conhecendo os elementos utilizados na prática dos terreiros de umbanda

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Conhecendo os elementos utilizados na prática dos Terreiros de Umbanda Defumação - Ato de purificar o ser, o objeto e o ambiente, através da fumaça. É o ato de expulsar o negativo, através de aromas, ou seja, das essências (ervas: alecrim, benjoim, incenso e outras), de acordo com a necessidade da utilização. A defumação é uma prática antiquíssima de todas as religiões e de todos os povos. A defumação tem sempre caráter expulsatório (exorcístico) de espíritos. O emprego sistemático da fumaça deve ser reminiscência indígena. Entre todas as tribos da raça Tupi, o Tabaco é considerado como planta sagrada. O segredo e a utilização desses elementos por parte de nossas entidades, do uso do cachimbo, do charuto e do cigarro nos trabalhos, defumando e não como vício, como soprar a fumaça, são variados, dependendo do caso em questão. Actuação do Defumador 1ª. - A essência do defumador, desfazendo-se no ambiente, isto é, misturando-se com o éter atmosférico, vai ser sentido pelos espíritos; 2ª - Seu aroma desperta alguns centros nervosos dos médiuns, fazendo esses centros vibrarem de acordo com as irradiações fluidas da Entidade. Fogo - Utilizado para acender defumadores, charuto, cachimbo, cigarro e pólvora, bem como para cozinhar as comidas oferecidas às Entidades. Associado nos ritos de magia e religião como afastador de espíritos ruins e dos males. O fogo da pólvora (tuia) produz o estouro e a fumaça para que expulse a negatividade, rompendo o campo magnético. Velas - Vieram para a Umbanda por influência do Catolicismo.

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Conhecendo os elementos utilizados na prtica dos Terreiros de Umbanda

Conhecendo os elementos utilizados na prtica dos Terreiros de Umbanda

Defumao - Ato de purificar o ser, o objeto e o ambiente, atravs da fumaa. o ato de expulsar o negativo, atravs de aromas, ou seja, das essncias (ervas: alecrim, benjoim, incenso e outras), de acordo com a necessidade da utilizao.A defumao uma prtica antiqussima de todas as religies e de todos os povos.A defumao tem sempre carter expulsatrio (exorcstico) de espritos.O emprego sistemtico da fumaa deve ser reminiscncia indgena. Entre todas as tribos da raa Tupi, o Tabaco considerado como planta sagrada.O segredo e a utilizao desses elementos por parte de nossas entidades, do uso do cachimbo, do charuto e do cigarro nos trabalhos, defumando e no como vcio, como soprar a fumaa, so variados, dependendo do caso em questo.

Actuao do Defumador

1. - A essncia do defumador, desfazendo-se noambiente, isto, misturando-se com o ter atmosfrico, vai ser sentido pelos espritos;2 - Seu aroma desperta alguns centros nervosos dos mdiuns, fazendo esses centros vibrarem de acordo com as irradiaes fluidas da Entidade.

Fogo - Utilizado para acender defumadores, charuto, cachimbo, cigarro e plvora, bem como para cozinhar as comidas oferecidas s Entidades. Associado nos ritos de magia e religio como afastador de espritos ruins e dos males.O fogo da plvora (tuia) produz o estouro e a fumaa para que expulse a negatividade, rompendo o campo magntico.

Velas - Vieram para a Umbanda por influncia do Catolicismo.Iluminadas, so ponto de convergncia para que o umbandista fixe sua ateno e possa assim fazer sua rogao ou agradecimento ao esprito ou Orix a quem dedicou.Ao ilumin-las, homenageia-se, reforando uma energia que liga, de certa forma, o corpo ao esprito.

gua - Sua utilidade variada. Serve para os banhos de amacis, para cozinhar, para lavar as guias, para descarregar os maus fluidos, para o baptismo. Dependendo de sua procedncia (mares, rios, chuvas e poos), ter um emprego diferente nas obrigaes.A gua poder concentrar uma vibrao positiva ou negativa, dependendo do seu emprego.

Ponto Riscado - Se no houvesse o segredo, para que ento o ponto riscado ? Cada ponto, seja de Caboclo, do Preto Velho ou do Exu, tem uma interpretao, podendo identificar aquele que o risca, podendo caracterizar a natureza do trabalho.

Concentrao - ter a mente fixada sobre um objecto.

Meditao - uma corrente contnua de pensamentos a respeito desses objectos.

BaterCabea - O mdium da Casa, em respeito s firmezas dos Orixs, deita-se de barriga pra baixo em frente a ele (Gong) a fim de pedir proteo.

Gong - Altar dos Orixs, onde ficam os smbolos, ots, fetiches, comidas dos mesmos, imagens, etc...

Sineta Litrgica ou Adej - um instrumento chegada de entidades. Deve ser utilizada e consagrada em momentos apropriadossomente por pessoas capacitadas para tal, devendo ser guardado no Gong.

Ot - Pedra ou pedao de metal, ax do Orix (onde se fixa a fora mgica do Orix).O ot tem vida; somente assim um ot. Sua forma, dependendo do Orix, poder ser redonda, arredondada (ovalada) ou comprida.

Preceito - Normas, proibies e recomendaes relativas ao culto.

Bebidas - Na Umbanda, bebem os mdiuns irmanados com seus Guias espirituais, na certeza de que confraternizam bridando com seus coets (cuias), invocando os poderes do Deus Onipotente na suaCorte Celestial com os Ministros (Orixs).

Penacho e Cocares - Os guias no precisam deles para demonstrar sua condio de representantes do Orix, entretanto, para melhor tomarem contato com a Terra, uma vez que sentem saudades, muitas vezes, da sua permanncia neste Planeta, como antes encarnados que o foram, bem como, para dar cunho de materialidade nos seus trabalhos.

Charutos, Cachimbos e Cigarros - O segredo e a utilizao, desses elementos por parte de nossas entidades, o modo como a fumaa dirigida (magia) tem o seu er (segredo) e no como muitos utilizam, para alimentar a vaidade, o vcio e a ignorncia.

Pemba - A fora esotrica da Escrita astral, na Umbanda feita pela Pemba (giz oval - forma cnica), que tem o poder de abrir e fechar trabalhos de magia, e de purificar, quando em forma de p lanada ao ar no ambiente em que se utiliza.

Prece - uma evocao por meio da qual colocamos nossos pensamentos em relao ao ente e Entidade a que nos dirigimos. Pode ser pensada ou mentalizada, falada ou cantada.

Obrigao - um dever, um compromisso com as Entidades. Implica na presena do Sacerdote, que com sua fora espiritual, com o conhecimento do ritual e do material a ser aplicado na obrigao, estabelece o elo, o canal entre o filho e as foras espirituais.

Oferenda - um ato livre que qualquer pessoa pode fazer, desde que tenha conhecimento do que poder oferecer Entidade.Corimbas - So cnticos invocando as Entidades, marcando o incio de sua incorporao ou desincorporao, paracriar formas mgicas para determinados trabalhos, para abrir e fechar sesses no Terreiro, parar pedir foras espirituais, para afastar espritos maus, para pedir maleme (perdo) e outras diversas finalidades.

Atabaques Eles servem para manter o ambiente sob uma vibrao homognea e fazer com que todos os mdiuns permaneam em vibrao (danas, acelerao do mdium, principalmente em desenvolvimento).

Pa (3 palmas lentas) - Utilizado para pedir permisso para entrar, saudar e licena.

Bater com as pontas dos dedos, no cho - Da mo esquerda: Saudando os caminhos de Exu; da mo direita: Saudando, homenageando e pedindo licena ao local.

Guias (fios de contas) - um colar ritual de missangas, contas de cristal, de loua, de frutos pequenos, construdos de acordo com a Entidade, que designa tambm a cor de sua preferncia. Podem ter pequenos objectos presos a eles. A Guia (fio) de Exu colocada no pulso do brao esquerdo, nunca passando pela cabea do umbandista.

Vestimenta

Roupa Branca (Roupa de Santo) a vestimenta para a qual devemos dispensar muito carinho e cuidado, idnticos ao que temos para com nossos Orixs e Guias. As roupas devem ser conservadas limpas, bem cuidadas, assim como as guias (fios de contas), no se admitindo que um mdium, aps seus trabalhos, deixe suas roupas e guias no Terreiro, esquecidas. Quando a roupa fica velha, estragada, jamais o mdium dever dar ou jogar fora. Ela dever ser despachada no mar, juntamente com uma pequena imantao (oferenda) para o Orix ou Entidade a que pertencer. Fica claro que obrigatrio seu despacho, pois trata-se de um instrumento de trabalho do mdium.

Toalha Branca (Pano da Costa) - Trata-se de um pano branco em formato de toalha (retangular), podendo ser contornado ou no com renda, fino ou grosso, de tamanho aproximado de 0,50 x 0,76 m.

No caso dos homens, pendurado do lado esquerdo, no ombro ou na cintura e no caso das mulheres, por cima dos ombros ou na cintura, do lado direito. utilizado para o mdium bater cabea.

Trabalhar descalo - O mdium, sempre que possvel, deve trabalhar descalo por uma questo de humildade e para facilitar a incorporao, bem como para haver melhor descarga dos fludos nocivos, diretamente para a terra. Estando o mdium calado, estar isolado da terra, o que dificultar a eliminao dos fludos nocivos (negativos), assimilados ao se transpor as encruzilhadas, cemitrios, hospitais, etc..., quando da vinda para o Terreiro.

Banhos de Descarga - So coisas srias, requerendo ateno de quem os toma, bem como de quem os administra. um banho de flores, ervas ou essncias. Cada um deles traz o seu magnetismo e a pessoa vai absorv-lo de modo que ao tom-lo, elimina toda a influncia negativa agregada a sua vibratria humana (corpo etrico). As ervas, de preferncia, devem ser colhidas por pessoas capacitadas para tal, em horas e condies exigidas, entretanto, podem ser usadas tambm as adquiridas no comrcio (frescas), desde que quem v us-las, as conhea. Podero ser tambm preparados banhos de descarga, com rosas brancas (banho neutro) e de efeito muito positivo, podendo ser tomado por qualquer pessoa sem afetar sua faixa vibratria. As essncias tambm devem ser utilizadas com cuidado, pois contm muita vibrao, somente administradas por pessoas capacitadas.

Preparo O melhor modo pelo qual obtemos uma maior imantao, seja ele com flores, ervas ou essncias, atravs do calor, da evaporao, isto no ritual da Umbanda. Colocamos numa panela a gua e a deixamos ferver. Quando estiver fervendo, apagamos o fogo. Ento, colocamos as ptalas das flores, ervas ou essncias, abafando e deixando em fuso para o devido cozimento por evaporao. No caso das flores e ervas, aps o cozimento, coamos o mesmo num pano branco e guardamos os resduos para serem despachados oportunamente.

Uso - O chacra medinico (frontal) e glndula (nuca) so os dois pontos que fecham a faixa vibratria medinica. Com elas, para o crebro convergem as vibraes captadas, sendo razo indispensvel para que o banho seja derramado sobre a cabea, pois da parte todo comando do corpo, o que por outro lado acarretar prejuzo, quando mal aplicado (no caso das ervas e essncias), caso este em que o magnetismo do banho no estiver em harmonia com a vibratria medinica da pessoa (Orix de Coroa).

Passe - Os passes no fazem parte do corpo doutrinrio do Espiritismo. Eles remontam aos mais remotos tempos e constituem recursos naturais, postos disposio dos homens para as tarefas de socorro ao prximo. O Novo Testamento demonstra que Jesus e os Apstolos utilizavam-se dos passes como recursos magnticos curadores aliados a recursos espirituais, curando pela imposio das mos ou pelo influxo das palavras de f. Graas sua feio de "Consolador Prometido", o Espiritismo, conserva e difunde essa modalidade de auxlio, a fim de atender uma infinita quantidade de pessoas que batem s portas dos Centros Espritas, na esperana de cura ou de alvio.OPasse uma "transfuso de energias psicofsicas, operao de boa vontade, dentro da qual o companheiro do bem cede de si mesmo em benefcio de outrem" (Emmanuel).Para o xitodessa operao, cabe ao mdium passistabuscar na prece o fio de ligao com os planos mais elevados da vida. Mgoas excessivas, paixes, desequilbrio nervoso e inquietude, bem como alimentos inadequados e alcolicos, so fatores que reduzem as possibilidades do passista e que, portanto, devem ser evitados. Aqueles que se consagram aos trabalhos de assistncia aos enfermos atravs de passes, devem cultivar, alm da humildade, boa vontade, pureza de f, elevao de sentimentos e amor fraternal.Nos processos patolgicos orgnicos, os "passes" no dispensam os recursos da Medicina, devendo ser utilizados como complemento.

Entidades Espirituais - So espritos de alta, mdia e baixa faixa vibratria, em ascenso evolutiva, ou no, no Plano Espiritual.

Guia (Entidade) - o esprito de luz que procura guiar os homens, afastando-os do mau caminho, representando o Orix de coroa de mdium. Poder ser um Caboclo ou um Preto Velho.

Protetor (Entidade) - um esprito que passou pela vida terrena e deseja obter mais luz, fazendo o bem e promovendo a paz entre os homens que vivem ainda no plano material. Poder ser um Boiadeiro ou Exu (macho e fmea).

Egum - um esprito sem luz, ou pouca luz, de um desencarnado.

Falanges - So grupamentos de espritos que atuam no Plano Espiritual, recebendo a falange, o nome de seu chefe.

Legies - O mesmo que Falanges, porm, espritos em faixa evolutiva superior.

Linhas - O mesmo que Legio, porm, espritos ou divindades que no necessitam mais de evoluo espiritual.

Encruzilhada - Local onde se cruzam dois caminhos. Local onde se realiza o contato permanente de Exu com Ogum, que incumbe os Exus de suas tarefas, transmitindo-lhes as ordens superiores.

Cumprimento Ombro-a-Ombro - Quando um Guia cumprimenta um consulente ou um assistente com o bater de ombro, isto sinal de igualdade, de fraternidade e grande amizade.

Macaia - Lugar de retiro, em plena mata, onde os mdiuns vo descansar, refazendo suas foras psquicas, no contato direto com a natureza e local nativo do "habitat" de Orixs. Ali se faz oferenda aos Orixs daquele "habitat" (casa).

Pontos de Segurana - So os pontos que se riscam e cantam no incio da Sesso. Tm por finalidade, como o prprio nome j diz, trazer segurana para os trabalhos daquela Sesso. Tais pontos impedem a intromisso de espritos malficos. Sem tais pontos, os trabalhos realizados naquela Sesso ficariam nulos ou perderiam quase todo o efeito.

Sesso - Reunio dos adeptos da Umbanda para promoverem os seus desenvolvimentos espirituais, homenagem ou procura de curas de males materiais e espirituais.

Eled - Orix guardio da vida da pessoa.

Batismo - realizado atravs da gua, do fogo (vela), do sal, das ervas, da pemba e leos sacramentais.

Amaci - So ervas frescas maceradas na gua limpa (de cachoeiras, nascentes, etc...) que tem por finalidade a lavagem de cabea em especial, para tranqilizar a mente e intelecto de seus adeptos.

Gira - a cerimnia onde so invocados os espritos.

Cambono - Tem por obrigao atender as entidades quando incorporadas e interpretar sua fala para os consulentes. um mdium, designado para tal funo.