 300, destinado ao corte. Qual seria a correta atribuição dos
custos de abate e corte, à medida que surgem os diferentes produtos: picanha,
alcatra, maminha, cupim, costelas?
Para alocar o custo conjunto nessa espécie de situação, deveria existir algum
criterioso padrão a ser seguido. Devemos reconhecer que prevalecerá algum nível
arbitrariedade. No caso do método dos volumes produzidos, que apropria custos
iguais por unidade de volume elaborado, Martins (2000) supõe a hipótese de
apropriação apresentada a seguir: matéria-prima processada no valor de R$30
milhões e mão de obra e custos industriais no valor de R$15 milhões, totalizando um
custo total de R$45 milhões.
Produtos
Conjuntos
Valor de Venda/Kg
Quantidade Produzida
Valor de
Venda Total
Custos
Adicionais
Produto A 400,00 55 000 22 000 000,00 4 000 000,00
Produto B 200,0 100 000 20 000 000,00
Produto C 300,00 60 000 18 000 000,00 6 000 000,00
Total 215 000 60 000 000,00 10 000 000,00
Produtos
Conjuntos
Volume Produzido/Kg
Proporção% Custo conj.
Alocado
Custos
Adicionais
Produto A 55 000 25,58 11 511 628,00 209,30
Produto B 100 000 46,51 20 930 232,00 209,30
Produto C 60 000 27,91 12 558 240,00 209,30
Total 215 000 100% 45 000 000,00 10 000 000,00
Fonte: Adaptado de Martins (2000, p.181)
Análise: o custo do produto B está maior que seu preço de venda (R$200
p/kg). Este método, segundo Martins (2000), poderia ser válido se os produtos
apresentassem características muito semelhantes entre si, inclusive costumam não
ter muita divergência em seus preços de mercado.
Igualdade do lucro bruto
De maneira simples, por esse método, os custos conjuntos são distribuídos
de maneira que produto alcance o mesmo lucro bruto por unidade. Acompanhando o
exemplo, temos:
Sem custos adicionais aos produtos conjuntos:
Dados:
Matéria-Prima Processada R$30 000 000,00
Mão de obra e Custos Industriais R$15 000 000,00
Custos Conjuntos Totais R$45 000 000,00
Produtos
Conjuntos
Valor de Venda/Kg
Quantidade Produzida
Valor de
Venda Total
Produto A 400,00 55 000 22 000 000,00
Produto B 200,00 100 000 20 000 000,00
Produto C 300,00 60 000 18 000 000,00
Total 215 000 60 000 000,00
Receita Total R$ 60 000 000,00
(-) Custo Total Conjunto R$ 45 000 000,00
= Lucro Bruto R$ 15 000 000,00
Lucro Bruto por Kg 15 000 000/215 000 = 69,77/kg
Produtos
Conjuntos
Valor de Venda/Kg (A)
Lucro Bruto (B) Custo (A)-(B)
Produto A 400,00 69,77 330,023
Produto B 200,00 69,77 130,23
Produto C 300,00 69,77 230,23
Fonte: Martins (2000, p.182)
Com custos adicionais nos produtos A e C
Receita Total R$ 60 000 000
(-) Custo Total Conjunto R$ 45 000 000
(-) Custo Adicional R$ 10 000 000
(=) Lucro Bruto R$ 5 000 000
Lucro Bruto por Kg 5 000 000/215 000 = 23,26/kg
Produtos
Conjuntos
Preço de Venda $ /
Kg
Lucro Bruto $
Preços (-) Lucro Bruto
$
(-)Custo Adicional $
Kg
Custo Anterior
Produto A 400,00 23,26 376,74 72,73 304,02
Produto B 200,00 23,26 176,64 - 176,74
Produto C 300,00 23,26 276,74 100,00 176,74
Fonte: Martins (2000, p.182)
Custo médio ponderado
Fundamenta-se na necessidade de que os produtos conjuntos devam receber
os custos conjuntos respeitando as dificuldades encontradas para sua obtenção.
Fatores de ponderação ou produção devem ser empregados para determinar a
alocação apropriada dos custos conjuntos. Esses fatores podem ser: peso por
unidade, tamanho do produto, dificuldade na elaboração, tempo consumido na
fabricação, tipo de mão de obra utilizada, quantidade de material, etc.
Neste método, o número de unidades de cada produto é multiplicado pelo
fator de ponderação correspondente e, em seguida, multiplicado pelo custo médio
unitário para determinar a apropriação dos custos.
Seu ponto deficiente é a subjetividade aplicada aos fatores de ponderação e
produção, uma vez que cada empresa utiliza a sua própria concepção de qual o
fator de ponderação ou produção que pretende utilizar. Assim, o resultado varia,
podendo ocasionar uma apropriação de custos em valor maior ou menor ao produto
ou subproduto.
Dados:
Matéria-Prima Processada R$30 000 000,00
Mão de obra e Custos Industriais R$15 000 000,00
Custos Conjuntos Totais R$45 000 000,00
Produtos
Conjuntos
Valor de Venda/Kg
Quantidade Produzida
Valor de
Venda Total
Produto A 400,00 55 000 22 000 000,00
Produto B 200,00 100 000 20 000 000,00
Produto C 300,00 60 000 18 000 000,00
Total 215 000 60 000 000,00
Produtos Conjuntos
Peso Quantidade
R$ Ponderação Participação
Custo Conjunto
Total Unitário
Produto A 100 55 000 5 500 000,00 41,05 18 470 146,00 335,82
Produto B 40 100 000 4 000 000,00 29,85 13 432 843,00 134,33
Produto C 65 60 000 3 900 000,00 29,10 13 097 011,00 218,88
Total 13 400 000,00 100% 45 000 000,00
Fonte: Adaptado de Martins (2000, p.182)
Prezado aluno, agora que você complementou as informações sobre o
assunto “custos conjuntos”, está na hora de desenvolver as atividades
disponibilizadas no ambiente AVA. Verifique com seu tutor as possíveis dúvidas e
lembre-se: é necessário praticar bastante para assegurar seu aprendizado! Até
mais.
REFERÊNCIAS
BLOCHER, Edward J. et al. Gestão Estratégica de Custos. 3. ed. São Paulo:
McGraw Hill, 2007.
HORNGREN, Charles T.; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, William O. Contabilidade
Gerencial. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.
MEGLIORINI, Evandir. Análise e Gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall
Brasil, 2012.
PSHANK, John K. A Revolução dos Custos. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade Gerencial. 2.
ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.
Contabilidade de Custos I
Aula 19
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.
O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de
discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente
virtual de aprendizagem UNINOVE.
Uso consciente do papel.
Cause boa impressão, imprima menos.
Aula 19: Sucata, retrabalho e refugos
Objetivo: Conhecer elementos de custo que merecem muita atenção: sucata, refugo
e retrabalho, pois são decorrentes da ocorrência de defeitos no processo produtivo;
identificar suas características.
Custos por defeito
Existe, na atualidade, uma grande preocupação por parte das empresas
quanto à melhoria da qualidade nos processos produtivos e a consequente redução
dos defeitos de seus produtos, serviços e atividades. Um percentual de defeito
considerado aceitável no passado não é mais tolerável no presente.
Em tempos de crescente competitividade, toda redução de defeitos também
reduzirá custos e aumentará a produtividade. Os gestores estão cientes e
permanecem atentos, focados neste objetivo, disputado com o concorrente,
“milímetro a milímetro”. Nesse sentido, refugo, sucata e retrabalho correspondem a
três espécies de custos provocados pelos defeitos ocorridos no processo produtivo.
Sucata
Corresponde àquelas unidades de produção que, finalizadas ou incompletas,
não satisfizeram os padrões de qualidade exigidos pelo processo e, portanto, são
inaceitáveis para os clientes; serão vendidas a preços reduzidos. Normalmente,
podemos observar como exemplo a venda de camisas, camisetas, calças jeans,
sapatos, tênis, tapetes e toalhas que apresentam pequenos defeitos, sendo
vendidos como peças baratas.
Tipos de sucata
O controle de custos de um processo produtivo deve buscar identificar em
qual proporção a sucata ocorre, determinando seu custo, com a finalidade de
controlá-lo e reduzi-lo. Para tanto, será necessário determinar se essa sucata é
normal ou anormal.
A sucata normal é uma perda inerente ao processo produtivo, ou seja, ocorre
apesar da utilização de condições eficientes de controle e da correta utilização dos
equipamentos pelos operadores. Ela decorre da incapacidade considerada normal,
de que 100% das unidades resultem perfeitas.
Os custos da sucata normal são incluídos como componente dos custos das
unidades perfeitas fabricadas, justificados pela impossibilidade de tais unidades
serem produzidas sem gerar também as defeituosas.
Já a sucata anormal é aquela que ocorre sobre condições operacionais
deficientes, como a avaria ocorrida nos equipamentos, para a qual não há as
manutenções necessárias e suficientes; também a inadequada ação dos operadores
contribui para a ocorrência deste tipo. Ela é considerada controlável e evitável. Para
calcular seu efeito, seus custos não são incluídos ao das unidades perfeitas, mas
mantidos em conta contábil específica, gerando relatórios que acompanhados
periodicamente, ajudarão a reduzi-los ao longo do tempo.
Refugo
É a sobra do material utilizado no processo produtivo de determinado produto,
representando baixo valor de venda. São diversos os exemplos: pedaços de
madeira, bordas plásticas, retalhos de tecido, beiradas metálicas serrilhadas, etc.
Seu registro inicial é, portanto, físico.
Itens como folhas de metal impressas e sobras de peças plásticas moldadas
são quantificadas pelo peso, pela contagem ou alguma outra forma. O registro
desses refugos (A) deve colaborar para medir o grau de eficiência na utilização dos
materiais empregados (B) pela comparação entre ambos (A/B), além disso, tal
registro também permite o rastreio do refugo e evita seu desvio (ou roubo) da
empresa.
O refugo é vendido ou removido rapidamente, armazenado para venda,
remoção ou reuso posterior. Seu acompanhamento cuidadoso se estende para os
registros contábeis, nos quais normalmente uma conta específica é disponibilizada
para sua contabilização.
Retrabalho
É a ação de recuperação de unidades que, já acabadas, não satisfazem os
padrões estabelecidos, sendo então consertadas e vendidas como unidades
aceitáveis. Como exemplo, os produtos eletro-eletrônicos que, já finalizados, são
colocados em funcionamento e testados antes de serem enviados à venda. Ao se
perceber falta ou funcionamento deficiente, são recolhidos para verificação e
conserto.
O retrabalho pode ser classificado basicamente em três gêneros: atribuível a
uma ordem de produção específica; comum a todas as ordens de produção e
anormal. Vamos supor a fabricação de peças de aviação com os seguintes valores
unitários de custo:
Peças e materiais...........R$400,00
MOD...............................R$400,00
CIF..................................R$200,00
Considerando a produção de 10 unidades, teremos o seguinte lançamento
contábil:
D – Controle do produto em processos (produção específica)...........10 000,00
C – Controle dos materiais....................................................................4 000,00
C – Controle dos salários a pagar.........................................................4 000,00
C – Custos indiretos de produção alocados.........................................2 000,00
Suponha que 3 das unidades, após inspecionadas, apresentam falhas e
acabam sendo rejeitadas, solicitando, portanto, retrabalho. Este retrabalho por
unidade corresponde aos seguintes valores unitários:
Peças e materiais...........R$125,00
MOD...............................R$100,00
CIF..................................R$75,00
Retrabalho atribuível a uma ordem de produção específica
Se o retrabalho é considerado normal, mas ocorre por causa de exigências de
uma ordem de produção específica, seus custos são cobrados para aquela ordem
de produção. O lançamento será:
D – Controle do produto em processos (produção específica)....R$900,00
C – Controle dos materiais...................................................................R$375,00
C – Controle dos salários a pagar........................................................R$300,00
C – Custos indiretos de produção alocados........................................R$225,00
Retrabalho atribuível comum a todas as ordens de produção
Quando o retrabalho é normal, mas não atribuível a uma ordem específica, os
custos de retrabalho são cobrados nos custos indiretos de produção e distribuídos
por meio da alocação dos custos indiretos por todas as ordens de produção. O
lançamento será:
D – Controle do produto em processos (todas as ordens)...........R$900,00
C – Controle dos materiais...................................................................R$375,00
C – Controle dos salários a pagar........................................................R$300,00
C – Custos indiretos de produção alocados........................................R$225,00
Retrabalho anormal
Se o retrabalho é anormal, ele é registrado cobrando um retrabalho anormal a
uma conta de perda. O lançamento será:
D – Perda do retrabalho anormal......................................................R$900,00
C – Controle dos materiais...................................................................R$375,00
C – Controle dos salários a pagar........................................................R$300,00
C – Custos indiretos de produção alocados........................................R$225,00
Prezado aluno, participe do chat agendado para esta aula. Também
compartilhe suas opiniões e dúvidas no fórum. As atividades especialmente
elaboradas para este conteúdo estão disponíveis na plataforma AVA. Caso ainda
permaneça alguma dúvida, compartilhe-a com seus colegas e o professor tutor no
fórum. Bom estudo!
* O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR
Code de sua preferência para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o
plugin Flash instalado.
REFERÊNCIAS
BLOCHER, Edward J. et al. Gestão Estratégica de Custos. 3. ed. São Paulo:
McGraw Hill, 2007.
HORNGREN, Charles T.; DATAR, Srikant M.; FOSTER, George. Contabilidade de
Custos. 11. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.
MEGLIORINI, Evandir. Análise e Gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall
Brasil, 2012.
PSHANK, John K. A Revolução dos Custos. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade Gerencial. 2.
ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.
Contabilidade de Custos I
Aula 20
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.
O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de
discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente
virtual de aprendizagem UNINOVE.
Uso consciente do papel.
Cause boa impressão, imprima menos.
Aula 20: Custeio por absorção
Objetivo: Apresentar alguns aspectos não discutidos nas aulas anteriores acerca de
materiais, mão de obra e custos indiretos de fabricação que devemos considerar na
gestão de custos.
Prezado aluno, olá! Já chegamos à aula 20 de nosso curso. Nela trataremos
do conceito de custo de absorção.
Conceito
O custeio por absorção representa um método para apuração, caracterizado
por apropriar custos fixos e variáveis aos produtos. Inicialmente, é necessário
separar os gastos do período entre despesas, custos e investimentos. Esses devem
ser ativados, estes são apropriados aos produtos e aquelas deverão ser incluídas na
demonstração do resultado do exercício por não ser diretamente relacionadas aos
produtos, mas necessária para vendê-los.
Sequencialmente, os custos devem ser separados em diretos e indiretos. Os
primeiros serão alocados aos produtos em função do consumo medido em sua
elaboração. Os indiretos, por sua vez, alocados via rateio. Conforme o exemplo de
Megliorini (2012, p.26), vamos supor a produção de carteiras escolares e verificar os
três elementos de custos solicitados em sua fabricação.
Materiais diretos: são os recursos que integram fisicamente o produto e
representam a parte “visível” do custo. Quando a empresa utiliza um sistema
de controle de estoques, assim que um material é requisitado, identifica-se
onde ele será aplicado diretamente.
Mão de obra: ação humana sobre os equipamentos e processos para
transformar os materiais em produtos. Há dois grupos de trabalho: a) aqueles
que agem diretamente na transformação que levará ao produto, ou seja,
MOD; e b) aqueles que não têm esta atribuição, mas atuam no apoio:
almoxarifes, engenheiros, chefes, ajudantes, vigias, etc, considerados MOI.
Demais custos: recursos, além dos materiais e mão de obra, necessários para
o processo produtivo como energia elétrica, manutenção, depreciação, MOI,
telefone, impostos, etc.
Matéria-prima e produto
Uma empresa industrial utiliza materiais diversos em seus processos:
matérias-primas (madeira, fórmicas, tubos de ferro, espuma), materiais secundários
(parafusos, rebites, dobradiças), materiais auxiliares de produção (lixa, cola, verniz,
solda), embalagens, de higiene, de limpeza, etc. Na cadeia produtiva das empresas,
o produto de uma empresa pode representar a matéria-prima de outro.
Observe a figura a seguir:
MOD
Corresponde ao trabalho realizado pelos profissionais que atuam diretamente
na transformação dos recursos em produtos. Entretanto, o custo destes
trabalhadores não pode ser tratado como direto sem que antes se analise seu
trabalho e se exerça um adequado controle das horas realizadas.
A MOD pode trabalhar na elaboração do produto ou, esporadicamente,
executar diferentes atividades. Consideremos que, em algumas situações como a
falta de energia elétrica dos materiais por falha no fornecimento ou mesmo na
quebra de equipamentos ela será improdutiva. Nestas situações, o tempo em que os
trabalhadores permaneceram inoperantes constitui um custo indireto a ser absorvido
como indireto. Isso decorre do fato de que para ser considerada direta, a mão de
obra necessita ser apontada e, assim, quantificada ao produto.
Custos indiretos de fabricação
É o grupo de recursos que oferece mais dificuldade ao trabalho da gestão em
custos uma vez que sua distribuição, por mais sensata e pertinente que seja a forma
pela qual ocorra, sempre conterá aspectos subjetivos e arbitrários. Considerando
que o total de custos indiretos irá inevitavelmente ser alocado aos produtos, melhor
ou pior seja o critério de distribuição, constantemente existirá o risco de um produto
ser subavaliado enquanto outro, automaticamente, será superavaliado. As bases
mais utilizadas para o rateio são:
Área ocupada – para aluguéis, depreciação do prédio, impostos prediais e
seguro.
Quilowatts hora – relativa à potência instalada dos departamentos para ratear
o custo da energia elétrica.
Número de funcionários – para ratear os custos apropriados ao departamento
de administração geral da fábrica.
Número de requisições de material para ratear os custos apropriados ao
almoxarifado.
As bases definidas para a distribuição (rateio) devem ser duradouras e o
gestor responsável pela sua definição precisa evitar mudanças constantes para não
provocar flutuações nos custos dos produtos ao longo dos períodos e,
consequentemente, impossibilitar a comparabilidade de dados pelos usuários da
informação, os quais muitas vezes desconhecem as sistemáticas de custos.
Entretanto, quando for claramente necessária a mudança de uma base de
distribuição por outra mais adequada, ela deverá ser alterada repassando
observações nos relatórios de custos sobre a mudança e esclarecimentos para seu
melhor entendimento. De acordo com o CPC 16:
A alocação de custos fixos indiretos de fabricação às unidades
produzidas deve ser baseada na capacidade normal de produção. A
capacidade normal é a produção média que se espera atingir ao longo
de vários períodos em circunstâncias normais; com isso, leva-se em
consideração, para a determinação dessa capacidade normal, a parcela
da capacidade total não utilizada por causa de manutenção preventiva,
de férias coletivas e de outros eventos semelhantes considerados
normais para a entidade. O nível real de produção pode ser usado se
aproximar-se da capacidade normal. Como consequência, o valor do
custo fixo alocado a cada unidade produzida não pode ser aumentado
por causa de um baixo volume de produção ou ociosidade. Os custos
fixos não alocados aos produtos devem ser reconhecidos diretamente
como despesa no período em que são incorridos. Em períodos de
anormal alto volume de produção, o montante de custo fixo alocado a
cada unidade produzida deve ser diminuído, de maneira que os
estoques não sejam mensurados acima do custo. Os custos indiretos de
produção variáveis devem ser alocados a cada unidade produzida com
base no uso real dos insumos variáveis de produção, ou seja, na
capacidade real utilizada. (CPC, SI, 2013)
A separação entre custos e despesas
Tratada, teoricamente, a dissociação entre despesas e custos e simples:
gastos relacionados à produção são custos; gastos associados à administração e
as vendas são despesas.
Uma abordagem prática revela, porém, a dificuldade em separar estes gastos
de forma clara e objetiva. Como exemplo, é comum encontrarmos uma única
administração, sem a discriminação do que realmente pertence à fábrica. Como
essa divisão, na prática, é imprecisa, o rateio entre custo e despesa já ocorre de
forma arbitrária. Normalmente, é verificada a proporcionalidade das pessoas dentro
e fora da fábrica.
Outros exemplos de dificuldade envolvem: os gastos com o setor de Recursos
Humanos, por este departamento ser único e cuidar tanto do pessoal da fábrica
quanto o da administração e o Departamento Contábil, que envolve tanto a
contabilidade financeira quanto a de custos. Problemas também existem na
separação dos gastos ocorrido no setor de compras, almoxarifado, manutenção, etc.
Prezado aluno, chegamos ao fim do curso. Nosso desejo é que você tenha
aproveitado ao máximo todas as informações disponibilizadas. Bom estudo e até a
próxima oportunidade!
REFERÊNCIAS
BLOCHER, Edward J.; et al. Gestão Estratégica de Custos. 3ª ed. São Paulo:
McGraw Hill, 2007.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC 16(R1). Estoques.
Disponível no site http://www.cpc.org.br/mostraOrientacao.php?id=31. Acesso em:
30 set. 2013.
HORNGREN, Charles T.; DATAR, Srikant M.; FOSTER, George. Contabilidade de
Custos. 11 ed. vols. 1 e 2. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2003.
MEGLIORINI, Evandir. Análise e Gestão. 3 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall
Brasil, 2012.
PSHANK, John K. A Revolução dos Custos. Rio de Janeiro: Campus. 1997.
WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade Gerencial. 2
ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.