construindo #07

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CONSTRUINDO REVISTA SANTA CATARINA EDITORA DESTAQUES CATARINENSES Ano IV Nº 7 R$ 9,90 PUBLICAÇÃO DA CÂMARA DE DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO DE SANTA CATARINA / CDIC construir a bela e forte Santa Catarina Líderes industriais que ajudam a Trabalhe na Construção Civil e eternize a sua obra Albano Schmidt CHAPECÓ a força do Oeste Um novo cartão postal em LAGUNA A sustentabilidade e projetos do futuro 18º Salão do Imóvel e Construfair/SC 2011 de 24 a 28 de agosto em FLORIANÓPOLIS Hélio Bairros Nivaldo Pinheiro Alcantaro Corrêa Glauco José Côrte Walter Mueller Adolfo Fey Mario Cézar de Aguiar

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Grandes líderes catarinenses

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Page 1: Construindo #07

CONSTRUINDO SANTA CATARINA 1

CONSTRUINDORE

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TA

S A N T A C A T A R I N AE D I T O R ADESTAQUESCATARINENSES Ano IV Nº 7 R$ 9,90

PUBLICAÇÃO DA CÂMARA DE DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO DE SANTA CATARINA / CDIC

construir a bela e forte Santa Catarina

Líderes industriais que ajudam a

Trabalhe na Construção Civil e eternize a sua obra

Albano Schmidt

CHAPECÓ a força do Oeste

Um novo cartão postal em LAGUNA

A sustentabilidade e projetos do futuro

18º Salão do Imóvel e Construfair/SC 2011 de 24 a 28 de agosto em FLORIANÓPOLIS

Hélio Bairros

Nivaldo Pinheiro

Alcantaro Corrêa Glauco José Côrte

Walter MuellerAdolfo FeyMario Cézar de Aguiar

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Sistema FIESCCom mais de 38 mil empresas e 673 mil trabalhadores, o setor industrial é responsável por 21% dos empregos formais e 34% do PIB do Estado. O Sistema FIESC foi criado para fortalecer esse importante segmento da economia catarinense e reúne a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC, o Centro das Indústrias de Santa Catarina - CIESC, o Serviço Social da Indústria - SESI, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI e o Instituto Euvaldo Lodi - IEL. Cada entidade tem uma missão específica e presença marcante em todo o Estado. Assim, o Sistema FIESC atua para defender os interesses e responder às necessidades da indústria.

FIESCA FIESC é a interlocutora das indústrias com todos os segmentos da sociedade, como os poderes Executivo e Legislativo. Para dar suporte ao desenvolvimento da economia catarinense, a Federação produz informações econômicas, oferece serviços e consultorias às empresas, estimula a internacionalização da indústria e apóia a formulação de políticas e projetos para o Estado.

CIESCO Centro das Indústrias do Estado de Santa Catarina associa diretamente as indústrias do Estado, enquanto a FIESC reúne os sindicatos patronais. Além de promover o associativismo, oferece acesso a uma série de serviços, parcerias e soluções para as empresas.

SESI/SCO Serviço Social da Indústria de Santa Catarina atende milhares de trabalhadores diariamente, com o objetivo de promover o bem-estar e a qualidade de vida da força de trabalho da indústria. Para isso, atua nas áreas de saúde, lazer, alimentação, educação, microcrédito, farmácia e consultoria.

SENAI/SCO Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Santa Catarina é o braço do Sistema FIESC na área de educação profissional. Além de capacitar trabalhadores para as indústrias, a entidade presta serviços técnicos e tecnológicos. A entidade já capacitou mais de 1.750.000 alunos.

IEL/SCO Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina é responsável pela articulação entre o setor produtivo, as organizações de fomento e as instituições de ensino e pesquisa. Atua com agenciamento de estágio responsável, inovação e transferência tecnológica para a indústria e instrumentos de gestão.

Rodovia Admar Gonzaga, 2765 - Itacorubi - 88034-001 - Florianópolis/SC - 48 3231 4100 www.fiescnet.com.br

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Sistema FIESCCom mais de 38 mil empresas e 673 mil trabalhadores, o setor industrial é responsável por 21% dos empregos formais e 34% do PIB do Estado. O Sistema FIESC foi criado para fortalecer esse importante segmento da economia catarinense e reúne a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC, o Centro das Indústrias de Santa Catarina - CIESC, o Serviço Social da Indústria - SESI, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI e o Instituto Euvaldo Lodi - IEL. Cada entidade tem uma missão específica e presença marcante em todo o Estado. Assim, o Sistema FIESC atua para defender os interesses e responder às necessidades da indústria.

FIESCA FIESC é a interlocutora das indústrias com todos os segmentos da sociedade, como os poderes Executivo e Legislativo. Para dar suporte ao desenvolvimento da economia catarinense, a Federação produz informações econômicas, oferece serviços e consultorias às empresas, estimula a internacionalização da indústria e apóia a formulação de políticas e projetos para o Estado.

CIESCO Centro das Indústrias do Estado de Santa Catarina associa diretamente as indústrias do Estado, enquanto a FIESC reúne os sindicatos patronais. Além de promover o associativismo, oferece acesso a uma série de serviços, parcerias e soluções para as empresas.

SESI/SCO Serviço Social da Indústria de Santa Catarina atende milhares de trabalhadores diariamente, com o objetivo de promover o bem-estar e a qualidade de vida da força de trabalho da indústria. Para isso, atua nas áreas de saúde, lazer, alimentação, educação, microcrédito, farmácia e consultoria.

SENAI/SCO Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Santa Catarina é o braço do Sistema FIESC na área de educação profissional. Além de capacitar trabalhadores para as indústrias, a entidade presta serviços técnicos e tecnológicos. A entidade já capacitou mais de 1.750.000 alunos.

IEL/SCO Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina é responsável pela articulação entre o setor produtivo, as organizações de fomento e as instituições de ensino e pesquisa. Atua com agenciamento de estágio responsável, inovação e transferência tecnológica para a indústria e instrumentos de gestão.

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Sumário

Relação dos Sinduscons do Estado de Santa CatarinaSinduscon de Balneário Camboriú - Carlos Haacke; Sinduscon de Blumenau - Amauri Alberto Buzzi; Sinduscon de Brusque - Ademir Pereira; Sinduscon de Chapecó - Leonir Broch; Sinduscon de Criciúma - Jair Paulo Savi; Sinduscon da Grande Florianópolis - Helio Bairros; Sinduscon de Itajaí - José Carlos Santos Leal; Sinduscon de Itapema - João Formento; Sinduscon de Jaraguá do Sul - Paulo Obenaus; Sinduscon de Joinville - Luis Carlos Presente; Sinduscon de Lages - Albraino da Silva Brasil; Sinduscon de Rio do Sul - Arno Nardelli; Sinduscon de São Miguel do Oeste - Ivo Bortolossi; Sinduscon de Tubarão - José Sylvio Ghisi.

Editora Destaques Catarinenses Ltda.Rua Manoel Loureiro, 470 - CEP 88117-330 - São José - SC - Fone: (48) 3246-5972 Diretor geral: José Chaves Conselho editorial: José Chaves, Sheila R. Oliveira e Hélio César Bairros Editor e jornalista responsável: Dorva Rezende (DRT-RS 6220) Textos e pesquisas: Aline Felkl, Beatrice Gonçalves, José Danter Ripoll e Mateus Boing Editor de Arte: Rodrigo Kurtz - [email protected] Produção: Elsa A. R. Matos - [email protected] Comercialização: Rosângela Rosário - [email protected] - Dilma G. da Silva Machado - [email protected]

05 Palavra do PresidenteConfiança na nova direção da Fiesc

06 A Força da Construção CivilConstruções ecoeficientes

10 Norma NBR 15575Consumidor pagará o aumento do padrão

12 CapaLíderes industriais que desenvolvem SC

20 CREAPesquisa, inovação e conhecimento profissional

24 Seja um InvestidorImóvel não oferece oscilação de risco econômico

30 Mulher na construção civilUma engenheira que gosta de comandar obras

34 Projetos do FuturoO condomínio-colina Lace Hill

46 Urbanismo e PaisagismoCidades da neve e das águas termais

50 SindusconsA força do associativismo

62 Histórias de vidaExemplos de perseverança e superação

66 Governo – InfraestruturaAs obras que vão mudar o cenário de SC

74 SustentabilidadeTermotécnica pensa o amanhã

82 18º Salão do Imóvel e Construfair/SCO ciclo da construção num único local

Agosto24 a 28 - 18º Salão do Imóvel e Construfair-SC, Centrosul -

Florianópolis, Brasil

Setembro21 a 24 - Building & Infrastructure Indonesia, Feira Internacio-

nal de Materiais e Equipamento para a Construção - Jakarta,

Indonésia

Outubro05 a 08 - MADE, Milano Architettura Design Edilizia - Milão,

Itália

Novembro07 a 12 - Batimat, Feira Internacional da Construção - Paris,

França08 a 13 - 1ª Fairtec, Feira Tecnológica da Construção Civil,

Centro de Eventos Maria Celina Vidotto Imhof (Fenarreco) -

Brusque, Brasil

Agenda

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Palavra do Presidente

Confiança na nova direção da Federação das Indústrias de SC

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A construção civil obteve grandes avanços durante os seis anos de gestão do presidente Alcantaro Corrêa à frente da

Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). Destacamos, entre vários exemplos, a criação da Câmara de Desenvolvimen-to da Indústria da Construção de Santa Catarina (CDIC). Aberto a sugestões e novas ideias, Alcantaro Corrêa também apoiou a principal realização da CDIC até o momento: as escolas da construção civil.

Uma parceria entre o Serviço Nacional de Aprendizagem In-dustrial (Senai) e os Sinduscons (Sindicatos das Indústrias da Construção Civil) de Santa Catarina garantiu que fossem criadas oito unidades especializadas em formação e aprimoramento de trabalhadores do setor. Quatro delas fixas (Grande Florianópolis, Itajaí, Chapecó e Criciúma) e quatro itinerantes.

O trabalho do presidente Alcantaro Corrêa deixa uma marca forte na história da Fiesc. Estamos confiantes que esse trabalho será seguido pelo presidente eleito Glauco José Côrte, no sen-tido de manter a Fiesc em busca do aperfeiçoamento e forta-lecimento dos sindicatos filiados, de continuar servindo como instrumento de apoio aos empresários e de aumentar cada vez mais a representatividade da instituição.

Vale destacar também que o presidente eleito Glauco José Côrte e, principalmente, o 1º vice-presidente eleito Mario Ce-zar de Aguiar conhecem bem a construção civil. Não há aqui qualquer sugestão de que ambos irão priorizar o setor em lugar de outros ramos da atividade industrial. Mas, pela familiaridade que possuem com a construção civil, é natural que tenham en-tendimento das dificuldades da nossa atividade, uma das mais regulamentadas entre os segmentos da indústria e com altíss-mo índice de informalidade, em torno de 50%.

Outro assunto que merece destaque é a iniciativa do poder público de Palhoça em planejar a cidade com critério, como mos-tra o projeto de lei do solo criado, que visa a um crescimento urbano sustentável e sensível à questão da mobilidade urbana. O projeto do solo criado foi elaborado com o apoio do Sinduscon da Grande Florianópolis e a participação de representantes de outros setores da atividade imobiliária e da comunidade. Nesse trabalho, foi de fundamental importância a atuação do prefeito Ronério Heiderscheidt no diálogo e mediação dos interesses de todos os envolvidos.

Helio Bairros Presidente da Câmara de Desenvolvimento da Indústria da Construção – CDIC

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A Força da Indústria da Construção Civíl

B uscar caminhos que aumentem competitividade das empresas tem sido o foco dos gestores para conquistar mais espaço no mercado. Isto impõe, com-

pulsoriamente, por razões de mercado, ao atendimento de soluções que mini-mizem o impacto ambiental, quer na elaboração dos produtos ou no seu uso.

Nesta direção, o setor da construção vem, mais recentemente, adotando medidas em seus empreendimentos que levem em conta não só aspectos eco-nômicos e sociais, mas, também, conceitos de sustentabilidade. Há, porém, para muitos, de se desfazer a ideia errônea de que os incrementos nos custos para adoção de tais medidas não são absorvidas pelo consumidor. A razão assenta-se na certeza de que os edifícios ecoeficientes, mesmo com custos mais elevados, podem ser tão ou mais atrativos econômica e mercadologicamente que os con-vencionais.

A pertinência da afirmação é baseada em estudos que comprovam a exis-tência da compensação no custo operacional dos edifícios reconhecidos como verdes, além do que, por esta razão e pelo incremento exponencial da consci-ência ambiental, estes apresentarem maior velocidade de vendas e valorização, sendo assim, também mais atrativos para os investidores pela melhora da per-formance econômica.

Nos Estados Unidos, a Ong USCBG (U. S. Green Building Council) emite o LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) que baseado, entre ou-tros, na sustentabilidade do local, eficiência no uso da energia, da água e da atmosfera, pontua as edificações certificando-as com selo prata, ouro ou platina, o que certamente irá conferir uma vantagem competitiva considerável a estes empreendimentos.

Na França, por imposição legal, todos os novos edifícios deverão, até 2012, ter baixo consumo energético e, em 2020, as novas edificações deverão produ-zir mais energia que consumirem, o que poderá ser possível através da aplica-

Construções ecoeficientesPor Mario Cezar de Aguiar – 1º vice-presidente da Fiesc

ção de elementos fotovoltaicos nas coberturas e painéis de fachadas, gerando energia a partir da radiação solar.

No Brasil, não obstante já possuirmos o CBCS (Conselho Brasileiro de Cons-trução Sustentável), algumas empresas estão recorrendo à certificação LEED. No entanto, a maioria das empresas que estão adotando a filosofia de ecoeficiência estão com a visão pragmática baseada unicamente no binômio econômico de água e energia, já que são dois fatores importantes no impacto ambiental e res-ponsáveis pelos maiores gastos durante a vida útil da edificação. Contudo, para que um empreendimento seja considerado ecoeficiente, não basta se ater à redução do consumo de água e energia. Outras preocupações devem ser obser-vadas e, necessariamente, passam pela concepção do projeto, por sua adequa-ção ao local, pela racionalização do seu processo construtivo, pela reciclagem e disposição de seus resíduos e pela redução do custo de operação e manutenção da edificação. Há, ainda, o selo Procel Edifica, do Ministério das Minas e Energia, que estabelece diretrizes para avaliação da eficiência energética de edifícios, classificando-os com conceitos A (+ eficiente) a E (- eficiente ) conforme indica-dores mínimos. O selo já está sendo adotado há 5 anos.

Por outro lado, o mercado nacional está carente de produtos e sistemas voltados para a sustentabilidade dos edifícios. Para equacionar esta deficiência, teremos que pensar sistemicamente promovendo uma maior integração entre universidades, projetistas, produtores de insumos e construtoras.

O que se conclui é que as empresas que se anteciparem no processo de implementação de práticas e de sistemas sustentáveis terão vantagens comer-ciais e econômicas, já que terão em seus portfólios produtos adequados tecni-camente às novas exigências legais e de mercado, ficando para os que não se adequarem a oferta de produtos obsoletos do ponto de vista técnico, legal e mercadológico.

também estão tentando mobilizar o setor a mudar suas práticas. Eles estão organizando uma lista de 200 indicadores e a partir desses dados querem avaliar ano a ano como o setor está se adaptando aos critérios de susten-tabilidade. A pesquisa está sendo realizada a partir de dados do estado de São Paulo e as informações sobre os indicadores devem ser disponibilizados para a população em geral no segundo semestre do ano. “Hoje há poucos dados sobre sustentabilidade no Brasil que nos permitam mensurar o quanto as empresas estão se adequando a esses novos processos. A nossa proposta com essa pesquisa é poder criar parâmetros para avaliar questões como sus-tentabilidade, mobilidade urbana, infraestrutura e moradia”, explica Lucas Amaral, pesquisador do Centro de Desenvolvimento da Sustentabilidade na Construção.

Os conceitos de construção verde também serão tema do 4º Fórum Inter-nacional pelo Desenvolvimento Sustentável (Sustentar) 2011. O evento, que será realizado de 23 a 25 de agosto no Minascentro, em Belo Horizonte, con-tará com a presença de especialistas mundiais em construções verdes. Entre eles, o ambientalista Brian Milani, responsável pelo Programa de Negócios e Ambiente da Faculdade de Estudos Ambientais de York (Toronto), e Michael Schuman, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento Econômico na Aliança de Negócios para Economias Locais dos Estados Unidos.

A Sustentabilidade na

Construção Civil protege o meio

ambiente e reduz custos de

condomínio

Como construir sem provocar dano ambiental

Empresas desenvolvem sistemas construtivos mais sustentáveis

que ajudam a preservar o futuro das próximas gerações

A equação para conciliar crescimento urbano com preservação do meio am-biente não é fácil de resolver. Mas a cadeia produtiva da construção civil

tem se mobilizado em desenvolver novos processos de construção mais sus-tentáveis que não deixem para as próximas gerações uma herança de danos ambientais, como solos impermeabilizados e áreas verdes degradadas.

Uma mudança de atitude que já é possível perceber pelo aumento no nú-mero de imóveis certificados com selos verdes no país. Segundo a Green Buil-ding Council Brasil, empresa certificadora de processos ambientais, em 2010, o Brasil entrou no ranking dos cinco países que mais investem em construções verdes, ficando atrás dos Estados Unidos, Emirados Árabes, Canadá e China.

As entidades que representam o setor também estão mobilizadas para promover a sustentabilidade. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) está estudando medidas para que as empresas da construção civil possam se adequar e cumprir o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, que foi instituído pela lei 12.035/2010 e que busca diminuir a geração de resíduos urbanos e aumentar a reciclagem no país. O assunto está sendo debatido com o Ministério do Meio Ambiente e estão previstas audiências públicas em todo o país para discutir as metas do Plano Nacional de Resíduos Sólidos.

O Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi) e a Fundação Dom Cabral, através do Centro de Desenvolvimento da Sustentabilidade na Construção,

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Três exemplos de construção sustentável

R eduzir os custos de uma obra, o desperdício de materiais e ainda conseguir construir um imóvel em menos tempo estão entre as principais metas das construtoras. E é

possível fazer isso tudo adotando critérios de sustentabilidade na construção. A Piastra Construtora e Incorporadora de Blumenau conseguiu reduzir o consumo de

água e de materiais nas obras ao usar pré-moldados em argamassa para a construção de edifícios. A empresa está finalizando a obra de um prédio de 24 apartamentos popu-lares que foi construído a partir do conceito de canteiro seco.

Com o sistema de pré-moldados, todo o material que entra na obra é utilizado e não é necessário usar madeira durante a construção. A obra é realizada em três etapas, a fundação leva em torno de 15 dias, a montagem dos pré-moldados levam outros 15 dias e os acabamentos finais cerca de dois meses.

A Piastra fez todo o projeto da obra e a fabricação dos pré-moldados foi feita pela Cassol. “Esse é um modelo de construção mais sustentável. Não é necessário consumo de água durante a obra para, por exemplo fazer a mistura de materiais, tudo já chega pronto e é só montar a estrutura. Além disso, as lajes são maciças e não precisam de revestimento”, explica Amauri Buzzi, diretor da empresa e presidente do Sinduscon de Blumenau.

O prédio que está sendo construído será entregue para famílias que perderam suas casas na enchente de 2008, em Blumenau. A Piastra pretende utilizar esse mesmo processo de construção em outras obras no país e, para isso, encaminhou o projeto para que o Instituto Falcão Bauer da Qualidade, órgão que faz a certificação de produtos e sistemas, possa homologá-lo.

A Rambo Construtora de Balneário Camboriú também inseriu a sustentabilidade em seus processos. A empresa está finalizando a construção do prédio Pioneiros do Atlântico, o primeiro edifício de Balneário Camboriú que será certificado como construção verde pelo Green Building Council Brasil. O imóvel tem 22 andares e foi construído levando em consideração mais de 40 itens de sustentabilidade durante o projeto e execução da obra.

“Para conseguir certificar o prédio nós tivemos todo um cuidado desde a limpeza do terreno que iria ser utilizado, dando o destino correto aos entulhos, e com a utilização de materiais mais eco eficientes como um telhado verde no terraço que absorve a água das chuvas ao mesmo tempo em que promove melhor conforto térmico no ambiente”, afirma Mário Rambo, diretor da empresa.

A Vectra é uma das mais renomadas empresas de construção e incorporação, atuando no norte de Santa Catarina. A empresa é responsável pela construção de dezenas de prédios, primando por projetos com elevado grau de excelência e sustentabilidade.O objetivo é atender fatias de mercado de todas as classes sociais com imóveis tanto para venda como para locação, respeitando as atuais exigências relativas ao meio ambiente.”

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CONSTRUINDO SANTA CATARINA8

Comercial, porém sustentável

O mercado imobiliário de Santa Catarina terá, a partir de 2013, o primeiro edifício comercial com a certificação LEED (Lea-

dership in Energy and Environmental Design), o principal selo de garantia de sustentabilidade em edificações no mundo. Lan-çado em julho, o Office Green teve, em 15 dias, cerca de 50% das 200 unidades vendidas. O prédio verde, que será construído com alto grau de eficiência ambiental, é o 11º edifício do novo centro de bairro da Cidade Sustentável Pedra Branca, na Grande Florianópolis, e atenderá à crescente demanda de escritórios na região com uma proposta diferenciada.

“Cerca de 50% da produção de gases de efeito estufa de-correm da cadeia produtiva da construção civil. O edifício que estamos lançando incorpora os conceitos de sustentabilidade e urbanismo da Cidade Pedra Branca e será projetado seguindo os padrões do sistema LEED, reduzindo o consumo de água, ener-gia e poluentes. Há uma preocupação desde a escolha dos ma-teriais até a qualidade e conforto do ambiente interno”, explica Dilnei Bittencourt, engenheiro da Pedra Branca. Ele acrescenta que o processo de certificação é rigoroso e apenas 30 empreen-dimentos brasileiros têm o selo. O Green Building Council Brasil (GBC Brasil) é o órgão responsável pela certificação LEED no país.

Coleta seletiva de resíduos, coletor de pilha e baterias, ar--condicionado ecológico, lâmpadas ecoeficientes, aproveita-mento de água de chuva, utilização de tintas à base de água, aço reciclado e madeira certificada são algumas das ações de sustentabilidade que integram o projeto do Office Green. Além disso, será priorizado o uso de cerâmica na fachada aumentando a durabilidade e redução de custos com manutenção. “A facha-da ainda será predominantemente envidraçada, com reflexão e fator de proteção 44% mais eficiente que um vidro comum”, destaca Bittencourt.

Segundo ele, o custo operacional de um empreendimento in-teligente, projetado pensando no usuário e no meio ambiente, é bem menor comparado a um convencional, que não prioriza a iluminação e ventilação natural, por exemplo. “Esta economia pode variar entre 5% e 15%”, calcula o engenheiro. Outro fator preponderante de um prédio verde é a qualidade do ambiente.

“No caso de um prédio de escritório como o Office Green, a rota-tividade diminuiu e a produtividade aumenta em até 5% devido à qualidade do espaço interno. Teremos inclusive um bicicletário com vestiário para incentivar o deslocamento de bicicleta ou a pé”, revela.

Acessibilidade em todo o prédioAlém de ser o primeiro edifício comercial a buscar a certi-

ficação LEED, o Office Green terá a sua estrutura voltada tam-bém aos portadores de necessidades especiais. Marcelo Gomes, diretor da Pedra Branca, afirma que o prédio será acessível a todos: “Tivemos a preocupação em dar condições para quem tem dificuldades de locomoção, investindo em corredores mais largos, rampas e elevadores adequados a um cadeirante, por exemplo”, diz. O grande diferencial em comparação a outros empreendimentos será um sanitário adaptado de uso comum por andar. “Será um banheiro especial em todos os 11 pavimen-tos”, ressalta Gomes.

Uso mistoApós dois lançamentos majoritariamente residenciais, a Pe-

dra Branca investe no edifício comercial Office Green. O escritó-rio Desenho Alternativo, dos arquitetos André Schmitt e Daniel Rúbio, é o responsável pelo projeto, que ficará de frente para a praça do bairro e contará no seu térreo com um centro gastronô-mico. “Para complementar o uso residencial das duas primeiras quadras apostamos neste edifício de escritórios. O uso misto, que está no DNA da Pedra Branca, propõe justamente essa di-versidade de serviços, mesclando num mesmo espaço moradia, trabalho, lazer”, enfatiza André Schmitt.

Para ele, o bairro-cidade Pedra Branca é um resgate às antigas pequenas cidades onde a vizinhança se conhecia e andava-se na rua sem medo. “Hoje o comércio de rua quase não existe, assim como espaços públicos utilizáveis. O vazio gera insegurança. Na Cidade Pedra Branca será diferente, as ruas terão vida 24 horas, o lado humano está sendo resgatado, as pessoas vêm em primeiro lugar”, projeta Schmitt.

A Força da Indústria da Construção Civíl

Office Green é o 11º prédio do

bairro sustentável Pedra Branca

e terá grau máximo de eficiência

energética, além de estar totalmente

adaptado a deficientes físicos

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CONSTRUINDO SANTA CATARINA 9

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CONSTRUINDO SANTA CATARINA10

Norma de desempenho NBR-15575

Consumidor pagará mais caro pelo aumento do padrãoSérie NBR-15575 da ABNT impõe requisitos que irão separar as construtoras sérias e profissionais daquelas que não têm comprometimento com o setor e com a qualidade

Publicada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em março de 2008, a série NBR-15575 deveria ter

entrado em vigor dois anos depois, em março de 2010. Mas o prazo vem sendo estendido por causa das discussões geradas no setor da construção civil.

Também chamada de Norma de Desempenho, ela prevê uma série de requisitos em relação à segurança, habitabilidade, funcionabilidade, acessibilidade, conforto e sustentabilidade dos prédios. O prazo atual para que entre em vigor é março do ano que vem.

De acordo com o vice-presidente de Tecnologia, Qualidade e Habitação do Sinduscon da Grande Florianópolis, Marco Al-berton, o motivo dos adiamentos é a falta de conhecimento de construtoras e fornecedores de materiais de construção a res-peito da norma, além da dificuldade existente hoje no mercado em cumprir os requisitos exigidos.

Atualmente, ela está sendo discutida em São Paulo pela ABNT e entidades de classe, enquanto os demais afetados pe-los novos procedimentos técnicos procuram discutir e difundir o tema em suas regiões com palestras de especialistas, como tem feito o próprio Sinduscon.

A NBR-15575 classifica o desempenho das edificações em mínimo, intermediário e superior. Como exemplo, Alberton, cita uma exigência de desempenho térmico: os prédios devem ser construídos de modo que a temperatura interna seja menor que a externa no verão e maior no inverno. Ou seja, dependendo da eficiência do sistema construtivo empregado, o prédio será considerado com desempenho mínimo, intermediário ou supe-rior nesse quesito.

“A norma veio para mexer com a construção civil. O setor está preocupado”, diz Alberton. Um dos motivos de preocu-pação, segundo ele, é que praticamente nenhuma construtora conta com laboratório adequado para testar sistemas construti-vos. “Vai levar tempo para isso.”

Na teoria, as normas da ABNT não têm força de lei. Mas, na prática, são bastantes usadas pela Justiça como parâmetro técnico e objetivo em perícias, afirma Alberton, que vê aspec-tos positivos na NBR-15575. “Ela eleva o padrão construtivo do país, o que é bom para o consumidor, e separa as construtoras sérias e profissionais daquelas que não têm comprometimento com o setor e com a qualidade”, afirma, lembrando que o custo do imóvel vai subir e o consumidor vai pagar mais caro pelo aumento de qualidade.

Marco Alberton - Vice-presidente de Tecnologia, Qualidade e Habitação do

Sinduscon da Grande Florianópolis

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CONSTRUINDO SANTA CATARINA12

Capa - Líderes Industriais

Um operário a serviço da indústria catarinense

Ao deixar a presidência da Fiesc, Alcantaro Corrêa ressalta a independência política da entidade, critica decisões administrativas que entravam o progresso catarinense e diz

que continuará trabalhando em prol da economia do Estado

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Cata-rina - Fiesc, Alcantaro Corrêa, deixou o cargo no dia 12 de agosto

após cumprir dois mandatos à frente da entidade, num total de seis anos, mas não vai abandonar o trabalho em prol de um Estado mais forte economicamente.

“Continuo a ser um operário da indústria, defendendo os interes-ses do setor e agora defendendo também os interesses das micro e pequenas empresas através do Sebrae”, diz Alcantaro, que em ja-neiro foi empossado presidente do conselho deliberativo do Sebrae catarinense, com mandato até 2014. No plano nacional, Alcantaro segue como um dos 12 vice-presidentes da Confederação Nacional da Indústria, também até 2014.

“Faz 10 anos que venho me preparando para sair da vida pública e trabalhar apenas nos bastidores. Depois de 2014, quero aproveitar a vida”, diz Alcantaro, que não cogita de forma alguma entrar na po-lítica partidária. “Considero um meio difícil e não preciso me envolver nisso na altura da minha vida.”

A independência política não é apenas um traço de personalidade, mas também uma das maiores realizações que Alcantaro considera ter alcançado na entidade. “A Fiesc não está atrelada a partidos. Não há aqui ingerência de governadores e demais políticos. As críticas que fazemos são baseadas em fatos e dados”, afirma ele, para em seguida contar, sem citar nome, que logo no início de seu primero mandato repeliu a tentativa de um político de expressão de cooptar a Fiesc. “Falei para ele: tu não vais mandar aqui, não!”, relembra.

Para Alcantaro, outras realizações importantes foram o choque de gestão implantado no Sistema Fiesc, a valorização dos sindicatos pa-tronais, o apoio a ideias e projetos voltados ao desenvolvimento de Santa Catarina e a defesa de causas fundamentais para o crescimento do país, como as reformas tributária, trabalhista e política. Alcantaro se recorda especialmente de duas vitórias contra o aumento de im-postos: a publicação, em painel montado na Fiesc, dos nomes dos políticos que votaram a favor da prorrogação da CPMF e a campanha contra a elevação em 2% na percentual do ICMS.

Sobre o Sistema Fiesc, que reúne quatro entidades além da própria Fiesc, Alcantaro ressalta o fortalecimento de cada uma delas durante sua gestão. No Centro das Indústrias do Estado de Santa Catarina - Ciesc, cujos principais objetivos são a defesa da indústria e a difusão de conhecimento técnico, foi promovido um choque administrativo. “O Ciesc era um ralo sorvedor de recursos. Botamos um gestor com competência e agora a meta é trabalhar com receita”, diz Alcantaro.

No Serviço Social da Indústria de Santa Catarina (Sesi/SC), estão previstos para este ano investimentos de R$ 54 milhões na rede, que inclui farmácias, clínicas, academias de ginástica, unidades de

lazer, cursos para deficientes físicos, entre outros. Um exemplo de excelência, segundo Alcantaro, é o setor de alimentação do Sesi, que produz 110 mil refeições por dia e opera inclusive em outros estados. “A Sadia, quando foi para Mato Grosso, exigiu a presença do Sesi catarinense lá”, diz.

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Santa Catarina (Senai/SC) é outro braço do Sistema Fiesc a receber grande aporte de recursos neste ano: R$ 57 milhões. Com 36 unidades, já atendeu 1,7 milhão de profissionais em cursos que vão de treinamentos técnicos à pós-graduação. “Servimos de modelo para outros estados e por isso fomos escolhidos para implantar o sistema Senai na Guatemala”, afirma Alcantaro.

Assim como no Ciesc, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) recebeu aten-ção especial quanto à gestão. “O IEL é uma unidade de negócios que precisa ser autossuficiente. Botamos gente competente para fazer a gestão e aumentamos o número de funcionários”, diz Alcantaro, des-tacando que o IEL/SC conta com 16 pontos de atendimento, a maior rede entre todos os IELs do país.

A valorização e fortalecimento do associativismo é outro destaque de sua gestão, diz Alcantaro. “Demos teto e endereço para diversos sindicatos patronais. Nossa meta é que todos eles tenham sede pró-pria. O Glauco (José Côrte, novo presidente da Fiesc) vai continuar esse trabalho.” A Fiesc congrega mais de 130 sindicatos, num total de 42 mil empresas e 735 mil trabalhadores, números que representam um terço do PIB catarinense.

Ao olhar para fora do âmbito do Sistema Fiesc, Alcantaro enxer-ga mais pontos negativos que positivos. Um exemplo é a questão da infraestrutura. “Santa Catarina está dotada de portos e terminais por-tuários modernos, mas o acesso a eles é deficitário”, afirma. Estradas e aeroportos são os principais alvos de crítica. “Por que abrir um aero-porto em Jaguaruna em vez de concentrar os recursos no aeroporto de Criciúma? São investimentos assim que chamo de atitudes burras”, diz.

Quanto às rodovias, Alcantaro relembra uma história antiga, de 40 anos atrás, quando testemunhou o então presidente Ernesto Geisel, em visita ao Vale do Itajaí, bater na mesa e prometer que duplicaria a BR-470. A conclusão de Alcantaro é que, se nem um ditador pôde cumprir o que prometeu, como acreditar nas promessas atuais? “Gos-taria que a presidente Dilma honrasse o compromisso (Dilma prometeu duplicar a 470), mas não vai acontecer. A conclusão da BR-101? Quem sabe em 2020”.

Já um dos principais pontos positivos, segundo Alcantaro, é o pró-prio catarinense. “Somos um povo capacitado, com boa formação e privilegiados pela nossa competência”, conclui.

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Otimismo e pés no chão

Novo presidente da Fiesc, Glauco José Côrte aposta na retomada da posição de destaque do setor industrial e anuncia criação do Fórum da Indústria Catarinense para pensar o desenvolvimento do Estado

Aumentar a competitividade da indústria catarinense é a principal bandeira do presidente eleito da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc),

Glauco José Côrte, que tomou posse no dia 12 de agosto.Os planos para alcançar esse objetivo passam tanto por ações internas, como

aprimorar a educação dos trabalhadores e promover a inovação tecnológica nas empresas, quanto externas, como cobrar e propor medidas dos governos estadual e federal. “Vamos fazer um grande esforço para revitalizar o Fórum Industrial Parla-mentar Sul junto aos novos presidentes (das federações das indústrias do Rio Grande do Sul e Paraná)”, diz Côrte, que aposta nessas ações para obter uma mudança estrutural na indústria catarinense.

Segundo ele, a conjuntura atual é um bom momento para mudanças, apesar do modesto desempenho do setor nos últimos anos – Santa Catarina foi o estado cuja indústria menos cresceu no ano passado (6,5%, de acordo com o IBGE), enquanto neste ano, no acumulado até maio, o ritmo da atividade industrial foi considerado lento em relatório da própria Fiesc.

No entanto, Côrte acredita que o setor está otimista. “É uma excelente oportu-nidade porque o industrial não se mostra pessimista. O otimismo e o ânimo são o maior patrimônio que temos hoje. É uma força para retomarmos uma posição de

destaque”, diz.Côrte afirma ainda que o industrial catarinense está preparado e não teme desafios. “Nos últimos anos, o industrial catarinense mudou

muito. Houve grande mudança na alocação de investimentos, com mais foco nos processos, em design e em serviço, agre-gando valor. Isso mostra bem a nova visão do industrial”, comenta, acrescentando que a Fiesc pretende fortalecer a presença no interior do Estado. “Temos que estar onde o setor produtivo está.”

A eleição de Côrte, 1º vice-presidente da Fiesc na gestão de Alcantaro Corrêa, indica continuidade nas diretrizes da entidade. Mas os estilos são bem diferentes. Côrte é um exemplo de diplomacia, enquanto Corrêa faz críticas públicas sem dourar a pílula. Um grande ponto em comum entre os

dois, diz Côrte, é a vontade de manter a Fiesc independente.“O fato de termos boa convivência com a classe política aju-

da, mas não significa que teremos convergência. A independên-cia da Fiesc é uma posição que o presidente Alcantaro deixou

bem clara. Podemos convergir, é claro, naquilo que é bom para Santa Catarina”, diz.Na cerimônia de posse, Glauco José Côrte, anunciou a criação do

Fórum da Industria Catarinense, órgão colegiado que terá a participação de empresários das principais cadeias produtivas, com o objetivo de apoiar

a formulação de estratégias voltadas à indústria.Aos 68 anos, o presidente eleito da Fiesc é advo-

gado formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com especializações

no Brasil e no exterior. Como empresário, está ligado a diversas companhias, com destaque para a fábrica de revestimen-

tos cerâmicos Portobello, de Tijucas, da qual é vice-presidente executivo. Sua eleição foi um fato inédito na história da Fiesc, uma vez que foi disputada em chapa única e ven-cida com votos de 126 dos 131 sindicatos habilitados ao pleito,

o que representou uma apro-vação de 96,2%.

Alcantaro Corrêa - Presidente do Conselho deliberativo do Sebrae

Glauco José Côrte - Presidente da Fiesc

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Construção civil em posição de destaque na Fiesc

Novo 1º vice-presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina, Mario Cezar de Aguiar promete dar suporte a todos setores

Capa - Líderes Industriais

O engenheiro Mario Cezar de Aguiar, dirigente da Vectra, empresa constru-tora de Joinville, empossado 1ºvice-presidente da Fiesc, justifica que sua

escolha, “mais do que ao mérito pessoal, se deve, principalmente à eleição de alguém da construção civil”. Além disso, aponta, “pesou o fato de eu ser um representante do Norte do Estado”. Aguiar substitui Glauco José Côrte, que tomou posse como presidente da Federação, em substituição ao empresário Alcantaro Corrêa.

O empresário de Joinville fez questão de deixar claro que vai dar o maior suporte possível ao setor da construção, mas que seu trabalho na 1ª vice--presidência da Federação será como representante de todos os setores da indústria. “Sei que tenho uma ligação muito forte com a construção. Mas, repito, vou trabalhar por todos”, assegura.

Aguiar garantiu que, a partir da posse, passará a dar atendimento aos pleitos da construção na Fiesc. “Vamos dar suporte especial à CDIC, bem como a todas as câmaras setoriais”, promete. Sobre novas escolas para for-mação de mão de obra na construção, afirmou que o assunto tem seus prós e contras. “Algumas regiões já têm modelos como Blumenau e Balneário Camboriú. Agora é encontrar o melhor caminho, talvez o ônibus-escola. Mas sou amplamente favorável à formação e aperfeiçoamento da mão de obra na indústria da construção”, diz.

Outro ponto que o empresário defende é a valorização dos funcionários nos canteiros de obras. Ele destaca a atividade como extremamente importante. “Hoje o ambiente é limpo e adequado para quem está na obra. É preciso que todos saibam que eles, o colaborador ou a colaboradora, fazem um produto que é o maior desejo de todo o cidadão, a sua casa. E além de ser um trabalho bonito e bem remunerado, é a sua própria contribuição para o futuro que está exigindo formação cada vez mais qualificada”, encerra.

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Mario Cezar de Aguiar - Dirigente da Vectra e 1º Vice-presidente da Fiesc

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Vice-presidente da Fiesc para a Região Norte de Santa Catarina, o industrial Albano Schmidt garante que, embora o setor continue crescendo modera-

damente, outros segmentos, como o de serviços, “têm se expandido de forma assustadora em nossa região, colocando pressão sobre lideranças da área in-dustrial”.

Ele explica que esta pressão se deve ao fato de a indústria ainda querer liderar o processo de geração de renda, emprego e desenvolvimento, “mas é interessante ver como esta área de serviços está vindo atrás com velocidade assustadora, o que considero normal dentro de uma economia diversificada, mas que está preocupando”, explica.

Schmidt diz que situações como essa têm levado os dirigentes das indús-trias a investimentos cada vez maiores em seus projetos de produção. Albano sustenta que este esforço dos empresários da indústria esbarra cada vez mais em dificuldades de toda ordem, que qualifica como “demandas” dirigidas es-pecialmente ao governo do Estado. E depois de classificá-las como “muito im-portantes”, passa a enumerá-las: reforço no fornecimento de energia elétrica na região e, principalmente, infraestrutura de logística (rodoviária, ferroviária e portuária). E argumenta que “novos empresários da indústria investem, mas precisam ter estes gargalos resolvidos, senão você de alguma maneira trava”.

A formação de mão de obra qualificada na indústria é outra demanda que o setor reclama por mais atenção. De acordo com Albano Schmidt, no momen-to em que a economia se mostra mais estável, crescendo, há uma demanda imensa por uma mão de obra melhor qualificada. “Mas, nos últimos anos, in-felizmente, não formamos na quantidade e na qualidade necessárias para a demanda de hoje. Está havendo uma disputa, uma competição muito grande

por talentos, não só aqui, como em todo o país”, reclama. Albano Schmidt diz que isto gera uma pressão dos empresários

e na Fiesc no sentido de instrumentalizar o Senai e o Sesi, com escolas de formação de nível para atender a esta demanda.

“Tal como já fizemos desde há muito para trazer para o Nor-te um braço da UFSC e agora estamos vendo os resultados

disto com o passo inicial já dado em direção ao novo campus, mesmo já funcionando de forma improvisada. Mas logo teremos o campus pleno aqui”, afirma.

Para o empresário, falta uma visão de longo pra-zo por parte da classe política. “Uma visão mais na próxima geração e menos na próxima eleição. In-felizmente, todos nós tivemos uma visão bastante míope a esse respeito. E, eu acredito que enquanto o País não mudar esta visão, vai ser difícil que nós consigamos ser competitivos, tal como os asiáticos da Coreia, Taiwan e outro países que emergem com muita velocidade”, sentencia.

E Schmidt até aponta a receita: “Obras de in-fraestrutura básica, logística de transportes, obras como a implantação da UFSC precisam ser olhadas em um horizonte de longo prazo. Nós temos que olhar como será a cidade, o estado, daqui a 20 anos e começar a ter coragem de dar os primei-ros passos sabendo que os frutos vão ser colhi-dos daqui a 10, 15 anos e não daqui a dois ou três. A hora que a gente conseguir mudar isso, teremos um sucesso muito grande”, afirma.

Hegemonia do setor industrial do Nortesofre pressão da evolução de serviços

Albano Schmidt - Vice-presidente da Fiesc

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Capa - Líderes Industriais

O Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) da Grande Florianópolis foi condecorado com a medalha de prata do Mérito

Sindical pelos 30 anos de existência. A condecoração, uma homena-gem da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), foi entregue em junho, durante o Encontro da Indústria, na sede da entidade.

Além do Sinduscon, outros seis sindicatos receberam medalhas de Mérito Sindical. Na ocasião, a Fiesc também homenageou empresários e entidades, como a Associação Empresarial de Joinville (ACIJ), que co-memora 100 anos em 2011, e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), pelos 50 anos de existência.

Para o presidente do Sinduscon da Grande Florianópolis, Helio Bair-ros, que representou a entidade na homenagem, a condecoração é uma homenagem ao trabalho realizado em prol do associativismo. “Fi-camos muito contentes com a homenagem e temos consciência que ela aumenta nossa responsabilidade na luta pelo aumento da repre-sentatividade do Sinduscon”, afirma.

Segundo Bairros, a construção civil é objeto de incompreensão de setores da sociedade, principalmente em relação a questões ambien-tais. Ele cobra mais empenho do poder público em se posicionar a favor da cidade. “Muitas vezes o poder público pende para o lado eleitoreiro e esquece as consequências de suas medidas”, afirma.

O presidente do Sinduscon avalia que o setor continua atravessando um bom momento. “O dólar baixo e a bolsa em queda são bons para o setor no sentido em que o consumidor vê o imóvel como oportunidade de investimento seguro. Nenhum outro investimento tem dado o mes-mo retorno. Isso tanto na compra quanto na locação. Claro que, para a economia brasileira, como um todo, é ruim, uma vez que as empresas perdem competitividade nas condições atuais”, afirma.

Fiesc celebra o associativismo

Helio Bairros recebe a medalha do Mérito Sindical pelos 30 anos do Sinduscon da Grande Florianópolis

Neto e filho de empresários que marcaram a história da indústria de Santa Catarina, o presidente da Termotécnica de Joinville, Albano

Schmidt, recebeu no mês de junho a comenda da Ordem do Mérito Industrial de Santa Catarina, concedida pela Fiesc.

Feliz com o prêmio recebido, Albano atribuiu a honraria ao trabalho desenvolvido por sua empresa ao longo de 15 anos, bem como ao reconhecimento da Fiesc aos esforços do avô Albano Schmidt (criador da Fundação Tupy) e do seu pai Hans Dieter Schmidt (ex-secretário de estado da Indústria e Comércio).

“Me senti muito honrado com este reconhecimento, não só pelo trabalho que a gente fez nos últimos 15 anos aqui em Santa Catari-na, inclusive na Federação, em prol do associativismo. Acho que foi o coroamento de todo este trabalho. Mas, também, entendo que esta honraria foi o reconhecimento pelas iniciativas industriais e empresa-riais de algumas gerações, a começar pelo meu avô, pelo meu pai, que fez a empresa crescer vigorosamente, e a nós, agora, à frente da Termotécnica, que começamos a empresa com cerca de 400 funcioná-rios e conseguimos crescer cerca de 10 vezes nestes últimos 15 anos. Eu fiquei muito sensibilizado com esta comenda”, disse.

Com 50 anos de história, a Termotécnica é uma das maiores indús-trias mundiais de transformação de EPS (isopor). Fundada em 1961, a empresa segue sua trajetória abrindo novas portas para as oportu-nidades e desafios. Ao todo, são oito unidades (duas em Joinville, e uma em Indaiatuba, Rio Claro, Sumaré, São José dos Pinhais, Manaus e Goiânia), além de um Centro de Distribuição em Sapucaia do Sul e duas unidades em implantação em Pernambuco e Rio de Janeiro.

Tradição empresarial que vem de gerações

Helio Bairros

Albano Schmidt - Presidente da Termotécnica

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Capa - Líderes Industriais

Trabalho e respeito ao cliente

A família trabalhava na roça e era dona de uma fecularia em Dona Emma. Mas, em 1953, então com 12 anos, o homem que em junho de 2011 recebeu a

mais importante condecoração da indústria brasileira, a Ordem do Mérito Indus-trial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), foi obrigado pelo pai a aprender datilografia numa máquina Olivetti. O agricultor Ricardo Fey não queria os filhos colonos. Entre eles, Adolfo Fey.

Com a experiência e os conselhos do pai, depois de ter servido ao Exército em Curitiba (PR), retornou à Santa Catarina e, em Blumenau, conquistou um emprego no Banco Agrícola Mercantil SA, hoje Unibanco. Depois, foi trabalhar na Electro Aço Altona SA, em Blumenau, em 1965, e, no ano seguinte, tornou-se sócio da Mecâ-nica Fey, adquirida com o pai e o irmão Bertoldo, no centro de Indaial.

Enquanto o irmão administrava a hoje Metalúrgica Fey, Adolfo fez carreira na Altona: 10 anos depois de iniciar como auxiliar administrativo, tornou-se Diretor Financeiro. Nessa mesma época, a Metalúrgica Fey ampliou seu parque fabril em uma nova área, às margens da BR-470. Dividindo-se entre as duas indústrias, Adol-fo decidiu, então, dedicar-se exclusivamente à empresa da família.

A decisão de Adolfo marcou a busca de novos desafios e a diversificação dos negócios da Metalúrgica Fey, com a aquisição de uma nova metalúrgica, que fa-bricava pás, arruelas e enxadas, e da Pedreira Vale do Selke, ambas na década de 1980. A metalúrgica Viat foi vendida para um grupo espanhol, em 1998, e a pedreira, em Blumenau, foi ampliada pelos irmãos, em 2007, e hoje é referência na construção civil, com produção mensal de 40 mil toneladas de brita e emprego de 75 colaboradores.

Adolfo Fey, hoje com 71 anos, é reconhecido pela transformação da Metalúrgi-ca Fey em referência na tecnologia de fixadores em aço no Brasil, eleita diversos anos como a empresa com o melhor índice de liquidez de Santa Catarina e a melhor rentabilidade do ramo no Sul no País. A indústria produz 1.750 toneladas por mês e conta com 480 colaboradores, fornecendo para setores como a indústria automobilística e instalada num parque fabril de 30 mil metros quadrados, onde está desde 2006.

Da antiga Olivetti à condecoração da CNI

Metalúrgica Fey é a empresa com o melhor índice de liquidez de Santa Catarina e a melhor rentabilidade do ramo no Sul no País

O trabalho do empresário Nivaldo Pinheiro à frente da construtora Procave e sua atuação em associações de classe da construção civil e do mercado

de imóveis lhe renderam o reconhecimento da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). Em junho, a Fiesc o condecorou com a Ordem do Mérito Industrial de Santa Catarina, a mais alta honraria da entidade. “É um reconhecimento pelo trabalho da empresa que divido com o grupo de funcio-nários”, diz Nivaldo.

A história de sucesso do fundador e diretor de uma das maiores construtoras de Santa Catarina teve início modesto, mas rápida evolução devido ao caráter determinado e tino para os negócios. Foram apenas cinco anos entre o primeiro emprego, em 1972, num posto de gasolina de Blumenau, e a aquisição, em 1977, da pequena imobiliária que anos mais tarde se tornaria a incorporadora Procave. Nove anos depois, em 1986, surgia o primeiro grande empreendimen-to, o Villa Romana, em Balneário Camboriú.

De lá para cá, 25 empreendimentos foram entregues. Os próximos serão o Ibiza Towers, em parceira com a R. Teixeira, e o Brava Home Resort, uma obra de 142 mil metros quadrados de área construída que está sendo executada na Praia Brava, em Itajaí. A conclusão da primeira etapa está prevista para fevereiro de 2012.

O ano que vem reserva outro passo importante: a penetração no merca-do de imóveis de alto padrão em Florianópolis, com um empreendimento de 150 a 200 unidades numa área de 50 mil metros quadrados na Praia do Santinho.”Queremos levar o nosso conceito de qualidade para Florianópolis e esperamos ter o mesmo sucesso obtido na nossa região”, afirma Nivaldo.

Para Nivaldo, é importante a participação das construtoras, por meio dos sindicatos, em questões de relevância para as cidades. Ele cita como exemplo o projeto de extensão da faixa de areia e revitalização da orla na praia Central de Balneário Camboriú. “O projeto foi bancado pela construção civil e doado ao município”, afirma, acrescentando outras obras importantes na cidade que contam com o apoio do setor da construção civil, como a conclusão do sistema de tratamento de esgoto e a melhoria na malha viária.

Ao analisar o setor, Nivaldo diz que a construção civil deu um salto de qua-

lidade nos últimos anos e que ainda vive bom momento, embora o mercado esteja menos aquecido neste ano. No entanto, ele faz um alerta àqueles que buscam crescimento rápido e querem se tornar grandes de hoje para amanhã. “Deve-se construir para vender e não vender para construir”, afirma.

Segundo ele, apesar da pouca disponibilidade de crédito na conjuntura atu-al, o nível de inadimplência é baixo, o que é um sinal positivo. Com base nos projetos em andamento, Nivaldo espera que a Procave cresça de 30% a 50% neste ano.

À frente da incorporadora Procave, Nivaldo Pinheiro já entregou 25 empreendimentos, desde 1986, na região de Balneário Camboriú

Adolfo Fey - Diretor Financeiro da Metalúrgica Fey

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Catarinense de Rodeio, nascido na localidade onde hoje está o município de Benedito Novo, aos 86 anos, Walter Mueller é o empresário à frente de um

grupo com três unidades industriais no Estado. Em junho desse ano, recebeu a Ordem do Mérito Industrial de Santa Catarina, a mais alta condecoração da in-dústria do Estado, durante o Encontro da Indústria. O nome Mueller há décadas é familiar a qualquer dona de casa brasileira, e hoje alcança ainda os lares da América Latina, África, Ásia e Oceania.

Passaram-se 67 anos desde que Mueller deixou a atividade agrícola, que garantia uma vida confortável aos pais e seus 11 irmãos, motivado pelo sonho de aprender o ofício de torneador. Persistente, incansável e habilidoso, mesmo conseguindo emprego somente como ferreiro, em Indaial, apenas seis anos depois de deixar os campos entalhou seu nome na madeira da primeira má-quina de lavar roupas brasileira, que não por acaso foi chamada de “Pioneira”, em 1951, quando estava com 26 anos e já estabelecido com seu negócio em Timbó.

A lavadora parecia um barril de madeira equipado com motor, e foi cons-truída à semelhança de um modelo europeu pesquisado por Mueller que, em-polgado com informações trazidas por parentes da Alemanha, vislumbrou uma demanda por eletrodomésticos nos europeus, já acostumados com os produtos, que imigraram para o Brasil fugindo da 2ª Guerra Mundial.

No ano de criação da “Pioneira”, apenas três unidades foram construídas na pequena ferraria adquirida em 1949, em Timbó, onde o mercado contava com mais 17 negócios semelhantes. Em 1953, foram comercializadas 35 “Pio-neiras”. A demanda crescente pela novidade fez com que a empresa Walter Mueller Ferraria abandonasse de vez as carrocerias de caminhões que também fabricava e, cinco anos depois, já estabelecida em nova sede, a fábrica produ-zida 10 lavadoras por semana.

O Grupo Mueller conta atualmente com a Mueller Eletrodomésticos S/A, estabelecida desde 1988 em parque industrial com 37,4 mil metros quadrados e 1,1 mil colaboradores em Timbó, para a fabricação de lavadoras e centrífugas. Também em Timbó, em 2001, inaugurou a unidade fabril de fogões a gás e fornos elétricos e, em 2004, criou sua terceira unidade industrial, a Hércules Motores Elétricos. Em 2009, foi iniciada a mais nova empresa do Grupo, a Thor Condutores Elétricos, na mesma cidade.

Há 60 anos facilitando a vida das donas de casa

Aos 86 anos, fundador do Grupo Mueller recebe a Ordem do Mérito Industrial de Santa Catarina

Walter Mueller - Fundador do Grupo Mueller

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Por muito tempo a atividade de inovação foi vista como coisa de países ricos. Nos últimos anos, a China e a Índia têm ganhado espaço nessa área, como

gigantes emergentes capazes de criar produtos e serviços de classe mundial. Agora, timidamente, o Brasil começa a fazer parte desse time. Uma indicação é a entrada da Petrobras no ranking das 50 empresas mais inovadoras do mundo.

No entanto, a baixa inovação no setor produtivo nacional ainda é grande, em função de que apenas 16% dos cientistas do país estão em empresas, en-quanto que nos EUA e Coreia do Sul, por exemplo, o percentual é de 80%. Outra necessidade é a de elevar de 1% para 3% o percentual do PIB aplicado em P&D. O país investe anualmente em pesquisa e desenvolvimento cerca de 1% do Produto Interno Bruto, o que o coloca muito longe da média dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne os países desenvolvidos e alguns emergentes.

De acordo com o relatório Unesco sobre ciência 2010, uma boa notícia é que o número de doutores diplomados cresceu de 554, em 1981, para cerca de 12 mil, no ano passado. Isso estimula a instalação de grandes laboratórios de pesquisas no País, colocando o Brasil na rota mundial da inovação tecnológica.

Outra novidade é que o Banco Central já deu a autorização prévia - cha-mada carta patente - para que a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) se transforme em um banco público. O objetivo desse novo “banco da inovação” é financiar empresas e instituições de pesquisa que desenvolvam projetos de ino-vação tecnológica. A implantação, anunciada juntamente com outras medidas a serem adotadas pelo atual governo no campo da ciência e tecnologia, deverá demorar de dois a três anos.

E no momento em que se discutem estes novos rumos da inovação tec-nológica em âmbito nacional, é importante que Santa Catarina esteja na van-guarda das informações, buscando sempre o bem coletivo e resguardando as necessidades da sociedade. Para o Estado, Ciência e Tecnologia é um assunto estratégico. Santa Catarina é o segundo polo de tecnologia do Brasil, ficando atrás somente de São Paulo.

No início de 2008 foi sancionada no estado a Lei de Inovação Tecnológica, aprovada pela Assembleia Legislativa estadual em dezembro de 2007. A medi-da prevê, entre outras coisas, a aplicação de 2% da receita líquida do Estado em pesquisas. A nova legislação busca reduzir a distância entre as iniciativas públi-cas e privada, estimulando a pesquisa e rápida absorção desses conhecimentos pelo setor produtivo.

68ª SOEAAPara refletir e gerar soluções a estes grandes desafios no Estado e País os

profissionais da área tecnológica de todo o Brasil terão a oportunidade de reunir--se no maior evento do sistema, de 27 a 30 de setembro em Florianópolis: a 68ª SOEAA – Semana Oficial da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia, que acontece no Centrosul com o tema“Pesquisa e Inovação Tecnológica: Conheci-mento Profissional a Serviço do Desenvolvimento Sustentável”.

Cinco macrotemas direcionarão os painéis e conferências do evento: Pes-quisa e Inovação no Enfrentamento do Aquecimento Global e dos Desafios So-cioambientais - Rio +20; Desenvolvimento Tecnológico, Responsabilidade Social e Ambiental; Desafio da Pesquisa Tecnológica para o Desenvolvimento Brasi-

Pesquisa, Inovação e Conhecimento Profissional

CREA

leiro; Estruturação do Setor Governamental em Ciência, Tecnologia e Inovação; e Inovação no Enfrentamento de Desastres Naturais Socioambientais (Japão / Brasil).

Com previsão de público de mais de 3 mil profissionais e 500 estudantes da área tecnológica o evento será realizado pelo CREA-SC e Confea com o apoio da Mútua/Caixa de Assistência, CDEN – Colégio das Entidades Nacionais e CEDEC – Colégio Estadual das Entidades de Classe.

O lançamento oficial da 68ª SOEAA aconteceu no dia 17 de maio em Floria-nópolis, na FIESC, com a presença do presidente do Confea, Eng. Civil Marcos Túlio de Melo, dos 27 presidentes de CREAs, do presidente da Mútua Nacional, lideranças empresariais, profissionais e autoridades. Na oportunidade foi lança-do também o selo e carimbo comemorativo do evento.

A 68ª SOEAA abrigará também a EXPOSOEAA – Feira Tecnológica, onde empresas privadas, públicas e ONGs apresentarão suas últimas novidades, com previsão de 5 mil visitantes.

“Ressaltamos a grande importância e o que representa para o desenvol-vimento sustentável o êxito das pesquisas e inovações tecnológicas no estado. Usaremos todas as nossas energias para realizar um grande evento, que seja um marco de inovações, criatividade, representatividade e participação democráti-ca”, assinala o presidente do CREA-SC, Eng. Agr. Raul Zucatto.

O Presidente do Confea, Eng. Civil Marcos Túlio de Melo lembra que a 68ª SOEAA será um

momento de reflexões muitas ricas para o desenvolvimento brasileiro.“Nós sabemos que a competitividade para a internacionalização da economia depen-de deste conhecimento profissional que será colocado à disposição da sociedade e de todos nós. Estaremos discutindo os desafios da inovação e da pesquisa nes-ta realidade que se aproxima, contribuindo para um novo País que se avizinha”.

Inscrições e informações: www.soeaa.org.br

68ª SOEAA acontece de 27 a 30.09 na Capital

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Mercado imobiliário

A falta de unidade é um dos principais problemas no âmbito dos sindicatos da habitação, os Secovis. A opinião é do presidente do Secovi-SC, Sérgio

Luiz dos Santos, que dirige o mais representativo entre os seis sindicatos do ramo existentes no Estado – os outros são os Secovis de Criciúma, Chapecó, Blumenau, Joinville e Florianópolis-Tubarão.

“Essa divisão é ruim para o setor. Embora fique mais próximo dos afiliados em alguns casos, de forma geral não é bom, uma vez que a assessoria jurí-dica, o lobby, tudo é feito separadamente. O ideal era ter um único Secovi no Estado”, afirma Sérgio, citando ainda, como exemplo de falta de união, a revi-talização de outro sindicato que atua na mesma área dos Secovis, o Sindiconde (Sindicado dos Condomínios de Edifícios da Grande Florianópolis).

Criado em 1981 e com sede em Balneário Camboriú, o Secovi-SC tem como base territorial 134 municípios catarinenses e inclui entre os filiados incorporadoras, empresas loteadoras, empresas de compra e venda, adminis-tradoras de condomínios, imobiliárias, condomínios residenciais e comerciais e mistos.

Entre os serviços disponibilizados pelo Secovi-SC aos associados estão cur-sos de capacitação profissional, assessoria jurídica e atendimento odontoló-gico. Sérgio destaca ainda o apoio que a entidade presta a condomínios e administradoras. “Fazemos locação de equipamentos para pintura de prédios”.

Além disso, o Secovi-SC realiza pesquisas de mercado sobre o perfil do mo-rador e o grau de satisfação em relação ao imóvel. A entidade também ajuda a pensar a cidade, diz Sérgio. Usando como exemplo Balneário Camboriú, ele critica a falta de espaços públicos e áreas verdes, como parques e praças. “Temos uma carência muito grande nessa área”, afirma.

Divisão prejudica atuação dos Secovis

Sérgio Luiz dos Santos - Presidente do Secovi/SC

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Seja um investidor

O mercado imobiliário está em franca expansão, e Santa Catarina é destaque no cenário nacional. E o melhor, para quem pretende investir nesse segmen-

to, é a notícia de que a tendência de aumento nos preços persistirá, garantindo a valorização e o retorno do negócio.

A avaliação é do presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de Santa Catarina (Creci/SC), Carlos Josué Beims, que fala, em entrevista, sobre o mercado no Estado, a procura pelos aluguéis e os cuidados necessários pelo investidor imobiliário. “O imóvel não oferece oscilações de riscos da economia do país”, assegura Beims. Confira:

Comprar um imóvel é garantia de investimento seguro e rentável hoje? Por quê?Carlos Josué Beims – A compra de imóvel sempre foi e será um investimento seguro, mas devemos ficar atentos a questões como localização, qualidade da construção, tipo de imóvel e preço. Avaliando esses requisitos, o investimento com certeza é confiável e trará segurança. Investir em imóvel é diferente de ou-tros investimentos, pois o imóvel não oferece oscilações de riscos da economia do País.

Para investir, o melhor é adquirir um imóvel para alugar?Beims – Sim. Deve-se levar em consideração os requisitos acima. No caso de locação, é preciso avaliar se o tipo de imóvel está adequado às necessidades de quem o procura.

No Estado, onde se registra a maior valorização dos imóveis?Beims – Indiscutivelmente Santa Catarina é um canteiro de obras e destaca-se no cenário nacional a região da Grande Florianópolis, Balneário Camboriú, Itajaí, Joinville, Jaraguá do Sul e Chapecó. É notório o crescimento de cidades de peque-no porte no mercado imobiliário.

Nesses locais é fácil vender o imóvel caso o investidor necessite?Beims – Sim, entretanto, frisamos mais uma vez a importância de observar os requisitos da localização, qualidade da construção, tipo de imóvel e preço. Nestes locais a velocidade de venda depende da localização e do padrão de construção.

Imóvel não oferece oscilação de risco econômico Presidente do Creci/SC, Carlos

Josué Beims destaca o crescimento do mercado imobiliário em cidades de pequeno porte

Qual deve ser o principal cuidado de quem busca um imóvel para inves-timento?Beims – Ter cuidado, em primeiro lugar, com a documentação do imóvel (ma-trícula no registro de imóveis, tributos, taxas), a idoneidade da incorporado-ra/construtora, trabalhar com corretor devidamente registrado no Creci, como também com a localização do imóvel, que é peça primordial para um bom investimento.

Como está a oferta de imóveis para venda e aluguel hoje no Estado?Beims – O mercado imobiliário em todas as regiões catarinenses está em alta, em alguns locais existe falta de alguns tipos de imóveis para locação, pois a procura está sendo mais alta do que a oferta.

Pesquisas têm mostrado o crescimento do mercado de aluguéis em todo o Estado, mesmo com a facilidade dos financiamentos imobiliários. Por quê isso?Beims – O mercado de locação é a maneira mais rápida de solucionar o pro-blema da moradia em grandes centros, portanto, nos últimos anos, houve uma migração de investidores nesse tipo de investimento.

A Fundação Getúlio Vargas apurou que o valor dos imóveis subiu 25% a.a. no estado de São Paulo de 2005 a 2011. Em Santa Catarina também ocor-reu aumento assim? Os preços continuarão subindo ou há uma tendência de queda?Beims – Acreditamos que a tendência é de uma valorização acentuada e, pelo mercado em ebulição, acreditamos que os preços continuarão por um bom tem-po em alta.

O Creci está ampliando sua estrutura de fiscalização no Estado. Que impac-to essa medida tem no mercado?Beims – O grande impacto é mostrar que o Creci está cumprindo com sua fun-ção fiscalizadora, retirando do mercado pessoas não credenciadas e inaptas ao exercício da corretagem. A fiscalização também orienta os próprios corretores credenciados de como devem trabalhar no dia a dia, mantendo sempre a valo-rização da categoria perante a sociedade.

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Perfil

Dono da maior fabricante de argamassa para reboco da Grande Flo-rianópolis, o empresário Evandro Sens, da Argasens, vai expandir

seu ramo de atuação no segundo semestre deste ano com a criação de uma fábrica de concreto, a Concresens. “Devemos começar a operar em 60 dias”, diz Evandro, que acumula quase 20 anos de experiência na produção e venda de argamassa.

O novo empreendimento, localizado na área industrial de São José, perto de uma das três unidades da Argasens (as outras duas ficam no Campeche e na Praia dos Ingleses, na Capital), terá 12 funcionários. O empresário também vai investir no aumento da frota, com a aquisição de mais dois caminhões até o fim do ano, totalizando então 17 veículos para entrega.

“A demanda está muito alta”, afirma Evandro, que espera que a empresa obtenha neste ano um crescimento tão bom quanto o do ano passado. “As vendas estão no mesmo nível de 2010”, diz. Segundo ele, 60% da clientela é formada por construtoras. A empresa também é grande fornecedora de argamassa para lojas de materiais de construção e também atende o consumidor final.

A Argasens oferece cinco tipos de argamassa: a fina, para reboco interno; a média e média-fina, para reboco interno, externo e assenta-mento de tijolos ou blocos; a grossa, para reboco acústico e assenta-mento de tijolos ou blocos; e a argamassa exclusiva para assentamento de tijolos ou blocos. A empresa comercializa ainda britas e areias.

Fundada em 1998, a Argasens é uma empresa familiar que atende a região da Grande Florianópolis. A experiência de Evandro no ramo vem desde 1993. Daquele ano até 1998, ele foi sócio de uma outra empresa fabricante de argamassa.

Ramo expandidoArgasens abrirá uma fábrica de concreto

neste segundo semestre

Evandro Sens - Proprietário da Argasens

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A Protege Redes & Telas é pioneira em Balneário Camboriú no uso do polietileno virgem de alta densidade, considerado o melhor mate-

rial disponível no mercado para redes de proteção em sacadas e jane-las. A afirmação é dos proprietários da empresa, Sandra Regina Pereira e Ricardo da Silva, que apontam as vantagens do material: “É leve e impermeável, tem alta resistência e recebe tratamento que o protege dos raios ultravioletas”.

A qualidade do material é o principal diferencial competitivo da Pro-tege, que se destaca ainda pela qualidade no serviço de instalação, afirmam Sandra e Ricardo. O produto tem quatro anos de garantia e a cada dois anos é feita a revisão e manutenção das redes instaladas.

Além de redes de proteção, a empresa oferece redes para quadras esportivas, redes e capas para piscinas, telas mosquiteiras, telas fa-chadeiras para a construção civil e estruturas de alumínio para redes e telas. A Protege atua no Litoral Norte e Vale do Itajaí, com clientes inclusive em Rio do Sul e São Bento do Sul.

Segundo Sandra, a empresa conta com três experientes equipes de instalação que são capazes não só de trabalhar em locais de difícil acesso, mas também de montar estruturas em alumínio onde não é possível a fixação de ganchos.

A expectativa de crescimento da Protege para este ano é de no mínimo 15%, afirmam Sandra e Ricardo, acrescentando que o produto que comercializam é bem aceito pelo mercado. Eles alertam que há imitações de polietileno no mercado e que por isso o consumidor deve sempre pedir o certificado de garantia de polietileno 100% virgem.

Protege coloca no mercado o melhor material para redes de proteção em sacadas e janelas

Sandra Regina Pereira e Ricardo da Silva

Segurança e alta resistência

Perfil

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Perfil

No ano de 1970, vindo da cidade de Lages e seguindo os ensinamentos do seu pai, Lázaro de Oliveira Souza abriu uma pequena vidraçaria situada no

bairro Estreito, em Florianópolis. Com muito trabalho e dedicação, após 41 anos, a empresa Santa Rita Vidros Especiais tornou-se uma das maiores e melhores fornecedoras de vidros especiais para a construção civil do sul do país.

Em 2008, o fundador Lázaro de Oliveira Souza faleceu, e a empresa passou a ser administrada pelos filhos Alexandre, Karine e André e sua esposa Nara Luiza. De acordo com Alexandre Souza, diretor técnico-comercial, a grande mudança na empresa ocorreu no ano de 2000, após um período de pesquisas e investi-mentos em tecnologia, quando ela se tornou a pioneira na fabricação de vidros de segurança laminados em Santa Catarina.

Atualmente, o vidro de segurança laminado é muito utilizado em fachadas, sacadas, guarda-corpo, coberturas e locais onde se necessita de segurança, con-forto térmico e acústico.

A Santa Rita, além dos laminados, oferece uma completa linha de vidros voltados para o controle solar, vidros termoacústicos, vidros blindados, vidros temperados laminados e vidros curvos, bem como instalação de porta automá-ticas, fechamentos de sacadas/Europa System, entre outros.

A sede da empresa situa-se no bairro Serraria, em São José, com previsão de, ainda no mês de agosto, inaugurar sua nova ampliação, totalizando uma área de 2.200 m2. Este novo investimento em infraestrutura e modernos equipamentos irá dobrar sua capacidade de produção.

Este é um dos motivos pelos quais a Santa Rita Vidros espera crescer 20% neste ano de 2011. Outro motivo que os levou a investir, segundo Alexandre, é o fato do vidro estar sendo muito utilizado na construção civil. “Estamos na era do vidro”, afirma.

A Santa Rita conta com 48 funcionários e uma equipe técnica formada por um engenheiro, arquitetos e técnicos em edificações. Além da fabricação e ins-talação dos vidros especiais com um rigoroso controle de qualidade, a empresa procura orientar seus clientes na correta especificação dos vidros para as mais diversas aplicações.

“Orientamos o cliente na escolha do vidro mais apropriado para o seu projeto dentro dos atributos de economia, estética, segurança, conforto e sustentabilida-de”, afirma Alexandre, que segue, ao lado da mãe e dos irmãos, a tradição da família no ramo de vidros.

Santa Rita Vidros Especiais, 40 anos de tradição

Investimento em estrutura e tecnologia fez com que a empresa se tornasse uma das maiores fornecedoras de vidros especiais para a construção civil do Sul do país

Alexandre Athayde de Oliveira Souza - Diretor comercial da Santa Rita

Vidros Especiais

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Mulher na construção civíl

Desde cedo, a engenheira civil Mônica Cristina Krelling, 33 anos, paulista de Rio Claro, soube onde gostaria de traba-

lhar: em uma obra, liderando trabalhadores da construção civil. A decisão veio aos 22 anos quando, ainda no oitavo semestre na Udesc de Joinville, fazia estágio no laboratório de materiais de construção da universidade. Onze anos depois, casada e com um filho, tendo 12 obras supervisionadas no currículo, ain-da encontra tempo para administrar três edificações simulta-neamente, duas em fase de estrutura e outra em acabamento.

Alegre e descontraída, Mônica conta como tudo aconteceu: “Na verdade, eu comecei trabalhando na Udesc, onde o seu Mário (Cezar de Aguiar), diretor da Vectra, (empresa constru-tora de Joinville), era professor de instalações prediais. Eu cur-sava engenharia civil e estava fazendo estágio no laboratório de materiais da construção civil da universidade. Um dia, apro-veitei para questioná-lo sobre se estava certo ou não o que eu estava fazendo naquele momento, nem lembro mais o que era. Ele parou, ficou olhando e não disse nada. Soube depois que ele foi buscar referências minhas com o coordenador do curso. E o coordenador disse: ‘ela quer mudar de área, não gosta muito de laboratório, o negócio dela é obra, ela até já se envolveu com a reforma de todo o galpão da Universidade’. Em seguida, seu Mário me convidou, eu aceitei e, dois meses depois já estava na empresa, supervisionando obra”.

Sobre o ambiente em uma obra, a engenheira diz que, em geral, os homens têm muito respeito, embora às vezes escute uma ou outra piadinha. “A gente fecha o ouvido, sempre me impus pelo profissionalismo”, diz.

Mônica não vê dificuldades em comandar. “Na obra em que estamos hoje no acabamento, temos 80 funcionários, todos sob minha supervisão. Trato tudo diretamente com o emprei-teiro. Se tenho problemas, reclamo para ele. Sigo o projeto da

Mônica Cristina Krelling soube, desde a universidade, que queria estar no comando de uma obra

obra e pronto. Nas obras, sou eu e mais dois colegas engenhei-ros, Odete e Rodrigo. Mas cada um é responsável pelas suas atribuições e isso é definido pela direção da Vectra”, afirma.

Seu trabalho de 11 anos já rendeu a casa própria: “Comprei da empresa, e nem poderia ser diferente, já que estava na construção da obra. Foi amor à primeira vista”, relata.

Mas, nem tudo são flores na profissão. Alguns problemas, de vez em quando, trazem preocupações, como a quantidade de pessoas e de insumos. “Fica difícil administrar tudo isso, verificar a qualidade da obra e das mercadorias que a cada hora estão chegando. São mais de sete mil insumos cadas-trados, e sou eu que tenho que adquiri-los. Esta é a principal dificuldade”, admite.

Também pesam sobre seus ombros a responsabilidade pe-los prazos de entrega das obras e a segurança das pessoas nos locais de trabalho, além da rotatividade da mão de obra nos canteiros, que é grande e dificulta a questão do controle de qualidade, do qual a empresa não abre mão.

“Tudo é treinado. Mudou o pedreiro, temos que treinar ou-tro. Por exemplo: amanhã começa uma azulejista. Sempre dou preferência a uma mulher, elas são mais responsáveis, têm menos falta ao trabalho. E elas também não ficam bêbadas, como os homens. Infelizmente, tem muito disto em uma obra, e é algo difícil de se lidar”, lamenta.

Mas, apesar de tudo, sobra otimismo para a engenheira Mô-nica: “Mesmo com todas as dificuldades, eu não trocaria minha profissão por nenhuma outra. Eu não sei ficar parada, quando vejo trabalho vou pegando. É uma característica minha. E, para quem quiser começar na engenharia, eu recomendo procurar logo a área que a pessoa mais gosta e logo fazer um estágio. Basta ter força de vontade que todo o mundo chega lá. Para mim a construção civil valeu a pena”, incentiva.

acima de tudoEngenheira

Separação de resíduosCom MBA em Gestão Empresarial, na Funda-

ção Getúlio Vargas, com cursos de Sustentabili-dade, Autocad e Qualidade na Construção, entre outros, a engenheira Mônica Cristina Krelling ainda desenvolve no canteiro de obras iniciati-vas de sustentabilidade.

“Aqui na obra nós incentivamos a separação de resíduos sólidos, como por exemplo papelão, plástico e sucatas. O pessoal se conscientizou e ajuda a separar. O dinheiro obtido com a venda é revertido em benefício dos próprios colabora-dores. Já compramos mesa de sinuca, um mi-croondas e ainda sobrou dinheiro”, sorri.

Mônica Cristina Krelling - Engenheira da Vectra Construtora

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Perfil

Márcio Lopes Salvador aprendeu com o pai o ofício de cortar, dobrar e montar ferro. “Meu pai traba-

lhava com ferro armado em São Paulo e eu comecei com ele, aos 12 anos”, afirma o então aprendiz e hoje proprietário da Ilhafer, empresa localizada no Trevo do Erasmo, na llha de Santa Catarina. Márcio abriu o ne-gócio em março de 2003. A decisão de se mudar para Florianópolis ocorreu três anos antes, durante férias passadas na Ilha, quando percebeu que havia merca-do para uma empresa de ferro armado na cidade. No início, a experiência de 30 anos do pai (já falecido), o apoio da mulher e a determinação de Márcio foram fundamentais.

“Meu pai sempre trabalhou com a Gerdau e por isso eles abriram uma porta para mim no começo”, conta ele. Como Márcio não tinha capital para bancar a com-pra mínima de 12 toneladas de ferro, a Gerdau fez um acordo especial e lhe vendeu, de início, apenas a me-tade, seis toneladas. Márcio lembra que tinha apenas ferramentas manuais, trabalhava até 10 ou 11 horas da noite e contava inclusive com a ajuda da mulher no

De obra em obraserviço pesado. “Ela dobrava estribos na mão.”

Outro obstáculo inicial foi convencer os potenciais clientes da vantagem de se comprar colunas, vigas e sapatas de ferro armado em vez de fazer corte, dobra e montagem no local da obra. “Fiz um trabalho de obra em obra, entregando meu cartão e explicando as vantagens”, diz Márcio, acrescentando que mantém até hoje o primeiro cliente que conseguiu. A clientela da llhafer é formada principalmente por pessoas fí-sicas que tocam obras de pequeno e médio porte. A empresa atua na Grande Florianópolis, mas já atendeu clientes em Imbituba e Itajaí.

A llhafer conta hoje com oito funcionários e compra de 18 a 20 toneladas de ferro por mês da Gerdau. Em 2007, com financiamento do BNDES, Márcio começou a investir em maquinário. “Estamos indo muito bem de dois a três anos para cá”, diz. Segundo ele, pre-ço e qualidade do serviço são seus diferenciais com-petitivos. “Sou detalhista e procuro dar suporte aos clientes”, afirma, destacando também a qualidade no atendimento.

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Para a empresária Clarice Squersato, a incerteza inicial ao abrir o pró-prio negócio, após 20 anos de profissão como secretária, rapidamente

deu lugar à satisfação de ver o empreendimento crescer a passos firmes.Sua empresa, a Squersato Blocos, iniciou as atividades em 2006, com

três funcionários e um caminhão, e hoje conta com 10 empregados e dois veículos para entrega. Além disso, a fábrica de blocos, localizada no sítio da família, na Praia da Pinheira, em Palhoça, está passando por ampliação e mais investimentos estão previstos em máquinas e equi-pamentos.

Clarice conta que ela e o marido Vilmor compraram o sítio em 2005, mas não pensavam em abrir uma empresa na propriedade. “Um amigo que possuía uma fábrica de blocos em São José sugeriu que montásse-mos uma também. Ele daria toda a assistência necessária para isso e acabamos aceitando a sugestão”, diz ela, que se preparou para tocar a empresa realizando cursos de empreendedorismo no Sebrae.

“Foi um grande desafio. Além de vencer os obstáculos da produção em geral, aprender como fazer e fazer bem o bloco, havia a difícil con-quista de mercado. O que nosso parceiro nos ajudou muito, indicando e dividindo clientes”, afirma Clarice. Em 2009, Vilmor ficou desempregado e assumiu a parte operacional, enquanto Clarice, antes responsável por tudo, passou a cuidar exclusivamente das vendas e do financeiro.

Atualmente, 75% da clientela da Squersato Blocos é formada por construtoras da Grande Florianópolis, 20% por pessoas físicas e 5% por lojas de material de construção. A empresa produz 10 modelos diferen-tes de blocos de concreto. O mais comercializado é o bloco de vedação nas dimensões 14x19x39 centímetros, que representa 55% das vendas.

“Tenho convicção que crescimento é um processo que se concretiza a médio e longo prazo. A empresa vem fazendo um trabalho sério de conquista de novos clientes, oferecendo produtos de qualidade e atendi-mento ágil”, conta Clarice, cujo exemplo de empreendedorismo fez com que os dois filhos escolhessem cursos ligados à área da empresa: um estuda engenharia e o outro edificações e administração.

Squersato Blocos iniciou suas atividades em 2006 e vem conquistando clientes na Grande

Florianópolis com produtos de qualidade a agilidade no atendimento

Empreendedorismo em família

Perfil

Clarice Squersato - Proprietária da Squersato Blocos

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Projetos do futuro

Condomínio-colina que se integra à paisagem

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Desenvolvido pelo arquiteto americano Forrest Fulton, Lace Hill foi desenvolvido para uma competição

em Erevan, capital da Armênia, e lembra o monte Ararat, que fica nas proximidades

Como será a casa do futuro? Um condomínio residencial e comercial, com hotel, que lembra uma colina verde? Um cubo de quatro por quatro metros

onde os móveis brotam do piso e das paredes? Ou quem sabe uma habitação bastante parecida com as atuais por fora, mas bastante diferente por dentro, principalmente em relação aos recursos tecnológicos?

O condomínio-colina Lace Hill é um exemplo das possibilidades que o fu-turo da habitação reserva. O projeto foi feito pelo arquiteto americano Forrest Fulton para uma competição em Erevan, capital da Armênia. Segundo ele, em vez de um arranha-céu sobre a arquitetura horizontal da cidade, o Lace Hill se integra à paisagem local, enquanto suas inúmeras aberturas na fachada reme-tem a uma intrincada espécie de crochê que é tradicional no país. As aberturas também proporcionam terraços, ventilação natural e belas vistas para quartos de hotel, residências e escritórios do condomínio.

O projeto prevê 85 mil metros quadrados de área construída com carac-terísticas tanto de uma vila rural quanto de um denso e multicultural espaço urbano. Entre as soluções de sustentabilidade planejadas estão a fachada co-berta com plantas nativas que seriam irrigadas com águas reaproveitadas.

Fulton diz que o Lace Hill poderia inclusive ajudar a amenizar o calor duran-te o verão, uma vez que as correntes de ar do Norte passariam pela estrutura e seriam resfriadas pela temperatura mais baixa do centro do prédio, como se fosse um “gigante mecanismo de evaporação e resfriação para a semiárida cidade abaixo”.

Fulton conta que uma pessoa, ao se dirigir ao centro mais frio do prédio, perceberia a colina se abrindo para o céu, se sentiria numa catedral ou basíli-ca, pelo tamanho e pela luz, e dividiria espaço com lagos artificiais e árvores.

Janelas de vidro mais afastadas da fachada permitindo que os terraços façam sombra. Superfícies de plantas para absorver o calor do sol, filtrar o ar e servir de habitat para pequenas espécies, como pássaros. Paredes geotermais com eficiente controle das áreas quentes e frias. Água reaproveitada para irrigar pequenas lavouras e as plantas da colina. A superfície perfurada como crochê ventilando o condomínio.

As principais estruturas são encontradas nessa fachada esburacada de con-creto, com espaços sem colunas e vigas. A ondulação da fachada oferece arcos de diferentes ângulos. A exposição do sol e a paisagem vista do prédio serão os guias de localização entre os pontos residenciais e comerciais. Todas as uni-dades residenciais estão ao longo do extenso e sinuoso lado sul do Lace Hill, o que potencializa a luz direta do sol e oferece terraços com vistas incríveis.

Já os escritórios, que precisam de luz indireta e onde vistas espetaculares têm menos valor, ficam ao longo do lado norte. Varejo, restaurantes, cinema, salas de exposição e centro de saúde fazem linha no primeiro nível do prédio. Pedestres e ciclistas podem cruzar a colina por dentro. Todas as vagas de estacionamento são subterrâneas. Uma saída da avenida adjacente leva a um túnel no lado oeste da base da colina que serve de entrada ao grande estacionamento mais abaixo.

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Projetos do futuro

Projetos futuristas que podem ser conferidos no YouTube

Em Bruxelas, o projeto Vivendo Amanhã, que envolveu 57 grandes companhias e arquitetos e designers de des-taque, apresenta a Casa do Futuro, onde a tecnologia per-mite até saber como está a saúde enquanto se escova os dentes à frente de um espelho multimídia.

http://youtu.be/9DJr8QwgLEA

Na Coréia do Sul, outro projeto de casa do futuro mostra uma pia que regula a altu-ra, uma geladeira que monitora a data de validade dos produtos armazenados e pa-péis de parede nos quartos que funcionam como uma vasta tela eletrônica.

http://youtu.be/2mxocMgUrvo

O projeto Future House 2050 foi con-cebido por um grupo de alunos da Deakin University, da Austrália. Num espaco de quatro por quatro metros, uma casa modular muda de configu-ração através de blocos que saem do piso e paredes.

http://youtu.be/0SNRzQSBJ8g

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Poder público

Projeto para Palhoça crescer com qualidade de vida

Elaborado pela prefeitura de Palhoça com apoio de diversas enti-dades, incluindo o Sinduscon da Grande Florianópolis, o projeto de

lei do solo criado prevê a construção de prédios que ultrapassam os gabaritos previstos na lei de zoneamento do município. Atualmente, o gabarito máximo em Palhoça é de 25 andares. O projeto de lei deve ser votado pelos vereadores neste mês de agosto.

Para entender o projeto, vale a pena considerar um exemplo hi-potético: uma construtora com um terreno de 100 metros quadrados, onde o gabarito máximo é oito, o índice de aproveitamento é quatro e a taxa de ocupação, 50%. Pela lei atual, um prédio nesse terreno pode ter, sem contar os pisos de garagem, oito pavimentos de 50 metros quadrados cada um mais o ático.

Pelo projeto de lei, a construtora pode adquirir da prefeitura até 50% do índice de aproveitamento, dos quais 10% são sem custo para a empresa desde que ela implante sistema de reaproveitamento de água da chuva ou de águas servidas e sistema de melhoria de infraes-trutura urbana (cada sistema garante 5%).

No caso do exemplo, se a construtora adquirisse o limite máximo de 50% o índice de aproveitamento passaria a ser 6. O resultado final seria um prédio de 12 andares com 50 metros quadrados por andar, sem ático (que fica proibido quando se usa o solo criado) e sem contar os pisos de garagem (que passam a ser quatro pelo projeto de lei).

O diretor de Infraestrutura e Urbanismo de Palhoça, Silmar Eleuté-rio, ressalta que a aquisição de até 50% se dá sobre o índice de apro-veitamento do terreno e não do gabarito. Outro ponto importante, segundo ele, é que não há transferência de índice. “Só a prefeitura pode negociar o solo criado. O projeto não permite, por exemplo, que vizinho transfira índice para vizinho, o que geraria um mercado negro”, diz.

A compra do metro quadrado de solo criado custará 6% do CUB médio da Grande Florianópolis. O valor arrecadado vai para o Fundo Contábil de Mobilidade Urbana, destinado a obras como sinalização de ruas e criação de calçadas.

Para o prefeito de Palhoça, Ronério Heiderscheidt, o projeto alia o desenvolvimento econômico à sustentabilidade. Segundo ele, em 2005, a prefeitura emitia 554 mil metros quadrados de alvarás para a construção civil, enquanto hoje chega a dois milhões de metros qua-drados.

“Ao criarmos um projeto inédito em Santa Catarina voltado especifi-camente para o setor da construção civil, temos convicção que Palhoça só tem a ganhar com essa iniciativa, uma vez que o município vai cres-cer com sustentabilidade e qualidade de vida ao valorizar a sua política urbana. A construção civil cresceu nove vezes nos últimos 15 anos em Palhoça”, afirma.

Ronério Heiderscheidt - Prefeito de Palhoça

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A Sercel Fibras, de Praia Grande, Sul de Santa Catarina, produz tanques de lavar roupa, protetores de ar condicionado e caixas de gordura e de passagem

fluvial. De acordo com o diretor Idalino Higino Bongiolo, a empresa, fundada em 2001, vem crescendo de 15% a 20% nos últimos anos.

“Esperamos manter esse ritmo”, diz. Isso porque, segundo ele, o tanque de lavar roupa em fibra de vidro – o carro-chefe da empresa, responsável por 65% das vendas – está se tornando cada vez mais conhecido no mercado.

Idalino aponta as vantagens do produto em relação a tanques de pedra, lou-ça ou madeira. “É leve, você pode levá-lo para casa no ato da compra. É fácil de instalar, prático, não enferruja e vem com compartimento para guardar materiais de limpeza”, afirma, destacando que alguns dos 16 modelos fabricados incluem também uma tulha para armazenar roupas.

Já os modelos de protetores de ar condicionado, num total de 10, têm design que permite ventilação adequada e uma tela de alumínio ou plástico que evita a invasão de morcegos e pássaros. Um dos diferenciais do produto é a possibili-dade de ele ser fabricad-o na cor do prédio.

“As construtoras trazem uma amostra da cor do prédio e nós fabricamos os pro-tetores exatamente dessa cor”, afirma Idalino. Segundo ele, o acabamento em gel que é utilizado nos protetores mantém a cor e não descasca. Além disso, o produto permite padronizar a fachada do prédio, uma vez que pode ser utilizado tanto em equipamentos de ar condicionado normal quanto em modelos split.

Idalino conta que o processo de fabricação é inteiramente manual, quase artesanal, o que garante a qualidade dos produtos da Sercel. Outro diferencial competitivo da empresa é a rápida entrega. Além de pedidos feitos diretamente à fábrica, a Sercel comercializa seus produtos nas principais redes de material de construção do Estado.

Praticidade e leveza na fibra de vidro

Sercel Fibras oferece produtos de fácil instalação e fabricados quase de forma artesanal, de modo a

atender as exigências do mercado

Perfil

Idalino Higino Bongiolo, Diretor da Empresa

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Perfil

Fornecedora de aço para indústria e construção civil, a Soferro foi fundada em São José, em 1992, e hoje conta com duas

unidades: uma em Biguaçu e outra em Brusque. Ambas repre-sentam o maior grupo siderúrgico do mundo, a ArcelorMittal, e atuam em mais de 120 cidades de Santa Catarina.

Na unidade de Brusque são comercializadas as linhas de pro-dutos da construção civil (vergalhões, ferro em rolo, arames, pregos e telas) e da indústria (barra chata, barras redondas, bar-ras quadradas, cantoneira, perfil laminado, soldas e acessórios), além da linha de planos com chapas, tubos e perfil dobrado.

De acordo com o diretor Hugo Marques, do volume mensal de vendas, 85% são fornecidas para o mercado da construção civil e 15% para indústrias e serralherias. A unidade atua no Vale do Itajaí e conta com frota de entrega composta por cinco caminhões.

“A unidade prevê um aumento de 20% em relação ao fatu-ramento de 2010 em função do aquecimento e crescimento do mercado da construção civil na região”, afirma Hugo. Segundo ele, apesar da forte concorrência, a empresa tem se destacado na região, buscando cada vez mais o seu espaço no mercado, que é bastante concorrido.

“Temos como prioridade a satisfação dos nossos clientes, sa-bemos que aí está um dos grandes diferenciais das empresas contemporâneas e por isso buscamos sempre vender soluções. Esse atendimento aliado a nossa logística bem estruturada e dinâmica possibilita nosso crescimento sustentável, atendendo as expectativas dos clientes e cumprindo os prazos assumidos. Além disso, os produtos com excelente qualidade e referência mundial a preços competitivos diferenciam a empresa dos con-correntes”, afirma.

Soferro representa o maior grupo siderúrgico do mundo com duas unidades em Santa Catarina

Logística garante atendimento diferenciado

Hugo Marques, diretor da unidade de Brusque (abaixo)

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Perfil

Noite de consagraçãoTelhas Hobus conquista primeiro lugar no Ranking de Conceito e Imagem da Indústria

Na esquerda, Gamaliel Cardoso, representando a Cerâmica Inca que conquistouo 2° lugar. Ao meio, Manfred Grimm representando a primeira colocada Telhas Hobus.À direita Eder Ferreira Filho da empresa Precon, terceira colocada.

ORanking de Conceito e Imagem da Indústria é re-sultado da primeira pesquisa de mercado voltada

para o varejo de material de construção que se tem notícia.

Organizada com a intenção de buscar o índice de satisfação dos revendedores com a indústria, a pes-quisa teve início em 1991 e hoje, depois de 18 anos, mais de 1.100 indústrias citadas pelo público pesqui-sado se utilizam desse resultado como ferramenta de marketing para trabalhar mercados potenciais.

A Telhas Hobus, empresa fabricantes de telhas lo-calizada em Agrolândia/SC, conquistou a primeira posição da pesquisa, liderando o ranking em 2011, e recebeu o prêmio durante cermônia no Clube Monte Líbano, São Paulo/SP.

As indústrias que alcançam os melhores índices de pontuação na pesquisa são premiadas até a 3ª colo-cação e recebem, em uma cerimônia concorridíssima, além do troféu, desenhado com exclusividade pelo arquiteto Ruy Ohtake, uma publicação em edição es-pecial na Revista Revenda Construção, um destaque

especial com o resultado para todo o Brasil. Em 2° lugar na premiação ficou a Cerâmica Inca, de

Monte Carmelo/MG e em terceiro lugar a Precon, de Pedro Leopoldo/MG.Mais informações: www.hobus.com.br

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Perfil

Fabricado pela Epex, de Blumenau, o Hydro-Pex é um tubo flexível para condução segura de água quente ou fria em

prédios. O material de que é feito o produto é chamado de polietileno de alta densidade reticulado. O produto vem con-quistando espaço no mercado catarinense gradativamente, diz o representante comercial para a Região Sul, João Adriano, que cita as vantagens.

“Por ser flexível, usa-se menos conexões com o Hydro-Pex. Portanto, a perda de carga é menor e o fluxo maior”, diz ele, acrescentando que o Hydro-Pex é leve, altamente resistente à temperatura (até 100ºC) e pressão (até 12,5 bar), tem grande vida útil (até 100 anos) e a montagem é fácil e rápida.

Segundo João Adriano, o Hydro-Pex funciona muito bem com alvenaria estrutural, mas também pode ser colocado em-butido na parede, que é o sistema de instalação hidráulica mais utilizado em Santa Catarina. “Grandes construtoras já usam o material”, afirma João Adriano Filho.

Outra vantagem do Hydro-Pex é a possibilidade de se orçar a quantia exata a ser instalada, no caso de projetos

de alvenaria estrutural, o que poupa espaço no cantei-ro de obras, comenta João Adriano.

A fábrica da Epex em Blumenau atende pedidos para toda a América Latina. Em Santa Catarina, a expectativa é que a venda do Hydro-Pex dobre em relação ao ano passado, de acordo com João Adria-no. “Porto Alegre já utiliza muito o produto. Em San-ta Catarina, está começando a cair nas graças dos construtores”, finaliza.

Tubo flexível para condução de água quente e fria em edificações, o Hydro-Pex, fabricado pela Epex de Blumenau, vem conquistando espaço no mercado catarinense

Vantagens da flexibilidade

João Adriano Filho - Vendedor da Epex de Blumenau

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Urbanismo e Paisagismo

Paisagem europeia num país tropical O país tropical também guarda pai-

sagens invernais. Na região mais fria do Brasil pode chegar a nevar e as geadas são comuns, criando um ce-nário mágico onde as manhãs nascem com uma densa neblina abraçando os poucos bosques de araucárias entre os que restam no país.

São JoaquimSão Joaquim é a cidade mais fria do Brasil – no inverno seus termô-

metros podem marcar -10°C e até -15°. As cachoeiras ficam congeladas e os campos cobertos de neve. É o único lugar no país onde, invaria-velmente, neva a cada inverno. Grande produtora de maçã, promove a cada dois anos a Festa Nacional da Maçã, atraindo milhares de turistas. Destaque também para o Parque Nacional de São Joaquim, a beleza da Serra do Rio do Rastro, os campos e as araucárias que se sobressaem entre cachoeiras, vales e rios com corredeiras... Opções de lazer não faltam em São Joaquim.

UrubiciLocalizada no fértil Vale do Rio Canoas, Urubici é considerada uma

das maiores produtoras de hortaliças de Santa Catarina. Também se destaca pelo cultivo de maçã e de erva-mate.

Privilegiada por uma paisagem muitas vezes comparada à Europa, Urubici está situada no ponto mais elevado de Santa Catarina. Além do privilégio das paisagens naturais, é também uma das cidades mais frias do país, o que a torna ainda mais bela, pois, no inverno, é comum ocorrer fortes geadas e neve que cobrem de branco este cartão postal.

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Aqueça seu inverno

As águas termais que brotam das rochas a uma temperatura de 39° C fazem com que suas fontes sejam procuradas por

visitantes de vários lugares do mundo interessados em seus inú-meros poderes medicinais.

Águas MornasComo a própria denominação indica, o nome Águas Mornas vem

das águas termais abundantes no lugar. A cidade tem seu desenvol-vimento estruturado no turismo de saúde, recebendo anualmente mi-lhares de visitantes de todos os pontos do Brasil, que vêm em busca da qualidade terapêutica de suas águas, qualificadas entre as melhores do mundo.

PiratubaLocalizada em cenário privilegiado, no Vale do Rio do Peixe, Piratuba

recebe milhares de turistas todo ano que vêm à procura de tratamento de saúde, descanso, lazer e qualidade de vida.

O complexo termal abriga um dos mais belos parques de águas quentes do Brasil, atraindo milhares de visitantes em busca de lazer e saúde.

Outro atrativo inesquecível é o passeio de Maria Fumaça.

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A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina

representa o setor industrial catarinense, promovendo

ações para o desenvolvimento sustentável e o crescimento

econômico do Estado.

MAIS FORÇA PARA A NOSSA INDÚSTRIA

Rod. Admar Gonzaga, 2765 | Itacorubi | CEP 88034-001

Florianópolis | SC | Brasil | Tel: 48 3231 4100 | Fax: 48 3334 5623

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A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina

representa o setor industrial catarinense, promovendo

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SINDUSCON - A Força do Associativismo

Lenoir Broch - Chapecó

Chapecó terá uma Escola de Construção Civil para formação e qualificação de mão de obra. Um acordo fechado entre

o Sinduscon de Chapecó, o Senai e a Fiesc irá viabilizar a construção da unidade.

A Escola funcionará junto às dependências do Senai e terá cursos gratuitos tanto para a formação de trabalhadores quanto para o aperfeiçoamento daqueles profissionais que já trabalham na área. “No momento, estamos fazendo a licita-ção da obra e a previsão é que a Escola esteja em funciona-mento em meados de 2012”, afirma Lenoir Broch, presidente do Sinduscon de Chapecó.

O empresário, que está à frente do sindicato desde março deste ano, explica que essa era uma reivindicação antiga do setor e que a Escola de Construção Civil ajudará a reduzir o déficit de mão de obra na região. Segundo Broch, existe uma defasagem de cerca de mil trabalhadores na cadeia produtiva

Nova etapa na formação profissionalda construção civil de Chapecó.

“A Escola de Construção Civil inicia uma nova etapa na formação e qualificação de profissionais no oeste do estado. Com esta iniciativa, conseguiremos formar mais pedreiros, eletricistas e encanadores para atender a demanda”.

Para discutir a formação dos trabalhadores da construção civil com as empresas do setor, o Sinduscon de Chapecó irá realizar, no dia 15 de setembro, um encontro de profissio-nais de recursos humanos de construtoras e incorporadoras da região.

A proposta, segundo Broch, é promover uma troca de ex-periências entre as empresas e discutir os direitos e deveres dos trabalhadores. O evento será realizado no Mogano Hotel e as inscrições podem ser feitas na sede do sindicato ao cus-to de R$ 70 por participante. Empresas filiadas ao Sinduscon têm 50% de desconto na inscrição.

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SINDUSCON - A Força do Associativismo

Albraino da Silva Brasil - Lages

O Sinduscon de Lages promove em outubro, de 18 a 23, o 2º Salão do Imóvel da região, a ser realizado no Parque de Exposições Conta Dinheiro. O salão,

que vai ocorrer simultaneamente à Expolages, terá 16 estantes de construtoras, imobiliárias e lojas de materiais de construção. “Esperamos que o salão deste ano seja melhor que o do ano passado, que foi muito bom”, diz o presidente do Sinduscon de Lages, Albraino da Silva Brasil.

Também está prevista para o segundo semestre, conta Albraino, a inaugura-ção oficial da sede do Sinduscon. O prédio, localizado na rua Nossa Senhora dos Prazeres, abriga outros sindicatos da região. “A sede foi erguida com patrocínio total da Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina)”, afirma Albraino, que destaca o espaço disponível para reuniões, palestras e encontros.

Segundo ele, o novo presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, teve importante participação na construção da sede. “Estamos confiantes que a Fiesc está em boas mãos e que será mantido o nível na administração da entidade”, afirma. “Sempre tivemos receptividade muito boa por parte do presidente Alcantaro Corrêa e o doutor Glauco tem a mesma dinâmica.”

Com a nova sede, a expectativa de Albraino é que o sindicato consiga atrair mais afiliados. “Atualmente, o Sinduscon de Lages conta com cerca de 40 as-sociados, enquanto na região como um todo, incluindo municípios vizinhos, há cerca de 100 empresas ligadas à construção civil”, afirma. No entanto, muitas dessas empresas são de porte pequeno e médio e têm pouco interesse no associativismo, lamenta ele.

Nova sede e preparativos para o Salão do Imóvel

Amauri Alberto Buzzi -Blumenau

O Sinduscon de Blumenau criou o “Comitê de Saúde e Segurança do Trabalho”, que é integrado por técnicos de segurança e pessoal de recursos humanos

das empresas. São realizadas reuniões mensais onde são apresentadas boas práticas por empresas e são definidas ações visando a saúde e segurança do trabalhador da construção. Através do Seconci, o braço social do Sinduscon, a entidade tem realizado atendimentos médicos, odontológicos e atendimentos na área de segurança. No primeiro semestre foram mais de 5 mil atendimentos.

O sindicato também tem defendido os interesses do setor e, no Judiciário, conquistou algumas vitórias beneficiando seus associados, cujo número cresceu 10% este ano, como o não pagamento de contribuição previdenciária sobre o aviso prévio indenizado; o direito de deduzirem as “subempreitadas já tributa-das” da base de cálculo do ISS e a inconstitucionalidade do alargamento da base de cálculo do PIS/COFINS para as empresas tributadas pelo lucro presumido.

De 15 a 19 de agosto, o Sinduscon e o Seconci promovem a 1ª Sepatcon - Se-mana Externa de Prevenção de Acidentes de Trabalho na Construção. As pales-tras de saúde e segurança no trabalho serão realizadas entre os dias 15 a 18 de agosto, sempre em dois horários (às 7h30min e às 13h), nos canteiros de obras ou empresas associadas. No dia 19 de agosto será realizada a palestra final, às 16h, sobre Responsabilidade Civil e Criminal. Os temas abordados serão DSTs/AIDS, Higiene Bucal, Ergonomia, Alcoolismo, Perda Auditiva, Qualificação Profis-sional, Segurança no trabalho, Trânsito, entre outros assuntos pertinentes à área.

No dia 20 de agosto, será realizado o “Dia Nacional da Construção Social”, um evento que acontece no Brasil e teve a adesão de Blumenau. Será um dia com diversas atividades para empregados, familiares e empresários no Centro Esportivo do Sesi.

De acordo com o presidente do Sinduscon de Blumenau, engenheiro Amauri Alberto Buzzi, as relações com poder público sempre são de diálogo e, portanto, construtivas. Mas, segundo ele, a tramitação para aprovação de projetos nos ór-gão públicos não apresenta a velocidade necessária. “Espera-se, também, uma deliberação positiva com referência à regra de transição para o plano diretor vigente, face aos alvarás concedidos sob avaliação do plano anterior”, diz Buzzi.

Cinco mil atendimentos no Seconci em seis meses

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Luis Carlos Presente - Joinville

V ice-presidente do Sinduscon de Joinville, o empresário Jorge Luis Sá anun-ciou uma campanha de valorização da marca de seus associados. A medida

apoia-se no fato de que, com o “boom” da construção, aventureiros se aprovei-tam para se lançar no mercado.

“Nossa preocupação é destacar as empresas organizadas e preparadas. O mercado precisa conhecer melhor aqueles que têm um diferencial para mostrar. Queremos valorizar empresas que tenham histórico na região, com o mesmo CNPJ de 30 anos atrás”, afirma, acrescentando que a campanha é veiculada semanalmente, num jornal da cidade, para informar à sociedade da importância da escolha do produto certo da empresa certa.

Outro foco do Sinduscon de Joinville é a melhoria dos canteiros de obra na ci-dade, em trabalho conjunto com os ministérios Público e do Trabalho, investindo no treinamento da mão de obra. De acordo com Jorge Luis, existe na construção o paradigma de que ela é despreparada e não dá aos seus colaboradores o que eles necessitam. “A gente quer acabar com isso e mostrar para quem vem trabalhar conosco que o trabalho na construção remunera bem e tem continui-dade”, defende o vice-presidente.

Sobre o futuro do setor em Joinville, Jorge Luis diz que há empresas associa-das que trabalham com perspectiva de seis anos à frente no desenvolvimento de seus projetos. “Hoje já se fala em empreendimentos – dividido em etapas – atingindo inclusive oito anos. É comum entre nossos associados você encontrar empresários com uma carteira de oito ou 10 empreendimentos para execução ao longo deste período. Então, além de existir uma carteira de terrenos, já existe outra de análise de projetos e a de projetos e lançamentos, tal qual uma linha de produção. Isso não tínhamos há 20 anos”, informa.

Sindicato abre luta contra aventureiros

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No próximo dia 24 de agosto, o engenheiro Jair Paulo Savi toma posse em mais um mandato à frente do Sinduscon de Criciúma para o biênio

2011/2013. O sindicato participa ativamente da CDIC - Câmara de Desenvolvi-mento da Indústria da Construção -, na Fiesc, assim como de todos os programas da federação estabelecidos para o desenvolvimento dos sindicatos patronais.

Agora oficializado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o sindicato abran-ge 26 municípios do Sul catarinense, o que o faz necessitar de meios e pla-nejamento para alcançar todos eles, levando e divulgando suas atividades e responsabilidades aos empresários da construção da região.

“Imaginamos um universo de 250 a 280 empresas do ramo na região (en-tre pequenas, médias e grandes). O Sinduscon tem hoje aproximadamente 35 associados, que representam as principais empresas do ramo, mas que são ape-nas 15% das existentes. Assim, o trabalho que teremos pela frente é imenso”, disse o presidente Jair Paulo Savi.

Segundo o dirigente, recentemente foram aprovados os novos índices para correção do salário dos trabalhadores da construção. Juntamente com o sindica-to laboral, foram acordados novos índices onde o Sinduscon busca contemplar primordialmente os serventes e oficiais, tendo por objetivo fixação destes traba-lhadores no ramo da construção. “Paralelamente, nosso Sinduscon trata o fun-cionário com cuidados especiais nas áreas de higiene e segurança no trabalho. Cuida de sua alimentação fornecendo cesta básica (como incentivo àqueles que não faltam ao trabalho) e refeição saudável no canteiro da obra”, afirmou Savi.

Nas áreas de formação e recursos humanos, os associados realizaram o cur-so “INSS na Construção Civil, do alvará ao habite-se” e, no mês de agosto, está previsto o curso “Gestão de risco na terceirização de mão de obra”. No campus de Criciúma do Instituto Federal de Santa Catarina, duas turmas estão comple-tando o curso de Técnico em Edificações, já preparados para seu aproveitamento integral nas empresas de construção da região. Juntamente com o SENAI, está sendo erguida da Escola da Construção Civil de Criciúma, que deverá entrar em funcionamento a partir de 2012.

Na relação com o Poder Público, o Sinduscon acompanha atentamente a dis-cussão a respeito do Plano Diretor de Criciúma, em fase final de apreciação para aprovação na Câmara de Vereadores, buscando o desenvolvimento da cidade com racionalidade e conforto aos seus habitantes.

Mais dois anos de muito trabalho pela frente

Jair Paulo Savi - Criciúma

SINDUSCON - A Força do Associativismo

O empresário Ivo Bortolossi assumiu a presidência do Sinduscon de São Miguel do Oeste. Ele foi eleito para a gestão 2011/2013 do sindicato e substitui Victorio

Bolfe, que ficou à frente da entidade por dois mandatos. Na cerimônia de posse, Bor-tolossi destacou que dará continuidade ao trabalho de Bolfe e que pretende ampliar o número de associados ao Sinduscon e viabilizar cursos de formação profissional para os trabalhadores do setor.

O Sinduscon de São Miguel do Oeste tem hoje 19 associados, e Bortolossi explica que, nos próximos dois anos, quer trabalhar para aumentar o número de sindicaliza-dos na região e fortalecer a presença do sindicato nos sete municípios da base. Para isso, ele pretende ampliar o número de convênios do sindicato para que os associa-dos tenham descontos também em lojas e em consultas médicas e odontológicas em cidades como Itapiranga, Iporã do Oeste e Guaraciaba.

“A minha proposta é sensibilizar os profissionais do setor sobre a importância de se sindicalizar. Participar do sindicato não deve ser visto como uma despesa, mas sim uma forma de se manter atualizado sobre as novidades do setor e de ter um órgão competente que represente o setor e lute por melhorias para o ramo da construção civil”, diz.

O empresário explica que uma das grandes dificuldades do setor na região é com a falta de mão de obra especializada, principalmente, para fazer o acabamento das obras, e que por conta disso, o Sinduscon está organizando, junto com a prefeitura de São Miguel do Oeste e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC), um curso para formar 25 profissionais para trabalhar nesse ramo. O treinamento será gratuito e realizado em São Miguel do Oeste. “Hoje falta no mercado mão de obra especializada e os cursos de aperfeiçoamento são uma ótima oportunidade para treinar os profissionais do setor. Quem faz os cursos têm emprego garantido”, afirma.

Junto com Bortolossi, assumem a gestão do sindicato Elias Rogério Lunardi, na função de vice-presidente Administrativo; Victorio Bolfe, no cargo de vice-presidente financeiro; Paulo Cesar Stürmer, como vice-presidente de planejamento e marketing; Leandro Sceffer, vice-presidente de política habitacional, desenvolvimento urbano e obras públicas; Luiz Carlos Bido, vice-presidente de estudos econômicos e estatísticos; Paulo Rogério Linck, vice-presidente de qualidade, tecnologia e produtividade; e As-tor Kist, vice-presidente de relações trabalhistas, segurança e medicina do trabalho.

Nova diretoria quer ampliar número de associados

Ivo Bortolossi - São Miguel do Oeste

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SINDUSCON - A Força do Associativismo

João Formento - Itapema

Oito mulheres fazem parte do grupo de 60 trabalhadores da construção civil de Itapema que estão recebendo cursos de aprimoramento promovidos pelo Sin-

duscon local. De acordo com o presidente do sindicato, João Formento, são mulheres de pedreiros ou que têm outros membros da família empregados na área. “Algumas até já trabalharam como ajudantes dos companheiros, mas de maneira informal”, conta Formento.

Elas estão fazendo o curso de assentamento de cerâmica e rejunte. O outro curso disponível no momento é o de eletricista. Ambos têm duração de três meses e vão até o fim de agosto. O Sinduscon também promoveu treinamento de guincheiro, já concluído. Os cursos são bancados pela entidade e se destinam a trabalhadores das empresas filiadas.

Mas nem tudo são flores em Itapema. Desde abril, 12 prédios recém-construídos estão impedidos de receber habite-se devido a uma decisão judicial que suspendeu novas ligações na rede de esgoto do município. “É um prejuízo para as construtoras, que ainda correm o risco de serem acionadas por consumidores insatisfeitos com a demora na entrega dos apartamentos”, diz Formento, que acrescenta: “Pedimos à Universidade Federal um laudo técnico sobre o tratamento de esgoto na cidade e a conclusão é que ele funciona perfeitamente, apesar de haver falhas pontuais de captação.”

Segundo Formento, o laudo é uma tentativa do Sinduscon de acabar com o im-passe criado entre a prefeitura e a Companhia Águas de Itapema sobre quem tem a responsabilidade de corrigir falhas no sistema. Foi esse impasse que motivou a decisão judicial de impedir novas ligações. O laudo foi apresentado às partes envol-vidas e encaminhado à juíza responsável pelo caso na segunda quinzena de junho. Até o fechamento desta edição, não havia novas decisões da Justiça sobre o caso.

Treinamento para mulheres em cursos gratuitos

O Sinduscon de Itajaí tem duas ações preferenciais neste segundo semestre de 2011: aumentar o número de associados, atualmente com 51 empresas filia-

das, um aumento de 10% em relação ao começo do ano; e abrir, agora em agosto, os primeiros cursos da Escola da Construção Civil, que está sendo erguida numa parceria com o Senai.

O presidente do sindicato José Carlos Santos Leal diz que sua meta é treinar pessoal para resolver o problema de mão de obra, que continua a atrapalhar o pleno desenvolvimento da indústria da construção civil em Itajaí.

Outra prioridade é cobrar da Prefeitura agilidade no encaminhamento do novo Plano Diretor do município, processo que ainda se encontra na fase de discussões em audiências públicas, e que sequer tem data prevista para ir à Câmara de Ve-readores.

“Precisamos ter aprovado este Plano Diretor até o final do ano. No ano que vem tem eleição, e não vai se votar nada”, afirmou o dirigente.

Agilidade na aprovação do Plano Diretor

José Carlos Santos Leal - Itajaí

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Presidente do Sinduscon de Tubarão, José Sylvio Ghisi destacou a participação da entidade no Conselho Municipal de Habitação e na

elaboração do Plano Habitacional de Interesse Social e do Plano Diretor de Tubarão.

Segundo ele, está previsto para este segundo semestre a apresen-tação do projeto de construção de uma usina de reciclagem de resíduos da construção civil, elaborado através de uma parceria do Sinduscon com a Unisul, sob a coordenação da professora Mara Regina Gomes.

O número de associados está evoluindo lenta e progressivamente, afirma Ghisi, destacando que entre as metas para os próximos meses está incluído o convite para que outras empresas filiem-se ao Sinduscon de Tubarão e Região da Amurel.

O dirigente ressaltou, também, que, nos últimos meses, a relação entre o Sinduscon e o poder público vem se estreitando, tendo em vista a participação em diversas reuniões e eventos setoriais promovidos pe-las prefeituras abrangidas pelo sindicato, abrindo espaço para sugestões no que tange ao crescimento sustentável das cidades.

“Tem-se estreitado, também, a relação do Sinduscon com o Ministé-rio Público, que está procurando colaborar na efetivação e cumprimento da legislação pertinente à construção civil. Dentre as pendências pode-mos citar as dificuldades de fiscalização de obras irregulares que estão em andamento na cidade e região. Para isso, o Sindsucon vem reali-zando varias solicitações para os órgãos competentes a fim de agilizar esses procedimentos”, citou José Sylvio Ghisi.

Usina de reciclagem de resíduos terá projeto neste semestre

SINDUSCON - A Força do Associativismo

O Sinduscon da Grande Florianópolis chegou a 360 empresas filiadas no primeiro semestre. Para o presidente da entidade, Helio Bairros,

mais que o número de associados, o que conta são os desafios que existem pela frente.

Um dos principais desafios, segundo ele, é o trabalho de conscienti-zar a comunidade sobre a importância da construção civil para o desen-volvimento econômico, principalmente quando o assunto em questão é meio ambiente. A pressão causada por divergências ambientais faz muitas vezes o poder público pender para o lado eleitoreiro, diz Bair-ros. “Ele não se posiciona a favor da cidade, mas sim a favor daqueles que defendem postulados já superados em outras partes do mundo”, afirma.

Por outro lado, o Sinduscon também dá destaque para notícias po-sitivas, como a divulgada pela entidade em julho sobre a retomada de crescimento do setor no mês anterior. Com o resultado positivo em junho, o primeiro semestre fechou em alta. Os dados foram coletados em pesquisa da Condeferação Nacional da Indústria (CNI) e Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

“De acordo com a pesquisa, a situação financeira, que no primei-ro trimestre foi avaliada como satisfatória (indicador em 50,8 pontos), agora já é considerada mais que satisfatória (53,8 pontos)”, informou a CBIC. A sondagem mostrou ainda que o acesso ao crédito foi considera-do difícil, mas que essa sensação é menor que no trimestre anterior. A expectativa para os próximos seis meses é de crescimento.

Para superar os antigos postulados

Helio Bairros - Florianópolis

José Sylvio Ghisi - Tubarão

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SINDUSCON - A Força do Associativismo

O Sinduscon de Brusque tem realizado uma série de ações voltadas aos seus associados e a comunidade, no sentido de colaborar com a cidade e com o

seu desenvolvimento.Representantes do sindicato participaram do Observatório Social, criado com

o objetivo de fiscalizar as contar municipais e do qual fazem parte várias insti-tuições; também da Incubadora Tecnológica, auxiliando em novos projetos que possam ser apresentados na área da construção civil e verificar sua viabilidade.

O Sinduscon iniciou o ano com 30 associados, e atualmente são 42. Este aumento pode ser atribuído ao trabalho que o sindicato vem realizando em sua base territorial, bem como ao incentivo aos empresários, motivando-os a parti-cipar mais ativamente e oferecendo benefícios, os quais atingem não apenas os patrões, mas também seus funcionários, com atendimento de saúde através de uma parceria com o Sesi.

Nos últimos anos, o Sinduscon iniciou um trabalho de maior aproximação com o Poder Público Municipal, participando de diversos programas que possam contribuir para o crescimento da cidade e para a qualidade de vida dos seus moradores. Um exemplo é a participação do Conselho da Cidade (Comcidade), que estuda e opina sobre o Plano Diretor, que vai garantir obras mais seguras e com qualidade.

O sindicato mantém parceria aberta com a prefeitura e outros órgãos no sen-tido de alertar para algumas necessidades ainda existentes no município como a falta de um maior incentivo às empresas “radicadas” na cidade e que tem con-tribuído com o crescimento do município e distribuído aqui seus impostos nestes 151 anos, a serem completados no próximo dia 04 de agosto. Outra importante necessidade do setor e que frequentemente é cobrada das autoridades, sejam elas estaduais ou municipais, é a realização de cursos gratuitos para a qualifica-ção da mão de obra do trabalhador.

Foi inaugurada no dia 7 de julho a sede própria do Sindicato das Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Brusque, Guabiruba, Botuverá e Nova

Trento (Sinduscon). O espaço está localizado no 4º andar do Centro Empresarial, Cultural e Social facilitando o acesso dos associados às reuniões. No local funcio-nará todos os serviços da instituição.

“Este dia é muito importante para o Sinduscon, porque é um sonho que está sendo realizado e que foi conquistado graças ao apoio da Fiesc e do trabalho dos nossos associados. Agora vamos crescer mais ainda e mostrar a cidade para todo o Estado através da construção civil”, salientou o presidente do Sinduscon de Brusque, Ademir José Pereira.

Na ocasião estiveram presentes os diretores do Sinduscon, representantes dos demais sindicatos da região, além do presidente do Sistema Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) Alcantaro Corrêa, que está deixando o cargo, e do novo presidente Glauco José Côrte e do vice-presidente Mario de Aguiar, empresários da cidade e demais convidados.

Para Alcantaro Corrêa, a instituição fez o seu papel em apoiar o crescimento do Sinduscon de Brusque, disponibilizando verbas para a aquisição de uma sede

Nova sede vai dinamizar o associativismo em Brusque

Durante a inauguração da nova casa do Sinduscon foi realizado o lançamento da Fairtec 2011

Ademir Pereira - Brusque

própria.“É preciso um local adequado para a realização de encontros entre os as-

sociados, entrosando as pessoas. Quero destacar ainda a importância do bom relacionamento entre o Sinduscon e o sindicato laboral, a preocupação com a qualidade das obras e com a saúde e educação do trabalhador”, lembrou.

O presidente eleito da Fiesc afirmou que vai continuar o trabalho de apoio aos sindicatos. “Vamos ajudar cada vez os municípios onde há indústrias como as da construção civil, que geram emprego e renda e contribuem para o desen-volvimento das cidades”, completou Côrte.

Durante a inauguração da sede do Sinduscon, foi lançada a Fairtec 2011 – Feira Tecnológica da Construção Civil, que será realizada em Brusque de 8 a 13 de novembro e que pretende receber mais de 50 mil visitantes.

Entre os patrocinadores da Fairtec estão as empresas Walpa, a IBmix con-creto usinado, Fiesc e CREA. A feira conta ainda com o apoio da Prefeitura Mu-nicipal de Brusque. “A prefeitura é parceira deste grande evento inédito e que vai movimentar o setor. Que na construção possam surgir novas ideias, novas tecnologias”, destacou o prefeito de Brusque, Paulo Eccel.

Contribuição para a melhoria da cidade

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O Sinduscon de Jaraguá do Sul vai lançar no segundo semestre des-te ano um manual de prevenção e combate a incêndios voltado

especialmente a síndicos de prédios e condomínios. De acordo com o presidente da entidade, Paulo Obenaus, se percebe que há pouco conhecimento sobre o assunto. O manual é uma iniciativa do Sindus-con em parceria com o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea). Segundo Obenaus, o manual está sendo elaborado com cuidado e pode até servir de modelo para outras regiões do Estado.

Outra ação do Sinduscon para o segundo semestre é a conclusão do curso de segurança no trabalho, dividido em dois módulos. A progra-mação inicial previa a realização dos treinamentos ainda no primeiro semestre, mas as datas foram alteradas para agosto pelo Senai. Um módulo se destina a operários comuns e outro a operadores de má-quinas.

Para Obenaus, os cursos do Senai voltados para a construção civil são um exemplo da atenção que o presidente da Federação das Indús-trias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Alcantaro Corrêa, dedicou ao setor. “Antes era graxa ou fio, graxa ou fio”, diz Obenaus, se referindo aos setores metal-mecânico e têxtil, que eram, segundo ele, o foco quase exclusivo da Fiesc antes da gestão de Corrêa.

Essa visão mais ampla da indústria, segundo Obenaus, tem tudo para continuar com Glauco José Côrte e Mário de Aguiar, os novos presi-dente e 1º vice-presidente da Fiesc, respectivamente. “São dois nomes alinhados com o nosso setor, que contribui muito para o PIB catarinen-se e por isso tem que ser olhado com bom olhos”, afirma.Manual de prevenção

contra incêndios

Por meio da lei municipal de transferência de potencial construtivo, o setor da construção civil de Balneário Camboriú adquiriu R$ 36 milhões

para a obra do binário, como é chamada a revitalização das avenidas Mar-tin Luther e do Estado. “Metade do montante já foi pago à prefeitura e o restante será repassado em parcelas mensais”, diz o presidente do Sindus-con da cidade, Carlos Haacke. “A prefeitura sempre encontrou e sempre vai encontrar todo o apoio possível do Sinduscon. Temos uma relação muito forte”, afirma.

Outro fato recente a ser destacado no âmbito da construção civil da ci-dade foi a homenagem recebida pelo diretor-presidente da Procave, Nival-do Pinheiro, condecorado, em junho, com a Medalha de Mérito Industrial pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). “Foi uma indicação nossa e uma vitória muito grande. Eleger um representante da construção civil entre tantos grandes nomes da indústria catarinense é algo muito expressivo”, comenta Haacke.

O presidente do Sinduscon de Balneário também avalia a troca de co-mando na Fiesc, com Glauco José Côrte assumindo a presidência no lugar de Alcantaro Corrêa. “O Glauco é uma pessoa capaz, dinâmica. Tem tudo para ser uma boa administração.”

O Sinduscon de Balneário deu início recentemente a duas obras: a nova sede e o centro de medicina laborativa. Em outubro, haverá eleições no sindicato, que devem ocorrer em chapa única, como é tradição. Ainda não há nomes definidos. Haacke cogita deixar a presidência, mas vai continuar a atividade sindical. “Peão de obra não se afasta nunca.”

Peão de obra não se afasta nunca

SINDUSCON - A Força do Associativismo

Paulo Obenaus - Jaraguá do Sul

Carlos Haacke - Balneário Camboriú

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Entre as ações desenvolvidas pelo Sinduscon de Rio do Sul, o presiden-te da entidade, engenheiro Arno Nardelli, destaca a participação na

Semana das Indústrias do Alto Vale do Itajaí, de 23 a 25 de maio, e na Fersul - Feira Multisetorial de Rio do Sul, programada entre os dias 10 e 13 de agosto.

Nardelli também enfatizou as reuniões mensais da diretoria do sindi-cato, para tratar de assuntos como o curso de mestre de obra que será feito em parceria com o Senai, e o apoio na implantação do projeto de reciclagem dos resíduos da construção civil no município.

O sindicato também teve participação ativa na campanha pelo não aumento do número de vereadores de Rio do Sul, e, junto com outras entidades, está trabalhando junto com a Prefeitura na reformulação do Plano Diretor.

O número de associados do Sinduscon de Rio do Sul permanece o mes-mo do início do ano, e, para o segundo semestre, o sindicato fará uma campanha para ampliar as adesões.

Entidade presente nos assuntos da cidade

Arno Nardelli - Rio do Sul

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Histórias de vida A vitória da perseverançaParanaense começou a trabalhar como eletricista incentivada pelo marido e hoje é responsável por toda a instalação

elétrica de um prédio em construção em Joinville

A paranaense Marici Ferreira Venâncio, 38 anos, casada e mãe de três filhos, garante que jamais imaginou vir a ser Técnica em Eletricidade (eletricista) e

de viver feliz longe de sua Laranjeiras do Sul. Mas a vida prega peças, e a jovem Marici, aos 16 anos, após completar o ensino fundamental em sua cidade, veio de mudança com os pais para Joinville. Até este momento, a moça tímida do Oeste paranaense tinha apenas ajudado a família nas atividades de casa.

Foi com a chegada a Joinville que se iniciou um novo ciclo de vida para a inexperiente Marici. “Eu vim antes e comecei a trabalhar como doméstica, até os 28 anos de idade. Neste tempo eu conheci meu marido (que já trabalhava como eletricista), casei, tive meus filhos e decidi mudar de vida, fui ser cabe-leireira”, relata.

Marici garante que iniciou gostando da nova profissão: “Fiz curso de ma-nicure e a vida foi seguindo, até que veio o filho menor e tive que parar com tudo”. Foi nesta época que seu marido lhe fez um convite. “Ele queria que eu fosse trabalhar com ele na eletricidade. Como não havia me realizado como cabeleireira, respondi que aceitava, ia fazer uma experiência. Expliquei que, se eu não gostasse, iria largar, fazer outra coisa. Ele aceitou e começamos”, lembra.

A mudança, sem dúvidas, lhe fez muito bem. “Gostei desde o primeiro dia. Tanto que, em seguida, fiz curso no Senai, durante dois anos, e, como tinha a experiência do marido a meu lado, ficou mais fácil. Nas obras, aproveito sempre para novos cursos. Meu marido me serve de modelo, me incentiva”, destaca.

Marici evoluiu profissionalmente a ponto de ser a responsável por todo o sistema elétrico a ser implantado no futuro prédio de nove andares que a Vectra está erguendo em Joinville. “Minha responsabilidade vai desde a entrada da energia no poste até o último interruptor. Eu instalo luminárias, tomadas, tudo de acordo com o projeto que aprendi a interpretar”, informa.

Para a mulher que ainda tenha dúvidas em ingressar na profissão, Marici deixa um recado: “Estou há oito anos na profissão, no começo foi difícil, do tipo ‘esta mulher não entende nada’. Mas eu quis vencer os obstáculos, a empresa confiou em mim. Quanto ao ingresso da mulher na construção, eu vejo assim: tem que ser independente, ela tem que querer e acreditar. Porque a mulher é vencedora. Ela tem que ir à luta. Agora é a vez da mulher, não é preciso mais ficar atrás do fogão. Agora ela tem oportunidade”, diz.

Histórias de vida

A volta por cima de quem pegou pesado

Em quase 15 anos como funcionário da Silva Pré-Moldados, Nazareno da Rosa conseguiu erguer sua casa

e comprar um automóvel

Nazareno Arnoldo da Rosa, natural de São Sebastião, em Palhoça, aos 45 anos de idade, faz parte daquele seleto grupo cujo lema é “meu negócio é

trabalho”. Filho de uma família de seis irmãos, ele largou os estudos na quarta série do ensino fundamental depois de duas repetições. “A gente perdeu a mãe muito cedo e saiu para ajudar o pai no trabalho”, justifica. Desta forma, não restou outra coisa ao garoto de nove anos senão o trabalho braçal: “Fui carregar tijolos na olaria da família Silva”.

Ele conta que foi enfrentando esta situação até os 18 anos, quando foi pos-sível obter Carteira de Trabalho, seu passaporte para um caminho mais digno. “Com a carteira assinada, fui trabalhar no calçamento, ainda como servente. A gente era novo e não tinha experiência”, explica.

Nazareno trabalhou como ajudante de pedreiro e “empregado do seu Valé-rio, lá de São Pedro”, fez questão de dizer. Conta que, ainda como servente, veio trabalhar debaixo da Ponte Hercílio Luz, na Pescados Silveira. Ficou por lá apenas cinco meses. “Não deu certo, não era o que eu queria”, comenta.

Foi em 1997 que, finalmente, começou a virada em sua vida. “Eu já conhecia o seu Silva desde menino e o seu Jaime também”. Foi o ingresso na Silva Pré--Moldados que despertou Nazareno para uma realidade que só lhe fez bem: “A gente caiu no serviço que gosta e o patrão facilita, deixando trabalhar à vontade. A gente se acostumou, ganhou experiência e fomos adiante”, diz.

Como profissional na confecção de pré-moldados, relata que, nestes quase 15 anos que trabalha para a empresa, já conseguiu erguer sua casa em alve-naria num local próximo da empresa. Além disso, comprou seu carro “para não depender dos outros e dar umas voltinhas”. E, antes de dizer que retribui com muito trabalho a oportunidade ganha na empresa, ainda deixa uma mensagem de vida para aqueles que, como ele, iniciaram em dificuldade:

“É preciso pegar no pesado enquanto é novo, depois fica mais difícil. Para quem estiver começando, serviço tem, é só querer trabalhar”, aconselha Nazare-no, que mostra as mãos calejadas, veste a camiseta e deixa o pátio da empresa pilotando seu automóvel.

Nazareno Arnoldo da Rosa - Funcionário da Silva Pré-Moldados

Marici Ferreira Venâncio - Eletricista da Vectra

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Perfil

Investimento que traz a excelência

Empresa de Sangão, no Sul do Estado, a Icetec é líder nacional no setor de telhas

terracota e vai dobrar a sua produção até o final do ano

A Indústria e Comércio Cerâmico de Telhas Coloniais (Icetec) começou a fabricar telhas terracota há um ano. De lá para cá, a empresa de Sangão,

no Sul de Santa Catarina, aprimorou o produto em relação aos concorrentes e tornou-se líder nacional no setor. A próxima etapa deve ser concluída até o fim do ano: dobrar a produção para 3 milhões de peças por mês. Com a ampliação, a Icetec aproveita a conjuntura atual, de dólar baixo, para importar equipamentos.

“Estamos ampliando justamente por isso e, claro, pela demanda tam-bém”, afirma Patrícia Silvano Pereira, responsável pela gestão comercial da empresa. Para ela, os bons resultados obtidos com a telha terracota são fruto da excelência atingida pela Icetec na fabricação, que é inteiramente automa-tizada. “A Icetec faz uma telha sem falhas, o que torna o encaixe perfeito. O esmalte é aplicado uniformemente sem defeitos. Além disso, produzimos a telha com dupla face na própria fábrica. Não terceirizamos o processo como na concorrência”.

Patrícia explica que o modo de produção é o mesmo dos pisos cerâmicos e cita uma das vatagens do produto. “A telha terracota se diferencia das demais telhas esmaltadas por não apresentar as micro trincas e pelo baixo índice de absorção de água, fatores que permitem a comercialização em qualquer lugar do mundo, independente do tipo de clima. É como um gres porcelanato”, diz. A novidade para o segundo semestre é o lançamento da terracota de vidro. Além da terracota, a Icetec produz telhas convencionais, num total de 1 milhão de peças por mês.

Segundo Patrícia, a empresa atende, pela ordem de demanda, os merca-dos de Santa Catarina, Sudeste, restante do país e mercado exterior (Uruguai, Paraguai e Angola). Com a duplicação da capacidade produtiva de telhas ter-racota, a meta é reforçar a presença nos mercados gaúcho e nordestino.

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Hercílio Luz:

Após a ampliação, fluxo anual do aeroporto será superior à população de Santa Catarina

Numa comparação numérica simples é possível compreender a importância da obra de ampliação do Aeroporto Internacional

Hercílio Luz, na Capital: mesmo operando com sua capacidade má-xima, pode atender atualmente, no período de um ano, um con-tingente equivalente a apenas um terço da população catarinense. Quando o novo empreendimento estiver concluído, o que está sen-do estimado para 2014, será possível um fluxo anual de 6,7 milhões de passageiros, superior à população de nosso Estado, contada em quase 6,2 milhões pelo Censo de 2010.

A largada para a conclusão do projeto no prazo anunciado será dada até o final de julho, com o lançamento do primeiro dos qua-tro editais de concorrência pública previstos, este contemplando as obras de infraestrutura – terraplanagem, drenagem, pavimentação e balizamento luminoso. O custo estimado é de R$ 225 milhões, dos mais de R$ 300 milhões que serão investidos pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) no complexo, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal.

O efetivo início da ampliação ocorre aproximadamente 15 anos após a expansão ter sido idealizada: as tratativas entre Infraero, Governo do Estado e Prefeitura Municipal de Florianópolis iniciaram com a construção do túnel que liga o Centro da Capital à Via Expres-sa Sul. O projeto executivo foi licitado em 2009 e sua elaboração custou R$ 4,56 milhões.

Após debates que se estenderam pelos últimos três anos, a In-fraero considera superados os dois principais entraves ao projeto: licenciamentos ambientais e a definição do terreno necessário à ampliação do complexo aeroportuário. Para atender aos questiona-mentos do ICMBio e do Ministério Público Federal, foram realizadas adequações ao projeto de ampliação do aeroporto e do sistema

viário no entorno – este sob a responsabilidade do Estado.A Licença Ambiental de Instalação do novo empreendimento foi

emitida em junho desse ano pela Fundação Estadual do Meio Am-biente (Fatma), com anuência do ICMBio, e as concessionárias de energia elétrica e água já atestaram a viabilidade do projeto. O ter-reno será doado à Infraero pelo Estado, a partir de permuta proposta pelo Executivo à Universidade Federal de Santa Catarina (proprietá-ria da área), aprovada em abril pela Assembleia Legislativa.

Até dezembro a Infraero pretende licitar a construção das edifica-ções, segundo lote da obra, e o cronograma prevê para o primeiro semestre de 2012 o lançamento das concorrências públicas para aquisição e instalação dos equipamentos eletromecânicos (eleva-dores, escadas rolantes, esteiras de bagagem) e para a automação predial (lotes 3 e 4). Os custos destas duas etapas ainda estão sen-do dimensionados.

Evolução

As operações comerciais no Hercílio Luz foram iniciadas em 1927. A pista e o pátio eram de grama, que deu lugar ao concreto entre 1942 e 1945. Uma segunda pista e um segundo pátio de estacio-namento de aeronaves foram construídos em 1978 e desde então não foram mais ampliados. O primeiro terminal de passageiros é do início da década de 50 e foi também na década de 70 a construção de um segundo terminal. Em 1988 ele foi aumentado de 2,9 mil metros quadrados para 6,4 mil metros quadrados. Hoje, após outras duas intervenções, a área do terminal de passageiros alcança 9,5 mil metros quadrados, incluindo um módulo operacional. A Infraero administra o aeroporto desde 1973.

O antes e o depois:Imagem atual e projeção do novo Aeroporto Hercílio Luz

Governo - Infraestrutura

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As obras são independentes, mas sem melhorias no sistema vi-ário do entorno a utilização do novo aeroporto se torna inviável. Um acordo de cooperação técnica firmado em maio de 2010 pela Infraero, Governo do Estado e Prefeitura de Florianópolis definiu res-ponsabilidades e compromissos das partes para que as duas obras – melhorias no complexo aeroportuário e nos acessos - sejam exe-cutadas.

Serão 8,73 quilômetros de vias a serem duplicadas, em projeto orçado em R$ 108 milhões. O Estado espera incluir no PAC o custeio da primeira etapa, estimada em R$ 67 milhões, contemplando a du-plicação do trecho entre o elevado do Trevo da Seta e o estádio do Avaí, e do estádio até a interseção com o acesso ao bairro Tapera, além da construção de uma nova via até o aeroporto. O segundo trecho prevê duplicação da interseção do bairro Tapera até o termi-nal aeroportuário, por R$ 41 milhões.

O projeto foi elaborado pela empresa Prosul e está pronto para ser licitado, prevendo prazo de 900 dias para a conclusão das obras, com início previsto para janeiro de 2012. A Secretaria de Estado da Infraestrutura anunciou a destinação de recursos próprios do Estado e a utilização do financiamento do Programa BID VI para essa obra, caso não seja aprovada no PAC. A concorrência pública deve ser anunciada no segundo semestre desse ano, integrando um pacote de obras a ser lançado pelo Estado. Pelo acordo, a Prefeitura Munici-pal deverá arcar com o custo de desapropriações para a duplicação das vias, que ainda estão sendo apuradas.

Capacidade nominal - entre as taxas de ocupação baixa (8h) e alta (12h)

Área construída total

Área de pistas de rolagem

Saída rápidas

Número de pistas de rolagem/taxiways

Área de pátio de aeronaves

Capacidade do pátio de aeronaves

Área de estacionamento

Pontes de embarque

Hoje

Entre 2,1 e 2,5 milhões de pax/ano

9.540m²

2

9.200 m²

0

20.187 m²

5

500 vagas(16.500 m²)

0

Ampliado

35.817 m²

5

23.371 m²

1

85.000 m²

12

1.800 vagas(57.000 m²)

5

Entre 4,5 e 6,7 milhões de pax/ano

Fonte: Infraero.

Como fica o Aeroporto Hercílio Luz?

Sistema viário do entorno tem projeto orçado em R$ 108 milhões

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Governo - Infraestrutura

Difícil encontrar quem ainda não tenha ficado parado ou enfren-tado trânsito lento no ponto que está entre os mais críticos do

trecho Sul da BR-101, sobre o canal de Laranjeiras, em Laguna. Mas o compromisso assumido pelo Poder Público com a população é de que a parada na região passe a ser uma escolha do viajante a partir da entrega da nova ponte que será erguida no local, entre os quilômetros 313,1 e 315,9. Não mais em razão do fluxo compro-metido, mas para admirar o desenho da ponte que deve ser um novo marco da engenharia em Santa Catarina, concorrendo com a Hercílio Luz, na Capital.

O modelo de ponte suspensa em 400 dos seus 2.815 metros de extensão foi projetado para permitir a navegação no canal. A pioneira Hercílio Luz, inaugurada em 1926, é menor: tem compri-mento de 821,7 metros, com vão pênsil de 339 metros. A obra em Laguna, com previsão de início até o final desse ano, contempla prioritariamente a solução para o tráfego, atualmente em 20 mil veículos por dia, e carrega junto a promessa de contribuir para o desenvolvimento do turismo e da economia local.

Após vários estudos, o Departamento Nacional de Infraestrutura Rodoviária (DNIT) concluiu que o modelo estaiado é o mais viável sob os pontos de vista técnico, ambiental, econômico e de inte-gração à paisagem da região. A movimentação econômica iniciará já com a execução da obra: são R$ 25 milhões os recursos previs-tos em impostos que serão arrecadados pela Prefeitura Municipal de Laguna, que devem ser revertidos à população em áreas como educação e saúde.

A ponte estaiada terá quatro pistas e acostamento, com largura de 25 metros. Está prevista também a obra complementar, de me-lhorias no acesso à travessia e de construção de viadutos de acesso a Laguna nos sentidos Sul e Norte. Iniciados em 2007, os dois proje-tos foram licitados no final do ano passado em lotes distintos. Estão em fase de contratação e têm custo previsto de R$ 660 milhões, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal - como as obras já foram licitadas, não serão atin-gidas pela paralisação anunciada pela União no mês de julho.

O novo marco do Estado tem prazo de três anos para ficar pron-

Obra sobre o Canal de Laranjeiras, em Laguna, contribuirá para o desenvolvimento do turismo e da economia local

to, um a menos do que o necessário para erguer a Hercílio Luz. A obra complementar deve ser executada em 420 dias. Os prazos são do DNIT. Os diagnósticos de acompanhamento das obras na BR-101, realizados pela Federação das Indústricas do Estado de Santa Cata-rina (FIESC) e pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA/SC), demonstram que a execução da ponte estaiada pode chegar a três anos e meio, enquanto as melhorias nos acessos poderão levar até 18 meses para serem entregues, a partir da emissão das respectivas ordens de serviço.

A Licença Ambiental Prévia (LP) para ambos os projetos já foi concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e está em fase de análise a Licença Ambiental de Instalação (LI). A perspectiva do DNIT é assinar os contratos e iniciar as obras ainda no segundo semestre de 2011. O resultado da concorrência pública do lote referente à ponte foi homologado em março. No lote das obras de melhorias nos acessos a empresa vencedora foi desclas-sificada e a segunda concorrente foi homologada no mês de julho.

Ponte estaiada começa a serconstruída até o final do ano

Curiosidades:

• Terá dois mastros, um no Sul e outro no Norte, que susten-tarão os cabos de aço. A parte mais alta da ponte será o mastro Norte, com 50 metros, mais 17 metros do pilar até a superfície da água;

• Terá 2,5 mil toneladas de aço estrutural e 65 mil toneladas de concreto, o equivalente ao peso de 63 mil carros popula-res, ou 116 aviões Airbus 380 (o maior existente);

• Para a construção será necessário o apoio de balsas de grandes dimensões, equipadas com guindastes para o es-taqueamento, que farão ainda o transporte de materiais;

• O modelo estaiado é considerado uma concepção mo-derna de construção de pontes que alia as necessidades técnicas do empreendimento à beleza arquitetônica, inte-grando-se esteticamente à paisagem. O custo será de R$ 63,298 milhões.

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Contorno da Grande Florianópolis deverá estar concluído em 2015

Obra busca tirar o tráfego de veículos pesados da BR-101 na região metropolitana

O traçado originalmente planejado foi encurtado pela metade e o prazo para a conclusão da obra alongado em três anos: de 2012

para 2015. Trata-se de uma das obras rodoviárias mais aguardadas em Santa Catarina, o Contorno Rodoviário Metropolitano da Grande Flo-rianópolis, situado na porção da BR-101, duplicada, que é considerada pela Polícia Rodoviária Federal como o terceiro ponto com maior nú-mero de acidentes com vítimas fatais nas rodovias federais brasileiras.Compreendido entre os municípios de Biguaçu e Palhoça, o trecho tem fluxo diário médio de 150 mil veículos, concentrando três tipos de tráfego: municipal, regional e de longa distância. A criação de um contorno, ideia ensaiada há mais de uma década – desde a duplicação do trecho Norte da BR-101 no Estado – busca essencialmente desviar o tráfego de veículos pesados da rodovia federal, reduzindo os riscos de acidentes graves e os congestionamentos. A obra está no contrato de concessão assinado entre a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a Concessionária Autopista Litoral Sul em 2008 e inicialmente deveria ser entregue em 2012.

No final do mês de junho, quando a ANTT apresentou sua proposta atual - e estendeu o prazo para conclusão até 2015 - em audiência pú-blica na Assembleia Legislativa, muitos empresários, entidades e agen-tes públicos a receberam com surpresa. No projeto elaborado original-mente pelo antigo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) estava previsto o início do contorno no Km 175 da BR-101 (na divisa de Biguaçu com Tijucas), e o retorno à rodovia próximo à praça de pedágio, em Palhoça (Km 221).

O novo projeto contempla início no Km 193, já próximo ao acesso a Antônio Carlos, em Biguaçu, e o final poderá ser no Km 218 (mais provável) ou 221, tendo em vista que os estudos atuais da ANTT consi-deram que o trecho crítico de tráfego acaba no Km 215, na interseção com a BR-282. O traçado final dependerá do licenciamento para a obra, em fase de análise pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).

A ANTT detalhou o projeto aos participantes da audiência, mas ainda o classifica como “em definição”, embora já estime seu custo em R$ 301 milhões. A obra será feita com aplicação dos recursos arrecadados com pedágio pela Concessionária Autopista Litoral Sul.

Solução complementar

Os estudos de acompanhamento desse projeto realizados pela FIESC e Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA/SC) mostram que o contorno terá impacto significativo nos sistemas vi-ários urbanos de Palhoça, São José, Florianópolis e Biguaçu, agilizando a movimentação dos veículos na BR-101 e também dos que percorrem os sistemas viários atendidos pelas rodovias BR-282, SC-407 (São Pe-dro de Alcântara/São José), SC-408 (Antônio Carlos/Biguaçu) e SC-410 (Governador Celso Ramos/Armação da Piedade).

No entanto, a ANTT considera que o anel somente vai aliviar os pro-blemas de tráfego no trecho almejado se forem também executadas as obras no sistema viário da região que foram apresentadas no projeto do contorno como “solução complementar”. Estas, porém, ainda não estão previstas no cronograma de trabalho da ANTT e da Concessioná-ria Autopista Litoral Sul.

Essencialmente a ANTT alega que apenas 10% do tráfego (o de longa distância) vai ser desviado na região para o contorno. Os conges-tionamentos causados pelo fluxo urbano continuariam. Como solução é sugerido um conjunto de obras nas vias marginais da BR-101 para atender ao fluxo municipal, destinando as pistas centrais da rodovia para o tráfego regional. Segundo a ANTT, aliado ao contorno, isso ele-varia a capacidade de tráfego na região para 14 mil veículos por hora, por sentido, atendendo a necessidade da região metropolitana por um prazo de 10 anos.

A linha pontilhada em azul marca o

traçado atual do projeto, até o Km 221,

com alternativa em verde até o

Km 218. Em vermelho marca a BR-101

O projeto atual: Início do contorno: Km 193 (antigo Km 196, em Biguaçu, próximo à SC-408, de acesso a Antônio Carlos)

Fim do contorno: Km 218, passando pelo Rio Passa Vinte, próximo à praça de pedá-gio em Palhoça (mais provável) ou Km 221 (próximo à praça de pedágio em Palhoça)

Governo - Infraestrutura

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O empresário Mario Cezar de Aguiar, da Construtora Vectra, de Joinville, esco-lhido para ocupar o cargo de vice-presidente da Fiesc, a partir do dia 12 de

agosto, garante que a solução, no caso de exaustão de recursos para financiar o setor, passa pelas instituições financeiras, através de recebíveis bancários.

“Como a atividade da construção civil está a pleno vapor, a disponibilidade de recursos para obras passa a ser um artigo extremamente interessante aos bancos. É aí que surge o incremento aos Certificados de Resistência Imobiliária, os CRIs, que nada mais são do que a securitização”, afirma.

Aguiar dá conta do desenvolvimento de uma solução caseira para uma eventual crise de financiamento para a construção. Ele relata as tratativas de um grupo financeiro interessado na criação de um Fundo Imbiliário na região Norte do Estado, mas aplicando unicamente em imóveis da região.

“O assunto ainda é embrionário, mas a instituição não pretende captar re-cursos em Joinville para aplicar na construção de um shopping em São Paulo. Vamos criar um Fundo Imobiliário e vamos mostrar para o investidor local que o dinheiro dele está aplicado aqui, que ele está vendo o que está sendo feito e que o dinheiro dele está desenvolvendo a região que ele está convivendo”, explica.

O engenheiro alerta que tudo isso vai depender da taxa de juros. “Existe uma coisa que não é compatível, longo prazo com taxa de juro alto. Então, esse modelo de economia, da macroeconomia, de se combater a inflação com elevadas taxas de juros, para o nosso setor é importante. Não há como conviver

Empresário aponta soluções para garantir futuros financiamentos

com esta situação. Para que o setor tenha financiamento de longo prazo, a taxa de juros obrigatoriamente terá que baixar, do contrário, fica inviável”. Segundo ele, até é possível comprar um carro com taxa de 1,5 % ao mês, mas um imóvel em 20 anos é inviável. “Aí é que surge a opção das modalidades citadas”, diz.

PREVISÕESEstudos preveem, independentemente de capitais que possam vir de fora

do país, que os recursos existentes para o financiamento da construção civil não são perenes e podem se esgotar na próxima década. Segundo o que se sabe, inclusive através de reuniões com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção, os recursos para o setor, a maioria deles advindo da poupança, “são finitos”, como também é o FGTS, que deve ser usado também para Habitação e Saneamento. “Acredito que daqui a dois ou três anos a coisa começa a escassear e, provavelmente, o governo federal vai priorizar os recursos FGTS para as obras do programa Minha Casa, Minha Vida”, aposta.

Sobre o desempenho da construção civil nas próximas duas décadas, quando teremos cerca de 230 milhões de brasileiros, o empresário mostrou-se decidi-do: “Sou, por natureza, um otimista. Nós temos pela frente um futuro muito promissor. Existe um déficit habitacional bastante grande, e as pessoas também querem melhorar de vida. Hoje se contentam com uma casa de 40 metros mas, amanhã (10 anos), vão querer ampliar, expandir. No futuro a situação não muda, pode oscilar, mas teremos que buscar soluções para chegar lá”, afirma.

Fundo Imobiliário

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SustentabilidadeSustentabilidade

Tecnologia, inovação e comprometimento com o meio ambiente são os principais compromissos da

Termotécnica, que está completando 50 anos de his-tória em 2011. Devido ao seu alto padrão de qualida-de, atendimento e sustentabilidade, a Termotécnica é considerada uma das maiores indústrias mundiais de transformação de EPS – Poliestireno Expandido (isopor) e a maior da América do Sul. Desde que foi fundada, em 1961, a empresa segue sua trajetória abrindo no-vas portas para um amanhã repleto de oportunidades e desafios.

Atualmente, o reconhecimento da indústria é identi-ficado através de sua logística otimizada e intensa ex-pansão pelo país. Ao todo, a Termotécnica possui oito unidades localizadas em Joinville, no distrito de Pira-beiraba, Indaiatuba (SP), Rio Claro (SP), Sumaré (SP), São José dos Pinhais (PR), Manaus (AM) e Goiânia (GO), além de um Centro de Distribuição em Sapucaia do Sul (RS) e duas unidades em implantação, em Pernambuco e Rio de Janeiro.

Presente nos mais diversos segmentos, a maior in-dústria de transformação de EPS do Brasil atua com pro-dutos de alta performance, que priorizam o respeito e a preservação ao meio ambiente. Ao completar 50 anos

Termotécnica pensa o amanhã há 50 anos

de uma história repleta de conquistas, a Termotécnica segue em direção ao futuro levando consigo valores de uma empresa que inova, faz história e contribui de forma constante para o aprimoramento da qualidade de vida.

É bom lembrar que o EPS é 100% reciclável e livre de CFC e HCFC, gases que prejudicam a camada de ozô-nio. A aplicação de EPS na construção civil proporciona isolamento térmico e acústico. O isolamento térmico traz economia na energia gasta em condicionamento que se perpetua pela vida útil do edifício. Os sistemas construtivos em EPS também propiciam uma economia significativa nos projetos estruturais das obras, na logís-tica e reduzindo o desperdício, por suas características de leveza, resistência e facilidade de uso. Estes ganhos proporcionam um sistema construtivo sustentável.

Serviço: Termotécnica (Matriz)Rua Albano Schmidt, 2750 - Boa Vista - Joinville - SC - 89206-001 Fone: (47) 3451-2725 / Fax: (47) [email protected] www.termotecnica.com.br

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Maior indústria de transformação de EPS do

Brasil tem como compromisso aprimorar a

qualidade de vida

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Lazer

P iratuba é um dos destinos turísticos mais procurados no estado de Santa Catarina.

Conhecida pelas sulforosas águas termais, com tempe-ratura de 38,6 graus, ampla estrutura para os turistas e de excepcional qualidade. Uma ótima opção para lazer e en-tretenimento o ano todo e ao banhar-se percebe-se a pele “aveludada”, com a sensação de cremosidade.

E é para que você aproveite esse destino imperdível que o Thermas de Piratuba Park Hotel oferece uma excelente estrutura de lazer com piscinas internas aquecidas ou pisci-na externa, saunas, academia de ginástica, aptos com ba-nheiras e sacadas com vista para a Natureza, coffee shop na área das piscinas, servindo deliciosos lanches e bebi-das, sala de TV, playground, sala de recreação para crianças, traslado cortesia até o Parque Termal, estacionamento gra-tuito e uma localização privilegiada. *Gastronomia - Diárias com pensão completa (café da ma-

nhã, almoço e jantar) com ênfase nas noites temáticas. Elaborado por chefe de cozinha Internacional, garantindo a qualidade e o sabor já conhecido e aprovado pelos hós-pedes.*Parque de aventuras – com atividades de rappel, paint-ball, escalada (com a maior parede de concreto do Brasil) e tirolesa. * Espaço Wellness - voltado ao relaxamento e para des-pertar a recuperação de energias, através das maravilhosas massagens, banhos de ofurô, consulta com nutricionista e SPA dos pés.*Na parte de eventos: espaços físicos que podem ser utili-zados nos mais variados tipos de eventos, convenções, con-fraternizações empresariais, casamentos, festas de aniver-sários além de realizações de pequenas reuniões.*Passeios opcionais como de Maria Fumaça, jardineira, bar-co e visita na Usina Hidrelétrica de Machadinho.

Sempre!Bem-estar Thermas de Piratuba Park Hotel

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Perfil

Soluções para qualquer tipo de obra

C om escritório em Palhoça e fábrica em Paulo Lopes, na Grande Flo-rianópolis, a Sistrel Pré-Moldados é uma empresa-filha do grupo

Sistrel, de São Paulo. Além do grupo paulista, outros dois sócios fazem parte do empreendimento: Marlene Nunes, que ocupa a função de gerente comercial, e Francisco Eboli, responsável pela gestão. Foi deles a iniciativa de abrir o negócio, no início de 2008, com a aquisição do setor de lajes treliçadas da Toniolo Pré-Moldados, também de Palhoça. Marlene havia trabalhado na Toniolo por 10 anos e valeu-se da experi-ência na área para atrair o grupo Sistrel.

“Vim de São Paulo, em 1998, para trabalhar na Toniolo e introdu-zimos a laje treliçada no mercado local”, diz Marlene. Segundo ela, a expertise é um dos pontos fortes da Sistrel. A confiança no departamen-to de engenharia da empresa, que conta com dois engenheiros civis e um técnico em edificações, faz com que afirme: “Não vendemos lajes, vendemos soluções.”

As lajes treliçadas são o principal produto da Sistrel, que também fabrica minipainéis e painéis treliçados, baldrames e cortinas de con-tenção. Construtoras como Hantei, Itaplan, Álamo e Mima Engenharia estão entre os clientes. Com frota terceirizada, a Sistrel atua num raio de 200 quilômetros a partir da Grande Florianópolis, embora tenha atendido pedidos até de Curitiba.

O parque fabril de Paulo Lopes, com 2 mil metros quadrados e linha de produção automatizada, é outro ponto forte da empresa, segundo Eboli. “A capacidade de produção linear é de 3,5 mil metros por dia.

Não há nenhum carregamento manual, o que evita lesões”, diz.A Sistrel tem 20 funcionários e investe no aprimoramento da mão

de obra através de treinamentos na fábrica e do custeio de até 50% em cursos externos, afirma Eboli, citando como exemplo uma funcionária que tem metade da mensalidade da faculdade paga pela empresa.

Apesar disso, segundo Marlene e Eboli, a empresa enfrenta carência de mão de obra especializada, sobretudo em razão da falta de cursos profissionalizantes em Paulo Lopes. A carência de cimento, que também era problema, foi resolvida no primeiro semestre com o fornecedor.

Para eles, o mercado hoje está menos aquecido do que em 2010. “O governo mudou as regras de financiamentos”, dizem, ao apontar um dos motivos que justificam a expectativa de crescimento de 5% para este ano. Em 2010, o crescimento da Sistrel foi de 25%.

A empresa detém hoje a maior variedade, em Santa Catarina, de produtos e soluções em pré-moldados para a construção civil. Além da vigota treliçada, que no Sudeste e Nordeste já substituiu a antiga vigota comum, a Sistrel possui a linha de minipainéis treliçados de 25 centímetros. E é o único fabricante da Grande Florianópolis a fazer o painel treliçado de 2,40 metros. Esse produto é muito utilizado em em-preendimentos imobiliários como os do programa Minha Casa, Minha Vida, em razão da praticidade, agilidade e qualidade de acabamento.

Para 2012, a Sistrel pretende oferecer ao mercado mais produtos e soluções. O que, além de ampliar seu portfólio, vai atender a qualquer tipo de obra de acordo com as características específicas.

Afilhada do grupo paulista Sistrel, empresa com fábrica em Paulo Lopes introduziu a laje treliçada no mercado da Grande Florianópolis

Francisco Eboli - Gestor Marlene Nunes - Gerente Comercial

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O Sindicato da Indústria da Construção Civil da Grande Florianópolis – Sinduscon vai realizar, entre os dias 24 e 28 de agosto, no CentroSul, a 18ª edição do

Salão do Imóvel, Construfair/SC e Expo Condomínio. Neste ano mais um evento vai agregar este grande encontro da construção civil e do mercado imobiliário. A Expo Decor Móveis, que passará a ser realizada anualmente no evento, con-templando também o setor mobiliário e de decoração, completa o ciclo da casa própria em uma só feira.

A Expo Decor Móveis conta com o apoio, para a realização, do Sindicato da Indústria do Mobiliário da Grande Florianópolis. Já a Expo Condomínio é realizada em conjunto com o Secovi e o Jornal dos Condomínios. Com entrada gratuita, o evento possibilita uma busca mais ampla para a aquisição da casa própria, construção, reforma, decoração, serviços e produtos para condomínios e ainda qualificação nos diversos setores que englobam a feira.

A Expo Decor Móveis reunirá, em um único local, as mais representativas empresas de decoração e moveleiras do Brasil. A indústria do mobiliário em-prega 26 mil trabalhadores nos cerca de dois mil estabelecimentos de Santa Catarina. Os principais compradores de móveis catarinenses são Estados Unidos, França, Reino Unido, Holanda, Espanha e Alemanha.

Com foco voltado ao mercado nacional, o setor, no Brasil, faturou R$ 29,7 bi-lhões em 2010, 13,4% a mais do que em 2009, segundo a Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel). A previsão é de que o setor moveleiro tenha alta de 10% no faturamento em 2011. Já o mercado da decoração, que tem se tornado atrativo devido ao aumento da renda da classe média e ao cres-cimento da construção civil, tem um potencial de consumo de R$ 15,7 bilhões.

O 18º Salão do Imóvel, Construfair/SC, Expo Condomínio e Expo Decor Móveis congrega móveis; decoração; segurança; limpeza e manutenção de condomí-nios; programa “Minha Casa, Minha Vida”; imóveis; lotes; serviço de cobranças; incorporação; construtoras; imobiliárias; engenharia; inox; vigilância; financiado-ras; tecnologias para medição de água, gás e energia; serviços e equipamentos de comunicação; maquinário; entidades; alarmes; climatizadores; cerâmica; por-celanato; consórcios; imprensa; energia alternativa; assessoria e planejamento; esquadrias; aquecimento; vidros; administração e gestão de condomínios; te-lhas; iluminação e materiais elétricos; paisagismo; purificação de água; moradias alternativas; lareiras; churrasqueias; recreação e muito mais.

A Feira não é um local que funciona apenas para compra e vendas de pro-dutos, mas sim um local para prospecção de negócios, apresentação de novas tecnologias, esclarecimentos, troca de informações, capacitação profissional, en-fim, ações que agregam conhecimento e retorno financeiro tanto para clientes

Macrossetor da Construção Civil reúne-se em uma das maiores feiras do Sul do país, o 18º Salão do Imóvel e Construfair/SC, de 24 a 28 de agosto, no CentroSul em Florianópolis

O ciclo da casa própria num único local

Eventos

quanto para empresários e fornecedores.Palestras, cursos, mesas redondas e conversas com especialistas estão sendo

preparadas para garantir a qualificação dos profissionais dos mais diversos se-tores. Entre os temas estão: III Encontro de Gestão de Segurança em Canteiros de Obras; Nova lei dos resíduos sólidos; Prevenção de catástrofes no contexto condominial; Limpeza profissional e sustentabilidade; Treinamento Brigada de Incêndio (teoria e prática); Segurança: A participação dos síndicos nos Conselhos de Segurança; Sistemas eletrônicos de segurança; Internet: Sistemas de gestão online para administradoras de condomínio e imobiliárias; Medicina e segurança no trabalho; Administração de condomínios e responsabilidade civil e criminal do síndico; Manutenção preventiva e inspeção predial, entre muitos outros, que estarão disponíveis para inscrição no site do evento nos próximos dias. As vagas são limitadas e as inscrições gratuitas via site.

Em 2010, a feira recebeu mais de 38 mil visitantes, que puderam fazer ne-gócios e conhecer mais de 350 marcas. Durante a realização as empresas parti-cipantes fecharam mais de R$ 83 milhões em negócios. Já o valor prospectado pelos expositores em futuras negociações foi superior a R$ 451 milhões.

Neste ano já confirmaram participação: Acqua; AM Construções; Balneário Imóveis; Beco Castelo; Casa da Telha; Casa do construtor; Cimes Construtora; COHAB; Construeficiência; Construtora Nilza; Coral Construtora; Cota; Dalton An-drade; Dimas; Elitersa construtora; Estilonox; Evolução Imóveis; Fiori Empreendi-mentos Imobiliários; Goldzstein Cyrela; Hantei; Herreiro Imóveis; Investimóveis e Otrebor Engenharia; JR Imóveis; Khronos; LajBloc; Lohn Esquadrias; Motobombas Jurerê; Negrello; Ok Construções; Pedra Branca; Personal Glass; Racon Consórcios; RDO; Reiki; Rgold Imóveis; Rossi; SC Imóveis; Sinoserra; Benatto Móveis; Cons-trutora Spindola; Fibra Náutica; Huter; Lopes; Stecanela; Suíça Empreendimentos; Vitalare Construtora, Cerâmica & Design, entre outras empresas, entidades e instituições financeiras.

ServiçoO que: 18º Salão do Imóvel e Construfair/SCQuando: de 24 a 28 de agostoOnde: CentroSul – Florianópolis – SCFuncionamento: 24/08 – das 18h às 22h; 25 e 26/08 – das 15h às 22h; 27 e 28/08 – das 10h às 20hValor: Entrada Gratuita (Cadastre-se pelo site do evento)Informações: www.construfairsc.com.br ou (48) 3249-0825 / 3240-1658 / 8427-4185

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