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Contabilidade de Custos I Aula 01 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho

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Contabilidade de custos

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Page 1: Contabilidade de custos

Contabilidade de Custos I

Aula 01

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho

Page 2: Contabilidade de custos

Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.

O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de

discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente

virtual de aprendizagem UNINOVE.

Uso consciente do papel.

Cause boa impressão, imprima menos.

Page 3: Contabilidade de custos

Aula 01: As bases da contabilidade de custos

Objetivo: Conhecer em qual contexto histórico, social e econômico o estudo do

custo e sua mensuração se tornaram necessários; quais preocupações motivaram

os gestores a compreender, sistematizar e controlar os gastos envolvidos na

elaboração de um produto e sua importância no processo de tomadas de decisão.

Contextualização histórica

Prezado aluno, seja bem-vindo à primeira aula de nosso curso!

Grandes transformações econômicas e sociais foram observadas nos países

europeus entre os séculos XII e XVIII, com o crescimento das grandes metrópoles e

sua transformação nos principais centros de comércio e produção. Como

consequência, as migrações populacionais para as grandes cidades esvaziaram o

campo e tornaram a agricultura em opção profissional secundária.

Muitas atividades comerciais eram realizadas nas grandes cidades de forma

artesanal e por encomenda, como alfaiataria, sapataria, marcenaria, serralheria,

entre outras. Elas envolviam, geralmente, toda a família e eram realizadas em casa,

sem horário determinado para a operação nem volume determinado de produção.

A utilização de novas fontes de energia, como carvão, eletricidade e,

posteriormente, petróleo, permitiam o avanço tecnológico e o desenvolvimento de

máquinas e equipamentos produtivos que poderiam transformar a oferta artesanal

em produção em massa.

Os industriários aproveitaram a imensa mão de obra disponível ao redor para

alimentar processos produtivos que atenderiam à demanda crescente nas cidades.

Essas transformações ocorreram no período histórico chamado de Revolução

Industrial.

Homens eram escolhidos para as atividades que exigissem força braçal e,

para as outras, mulheres e crianças eram recrutadas preferencialmente por serem

consideradas subservientes e mais facilmente intimidadas.

Page 4: Contabilidade de custos

Tais abusos refletiam em redução de custos com a mão de obra,

considerando também a inexistência de direitos trabalhistas e qualquer limite à

jornada de trabalho.

O engenheiro norte-americano Frederick Wislow Taylor iniciou os estudos dos

tempos de produção, na busca pela eliminação do desperdício e da ociosidade

operária e pela redução dos custos de produção.

Introdução à Contabilidade de Custos – origens e evolução

Como mencionado anteriormente, até a Revolução Industrial (século XVIII),

os bens eram quase todos produzidos de forma artesanal, por pessoas ou grupos de

pessoas que não se organizavam sob a forma de empresas e as informações de um

sistema de custos eram bastante simples.

Até então, a Contabilidade Financeira (ou Geral) estava estruturada para

atender, basicamente, às empresas comerciais. Nelas, os registros eram efetivados

em duas oportunidades: quando da aquisição das mercadorias, com a entrada nos

estoques e, nas vendas, estes estoques eram baixados através de uma conta de

resultado denominada Custo das Mercadorias Vendidas (CMV). O CMV era apurado

com a identificação dos estoques no início e no final do período em que se levantava

o Balanço Patrimonial. (Martins, 2003, p.19-20)

Com o surgimento das industriais, tornou-se mais complexa a apuração do

resultado e o levantamento de balanço, pois o valor de compras na empresa

comercial estava sendo substituído por uma série de valores pagos pelos fatores de

produção utilizados.

Surgiu, então, a necessidade de adaptação dos critérios de avaliação de

estoques para as indústrias, ou seja, o tratamento dado aos custos passou a ser

mais bem elaborado com o surgimento da indústria de transformação e sua atuação

em larga escala, embalada pela Revolução Industrial, quando a aquisição de

mercadorias não era destinada à venda, mas à transformação em outros produtos.

Aliado a outros fatores de produção, passou a se denominar de matéria-

prima, tendo-se voltado inicialmente para a avaliação dos estoques e determinação

do Resultado do Período e, dessa forma, ficou mais difícil para o contador

determinar o valor dos estoques.

Page 5: Contabilidade de custos

Essa dificuldade na determinação dos custos resultou no surgimento da

Contabilidade de Custos. Com a evolução das atividades das empresas, abertura do

seu capital, globalização, necessidade de informações mais precisas e rápidas para

os dirigentes e outros usuários de informações, no sentido de se tomar atitudes e

resoluções tanto em sua operacionalização quanto no seu posicionamento junto às

atividades do mundo financeiro, passou-se a se exigir mais e melhores informações

no menor tempo possível.

As informações servem também para a tomada de decisões e não somente

para fins de determinação do resultado contábil no final de um período, tendo, a

partir daí, um caráter mais gerencial.

No que diz respeito à Decisão, por sua vez, consiste na alimentação de

informações sobre valores relevantes relativos às consequências de curto e longo

prazos sobre medidas de introdução ou corte de produtos, administração de preços

de vendas, opção de compra ou produção entre outras.

Objetivos da Contabilidade de Custos

Segundo (Megliorini, 2012, p. 3-4), as informações geradas pela

Contabilidade de Custos contribuem para:

A determinação dos custos dos insumos aplicados na produção; aplicados

nas diversas áreas que compõem uma organização.

A redução dos custos dos insumos aplicados na produção ou diversas áreas

que compõem uma organização; dos desperdícios de materiais, tempo

ocioso, etc.

O controle das operações e das atividades e elaboração de orçamentos.

A administração, auxiliando-a para tomar decisões ou resolver problemas

especiais.

Page 6: Contabilidade de custos

A contabilidade de custos também auxilia na solução de problemas

relacionados:

Ao preço de venda.

À contribuição de cada produto ou linha de produtos para o lucro da empresa.

Ao preço mínimo de determinado produto em situações especiais e ao nível

mínimo de atividade em que o negócio passa a ser viável.

Ao gerenciamento dos custos.

Vale a pena conferir

1. Assista ao vídeo As consequências da revolução industrial – criando maravilhas.

Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=t-FkprvquUo>. Acesso em: 13

ago. 2013.

2. Leia o artigo: Evolução histórica da contabilidade e dos sistemas de gestão de

custos, dos autores Ewerson Moraes da Silva e Myriam Becho Mota. Disponível em:

<http://www.iepg.unifei.edu.br/edson/artigosconginter04.htm>. Acesso em: 13 ago.

2013.

Caro aluno, não se esqueça...

Está na hora de acessar o AVA e resolver os exercícios elaborados para esta

aula! Verifique seus conhecimentos e reforce seu aprendizado! Em caso de dúvida,

discuta-ás no Fórum com os colegas e com o professor... Bom estudo!

Page 7: Contabilidade de custos

* O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência

para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado.

REFERÊNCIAS

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

MEGLIORINI, Evandir. Análise e Gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall

Brasil, 2012.

PADOVEZE, Clovis Luis. Curso Básico Gerencial de Custos. São Paulo: Pioneira

Thomson Learning, 2005.

RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos Fácil. São Paulo: Saraiva, 2002.

SHANK, John K. A Revolução dos Custos. Rio de Janeiro: Campus. 1997.

Page 8: Contabilidade de custos

Contabilidade de Custos I Aula 02

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho

Page 9: Contabilidade de custos

Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.

O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de

discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente

virtual de aprendizagem UNINOVE.

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Page 10: Contabilidade de custos

Aula 02: Terminologia contábil básica

Objetivo: Conhecer a terminologia adequada à Contabilidade de Custos.

Termos fundamentais

Caro aluno, seja bem-vindo a 2ª aula! Já vimos que as transformações

econômicas e sociais ocorridas entre os séculos XII e XVIII trouxeram modificações,

como o crescimento das metrópoles e esvaziamento do campo, o surgimento dos

processos produtivos e a necessidade de compreensão dos gastos (custos).

O estudo na área dos custos de todo e qualquer processo produtivo envolverá

especialmente a compreensão de como os diferentes gastos ocorrem; o que motiva

sua ocorrência; como podem e devem ser quantificados; são periódicos (ocorrem

regularmente) ou eventuais (ocorrem raramente)? O controle destes gastos

necessitará, fundamentalmente, do entendimento de todos estes aspectos. Dessa

forma, inicialmente, é indispensável conhecer os termos utilizados no estudo dos

custos e sua sistemática. A seguir, tomaremos conhecimento dos principais termos

utilizados:

Ativo: são os diversos recursos à disposição de uma empresa e por ela

controlados, adquiridos de fornecedores (materiais, componentes,

embalagens), financiadores (máquinas, equipamentos, instalações, bens

duráveis), colaboradores (mão de obra), investidores (empréstimos de curto

ou longo prazo) e dos sócios formadores da empresa (capital social). A

utilização destes diferentes recursos cria expectativas de benefícios

econômicos futuros, com a geração de fluxos de caixa. Alguns destes

recursos serão direcionados ao processo produtivo, os quais serão alocados,

portanto, à unidade fabril (fábrica) e contribuirão diretamente aos objetivos da

empresa. Outros recursos serão utilizados nos demais departamentos e

colaborarão indiretamente aos objetivos da empresa.

Page 11: Contabilidade de custos

Ativos

Gasto: este termo representa os compromissos financeiros (dívidas)

assumidos pela empresa na aquisição de recursos que serão consumidos no

processo produtivo da fábrica (empresa industrial), mercadorias a serem

revendidas (empresa comercial); recursos para a realização de serviços;

recursos a serem consumidos no ambiente de administração e comercial.

Gastos

Page 12: Contabilidade de custos

Custo: este termo representa o conjunto de recursos consumidos para que a

operação de uma empresa se efetive. Desta forma, ele corresponde aos

recursos que alimentam o processo de elaboração de um produto (empresa

industrial), aos recursos do processo de revenda de mercadorias (empresa

comercial) e aos recursos necessários para a realização da prestação de

serviços (empresa prestadora de serviços).

Diferentes Segmentos

Despesa: ao contrário do custo, que ocorre especificamente no consumo de

recursos para efetivação da operação de uma empresa (industrial, comercial

ou prestadora), as despesas representam recursos consumidos com as

atividades dos outros departamentos que indiretamente colaboram com os

objetivos da empresa (Recursos Humanos, CPD, Contabilidade/ Financeiro,

Comercial). Os recursos necessários para efetivar a venda de produtos já

elaborados, como transporte, propaganda, comissões e logística, também

pertencem à categoria das Despesas.

Investimento: os diversos recursos a serem utilizados na realização da

operação da empresa como materiais, equipamentos, ferramental,

mercadorias ou veículos são considerados investimentos desde o momento

em que são adquiridos até serem enviados ao processo produtivo. Deste

momento em diante, serão considerados custos.

Page 13: Contabilidade de custos

Perda: é caracterizado pelo consumo anormal de recursos (gasto com mão

de obra durante um período de greve), involuntário (perdas de instalações,

móveis e utensílios ou imóveis em incêndios ou inundações) ou ineficiências

do processo produtivo (desperdício de materiais). Quando as perdas são

reconhecidas na demonstração do resultado, elas são geralmente

demonstradas separadamente, pois sua divulgação é útil para fins de tomada

de decisões econômicas.

Perdas

Desembolso: é o consumo de recursos financeiros para o efetivo pagamento

pela aquisição de materiais diversos, equipamentos, mão de obra, entre

outros.

Pagamento

Page 14: Contabilidade de custos

Caro aluno, atenção! Vamos acompanhar um exemplo prático envolvendo os

elementos apresentados:

Consideramos a compra de uma matéria-prima, a qual, em si (à vista ou a

prazo), é um gasto. Ao abastecer o estoque de matéria-prima, temos um

investimento (pois o material ficará estocado até que seja requisitado para consumo,

isto é, aplicado na produção de um bem). Ao requisitá-lo ao estoque e aplicá-lo na

produção, temos a ocorrência do custo. Ao concluir o produto e estocá-lo para

venda, temos novamente um investimento no estoque (estoque de produtos

acabados). Para realizar a venda do produto, os gastos incorridos serão

considerados despesas, bem como os gastos incorridos na administração da

empresa.

Assim, os custos são a parcela do gasto ligado à produção, como mão de

obra da área fabril (a mão de obra compreende qualquer funcionário de uma

empresa que trabalhe no processo de fabricação ou em funções administrativas da

divisão fabril. O custo da mão de obra corresponde à somatória dos gastos com

salários e encargos sociais), matéria-prima (a matéria-prima compreende os

materiais usados no processo de fabricação, transformados em produtos), aluguéis

de prédios da fábrica, depreciação de máquinas e instalações fabris, energia elétrica

consumida na fábrica etc. Despesa é a parcela do gasto não ligado à produção,

como mão de obra dos departamentos de administração e de vendas, comissões de

vendedores, aluguéis de escritórios, depreciação de móveis e utensílios,

manutenção e depreciação dos prédios administrativos etc.

Prezado aluno, este é o momento de reforçar os conhecimentos adquiridos

nesta aula! Desenvolva os exercícios disponibilizados na plataforma AVA e

concretize seu aprendizado. Se suas dúvidas persistirem, não se esqueça de

compartilhar com o professor. Até a próxima aula!

Page 15: Contabilidade de custos

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REFERÊNCIAS

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

PADOVEZE, Clovis Luis. Curso Básico Gerencial de Custos. São Paulo: Pioneira

Thomson Learning, 2005.

RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos Fácil. São Paulo: Saraiva 2002.

SHANK, John K. A Revolução dos Custos. Rio de Janeiro: Campus. 1997.

Page 16: Contabilidade de custos

Contabilidade de Custos I

Aula 03

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho

Page 17: Contabilidade de custos

Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.

O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de

discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente

virtual de aprendizagem UNINOVE.

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Page 18: Contabilidade de custos

Aula 03: Princípios de Contabilidade aplicados à Contabilidade de

Custos

Objetivo: Compreender a essência dos padrões e normas contidos nos princípios

de Contabilidade.

Prezado aluno, olá! Os estudos desenvolvidos na área de custos, como em

qualquer outra área da Contabilidade, possuem caráter científico e precisam,

portanto, obedecer a padrões e normas que deverão ser seguidos e respeitados por

todos que desenvolverem tais estudos.

Princípios de Contabilidade

O respeito e a observância aos princípios de Contabilidade asseguram a

uniformidade de procedimentos aplicados por todas as empresas sobre seus ativos

e passivos, em consonância ao entendimento predominante pelos estudiosos da

Contabilidade nos âmbitos científico e profissional.

Princípio da Entidade

Conforme o CFC, Resolução 750/93:

O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. (CFC, 1993)

Page 19: Contabilidade de custos

A Contabilidade observará os fatos exclusivamente relacionados ao

patrimônio (recursos adquiridos e dívidas assumidas) da empresa, tendo como

finalidade analisar, avaliar e controlar estes recursos colocados à disposição da

empresa, providenciar os pagamentos aos financiadores e fornecedores destes

recursos, e apurar o resultado observado do confronto entre gastos e ganhos da

empresa, periodicamente. Dessa forma, recursos e dívidas pessoais de seus sócios

não devem ser confundidos com os da empresa. Deve ser mantida uma completa

separação entre os patrimônios pessoal e empresarial.

Princípio da continuidade

Segundo o CFC, em sua Resolução 1282/2010, “O Princípio da Continuidade

pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a

mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta

circunstância.” (CFC, 2010)

A empresa é formada em dado momento sem uma perspectiva definitiva de

sua duração, portanto, com ânimo de permanência. Por estar dissociada, em

princípio, das pessoas de seus donos (sócios), a empresa deverá permanecer e

seguir ativa depois que estes não mais existirem.

Princípio da Oportunidade

De acordo com o CFC, Resolução 1282/2010, “O Princípio da Oportunidade

refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes

patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.” (CFC, 2010)

Todas as informações, para se tornarem úteis à tomada de decisão dos

gestores, devem estar completas e à disposição destes gestores a tempo da decisão

ser tomada. Para tanto, o processo de mensuração e apresentação dos

componentes patrimoniais deve ser feito com cuidado.

Page 20: Contabilidade de custos

Princípio do Registro pelo Valor Original

Conforme o CFC, Resolução 1282/2010, “O Princípio do Registro pelo Valor

Original determina que os componentes do patrimônio devam ser inicialmente

registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.”

(CFC, 2010)

As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e

combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:

Custo histórico: os ativos são registrados pelos valores pagos, a serem

pagos em caixa, equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que

são entregues para adquiri-los na data da aquisição.

Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos

em troca da obrigação ou em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa

ou equivalentes de caixa, que serão necessários para liquidar o passivo no

curso normal das operações.

Variação do custo histórico: uma vez integrados ao patrimônio, os

componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações

decorrentes de diferentes fatores.

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Page 21: Contabilidade de custos

Princípio da Competência

Segundo o CFC, Resolução 1282/2010:

O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas. (CFC, 2010).

Este é o princípio que melhor caracteriza o pensamento contábil, dando-lhe

forma e dinâmica próprias. Deve-se separar um fato contábil de sua consequência

futura, pagamento ou recebimento, registrando este fato agora, no ato de sua

ocorrência.

Certamente existe a preocupação ou a probabilidade de uma compra ou uma

venda, por motivos inesperados e ocorridos posteriormente, acabem por não serem

pagas ou recebidas como deveriam. Essa preocupação não deve prevalecer, pois se

esperássemos pela definição do pagamento ou recebimento para registrar um fato

contábil, estaríamos mudando-o de sua posição correta, transportando-o para o

futuro.

O resultado (diferença entre gastos e ganhos do período) deve ser

considerado neste período, e não no próximo.

Princípio da Prudência

De acordo com o CFC, na Resolução 750/93:

O Princípio da Prudência determina a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. (CFC, 1993)

Este princípio se aplica a fatos contábeis cuja mensuração de valor não é

precisa inicialmente e se definirá posteriormente, como retornos de investimentos e

aplicações, pagamento de indenizações ou direitos trabalhistas e ações judiciais

envolvendo impostos a receber ou pagar.

Page 22: Contabilidade de custos

Para evitar que recebimentos futuros sejam superestimados e pagamentos

futuros, subestimados, o princípio prevê que se considere um valor provavelmente

maior para os pagamentos e um valor provavelmente menor para os recebimentos.

Prezado aluno, acesse agora a plataforma AVA para realizar os exercícios de

fixação deste conteúdo. Exercite bastante! Participe também do fórum e compartilhe

suas opiniões com o grupo de estudos.

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REFERÊNCIAS

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE — CFC. Resolução CFC Nº 1282/10.

Disponível em:

<http://www.crcsp.org.br/portal_novo/legislacao_contabil/resolucoes/Res1282.htm>.

Acesso em: 13 ago. 2013.

______. Princípios Fundamentais da Contabilidade – Resolução CFC nº 750/93.

Brasília: CFC, 1993

CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso Básico de Contabilidade de Custos. 2 ed. São

Paulo: Atlas, 2002.

Page 23: Contabilidade de custos

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2009.

PADOVEZE, Clovis Luis. Curso Básico Gerencial de Custos. São Paulo: Pioneira

Thomson Learning, 2005.

RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

STARK, José Antonio. Contabilidade de Custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,

2007.

Page 24: Contabilidade de custos

Contabilidade de Custos I

Aula 04

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho

Page 25: Contabilidade de custos

Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.

O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de

discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente

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Page 26: Contabilidade de custos

Aula 04: Classificação de custos – Fixos e Variáveis

Objetivo: Discutir a classificação de custos: fixos e variáveis.

Olá, prezado aluno! O consumo de diferentes recursos, ocorrido na realização

do processo produtivo e ao qual denominamos genericamente de “custo”, subdivide-

se em duas importantes categorias: Fixos (ocorrem apesar do volume produzido) e

Variáveis (acompanham este volume proporcionalmente).

A relação entre os custos e o volume de produção

Vamos imaginar o espaço delimitado de uma unidade fabril (fábrica). Em seu

interior, o processo produtivo se desenvolve normalmente e, em suas rotinas diárias,

são consumidos diferentes recursos como matérias-primas, materiais secundários,

mão de obra, lubrificantes, energia elétrica, solventes, embalagens e água, entre

outros.

Também não podemos nos esquecer de que o trabalho do gerente de

produção, o seguro da fábrica, o aluguel do espaço desta área de produção e o

IPTU desta mesma área são gastos necessários para garantir que todos os dias o

processo produtivo possa ser realizado.

Para que a gestão do consumo destes recursos (custos) seja eficaz e alcance

os resultados desejados, eles deverão ser compreendidos e classificados sob

aspectos especiais. Na verdade, os aspectos podem ser vários e de diversa

complexidade. Nesta aula, o aspecto a ser estudado é a relação dos custos e o

volume de produção.

De início, é curioso saber e importante considerar que determinado item de

custo, diante do aumento ou redução da produção, pode se comportar de forma

diferente a outro item. Devemos compreender que, quanto ao comportamento em

diferentes níveis de produção, os diversos itens de custo são classificados em:

Page 27: Contabilidade de custos

Custos fixos: estão normalmente relacionados à estrutura operacional que

necessitou ser montada pela empresa e sobre a qual os trabalhadores

transformarão materiais e outros insumos em produtos. Exemplos destes

custos são:

o Aluguel da área de produção ou das máquinas produtivas.

o IPTU da área da fábrica.

o Seguro da área da fábrica.

o Valor das máquinas (se foram adquiridas, e não alugadas).

o Salários administrativos da produção.

Page 28: Contabilidade de custos

Com relação ao volume de produção, estes custos são considerados fixos

pelo fato de que, produzindo muito, pouco ou nada, eles deverão ser

pagos integralmente a quem os forneceu à empresa. Dessa forma, não

acompanham o volume de produção praticado, permanecendo seus valores

inalterados quando as vendas aumentarem ou diminuírem.

Custos variáveis: estão, normalmente, relacionados ao produto a ser

elaborado, possibilitando sua materialização. Exemplos destes custos são:

o Matérias-primas.

o Materiais secundários.

o Mão de Obra Direta (MOD).

o Energia elétrica das máquinas.

o Embalagens.

Page 29: Contabilidade de custos

Estes custos são assim denominados uma vez que, ao contrário dos custos

fixos, acompanharão proporcionalmente aumentos ou reduções dos volumes

de produção. Um volume maior de produção consumirá mais MOD, materiais,

energia elétrica, etc. Quando o volume de produção diminuir, será requisitada

menos MOD e menos materiais.

Page 30: Contabilidade de custos

Custos semivariáveis: são os elementos de custos que possuem, em seu

valor, uma parcela fixa e outra variável, isto é, têm um comportamento de

custo fixo até certo momento e, depois, se comportam como custo variável.

Como exemplos, temos energia elétrica e água.

Quando não há utilização desses, recursos ou o consumo fica abaixo de um

valor mínimo estipulado pelas companhias de fornecimento de energia e de

água, paga-se uma taxa fixa (custo fixo). À medida que a utilização desses

recursos cresce, com o aumento da produção, o valor da conta se eleva

(custo variável).

Custos semifixos: são assim denominados os classificados como fixos, mas

que se alteram em decorrência de mudanças na capacidade de produção

instalada.

Prezado aluno, neste momento do curso é importante reforçar os conceitos

aprendidos! É aconselhável refazer a leitura do texto e dos termos aprendidos nesta

Page 31: Contabilidade de custos

aula. Em seguida, desenvolva as atividades previstas para este conteúdo, que estão

disponíveis na plataforma AVA.

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Code de sua preferência para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o

plugin Flash instalado.

Page 32: Contabilidade de custos

REFERÊNCIAS

CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso Básico de Contabilidade de Custos. 2. ed. São

Paulo: Atlas, 2002.

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

MEGLIORINI, Evandir. Análise e Gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall

Brasil, 2012.

PADOVEZE, Clovis Luis. Curso Básico Gerencial de Custos. São Paulo: Pioneira

Thomson Learning, 2005.

RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

SHANK, John K. A Revolução dos Custos. Rio de Janeiro: Campus. 1997.

STARK, José Antonio. Contabilidade de Custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,

2007.

Page 33: Contabilidade de custos

Contabilidade de Custos I Aula 05

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho

Page 34: Contabilidade de custos

Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente virtual de aprendizagem UNINOVE. Uso consciente do papel. Cause boa impressão, imprima menos.

Page 35: Contabilidade de custos

Aula 05: Classificação de custos – Diretos e indiretos Objetivo: Distinguir os itens de custo que são facilmente quantificados por unidade

produzida de outros, cuja quantificação é mais complexa.

Os itens de custo são classificados quanto à participação por unidade

produzida, categorizados em diretos e indiretos.

Na aula anterior, vimos que os diferentes custos ocorridos em um processo

produtivo estão basicamente divididos em dois grandes grupos: aqueles que

compõem a estrutura sobre a qual o processo produtivo será realizado, contando

com os recursos necessários (máquinas e equipamentos, ferramentas, espaço

físico, instalações, gestores acompanhando a produção); e os custos necessários

para a materialização do próprio produto (matérias-primas, materiais secundários,

embalagem, MOD, energia elétrica, água).

Foi observado na aula passada que, quando relacionados ao volume de produção, os diferentes custos se dividirão em variáveis (acompanham o volume

de produção) ou fixos (não acompanham o volume de produção).

Outro aspecto de grande importância para a análise destes diferentes custos

é a sua relação com a unidade produzida. O significado desta relação é que a

participação de alguns custos na unidade produzida por ser quantificada. Para

outros itens de custo, esta participação é imprecisa, solicitando mais atenção dos

gestores. Para essas informações mais claras estas, suponha a seguinte situação:

Uma empresa industrial que fabrica calçados deverá comprar: couro, cola, cadarços,

embalagem, palmilhas, solados e verniz, além de gastar com a MOD, e a energia

elétrica das máquinas. Conhecendo o modelo a ser fabricado, é possível quantificar

precisamente o consumo de:

• Couro para o par (1 metro, hipoteticamente).

• Duas palmilhas.

• Dois cadarços.

• Dois solados.

• Dois saltos.

Page 36: Contabilidade de custos

Por outro lado, a quantidade exata de verniz, cola ou mesmo energia elétrica

consumidos para a elaboração de apenas um par tende a ser imprecisa. Desta

forma, a participação de alguns custos por unidade produzida (alocação) pode ser

facilmente quantificada, diferentemente de a participação de outros custos.

• Quanto aos produtos fabricados: para alocar os custos aos produtos, eles são

classificados em custos diretos e indiretos.

Diferenciação entre custos diretos e custos indiretos

Custos diretos: são aqueles que podem ser apropriados diretamente, ou

seja, claramente quantificados à unidade do produto fabricado porque há uma

medida objetiva de seu consumo nessa fabricação. Como os seguintes materiais

diretos:

• Matéria-prima: são os “materiais brutos” que normalmente sofrem

transformação, sendo cortados, serrados, tingidos ou cozidos durante um

processo produtivo tais como tecidos, couro, madeira, ferro, argila ou

alimentos. Geralmente representam a base principal do produto a ser

elaborado.

• Materiais secundários: são elementos comprados prontos (produzidos por

outras empresas fornecedoras) e adicionados aos produtos que estão sendo

elaborados em nosso processo, como: zíper, botão, cadarço, parafusos,

dobradiças, palmilhas, puxadores etc.

• Embalagens: são necessárias para proteger, conservar, transportar e estocar

os produtos; contem informações de manuseio ou consumo, promove a

marca da empresa/ produto ou ainda é necessária para destacar a

participações em ações de responsabilidade social/ ecológica da empresa

(Selo da Abrinq, instituto Airton Senna, SOS Mata Atlântica, AACD etc.).

Page 37: Contabilidade de custos

• Mão de obra direta: trata-se dos custos utilizados diretamente na produção

que a empresa teve com os trabalhadores; ela deve computar, além dos

salários propriamente ditos, os benefícios e os encargos trabalhistas.

Sabendo-se quanto tempo cada trabalhador atuou em determinado produto e

o preço da mão de obra, é possível apropriá-la diretamente do produto final.

Custos indiretos: este grupo é formado pelos custos que não podem ser

apropriados diretamente ao produto, ou seja, cuja participação não pode ser

claramente quantificada à unidade do produto fabricado. Não existe uma medida

objetiva de seu consumo na fabricação. Essa dificuldade de mensuração provocará

a definição e a utilização de um critério de rateio (item a ser estudado nos próximos

conteúdos). Como:

• Material indireto: empregado nas atividades da produção e cujo consumo

atende à área completa de produção, seus diferentes departamentos e às

diversas etapas sem ser apropriado objetivamente a nenhum deles, como o

material de limpeza, o material utilizado na manutenção dos equipamentos, a

graxa, os lubrificante, o combustível, entre outros.

• Mão de obra indireta: trabalho de direção, supervisão ou gerenciamento das

tarefas produtivas realizadas na área de produção ou dos departamentos de

suporte à produção: salário do diretor de produção, do gerente e do

supervisor de produção, salário do pessoal do almoxarifado, do vigia da

fábrica, do faxineiro etc.

• Outros gastos: água, energia elétrica, telefone, aluguel, imposto predial,

seguros etc.

Page 38: Contabilidade de custos

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REFERÊNCIAS

CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso Básico de Contabilidade de Custos. 2 ed. São

Paulo: Atlas, 2002.

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2009.

PADOVEZE, Clovis Luis. Curso Básico Gerencial de Custos. São Paulo: Pioneira

Thomson Learning, 2005.

RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos Fácil. São Paulo: Saraiva, 2002.

______ Contabilidade de Custos. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

STARK, José Antonio. Contabilidade de Custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,

2007.

Page 39: Contabilidade de custos

Contabilidade de Custos I Aula 06

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho

Page 40: Contabilidade de custos

Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.

O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de

discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente

virtual de aprendizagem UNINOVE.

Uso consciente do papel.

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Page 41: Contabilidade de custos

Aula 06: Terminologias dos custos de produção

Objetivo: Distinguir e expor as terminologias adequadas e sua utilização correta

para a análise eficaz dos fatores relacionados aos custos de produção e à sua

gestão.

Boa aula!

Estoques

Os estoques representam uma categoria especial de ativos circulantes

(recursos que apresentam grande movimentação sendo reduzidos e aumentados

constantemente dentro do período de 360 dias, ou seja, no Curto Prazo). Esses

ativos (materiais ou componentes) estão diretamente relacionados à operação fim

da empresa, sendo transformados em produto (empresa industrial) ou revendidos

(empresa comercial). Os estoques serão subdivididos basicamente entre três

etapas:

Estoque de materiais

Corresponde à área de entrada das matérias-primas ou materiais secundários

adquiridos nas compras efetuadas dos fornecedores da empresa. Devido ao fato de

tais compras conterem impostos obrigatórios na sua comercialização, sua entrada

deverá ser efetuada pelo valor líquido. No conteúdo da aula 7, será explicado como

determinar esse valor. Os materiais permanecerão neste estoque até o momento da

requisição para a produção.

Estoque em elaboração

No momento da requisição, os materiais são enviados para a elaboração

onde serão adicionados de Mão de Obra Direta (MOD) e de outros gastos de

produção. Essa elaboração poderá se desdobrar em várias etapas, percorrendo

diferentes departamentos produtivos, até que o produto esteja finalizado (acabado).

Page 42: Contabilidade de custos

Estoque de acabados

Uma vez finalizado, o produto será encaminhado ao estoque de acabados, de

onde saiu pela ocasião das vendas. No estoque de produtos acabados, o valor de

cada unidade representa seu custo total final, o qual, no momento de sua saída pela

venda, passará a ser denominado Custo do Produto Vendido (CPV).

Custo primário ou custo direto

Este termo corresponde ao grupo de custos que podemos relacionar a um

produto imediatamente, antes de qualquer outro gasto do processo produtivo que

posteriormente também deverão ser considerados. Este grupo segue descrito a

seguir exatamente como explicado na aula 5:

Materiais diretos:

Page 43: Contabilidade de custos

a) Matéria-prima: são os “materiais brutos” que normalmente sofrem

transformação, sendo cortados, serrados, tingidos ou cozidos durante um

processo produtivo tais como tecidos, couro, madeira, ferro, argila ou

alimentos. Geralmente, representam a base principal do produto a ser

elaborado.

b) Materiais secundários: são elementos comprados prontos (produzidos por

outras empresas fornecedoras) e adicionados aos produtos que estão sendo

elaborados em nosso processo, como: zíper, botão, cadarço, parafusos,

dobradiças, palmilhas, puxadores etc.

c) Embalagens: são necessárias para proteger, conservar, transportar, estocar,

conter informações de manuseio ou consumo, promover a marca da empresa/

produto ou ainda para destacar participações em ações de responsabilidade

social/ ecológica da empresa, por exemplo: Selo da Abrinq, instituto Airton

Senna, SOS Mata Atlântica, AACD etc.

Mão de obra direta: trata-se dos custos com os trabalhadores utilizados

diretamente na produção, computando, além dos salários propriamente ditos,

também os benefícios e encargos trabalhistas. Sabendo-se quanto tempo

cada um trabalhou no produto e o preço da mão de obra, é possível apropriá-

la diretamente ao produto.

Custo primário ou direto = Material direto + Mão de obra direta

(MD) (MOD)

Custo de conversão ou transformação

Os custos de transformação de estoques incluem os custos diretamente

relacionados às unidades produzidas ou às linhas de produção, como pode ser o

caso da mão de obra direta. Também incluem a alocação sistemática de custos

indiretos de produção, fixos e variáveis, que sejam incorridos para transformar os

materiais em produtos acabados.

Page 44: Contabilidade de custos

Custo transformação = Mão de obra direta + Custos indiretos de fabricação

(MOD) (CIF)

Os custos indiretos de produção fixos são aqueles que permanecem

relativamente constantes, independentemente do volume de produção, tais como a

depreciação e a manutenção de edifícios e instalações fabris, máquinas e

equipamentos e os custos de administração da fábrica. Os custos indiretos de

produção variáveis são aqueles que variam diretamente, ou quase diretamente, com

o volume de produção, tais como materiais indiretos e certos tipos de mão de obra

indireta.

Custo de produção do período

São os mesmos grupos de custos explicados acima, porém quando

delimitados a um determinado período de tempo. Sua composição é:

Material direto + Mão de obra direta +

Custos indiretos

indireto de

fabricação

=

Custos de produção do

período

(MD) (MOD) (CIF) (CPP)

Material direto: matéria-prima; materiais secundários (cujo valor compense

apropriá-los diretamente ao produto); material de embalagem.

Mão de obra direta: gasto com mão de obra diretamente apropriáveis ao

produto.

CIF: demais gastos de fabricação. São conhecidos também como Gastos

Gerais de Fabricação.

Custo da produção acabada (CPA)

É a soma dos custos contidos na produção acabada (finalizada) em

determinado período. Pode conter custos de produção de diversos períodos

anteriores, mas, em unidades que só foram completadas no presente período.

Page 45: Contabilidade de custos

Custos dos produtos vendidos (CPV)

Do total dos produtos acabados (finalizados) em um determinado período,

somente a quantidade efetivamente vendida, considerada pelo seu valor total de

elaboração, será denominada CPV. Logicamente, as unidades acabadas que ainda

permanecerem no estoque por algum tempo, somente serão consideradas CPV na

próxima saída de estoque quando, então, forem realmente vendidas.

Acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem e acompanhe no material

complementar um exemplo descritivo das etapas citadas nesta aula.

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Prezado aluno, é importante participar das atividades como o fórum. Suas

dúvidas e opiniões devem ser compartilhadas com seu professor tutor e com os

demais colegas da turma!

Agora que você já estudou esta aula. Resolva os exercícios e verifique seu

conhecimento. Caso fique com dúvidas, leve a questão ao Fórum e divida com seus

colegas e professor.

Page 46: Contabilidade de custos

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REFERÊNCIAS

BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3 ed. São Paulo: McGraw

Hill, 2007.

CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 2 ed. São

Paulo: Atlas, 2002.

HORNGREN, Charles T.; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, William O. Contabilidade

gerencial. 12 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.

MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall

Brasil, 2012.

PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira

Thomson Learning, 2005.

STARK, José Antonio. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,

2007.

Page 47: Contabilidade de custos

Contabilidade de Custos I

Aula 07

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho

Page 48: Contabilidade de custos

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Page 49: Contabilidade de custos

Aula 07: Materiais diretos – Parte I

Objetivo: Conhecer os procedimentos de contabilização dos materiais diretos na

ocasião de sua aquisição; identificar os impostos inclusos nas compras e determinar

o valor de entradas dos materiais no estoque.

Caro aluno, seja bem-vindo à sétima aula do nosso curso. Boa aula!

Revendo os conceitos

Como explicado na quinta aula, os materiais diretos pertencem à categoria

dos custos cuja participação na unidade produzida pode ser claramente quantificada

(custos diretos). Existe, portanto, uma medida objetiva de seu consumo no processo

de fabricação. Também aprendemos lá que os materiais podem se apresentar em

basicamente três subgrupos:

Matéria-prima: são os “materiais brutos” que normalmente sofrem

transformação, sendo cortados, serrados, tingidos ou cozidos durante um

processo produtivo. Exemplos: tecidos, couro, madeira, ferro, argila e

alimentos. Geralmente representam a base principal do produto a ser

elaborado.

Materiais secundários: são elementos comprados prontos (produzidos por

outras empresas fornecedoras) e adicionados ao que está sendo elaborados

em nosso processo, como zíper, botão, cadarço, parafusos, dobradiças,

palmilhas, puxadores, etc.

Embalagens: são necessárias para proteger, conservar, transportar, estocar,

conter informações de manuseio ou consumo, promover a marca da

empresa/produto ou, ainda, destacar participações em ações de

responsabilidade social/ecológica da empresa (selo da Abrinq, instituto Airton

Senna, SOS Mata Atlântica, AACD, etc.).

Podem ser: primárias, como latas, garrafa, sachê, pacote, vidro e

secundárias, como caixa de papelão ou engradado de madeira.

Page 50: Contabilidade de custos

Custo do material direto adquirido

Os materiais diretos são recursos necessários para a alimentação do

processo produtivo, sendo rotineiramente adquiridos, pela empresa, de seus

diversos fornecedores. Tais fornecedores, no papel de agentes externos, provedores

de recursos que são, incluem em seu preço de venda não apenas o valor dos

materiais vendidos, mas também outros gastos necessários à operação da

venda, como transporte, seguro e manuseio. Além disso, outros valores deverão ser

adicionados ao preço de venda, em obediência às leis de comercialização: os

impostos.

Os materiais diretos adquiridos dos fornecedores devem inicialmente ser

destinados ao seu respectivo estoque, no caso, o de materiais, onde serão

adequadamente controlados quanto a sua entrada, envio à produção, reposição ou

mesmo devolução parcial. O controle rigoroso efetuado neste estoque refletirá no

valor dos materiais que comporão o custo da unidade produzida.

Neste momento, alguns questionamentos devem ser observados:

Qual deve ser o valor correto do registro da entrada desses materiais no

estoque? Saiba que alguns dos valores componentes do preço da nossa compra

(preço de venda do fornecedor) devem ser desconsiderados na entrada do estoque!

Quais deverão, então, ser considerados? Se ocorrerem vantagens que

facilitem a negociação, como descontos comerciais, abatimentos e outros itens

semelhantes, eles deverão ser deduzidos na determinação do custo de aquisição?

Os impostos (IPI, ICMS, PIS e COFINS) devem, normalmente, ser excluídos

do valor da compra dos materiais diretos (valor total da nota fiscal) antes do registro

de entrada no estoque. Tal exclusão dependerá de os impostos serem recuperáveis:

se não o forem, não deverão ser excluídos, passando a fazer parte do custo do

material.

Observação:

Todos os gastos incorridos no sentido de disponibilizar o material direto para

o uso na produção fazem parte do seu custo.

Se o comprador tem de retirar o material no fornecedor e arcar com os

Page 51: Contabilidade de custos

gastos de transportes e seguro, estes devem ser incorporados ao custo do

material.

Os gastos com armazenagem, recepção e vigilância também devem ser

incorporados aos custos dos materiais.

Exemplo 1: No caso da compra de 10 000kg de matéria-prima a prazo, de

acordo com os dados a seguir:

Valor do material direto R$ 300 000,00

(+) IPI R$ 30 000,00

Valor total da nota fiscal R$ 330 000,00

ICMS R$ 54 000,00

PIS R$ 4 950,00

Cofins R$ 22 800,00

O valor de entrada no estoque do material direto será:

Valor da Nota Fiscal R$ 330 000,00

( - ) IPI R$ 30 000,00

( - ) ICMS R$ 54 000,00

( - ) PIS R$ 4 950,00

( - ) Cofins R$ 22 800,00

Custo de aquisição R$ 218 250,00

Page 52: Contabilidade de custos

O lançamento de contabilização da nota fiscal será:

D - Estoque de matéria-prima 218 250,00

D - IPI a recuperar 30 000,00

D - ICMS a recuperar 54 000,00

D - PIS a recuperar 4 950,00

D - Cofins a recuperar 22 800,00

C - Fornecedores 330 000,00

O registro nos razonetes será:

Estoque de materiais IPI a recuperar ICMS a recuperar Fornecedores

218.250,00 30.000,00 54.000,00 330.000,00

PIS a recuperar COFINS a recuperar

4.950,00 22.800,00

Observação: os mesmos procedimentos são aplicáveis à compra de material

secundário e embalagens.

Page 53: Contabilidade de custos

Exemplo 2: calculando o custo do material, considerando que os tributos IPI,

PIS e Cofins não são recuperáveis:

Total da Nota Fiscal R$ 330 000,00

( - ) ICMS R$ 54 000,00

Custo de aquisição R$ 276 000,00

O lançamento de contabilização da nota fiscal será:

D - Estoque de matéria-prima 276 000,00

D - ICMS a recuperar 54 000,00

C - Fornecedores 330 000,00

Estoque de materiais IPI a recuperar Fornecedores

276.000,00 54.000,00 330.000,00

Page 54: Contabilidade de custos

Acesse a plataforma AVA e para fazer o download do texto explicativo Análise

prática, que está disponível como Material complementar.

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Caro aluno, não se esqueça! Está na hora de resolver os exercícios

elaborados para esta aula. Verifique seus conhecimentos e reforce seu aprendizado!

Somente a exercitação poderá ajudar a conquistá-lo. Bom estudo!

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Page 55: Contabilidade de custos

REFERÊNCIAS

BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3 ed. São Paulo: McGraw

Hill, 2007.

CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 2. ed. São

Paulo: Atlas, 2002.

MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall

Brasil, 2012.

PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira

Thomson Learning, 2005.

RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de custos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

SHANK, John K. A revolução dos custos. Rio de Janeiro: Campus, 2007.

WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade gerencial. 2.

ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.

Page 56: Contabilidade de custos

Contabilidade de Custos I Aula 08

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho

Page 57: Contabilidade de custos

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Page 58: Contabilidade de custos

Aula 08: Materiais diretos – Parte II

Objetivo: Compreender os mecanismos de controle e avaliação dos estoques da

empresa e sua influência na determinação no valor do custo e consequentemente

sobre o resultado apurado; conhecer os métodos PEPS (Primeiro que Entra,

Primeiro que Sai), UEPS (Último que Entra, Primeiro que Sai) e CMP (Custo Médio

Ponderado).

Olá, caro aluno!

Métodos de avaliação dos estoques

Prezado aluno, nesta aula trataremos de um elemento de importância central

nas discussões sobre custos: o estoque. Inicialmente, é importante considerar que

uma empresa, ao longo de suas rotinas operacionais, comprará várias unidades

(materiais, mercadorias ou componentes) em períodos diferentes e pagando preços

diferentes (mais barato ou mais caro a cada momento), mas não consumirá esses

recursos na mesma proporção. Assim, elas acabam se misturando no almoxarifado.

Surgem então diversos questionamentos: Qual é o valor de custo das unidades que

estão sendo enviadas à elaboração? Qual o valor das unidades que ainda

permanecem no estoque? Devemos considerar o valor das mais caras ou mais das

mais baratas? Para atribuir custo às unidades consumidas, usamos os mesmos

critérios utilizados pela Contabilidade Financeira, a saber:

Sistema de inventário permanente.

Sistema de inventário periódico.

Método de avaliação de estoque - PEPS (primeiro a entrar e primeiro a sair).

Método de avaliação de estoque - UEPS (último a entrar e primeiro a sair).

Custo médio ponderado.

Page 59: Contabilidade de custos

Sistema de inventário periódico

Este sistema é aplicado quando a empresa não mantém um controle de

acompanhamento contínuo (ao longo dos dias, semanas e meses) dos estoques por

meio de fichas de estoque. A informação dos valores consumidos só poderá ser

obtida após o procedimento de contagem dessas fichas, que ocorrerá por ocasião

do Balanço Patrimonial e posterior avaliação de acordo com os critérios legais. O

consumo é calculado por uma fórmula, a qual é válida para qualquer item do

estoque.

Pensemos que hipoteticamente determinada empresa apresenta os seguintes

dados:

Inventário físico realizado em 31/12/x1: 100.000 kg de matéria-prima avaliada

em R$200.000,00.

Compras líquidas realizadas durante o ano X1: 900.000 kg de matéria-prima

no valor de R$1.800.000,00.

Inventário físico realizado em 31/12/x2: 200.000 Kg avaliados em

R$400.000,00.

Calculando o consumo de matéria-prima do período, teremos:

Quantidade (Kg) Valor (R$)

Estoque Inicial 100.000 200.000

( + ) Entradas Líquidas 900.000 1.800.000

( - ) Estoque Final (200.000) (400.000)

Consumo de matéria-prima 800.000 1.600.000

Consumo de Material Direto = Estoque Inicial + Entradas Líquidas – Estoque Final

Page 60: Contabilidade de custos

Sendo assim, o custo da matéria-prima consumida foi de R$1.600.000,00; ou

seja, R$2,00 por quilo.

Inventário permanente

No sistema de inventário permanente, ao contrário do item anterior, será

realizado o controle contínuo dos estoques por meio de fichas de estoque (planilhas

eletrônicas dinâmicas). As informações sobre o CPV (Custo dos Produtos Vendidos)

e do remanescente no estoque (Estoque Final) podem ser calculadas e fornecidas a

qualquer momento pela Contabilidade. A contagem física ainda será realizada;

porém, para atender a solicitações dos procedimentos de auditoria e controle

interno, o controle físico e contábil será feito pela ficha de estoque (tanto no

Almoxarifado como na Contabilidade).

Métodos de avaliação de estoque

Como já mencionado, as entradas que ocorrem rotineiramente no estoque de

uma empresa, com o propósito de alimentar regularmente suas operações, ocorrem

normalmente em momentos diferentes e valores de compra variados. Esses valores

de compra diferentes entre si irão, portanto, influenciar o valor das saídas desse

estoque em direção à elaboração e definir a base do cálculo para o custeio do

Material Direto aplicado na produção. Para tanto, há três sistemas de custeio dos

estoques:

PEPS – Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair

Por este método, as compras são organizadas pela sua ordem de entrada,

lote a lote, refletindo o valor de sua aquisição. Na ocasião do envio à elaboração, a

saída do estoque seguirá a mesma ordem de entrada, obedecendo ao critério de

que os primeiros produtos a entrar, também serão os primeiros a sair, assumindo os

valores originais de compra.

Page 61: Contabilidade de custos

Exemplo:

Em 01/0x compra de 100 unidades a R$ 10,00 cada.

Dia 10/0x compra de 100 unidades a R$ 20,00 cada.

Dia 15/0x envio à elaboração de 50 unidades.

Neste caso, o custo utilizado será o da primeira entrada, ou seja:

UEPS – Último a Entrar, Primeiro a Sair

Semelhante ao PEPS, por este método, as compras são organizadas pela

sua ordem de entrada, lote a lote, refletindo o valor de sua aquisição. Entretanto, na

ocasião do envio à elaboração, a saída do estoque seguirá a ordem inversa à da

entrada, obedecendo ao critério de que os últimos produtos a entrar, serão os

primeiros a sair, assumindo os valores originais de compra. Utilizando o mesmo

exemplo numérico anterior, teríamos:

Entrada Saída Saldo

Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total

01 100 10,00 1.000,00 100 10,00 1.000,00

10 100 20,00 2.000,00 100 100 200

10,00 20,00

1.000,00 2.000,00 3.000,00

15 50 10,00 500,00 50 100 150

10,00 20,00

500,00 2.000,00 2.500,00

Entrada Saída Saldo

Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total

01 100 10,00 1.000,00 100 10,00 1.000,00

10 100 20,00 2.000,00 100 100 200

10,00 20,00

1.000,00 2.000,00 3.000,00

15 50 20,00 1.000,00 100 50 150

10,00 20,00

1.000,00 1.000,00 2.000,00

Page 62: Contabilidade de custos

Custo Médio Ponderado

Este método é amplamente utilizado pelas empresas e de forma diferenciada

a PEPS e UEPS, não registra separadamente os lotes comprados pela ordem de

sua entrada. Esses lotes são acumulados à medida que entram no estoque, tanto

em termos de unidades quanto de valores totais, sendo o valor unitário de estoque,

determinado pela divisão do valor total em estoque pelas unidades totais em

estoque. Essa forma de determinar o custo unitário representa o aspecto que

diferencia o CMP em especial, por considerar que o custo unitário deva ser

atualizado e nivelado à entrada de cada novo lote de compras. Ocorre, portanto,

uma transferência de custo a cada atualização.

Utilizando ainda o exemplo numérico anterior, teríamos:

Caro aluno, até mais! Estude bastante e realize as exercitações reservadas

para você no AVA. Mantenha sua comunicação com os demais colegas e com o

professor! Não deixe de compartilhar opiniões e discussões no Fórum, ok? Até a

próxima aula!

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Page 63: Contabilidade de custos

REFERÊNCIAS

BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3 ed. São Paulo: McGraw

Hill, 2007.

CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 2 ed.São

Paulo: Atlas, 2002.

MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall

Brasil, 2012.

PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira

Thomson Learning, 2005.

RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de custos. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

STARK, José Antonio. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,

2007.

Page 64: Contabilidade de custos

Contabilidade de Custos I Aula 09

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho

Page 65: Contabilidade de custos

Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.

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Page 66: Contabilidade de custos

Aula 09: Mão de obra

Objetivo: Conceituar e diferenciar o trabalho desenvolvido pelos profissionais

diretamente envolvidos com os processos produtivos do trabalho daqueles que

apenas o acompanham e administram; quantificar os elementos de custo do

trabalhador mensalista, horista e os encargos trabalhistas previstos em lei.

Olá, caro aluno!

Conceito de Mão de Obra Direta (MOD)

Representa o custo relativo ao trabalho desempenhado pelos funcionários

que atuam diretamente na transformação dos materiais e outros insumos em

produto, operando máquinas e equipamentos, operando ferramental, embalando os

produtos, efetuando o trânsito de materiais entre os estoques, entre outras

atividades.

Seu custo corresponde aos salários dos funcionários acrescidos dos encargos

sociais e trabalhistas, além dos benefícios.

Diferença entre a mão de obra direta e a Mão de Obra Indireta (MOI)

Quando um trabalhador opera determinada máquina ou equipamento, em que

é produzido apenas um tipo de produto de cada vez, o trabalho deste operário será

considerado como MOD; ao contrário, se um funcionário opera uma máquina em

que são fabricados vários produtos, quantificar as parcelas desta mão de obra, no

custo de cada diferente produto, torna-se uma tarefa mais complexa.

Sendo possível medir o tempo de produção de cada produto por meio de

controles precisos, determinando com exatidão quanto da mão de obra deve ser

direcionado por diferente produto, então ela será considerada direta. No entanto,

caso não existam esses controles e se torne necessário utilizar qualquer critério de

rateio para apropriá-la aos produtos, ela será considerada MOI (também será assim

considerada em caso de ociosidade normal).

Page 67: Contabilidade de custos

Vamos observar o exemplo a seguir:

Supondo que um empregado seja contratado por um salário de R$8,10 por

hora, ele deverá receber um salário mensal equivalente a 220 horas. Isso

estará de acordo com a legislação brasileira, embora ele seja horista.

Suponha que ele trabalhe na produção 190 horas por mês e fique 30 horas

ocioso, aguardando, por causa de um defeito ocorrido no equipamento, ou

que nessas 30 horas tenha ajudado na manutenção elétrica da fábrica.

A folha de pagamento discriminará um salário mensal para ele de R$1 782,00

(220h x R$8,10), mas para a Contabilidade de Custos, esses R$1 782,00

estão divididos em R$1 539,00 de MOD (190h x R$8,10) e R$243,00 de MOI

(30 h x R$8,10).

Categorias de funcionários: mensalistas e horistas

De acordo com a legislação brasileira, a jornada de trabalho a ser cumprida

pelos empregados não deve ultrapassar a 8 horas diárias e 44 horas semanais,

entretanto, são previstos outros tipos de jornada de trabalho com duração de tempo

menor, consideradas jornadas especiais.

A remuneração dos funcionários compreende todo o valor pago pelo

empregador em decorrência da contraprestação de serviços. Compõem essa

remuneração: o salário contratual acrescido de horas extras, adicional noturno,

adicionais de periculosidade e de insalubridade, descanso semanal remunerado

(para funcionários horistas), prêmios por assiduidade e outras vantagens recebidas

pelo empregado durante a vigência do contrato de trabalho.

São duas as principais categorias de funcionários:

Mensalistas (com valor do salário fixado por mês): em um mês completo

de contraprestação de serviços, o funcionário mensalista recebe um salário

correspondente a 30 dias (independentemente do número de dias do mês),

acrescido de horas extras, prêmio por assiduidade, etc.

Normalmente, esse modo é utilizado para os funcionários que trabalham na

parte administrativa da empresa, como Contabilidade, Departamento

Comercial (exceto as comissões) e Departamento Financeiro.

Page 68: Contabilidade de custos

Horistas (com valor do salário fixado por hora): em um mês completo de

contraprestação de serviços, os funcionários horistas terão sua remuneração

composta pelo salário referente ao número de horas comparecidas no mês

acrescido do descanso semanal remunerado e feriados, perfazendo o número

de dias do mês, aos quais são somados as horas extras, adicionais de

periculosidades, etc.

O salário horário é utilizado predominantemente para pagamento dos

funcionários que trabalham no processo produtivo e pode se referir tanto à

mão de obra direta como à indireta.

Encargos sociais e trabalhistas

Os encargos sociais e trabalhistas correspondem aos gastos da empresa com

o funcionário além do salário. Tratam-se de conquistas asseguradas por lei,

provenientes de acordo sindical ou negociação com a própria empresa.

Alguns encargos são concentrados em determinada época do ano, como 13º

salário e as férias, ou ocorrem em situações específicas, como a multa do FGTS,

que deve ser paga em casos de dispensa sem justa causa.

O custo da mão de obra não é formado apenas pelo salário pago ao

empregado, mas será também acrescido destes encargos. Para o cálculo do custo

da mão de obra, é necessário determinar quais são as incidências sociais e

trabalhistas.

A seguir, serão apresentados os encargos básicos e os critérios para calcular

cada um deles. Entretanto, cabe ressaltar que não compreendem todas as situações

possíveis, pois cada empresa ou atividade tem suas próprias características de

composição de custos.

Page 69: Contabilidade de custos

Exemplo:

Previdência Social (INSS) 20,0%

Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) 8,0%

Salário-Educação 2,5%

SESI, SESC 1,5%

SENAI, SENAC 1,0%

INCRA 0,2%

SEBRAE 0,6%

Seguro contra Acidentes do Trabalho (SAT) até... 3,0%

TOTAL 36,80%

Cálculo do custo do salário-hora para o horista

Suponha que um operário seja contratado a R$100,00 por hora. A jornada

máxima de trabalho permitida pela Constituição brasileira é de 44 horas semanais

(sem considerar horas extras). Supondo, ainda, que ele trabalhe de segunda a

sábado, a jornada máxima diária será de:

44 horas ÷ 6 dias = 7,3333 horas (equivalem a 7 horas e 20 minutos)

Page 70: Contabilidade de custos

Dessa forma, podemos estimar o número máximo de horas que um

trabalhador pode oferecer à empresa:

Número total de dias por ano 365 dias

( - ) Descanso Semanal Remunerado (DSR) * 48 dias

( - ) Férias 30 dias

( - ) Feriados 12 dias

( = ) Numero máximo de dias à disposição do empregador 275 dias

( x ) jornada máxima diária ( em horas ) 7,3333 horas

( = ) Número máximo de horas à disposição, por ano: 2 016,67 horas

( * ) deduzidas quatro semanas já computadas nas férias

No cálculo dos dias trabalhados, devem ser contados efetivamente os dias

em um calendário para obter as informações corretas. Deve-se observar, também,

que se ocorrer um feriado em um domingo, não pode ser considerado como feriado,

pois já esta computado pelo dia da semana. Da mesma forma, do descanso

semanal remunerado, devem ser deduzidas as quatro semanas já computadas nas

férias.

A remuneração anual desse empregado será:

Salários: 2.016,67 horas x R$ 100,00 201 667

DSR: 48 d x 7,3333 h = 352 h x R$100,00 201 667

Férias: 30 d x 7,3333 h = 220 h x R$ 100,00 22 000

13º Salário: 220 h x R$ 100,00 22 000

Adicional Constitucional de Férias (1/3 de “c”) 7 333

Feriados: 12 d x 7,3333 h = 88 h x R$ 100,00 8 800

Total 297 000

Page 71: Contabilidade de custos

Sobre esse total, o empregador será obrigado a recolher os seguintes

encargos: FGTS, INSS, Salário-Educação, INCRA, SESI ou SESC, SENAI ou

SENAC, SEBRAE e SAT, perfazendo um total de 36,80%. Assim, o custo total anual

para o empregador será:

R$297 000 x 1,3680= R$406 296

E o custo do salário-hora, será:

R$406 296 2 016,67 horas = R$201,47

Os encargos sociais e trabalhistas mínimos provocaram, então, um acréscimo

de 101,47 % sobre o salário-hora contratado.

Considere que o exemplo apresentado é básico, pois não estão sendo

computados outros gastos, como tempo de dispensa durante o aviso-prévio,

indenização compensatória ou multa do FGTS na dispensa, faltas abonadas, PIS, e

também se computou a jornada máxima permitida de 44 horas semanais. Nesse

exemplo, a empresa deverá atribuir a taxa de R$201,47 por hora trabalhada, e não

os R$100,00 contratuais.

Observação: para determinar exatamente o quanto cada empregado da

produção (MOD) trabalhou por dia e em quais produtos, normalmente a empresa

possui ferramentas que possibilitem este apontamento, como sistemas de relógio de

ponto, cartão de apontamento e relógios automáticos de início e término de ordens.

Prezado aluno, é importante rever os cálculos deste conteúdo para uma

fixação adequada das informações. É indispensável exercitar continuamente para

garantir seu aprendizado!

Page 72: Contabilidade de custos

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para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado.

REFERÊNCIAS

BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3. ed. São Paulo: McGraw

Hill, 2007.

CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 2. ed. São

Paulo: Atlas, 2002.

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall

Brasil, 2012.

PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira

Thomson Learning, 2005.

RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de custos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

STARK, José Antonio. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,

2007.

Page 73: Contabilidade de custos

Contabilidade de Custos I

Aula 10

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho

Page 74: Contabilidade de custos

Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.

O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de

discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente

virtual de aprendizagem UNINOVE.

Uso consciente do papel.

Cause boa impressão, imprima menos.

Page 75: Contabilidade de custos

Aula 10: Custos indiretos de fabricação – parte I

Objetivo: Conhecer os custos indiretos de fabricação e identificar suas

características; proceder a sua distribuição aos diferentes produtos por meio da

utilização dos critérios de rateio; determinar as características de um critério de

rateio.

Custos indiretos de fabricação

Prezado aluno, olá!

Como visto anteriormente, os custos indiretos representam um grupo formado

por aqueles custos que não podem ser apropriados diretamente ao produto, ou seja,

cuja participação não pode ser claramente quantificada à unidade do produto

fabricado. Não existe uma medida objetiva de seu consumo na fabricação. Esta

dificuldade de mensuração provocará a definição e utilização de um critério de

rateio, item a ser estudado nesta aula.

Também foi visto anteriormente que podemos dividir os custos indiretos em

três grupos, a saber:

Material indireto: empregado nas atividades da produção e cujo consumo

atende à área completa de produção, seus diferentes deptos e às diversas

etapas sem ser apropriado objetivamente a nenhum deles: material de

limpeza, material utilizado na manutenção dos equipamentos, graxa,

lubrificante, combustível, entre outros.

Mão de obra indireta: trabalho de direção, supervisão ou gerenciamento das

tarefas produtivas realizadas na área de produção ou dos deptos de suporte à

produção: salário do diretor, gerente e supervisor de produção, salário do

pessoal do almoxarifado, do vigia da fábrica, do faxineiro etc.

Outros gastos: água, energia elétrica, telefone, aluguel, imposto predial,

seguros etc.

Page 76: Contabilidade de custos

Rateio dos custos indiretos de fabricação

Os estudos e pesquisas desenvolvidos na área de custos ao longo das

décadas têm com objetivo principal permitir a identificação do real gasto ocorrido

para se elaborar um determinado produto. A correta identificação do custo de um

produto é condição indispensável para sua gestão estratégica, a qual buscará

garantir a competitividade do produto no mercado, garantir a produtividade (menor

custo X maior resultado) e evitar desperdícios no processo produtivo. É

indispensável considerar que:

A definição do custo de um produto representa o ponto de partida para a

elaboração do seu preço de venda.

O cálculo errado do custo resulta na elaboração incorreta do preço de venda.

Um preço de venda superestimado (a maior) ameaça a competitividade do

produto.

Um preço de venda subestimado (a menor) ameaça o retorno (resultado) do

produto.

Neste sentido, a distribuição incorreta de um item de custo indireto entre

diferentes produtos acarretará distorções no valor final dos seus respectivos custos

e, consequentemente, prejudicará o retorno no resultado de um, tanto quanto a

competitividade de outro. Surge então o desafio de encontrar a melhor forma de

distribuição destes custos. Esta distribuição é denominada genericamente de

rateio1.

Esta distribuição deve, por sua vez, estar fundamentada em algum aspecto,

característica ou diferenciação que exista entre os produtos, que nos leve a supor

uma proporcionalidade diferenciada na distribuição do item de custos entre eles.

Page 77: Contabilidade de custos

Exemplo 1:

Suponha que na área de produção anterior, a qual compreende 200m2, 3

produtos são elaborados. Esta área é alugada pelo valor mensal de R$ 6.000,00.

Quanto, em relação ao valor deste aluguel, deve ser considerado ao custo de cada

produto? Seria incorreto simplesmente dividir este valor por 3 (6.000,00 ÷ 3 =

2.000,00), uma vez que cada produto ocupa espaços diferenciados da área de

produção e, portanto, tem aproveitamento diferenciado do aluguel pago.

Considerando estes aspectos, a melhor distribuição seria:

Como é possível observar, o custo indireto correspondente ao valor do

aluguel pago é distribuído proporcionalmente ao percentualmente do

aproveitamento de cada produto sobre a área total de produção. Esta

distribuição em função de m2 da área representa um critério de rateio2.

Produto M2 Aproveitamento Aluguel

X 105 52,5% 3.150,00

Y 65 32,5% 1.950,00

Z 30 15,0% 900,00

Total 200 100,0% 6.000,00

Page 78: Contabilidade de custos

Exemplo 2: determinada empresa produz três diferentes produtos: X, Y e Z.

As informações sobre os custos diretos e critérios de rateio dos custos indiretos são

os seguintes:

Custos Diretos

Produtos Materiais MOD

X 155.000,00 47.000,00

Y 147.000,00 22.000,00

Z 93.000,00 21.000,00

Total 395.000,00 90.000,00

Critérios de Rateio – Custos Indiretos

Produto Área ocupada (m2) Aproveitamento

X 105 52,5%

Y 65 32,5%

Z 30 15,0%

Total 200 100,0%

Produto Unidades Produzidas Volume Produzido

X 28.000 53,8%

Y 15.500 29,8%

Z 8.500 16,4%

Total 52.000 100,0%

Mão de obra indireta (salários dos gestores da produção), energia elétrica e

depreciação serão distribuídas pelos percentuais de volume produzido. Aluguel,

IPTU e seguros, pelos percentuais de aproveitamento da área de produção.

Mapa de Custos

105m2 65m2 30m2 200m2

Produto X Produto Y Produto Z

Diretos

Materiais 155.000,00 147.000,00 93.000,00 395.000,00

Mão de obra direta 47.000,00 22.000,00 21.000,00 90.000,00

Indiretos

Mão de obra indireta 78.750,00 48.750,00 22.500,00 150.000,00

Energia elétrica 2.625,00 1.625,00 750,00 5.000,00

Depreciação 10.500,00 6.500,00 3.000,00 20.000,00

Aluguel 3.228,00 1.788,00 984,00 6.000,00

IPTU 807,00 447,00 246,00 1.500,00

Seguro 1.614,00 894,00 492,00 3.000,00

Total 299.524,00 229.004,00 141.972,00

28.000 15.500 8.500 52.000

Custo Total Unitário 10,70 14,77 16,70

Page 79: Contabilidade de custos

Exemplo de bases utilizadas:

Unidades produzidas.

Horas de MOD.

Horas de uso direto das máquinas.

Valor (custo) da MOD.

Matéria-prima consumida.

Horas diretas de serviços prestados.

QWH – hora (energia elétrica) ou HP.

M³ de ar comprimido.

Número de funcionários.

Saiba mais

Rateio1: é um artifício empregado para distribuir os custos que não conseguimos

identificar diretamente com os produtos.

Critério de rateio2: é a base utilizada para a distribuição dos custos, ou seja, é o

fator pelo qual nós vamos dividir os CIF’s.

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Page 80: Contabilidade de custos

REFERÊNCIAS

BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3. ed. São Paulo: McGraw

Hill, 2007.

CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 2. ed. São

Paulo: Atlas, 2002.

HORNGREN, Charles T.; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, William O. Contabilidade

gerencial. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.

MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall

Brasil, 2012.

PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira

Thomson Learning, 2005.

STARK, José Antonio. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,

2007.

WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade gerencial. 2.

ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.

Page 81: Contabilidade de custos

Contabilidade de Custos I

Aula 11

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho

Page 82: Contabilidade de custos

Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.

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discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente

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Page 83: Contabilidade de custos

Aula 11: Custos indiretos de fabricação – parte II

Objetivo: Reforçar os conceitos de gestão dos custos indiretos com uma

exemplificação.

Caros alunos, olá! Na aula anterior vimos que a gestão dos custos indiretos

de fabricação exige maior detalhamento quanto a sua distribuição entre diferentes

produtos.

Considere os seguintes dados apresentados, referentes à “Companhia

Uninove”:

CONTAS SALDOS (em R$)

Compra Líquidas de matérias-primas 180.000,00

Mão de obra direta 90.000,00

Mão de obra indireta 45.000,00

Materiais diversos consumidos na fábrica 60.000,00

Depreciação dos equipamentos de produção 3.000,00

Depreciação dos equipamentos de entrega 1.500,00

Despesas de vendas 6.600,00

Despesas administrativas 27.000,00

Despesas financeiras 3.900,00

Caixa 22.500,00

Duplicatas a receber 37.500,00

Equipamentos de entrega 15.000,00

Depreciação acumulada – equipamento de entrega 1.500,00

Equipamentos de produção 30.000,00

Depreciação acumulada – equipamento de produção 3.000,00

Fornecedores 15.000,00

Empréstimos a Pagar (curto prazo) 22.500,00

Financiamento a Pagar (longo prazo) 22.500,00

Capital Social 225.000,00

Receita de Vendas 232.500,00

Dados adicionais:

A empresa fabricou os produtos A, B e C nas seguintes quantidades:

Produtos A = 50.000 kg, Produto B = 30.000 kg e Produto C = 20.000 kg.

O consumo de matéria-prima, por produto, foi: Produto A – R$52.500, Produto

B – R$31.500 e Produto C – R$21.000.

Page 84: Contabilidade de custos

O valor da mão de obra do período, por produto, foi: Produto A – R$28.125,

Produto B – R$33.750 e Produto C – R$28.125.

Os custos indiretos são alocados proporcionalmente à quantidade produzida.

Não havia estoques iniciais.

O estoque final de matérias-primas foi avaliado em R$ 75.000.

O estoque final de produtos em elaboração era igual a 30% do custo da

produção do período (CPP).

O estoque final de produtos acabados era igual a 25% do custo da produção

acabada (CPA).

Do valor total das vendas, 50% foi do produto A, 30% do produto B e 20% do

produto C.

Etapas da resolução do cálculo

Calcular o consumo de matéria-prima do período, considerando uso comum

pelos três produtos.

Efetuar o rateio dos custos indiretos de fabricação.

Determinar o custo de produção do período de cada produto.

Elaborar a demonstração de resultados e o balanço patrimonial.

1º passo: apropriação dos custos diretos aos produtos

Produto A Produto B Produto C Total

Matéria-prima (a) 52.500 31.500 21.000 105.000

Mão de obra direta (b) 28.125 33.750 28.125 90.000

TOTAL 80.625 65.250 49.125 195.000

Consumo de matéria-prima = Estoque Inicial + Compras Líquidas - Estoque

Final

Consumo de matéria-prima = 0 + 180.000 - 75.000 = 105.000

Page 85: Contabilidade de custos

2º Passo: apropriação dos custos indiretos aos produtos, mediante rateio

Mão de obra indireta

Produtos Base de rateio Taxa de rateio Custos Indiretos de

Fabricação

A 50.000 50% 22.500

B 30.000 30% 13.500

C 20.000 20% 9.000

Total 100.000 100% 45.000

Materiais diversos consumidos na fábrica

Produtos Base de rateio Taxa de rateio Custos Indiretos de

Fabricação

A 50.000 50% 30.000

B 30.000 30% 18.000

C 20.000 20% 12.000

Total 100.000 100% 60.000

Depreciação – equipamentos de produção

Produtos Base de rateio Taxa de rateio Custos Indiretos de

Fabricação

A 50.000 50% 1.500

B 30.000 30% 900

C 20.000 20% 600

Total 100.000 100% 3.000

Page 86: Contabilidade de custos

3º Passo: Determinação do custo de produção do período, do custo da

produção acabado e do custo dos produtos vendidos

DADOS/CONTAS PRODUTO

A PRODUTO

B PRODUTO

C TOTAL

Consumo de matéria-prima 52.500 31.500 21.000 105.000

Mão de obra direta 28.125 33.750 28.125 90.000

CUSTO DIRETO TOTAL (1) 80.625 65.250 49.125 195.000

Mão de obra indireta 22.500 13.500 9.000 45.000

Materiais diversos Consumidos na Fábrica

30.000 18.000 12.000 60.000

Depreciação - Equipamentos de Produção

1.500 900 600 3.000

CUSTOS INDIRETOS TOTAIS (2) 54.000 32.400 21.600 108.000

CUSTO DA PRODUÇÃO DO PERÍODO (CPP) (1) + (2)

134.625 97.650 70.725 303.000

(+) E.I. de Produtos em Elaboração - - - -

( - ) E.F. de Produtos em Elaboração (40.387,50) (29.295) (21.217,50) (90.900)

CUSTO DA PRODUÇÃO ACABADA (CPA)

94.237,50 68.355 49.507,50 212.100

(+) E.I. de Produtos Acabados - - - -

( - ) E.F. de Produtos Acabados 23.559,38 17.088,75 12.376,87 53.025

CUSTO DA PRODUÇÃO VENDIDA (CPV)

70.678,12 51.266,25 37.130,63 159.075

Demonstração de resultados do período

Demonstração do Resultado (em R$)

Produto A Produto B Produto C Total

Receita de Vendas 116.250,00 69.750,00 46.500,00 232.500,00

( - ) Custo dos Produtos Vendidos

(70.678,12) (51.266,25) (37.130,63) (159.075,00)

Lucro Bruto 45.571,88 18.483,75 9.369,37 73.425,00

( - ) Despesas (39.000,00)

Resultado Líquido do Período 34.425,00

Prezado aluno! O presente exemplo será continuado na aula 12. Nela

seguiremos com a contabilização destes fatos contábeis além da elaboração do

balanço patrimonial e da demonstração do resultado do exercício.

Não deixe de exercitar as atividades disponibilizadas na plataforma AVA. Até

mais!

Page 87: Contabilidade de custos

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REFERÊNCIAS

BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3. ed. São Paulo: McGraw

Hill, 2007.

HORNGREN, Charles T.; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, William O. Contabilidade

gerencial. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.

MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall

Brasil, 2012.

PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira

Thomson Learning, 2005.

SHANK, John K. A revolução dos custos. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

STARK, José Antonio. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,

2007.

WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade gerencial. 2.

ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.

Page 88: Contabilidade de custos

Contabilidade de Custos I

Aula 12

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho

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Page 90: Contabilidade de custos

Aula 12: Contabilização dos custos

Objetivo: Complementar às contabilizações, elaborar o balanço patrimonial e a

demonstração do resultado do exercício.

Sejam bem-vindos, caros alunos!

Na aula anterior, iniciamos a exemplificação sobre custos indiretos de

fabricação.

Registro no Diário:

1. Pela transferência das compras do período para o estoque de matéria-

prima:

D – Estoque de matéria-prima 180.000,00

C – Compra de matéria-prima 180.000,00

2. Pela transferência das matérias-primas para o processo produtivo:

D – Estoque de produtos em elaboração – Produto A 52.500,00

D – Estoque de produtos em elaboração – Produto B 31.500,00

D – Estoque de produtos em elaboração – Produto C 21.000,00

C – Estoque de matéria-prima 105.000,00

3. Apropriação da mão de obra direta aos produtos em processo:

D – Estoque de produtos em elaboração – Produto A 28.125,00

D – Estoque de produtos em elaboração – Produto B 33.750,00

D – Estoque de produtos em elaboração – Produto C 28.125,00

C – Mão de obra direta 90.000,00

Page 91: Contabilidade de custos

4. Apropriação dos custos indiretos de fabricação aos produtos em

processo:

D – Estoque de produtos em elaboração – Produto A 54.000,00

D – Estoque de produtos em elaboração – Produto B 32.400,00

D – Estoque de produtos em elaboração – Produto C 21.600,00

C – Mão de obra indireta 45.000,00

C – Materiais diversos Consumidos na Fábrica 60.000,00

C – Depreciação - Equipamentos de Produção 3.000,00

5. Contabilização da transferência dos produtos completados para o

estoque de produtos acabados

D – Estoque de produtos acabados – Produto A 94.237,50

C – Estoque de produtos em elaboração – Produto A 94.237,50

D – Estoque de produtos acabados – Produto B 68.355,00

C – Estoque de produtos em elaboração – Produto B 68.355,00

D – Estoque de produtos acabados – Produto C 49.507,50

C – Estoque de produtos em elaboração – Produto C 49.507,50

6. Contabilização dos Custos da Produção Vendida:

D – Custo dos Produtos Vendidos – Produto A 70.678,12,00

C – Estoque de produtos acabados – Produto A 70.678,12,00

D – Custo dos Produtos Vendidos – Produto A 51.266,25,00

C – Estoque de produtos acabados – Produto A 51.266,25,00

D – Custo dos Produtos Vendidos – Produto A 37.130,63,00

C – Estoque de produtos acabados – Produto A 37.130,63,00

Page 92: Contabilidade de custos

7. Transferência das receitas e despesas para a apuração do Resultado

D – Apuração do resultado do período 198.075,00

C - Custo dos Produtos Vendidos 159.075,00

C – Depreciação dos equipamentos de entrega 1.500,00

C - Despesas de vendas 6.600,00

C – Despesas administrativas 27.000,00

C – Despesas financeiras 3.900,00

D – Receita de vendas 232.500,00

C – Apuração do resultado do período 232.500,00

A seguir, transcrevemos os lançamentos para o Razão:

Caixa Duplicatas a receber

(SI) 22.500 (SI) 37.500

Equipamentos de entrega Depreciação acumulada:

equipamentos de entrega

(SI) 15.000 1.500 (SI)

Equipamentos de produção Depreciação Acumulada: Equipamentos de produção

(SI) 30.000 3.000 (SI)

Fornecedores Empréstimos a pagar (curto prazo)

15.000 (SI) 22.500 (SI)

Financiamentos a pagar (longo prazo)

Capital social

22.500 (SI) 225.000 (SI)

Page 93: Contabilidade de custos

Compra de matéria-prima Mão de obra direta

(SI) 180.000 180.000 (1) (SI) 90.000 90.000 (3)

Mão de obra indireta Materiais diversos consumidos na fábrica

(SI) 45.000 45.000 (4) (SI) 60.000 60.000 (4)

Depreciação dos Equipamentos de produção

Depreciação dos equipamentos de entrega

(SI) 3.000 3.000 (4) (SI) 1.500 1.500 (7)

Despesas de vendas Despesas administrativas

(SI) 6.600 6.600 (7) (SI) 27.000 27.000 (7)

Despesas financeiras Estoque de matéria-prima

(SI) 3.900 3.900 (7) (1)180.000 105.000 (2)

(EF) 75.000

Estoque de em elaboração: Produto A

Estoque de produtos em elaboração: Produto B

(2) 52.500 94.237,50(5) (2) 31.500 68.355 (5) (3) 28.125 (3) 33.750 (4) 54.000 (4) 32.400

(EF)40.387,50 (EF) 29.295

Estoque de produtos em elaboração: Produto C

Estoque de produtos acabados: Produto A

(2) 21.000 49.507,50 (5) (5) 94.237,50 70.678,12 (6) (3) 28.125 (4) 21.600

(EF)21.217,50 (EF)23.559,38

Estoque de produtos acabados: Produto B

Estoque de produtos acabados: Produto C

68.355 (5) 51.266,25 (6) (5)49.507,50 (5) 37.130,63 (6)

(EF)17.088,75 (EF)12.376,87

Page 94: Contabilidade de custos

Receita de vendas CPV

(7) 232.500 232.500 (SI) (6)70.678,12 159.075 (7) (6) 51.266,25 (6) 37.130,63

Apuração do resultado do período

Reserva de lucro

(7) 198.075 232.500 (7) 34.425 (8) (8) 34.425

Com as informações anteriores, podemos elaborar a Demonstração de

Resultados e o Balanço Patrimonial.

Receita de Vendas 232.500

( - ) Custos dos Produtos Vendidos (CPV) (159.075)

Lucro Bruto 73.425

( - ) Despesas

De Vendas (6.600)

Administrativas (27.000)

Financeiras (3.900)

Depreciação dos Equipamentos de Entrega (1.500)

Resultado Líquido do Período 34.425

Demonstração do Resultado do Exercício

Page 95: Contabilidade de custos

Ativo Passivo e Patrimônio Líquido

Circulante 278.925 Circulante 37.500

Caixa 22.500 Fornecedores 15.000

Duplicatas a receber 37.500 Empréstimos 15.000

Estoques 218.925

Produtos acabados 53.025

Produtos de elaboração 90.900

Matéria-prima 75.000

Não circulante 40.500 Não circulante 22.500

Imobilizado 40.500 Financiamentos a pagar 22.500

Equipamentos de entrega 15.000

( - ) Depreciação acumulada (1.500) Patrimônio líquido 258.425

Equipamentos de produção 30.000 Capital social 225.000

( - ) Depreciação acumulada (3.000) Reserva de lucro 34.425

Total 319.425 Total 319.425

Balanço Patrimonial

Caro aluno, chegamos ao final desta aula. Não deixe de participar com seus

colegas de turma, das discussões e dos debates no fórum. Compartilhe seu

aprendizado, opiniões e dúvidas. Desenvolva as atividades previstas na plataforma

AVA e bons estudos! Até a próxima aula!

Page 96: Contabilidade de custos

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para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado.

REFERÊNCIAS

BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3. ed. São Paulo: McGraw

Hill, 2007.

HORNGREN, Charles T.; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, William O. Contabilidade

gerencial. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.

MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall

Brasil, 2012.

PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira

Thomson Learning, 2005.

SHANK, John K. A revolução dos custos. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

STARK, José Antonio. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,

2007.

WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade gerencial. 2.

ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.

Page 97: Contabilidade de custos

Contabilidade de Custos I

Aula 13

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho

Page 98: Contabilidade de custos

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O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de

discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente

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Page 99: Contabilidade de custos

Aula 13: Departamentalização – Parte I

Objetivo: Conhecer o conceito de departamentalização, diferenciando os

departamentos produtivos e os departamentos de serviços, aprender como distribuir

os custos indiretos de acordo com os aspectos da departamentalização.

Prezado aluno, bem-vindo à 13ª aula do nosso curso.

Departamentalização

Em nossa aula anterior, verificamos que os custos indiretos apresentam

alguma dificuldade para serem distribuídos objetivamente a diferentes produtos.

Essa dificuldade cria a necessidade de se determinar critérios para sua distribuição.

São os chamados critérios de rateio. Existem outras situações que devem ser

conhecidas.

A maioria das empresas industriais elabora mais de um produto. Quando

existe uma variedade de produtos, é intuitivo supor que eles apresentem diferenças

em sua composição, nos materiais utilizados, no nível de acabamento ou, até

mesmo, em suas etapas de produção. Normalmente, essas etapas ocorrem em

diferentes departamentos com rotinas diferenciadas e bem definidas, além da

utilização de materiais específicos. Por exemplo: A fabricação de um veículo é

iniciada no departamento de estamparia, passando, a seguir, para o departamento

de soldagem, de pintura, elétrico, de motorização, de estofamento, e de vidros e

faróis.

Os materiais utilizados, tempo da MOD e energia elétrica aplicada, utilização

de ferramental específico, entre outros, representam gastos diferenciados ao longo

das etapas do processo de fabricação, o que torna o controle de custos mais

complexos e detalhados. A departamentalização envolve análise, compreensão e

gestão dos gastos envolvidos nessas etapas do processo produtivo e,

posteriormente, à contribuição de outros departamentos que não estarão

diretamente envolvidos na produção, mas prestando serviços ao processo produtivo.

Page 100: Contabilidade de custos

Na área de estudos da contabilidade de custos, a definição de departamento

corresponde à menor unidade administrativa de uma empresa industrial, a qual é

composta por pessoas e bens, onde se é possível realizar tarefas homogêneas.

Para que essas tarefas sejam realizadas, são gerados gastos que, em dado

momento, podem ser considerados despesas, e em outros, custos. Serão

considerados custos quando tais gastos beneficiarem a produção.

Departamento produtivo

Estão localizados na área de produção e são responsáveis pela elaboração

dos produtos. Um departamento produtivo caracteriza-se por realizar transformações

e modificações no produto. Os gastos gerados nesses departamentos (custos

diretos e indiretos) serão adicionados aos produtos no momento em que eles

transitarem pelos departamentos. São exemplos de departamentos produtivos:

acabamento, carpintaria, corte, costura, fundição, montagem, usinagem e tinturaria.

Departamento de serviços

Também denominados como departamentos de apoio ou auxiliares, os

departamentos de serviços tem como objetivo atender às necessidades das demais

áreas da empresa prestando serviços, inclusive, aos departamentos produtivos. No

enfoque de custos, são caracterizados por não receberem a passagem dos

produtos. Seus gastos são considerados somente como custos indiretos e

necessitarão de rateio para serem transferidos aos produtos. São exemplos de

departamentos de serviço: almoxarifado, conservação e manutenção, oficina

elétrica, oficina mecânica, controle de qualidade, refeitório, ambulatório médico e

segurança.

Exemplo: Determinada fábrica está dividida em 2 departamentos

(departamento de serviço e departamento produtivo) e em 4 setores (manutenção,

almoxarifado, prensas e usinagem). Ela produz 2 produtos “A” e “B” e nós temos os

seguintes CIF’s em cada setor:

Page 101: Contabilidade de custos

Gerência Geral ...................... $ 1.000

Manutenção ........................... $ 2.400

Almoxarifado ........................ $ 800

Prensas .................................. $ 5.200

Usinagem .............................. $ 2.800

É necessário determinar uma ordem de distribuição de custos, na qual o

departamento que os rateia não recebe mais nenhum custo; depois, é necessário

determinar o critério de rateio desses custos. No nosso exemplo, começaremos a

ratear os custos da Gerência Geral para os outros departamentos de forma igual, ou

seja, 25% para cada um. O próximo departamento a ratear seus custos será a

manutenção, e o fará em função das horas trabalhadas em cada departamento.

Horas trabalhadas da manutenção em outros departamentos

Almoxarifado 200 h 20%

Prensas 300 h 30%

Usinagem 500 h 50%

Total 1.000 h 100%

Nesse caso, se existissem horas trabalhadas para a Gerência Geral, elas

seriam ignoradas, pois se rateássemos para a Gerência Geral seria necessário

ratear novamente seus custos para a Manutenção e esta para a Gerência Geral e,

assim, sucessivamente. O almoxarifado rateia seus custos em função do valor da

matéria consumida em cada departamento produtivo:

Matéria-prima consumida no departamento de prensa R$80.000 80%

Matéria-prima consumida no departamento de usinagem R$ 20.000 20%

Total R$100.000 100%

Page 102: Contabilidade de custos

Os custos dos departamentos produtivos são rateados aos produtos em

função das horas trabalhadas:

Prensa Usinagem

Produto “A” 225 h 30% 100 h 25%

Produto “B” 525 h 70% 300 h 75%

Total 750 h 100% 400 h 100%

Vamos montar um quadro de rateio dos CIF’s aos produtos:

Usinage

m

Prens

as

Almoxarifa

do Manutenção

Gerência

Geral Total

CIF 2.800 5.200 800 2.400 1.000 12.200

1.Gerência

Geral 250 250 250 250 (1.000) -

Subtotal 3.050 5.450 1.050 2.650 - 12.200

2.Manutenção 1.325 795 530 (2.650) - -

Subtotal 4.375 6.245 1.580 - - 12.200

3.Almoxarifado 316 1.264 (1.580) - - -

Total

Departamento

Produtivo

4.691 7.509

12.200,00

Produto A 1.172,75 2.503 3.675,75

Produto B 3.518,25 5.006 8.524,25

Page 103: Contabilidade de custos

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REFERÊNCIAS

BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3. ed. São Paulo: McGraw

Hill, 2007.

HORNGREN, Charles T.; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, William O. Contabilidade

gerencial. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.

MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall

Brasil, 2012.

PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira

Thomson Learning, 2005.

SHANK, John K. A revolução dos custos. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

STARK, José Antonio. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,

2007.

WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade gerencial. 2.

ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.

Page 104: Contabilidade de custos

Contabilidade de Custos I

Aula 14

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho

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Page 106: Contabilidade de custos

Aula 14: Departamentalização – parte II

Objetivo: Reforçar os conceitos dados na aula 13 sobre a exigência feita pela

distribuição dos custos indiretos de fabricação de um maior detalhamento ao serem

divididos entre os departamentos produtivos e os de serviços.

Departamentalização – exemplificação

A empresa ABC produz bolos e tortas. O ambiente produtivo em si e suas

atividades de apoio ocorrem em quatro departamentos: Confeitaria, Embalagem,

Administração da Produção e Manutenção. Sua estrutura de custos, em

determinado período foi a seguinte:

Os Custos Indiretos de Fabricação (CIF) comuns aos dois produtos:

o Aluguel – R$ 2.400,

o Energia elétrica – R$ 1.600,

o Material indireto – R$ 1.000

o Depreciação – R$ 2.000.

Outros dados coletados no período:

Os CIF são alocados inicialmente aos departamentos e depois destes aos

produtos. As bases de rateio são as seguintes:

O aluguel é distribuído aos departamentos de acordo com suas respectivas

áreas.

Page 107: Contabilidade de custos

O consumo de energia elétrica é medido por departamento.

A base de rateio utilizada para o material indireto e a depreciação é o número

de horas de mão de obra utilizadas em cada departamento.

Os custos do departamento de administração da produção são os primeiros a

serem distribuídos aos demais, e a base é a quantidade de horas

trabalhadas: Confeitaria – 240 horas, Embalagem – 120 horas e Manutenção

– 40 horas.

Page 108: Contabilidade de custos

Conforme se tem observado em períodos anteriores – espera-se que se

mantenha – cabe ao departamento de Embalagem 25% do total dos custos

de Manutenção; o restante pertence, integralmente, ao de Confeitaria.

A distribuição dos custos dos departamentos de produção aos produtos é

feita em função das quantidades produzidas: bolos, 600 unidades e tortas,

400.

Relembrando as observações feitas na aula anterior, a distribuição incorreta

de um item de custo indireto entre diferentes produtos, acarretará distorções no

valor final dos seus respectivos custos e, consequentemente, prejudicará o retorno

no resultado de um, tanto quanto a competitividade de outro. Procedemos então

à distribuição desses itens de custo, fundamentada nas diferenças que podemos

observar entre os diversos produtos. Criamos, então, critérios de rateio. Logo,

teríamos o seguinte mapa de rateio dos custos indiretos:

Page 109: Contabilidade de custos

Prezado aluno, como está seu aprendizado? Dúvidas? Procure esclarecê-las

rapidamente com seu professor-tutor. Agora, acesse o AVA e continue exercitando

bastante seus conhecimentos fazendo o exercício proposto. Bons estudos!

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Page 110: Contabilidade de custos

REFERÊNCIAS

BLOCHER, Edward J. et al. Gestão Estratégica de Custos. 3. ed. São Paulo:

McGraw Hill, 2007.

HORNGREN, Charles T.; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, William O. Contabilidade

Gerencial. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.

MEGLIORINI, Evandir. Análise e Gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall

Brasil, 2012.

PADOVEZE, Clovis Luis. Curso Básico Gerencial de Custos. São Paulo: Pioneira

Thomson Learning, 2005.

SHANK, John K. A Revolução dos Custos. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

STARK, José Antonio. Contabilidade de Custos. São Paulo. Pearson Prentice Hall,

2007.

WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade Gerencial. 2.

ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.

Page 111: Contabilidade de custos

Contabilidade de Custos I

Aula 15

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho

Page 112: Contabilidade de custos

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Page 113: Contabilidade de custos

Aula 15: Custeio por ordem de produção

Objetivo: Conhecer o sistema de custeio por ordem de produção, identificando suas

características.

Ordem de produção

Muitos processos produtivos elaboram produtos em massa, cujas

características são idênticas, não permitindo versões finais customizadas. Como

exemplo, podemos citar diversas áreas produtivas: alimentícia, vestuário,

eletrodomésticos, etc. Outros processos produtivos, diferentemente, elaboram

produtos mediante encomenda, com características individualizadas, peças

opcionais, materiais e acabamento diferenciados. Este sistema é denominado “por

ordem de produção”.

Ele se diferencia por prontamente identificar os custos que serão alocados

aos produtos em unidades individuais ou por lotes, cada um exigindo graus variados

de atenção e habilidade. Os setores que normalmente usam o método de custeio

por ordem de produção incluem construção, impressão, aeronáutica, móveis,

maquinarias especiais, além de encomendas de produtos únicos.

Page 114: Contabilidade de custos

Desta forma, os itens de custos são aplicados a ordens específicas, que

podem constar de uma unidade física (como um móvel sob encomenda) ou poucas

unidades semelhantes (por exemplo, veículos) em um lote distinto, ou mesmo um

fechado.

O registro de custo por ordem, ou ainda denominado folha de custo por

ordem, ordem de serviço ou ordem de fabricação, representa o elemento

direcionador deste processo.

Page 115: Contabilidade de custos

Todos os custos direcionados para um produto em particular, serviços ou

lotes de produtos são aqui registrados. Um arquivo destes registros para serviços

parcialmente completados fornece detalhes de apoio para a conta de estoque de

produtos em processo. O registro de custo por ordem resume a informação contida

nos documentos fonte como requisições de materiais e cartão de ponto da mão

de obra. A primeira indica os materiais utilizados nas ordens particulares; já o

segundo registra o tempo de um trabalhador direto em particular, consumido em

cada ordem. Obviamente estes registros possuem processos informatizados.

1. Transação: materiais diretos comprados: R$ 1.900.000,00

Análise: o ativo estoque de materiais diretos é aumentado. O passivo

fornecedores é aumentado.

D – Estoque de materiais diretos 1.900.000,00

C – Fornecedores 1.900.000,00

Page 116: Contabilidade de custos

2. Transação: materiais diretos requisitados: R$ 1.890.000,00

Análise: o ativo estoque de PEP (produto em processo) é aumentado. O ativo

estoque de materiais é diminuído.

D – Estoque de PEP 1.890.000,00

C – Estoque de materiais diretos 1.890.000,00

3. Transação: custo de mão de obra incorrido: R$ 390.000,00

Análise: o ativo estoque de PEP é aumentado. O passivo salários a pagar é

aumentado.

D – Estoque de PEP 390.000,00

C – Salários a pagar 390.000,00

4.

a) Transação: custos indiretos de fabricação incorridos: R$ 392.000,00

Análise: inicialmente os custos reais são debitados nas contas de custos

indiretos de fabricação departamentais (CIF), que podem ser considerados como

ativos, até que seus montantes sejam posteriormente transferidos para outras

contas. Cada departamento tem contas CIF detalhadas, como mão de obra indireta,

utilidades públicas, reparos, depreciação de equipamentos, seguros e impostos

prediais etc. Estas contas alimentam outra resumida de controle de CIF

departamental. Os gestores são responsáveis por controlar estes custos, item por

item. Assim, que estes custos são debitados dos departamentos, as outras contas

afetadas são correspondidas nos ativos e passivos. Exemplos incluem caixa, contas

a pagar, provisões a pagar e depreciação acumulada.

D – Controle de CIF departamental da fábrica 392.000,00

C – Caixa........................................................

C – Contas a Pagar........................................

C – Outras contas.......................................... 392.000,00

Page 117: Contabilidade de custos

b) Transação: CIF da fábrica aplicados, R$ 95.000,00 + R$ 280.000,00 = R$

375.000,00

Análise: o ativo estoque de PEP é aumentado. O ativo controle de CIF

departamental da fábrica é diminuído.

D – Estoque de PEP 375.000,00

C – Controle de CIF departamental da fábrica 375.000,00

5. Transação: custo dos produtos acabados: R$ 2.500.000,00

Análise: o ativo estoque de produtos acabados é aumentado. O ativo estoque

de PEP é diminuído.

D – Estoque de Produtos Acabados 2.500.000,00

C – Estoque de PEP 2.500.000,00

6.

a) Transação: vendas a prazo: R$ 4.000.000,00

Análise: o ativo contas a receber é aumentado. A conta de receita de vendas

é aumentada.

D – Contas a receber 4.000.000,00

C – Vendas 4.000.000,00

b) Transação: custo dos produtos vendidos R$ 2.480.000,00

Análise: a despesa custo dos produtos vendidos é aumentada. O ativo

estoque de produtos acabados é diminuído.

D – Custo dos produtos vendidos 2.480.000,00

C – Estoque de produtos acabados 2.480.000,00

Page 118: Contabilidade de custos

Observe a seguir o resumo das operações no quadro:

Usinagem Montagem Total

1) Material direto comprado a prazo - - 1.900.000,00

2) Material direto requisitado 1.000.000,00 890.000,00 1.890.000,00

3) Mão de obra direta 200.000,00 190.000,00 390.000,00

4a) CIF incorridos 290.000,00 102.000,00 392.000,00

4b) CIF aplicados 280.000,00 95.000,00 375.000,00

5) Custo transferido p/ acabados - - 2.500.000,00

6a) Vendas a prazo - - 4.000.000,00

6b) Custo dos produtos vendidos - - 2.480.000,00

Vimos que os estudos desenvolvidos na área de custos, em algumas

situações, solicitam especial atenção, por serem únicas.

Caro aluno, não deixe de participar com seus colegas de turma, das

discussões e debates no fórum. Compartilhe seu aprendizado, opiniões e dúvidas na

plataforma AVA e bons estudos!

Até a próxima aula!

REFERÊNCIAS

BLOCHER, Edward J.; et al. Gestão Estratégica de Custos. 3. ed. São Paulo:

McGraw Hill, 2007.

HORNGREN, Charles T.; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, William O. Contabilidade

Gerencial. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.

SHANK, John K. A Revolução dos Custos. Rio de Janeiro: Campus. 1997.

WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade Gerencial. 2.

ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.

Page 119: Contabilidade de custos

Contabilidade de Custos I

Aula 16

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho

Page 120: Contabilidade de custos

Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.

O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de

discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente

virtual de aprendizagem UNINOVE.

Uso consciente do papel.

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Page 121: Contabilidade de custos

Aula 16: Custeio por processo

Objetivo: Conhecer o custeio por processo e identificar suas principais

características de aplicação.

Prezado aluno, seja bem vindo! Na aula anterior, aprendemos a metodologia

do custeio por ordem de produção; nesta aula, aprenderemos outra metodologia, o

custeio por processo.

Aplicabilidade do custeio por processo

As empresas que produzem grandes quantidades de produtos genéricos ou

homogêneos em um processo contínuo não usam as técnicas de custeio por ordem.

Quais os motivos? Inicialmente, não há uma produção discreta, ou seja, a empresa

não aguarda um pedido específico do cliente, mas sim faz uma previsão da

demanda para o produto e produz para atendê-la.

Page 122: Contabilidade de custos

Diferentemente do rastreamento do custo de um produto, que é realizado

quando se trata de uma encomenda, no custeio por processo, a empresa determina

os custos unitários utilizando quantidades muito maiores. Assim, o custeio por

processo atribui custos ao mensurar os de produção geral e calcular uma média

deles com base na produção total em unidades, ao longo de um período mensal

(normalmente). O custo médio resultante é, então, utilizado para determinar o custo

do estoque e o custo dos produtos vendidos.

Exemplo de aplicação do custeio por processo

Suponha uma empresa industrial fabricante de brinquedos de madeira que

elabora apenas um produto. Ela adquire a madeira como material direto para o seu

departamento de modelagem. No departamento de acabamento, o brinquedo é

pintado. O departamento de modelagem manufaturou 25 000 unidades idênticas em

um mês e seus custos naquele período foram:

Page 123: Contabilidade de custos

Materiais diretos .................................................................................R$70 000,00

Custos de conversão

MOD.......................................R$10 625,00

CIF da Fábrica.......................R$31 875,00.........................R$42 500,00

Custos a Contabilizar......................................................................R$112 500,00

O custo unitário dos produtos completados seria, simplesmente,

R$112 500,00 ÷ 25 000 = R$ 4,50. Uma especificação das informações mostraria o

seguinte:

Materiais diretos, R$70 000,00 ÷ 25 000..................................................R$ 2,80

Custos de conversão, R$42 500,00 ÷ 25 000..........................................R$ 1,70

Custo unitário do brinquedo......................................................................R$ 4,50

O que ocorreria, porém, se nem todas as 25 000 unidades fossem finalizadas

neste mês? Suponha que 5 000 unidades estivessem em processo ao final dele e,

portanto, apenas 20 000 unidades estivessem concluídas. Observemos que, tanto

as unidades concluídas quanto aquelas a concluir já contêm os materiais diretos

aplicados. Porém, somente as unidades concluídas contêm o total do montante de

custos de conversão. As unidades a concluir receberam apenas 25%. Surge o

questionamento: como o departamento de modelagem deveria calcular o custo dos

produtos transferidos e o custo de produtos remanescentes no estoque final de

PEP? A resolução para a questão se desenrola em 5 etapas:

Resumo do fluxo das unidades físicas

Inicialmente, rastreando as unidades físicas de produção, observa-se que do

total das 25 000 a serem contabilizadas, nem todas têm a mesma produção do

departamento de modelagem, uma vez que apenas 20 000 foram concluídas e

transferidas para acabados. Às 5.000 inacabadas não se poderá aplicar a mesma

Page 124: Contabilidade de custos

ponderação recebida pelas acabadas. Dessa forma, será necessário determinar a

produção em unidades equivalentes.

Cálculo das unidades equivalentes de produção

Correspondem as unidades que poderiam ter sido finalizadas com o

aproveitamento dos materiais aplicados. Por exemplo: 4 unidades que estão 50%

finalizadas, considerando o material total aplicado, corresponderiam a 2 unidades

finalizadas. Assim, a produção seria medida como 25 000 unidades equivalentes de

custo materiais diretos, mas apenas 21 250 unidades equivalentes de custo de

conversão.

Se 5 000 unidades inacabadas utilizaram 25% dos custos de conversão,

então estas unidades estão 1/4 finalizadas. Reunindo os 25% destes custos

utilizados nas 5 000 unidades, teríamos correspondentes 1 250 unidades (1/4 das

5.000).

Etapa 1 Etapa 2

Fluxo do Produto Mat. Diretos Conversão

Iniciado e completado 20 000 20 000 20 000

PEP – estoque final 5 000 5 000 *1 250

Unidades contabilizadas 25 000

Trabalho realizado até a data 25 000 *21 150

*unidades inacabadas (5 000) x % de custos de conversão utilizados.

É importante ressaltar que estimar, de maneira precisa, o percentual de

utilização dos custos de conversão, com o objetivo de determinar as unidades

equivalentes, representa uma tarefa consideravelmente complexa, uma vez que

alguns dos itens de custo são mais difíceis de proporcionalizar às unidades, como

energia elétrica, mão de obra de manutenção ou supervisão.

Resumo dos custos totais aplicados

Compreende os custos totais contabilizados.

Page 125: Contabilidade de custos

Cálculo dos custos unitários

O custo unitário resulta da simples divisão dos custos totais pelas medidas de

custos equivalentes.

Aplicação dos custos às unidades concluídas e às unidades a concluir

O custo da unidade acabada é utilizado para aplicar os custos aos produtos.

As 20 000 unidades acabadas foram completadas tanto pelos custos diretos quanto

pelos de conversão. Dessa forma, multiplica-se o custo unitário acabado pelo

número de unidades completadas para determinar seus custos. As 5 000 unidades

incompletas absorveram 100% dos custos diretos (20 000 x R$ 2,80 = R$ 14 000,00)

e apenas 25% dos custos de conversão (1 250 x 2,00 = R$ 2 500,00).

Detalhamento

Custos

Totais

Materiais

Diretos

Custos de

Conversão

Etapa 3 Custo a ser contabilizado 112 500,00 70 000,00 42 500,00

Etapa 4 Dividido por unidades equivalentes ÷ 25 000 ÷ 21 250

Custo unitário 4,80 2,80 2,00

Etapa 5

Aplicação dos custos:

Às unidades acabadas e transferidas ao departamento de

acabamento,

20 000 unidades a R$ 4,80.

96 000,00

Às unidades não acabadas e ainda em processo, ao final

do mês: 5 000 unidades:

Materiais diretos 14 000,00 5 000,00

Custos de conversão 2 500,00 1 250,00

PEP final do mês 16 500,00

Total de custos contabilizados 112 500,00

Prezado aluno, caso as dúvidas persistam, entre em contato com o professor-

tutor e com os colegas pelo fórum! Até mais...

Page 126: Contabilidade de custos

REFERÊNCIAS

BLOCHER, Edward J. et al. Gestão Estratégica de Custos. 3. ed. São Paulo:

McGraw Hill, 2007.

HORNGREN, Charles T.; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, William O. Contabilidade

Gerencial. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.

MEGLIORINI, Evandir. Análise e Gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall,

2012.

PSHANK, John K. A Revolução dos Custos. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade Gerencial. 2.

ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.

Page 127: Contabilidade de custos

Contabilidade de Custos I

Aula 17

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho

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Page 129: Contabilidade de custos

Aula 17: Custos conjuntos – parte I

Objetivo: Analisar as particularidades dos custos comuns, identificando o produto

principal, produtos conjuntos e subprodutos.

Prezado aluno, olá! Bem-vindo à aula 17 de nosso curso. Nela iniciaremos

uma viagem de conhecimento sobre um assunto ainda a ser explorado nesta área:

custos conjuntos.

Custos conjuntos

Representando um modelo especial utilizado apenas por poucas empresas

em ramos específicos de atividades, os custos conjuntos correspondem a custos

comuns em um ou vários processos, de onde se originam diferentes produtos. São

identificados assim somente até o ponto antes da separação desses produtos. Suas

principais características são:

Indivisibilidade, o que significa que sua natureza não permite identificá-los

claramente a cada produto, provocando uma apropriação arbitrária.

Nos custos conjuntos, não apenas o custo indireto de fabricação requer

apropriação aos itens produzidos, mas também o custo dos materiais e o da

mão de obra direta.

Produto principal, produtos conjuntos e subprodutos

No âmbito da apuração dos custos conjuntos, surgem as figuras dos produtos

principais, produtos conjuntos e subprodutos. A diferenciação entre eles se

fundamentará na relevância de seu percentual de participação nas vendas totais. Se

o percentual for relevante, os produtos serão considerados principais ou conjuntos.

Se o percentual for irrelevante serão considerados subprodutos.

Pela ótica do critério das vendas relativas, é plenamente possível que um

subproduto em determinado momento torne-se principal e em outro se torne um

Page 130: Contabilidade de custos

subproduto. Assim, o critério utilizado para diferenciar um produto principal de um

subproduto seria o valor comercial atribuído ao segundo com relação ao primeiro.

Essa classificação, entretanto, não é absoluta se considerarmos que o subproduto

pode se tornar significativo em termos de volume de vendas, transmutando-se em

um produto principal, tanto quanto um anteriormente produto principal pode vir a ser

considerado um subproduto. A qualificação será realmente definida pelo mercado.

Os resultados de um processo de produção conjunta podem ser classificados

basicamente em dois grupos gerais: resultado de valor positivo de vendas e

resultado de valor negativo de vendas (HORNGREN et al, 2004, p. 70). Dessa

forma, o termo produto corresponderá a qualquer resultado com valor positivo de

vendas, o qual poderá ser alto ou baixo. Quando o resultado de um processo de

produção conjunta é um produto com valor alto de venda, ele é definido como

Page 131: Contabilidade de custos

produto principal. Quando o resultado for de dois ou mais produtos com alto valor de

venda, eles serão definidos como produtos conjuntos. Quando o valor de outros

produtos for inferior ao valor do produto principal ou dos produtos conjuntos, serão

denominados subprodutos (HORNGREN et al, 2004, p. 70).

Um subproduto tem baixo valor de venda em comparação com os produtos

conjuntos e com o produto principal. A madeira é um claro exemplo disso. Uma tora,

ao ser processada, resulta em tábuas padrão e lascas. Considerando o valor alto de

venda da tábua padrão em comparação às lascas de madeira, a primeira seria o

produto principal e a segunda, o subproduto. Porém, caso as toras sejam

processadas em tábuas de alta qualidade, estas e as tábuas padrão corresponderão

aos produtos conjuntos e as lascas ao subproduto (HORNGREN et al, 2004, p. 70).

Sucata

Já aqueles artigos que não forem classificados como produtos conjuntos,

produto principal ou subprodutos, deverão ser considerados sucata. Ela representa

itens que não possuem valor de mercado certo, sendo irrelevantes para o negócio

da empresa. Por outro lado, não se deve esquecer que as sucatas fazem parte do

processo e por muitas vezes acarretam gastos como armazenamento e descarte. A

sucata não deverá integrar o ativo estoque, compondo o custo do produto principal.

Na possibilidade da sucata ser vendida, seu valor será considerado como outras

receitas operacionais. Este item será adequadamente abordado em outra aula.

Métodos de apropriação dos custos conjuntos

Existem importantes razões para que os custos conjuntos sejam apropriados

aos produtos ou serviços. Na opinião de Horngren (2004, p. 71), as principais razões

seriam:

Apuração dos custos inventariáveis e do custo dos produtos vendidos para

fins de contabilidade financeira e relatórios para as autoridades tributárias.

Apuração dos custos inventariáveis e do custo dos produtos vendidos para

fins de relatórios internos. Tais relatórios são usados na análise da

Page 132: Contabilidade de custos

rentabilidade da divisão e afetam a avaliação do desempenho dos gerentes

das divisões.

Reembolsos de custos de contratos às empresas que têm alguns, mas não

todos, de seus produtos ou serviços reembolsados sob os contratos de custo-

mais com uma agência do governo.

Apuração dos acertos de seguros para indenizações de danos com base nas

informações de custo pelas empresas que tem produtos conjuntos, principais

ou subprodutos.

Regulamentação de tarifas para um ou mais dos produtos ou serviços

produzidos em conjunto, sujeitos à regulamentação de preços.

Litígios nos quais os custos dos produtos conjuntos são as entradas-chave.

É importante considerar que os produtos conjuntos não estão diretamente

relacionados com os individuais, uma vez que o processo de produção simultâneo

resulta em múltiplos artigos. Um dos métodos de apropriação dos custos conjuntos é

o seguinte:

Método do valor de mercado

Este método considera que os custos conjuntos são distribuídos aos

produtos, de acordo com as unidades produzidas, ponderadas pelo preço de venda

dos produtos no ponto em que surgem como unidades individuais, ou seja, no ponto

de separação, supondo sua venda neste estado. Assim, existe uma relação entre o

preço de venda e o custo incorrido no processo produtivo, considerando que

diferentes valores decorrem da maior ou menor dificuldade em sua elaboração e

evidenciando, desta forma, que os produtos que tiverem maior preço de mercado

receberão maior custo.

Porém, não são encontrados valores de mercado para todos os produtos no

estágio de acabamento ou no ponto de separação, criando necessidade de

determinação de um valor de mercado hipotético a ocorrer no ponto de separação e

que se refira ao valor de mercado dos produtos finais, subtraídos dos custos

adicionais de cada produto para torná-los em condições de venda.

Esse procedimento baseia-se na ideia de que os custos adicionais estariam

mais associados às possibilidades de se conseguir maior preço e maiores lucros

Page 133: Contabilidade de custos

relacionados a cada produto isoladamente do que ao processo de produção

conjunta. Porém, é indispensável ressaltar que este método é considerado o mais

praticado em razão muito mais da falta de oferta de outros métodos de análise

melhores do que de sua perfeita adequação. Assim, a simples afirmação de que os

produtos de maior valor são os que recebem ou tem as melhores condições para

receber a maior parcela de custos necessita ser avaliada com maior objetividade e

fundamentação.

Produtos Conjuntos

Valor de Venda / kg

Quantidade Produzida

Valor de Venda Total

Custos Adicionais

Produto A 400,00 55.000 22.000.000,00 4.000.000,00

Produto B 200,00 100.000 20.000.000,00

Produto C 300,00 60.000 18.000.000,00 6.000.000,00

Total 215.000 60.000.000,00 10.000.000,00

Prezado aluno, na aula 18 estudaremos a segunda parte deste conteúdo, em

que serão apresentados os outros métodos do valor de mercado. É importante que

você reforce seus conhecimentos da presente aula, pois eles serão solicitados no

próximo conteúdo, ok? Caso fique alguma dúvida, leve a questão ao Fórum e divida-

a com seus colegas e professor. Bom estudo!

REFERÊNCIAS

BLOCHER, Edward J. et al. Gestão Estratégica de Custos. 3. ed. São Paulo:

McGraw Hill, 2007.

HORNGREN, Charles T.; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, William O. Contabilidade

Gerencial. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.

MEGLIORINI, Evandir. Análise e Gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall

Brasil, 2012.

PSHANK, John K. A Revolução dos Custos. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade Gerencial. 2.

ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.

Page 134: Contabilidade de custos

Contabilidade de Custos I Aula 18

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Page 136: Contabilidade de custos

Aula 18: Custos conjuntos — Parte II

Objetivo: Continuar a identificação das metodologias de apropriação dos custos

conjuntos iniciada na aula anterior.

Caro aluno, olá! Aprendemos, na aula anterior, que alguns custos

representam uma base comum (custos conjuntos), sobre a qual posteriormente

produtos definitivamente diferentes são produzidos.

Page 137: Contabilidade de custos

Método das quantidades físicas

Também denominando método das unidades quantitativas, utiliza unidades

de medidas como base para alocar os custos conjuntos. Quanto às unidades de

medida, variam de produto para produto, um denominador comum tal qual

quantidade por tonelada ou outra unidade deve ser utilizado. Muitas empresas de

produção contínua que operam no segmento industrial dos produtos naturais, como

óleos, carnes, farináceos, combustíveis, enfrentam a difícil tarefa de identificar

custos que a cada etapa devem indubitavelmente ser adicionados, mas em qual

proporção?

Como exemplo desta complexidade, vamos supor um bovino comprado a um

preço suposto de R$2 300, destinado ao corte. Qual seria a correta atribuição dos

custos de abate e corte, à medida que surgem os diferentes produtos: picanha,

alcatra, maminha, cupim, costelas?

Para alocar o custo conjunto nessa espécie de situação, deveria existir algum

criterioso padrão a ser seguido. Devemos reconhecer que prevalecerá algum nível

arbitrariedade. No caso do método dos volumes produzidos, que apropria custos

iguais por unidade de volume elaborado, Martins (2000) supõe a hipótese de

apropriação apresentada a seguir: matéria-prima processada no valor de R$30

milhões e mão de obra e custos industriais no valor de R$15 milhões, totalizando um

custo total de R$45 milhões.

Produtos

Conjuntos

Valor de Venda/Kg

Quantidade Produzida

Valor de

Venda Total

Custos

Adicionais

Produto A 400,00 55 000 22 000 000,00 4 000 000,00

Produto B 200,0 100 000 20 000 000,00

Produto C 300,00 60 000 18 000 000,00 6 000 000,00

Total 215 000 60 000 000,00 10 000 000,00

Page 138: Contabilidade de custos

Produtos

Conjuntos

Volume Produzido/Kg

Proporção% Custo conj.

Alocado

Custos

Adicionais

Produto A 55 000 25,58 11 511 628,00 209,30

Produto B 100 000 46,51 20 930 232,00 209,30

Produto C 60 000 27,91 12 558 240,00 209,30

Total 215 000 100% 45 000 000,00 10 000 000,00

Fonte: Adaptado de Martins (2000, p.181)

Análise: o custo do produto B está maior que seu preço de venda (R$200

p/kg). Este método, segundo Martins (2000), poderia ser válido se os produtos

apresentassem características muito semelhantes entre si, inclusive costumam não

ter muita divergência em seus preços de mercado.

Igualdade do lucro bruto

De maneira simples, por esse método, os custos conjuntos são distribuídos

de maneira que produto alcance o mesmo lucro bruto por unidade. Acompanhando o

exemplo, temos:

Sem custos adicionais aos produtos conjuntos:

Dados:

Matéria-Prima Processada R$30 000 000,00

Mão de obra e Custos Industriais R$15 000 000,00

Custos Conjuntos Totais R$45 000 000,00

Page 139: Contabilidade de custos

Produtos

Conjuntos

Valor de Venda/Kg

Quantidade Produzida

Valor de

Venda Total

Produto A 400,00 55 000 22 000 000,00

Produto B 200,00 100 000 20 000 000,00

Produto C 300,00 60 000 18 000 000,00

Total 215 000 60 000 000,00

Receita Total R$ 60 000 000,00

(-) Custo Total Conjunto R$ 45 000 000,00

= Lucro Bruto R$ 15 000 000,00

Lucro Bruto por Kg 15 000 000/215 000 = 69,77/kg

Produtos

Conjuntos

Valor de Venda/Kg (A)

Lucro Bruto (B) Custo (A)-(B)

Produto A 400,00 69,77 330,023

Produto B 200,00 69,77 130,23

Produto C 300,00 69,77 230,23

Fonte: Martins (2000, p.182)

Com custos adicionais nos produtos A e C

Receita Total R$ 60 000 000

(-) Custo Total Conjunto R$ 45 000 000

(-) Custo Adicional R$ 10 000 000

(=) Lucro Bruto R$ 5 000 000

Lucro Bruto por Kg 5 000 000/215 000 = 23,26/kg

Page 140: Contabilidade de custos

Produtos

Conjuntos

Preço de Venda $ /

Kg

Lucro Bruto $

Preços (-) Lucro Bruto

$

(-)Custo Adicional $

Kg

Custo Anterior

Produto A 400,00 23,26 376,74 72,73 304,02

Produto B 200,00 23,26 176,64 - 176,74

Produto C 300,00 23,26 276,74 100,00 176,74

Fonte: Martins (2000, p.182)

Custo médio ponderado

Fundamenta-se na necessidade de que os produtos conjuntos devam receber

os custos conjuntos respeitando as dificuldades encontradas para sua obtenção.

Fatores de ponderação ou produção devem ser empregados para determinar a

alocação apropriada dos custos conjuntos. Esses fatores podem ser: peso por

unidade, tamanho do produto, dificuldade na elaboração, tempo consumido na

fabricação, tipo de mão de obra utilizada, quantidade de material, etc.

Neste método, o número de unidades de cada produto é multiplicado pelo

fator de ponderação correspondente e, em seguida, multiplicado pelo custo médio

unitário para determinar a apropriação dos custos.

Seu ponto deficiente é a subjetividade aplicada aos fatores de ponderação e

produção, uma vez que cada empresa utiliza a sua própria concepção de qual o

fator de ponderação ou produção que pretende utilizar. Assim, o resultado varia,

podendo ocasionar uma apropriação de custos em valor maior ou menor ao produto

ou subproduto.

Dados:

Matéria-Prima Processada R$30 000 000,00

Mão de obra e Custos Industriais R$15 000 000,00

Custos Conjuntos Totais R$45 000 000,00

Page 141: Contabilidade de custos

Produtos

Conjuntos

Valor de Venda/Kg

Quantidade Produzida

Valor de

Venda Total

Produto A 400,00 55 000 22 000 000,00

Produto B 200,00 100 000 20 000 000,00

Produto C 300,00 60 000 18 000 000,00

Total 215 000 60 000 000,00

Produtos Conjuntos

Peso Quantidade

R$ Ponderação Participação

Custo Conjunto

Total Unitário

Produto A 100 55 000 5 500 000,00 41,05 18 470 146,00 335,82

Produto B 40 100 000 4 000 000,00 29,85 13 432 843,00 134,33

Produto C 65 60 000 3 900 000,00 29,10 13 097 011,00 218,88

Total 13 400 000,00 100% 45 000 000,00

Fonte: Adaptado de Martins (2000, p.182)

Prezado aluno, agora que você complementou as informações sobre o

assunto “custos conjuntos”, está na hora de desenvolver as atividades

disponibilizadas no ambiente AVA. Verifique com seu tutor as possíveis dúvidas e

lembre-se: é necessário praticar bastante para assegurar seu aprendizado! Até

mais.

Page 142: Contabilidade de custos

REFERÊNCIAS

BLOCHER, Edward J. et al. Gestão Estratégica de Custos. 3. ed. São Paulo:

McGraw Hill, 2007.

HORNGREN, Charles T.; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, William O. Contabilidade

Gerencial. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.

MEGLIORINI, Evandir. Análise e Gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall

Brasil, 2012.

PSHANK, John K. A Revolução dos Custos. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade Gerencial. 2.

ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.

Page 143: Contabilidade de custos

Contabilidade de Custos I

Aula 19

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho

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Aula 19: Sucata, retrabalho e refugos

Objetivo: Conhecer elementos de custo que merecem muita atenção: sucata, refugo

e retrabalho, pois são decorrentes da ocorrência de defeitos no processo produtivo;

identificar suas características.

Custos por defeito

Existe, na atualidade, uma grande preocupação por parte das empresas

quanto à melhoria da qualidade nos processos produtivos e a consequente redução

dos defeitos de seus produtos, serviços e atividades. Um percentual de defeito

considerado aceitável no passado não é mais tolerável no presente.

Em tempos de crescente competitividade, toda redução de defeitos também

reduzirá custos e aumentará a produtividade. Os gestores estão cientes e

permanecem atentos, focados neste objetivo, disputado com o concorrente,

“milímetro a milímetro”. Nesse sentido, refugo, sucata e retrabalho correspondem a

três espécies de custos provocados pelos defeitos ocorridos no processo produtivo.

Sucata

Corresponde àquelas unidades de produção que, finalizadas ou incompletas,

não satisfizeram os padrões de qualidade exigidos pelo processo e, portanto, são

inaceitáveis para os clientes; serão vendidas a preços reduzidos. Normalmente,

podemos observar como exemplo a venda de camisas, camisetas, calças jeans,

sapatos, tênis, tapetes e toalhas que apresentam pequenos defeitos, sendo

vendidos como peças baratas.

Tipos de sucata

O controle de custos de um processo produtivo deve buscar identificar em

qual proporção a sucata ocorre, determinando seu custo, com a finalidade de

Page 146: Contabilidade de custos

controlá-lo e reduzi-lo. Para tanto, será necessário determinar se essa sucata é

normal ou anormal.

A sucata normal é uma perda inerente ao processo produtivo, ou seja, ocorre

apesar da utilização de condições eficientes de controle e da correta utilização dos

equipamentos pelos operadores. Ela decorre da incapacidade considerada normal,

de que 100% das unidades resultem perfeitas.

Os custos da sucata normal são incluídos como componente dos custos das

unidades perfeitas fabricadas, justificados pela impossibilidade de tais unidades

serem produzidas sem gerar também as defeituosas.

Já a sucata anormal é aquela que ocorre sobre condições operacionais

deficientes, como a avaria ocorrida nos equipamentos, para a qual não há as

manutenções necessárias e suficientes; também a inadequada ação dos operadores

contribui para a ocorrência deste tipo. Ela é considerada controlável e evitável. Para

calcular seu efeito, seus custos não são incluídos ao das unidades perfeitas, mas

mantidos em conta contábil específica, gerando relatórios que acompanhados

periodicamente, ajudarão a reduzi-los ao longo do tempo.

Refugo

É a sobra do material utilizado no processo produtivo de determinado produto,

representando baixo valor de venda. São diversos os exemplos: pedaços de

madeira, bordas plásticas, retalhos de tecido, beiradas metálicas serrilhadas, etc.

Seu registro inicial é, portanto, físico.

Itens como folhas de metal impressas e sobras de peças plásticas moldadas

são quantificadas pelo peso, pela contagem ou alguma outra forma. O registro

desses refugos (A) deve colaborar para medir o grau de eficiência na utilização dos

materiais empregados (B) pela comparação entre ambos (A/B), além disso, tal

registro também permite o rastreio do refugo e evita seu desvio (ou roubo) da

empresa.

O refugo é vendido ou removido rapidamente, armazenado para venda,

remoção ou reuso posterior. Seu acompanhamento cuidadoso se estende para os

registros contábeis, nos quais normalmente uma conta específica é disponibilizada

para sua contabilização.

Page 147: Contabilidade de custos

Retrabalho

É a ação de recuperação de unidades que, já acabadas, não satisfazem os

padrões estabelecidos, sendo então consertadas e vendidas como unidades

aceitáveis. Como exemplo, os produtos eletro-eletrônicos que, já finalizados, são

colocados em funcionamento e testados antes de serem enviados à venda. Ao se

perceber falta ou funcionamento deficiente, são recolhidos para verificação e

conserto.

O retrabalho pode ser classificado basicamente em três gêneros: atribuível a

uma ordem de produção específica; comum a todas as ordens de produção e

anormal. Vamos supor a fabricação de peças de aviação com os seguintes valores

unitários de custo:

Peças e materiais...........R$400,00

MOD...............................R$400,00

CIF..................................R$200,00

Considerando a produção de 10 unidades, teremos o seguinte lançamento

contábil:

D – Controle do produto em processos (produção específica)...........10 000,00

C – Controle dos materiais....................................................................4 000,00

C – Controle dos salários a pagar.........................................................4 000,00

C – Custos indiretos de produção alocados.........................................2 000,00

Suponha que 3 das unidades, após inspecionadas, apresentam falhas e

acabam sendo rejeitadas, solicitando, portanto, retrabalho. Este retrabalho por

unidade corresponde aos seguintes valores unitários:

Peças e materiais...........R$125,00

MOD...............................R$100,00

CIF..................................R$75,00

Page 148: Contabilidade de custos

Retrabalho atribuível a uma ordem de produção específica

Se o retrabalho é considerado normal, mas ocorre por causa de exigências de

uma ordem de produção específica, seus custos são cobrados para aquela ordem

de produção. O lançamento será:

D – Controle do produto em processos (produção específica)....R$900,00

C – Controle dos materiais...................................................................R$375,00

C – Controle dos salários a pagar........................................................R$300,00

C – Custos indiretos de produção alocados........................................R$225,00

Retrabalho atribuível comum a todas as ordens de produção

Quando o retrabalho é normal, mas não atribuível a uma ordem específica, os

custos de retrabalho são cobrados nos custos indiretos de produção e distribuídos

por meio da alocação dos custos indiretos por todas as ordens de produção. O

lançamento será:

D – Controle do produto em processos (todas as ordens)...........R$900,00

C – Controle dos materiais...................................................................R$375,00

C – Controle dos salários a pagar........................................................R$300,00

C – Custos indiretos de produção alocados........................................R$225,00

Retrabalho anormal

Se o retrabalho é anormal, ele é registrado cobrando um retrabalho anormal a

uma conta de perda. O lançamento será:

D – Perda do retrabalho anormal......................................................R$900,00

C – Controle dos materiais...................................................................R$375,00

C – Controle dos salários a pagar........................................................R$300,00

Page 149: Contabilidade de custos

C – Custos indiretos de produção alocados........................................R$225,00

Prezado aluno, participe do chat agendado para esta aula. Também

compartilhe suas opiniões e dúvidas no fórum. As atividades especialmente

elaboradas para este conteúdo estão disponíveis na plataforma AVA. Caso ainda

permaneça alguma dúvida, compartilhe-a com seus colegas e o professor tutor no

fórum. Bom estudo!

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REFERÊNCIAS

BLOCHER, Edward J. et al. Gestão Estratégica de Custos. 3. ed. São Paulo:

McGraw Hill, 2007.

HORNGREN, Charles T.; DATAR, Srikant M.; FOSTER, George. Contabilidade de

Custos. 11. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.

MEGLIORINI, Evandir. Análise e Gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall

Brasil, 2012.

Page 150: Contabilidade de custos

PSHANK, John K. A Revolução dos Custos. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade Gerencial. 2.

ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.

Page 151: Contabilidade de custos

Contabilidade de Custos I

Aula 20

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho

Page 152: Contabilidade de custos

Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.

O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de

discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente

virtual de aprendizagem UNINOVE.

Uso consciente do papel.

Cause boa impressão, imprima menos.

Page 153: Contabilidade de custos

Aula 20: Custeio por absorção

Objetivo: Apresentar alguns aspectos não discutidos nas aulas anteriores acerca de

materiais, mão de obra e custos indiretos de fabricação que devemos considerar na

gestão de custos.

Prezado aluno, olá! Já chegamos à aula 20 de nosso curso. Nela trataremos

do conceito de custo de absorção.

Conceito

O custeio por absorção representa um método para apuração, caracterizado

por apropriar custos fixos e variáveis aos produtos. Inicialmente, é necessário

separar os gastos do período entre despesas, custos e investimentos. Esses devem

ser ativados, estes são apropriados aos produtos e aquelas deverão ser incluídas na

demonstração do resultado do exercício por não ser diretamente relacionadas aos

produtos, mas necessária para vendê-los.

Sequencialmente, os custos devem ser separados em diretos e indiretos. Os

primeiros serão alocados aos produtos em função do consumo medido em sua

elaboração. Os indiretos, por sua vez, alocados via rateio. Conforme o exemplo de

Megliorini (2012, p.26), vamos supor a produção de carteiras escolares e verificar os

três elementos de custos solicitados em sua fabricação.

Materiais diretos: são os recursos que integram fisicamente o produto e

representam a parte “visível” do custo. Quando a empresa utiliza um sistema

de controle de estoques, assim que um material é requisitado, identifica-se

onde ele será aplicado diretamente.

Mão de obra: ação humana sobre os equipamentos e processos para

transformar os materiais em produtos. Há dois grupos de trabalho: a) aqueles

que agem diretamente na transformação que levará ao produto, ou seja,

MOD; e b) aqueles que não têm esta atribuição, mas atuam no apoio:

almoxarifes, engenheiros, chefes, ajudantes, vigias, etc, considerados MOI.

Page 154: Contabilidade de custos

Demais custos: recursos, além dos materiais e mão de obra, necessários para

o processo produtivo como energia elétrica, manutenção, depreciação, MOI,

telefone, impostos, etc.

Matéria-prima e produto

Uma empresa industrial utiliza materiais diversos em seus processos:

matérias-primas (madeira, fórmicas, tubos de ferro, espuma), materiais secundários

(parafusos, rebites, dobradiças), materiais auxiliares de produção (lixa, cola, verniz,

solda), embalagens, de higiene, de limpeza, etc. Na cadeia produtiva das empresas,

o produto de uma empresa pode representar a matéria-prima de outro.

Page 155: Contabilidade de custos

Observe a figura a seguir:

MOD

Corresponde ao trabalho realizado pelos profissionais que atuam diretamente

na transformação dos recursos em produtos. Entretanto, o custo destes

trabalhadores não pode ser tratado como direto sem que antes se analise seu

trabalho e se exerça um adequado controle das horas realizadas.

A MOD pode trabalhar na elaboração do produto ou, esporadicamente,

executar diferentes atividades. Consideremos que, em algumas situações como a

falta de energia elétrica dos materiais por falha no fornecimento ou mesmo na

quebra de equipamentos ela será improdutiva. Nestas situações, o tempo em que os

trabalhadores permaneceram inoperantes constitui um custo indireto a ser absorvido

como indireto. Isso decorre do fato de que para ser considerada direta, a mão de

obra necessita ser apontada e, assim, quantificada ao produto.

Page 156: Contabilidade de custos

Custos indiretos de fabricação

É o grupo de recursos que oferece mais dificuldade ao trabalho da gestão em

custos uma vez que sua distribuição, por mais sensata e pertinente que seja a forma

pela qual ocorra, sempre conterá aspectos subjetivos e arbitrários. Considerando

que o total de custos indiretos irá inevitavelmente ser alocado aos produtos, melhor

ou pior seja o critério de distribuição, constantemente existirá o risco de um produto

ser subavaliado enquanto outro, automaticamente, será superavaliado. As bases

mais utilizadas para o rateio são:

Área ocupada – para aluguéis, depreciação do prédio, impostos prediais e

seguro.

Quilowatts hora – relativa à potência instalada dos departamentos para ratear

o custo da energia elétrica.

Número de funcionários – para ratear os custos apropriados ao departamento

de administração geral da fábrica.

Número de requisições de material para ratear os custos apropriados ao

almoxarifado.

As bases definidas para a distribuição (rateio) devem ser duradouras e o

gestor responsável pela sua definição precisa evitar mudanças constantes para não

provocar flutuações nos custos dos produtos ao longo dos períodos e,

consequentemente, impossibilitar a comparabilidade de dados pelos usuários da

informação, os quais muitas vezes desconhecem as sistemáticas de custos.

Entretanto, quando for claramente necessária a mudança de uma base de

distribuição por outra mais adequada, ela deverá ser alterada repassando

observações nos relatórios de custos sobre a mudança e esclarecimentos para seu

melhor entendimento. De acordo com o CPC 16:

A alocação de custos fixos indiretos de fabricação às unidades

produzidas deve ser baseada na capacidade normal de produção. A

capacidade normal é a produção média que se espera atingir ao longo

de vários períodos em circunstâncias normais; com isso, leva-se em

consideração, para a determinação dessa capacidade normal, a parcela

da capacidade total não utilizada por causa de manutenção preventiva,

Page 157: Contabilidade de custos

de férias coletivas e de outros eventos semelhantes considerados

normais para a entidade. O nível real de produção pode ser usado se

aproximar-se da capacidade normal. Como consequência, o valor do

custo fixo alocado a cada unidade produzida não pode ser aumentado

por causa de um baixo volume de produção ou ociosidade. Os custos

fixos não alocados aos produtos devem ser reconhecidos diretamente

como despesa no período em que são incorridos. Em períodos de

anormal alto volume de produção, o montante de custo fixo alocado a

cada unidade produzida deve ser diminuído, de maneira que os

estoques não sejam mensurados acima do custo. Os custos indiretos de

produção variáveis devem ser alocados a cada unidade produzida com

base no uso real dos insumos variáveis de produção, ou seja, na

capacidade real utilizada. (CPC, SI, 2013)

A separação entre custos e despesas

Tratada, teoricamente, a dissociação entre despesas e custos e simples:

gastos relacionados à produção são custos; gastos associados à administração e

as vendas são despesas.

Uma abordagem prática revela, porém, a dificuldade em separar estes gastos

de forma clara e objetiva. Como exemplo, é comum encontrarmos uma única

administração, sem a discriminação do que realmente pertence à fábrica. Como

essa divisão, na prática, é imprecisa, o rateio entre custo e despesa já ocorre de

forma arbitrária. Normalmente, é verificada a proporcionalidade das pessoas dentro

e fora da fábrica.

Outros exemplos de dificuldade envolvem: os gastos com o setor de Recursos

Humanos, por este departamento ser único e cuidar tanto do pessoal da fábrica

quanto o da administração e o Departamento Contábil, que envolve tanto a

contabilidade financeira quanto a de custos. Problemas também existem na

separação dos gastos ocorrido no setor de compras, almoxarifado, manutenção, etc.

Prezado aluno, chegamos ao fim do curso. Nosso desejo é que você tenha

aproveitado ao máximo todas as informações disponibilizadas. Bom estudo e até a

próxima oportunidade!

Page 158: Contabilidade de custos

REFERÊNCIAS

BLOCHER, Edward J.; et al. Gestão Estratégica de Custos. 3ª ed. São Paulo:

McGraw Hill, 2007.

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC 16(R1). Estoques.

Disponível no site http://www.cpc.org.br/mostraOrientacao.php?id=31. Acesso em:

30 set. 2013.

HORNGREN, Charles T.; DATAR, Srikant M.; FOSTER, George. Contabilidade de

Custos. 11 ed. vols. 1 e 2. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2003.

MEGLIORINI, Evandir. Análise e Gestão. 3 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall

Brasil, 2012.

PSHANK, John K. A Revolução dos Custos. Rio de Janeiro: Campus. 1997.

WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade Gerencial. 2

ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.