construindo #10

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CONSTRUINDO SANTA CATARINA 1 SANTA CATARINA Ano IV | Nº 10 | R$ 9,90 | Editora Destaques Catarinenses Revista | R$3 Bilhões para aquecer a economia do Estado Madeira ecológica Como será Blumenau em 2050 Começam as obras na Ponte Estaiada de Laguna e no Aeroporto Hercílio Luz

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Revista Construindo #10

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CONSTRUINDO SANTA CATARINA 1

SANTA CATARINAA n o I V | N º 1 0 | R $ 9 , 9 0 | E d i t o r a D e s t a q u e s C a t a r i n e n s e s

Revista

|

R$3 Bilhõespara aquecer a economia

do Estado

Madeira ecológica

é destaque em empreendimento de

Santa Catarina

Como seráBlumenauem 2050

Começam as obras na

Ponte Estaiada de Lagunae noAeroporto Hercílio Luz

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Relação dos Presidentes dos Sinduscons do Estado de Santa Catarina

Balneário Camboriú: Carlos Haacke; Blumenau: Amauri Alberto Buzzi; Brusque: Ademir Pereira; Chapecó: Lenoir Broch; Criciú-ma: Jair Paulo Savi; Grande Florianópolis: Helio Bairros; Itajaí: José Carlos Santos Leal; Itapema: João Formento; Jaraguá do Sul: Paulo Obenaus; Joinville: Luis Carlos Presente; Lages: Albraino da Silva Brazil; Rio do Sul: Arno Nardelli; São Miguel do Oeste: Ivo Bortolossi; Tubarão: José Sylvio Ghisi.

Ficha Técnica:

Diretor geral: José Chaves Conselho editorial: José Chaves, Sheila R. Oliveira e Hélio César Bairros Editor e jornalista responsável: Dor-va Rezende (DRT-RS 6220) Textos e pesquisas: Aline Felkl, Beatrice Gonçalves, Mateus Boing e assessorias Editor de Arte: Rodrigo Kurtz - [email protected] Produção: Elsa A. R. Matos - [email protected] Comercialização: Rosângela Rosário - [email protected], Dilma G. da Silva Machado - [email protected]

07 Palavra do PresidenteMedidas legais contra impostos

08 A força da indústria da Construção CivilTecnologia verde na Rio+20

20 Empreendimento em DestaqueO prédio mais alto da América do Sul

22 Mercado ImobiliárioAs vantagens do corretor de imóveis

24 Governo/Financiamento R$ 100 bilhões para casa própria em 2012

26 Mulheres na ConstruçãoUm mercado promissor

32 Governo/InfraestruturaPonte estaiada em Laguna sai do papel

36 Cidades/PlanejamentoBlumenau preparada para 2050

44 CapaCompensação à guerra fiscal

49 CREALançado o Catálogo Empresarial

52 Inovação e TecnologiaMicrogeração de energia é viável

54 SindusconA força do associativismo

65 Artigo Empresas viciadas e a não qualidade

82 EventoCaminhão-escola em Brusque

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Sumário

Editora Destaques Catarinenses Ltda.

Rua Manoel Loureiro, 470 | São José | SC | CEP 88117-330 | Fone: (48) 3246-5972 e 3258-8859

www.construindosc.com.brwww.twitter.com/construindosc

www.facebook.com/editoradestaques

* 15° FEIRA INTERNACIONAL DA CONSTRUÇÃO - CONSTRUSUL Local: FIERGS - Porto Alegre -RS Data: 01/08/2012 - 04/08/2012 Site: http://www.feiraconstrusul.com.br * 19° SALÃO DO IMÓVEL - CONSTRUFAIR - SC Local: CENTROSUL

Data: 21 a 26/08/2012 Site: www.construfairsc.com.br * ENINC - ENCONTRO NACIONAL PARA INOVAÇÃO NA CONTRUÇÃO CIVIL - LONDRINA - PR Local: Parque de Exposições Ney Braga - Recinto José Gracia Molina

Data: 20 a 21/09/2012 Site: www.eninclondrina.com.br * EXPOACABAMENTO -FEIRA DE ACABAMENTOS PARA CONSTRUÇÃO Local: FIERGS - Porto Alegre -RS Data: 18/10 a 21/10/2012 Site: http://expoacabamento.com.br

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As reformas necessárias ao país – tributária, administrativa, política e trabalhista – estão sempre pre-

sentes no discurso político. Há sempre expectativa pela redução dos custos da

máquina pública, tão cara aos cida-dãos, seja com a burocracia ou com

a tributação em cascata. Tudo como forma de assegurar os re-

cursos para atender ao pesado Estado brasileiro.

Por outro lado, a imprensa nos traz quase diariamente notícias sobre improbida-des, interesses espúrios, locupletação, fisiologismo, casuísmo, superfatura-mento, fraudes, alimentos apodrecendo, remédios

vencendo, estradas e pon-tes precárias, escolas ina-dequadas e professores

muito mal pagos e ruins, saúde calamitosa, salários

astronômicos de assessores parlamentares, etc.

Em razão disso, muitas ve-zes não restam alternativas a não

ser nos defendermos do Leviatã (como Thomas Hobbes chamava o

Estado). O Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) de Blu-

menau coloca à frente de suas realizações uma

postura pró-- a t i v a ,

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Palavra do Presidente

Arma legalcontraimpostos ilegais

questionando com medidas legais cabí-veis todo ato do poder público que impli-que majoração ilegal ou inconstitucional dos tributos. Com essa posição pela de-fesa dos direitos do associado, em 2006, o Sinduscon constituiu assessoria jurídi-ca voltada a diversas questões legais, em especial a tributária.

A partir daí, nossos advogados ingres-saram com mandados de segurança cole-tivo contra o aumento da base de cálculo do ISS, das contribuições previdenciárias e do PIS/Confins, entre outros assuntos. Algumas ações já deram resultado, como o fim da cobrança de INSS sobre o aviso prévio indenizado.

Recentemente, também obtivemos êxito em tribunais superiores na ques-tão da incidência de ISS sobre materiais e subempreitadas. Com isso, empresas associadas de Blumenau, Indaial e Timbó estão autorizadas a não mais recolherem o ISS na forma pretendida pelas prefeitu-ras.

Outro êxito jurídico do Sinduscon de Blumenau se deu em relação à tributação das receitas financeiras pelo PIS/Cofins. A Justiça acatou nosso mandado de se-gurança coletivo, ou seja, agora não são mais tributáveis pelo PIS/Cofins os juros cobrados em financiamentos promovidos pela própria incorporadora.

A atuação do sindicato se dá sempre através de mandado de segurança cole-tivo, uma vez que se trata de medida que beneficia todos os associados de forma indistinta, além de gerar custos ínfimos e evitar os ônus da sucumbência proces-sual. Além disso, esse instrumento jurídi-co gera efeitos aos associados futuros. Se à época de determinada decisão a empre-sa não era associada, associando-se pas-sa a usufruir dos benefícios obtidos com a vitória judicial.

Sinduscon de Blumenau constituiu uma assessoria jurídica para questionar cobranças tributárias inconstitucionais

Amauri Alberto BuzziPresidente do Sinduscon de Blumenau

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A força da indústria da Construção Civil

O impacto ambiental de prédios e cidades, causado por diversos materiais e serviços ligados ao

setor da Construção Civil, por conta de suas características, ganhará uma nova ferramenta para sua redução: a criação de um grupo de trabalho sobre construção sustentável com o objetivo de implementar conceitos, indicado-res e metas para o uso de recursos naturais, eficiência energética e redu-ção das emissões de gases de efeito estufa.

Essa será a principal proposta que a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o Conselho Bra-sileiro de Construção Sustentável (CBCS), a Confederação Internacional de Construtores e o Conselho Empre-sarial Brasileiro para o Desenvolvi-mento Sustentável (CBEDS) apresen-tarão em evento paralelo à Rio+20, no dia 17 de junho.

Segundo o presidente do Conselho Brasileiro da Construção Sustentá-vel, Marcelo Takaoka, a construção tem participação muito importante no desenvolvimento sustentável. “É mais fácil trabalhar com setor que

Tecnologiae a

Rio + 20 Verde

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integra as indústrias. Nós construímos as cidades com base na atuação das outras áreas. Podemos melhorar a efi-ciência de consumo de energia em até 30%”, disse Takaoka. Experiências de outros paises - como a de Masdar City, nos Emirados Árabes, visitada por uma missão de empresários catarinenses no final de 2011 e da China, onde serão construídas diversas novas cidades considerando novos conceitos cons-trutivos e de alta inovação tecnológica - serão discutidas e servirão de ponto de partida para os estudos futuros.

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, Paulo Safady Simão, destaca algumas das atrações do evento. O arquiteto que está fazendo um projeto exemplar em Masdar City estará presente. A CBIC irá levar à ONU um documento final com uma proposta ousada, de forma-ção de um grupo mundial sob coorde-nação da organização. A ONU, a partir daí, deve determinar os conceitos, in-dicadores e metas para um projeto de construção sustentável no mundo. De acordo com Safady Simão, o setor pre-cisa mudar a impressão de que é um

grande poluidor. “O setor mostra que é depredador da natureza, emissor de gases, desperdiça materiais”, afirmou. Em seu entendimento a RIO + 20 será uma oportunidade para mudar essa situação no Brasil e no mundo todo.

Grandes empresas já executam seus projetos alinhadas aos novos conceitos. Porém isso se faz neces-sário realizar também por pequenos e médios empreendedores que repre-sentam mais de 170 mil em todas as regiões do País. O projeto de constru-ção sustentável, que é modelo para a CBIC, teve a participação de todos os setores. Cada um com código de obra, tributação, entrosamento entre setor, ciência e academia. Inovação, para a CBIC é a palavra de ordem.

“As pequenas e médias empresas, embora tenham avançado em seus procedimentos construtivos, preci-sam continuar evoluindo com maior rapidez. O espaço urbano de toda a cidade deve ser pensado para que os efeitos sejam minimizados no menor tempo possível. O mundo tem urgência nesses resultados”, destacou Safady Simão.

Empresários do setor discutirão novos concei-tos e modelos construti-vos em evento paralelo à

reunião da ONU

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A força da indústria da Construção Civil

Duas décadas depois da Cúpu-la da Terra - que ficou para a história como Eco 92 -, os olhos

de todo o mundo se voltam mais uma vez para o Rio de Janeiro.

Nos últimos 20 anos, a situação da vida no planeta agravou-se sensi-velmente e as perspectivas para as próximas gerações, a partir da avaliação dos mais renomados cien-tistas do mundo, são cada vez mais dramáticas. O cenário futuro, caso não operemos mudanças urgentes, será de catástrofes climáticas, fome, migrações em massa.

É nesse contexto que cerca de 150 chefes de Estado e outras 50 mil pes-soas - entre diplomatas, jornalistas, empresários, políticos e militantes ambientais - são esperados no Rio de

Presidente da Câmara Brasileira da Indústria da

Construção

Janeiro. As expectativas sobre o even-to são proporcionais à dimensão dos problemas que a comunidade inter-nacional precisa resolver.

Consciente desse quadro crítico, a indústria da construção vem buscan-do, ao longo das últimas décadas, adequar-se com celeridade aos novos paradigmas da economia verde. Entendemos que o setor, pela posição central que ocupa na economia, pode assumir uma posição de liderança nessa mudança que esperamos ver operada globalmente.

Questões fundamentais, que dizem respeito ao desenvolvimento susten-tável, à melhoria das condições de vida da sociedade, à infraestrutura produtiva do país e à redução das desigualdades, passam - necessaria-

Construção sustentável

:: Paulo Safady Simão

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mente - pela construção.Esse segmento econômico, que

representa, no Brasil, uma cadeia produtiva com 11 milhões de empre-gos gerados e que é responsável por 8,1% do PIB, pode ser o indutor da mudança entre o modelo tradicional de desenvolvimento para um novo paradigma de economia. O aumento da eficiência energética das edifi-cações, o reuso da água, a redução no consumo de recursos naturais, a erradicação do deficit habitacional, a universalização da coleta e tratamen-to de esgotos, entre uma série de ou-tras questões que afligem as cidades modernas, encontram na construção um caminho de superação.

Mas, para ocupar esse espaço, a indústria da construção no Brasil e nos países em desenvolvimento precisa se modernizar, investir em pesquisa e em novas tecnologias; sair do paradigma de um setor de baixa qualificação, in-tenso em consumo de materiais, para

um novo patamar de industrialização, sustentabilidade ambiental, alta efi-ciência e produtividade.

É com o propósito de provocar uma reflexão sobre esse tema que a Câma-ra Brasileira da Indústria da Constru-ção, juntamente com a Confederation of International Contractor’s Associa-tions e a Federación Interamericana de la Industria de la Construcción, com apoio do Conselho Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), vão promover, dentro da Rio%2b20, um amplo debate, reu-nindo alguns dos mais importantes especialistas no mundo.

Acreditamos que as propostas de políticas públicas desenvolvidas no Brasil, no âmbito do Programa Cons-trução Sustentável - resultado de mais de dois anos de trabalhos de espe-cialistas e representantes da cadeia produtiva, da academia, de centrais sindicais e outras organizações da sociedade civil e do poder público -,

podem contribuir como referência para a formulação de programas semelhantes em outros países em desenvolvimento.

Ainda há, no caso da realidade bra-sileira, longo caminho a ser percorrido antes que consigamos universalizar a prática da construção sustentável entre as empresas, os governos e os consumidores. Essa é uma realidade que está praticamente restrita ao universo das grandes construtoras. Para mudarmos esse patamar, será necessário atuar no fomento a políti-cas públicas e setoriais e no incremen-to a uma nova legislação que acolha e estimule a inovação. Mas os primeiros passos já foram dados.

A nossa perspectiva, ao realizar esse side event, é propiciar uma reflexão global sobre como reduzir as distâncias entre os países ricos e aqueles em desenvolvimento por meio da engenharia, da inovação tecnológi-ca, da construção sustentável.

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A força da indústria da Construção Civil

As mudanças são indispensáveis para a preservação do meio am-biente. Em 94% dos negócios,

os compradores de imóveis, já con-sideram como importante nas suas decisões, o fator preservação ambien-tal. Prédios com selo verde podem proporcionar uma economia em água, luz e outros insumos nos condomí-nios, possibilitando em poucos anos a recuperação do maior investimento inicial. O Brasil ocupa o quarto lugar no mundo, com 524 empreendimentos sustentáveis, depois de Estados Uni-dos, Emirados Árabes e China.

Segundo pesquisa da Confede-ração Nacional da Indústria (CNI) realizada em maio, o percentual de pessoas preocupadas com o am-biente passou de 80% em 2010 para 94% em 2011. Em São Paulo, 47% dos lançamentos terão selo verde. A maioria dos estados brasileiros, como Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e outros, seguem o mes-mo caminho. Um bom exemplo, é o

Brasil ocupa a quarta posição mundial em número de empreendimentos sustentáveis

edifício comercial Eldorado Business Tower (em São Paulo), que obteve certificado Leed de sustentabilidade da ONG Green Building Council, onde se considera ter economizado 30% de energia e conseguido uma redução de 50% na conta de água em 2011. Quem repassa esses dados é o CTE (Centro de Tecnologia de Edificações), que prestou consultoria para o proje-to, localizado na avenida das Nações Unidas.

A preocupação com o impacto ambiental faz a cabeça de adminis-tradores e arquitetos, no entanto a possibilidade de um marketing mais agressivo também determinam deci-sões nesse sentido. O custo poderá variar entre 2% e 7% a mais do que em prédios convencionais, valor que será plenamente compensado pelos ganhos em economia no condomínio logo nos primeiros anos de operação do empreendimento. Mas o maior resultado ficará a favor da vida e da natureza.

O setor gera um terço de emissão mundial dos gases de efeito estufa.

Produtos como aço e cimento, res-ponsáveis por alta poluição, o diesel utilizado no transporte dos materiais, os resíduos sólidos, são alguns dos fa-tores que contribuem para o aumento negativo dos impactos ambientais. Até o ano de 2030, poderemos ter o dobro das emissões produzidas atualmente, se medidas no sentido da economia verde não forem implementadas.

Aproveitando a RIO + 20 (Conferên-cia das Nações Unidas para a preser-vação do Meio Ambiente), através da Plataforma Global do Ciclo de Vida para Construções Sustentáveis, a ONU abrirá oportunidade para uma grande avaliação universal sobre os impactos ambientais decorrentes das atividades do segmento.

O Conselho Brasileiro de Constru-ção Sustentável levará à RIO+20 uma proposta para a criação de um painel internacional com a participação de empresas, governos, universidades e ONGs, para definir uma ferramenta capaz de agilizar a avaliação do ciclo de vida de produtos e serviços usados no setor. Nos mercados emergen-tes, tais dados não existem, mas são indispensáveis para a elaboração de um sistema público, aberto e gratuito, que garanta um nível de informações qualificadas, possibilitando o direcio-namento para a decisão de compra de produtos e serviços visando a susten-tabilidade. A Construção Civil vai, cada vez mais, passar a construir levando em conta a eficiência energética do imóvel, a redução do consumo de água, o uso de materiais reciclados, o reaproveitamento de seus resíduos sólidos e a minimização dos impactos ambientais durante as obras.

Cidades do Brasil, de pequenos a grandes portes, como Palhoça em Santa Catarina e o Rio de Janeiro, têm novas leis em andamento, para in-centivar as construções sustentáveis, permitindo um melhor uso do solo e simultaneamente atender as expecta-tivas dos construtores e da população. Os exemplos estão em todo o país e certamente produzirão resultados nos próximos anos.

A construção civil, pode e pretende liderar a mudança

Prédios verdes,um caminho irreversível

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A 84ª edição do ENIC (Encontro Nacional da Indústria da Construção), promovida pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), no final de junho em Belo Horizonte, reunirá as maiores autoridades sobre o assunto, a presidente da República, ministros, sindicatos da Construção Pesada e Civil, empresários de todo o Brasil para debater, lançar luz e levantar propostas sobre solução e inovação para essa ativi-dade geradora de renda e de tributos e que tem sido propulsora de crescimento maior do PIB brasileiro. Sobre o primeiro trimestre de 2011, o PIB da Construção cresceu 3,3% contra 0,8% do Brasil, segundo dados do IBGE. Enfim, o ENIC servirá como um encontro para buscar os melhores caminhos para resolver as grandes questões nacionais para obras de saneamento, infraestrutura, moradia sustentável, indústrias, empregos e mui-to mais. Santa Catarina estará represen-tada e contribuirá para o enriquecimento desta importante atividade.

Indústria da construção, solução para o crescimento sustentável

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Pedra Branca

Qualidade de vida e garantia de negócios promissores atraem moradores e investidores à Pedra Branca

Primeiro bairro sustentável da América Latina está em construção em Palhoça

Com uma população jovem e ativa – mais da metade dos cerca de 135 mil habitantes

têm menos de 30 anos –, o municí-pio de Palhoça tem crescido nos úl-timos anos no ritmo da juventude de seus moradores. De 1990 para cá, o número de habitantes cresceu mais do que nos 98 anos anteriores e a arrecadação municipal mais do que dobrou na última década. Muito des-se crescimento populacional e eco-nômico está calcado no surgimento de empreendimentos imobiliários diferenciados, como a Cidade Sus-tentável Pedra Branca, considera-do o primeiro bairro sustentável da América Latina e que num horizonte de 15 a 20 anos deve abrigar 30 mil pessoas em 1,7 milhão de m² de área construída.

Projetos audaciosos e de gran-des dimensões como este da Pedra Branca, escolhido pelo ex-presidente americano Bill Clinton para integrar o Programa de Desenvolvimento Po-sitivo do Clima, contribuíram para alavancar o desenvolvimento de Palhoça, que deixou de ser cidade-

-dormitório para se tornar uma das mais dinâmicas do país. Pautado nos princípios do Urbanismo Sustentável, o empreendimento já é considerado o ‘bairro do futuro’, onde as pessoas poderão morar, trabalhar, estudar e se divertir a curtas distâncias, a pé ou de bicicleta, sem tirar o carro da ga-ragem. Segundo Marcelo Gomes, di-retor da Cidade Pedra Branca, a meta “é ser um dos melhores lugares para se viver até 2020”.

Apenas um ano e meio após o lan-çamento do novo ‘centro de bairro’ – como está sendo chamada esta etapa do empreendimento e que con-grega 48 quadras – foram lançados 11 edifícios, que já estão em cons-trução. São mais de 100 mil m² em obras envolvendo 500 trabalhadores. Entre eles, 15 engenheiros dedicados exclusivamente para dar andamen-to ao bairro que terá infraestrutu-ra de cidade com áreas residencial, empresarial, de comércio, cultura e lazer. “As obras estão em ritmo ace-lerado e o projeto começa a se tornar palpável, visível às pessoas”, destaca Gomes.

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Pensada para as pessoas, a Cida-de Sustentável Pedra Branca apos-ta no urbanismo sustentável como oportunidade para um novo estilo de vida. Na nova área central, edifí-cios residenciais, comerciais e em-presariais promovem uma mistura saudável para as pessoas terem tudo a poucos passos de distância. “O que estamos vendendo não são apartamentos ou salas comerciais, é um endereço com a oportunidade de morar, trabalhar, estudar e se divertir no mesmo lugar. A proposta da Pedra Branca é o acolhimento”, enfatiza Valério Gomes, idealizador do empreendimento.

O próximo lançamento do grupo é um exemplo deste pensamento. Chamado de Smart Residence, o edifício residencial terá opções com 2, 3 ou 4 dormitórios e estará inte-grado ao Passeio Pedra Branca, um futuro shopping a céu aberto com lojas, restaurantes, e serviços. “É essa integração que está no DNA da Pedra Branca, e que permite se criar o senso de comunidade. Além disso, o empreendimento foi pensado para

a vida moderna, aliando bem estar e lazer com praticidade e tecnologia para toda a família”, explica o arqui-teto André Schmitt.

O novo edifício terá uma infraes-trutura completa para toda a família e detalhes que facilitam o cotidiano, como internet sem fio nas áreas de lazer, moderno sistema de janela panorâmica, que melhora a ventila-ção e iluminação do apartamento e espaço exclusivo para cuidados de animais de estimação. Além disso, as áreas comuns Smart Club (es-paço com piscinas adulto, infantil e SPA), Smart Play (sala de jogos, cinema, lan house, brinquedoteca, biblioteca e playground), Smart Pla-ce (espaço goumert, longe bar, fit-ness e sauna) e Smart Square (local de leitura, praça de fogo, espelhos d’água e horta) são a garantia de descontração e diversão para todos.

Conheça mais do próximo lança-mento da Pedra Branca no show-room no empreendimento ou no site www.smartpedrabranca.com.br .

Lançamento da Pedra Branca alia bem-estar e lazer com praticidade e tecnologia para toda a família

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Auri Pavone, secretário de planejamento de Balneário Camboriú, se or-gulha de dizer que o município catarinense tem um plano diretor que não estabelece limites de altura em suas construções à beira da praia.

A cidade litorânea tem uma população fixa de 108 mil habitantes, mas a quantidade de edifícios equivale à de uma cidade com mais de um milhão de moradores.

No Brasil, o município de 46 km² de área é, proporcionalmente, o mais ver-ticalizado do país. O plano diretor não impede execuções de obras, desde que erguidas dentro dos padrões de ocupação limitados em 40% do terreno.

O projeto Infinity Coast, da FG Engenharia, um edifício com 240 metros de altura e 66 andares, irá superar o Titanium La Portada, de Santiago do Chile, com 52 andares e 194 metros - considerado, atualmente, o mais alto do con-tinente sul-americano.

A empresa de engenharia tem sede em Balneário Camboriú e dispõe do terreno, localizado na Barra Norte. Recentemente, foram promovidas pros-pecções geológicas que confirmam a possibilidade de o projeto Infinity Coast seja concluído até 2015.

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Empreendimento em Destaque

Balneário Camboriú projeta erguer prédio mais alto da América do Sul

Empreendimento com 240 metros e 66 andares vai superar edifício em Santiago do Chile

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Mercado Imobiliário

O trabalho de comprar e vender imóveis pode até parecer uma tarefa fácil. As atividades, po-

rém, exigem preparo e competência, sendo necessária muita atenção para garantir o sucesso de todas as etapas de uma transação imobiliária. Nessa hora, o papel do corretor de imóveis se destaca como uma eficaz alternativa para quem pensa em comercializar ca-sas e apartamentos.

Quem é o corretor de imóveis?O corretor de imóveis é um profissional especializado no mercado imobiliário e legalmente habilitado para intermediar negociações de compra, venda e alu-guel de imóveis. Seu trabalho é facilitar o contato entre proprietários e compra-dores, oferecendo serviços de assesso-ria durante todo o processo. Para quem pensa em vender imóveis, o trabalho de um corretor visa facilitar o encontro com pessoas interessadas, buscando as melhores e mais lucrativas propos-tas. Já para quem quer comprar casas e apartamentos ou, até mesmo, alugá--los, o corretor ajuda a buscar por imó-veis que se encaixem em suas necessi-dades e, é claro, orçamento.

Como escolherPor lidar não apenas com o patrimônio, mas também com as expectativas de seus clientes, é que o trabalho de um corretor exige preparo e capacitação. Independente da modalidade, qualquer negociação imobiliária exige cuidados e, por isso, a escolha de um bom profis-sional faz toda a diferença. Ao buscar por corretores imobiliários, certifique--se de que o profissional está devida-mente inscrito no Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (CRECI) de seu estado. O órgão é o responsável por regulamentar a profissão e serve como ponto de partida para encontrar e con-tratar corretores de confiança.

VantagensPara compreender a importância do trabalho de assessoria imobiliária, é preciso conhecer quais as vantagens oferecidas por essa atividade, tais como: Como um bom conhecedor do mercado imobiliário, o corretor está apto a avaliar imóveis e definir preços, a partir de fatores como a valorização do bem, concorrência, oferta e deman-da. Sua pesquisa visa chegar à melhor relação de custo x benefício, estabele-cendo valores justos (seja para quem vende, seja para quem compra).

O corretor está apto a avaliar imóveis e definir

preços, a partir de fatores como a valorização do

bem, concorrência, oferta e demanda. Sua pesquisa visa chegar à melhor rela-ção de custo x benefício

Conheça otrabalho

do corretor de imóveis

vantagense suas

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Avaliação correta do imóvelComo um bom conhecedor do mer-cado imobiliário, o corretor está apto a avaliar imóveis e definir preços, a partir de fatores como a valorização do bem, concorrência, oferta e de-manda. Sua pesquisa visa chegar à melhor relação de custo x benefício, estabelecendo valores justos (seja para quem vende, seja para quem compra). Outro benefício é que a ava-liação realizada pelo corretor de imó-vel conta com um laudo detalhado, em que são especificadas caracterís-ticas do imóvel, a fim de justificar e comprovar os valores cobrados (pou-pando o trabalho de ter que respon-der questionamentos infundados de possíveis compradores).

DivulgaçãoCabe ao corretor a tarefa de divulgar a comercialização de seu empreendi-mento, de uma forma eficaz e abran-gente. Para isso, é possível recorrer aos mais diversos meios e mídias, desde a utilização de faixas em frente ao imóvel, em mídias sociais, jornais e televisão. Dessa forma, a atividade do corretor visa aumentar o número de propostas e diminuir o tempo de espera para concretização do nego-cio.

Avaliação de propostasEspecialmente na hora de vender imóveis é comum que surjam inúme-ras propostas, aparentemente, irre-cusáveis. O problema é que a falta de experiência e conhecimento pode pri-vá-lo de fechar negócios realmente viáveis. Com a assessoria imobiliária, é possível avaliar propostas, de uma forma rápida e eficiente. Isso porque é o próprio corretor quem cuida das negociações, justificando preços, buscando oportunidades e, até mes-mo, diferenciando propostas reais de meras especulações. Além disso, o

profissional é encarregado de verifi-car a situação financeira do possível comprador, a fim de garantir a segu-rança de seu negócio.

Praticidade e tempoAgendar visitas, entrar em contato com interessados, realizar vistorias e apresentar o imóvel são atividades que exigem tempo e disposição. Todo esse trabalho, no entanto, é realiza-do pelo corretor, que fica à disposi-ção dos interessados até que todas as etapas da comercialização sejam finalizadas. Sendo assim, o proprie-tário do empreendimento fica livre para continuar seus afazeres diários, sem precisar se preocupar com essas questões.

DocumentaçãoPara completar, o trabalho do cor-retor de imóveis estende-se à parte de legalização e documentação do imóvel. É ele quem oferece todo o su-porte necessário para reunir os docu-mentos exigidos, informando órgãos responsáveis, taxas e normas envol-vendo a transação imobiliária. Além disso, o corretor ainda é pago para alertá-lo em casos de irregularida-des, poupando despesas desneces-sárias e muitas dores de cabeça.

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Governo | Financiamentos

Crédito para casa própria pode

chegar a R$ 100 bilhões em 2012

A Caixa Econômica Federal deverá conceder até R$ 100 bilhões em crédito imobiliá-

rio neste ano, segundo anunciou o presidente da instituição, Jorge He-reda, durante abertura do 8 Feirão da Casa Própria em São Paulo. “Em 2012, deveremos chegar a conceder de R$ 96 bilhões a R$ 100 bilhões”, informou o presidente.

Em abril, a previsão do banco era de o volume de empréstimos alcançasse R$ 90 bilhões no ano, considerando todas as linhas de crédito operadas pela Caixa na área habitacional.

Considerando apenas os feirões da Caixa, realizado em 13 cidades, deverão ser contratados R$ 15 bilhões em 2012 – previsão supe-rior aos R$ 10 bilhões concedidos no ano anterior. A aposta do banco para o aumento das contratações neste ano vem, principalmente, das reduções das taxas de juros adota-das nas últimas semanas. Os cortes

Financiamento em 2011 atingiu R$ 80 bilhões nas taxas estão valendo e deverão ser mantidos nas agências de todo o país.

As linhas de financiamento imobi-liário atendem a todas as faixas de renda familiar, com prazo de pa-gamento de até 35 anos, conforme informou a Caixa. Os juros podem variar, dentro do SFH, de 4,6% ao ano até 9% ao ano, para todas as modalidades de financiamento.

Taxas de jurosQuestionado se estariam previs-

tas novas reduções nas taxas de ju-ros, o presidente da Caixa disse que sempre que possível, ocorreriam, sem dar mais detalhes. “A gente sempre vai passar os ganhos que tivermos para os clientes”. A propa-ganda do ex-jogador de futebol Raí, e da atriz Camila Pitanga, sobre re-dução dos juros, é importante para esclarecimento do público na hora de decidir e transformar o sonho da casa própria em realidade.

O presidente da Caixa, Jorge Hereda, abriu o Feirão ao lado da atriz Camila Pitanga e do ex-jogador Raí. (Foto: Anay Cury/G1)

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QUANTO MAIS SÃO JOSÉ CRESCE,

MAIS A GENTE SE APROXIMA.

www.cmsj.sc.gov.br

Câmara Municipal de São JoséSanta Catarina

CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ. CADA VEZ MAIS PERTO DE VOCÊ. }

A Câmara Municipal de São José quer ficar ainda mais perto de você, por isso criou e aprovou inúmeros projetos, eventos e programas para o benefício de todos os josefenses. E ficar mais perto é estar sempre ao seu lado, levando tudo que a nossa gente precisa para uma vida melhor. Vamos juntos fazer mais um grande ano pelo nosso município.

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Mulheres na Construção

MercadoPromissor

Uma mulher pode não ter estrutura para carregar um saco de cimen-to, mas é mais competente que o homem em algumas funções. As ceramistas têm participação muito grande no mercado de trabalho

no Nordeste do país. Além do capricho, elas são mais assíduas e dificil-mente se envolvem com consumo de bebidas e drogas. As mulheres tam-bém têm mais facilidade de se adaptar ao trabalho em equipe.

Os elogios ao trabalho feminino estão ficando cada vez mais comuns nas obras pelo Estado da Santa Catarina, porém ainda não é regular a contratação, por vários motivos, de mulheres nos empreendimentos imobi-liários. O principal é a falta de cultura, pois os ambientes de trabalho ainda são quase que exclusivos aos homens. Com a mudança rápida na evolução das técnicas construtivas, tornando a mão de obra menos dependente de força física nas operações realizadas, as mulheres vêm ganhando oportu-nidades. Nos últimos tempos, os cursos de formação profissional do setor permitem e incentivam vagas para ambos os sexos, abrindo um maior espaço para a participação feminina.

Os cursos de formação profissional do setor incentivam vagas para ambos os sexos, abrindo um maior espaço para a participação feminina

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Aos poucos, os setores de recur-sos humanos das empresas, até por falta de opções, terão que desenvol-ver iniciativas buscando a contrata-ção de mais profissionais femininas, permitindo, em alguns casos, uma melhor qualidade dos serviços nos canteiros de obras.

Mesmo que continue ocorrendo resistências, um projeto de lei em andamento, de iniciativa do deputa-do federal Jânio Natal, da Paraíba, de nº 2856/11, poderá pegar de sur-presa alguns empreendedores, pois terão que ter 10% de mulheres no seu quadro de colaboradores. Mui-tas empresas catarinenses já experi-mentam os serviços femininos, mas ainda é muito pouco considerando o tamanho do mercado existente.

A falta de mão de obra estimula uma maior contratação

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Volvo Ocean Race

Santa Catarina entra no mapa dos grandes eventos náuti-cos do mundo. Pela primeira

vez, o estado recebeu uma etapa do Volvo Ocean Race, um dos maiores campeonatos internacionais de vela oceânica. De 4 a 22 de abril, as seis equipes que participam da regata de volta ao mundo ancoraram na cidade de Itajaí para descansar e se preparar para a sexta temporada da competi-ção, até Miami nos Estados Unidos. Mais de 200 mil pessoas acompanha-ram a chegada dos veleiros e visita-ram a Vila da Regata, onde os barcos da competição estiveram expostos.

Para recepcionar as equipes foi montada uma grande infraestrutura na cidade. Na Avenida Beira-Rio foi construído um píer e a Vila da Regata, onde o público pode conhecer deta-lhes sobre a competição, assistir a fil-mes em 3D e ainda sentir a experiên-cia de velejar por alguns segundos em um simulador. O local também serviu como palco para uma série de shows

Itajaí recebe os veleiros da Volvo Ocean Race e ganha com o turismo e com os eventos ligados à regata

Parada obrigatória

nacionais como da família Caymmi, Jorge Aragão e Olodum.

No Centreventos, espaço onde se costuma realizar a Marejada, foi or-ganizada a Expo Náutica, exposição com mais de 60 estandes de produ-tos e serviços do segmento náutico, do mercado imobiliário e de micro e pequenas empresas da cidade. Su-cesso de público, a feira chegou a movimentar mais de R$ 22 milhões, considerando-se as pré-reservas fei-tas a empreendimentos imobiliários na região. O que fez a organização do evento confirmar para 2013 a segun-da edição da feira.

A parada de Itajaí também chamou a atenção pelas ações de sustentabi-lidade. O comitê organizador da eta-pa brasileira promoveu mutirões de limpeza que retiraram mais de seis toneladas de lixo das praias da região e do rio Itajaí-Açu. No Centreventos, foram realizadas ainda palestras so-bre desenvolvimento e sustentabili-dade com velejadores brasileiros re-

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nomados como Amyr Klink e Vilfredo Schürmann.

A infraestrutura montada na cida-de surpreendeu até mesmo os mais de 60 atletas da competição. “Itajaí fez uma grande parada. Fiquei pouco tempo e sinto em ter que ir embora. Foi uma regata de alto nível”, afirma Iker Martinez, comandante do velei-ro Telefónica. O único velejador bra-sileiro na Volvo Ocean Race também aprovou a organização do evento. “Fomos recebidos com muito carinho e como heróis. Itajaí está de parabéns e essa parada já deixa saudades”, ex-plica Joca Signorini, velejador do Te-lefónica.

Além dos atletas, a cidade recebeu turistas de diversas regiões do mun-do entre autoridades, jornalistas e grupo de apoio às equipes. O que fez com que a rede hoteleira da região chegasse a registrar lotação máxima nos dias do evento. O comércio local também foi beneficiado. Segundo a Associação Empresarial de Itajaí, as lojas da cidade chegaram a ter um crescimento nas vendas de 20% a 30% nesse período. “Mostramos ao mundo nossa capacidade. Estou mui-to orgulhoso porque Itajaí se mos-

trou um município hospitaleiro. Tudo aconteceu na mais perfeita ordem”, avalia Jandir Bellini, prefeito de Itajaí.

A ideia de trazer a competição para a cidade surgiu há dois anos quan-do começaram as conversas entre o comitê organizador e a prefeitura. A escolha de Itajaí se deu por sua loca-lização geográfica e pela infraestru-tura portuária oferecida. “Quebramos paradigmas e Itajaí, agora, está aber-ta a novos desafios. Saímos da zona de conforto e provamos que podemos alcançar novos e promissores obje-tivos”, considera Amílcar Gazaniga, presidente do comitê organizador da etapa Itajaí.

A 11ª edição da Volvo Ocean Race teve início em outubro de 2011, em Alicante, na Espanha. A previsão dos organizadores é que a competição encerre no verão de 2012 ,quando as equipes chegarão em Galway, na Ir-landa. Além da parada em Itajaí, os atletas ancoraram na Cidade do Cabo (África do Sul), Sanya (China), Auck-land (Nova Zelândia), Miami (Estados Unidos), Lisboa (Portugal) e Lorient (França). A próxima edição da Volvo Ocean Race está programada para ser realizada a partir de outubro de 2014.

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A incorporadora e construtora Procave de Itajaí foi uma das apoiadoras da etapa brasileira

da Volvo Ocean Race. A empresa uniu esforços junto à prefeitura e ao comi-tê organizador da competição para trazer para cidade a maior regata de veleiros do mundo. “Além de projetar Itajaí no cenário internacional, a Vol-vo Ocean Race abre as portas para uma nova era de desenvolvimento da economia, do turismo e do esporte no Estado”, avalia Nivaldo Pinheiro, di-retor da Procave.

Além do apoio institucional, a Pro-cave participou da Expo Náutica mos-trando os principais lançamentos da construtora como o Brava Home Re-sort, empreendimento de alto padrão que está sendo construído na praia Brava em Itajaí, e o suntuoso Ibiza To-wers em Balneário Camboriú. “A Expo Náutica foi uma importante oportuni-dade para mostrar aos visitantes, es-pecialmente aos estrangeiros, a qua-lidade da construção civil em Santa Catarina. O que fazemos em Itajaí e Balneário Camboriú é referência para o setor em todo o Brasil”, afirma o di-

Procave aproveita a Expo Náutica para exibir novos empreendimentos

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Volvo Ocean Race

retor da Procave.A Expo Náutica além de ser uma

vitrine para as construtoras da re-gião foi uma importante oportunida-de para fechar negócios. Sucesso de público, a feira recebeu nos 18 dias de evento mais de 200 mil pessoas e segundo a organização, movimentou cerca de R$ 22 milhões em negócios fechados e prospectados principal-mente pelo setor da construção ci-vil. “Tivemos um excelente resultado de captação e divulgação de nossos empreendimentos, temos negócios em andamento que deverão ser fe-chados em breve”, afirma Sérgio Branco, gestor de negócios da Pro-cave.

O executivo considera que a Volvo Ocean Race marca um novo momento para a cidade. “A partir dessa regata, Itajaí e Santa Catarina se creden-ciam para receber eventos de grande porte como a Volvo Ocean Race. Isso aumenta a visibilidade da cidade ao mesmo tempo em que promove o de-senvolvimento econômico, turístico e social”, afirma o gestor de negócios da Procave.

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Governo | Infraestrutura

Uma outra Anita para Laguna

Em maio de 2012, Ponte estaiada sai do papel e começa a ser construida

Difícil encontrar quem ainda não tenha ficado parado ou enfrentado trânsito lento no ponto que está

entre os mais críticos do trecho Sul da BR-101, sobre o canal de Laranjeiras, em Laguna. Mas o compromisso assumido pelo Poder Público com a população é de que a parada na região passe a ser uma escolha do viajante a partir da entrega da nova ponte que será erguida no local, entre os quilômetros 313,1 e 315,9. Não mais em razão do fluxo comprometido, mas para admirar o desenho da ponte que deve ser um novo marco da engenharia em Santa Catarina, concorrendo com a Hercílio Luz, na Capital.

O modelo de ponte suspensa em 400 dos seus 2.815 metros de extensão foi projetado para permitir a navegação no canal. A pioneira Hercílio Luz, inaugura-da em 1926, é menor: tem comprimento de 821,7 metros, com vão pênsil de 339 metros. A obra em Laguna, com previsão de início até o final desse ano, contempla prioritariamente a solução para o tráfego, atualmente em 20 mil veículos por dia, e carrega junto a promessa de contribuir para o desenvolvimento do turismo e da economia local.

Após vários estudos, o Departamento Nacional de Infraestrutura Rodoviária (DNIT) concluiu que o modelo estaiado é o mais viável sob os pontos de vista técnico, ambiental, econômico e de integração à paisagem da região.

São R$ 25 milhões os recursos previs-tos em impostos que serão arrecadados pela Prefeitura Municipal de Laguna, que devem ser revertidos à população em áreas como educação e saúde.

A ponte estaiada terá quatro pistas e acostamento, com largura de 25 metros. Está prevista também a obra complemen-tar, de melhorias no acesso à travessia e de construção de viadutos de acesso a Laguna nos sentidos Sul e Norte. Iniciados em 2007, os dois projetos foram licitados no final do ano passado em lotes distin-tos.

Estão em fase de contratação e têm custo previsto de R$ 660 milhões, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal - como as obras já foram licitadas em 2011, e com a assinatura da própria presidente Dilma Rousseff, neste mês de maio, após 14 meses de espera, as obras finalmente serão iniciadas.

O novo marco do Estado tem prazo de dois anos e meio para ficar pronto, menos do que o necessário para erguer a Hercílio Luz. A obra complementar deve ser execu-tada em 420 dias. Os prazos são do DNIT. Os diagnósticos de acompanhamento das obras na BR-101, realizados pela Fede-ração das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) e pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA/SC), demonstram que a execução da ponte estaiada pode chegar a três

anos e meio, enquanto as melhorias nos acessos poderão levar até 18 meses para serem entregues, a partir da emissão das respectivas ordens de serviço.

O resultado da concorrência pública do lote referente à ponte foi homologado em março de 2011. No lote das obras de melhorias nos acessos a empresa ven-cedora foi desclassificada e a segunda concorrente foi homologada no mês de julho passado.

Curiosidades- Terá dois mastros, um no Sul e outro no Norte, que sustentarão os cabos de aço. A parte mais alta da ponte será o mastro Norte, com 50 metros, mais 17 metros do pilar até a superfície da água;- Terá 2,5 mil toneladas de aço estrutural e 65 mil toneladas de concreto, o equi-valente ao peso de 63 mil carros popula--res, ou 116 aviões Airbus 380 (o maior existente);- Para a construção será necessário o apoio de balsas de grandes dimensões, equipadas com guindastes para o esta-queamento, que farão ainda o transporte de materiais;- O modelo estaiado é considerado uma concepção moderna de construção de pontes que alia as necessidades técnicas do empreendimento à beleza arquite-tônica, integrando-se esteticamente à paisagem. O custo será de R$ 63,298 milhões.

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Governo | Infraestrutura

Novo aeroporto atenderá a uma

população superior à de

Santa Catarina

Maior e melhor

Numa comparação numérica simples é possível compreen-der a importância da obra de

ampliação do Aeroporto Internacio-nal Hercílio Luz, na Capital.Mesmo operando com sua capacidade máxima, a infraestrutura atual pode atender, anualmente, um contingen-te equivalente a apenas um terço da população catarinense. Quando o novo empreendimento estiver concluído, o que está sendo estima-do para 2015, será possível um fluxo anual de 6,7 milhões de passageiros, superior à população de nosso Es-tado, contada em quase 6,2 milhões pelo Censo de 2010.

Com a assinatura, em junho, da ordem de serviço para a 1ª etapa das obras, no valor de aproxima-damente 117 milhões, parte de um total previsto de 436 milhões, a construção do novo aeroporto começa a se transformar finalmente em realidade. A terraplenagem, o pátio das aeronaves e novas área de taxiway, que fazem parte da ordem de serviço, devem ser iniciadas ime-diatamente. Os investimentos da Infraero terão recursos do Progra-

ma de Aceleração do Crescimento (PAC). O

novo complexo será construído do outro lado da pista do atual aero-porto, que passará a servir apenas para aviões de carga. Os acessos do terminal serão construídos pelo governo catarinense.

O efetivo início da ampliação ocorre aproximadamente 16 anos após a expansão ter sido idealizada: as tratativas entre Empresa Brasi-leira de Infra-estrutura Aeroportuá-ria (Infraero), Governo do Estado e Prefeitura Municipal de Florianópo-lis iniciaram com a construção do túnel que liga o Centro da Capital à Via Expressa Sul. O projeto executi-vo foi licitado em 2009 e sua elabo-ração custou R$ 4,56 milhões. Após debates que se estenderam pelos últimos quatro anos, a Infraero considera superados os principais entraves ao projeto. Para atender aos questionamentos do ICMBio e do Ministério Público Federal, foram realizadas adequações ao projeto de ampliação do aeroporto e do sistema viário no entorno – este sob a responsabilidade do Estado.

Evolução

As operações comerciais no Her-cílio Luz foram iniciadas em 1927. A pista e o pátio eram de grama, que deu lugar ao concreto entre 1942 e 1945. Uma segunda pista e um segundo pátio de estacionamento de aeronaves foram construídos em 1978 e, desde então, não houve mais ampliação. O primeiro terminal de passageiros é do início da déca-da de 1950 e, também na década de 1970, foi feita a construção de um segundo terminal. Em 1988, ele foi aumentado de 2,9 mil me-tros quadrados para 6,4 mil metros quadrados. Hoje, após outras duas intervenções, a área do terminal de passageiros alcança 9,5 mil metros quadrados, incluindo um módulo operacional. A Infraero administra o aeroporto desde 1973.

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Cidades | Planejamento

Blumenau 2050

A expectativa é para 700 mil habitantes ou mais até o ano de 2050. Mais do que o do-

bro da população atual. O projeto Blumenau 2050, lançado em junho de 2008, desenvolvido pela Prefei-tura juntamente com a comunidade, completa quatro anos em 2012. O objetivo principal é estruturar e estabelecer um plano de diretrizes e projetos para o município, visando o planejamento territorial de cur-to, médio e longo prazos, deixando para os próximos governantes, uma agenda planejada que poderá servir de documento-base e linha de ação a ser seguida.

Desde 2008, boa parte das ini-ciativas já saíram do papel. Obras de reurbanização da área central, de revitalização de áreas de lazer e de prática esportiva nos bairros, da construção de moradias em locais seguros, além da implantação da rede de tratamento de esgoto e do sistema de corredores exclusivos de ônibus. O Plano Diretor da cidade foi otimizado, com mudanças impor-tantes, para melhorar a cidade, conforme segue:

° Índices construtivos mais res-tritivos para as áreas com risco de escorregamento a fim de limitar construções de grandes portes.° Incentivo ao uso residencial do centro para evitar deslocamentos na cidade, humanizar a região e permi-tir a moradia próxima ao trabalho.° Estabelecimento de limite de altura para edificações situadas em zonas mais restritivas com o objetivo de prevenir o adensamento populacional elevado e os proble-mas ambientais nessas áreas.° Inclusão da área total das edifi-cações no cálculo de coeficiente de aproveitamento e de taxa de ocu-pação da obra para proporcionar drenagem e permeabilidade do solo – principalmente nos bairros mais adensados – e prevenir a falta de ventilação e insolação nas constru-ções.° Regiões Norte e Oeste com zo-neamentos mais permissíveis para estimular o crescimento do muni-cípio em áreas livres de enchentes e com topografia e base geológica adequadas, infraestrutura ociosa e baixíssimo adensamento.

O objetivo principal é estruturar e

estabelecer um plano de diretrizes e projetos

para o município, visando o planejamento

territorial de curto, médio e longo prazos

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Após a tragédia de 2008, Blumenau assistiu a grandes transformações no cenário urbano. Locais antes consi-derados seguros, foram afetados por enchentes e escorregamento de terras. Regiões já conhecidas como críticas sofreram avalanches de lama. Foram mais de 3 mil pontos de deslizamen-tos. Com a implantação, em janeiro de 2009 ,do departamento de Geologia, vinculado à Secretaria Municipal de Planejamento Urbano (Seplan), se deu início a estudos sobre a constituição do solo visando projetar ações para sua solução. Blumenau aderiu à campanha internacional para redução de desas-tres promovida pela ONU. A campanha tem como objetivo incentivar ações locais para tornar as cidades mais se-guras e preparadas no enfrentamento de problemas com catástrofes ambien-tais. Na revista BNU 2050, o município oferece informações completas sobre a evolução de todas as iniciativas em de-senvolvimento, na busca de uma cidade exemplar para nosso Estado.

Levantamentos geológicos orientam ocupação para

áreas seguras

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A partir do próximo dia 6 de junho, Biguaçu poderá contar com um espaço voltado aos empreen-dedores do município: a Casa

do Empreendedor. Trata-se de um local adequado para o surgimento, desenvolvi-mento e crescimento de empreendimentos de sucesso, inseridos neste projeto da Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação Tecnológica (Sedeitec), em parceria com e Sebrae/SC.

Segundo o secretário da Sedeitec, João Braz da Silva, a proposta da Casa do Em-preendedor é muito mais do que um espaço físico, mas sim um lugar de ideias. “Criamos um local onde os empreendedores, servido-res públicos, universidades, entidades de classe, institutos de pesquisa, instituições financeiras e a sociedade de uma forma geral poderão apresentar necessidades e propostas para aperfeiçoamento dos serviços destinados ao desenvolvimento empresarial de Biguaçu e Região”, explica o secretário.

A Casa do Empreendedor será admi-nistrada por um conselho gestor formado por diversos setores da sociedade (órgãos públicos e privados). No dia 31 de maio, acontece a apresentação da Casa para o público interno da Prefeitura (secretários, diretores, gerentes, grupo de análise para a desburocratização e outros), que receberá

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Biguaçu ganha

Casa do Empreendedor

informações sobre o funcionamento e dos serviços que serão disponibilizados pela Casa do Empreendedor.

“Os serviços oferecidos pela Casa do Empreendedor são destinados aos em-preendedores que possuem dificuldades ou necessidades específicas para viabilizar e tornar seu empreendimento um sucesso no município de Biguaçu. A Casa do Empreen-dedor é verdadeiramente para todos. Sejam bem-vindos”, ressalta João Braz.

Infraestrutura- Sala de Reuniões; Audi-tório para cursos e palestras; Biblioteca e Videoteca; Acesso à internet; Vitrine de Ne-gócios, Escritório de Conveniência; Espaço de Leitura;

Serviços de Apoio- Endereço e telefone de referência; Formalização de Empreende-dor Individual; Assessoria técnica; Consulta de viabilidade; Fórum de Apoio ao EI e MPEs; Registro de Empresa.

Consultoria e Orientação- Informações legais; Capacitação em gestão empresarial; Empreendedorismo; Microcrédito; Asso-ciativismo; Abertura de Contas Bancárias; Procedimento de registro do MPE e MEI; Viabilidade e regularização de empresas.

A Casa do Empreendedor funcionará na sede da Sedeitec, localizada na Rua Barão de Rio Branco, nº 77 – Centro, Biguaçu. O horário de funcionamento da Casa será das 13h às 19h, de segunda-feira à sexta-feira.

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Poder Público

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Paisagismo

A implantação do paisagismo sobre laje é um grande desafio arquitetônico noBra-va Home Resort, empreendimento Procave. Coqueiros, palmeiras, espécies de grande porte compõem o imenso jardim do condomínio. Veja as fotos da implan-

tação!Espécies de grande porte comopalmeiras e coqueiros já adultos, com até 10 metros

de altura exigem logística e técnicas avançadas de execução.Este é o processo que o ProcaveBlog (www.procaveblog.com.br) compartilha. Acom-

panhe o trabalho de implantação do paisagismo do Brava Home Resort. O projeto paisagístico é assinado e acompanhado por Ana Holzer e a execução é

obra da Flora Silvia, ambas parceiras da Procave.

Implantaçãode

paisagismosobre laje

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Poder Público

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Capa

Compensação à guerra fiscal

Governo federal libera R$ 3 bilhões através do BNDES para

minimizar as perdas com a unificação do ICMS

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Como política de incenti-vos fiscais, o Pró-empre-go ainda é um benefício

importante na arrecadação do Estado. Mas, com a nova situa-ção da unificação do ICMS, a partir de 2013, Santa Catarina, segundo contas do governo es-tadual, poderá deixar de rece-ber anualmente valores próxi-mos a R$ 1 bilhão. Por tratar-se de uma posição irreversível, e como compensação para mi-nimizar os efeitos de possíveis prejuízos ao Estado, o governo federal disponibilizou, através do BNDES, para projetos em importantes segmentos da administração catarinense, um valor capaz de possibilitar uma sensível melhora em setores estratégicos para o desenvolvi-mento econômico. Investimen-tos em infraestrutura, saúde e educação poderão facilitar a permanência de empresas no

Estado, invertendo as previsões de redução de recursos confor-me inicialmente estimado.

A balança comercial do Estado, que em 2005 tinha um superávit de R$ 3,4 bilhões, sofreu uma mudança signifi-cativa nos seis últimos anos. Em 2011, as importações representaram R$ 5,8 bilhões a mais que as exportações, segundo dados da Federação das Indústrias de Santa Ca-tarina (FIESC). Através de seu presidente, Glauco José Côr-te, a Fiesc sempre defendeu os incentivos para a moder-nização e desenvolvimento do parque fabril do Estado, gerando emprego, renda e maior competitividade para a indústria como um todo. Côrte sempre ressaltou que a facilidade para importação de produtos acabados resultaria num efeito contrário, trazendo

a desindustrialização e nos transformando em represen-tantes comerciais de outros países.

A guerra fiscal está sen-do eliminada, ou reduzida a níveis adequados visando uma competição salutar en-tre os estados da federação, e caberá a cada governo de-senvolver outros mecanismos que possibilitem soluções já conhecidas e/ou inovadoras, como o recente parque tec-nológico em implantação em Itajaí, adaptando a cidade essencialmente portuária aos novos tempos. Santa Catarina tem um povo e uma qualidade de vida exemplar e certamente encontrará a melhor forma de superar estes novos desafios. São R$ 3 bilhões, já à disposi-ção, para contribuir e facilitar as soluções para o futuro do Estado.

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Capa

O governo do Estado vem rea-lizando diversos encontros com prefeitos, integrantes da

bancada federal catarinense, em-presários e especialistas tributários para buscar soluções e implementar iniciativas capazes de minimizar os efeitos da unificação do ICMS em 4%, a partir de janeiro de 2013. Três fren-tes simultâneas de trabalho já foram consideradas como as mais impor-tantes neste primeiro momento, obje-tivando reduzir os impactos negativos na economia de Santa Catarina.

A primeira é no campo fiscal e bus-ca através dos cinco municípios por-tuários, uma redução dos impostos referentes à atividade. Itajaí saiu na frente e reduziu seu imposto de 3% para 2%. A segunda se refere à rápida melhoria das condições de infraes-trutura; estradas municipais, esta-duais e federais que possibilitem um

melhor desempenho de transportes nos acessos aos portos, otimizando os tempos e custos das empresas que operam atualmente com dificuldades. Em terceiro lugar, para superar as adversidades decorrentes da apro-vação da nova resolução federal, é indispensável o alinhamento, empe-nho e apoio emergencial de todos os segmentos da sociedade catarinense na busca de soluções no curto prazo para superar os desafios desta nova realidade.

Muitos projetos em desenvolvi-mento - como as três ferrovias: Norte/Sul, Litorânea (entre os portos) e a chamada Ferrovia do Frango, que ligará o Oeste ao Litoral - devem ser agilizados e poderão evitar a transfe-rência de indústrias da região Oeste para outros estados da federação, prejudicando ainda mais a economia estadual. A duplicação das BRs 470 e

280, que podem facilitar o escoamen-to da produção, deve ter uma atenção redobrada das autoridades para a sua execução no menor prazo possível. Investimentos de pequeno, médio e grande porte, em todo o Estado, estão em análise para contribuir, também, na solução em cadeia das outras di-versas frentes necessárias à supera-ção dos problemas.

A ampliação do aeroporto de Cha-pecó e da malha rodoviária estadual são outros exemplos de medidas que o governo vai procurar gestionar junto aos órgãos competentes, para tentar impedir que os efeitos desastrosos de uma menor arrecadação aconteçam em Santa Catarina. Uma comissão comandada pela Secretaria da Fa-zenda ficará responsável por receber, avaliar e implementar medidas con-venientes à solução do atual e futuro quadro econômico do Estado.

Governoabre frentes para

superar desafios

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O CREA-SC lançou no dia 11 de maio a 3ª edição do Catálogo Empresarial de Enge-nharia e Agronomia de Santa Catarina, que relaciona gratuitamente as pessoas jurídicas registradas em dia com o Conselho, reunindo cerca de 8500 empresas e

mais de 700 fornecedores anunciantes. O catálogo está disponível em versão impressa, CD-ROM e nos sites do Conselho e da editora. Na versão on line é possível selecionar as empresas por modalidade e ou região. As duas primeiras edições tiveram excelente aceitação entre os profissionais e empresas, oferecendo inúmeros benefícios aos par-ticipantes, seja em relação às oportunidades de negócios ou em termos de imagem insti-tucional da empresa. O material é publicado por meio de convênio entre o CREA e a EBGE sem ônus ou bônus algum para o CREA-SC. Acesse a edição em www.crea-sc.org.br

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CREA

lançamCREA-SC e EBGECatálogo Empresarial

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Governo | Financiamentos

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Inovação e Tecnologia

Aneel aprova regras e microgeração já é

viável no país

Segundo estudo realizado pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética), órgão de planeja-

mento ligado ao Ministério de Minas e Energia, a microgeração em que painéis e aerogeradores instalados em casas, comércios ou indústrias, o custo da energia produzida já seria competitivo com o preço cobrado na rede pelas distribuidoras.

A microgeração de energia com regras recentemente aprovadas pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) no dia 17 de abril desse ano viabiliza que consumidores insta-lem em suas residências/empresas microgeradores de energia limpa como, painéis fotovoltaicos e turbinas eólicas, conectados à rede da conces-sionária gerando créditos que serão descontados nas faturas de energia seguintes.

As concessionárias tem 240 dias à partir da publicação da resolução no Diário Oficial da União para receber a microgeração. O consumidor, por sua vez, fica responsável pelos custos de adequação do sistema de medição, uma vez que a microgeração exige o uso de medidores inteligentes.

Para microgeração, de até 100kW, as concessionárias precisarão res-ponder com um parecer de acesso em até 30 dias após o pedido de conexão feito pelo consumidor. Em caso mi-crogeração, de até 1MW, esse prazo será de 60 dias, no caso de haver

Gerar sua própria eletricidade além de sustentável agora é economicamente viável

necessidade de obras de reforço ou ampliação do sistema para receber a energia.

O diretor relator do processo na Aneel, Romeu Rufino, disse não acre-ditar que a nova regulação tenha “um impacto significativo” sobre o siste-ma. Mas, por precaução, destacou que as regras deverão ser revisitadas pela agência, com eventuais atualiza-ções, em um prazo de até cinco anos.

Uma das preocupações é com o efeito que um grande volume de microgeração poderia ter sobre as distribuidoras, uma vez que os con-sumidores continuarão a usar a rede, mas só pagarão a diferença entre a produção própria e a energia utiliza-da.

A regulação aprovada também estabelece que usinas solares de até 30MW terão desconto de 80% nas tarifas de uso dos sistemas de trans-missão e distribuição (Tust e Tusd). O benefício é válido para projetos que entrarem em operação comercial até 31 de dezembro de 2017. Além disso, o desconto só será aplicado nos dez primeiros anos de funcionamento do empreendimento. Após esse período, o percentual volta para 50%.

Na internet já é possível conhecer empresas com capacidade técnica para instalar sistemas de microgera-ção de energia.

Fonte: Jornal de Energia.

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Uma das preocupações é com o efeito que um grande volume de microgeração poderia ter sobre

as distribuidoras, uma vez que os consumidores continuarão a usar a rede, mas só pagarão a diferen-

ça entre a produção própria e a energia utilizada.

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SINDUSCON - A Força do Associativismo

Aos 76 anos, o engenheiro aposen-tado Fernando Albuquerque Vaz sente-se privilegiado em poder

realizar seu trabalho no Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) de Criciúma. Referência quando o assunto é o mercado imobiliário de Criciúma e região, Fernando começou a trabalhar na entidade em 2006. Na teoria, é o gerente executivo do Sinduscon. Na prática, é um faz-tudo. Cuida da área administrativa e financeira, faz contatos institucionais com prefeituras e empresas, realiza pesquisa sobre o mercado imobiliário e presta informações a empresas de fora interessadas em investir na região. “Acho muito bom o trabalho que faço porque na minha idade é um privilégio poder se sentir útil e apto a realizar atividades das mais variadas”, afirma.

Entre essas atividades variadas está sua participação num projeto recente, o Diagnóstico do Mercado Imobiliário (DMI) de Criciúma, fruto de parceria entre o Sinduscon e a Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc). De acordo com o blog da Unesc, o DMI é um banco de dados com informações sobre tipo do imóvel, condição de uso, endereço, área total, preço, entre outras. Tudo isso foi obtido com pesquisas, entrevistas e con-sultas realizadas durante 12 meses com construtoras associadas ao Sinduscon.

Divulgado no primeiro semestre de 2012, o DMI mostra por exemplo que o mercado local recebe a cada mês, em média, 1,3 mil novos apartamentos. A maioria – 35% – são unidades de três quartos com área entre 100 e 150 metros quadrados. Entre os bairros onde há

Diagnóstico preciso

:: Criciúma:: Fernando Albuquerque

Vaz

maior oferta de imóveis estão Centro, Comerciário, São Luiz, Ana Maria, Michel e Santa Bárbara. Os preços variam de R$ 100 mil a R$ 1 milhão.

Fernando é citado no blog da Unesc como um dos colaboradores do projeto. Os seis anos de trabalho à frente do Sin-duscon fizeram do engenheiro aposenta-do uma boa fonte quando o assunto é o mercado local. Exemplo disso ocorreu em maio. Uma grande companhia de minera-ção, interessada em adquirir uma cons-trutora de Criciúma, procurou Fernando. “Queriam informações sobre o mercado local e a construtora, que é associada ao Sinduscon”, diz ele, sem revelar maiores detalhes.

No âmbito da entidade, o maior desafio de Fernando é conquistar novos associa-dos. Na área de abrangência do Sindus-con de Criciúma, existem 280 empresas ligadas ao setor da construção civil, mas apenas 40 estão associadas. “O sindicato é forte em termos de representatividade do PIB da cidade, já que todas as grandes construtoras estão filiadas. Mas há uma resistência natural ao associativismo por parte de pequenas e médias empresas do setor”, afirma Fernando, explicando que isso se deve ao fato de haver “vários desafios a serem enfrentados diariamen-te pelos donos dessas empresas, que alegam não ter tempo para se preocupar com o associativismo”.

Fernando conta que procura convencê--los do contrário apresentando os bene-fícios que o associativismo oferece, como consultorias em segurança, assessoria de imprensa e informações trabalhistas e fiscais.

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Perfil

Em agosto, a secretária executiva Caroline Garcia Luz completa 11 anos de trabalho no Sindicato da In-

dústria da Construção Civil (Sinduscon) de Balneário Camboriú. “Iniciei no Sinduscon em 2001, substituindo uma funcionária que estava de licença maternidade. Fiz entrevista com o presidente da época, senhor Samir Guimarães Silva, que apro-vou minha contratação. Vencida a licença maternidade, a funcionária que eu estava substituindo retornou ao trabalho, mas continuei no Sinduscon na função de auxi-liar administrativo. Em 2002, com a saída do então secretário executivo da época, foi sugerido pela diretoria da entidade o meu nome para a função”, conta Caroline.

Antes do Sinduscon, Caroline havia trabalhado como balconista e professora, além de ter sido funcionária contrata-da da secretaria municipal de Turismo. Formada em Direito, chegou a estagiar em escritório de advocacia. Mas foi no sindi-cato que encontrou satisfação profissio-nal. “É um trabalho que faço com prazer. O que motiva é saber que o resultado do nosso trabalho ‘atinge’ diretamente as empresas associadas nas variadas áreas de serviços que o Sinduscon disponi-biliza. Por ser uma entidade bastante ativa, o Sinduscon construiu uma relação sólida com seus associados, sendo hoje uma espécie de ‘referência’ para diver-sos assuntos que integram o campo de

atuação da indústria da construção e, por conseqüência, tornando o contato entre as empresas e a entidade bastante constante”, diz.

Entre os maiores desafios enfrentados recentemente, Caroline destaca a ade-quação dos serviços prestados na área da saúde e segurança do trabalho à rotina das empresas associadas. Segundo ela, o segundo semestre deste ano será mo-vimentado. “Em outubro está prevista a inauguração da sede própria da entidade, um desejo de muitos anos que está pres-tes a se concretizar. Também teremos o aniversário de 25 anos do Sinduscon. Além disso, haverá eleições para a nova diretoria”, afirma.

Atualmente, o Sinduscon conta com quatro funcionários, três estagiários, além de prestadores de serviços como médico do trabalho, engenheiro de segu-rança, técnico de segurança, psicóloga organizacional, fonoaudióloga e assesso-res jurídico e de imprensa. “Desde 2011 agregamos os serviços do Sesi (Serviço Social da Indústria) ao nosso quadro de prestadores de serviços, incrementando nossos serviços na área da saúde e segu-rança do trabalho. Nosso quadro de as-sociados conta com 186 empresas, sendo que destas 123 são construtoras. Cerca de 80% das construtoras em atividade em Balneário Camboriú estão associadas ao Sinduscon”, explica Caroline.

Nova casa em outubro

:: Balneário Camboriú:: Caroline Garcia Luz

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Desde 2010 na gerência executi-va do Sindicato da Indústria da Construcão Civil (Sinduscon) de

Joinville, Renata Baggio viu seu trabalho no comando do dia-a-dia da entidade ser reconhecido ao receber, em dezembro do ano passado, a proposta de também assumir a gerência do Serviço Social da Indústria da Construção Civil (Secon-ci). Nas duas entidades, a chegada de Renata representou grande mudança. Antes dela, o Sinduscon estava sob uma mesma administração havia 15 anos. No Seconci, eram 20 anos sem troca de comando. “Quando há um ritmo de trabalho e você entra para administrar é sempre um desafio. Foi para mim e para os colaboradores”, afirma Renata.

Natural de Joinville, Renata é formada em administracão de empresas e mar-keting. Há dois anos, quando apareceu a oportunidade de trabalhar no Sinduscon, ela trabalhava na Unimed de Joinville, como assessora de diretoria. “A expe-riência como assessora permitiu que eu entrasse diretamente no cargo que exer-ço hoje, de gerente executiva”, diz. “Mi-nha rotina de trabalho está dividida em duas áreas totalmente diferentes, mas complementares. No Sinduscon, temos como principais diretrizes representar, perante às autoridades, os interesses do setor da construção civil, fortalecer as marcas das empresas associadas, con-tribuir para o fomento dos negócios das incorporadoras, construtoras e prestado-res de serviços, estimular a atuação em-presarial de forma ética e responsável, respeitando o meio ambiente, o ambiente construído e valorizando as pessoas.”

Atualmente, o Sinduscon de Joinvil-

Exemplo para a motivação

dos outros

le conta com 23 colaboradores, entre médicos, dentistas, engenheiros e assistentes administrativos, além de assessorias de estatística e de imprensa. “A nova diretoria do Sinduscon assume neste ano. Estamos reformulando o nosso estatuto de modo a permitir que o número de diretores passe de cinco para nove. No momento, o Sinduscon está com o projeto em parceria com o Senai para disponibilizarmos a oportunidade de qualificação de mão de obra para os trabalhadores da construção civil, atra-vés da unidade móvel. Também traba-lhamos o fortalecimento das marcas das empresas associadas através de feiras e revistas”, afirma Renata.

Ela diz que se sente grata em reali-zar o trabalho que desenvolve. “É mui-to gratificante lidar com pessoas e vê--las motivadas a realizar os trabalhos que você administra. Hoje, sinto-me, juntamente com toda a equipe Sin-duscon e Seconci, subindo os degraus da escada do bom atendimento, da pró-atividade, cumprindo exatamente a nossa missão que é representar e atender as empresas do segmento da construção civil, promovendo a união entre as empresas associadas e a melhoria contínua do setor, com base no respeito aos princípios éticos da sociedade”, conta.

O Sinduscon de Joinville conta atual-mente com 55 empresas associadas, enquanto o Seconci tem 295. No ano passado, o Seconci ofereceu 12.712 consultas médicas aos trabalhadores das empresas associadas, além de aten-dimentos odontológicos e serviços de segurança do trabalho.

:: Joinville:: Renata Baggio

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SINDUSCON - A Força do Associativismo

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A vice-corregedora-geral de Justiça de Santa Catarina, desembar-gadora Salete Silva Sommariva,

recebeu, recentemente, uma comissão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SC) criada para resolver um conflito que existe há mais de dois anos em Itape-ma. O conflito envolve, de um lado, o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) e demais entidades de classe e profissionais ligados ao mer-cado imobiliário local. Do outro lado, está o Ofício de Registros de Imóveis da cidade. A ideia é que a comissão ajude a padronizar os serviços notariais, além de amenizar eventuais atritos futuros.

O grupo das entidades e profissionais ligadas ao mercado aponta o titular do ofício, Guilherme Valente, como respon-sável por atrasar os processos devido às exigências estabelecidas por ele desde que assumiu o posto, no início de 2010. A lista de reclamações é grande.

Segundo o Sinduscon, o ofício tornou obrigatório, sob a gerência de Valen-te, o preenchimento de declaração de valor do imóvel superior ao valor real da transação realizada. Também passou a avaliar o imóvel com vistoria in loco feita pelo ofício, ignorando a planta genérica de valores da prefeitura. Além disso, o Sinduscon classifica o atendimento como “péssimo”, alegando que o titular só recebe com dia e hora marcados, esclarece dúvidas apenas por escrito, grava imagens e áudio do que ocorre no ofício, suscita dúvidas e impugna valores em excesso.

“É uma série de irregularidades”, afirma o presidente do Sinduscon, João Formento. Tudo isso gera, segundo o Sinduscon, lentidão no atendimento e na análise de documentos. A situa-ção já motivou até ato de protesto. Em novembro do ano passado, um grupo de corretores de imóveis de Itapema realizou a Choppada da Indignação. Eles foram para a frente do Ofício de Registro de Imóveis e distribuíram chope à popu-lação em protesto contra os “absurdos jurídicos” praticados no local.

À época, em declaração publicada pelo Jornal de Santa Catarina, Guilherme Valente se defendeu das críticas afir-mando que cumpre “rigorosamente o que está previsto em lei”. Ele disse ainda que deveria ser feita “pressão pela mudança da lei”, se isso torna os processos demo-rados.

:: Itapema:: João Formento

Uma soluçãopara umapolêmica

de dois anos

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SINDUSCON - A Força do Associativismo

:: Itapema:: Camila Ribeiro

Em 2004, quando se formou em psi-cologia pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), em

Joaçaba, Camila Ribeiro não imaginava que cinco anos depois mudaria sua traje-tória profissional, passando a traballhar no Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) de Itapema, onde hoje é secretária executiva. Com o diploma na mão, mudou-se naquele mesmo ano da formatura para Cascavel, no Paraná, ini-ciando a carreira de psicóloga no Grupo Muffato, que controla empresas de vare-jo e atacado, além de hotéis e emissoras de rádio e televisão.

Em 2005, voltou a Curitibanos, sua cidade natal, para atuar, ainda como psicóloga, num serviço público de apoio a gestantes, crianças e adolescentes. Ficou três anos na função. Casou-se em 2008 e, no início de 2009, mudou-se para Itapema, onde o marido tem negócios no setor do comércio e prestação de serviços. “Fiquei três meses desempre-gada até aparecer a oportunidade no Sinduscon”, diz Camila, que ingressou na entidade em abril de 2009.

Ela explica que gosta do que faz porque “não existe rotina, trabalhamos de acordo com as necessidades que aparecem.” Depois acrescenta que o

início foi díficil: “Na verdade, fiquei bem perdida no começo, quando entrei. Minha colega de trabalho, a Amanda, me ajudou bastante. Foi difícil, mas eu gosto do contato com as pessoas, e o contato com os associados é diário.”

Um dos assuntos que geram dúvidas é a ligação de novos empreendimentos à rede de esgoto, o que, no momento, ocorre caso em caso. Isso porque há uma disputa judicial entre a prefeitura e a Companhia Águas de Itapema, responsá-vel pelo serviço de coleta e tratamento de resíduos no município.

Segundo Camila, também geram bastante dúvidas questões jurídicas, de registro de imóveis e sobre segurança do trabalho.

Entre as realizações recentes, Camila destaca a transição dos serviços de saúde e segurança do trabalho para o Serviço Social da Indústria (Sesi). Ela também participa da organização de eventos promovidos pelo sindicato, como o 3º Costelaço do Sinduscon e o jantar de confraternização de fim de ano.

A atuação de Camila no cotidiano da entidade ajudou a fortalecer o Sinduscon de Itapema, que contava com 45 empre-sas associadas há quatro anos e hoje soma 60 filiados.

Psicologia para lidar com os associados

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SINDUSCON - A Força do Associativismo

:: Brusque:: Ademir José Pereira

é um

O Sindicato das Indústrias da Cons-trução e do Mobiliário de Brusque (Sinduscon) está comemorando

o sucesso dos cursos ministrados no caminhão-escola do Serviço Nacional da Indústria (Senai). Fruto de parceria entre as duas entidades, a iniciativa também conta com o apoio do Sindicato dos Tra-balhadores nas Indústrias da Construção (Sintricomb).

Dois dos quatro cursos previstos tiveram início em abril. O de eletricista predial teve grande procura, com alto nú-mero de jovens entre os inscritos. “Nós temos muitos alunos cuja escolaridade é baixa, mas a vontade de aprender supera todos os obstáculos. Eles têm interesse em aprender uma profissão e dar uma vida melhor para suas famílias”, conta o

professor Paulo Rovaris.A balconista Vera Lucia Góes fez

parte do grupo de 24 alunos da primeira turma do curso de pedreiro de alvenaria. “Busquei fazer o curso para aperfeiçoar a profissão que tenho hoje, pois quero entender o que meus clientes precisam. Eu atendo muitos pedreiros e quero ajudá-los”, diz ela, que trabalha em loja de materiais de construção.

Em geral, as aulas ocorrem à noite, mas há cursos previstos para o período da tarde, como o de instalador hidráu-lico predial. “Entramos em contato com todos os nossos associados para que dispensem mais cedo os trabalhadores inscritos no curso”, conta o presidente do Sinduscon, Ademir José Pereira.

O caminhão-escola é totalmente

equipado com computadores, material didático e vários equipamentos utiliza-dos nos cursos, como fiação, carrinhos de mão, betoneiras, entre outros, assim como materiais de segurança. “Eles tiveram um mês inteiro de aulas teóricas, pois não basta apenas pegar cimento e pá para ser um pedreiro, o profissional tem que saber como funciona todo o processo de construção de uma casa ou apartamento e qual o procedimento e produtos adequados para fazer uma obra com qualidade”, afirma o técnico em construção civil, João Carlos Folmer, professor do curso.

Os alunos também realizaram as au-las práticas. A primeira tarefa da turma do curso de pedreiro de alvenaria, por exemplo, foi a construção de um muro no pavilhão da Fenarreco, onde está esta-cionado o caminhão. Os alunos fizeram desde a ferragem, caixaria, alvenaria e cerâmica, além da construção e reboco.

O Senai equipou quatro carretas iguais à de Brusque para percorrer todo o Estado. Além dos já citados, o caminhão--escola oferece o curso profissionalizan-te de pintor.

Além dos cursos, o Sinduscon de Brusque destaca para o segundo semes-tre a realização de evento comemora-tivo para o Dia Nacional da Construção Social. Marcado para o dia 18 de agosto, o evento deve receber, segundo estima-tiva da entidade, 2,5 mil pessoas entre patrões, empregados e famílias.

Caminhão-escolasucesso

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Artigo | Qualidade

Mário Augusto Almeida da Silva - Diretor da Q-ISO.

Muitas empresas, apesar de investirem em trabalhos de consultorias na busca de

reverter quedas de receitas e revi-gorar uma força de trabalho pouco produtiva, continuam mergulhadas em dificuldades. As empresas pas-sam a ter muitos comportamentos considerados “normais” mas que, na realidade, somam um rol de con-dutas típicas de um viciado.

A defesa básica é a negação, assim a empresa viciada evita enfrentar suas dificuldades e se isola quando atravessa problemas. A gaveta “problemas”, onde são armazenadas todas suas deficiên-cias culturais, paradigmas, dificul-dades operacionais ou de gestão, permanece fechada com medo de se expor frente à sua equipe ou ao seu mercado. Ao abrir essa gaveta e

Empresas viciadas e o custo da não qualidade

reconhecer as dificuldades no am-biente organizacional, a empresa passa a buscar soluções saudáveis e a assumir o compromisso de não reincidir em erros que custam mui-to caro ao resultado operacional.

Normalmente, uma empresa passa a ser ou permanece viciada em razão das pessoas que detêm o poder de influenciar, coordenar ou formar opiniões no ambiente organizacional. Neste sentido, os diretores, gerentes e líderes, entre outros formadores de opinião, por viverem assustados, exercem influência assustando os demais por meio de controle e vigilância permanente.

Para Anne Wilson Schef (PhD em psicologia): “Quando uma pessoa tem personalidade viciada, troca um vício por outro.” No mundo cor-

porativo, essa prática é semelhante e causa dificuldades na gestão e na conquista de melhores resultados.

A melhoria da gestão organiza-cional depende da mudança com-portamental, principalmente dos formadores de opinião na empre-sa. Antes de tudo, eles precisam reconhecer efetivamente seus problemas e admiti-los como vícios organizacionais. Já a consultoria precisa ter a sensibilidade neces-sária para diagnosticar e identificar os sintomas, atuar de forma clara para questionar os “processos con-siderados aceitáveis” e, junto aos formadores de opinião da empresa, agir com o objetivo de modificar o comportamento corporativo.

Sintomas como os demonstrados a seguir fazem com que a cultura da empresa permaneça viciada:

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Artigo | Qualidade

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Vícios Sintomas do viciado Sintomas da empresa viciada

Confusão O viciado se nega a ver o que se passa e dificulta suas ações positivas;

Ninguém assume a responsabilidade e a em-presa não sabe para onde vai;

Hipocrisia O viciado como não quer admitir seus sentimentos, mente para si mesmo. Depois mente para todas as pessoas que o cercam gerando um sistema hipócrita onde todos mentem uns para os outros;

Como forma “estratégica” a empresa para não revelar seus “pontos fracos”, passa a mentir no mercado para todas as partes interessadas (clientes, acionistas, funcionários, fornecedo-res, governo, comunidade e etc.) e essa rede de mentiras influencia seu sistema de gestão que fica cada vez mais comprometido.

O isolamento O viciado cria um mundo próprio e passa a viver suas verdades, assim fica isolado da família, dos amigos e de todos os que não habitam “aquele” mundo.

A empresa cria suas próprias desculpas para o insucesso, foge da verdade, da tomada de deci-sões e passa a conviver com práticas inaceitá-veis no mundo corporativo.

A desconfiança O viciado crê que todos a sua volta estão ali para julgá-lo, identificar defeitos e reprimi-lo dificultando assim o seu auxílio.

A empresa desconfia da honestidade de seus funcionários nos aspectos financeiros, de re-lacionamentos éticos, interpessoais e técnicos contribuindo para um péssimo clima organiza-cional.

O planejamento como forma de controle.

O viciado organiza suas ações como forma de se esconder do mundo real e passa a viver dois mundos (o seu e o real) o que traz sérias dificuldades de relacio-namentos diários;

A empresa planeja suas ações como forma de controlar melhor sua equipe e não sob a forma de assegurar o melhor desempenho e sucesso a partir da responsabilidade de cada função;

A obsessão O viciado está sempre obcecado por não ser suficientemente bom ou “perfeito”, pelo menos na sua ótica de perfeição.

A empresa entende como perfeição a condição de saber sempre dar as respostas, ser sempre o primeiro a apresentar uma solução e jamais cometer erros. Assim, quando existe algum erro este é negado ou encoberto.

Segundo Philip Crosby, responsável pelo conceito Zero Defeito, “é falso imaginar que os erros são inevitáveis, pois cabe aos gestores, por meio de suas atitudes e práticas de trabalho, desenvolver o compromisso com a pre-venção e eleger o objetivo Zero Defei-tos”. Já Joseph Moses Juran define que “o custo da má qualidade é o resultado proveniente do fato de uma organiza-ção não produzir corretamente desde a primeira vez”. Assim, a empresa deve identificar e mensurar tais vícios com o objetivo de criar ações para saná-los. Erros são inerentes ao trabalho e vão existir, a convivência com os erros e inexistência de práticas que evitem sua repetição traz o vicio a uma empresa.

Estes erros ou vícios trazem às empresas um custo elevado da “não qualidade” em sua gestão. Num sentido mais amplo, não podemos entender qualidade apenas como o respeito às especificações técnicas de um produ-to. Aqui, o conceito da má qualidade é ampliado aos aspectos ambientais, de responsabilidade social, de saúde e segurança no trabalho, de gestão de

pessoas entre outros aspectos onde a organização está inserida.

Com o custo da não qualidade, a empresa perde pelo menos em duas situações:a. Por produzir um produto ou pres-tar um serviço que será rejeitado ou desclassificado pelo cliente ou pelo mercado e, b. Por perder a oportunidade de pro-duzir ou prestar o serviço adequado que atenda a expectativas das partes interessadas.

As falhas têm origem em problemas de comunicação, inexistência de plane-jamentos adequados, falta de integra-ção da equipe nos propósitos organiza-cionais, dificuldades operacionais e de infraestrutura que são constantemente camuflados pelos vícios já citados. Para que servem os indicadores, relató-rios, registros de reuniões e inspeções se os mesmos estiverem viciados? Se forem registrados sem o compromisso, sem verdade ou simplesmente para apresentar em uma reunião e não para contribuir com a gestão da empresa? De todos os problemas organizacionais

o maior deles é sem dúvida nenhum o convívio com a reincidência dos erros ou de suas causas. Ela contribui para o enraizamento dos vícios empresarias que formam a cultura da empresa.

Peter Senge autor do livro A quinta disciplina, que atualizou o conceito da “organização que aprende” recomenda: “Se percebermos que as empresas são organismos vivos, entenderemos que não podem ser mudadas por uma só pessoa”.

Seguindo este conselho, a gestão é de responsabilidade de todos na orga-nização, e para que possamos afastar de vez esse fantasma que arrasta suas correntes nas dependências da empresa, é necessária uma mudança cultural nos hábitos e forma de atuação da equipe. Uma mudança que procure valorizar a equipe, prestigiar as ideias e alinhar os conceitos em busca do objetivo gerencial da empresa.

Abaixo, segue uma dica para sua em-presa buscar através da mudança do modelo cultural o tratamento dos vícios empresariais.

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Etapa 1 – Sensibilização Etapa 2 –Diagnóstico Etapa 3 - Definições Etapa 4 – Nova cultura

Encontro com os Gesto-res (diretores, gerentes, lideres)

Levantamento dos fatores críticos da organização

Planejamento das ações Definição do canal sigiloso

Resultados alcançados

Encontro com a equipe sem cargos de liderança.

Análises e Debates considerando os vícios identificados

Matriz de indicadoresCondições para acompanhamento

Novo modelo cultural

Respeite sua empresa como um organismo vivo, envolvendo sua equipe e permitindo que todos abram suas gavetas e partilhem seus problemas organizacionais. Em segundo lugar, paciência todo o processo de mudan-ça cultural é demorado e somente vai ser bem sucedido com a apresentação dos resultados desejados. Tratar os vícios empresariais é possibilitar que a empresa cresça com confiança, com segurança e com baixo “custo de não qualidade”. Substitua o comportamen-to viciado por hábitos mais saudáveis e tenha sucesso.

A Q-Iso atua no mercado há mais de 15 anos e é especializada em certificações como a ISO-9001 e o Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H). Entre seus clientes estão Álamo, Hantei, Mima, Base, Embraed, Arthur Silveira, Edi ficart e Queiroz Mello.

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Aberta em 2009, a VKF Esquadrias se consolidou rapidamente no mercado de Blumenau e, desde o primeiro semestre deste ano, vem ampliando sua

área de abrangência e conquistando clientes além do Vale do Itajaí. “Graças ao nosso trabalho, dedicação e, principalmente, honestidade, estamos ganhando cada vez mais a confiança de nossos clientes. Entre os clien-tes conquistados nesse período, destaco a construtora Pioneira da Costa e a Marisanto Construções, ambas de Florianópolis”, comemora Alexandre Kuhn, proprietário da empresa.

Segundo ele, os resultados obtidos no primeiro se-mestre de 2012 já superaram as metas previstas para o ano inteiro. “Posso considerar que tivemos boas vendas no primeiro semestre. Isso devido a parcerias firmadas com construtoras, o que garante vendas não só para o momento atual, mas também, muito provavelmente, para longo prazo. Não temos interesse em formar uma empresa enorme, mas sim uma empresa que cresça conforme sua necessidade. Acho que para este ano já crescemos o que precisávamos”, ressalta Alexandre.

Outro fator que tem contribuído para o sucesso do empreendimento, de acordo com o diretor comercial, é a qualidade das esquadrias e do serviço prestado pela VKF. “É difícil falar em vantagens das nossas esquadrias em relação às demais opções do mercado, mas sabe-mos que nossos produtos são feitos dentro de padrões de qualidade e garantia. Entregamos um produto de perfeição. Como o mercado está cada vez mais exigente, temos que nos adequar a cada dia que passamos para não ficarmos parado no tempo”, comenta Alexandre Khun.

Qualidade e atendimento garantem a conquista de novos clientes para a VKF Esquadrias

Em busca da perfeição

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Perfil

Alexandre Kuhn,Diretor Comercial da VKF Esquadrias

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Empregos | Escolas | Cursos

A partir desta edição, passaremos a informar para algumas re-giões do Estado, alguns sites, endereços e/ou telefones, visando facilitar o encontro entre as partes interessadas, para atender a

demanda dos trabalhadores por emprego, e das escolas que ofere-cem cursos para a formação profissional.

Região de Florianópolis - O SENAI está disponibilizando um site, onde todos os alunos e ex-alunos, podem se informar sobre vagas disponíveis na sua região respectiva: www.senaimaiscompetitivida-de.com.br

No site www.sinduscon-fpolis.gov.br, também é possível se cadas-trar e concorrer a vagas disponibilizadas.

Região de Balneário Camboriú

Região de Itapema

Região de Itajaí

Região de Joinville

Região de Brusque

Região de Blumenau

Região de Criciúma

Região de Chapecó

Região de Jaraguá do Sul

www.sindusconbc.com.br

www.sindusconitapema.com.br

www.sindusconitajai.com.br

www.sinduscon-joinville.org.br www.sindusconbq.com.br

www.sindusconbnu.org.br

www.sindusconcriciuma.com.br

www.sindusconchapeco.com.br

(047) 33671234

(047) 33686283

047) 32410300

(047) 34252288

(047) 33550557

(047) 33399000

(048) 3438-3104

(049) 3322-5958

(047) 32757050

Vagas de trabalho pelo Estado

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Atrações Turísticas

O Mirante do Encanto de Itapema registrou a presença de 11.366 visitantes nos primeiros 18

dias de funcionamento. Os dados são Secretaria de Turismo e Desenvolvi-mento Econômico, que considerou o período de visitas entre o dia da inau-guração, 13 de abril, até 30 de abril. O Mirante do Encanto fica no topo do Morro do Cabeço no Canto da Praia e está aberto para visitação pública gratuita diariamente, das 8h às 20h.

Com uma média de 631 registros por dia, os principais visitantes do Mirante do Encanto são os próprios itapemenses com 71% das inscri-ções. Já os blumenauenses ocupam o segundo lugar, enquanto os curiti-banos ocupa o terceiro lugar entre as dez cidades brasileiras que mais visi-taram o local. Também estão na lista Porto Belo, Balneário Camboriú, Flo-rianópolis, Itajaí, Joinville, São Paulo e Brusque.

Ainda conforme os dados registra-dos nas visitações, passaram pelo Mirante do Encanto moradores de 268 cidades de 22 Estados brasilei-ros. Os catarinenses lideram a lista com 85% de representatividade, em segundo estão os paranaenses (7%) e os gaúchos e paulistas dividem a terceira posição com 3%.

Quanto aos turistas estrangeiros nos 18 dias de visitação foram re-gistradas a passagem de 53 pessoas de 15 países diferentes, sendo 46% deles vindos da Argentina, 19% do Uruguai e 12% da Espanha. Também passaram pelo Mirante do Encanto italianos, suíços, coreanos, indianos, portugueses e latino americanos.

O secretário de Turismo e Desen-volvimento Econômico, André Gob-bo, afirma que a grande movimen-tação registrada no novo atrativo turístico nos primeiros dias superou as expectativas de todos. “Pedimos aos visitantes que tenham calma e respeitem a sinalização do trânsito, especialmente nos domingos e feria-dos”, explica.

Segundo o prefeito de Itapema, Sabino Bussanello, o fluxo de visita-ções consolida o Mirante do Encanto com um dos principais equipamentos turísticos da Costa Esmeralda e de Santa Catarina. “Esta obra marca os 50 anos de emancipação político-ad-ministrativa de Itapema, junto com o Mercado Público e diversas outras ações de nosso Governo Municipal para o Turismo e Desenvolvimento Econômico do município, que refor-çam nosso orgulho de viver aqui”, completa.

EstruturaO Mirante do Encanto tem 26

metros de altura e sua base está 130 metros acima do nível do mar. A estrutura é formada por 338 metros quadrados de área cons-truída, divididos em quatro níveis de utilização para o público. No primeiro há um acesso por meio de escadas e rampas, estacio-namento para deficientes físicos e banheiros adaptados, além do acesso ao elevador panorâmico. O nível dois oferece praça urbaniza-da, com playground, mirantes com vista para a Praia da Mata de Cam-boriú, bancos, paisagismo e ilumi-nação especial. No terceiro nível os visitantes terão uma visão pa-norâmica de Itapema, Porto Belo e Oceano Atlântico. Já no ponto mais alto aberto aos visitantes está disponível uma visão 360º de toda Costa Esmeralda. O Mirante do Encanto é uma obra da Prefei-tura de Itapema, que investiu R$ 1.725.315,07 em sua construção, sendo R$ 200.000,00 do Governo Federal por meio do Ministério do Turismo, enquanto o restante foi de recursos próprios do atual Go-verno Municipal.

doMirante Encanto

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Mirante do Encanto de Itapema registra mais de

600 visitas por dia

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Atrações Turísticas

A Companhia Hidromineral do Oeste Catarinense (Hidroeste), abasteci-da com águas minerais vindas de um

poço artesiano com temperatura média de 37°C, é a grande atração do município. Dentro do complexo, de 40000 m², são ofe-recidas para diversão e descanso aos tu-ristas cinco piscinas: três ao ar livre, entre elas um módulo de chuveirinhos de 70cm de profundidade, o tobogã e mais duas pisci-nas cobertas, além de banheiras de imersão e hidromassagem. O balneário da Hidroes-te conta com excelente estrutura para os banhistas, área para camping, quiosques, churrasqueiras e lanchonetes, em meio a muito verde e flores.Situado no centro do município, o comple-xo foi construído às marges do Rio Chapecó. No rio é possível pescar, passear de barco e andar de Jet Ski.Fotos: Assessoria de Impressa - Prefeitura Municipal de Águas de Chapecó

HidroesteBalneário da

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A Casa da Memória tem como finalidade resgatar a história do povo aguense e disseminar

sua cultura. O acervo é composto, por registros fotográficos, mobiliá-rios e utensílios antigos, objetos de trabalho de algumas profissões e ferramentas antigas usadas na agri-cultura. É importante infatizar que todos os objetos do acervo são prove-nientes de doações da comunidade. A casa que abriga o Museu Casa da Memória possui estilo arquitetônico italiano e foi construída em 1962 na comunidade de Linha Pegoraro, seus proprietários eram Antônio e Olinda Pegoraro. Fotos: Assessoria de Impressa Pre-feitura Municipal de Águas de Cha-pecó

MemóriaCasa da

Instalada no Rio Uruguai, entre os muni-cípios de Águas de Chapecó, em Santa Catarina, e Alpestre, no Rio Grande do

Sul, a Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó foi oficialmente inaugurada, dia 30 de dezem-bro de 2010. Construída pela Foz do Cha-pecó Energia S.A., Sociedade de Propósito Específico formada pelas empresas CPFL (51%), Eletrobras Furnas (40%) e Compa-nhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica - CEEE (9%), Ao todo, o empreendimento recebeu R$ 2,64 bilhões em investimentos, valor que inclui também os programas socioambientais, que respon-deram mais de R$ 500 milhões. A usina pos-sui quatro unidades geradoras, a potência instalada total é de 855 MW, o equivalente a 25% do consumo de energia do estado ca-tarinense ou a 18% do consumo gaúcho.Fotos: Consorcio Foz do Chapecó Energia

ChapecóUHE Foz do

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Atrações Turísticas

C om pouco mais de 4 mil mo-radores, Bom Jardim da Serra é um pequeno município en-

cravado na Serra Catarinense. É re-conhecido pelos recursos naturais, como os precipícios que integram um dos maiores conjuntos de cânions do mundo, e por estar na rota da Serra do Rio do Rastro. O inverno rigoroso também é uma das marcas registra-das.

Mas a cidade ganhou destaque na-cional por outro motivo: ela aparece no topo do ranking de gestão pública entre as 5.563 cidades do país em le-vantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Tra-ta-se do Índice de Responsabilidade Fiscal, Social e de Gestão (IRFS) de 2010, no qual Santa Catarina teve a melhor média geral entre todos os 27 estados – com 0,525, num índice que varia entre zero e um.

E acompanhando o bom desempe-nho estadual, Bom Jardim da Serra teve a melhor média municipal, com 0,635. Entre os três subíndices leva-dos em conta – fiscal, gestão e social –, Bom Jardim tirou quase a nota má-xima no quesito fiscal, com média de 0,961, ficando com certa folga à fren-te do segundo colocado, o município paulista de Louveira, com a pontua-

ção de 0,804. A avaliação fiscal considera itens

como endividamento público, sufi-ciência de caixa, gasto com pessoal e, ainda, superávit primário. O supe-rávit é a diferença entre a arrecada-ção total do governo e suas despesas, sem contar os juros sobre as dívidas públicas.

Os cem primeiros colocados na lis-ta geral de municípios se concentram nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Os dados da pesquisa mostraram, por exemplo, que houve aumento de gastos com folha de pagamento em relação a 2009 e queda no custeio ge-ral da máquina.

O resultado do levantamento pegou muita gente de surpresa, mas tende a colocar Bom Jardim ainda mais em evidência. Colonizado há mais de 140 anos por famílias gaúchas que abri-ram uma trilha na Serra Geral – atual Serra do Rio do Rastro – para possibi-litar a passagem de pedestres e tro-peiros que trocavam mercadorias em Laguna, Bom Jardim virou município bem depois, há 45 anos.

E, apesar de manter suas tradi-ções, busca novas alternativas para crescer, como o turismo e a energia eólica, ambos ainda muito recentes. Hábitos simples de cidade do interior

A economia ainda é toda baseada na fruticultura, especialmente na maçã, que, com 35 mil toneladas por ano, responde por 80% da arrecadação; e na pecuária, com aproximadamente 30 mil cabeças de gado espalhadas no território de 935 quilômetros qua-drados.

Na cidade, ainda se cultiva um jeito tranquilo e interiorano. Alguns hábi-tos se mantêm firmes, como o tradi-cional chimarrão com os vizinhos na frente de casa, parar o carro no meio da rua para conversar calmamente com um amigo sem se preocupar com o trânsito, montar a cavalo na princi-pal avenida, ir ao banco e à prefeitura de bota e bombacha, comprar fiado na mercearia da esquina, conhecer a todos pelo apelido e pelo sobrenome dos pais.

— Aqui você não vê mendigos, não há drogas e todos têm um teto para viver. Coisas simples que a gente tem aqui. Onde mais tem isso? Não saio mais daqui — diz Nilton Santos Fer-reira, 62 anos, que há quatro saiu de Santos, em São Paulo, com mais de 400 mil habitantes, para abrir uma pousada e viver no município catari-nense reconhecido agora como líder nacional em gestão dos recursos pú-blicos.

BomJardim da Serra

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Rio do RastroSerra do

A Serra do Rio do Rastro acha-se ligada a muitos aspectos histó-ricos, econômicos e turísticos

da região de Orleans - Lauro Müller, onde o nome de diversos de seus to-pônimos tornou-se bastante familiar aos geólogos brasileiros, por terem passado a designar unidades estra-tigráficas de ampla distribuição na Bacia do Paraná, como a própria For-mação Rio do Rasto, e os topônimos dos rios Bonito e Passa Dois, as loca-lidades de Guatá e Palermo, além de outras designações como Tubarão e Estrada Nova.

A estrada que percorre a Serra é um trecho da rodovia SC-438, que, partindo de Tubarão, próximo ao lito-ral de Santa Catarina, e passando por Orleans, Lauro Müller, Bom Jardim da Serra e São Joaquim, chega até Lages, no planalto catarinense.

A relação da região com o setor mi-neral brasileiro data de 1841, quando a presença de “carvão de pedra” foi constatada por técnicos e cientistas brasileiros e estrangeiros em mis-são do Governo Imperial Brasileiro. Em 1903, o então Governador Vidal Ramos inaugura uma estrada que partindo da atual localidade de Lau-ro Müller, permite o acesso até São Joaquim e Lages (a “Estrada Nova”).

A Serra do Rio do Rastro é uma das serras de Santa Catarina, loca-lizada no sul do estado. É cortada pela rodovia SC-438, onde se tem uma espetacular vista da serra. Com muitas matas e cachoeiras, é um dos cartões-postais do estado. Localiza--se no município de Lauro Müller, a mais de 1421 metros de altitude (altitude do Mirante). Um mirante localizado em seu topo proporciona uma bela visão.O ponto mais eleva-do, proximo a descida da Serra do Rio do Rastro, a SE, é o Morro da Ronda, que tem um sugestivo banco de fren-te ao canion de mesmo nome e voce tem acesso pela rodovia, ao Sul (cer-ca ded 500 m da SC-438) que leva ao interior de Bom Jardim da Serra, jun-to aos Aparados da Serra e tem 1507 m de altitude. Dele, avista-se o pon-

to mais elevado do RS (Monte Negro com 1398 m) em dias claros, sempre olhando-se ao S, assim como um dos 3 pontos mais elevados de SC, o Mor-ro da Igreja com aproximadamente 1822–1826 m de altitude a N-NW.

O percurso da rodovia SC-438 é caracterizado por subidas íngremes e curvas fechadas, bem como pelos seus quiosques, ótimos locais para desfrutar a paz proporcionada pela natureza. Coberta pela mata Atlân-tica, com uma fauna bem diversa, com varíos tipos de felinos de pe-queno, médio e grande portes, uma fauna de macacos (bugios, maca-cos-prego, saguis), quatis, pacas, mãos-peladas, tatus, tamanduás e iraras, que são animais comuns

numa mata atlântica preservada. Também há uma avifauna compos-ta de aguias chilenas, tiês-sangue, tucanos, araras, papagaios etc. Subindo desde o distrito de Guatá, percorre-se a Floresta Ombrofila Densa (Mata Atlantica), com seus diversos niveis, e os mais elevados, sao montanha e alto-montana e a depois, a Flora Rupicola, com ende-mismo consideravel, no topo como uma franja a Matinha Nebular, de-pois em transicao, Campos Sulinos e do outro lado da serra, a Floresta Ombrofila Mista (Mata das Arauca-rias), tambem com suas faces mon-tana e alto-montana, alternado-se com os Campos Sulinos em mosai-cos campo-matas.

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Atrações Turísticas

O município de Governador Celso Ramos ocupa bela península com caprichosos recortes que

formam abrigadas enseadas paraíso dos navegadores - e dividem a cos-ta em 23 belas praias próprias para mergulho, windsurfe, Jet ski e sur-fe. Algumas com boa infra-estrutura como a praia de Palmas, outras com-pletamente desertas, como Ilhéus e Bananeiras. A região integra, ainda, a reserva biológica Marinha do Ar-voredo, santuário de espécies raras da fauna e da flora, o que a torna um dos melhores locais para mergulho do país e moradia de uma centena de golfinhos tucuxis que alegram os passeios de barcos. A Ilha de Anha-tomirim, concorrido ponto turístico, é sede da Fortaleza de Santa Cruz que completa o conjunto de fortes portu-gueses da Ilha de Santa Catarina. Ou-tro tesouro turístico de Governador Celso Ramos é o seu passado.

“23 belas praias próprias para mergulho, windsurfe, Jet ski e surfe”

Esta vila de pescadores, com 250 anos de história, foi sede do maior e

mais importante núcleo baleeiro ca-tarinense, a Armação da Piedade. O local - hoje disputado pelos turistas - era ponto de partida de escravos e arpoadores que se arriscavam em precárias embarcações na incerta missão de capturar as baleias Fran-ca. Atualmente as cetáceos procriam e amamentam seus filhotes tranqui-lamente em águas catarinenses pro-tegidas por leis ambientais. Mais de 30 mil turistas por ano visitam Gover-nador Celso Ramos.

A Capela de Nossa Senhora da Piedade, localizada no vilarejo de Armação da Piedade (1745), tem es-tilo colonial português. Foi tombada pelo Patrimônio Histórico e é tida como a primeira igreja edificada em Santa Catarina, no século XVIII, ainda utilizando óleo de baleia na argamassa. Fica ao lado das ruínas da antiga Armação da Piedade, que em 1839 foi incorporada a Marinha. Atualmente é núcleo de pescadores que conservam principalmente as-pectos tradicionais da pesca arte-sanal.

CelsoGovernadorRamos

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Construída por volta de 1740 pelo Brigadeiro José da Silva Paes para defender o Norte da

Ilha de Santa Catarina em conjun-to com as fortalezas de Santo An-tonio, na Ilha de Ratones e São José na praia do Forte, esta a única com alguma possibilidade de rechaçar o desembarque espanhol feito em Ca-nasvieiras.

A Fortaleza de Santa Cruz na ilha de Anhatomirim é lembrada com cer-to tabu pelos habitantes mais velhos de Florianópolis e região, por sua história sempre relacionada com a invasão espanhola em 1777, na qual não teve a menor utilidade defensiva, mesmo porque não houve resistência em nenhuma parte.

Todo o sistema de defesa montado para defender a Baía Norte não pas-sou de um grande fracasso, um erro estratégico imperdoável. A distância entre os fortes era de 6 km, enquanto o canhão de maior calibre tinha um alcance máximo de 2 km. Em 1777, uma esquadra espanhola, adentrou o canal com 20 vasos de guerra, 97 na-vios mercantes, 674 canhões, 12 mil homens e mantimentos para 6 meses de cerco. Ocuparam a ilha e só foram

embora no ano seguinte, após a assi-natura do tratado de Santo Idelfonso, no qual Portugal cedeu a província de Sacramento (atual Uruguai) em troca de outras terras, entre elas a Ilha.

Mas o episódio que mais contri-buiu para essa lembrança triste que se tem da ilha é o fato de ter servido como presídio político em 1894, du-rante o governo republicano de Flo-riano Peixoto. Para lá foram manda-dos 185 cidadãos da vila do Desterro, como era chamada Florianópolis. Esses homens favoráveis à criação de uma federação dos estados brasi-leiros foram fuzilados sem nenhuma chance de defesa judicial. Durante a revolução constitucionalista em 1930, governo de Getúlio Vargas, a fortaleza voltou a servir como presí-dio político.

Depois ficou sob tutela da Marinha até 1960 , quando as famílias que a conservavam mudaram-se, e Anha-tomirim foi entregue aos invasores e saqueadores, logo restavam ape-nas ruínas. Em 1979 a Universidade Federal de Santa Catarina iniciou a restauração da mais majestosa edi-ficação, orgulho de Silva Paes que se referia a ela como tendo as mais

nobres acomodações militares das Américas, destacando o Portal de acesso com linhas de ligeira influên-cia oriental e a escadaria de acesso feita com lioz português, pedra mui-to semelhante ao mármore. Hoje to-talmente restaurada e mantida pela UFSC, a ilha e todas as suas edifica-ções estão muito bem cuidadas, con-tando com estrutura para receber os turistas trazidos em sua maioria pe-las escunas de passeio.

Anhatomirim e a Fortaleza de San-ta Cruz agora são motivo de orgulho e um exemplo a ser seguido em muitas construções históricas.

Caminhar pelos gramados que cir-cundam a ilha, observar os detalhes das construções, saborear pratos típicos no restaurante é sem dúvida uma ótima opção de turismo, e que ainda possibilita um contato com a nossa história.

O canal entre Anhatomirim e o con-tinente, chamado Baía dos Golfinhos, é o lar permanente de um grupo de 120 golfinhos-cinza que podem ser observados do barco, mas recomen-da-se manter distância para não im-portuná-los, evitando assim, que mi-grem para outro local mais tranqüilo.

Ilha deAnhatomirim

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Turismo

Cultivar o carinho para satisfazer os

hóspedes

Thermas de Piratuba Park Hotel.tem investido em eventos para atrair um outro tipo de clientela

Em 1964, a Petrobras chegou a Piratuba, no Meio-Oeste de Santa Catarina, atrás de pe-

tróleo. Não o encontrou, mas uma de suas perfurações atingiu um lençol freático a 674 metros de profundida-de, com águas sulfurosas que aflo-ram a 38,6ºC. A descoberta deu novo horizonte econômico à pequena ci-dade. Uma década depois, em 1975, era criada a estância hidromineral de Piratuba, localizada às margens do Rio do Peixe e distante apenas dois quilômetros da sede do municí-pio. O parque termal fez do turismo a maior força econômica local. Atual-mente, o setor hoteleiro oferece 2.380 leitos, o que representa mais da metade do número de habitantes do município (4.707, segundo o cen-so de 2010).

Entre as opções de hospedagem da cidade destaca-se o Thermas de Piratuba Park Hotel. Aberto em fe-vereiro de 1998, o empreendimento conta hoje com 150 leitos e 56 uni-

dades habitacionais. De acordo com a gerente comercial e de marketing Elisangela Faccin, o hotel recebe hóspedes principalmente de Floria-nópolis, Curitiba, Chapecó, Erechim e Passo Fundo. A faixa etária acima dos 50 anos é a mais comum, segui-dos por famílias e casais jovens.

“Quando tiram férias, as pessoas estão cansadas e, muitas vezes, ca-rentes. Elas vêm ao hotel para dis-trair, mudar de ares. Vêm também à procura de carinho. Esta é a principal missão do Thermas de Piratuba Park Hotel: reestimular a autoestima de todos através do carinho. A simpli-cidade e a hospitalidade estão entre as principais características do povo da região. Procuramos cultivá-las e oferecê-las de maneira profissio-nal”, salienta Elisangela.

Segundo ela, cerca de 10% dos hóspedes são participantes de even-tos. O hotel investe em eventos há cinco anos, chegando a abrigar 30 por ano. O Thermas de Piratuba é

associado ao Rota da Amizade Con-vention & Visitors Bureau, que, con-forme Elisangela, é “considerado o mais organizado de Santa Catarina”.

No momento, um dos diferen-ciais do hotel é o Espaco Wellness. “Temos profissionais para diversos tipos de massagens, além de rela-xamento nos ofurôs. Outro destaque são os festivais gastronômicos, com recreação especializada”, afirma.

Para o futuro, Elizangela apos-ta na cultura local como um fator extra atraindo visitantes a Piratu-ba. “Quando a história da Guerra do Contestado estiver formatada, com um resumo padronizado e de fácil entendimento para os turistas, pas-saremos a ter um grande mote cultu-ral de toda a região”, comenta.

Na comparação com a tempora-da passada, o hotel teve ocupacão 10% maior, em média, do que no no mesmo período de 2010. O que indica que o trabalho está agra-dando.

Roberto Carminatti e Wilson Luiz de Macedo - Pres. Rota da Amizade Conventions & Visitors Bureau

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Eventos

O Caminhão escola, do SENAI/SC, que funciona em uma carreta totalmente equipada, para oferecer cursos para trabalhadores da Construção Civil, já iniciou suas ativida-

des no mês de abril na cidade de Brusque.O projeto das escolas, com investimento de R$ 3,5 milhões

para oito unidades escolares - 4 fixas e 4 móveis – se transforma em realidade. Com a parceria da CDIC (Câmara de Desenvolvi-mento da Indústria da Construção Civil), um órgão consultivo da FIESC, e dos Sindicatos da Indústria da Construção Civil, abre oportunidades para trabalhadores em geral, mas proporciona para jovens e mulheres uma nova perspectiva no mercado de trabalho específico do segmento. A Indústria da Construção Ci-vil de Santa Catarina, tem uma nova fase em andamento para solucionar seus problemas de qualificação de mão de obra.

Caminhão-escola do SENAI/SC

Em Brusque, as aulas

começaram em abril de 2012

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