congresos vilanova y piera

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DISCURSO '/' 1 / ' PP.OSUXCUDO U LA SOLEMNE INAUGURACIÓN DEL AÑO ACADÉMICO . v ' ' DE 1864 A 1865 F:; I .A UNIVERSIDAD CENTRAL ГОН F.!. IiOCTOR D. JUAN VILANOVA Y PIERA, iCutibrótira bt ifoolODÍn ц ?ра\тШира tn la JFatnltab br iCitnriej. MADRID: IMPRENTA DE JOSÉ M. DUOAZCAL, PliZDIH DI Ii'ASIL II , 6. 1804.

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Escritos de Vilanova y Piera

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DISCURSO '/' 1 / ' PP.OSUXCUDO

U LA SOLEMNE INAUGURACIÓN DEL AÑO ACADÉMICO .v

' '

DE 1864 A 1865

F : ; I .A

UNIVERSIDAD CENTRAL ГОН F.!. IiOCTOR

D. JUAN VILANOVA Y P I E R A ,

i C u t i b r ó t i r a bt i f o o l O D Í n ц ?ра\тШира t n l a J F a t n l t a b br i C i t n r i e j .

MADRID: IMPRENTA DE J O S É M. DUOAZCAL,

P l i Z D I H DI Ii'ASIL II , 6.

1 8 0 4 .

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No el vano y t emera r io a l a r d e de fuerzas que n o poseo, n i el necio é inmodes to anhe lo de la púb l i ca a l abanza de que por n i n g ú n t í t u lo soy merecedo r , sino m a s b i e n l a imperiosa ob l igac ión de cumpl i r u n precepto r e g l a ­m e n t a r i o , impues to por la p a t e r n a l au to r idad de V. E . , es la que h o y m e coloca en t r a n c e t a n apurado .

H u b i e r a q u e r i d o , más d i g o , i n t e n t é esquivar el com­promiso ; pues s in os ten ta r l a falsa modes t i a á que suele apelarse en casos semejantes y que t a n improp ia fuera de mi c a r á c t e r , os d igo en v e r d a d , que desconfio con sobrado mot ivo de salir a i roso , así por lo ex iguo de m i i n t e l i g e n c i a , como por la índole de los estudios á que por g u s t o y vocación h e consagrado m i ex i s t enc ia t o d a . Con efecto , Señores , f a l to , por d e s g r a c i a , de i n g e n i o , y apr is ionada en m í l a i m a g i n a c i ó n por l a co t id iana

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neces idad de obse rva r , clasificar y describir objetos na ­t u r a l e s , me veo con dolor p r ivado de los dos resor tes mas poderosos y eficaces p a r a este g é n e r o de t raba jos l i t e ra r ios . Las ciencias e squ ivan en g e n e r a l , por r azón de su propia n a t u r a l e z a , s iempre g r a v e y c i r cunspec t a , todo exceso de a d o r n o , ex ig iendo por e l con t ra r io c i e r t a m o d e r a d a e l e g a n c i a , y , sobre todo , el m a s a l to g r a d o posible de c la r idad y precisión , que es á lo que podemos y a u n debemos aspirar los que sobre pres ta r les cu l to , es tamos dedicados á la e n s e ñ a n z a , por c u a n t o si h a b l a ­mos á nues t ros discípulos , es p rec i samen te pa ra que estos nos e n t i e n d a n .

Y si b ien es v e r d a d que cuando se s i rve á la c i enc ia con pu ro y des in teresado c e l o , es ta c i r cuns t anc i a s u p l e por el t a l e n t o , y h a c e ser e locuen te al que menos dotes t i ene p a r a e l l o , esto no podia en m a n e r a a l g u n a d i s m i ­n u i r en m í el t e m o r de acometer t a n t i t án ico p royec to , pesando mas e n la b a l a n z a otras consideraciones que a n o n a d a b a n m i abat ido esp í r i tu . F i g u r a b a e n t r e el las y e n p r i m e r a l ínea el r e c u e r d o , más que g r a t o a b r u m a ­dor , de los e g r e g i o s oradores y sabios consumados que m e h a n precedido en esta t a r e a , y que p a r a h o n r a s u y a y g lo r i a de l a Un ive r s idad C e n t r a l , h a n l e v a n t a d o su e locuen te y g a l a n a voz en este s an tua r io en pro de la c iencia .

A c r e c e n t a b a m i confusión lo majes tuoso y a u g u s t o de esta so lemnidad consag rada al mas a l to p r iv i l eg io de la especie h u m a n a , á la c i enc i a , p resc r i t a por e l Go­b ie rno de S. M. la E e i n a (Q. D . G ) , y r ea lzada con la p resenc ia de sus d ign ís imos Consejeros, de los al tos d i g ­na t a r i o s del E s t a d o , de las eminenc ias sociales y c i en t í ­ficas del país y de u n a j u v e n t u d ansiosa de s abe r , que h o y v iene á este rec in to a t r a í d a por el deseo de conocer

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el de r ro te ro que se le v a á seña la r desde es ta v e n e r a n d a c á t e d r a , p a r a e n t r a r de n u e v o con fé v i v a en el c a m i n o que la h a de conduc i r á la i n d a g a c i ó n de la v e r d a d .

Por o t ra p a r t e , cuando se desea ocupar este pues to de honor con del iberado i n t e n t o de dar á conocer al m u n d o a l g u n o de esos pasmosos descubr imien tos c i en t í ­ficos que á la pa r que h o n r a n á la p a t r i a , i m p r i m e n u n n u e v o r u m b o á la soc iedad , impu l sándo la por la senda del p rogreso y de la civi l ización con m a n o fuer te y v i ­go rosa ; cuando se l l e g a á es ta t r i b u n a en ca l idad de campeón de a l g u n a idea ó t eor ía b r i l l a n t e que e n ­t r a ñ a u n r a m o desconocido del saber ó u n sendero n u e v o á la pa r que seguro p a r a l a c i enc ia ; cuando por ú l t i m o , no se d u d a de poder c a u t i v a r el án imo ó e m b a r g a r los sent idos con la melodiosa g a l a n u r a y fluidez del i n c o m ­parab le id ioma de C e r v a n t e s ; en todos estos casos el éxi to es s e g u r o , y el orador no vac i la en acepta r u n a c a r g a que p a r a él es l i g e r a y g r a t a á la pa r . Mas por desg rac i a m i a y de la Un ive r s idad á la que m e cabe l a h o n r a de pe r t enece r , s iquiera sea el ú l t i m o de sus in­d iv iduos , al rec ib i r es ta mis ión n i podia h a l a g a r m e l a esperanza de ofreceros el mas pequeño i n v e n t o ú t i l á la p a t r i a , n i teor ías seductoras y b r i l l a n t e s , y m u c h o m e ­nos a u n embelesa ros , como otros lo h a n sabido h a c e r , con los armoniosos acentos de u n a frase fluida, l e v a n ­t a d a y a m e n a . Ya v e i s , p u e s , si m e asist ía razón p a r a r e h u i r t a n penosa t a r e a , t emiendo defraudar las h a l a ­g ü e ñ a s esperanzas de los que v i e n e n presurosos á oir al que desde este sitio y en t a n a u g u s t a ce remonia d i r i ge su voz á n o m b r e d é l a p r i m e r a Unive r s idad del Re ino .

A pesar de todo h u b e de acepta r t a n espinoso c a r g o por aquel lo de que obedecer es querer, t o m a n d o l a frase en el sent ido del ejemplo de obedienc ia , base firmísima

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de l a v e r d a d e r a discipl ina escolást ica, y que como m a e s ­t ros t e n e m o s el deber de dar á l a j u v e n t u d ; y p e r s u a ­dido además de que si t o d a ob l igac ión debe cumpl i r s e , las que se refieren á la h o n r a son a b s o l u t a m e n t e i n d e ­c l i n a b l e s , como con h a r t a razón dijo u n o de los e m i ­n e n t e s va rones que con t a n t o l u s t r e h a desempeñado t a n honroso c a r g o

A d e m á s , la h a l a g ü e ñ a confianza en que v u e s t r a no­ble i n d u l g e n c i a , a t r i b u t o inseparab le de l ve rdade ro saber que os d i s t i n g u e , d i s i m u l a r á , como se d i s imula á u n h e r m a n o q u e r i d o , los defectos y l u n a r e s que h a de ofrecer el desa lmado discurso mió y la pal idez de m i l e n g u a j e , in fundía va lor al án imo aba t ido en apr ie to t a n g r a n d e . Comunicábame a u n n u e v a s fuerzas la c o n s i d e ­rac ión de l l eva r la voz á n o m b r e de la F a c u l t a d de Cien­cias á cuyos es tudios se fia h o y en g r a n pa r t e el ve rda ­dero progreso y b i enes t a r de las n a c i o n e s , y l a no menos i m p o r t a n t e de ser el i n t é r p r e t e fiel, a u n q u e por m i d e s ­g r a c i a t o r p e , de los sen t imien tos de mis d i s t i ngu idos compañeros , un idos con los sag rados é ind iso lub les lazos de la ciencia , á l a que con t a n a c e n d r a d a fé p re s t amos cu l to .

Acep tada y a t a n de l icada m i s i ó n , y a u n d u r a n t e l a l u c h a que se t r abó e n t r e l a n a t u r a l flaqueza de m i e s ­p í r i t u y los incons iderados g r i t o s del amor prop io , m e asal tó otro t emor que casi m e hizo desist ir de n u e v o del t e m e r a r i o e m p e ñ o ; y no era otro sino la dif icul tad s u m a de encon t r a r u n t e m a d i g n o del l u s t r e de la Un ive r s idad Cen t r a l y de la fes t ividad que en este dia consag ra á la c iencia . Agolpáronse á m i i m a g i n a c i ó n v a r i a s cuest iones de reconocida i m p o r t a n c i a , figurando en p r i m e r a l ínea ,

1 Escudero y Azara. Discurso inaugural de •!856 á ( 8 5 7 .

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como es fácil i n f e r i r , las r e l a t ivas á l a h i s to r i a física del g l o b o , objeto predi lec to de mis e s t u d i o s , y r e l ac ionadas con el o r igen y evoluciones de la sociedad y con l a m a ­yor p a r t e de los conocimientos h u m a n o s ; pero m e pare­cieron todas sobrado concre tas y poco en a r m o n í a con la índole especial de es ta ce remonia . Y a u n q u e m e h u ­b iera sido mas fácil abordar cua lqu i e r a de estos pun tos h u b e de des i s t i r , escogiendo otro mas g e n e r a l y a d e ­cuado á las c i r cuns tanc ia s . Pe r suad ido , por o t r a p a r t e , de l a neces idad que la enseñanza de las c iencias r e c l a m a , de u n a organizac ión basada en el o rden n a t u r a l de su des­envo lv imien to y en el recíproco enlace que las u n e á u n cen t ro c o m ú n , y de que la ca renc ia de t a n esencial f u n ­d a m e n t o es la causa mas poderosa de su ev iden te d e c a ­dencia en t r e nosot ros , cre í que este podr ía ser u n t e m a m u y o p o r t u n o , pues á su incues t ionab le t r a scendenc i a se a g r e g a la de ser g e n e r a l y apl icable á todas l as c iencias c u y a nobleza se os ten ta en este s an tua r io . De es ta m a n e r a , lejos de ensalzar desmedida ó i n c o n s i d e ­r a d a m e n t e á u n r amo del saber en desdoro ó menoscabo de los d e m á s , se los hace á todos solidarios y par t íc ipes de i g u a l e s benef ic ios , si con la indicac ión del m a l que los aqueja se l o g r a el opor tuno y u r g e n t e r emed io .

Al abordar t a n v i t a l cuest ión cumplo con u n deber t a n t o mas s a g r a d o , c u a n t o que por u n a pa r t e se r e l a ­ciona con la g r a t i t u d que debo á las c i e n c i a s , y se her ­m a n a por o t ra con la obl igación que el a r t . 71 del R e ­g l a m e n t o de las Univers idades impone á los Profesores de ind icar al Gobierno de S. M. las mejoras de que pue ­da ser suscept ible la enseñanza . Dado el ca rác te r oficial que desde t iempos r e m o t o s , casi podr ía decirse desde su o r i g e n , h a t en ido y t i ene a ú n e n t r e nosotros la i n s ­t r u c c i ó n púb l i ca , y a t end ida la t e n d e n c i a de los t i e m -

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pos que a l c a n z a m o s , puede a segu ra r se que l a mis ión del Profesor no h a de l imi t a r se á d i r i g i r la j u v e n t u d con la pa l ab ra y el ejemplo e n el espinoso y difícil s e n ­dero que conduce al conocimiento de la v e r d a d y á l a p rác t i ca de la v i r t u d , sino que h a de ex t ende r se t a m ­b i é n á i l u s t r a r al Gobierno con l a a n t o r c h a de su l a r g a y m a d u r a expe r i enc ia , ace rca de las neces idades que r e c l a m a la c iencia c u y a enseñanza le está confiada.

D i g n a o s , e n su consecuenc i a , d i s imula r los defectos que encon t r a r e i s de s eguro en este m a l acondic ionado esc r i to , y oid con benevo lenc ia las b r eves reflexiones que m e p ropongo ofreceros ace rca de LA ORGANIZACIÓN QUE CONVIENE DAR Á LA ENSEÑANZA DE LAS CIENCIAS C O S ­

MOLÓGICAS CONSIDERADA BAJO EL DOBLE PUNTO DE VISTA

TEÓRICO Y PRÁCTICO, Ó DE APLICACIÓN Á LAS ARTES T É C ­

NICAS É INDUSTRIALES. N

Pero an te s de e n t r a r e n m a t e r i a séame p e r m i t i d o bosquejar , s iquiera sea en b reves p a l a b r a s , l a h i s to r i a de las ciencias y la de sus ap l icac iones , base s e g u r a de este t r aba jo l i t e r a r io , no solo por las incues t ionab les v e n ­ta jas que ofrece su es tudio (que ofendería v u e s t r a i l u s ­t r a c i ó n si las d e t a l l a r a ) , sino t a m b i é n por r e v i n d i c a r l a h o n r a p a t r i a u l t r a j a d a . Creo con efecto, E x c m o . Sr . , que en u n a so lemnidad nac iona l c u a l es e s t a , como que se reproduce h o y en todos los ámbi tos de l a Monarqu ía p a r a impr imi r l e dicho ca rác te r , os h a de parecer opor tuno que i m i t e , a l menos , lo que con t a n t o br ío h a n rea l izado m u ­chos i lus t res pa t r ic ios 4 , sacando del incalif icable olvido en que no solo en el ex t ran je ro sino que h a s t a en su p ro -

1 Los Casiri, Pérez Bayer, Mayans , Abate Andrés , Lampil las , Nicolás A n ­t o n i o , Masdeu, Gimeno , Foster, Cabanilles y otros muchos que han dado á conocer la historia científica patria.

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pió pa í s , se t i e n e á t a n t o s y t a n e m i n e n t e s va rones á quienes la c iencia y la p a t r i a deben g r a t i t u d por lo que en pro de u n a y o t r a h i c i e ron .

Las t i l t imas observaciones y descubr imien tos de los que con t a n t o celo c u l t i v a n l a h i s tor ia física de l a t i e r r a , f undamen to y apoyo el mas sólido de l a h u m a n a , d e ­m u e s t r a n , al parecer con los mas i r r e f ragab les t e s t i m o ­nios de v e r d a d , que el h o m b r e es m u c h o m a s a n t i g u o en el g lobo de lo que v u l g a r m e n t e se h a b i a cre ído. Su an te r io r idad á la un ive r sa l catástrofe que modificó m a s ó menos p ro fundamen te las condiciones físicas del g lobo , y c u y a m e m o r i a conse rvan todos los pueblos y r a z a s , está demos t r ada por el ha l l a zgo de los restos de su esquele to y de su propia i n d u s t r i a j u n t o con los de an imales c u y a s es­pecies desaparec ieron, en su m a y o r p a r t e , p a r a s iempre . Y que el o r igen del h o m b r e debe r emon ta r s e a u n a g r a n d e a n t i g ü e d a d lo p r u e b a n los a b u n d a n t e s ves t ig ios de su i n d u s t r i a y h a s t a de poblaciones sub lacus t res ha l l adas r e c i e n t e m e n t e en Suiza , D i n a m a r c a , F r a n c i a y otros pa í ses , pues todo esto d e m u e s t r a que ' l a especie h u m a n a no se e n c o n t r a b a y a entonces e r r a n t e y en estado sal­v a j e , sino cons t i tu ida - en soc iedad , c u y a c u l t u r a y c i ­v i l ización es de esperar nos l a r e v e l e n u l te r io res d e s c u ­b r imien tos .

No p a r e c e , p u e s , aven tu rado a s e g u r a r , s e g ú n los geólogos mas c o m p e t e n t e s , que el h o m b r e d a t a de u n a época m u y r e m o t a á j u z g a r por estos nuevos datos que l a h i s to r i a debe á l a Geolog ía , y e n los cuales p r e c i s a ­m e n t e se funda l a división de los t iempos a n t e h is tór icos en t r e s edades b i en definidas y mejor des ignadas a ú n

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• con los nombres de edad de piedra, edad de bronce y edad de hierro.

Ardua y por demás t e m e r a r i a empresa ser ia l anzarse en el t e r r e n o de las conjeturas acerca del es tado de los conocimientos h u m a n o s en u n período del que solo nos quedan ves t ig ios mas ó menos groseros de la ac t i v idad h u m a n a . Pero a u n s in r e m o n t a r n o s á esas edades c u y o es tudio exc i t a h o y , con fundado mot ivo , l a cur ios idad é in t e r é s recíproco de los e tnóg ra fos , geólogos y a n t i c u a ­rios , no tamos en la h i s to r i a de las ciencias y de las a r tes t écn icas é i n d u s t r i a l e s , u n hecho bajo m u c h o s conceptos d igno de l l a m a r n u e s t r a a t e n c i ó n , y es que m i e n t r a s los diversos r amos del saber se c u l t i v a r o n a i s l adamen te y sin suje tarse á los pr incipios de u n método r a c i o n a l , su m a r c h a fué de avance y ret roceso á la m a n e r a del ñujo y reflujo del m a r ; y si por v e n t u r a r ea l i za ron a l g ú n p ro ­g r e s o , poco estable por c i e r t o , fué á impulso de esos gen ios ex t raord inar ios que l a P rov idenc i a se complace en crear en de te rminados t i empos p a r a a s o m b r o , e j e m ­plo y consuelo de la h u m a n i d a d . Pero con h a r t a f r e ­cuenc ia no ha l lándose es ta en a p t i t u d de rec ib i r seme -j a n t e p r o g r e s o , después de a m a r g a r la ex i s tenc ia de los que por t an to s conceptos m e r e c í a n su m a s profunda g r a ­t i t u d y a d m i r a c i ó n , d e t e r m i n ó u n mov imien to de r e t r o ­ceso que colocó al saber e n u n es tado a u n m a s d e p l o ­rab le que el que t e n i a a n t e r i o r m e n t e . Otras veces las creencias re l ig iosas e x a g e r a d a s , ó la ca renc ia de el las , dos formas i g u a l m e n t e r e p u g n a n t e s y t emib les del f a ­n a t i s m o , h a n con t r ibu ido t a m b i é n m u y ef icazmente á i m p r i m i r u n sello de vac i l ac ión y d u d a a l m o v i m i e n t o i n t e l e c t u a l .

Pero desdé el m o m e n t o en que es te se fundó e n p r i n ­cipios fijos deducidos de los v íncu los es t rechos que u n e n

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en t re sí no solo las diversas r a m a s que c o n s t i t u y e n el frondoso árbol del saber , sino t a m b i é n los sazonados fru­tos de sus mú l t i p l e s y va r i adas ap l icac iones , la m a r c h a h a sido u n vuelo rápido y seguro hac i a la perfección; d i s t ingu iéndose desde en tonces por su fijeza y por l a u t i ­l i dad que el h o m b r e , así en lo-físico como en lo mora l , h a repor tado de su es tudio .

Es ta cons iderac ión , h i ja del m a s de ten ido y m a d u r o e x a m e n , i m p r i m é ó d e t e r m i n a de u n modo claro el c a ­r ác t e r que en las diversas épocas ofrece l a h i s to r ia de las c iencias todas . Así vemos que las de obse rvac ión , y h a s t a c ier to p u n t o las de c á l c u l o , es tán reduc idas d u r a n t e m u ­chos s ig los , a u n después de emanc iparse de las castas sacerdota les de Eg ip to y demás pueblos de Or i en t e , á n o ­ciones v a g a s y m a l definidas.

Con efec to , E x c m o . Sr . , si por u n m o m e n t o fijamos n u e s t r a a tenc ión e n la edad de oro de la c ienc ia a n t i g u a : esto es , en la época g r i e g a , por m a s que nos asombre el saber de T a l e s , P l a t ó n , Ar i s tó te les , A r q u í m e d e s , Hipó­cra tes y de t a n t o s otros genios p r iv i l eg iados y ex t rao r ­dinar ios , h a y que confesar que sus siete a r tes l ibera les , ve rdadero código f u n d a m e n t a l de la enseñanza h a s t a la época del r e n a c i m i e n t o , no nos dá u n a idea m u y a v e n ­t a j ada del es tado de a d e l a n t a m i e n t o de la c iencia . A q u e ­llos genios l e g a r o n , s in d u d a a l g u n a , á la pos ter idad ve r ­dades inconcusas que a u n h o y se reconocen como ta les , p a r t i c u l a r m e n t e en m a t e m á t i c a s , med ic ina p r á c t i c a , h i ­g i e n e y a s t ronomía ; pero sin cons t i tu i r u n ve rdade ro cuerpo de d o c t r i n a comparab le con el que en t iempos poster iores h a n real izado las ciencias. Desconocíase por o t ra p a r t e l a in s t i tuc ión de l a e n s e ñ a n z a , pues a u n q u e e n el Liceo y en l a Academia se di fundían de v i v a voz, y h a s t a con p r o d i g a l i d a d , las l uce s , no se verif icaba de

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u n modo un i fo rme , enseñando cada cua l aquel lo que él mismo i n v e n t a b a , ó las doc t r inas de u n a escuela ó sec ta d e t e r m i n a d a . Llevados además del deseo de ad iv ina r l a n a t u r a l e z a mas b i e n que de e s t u d i a r l a , y hac i endo e s ­fuerzos sobrehumanos de i n g e n i o , i n v e n t a r o n inf inidad de s i s t emas , m a s ó menos re lac ionados con el pol i te ismo d o m i n a n t e , p a r a expl icar los fenómenos del un ive r so ; pero no cons igu ie ron conocer sus ve rdade ra s l eyes q u e solo se r e v e l a n á la a t e n t a observación. Ar is tó te les fué de los pocos , si no el ú n i c o , que se apa r tó de este método e r r ó n e o ; pero n i sus con temporáneos n i los de épocas m u y poster iores supieron comprende r l e .

Nada diré en es ta somera r e seña h is tór ica de la época r o m a n a por cons iderar la de escasa i m p o r t a n c i a , en r azón á que si excep tuamos á Galeno' , Lucrec io Caro y á dos ó t r e s españoles i l u s t r e s , de quienes hab l a r emos m a s ade­l a n t e , puede a s e g u r a r s e que el pueblo rey solo t u v o compi ladores , á la m a n e r a de P l i n i o , y no dotados todos del mejor c r i t e r io .

T r a s l a d a d a l a c iencia de Grecia y Cons t an t inop la á l a Pe r s i a , á l a A r a b i a y á o t ras r eg iones de Or iente por efecto de acontec imien tos polí t icos y r e l i g io sos , que no es m i án imo e x a m i n a r , l a vemos c u l t i v a d a por u n a r aza fanát ica y g u e r r e r a e n u n p r i n c i p i o , a u n q u e i l u s ­t r a d a y ansiosa de saber m a s t a r d e , á l a que i n d u d a ­b l e m e n t e debe l a Eu ropa y todo el Occidente , si no la c u l t u r a m i s m a , por lo menos el v igoroso y fecundo g e r ­m e n de l a c ivi l ización a c t u a l . Tampoco puede n e g a r s e , s in i n c u r r i r en l a n o t a de i n g r a t i t u d é in jus t ic ia , que el saber de esa r aza p r iv i l eg iada fué en mas de u n c o n ­cepto no t ab l e . Y c i e r t a m e n t e que si a l g ú n país debe reconocer los servicios que los á rabes y hebreos p r e s t a ­ron á las c iencias es el n u e s t r o , y a q u e por t a n t o s t í -

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tu los puede considerarse como propia l a g lo r i a que s u ­pieron conquis ta r en el t e r r eno científico.

Únicos y celosos depositarios de la c iencia d u r a n t e la época mas t enebrosa pa ra el res to de E u r o p a , los á ra ­bes , si no i n v e n t a r o n , i n t rodu je ron en Occidente los n ú m e r o s que l l evan h o y su nombre y que t a n t a influen­cia h a n ejercido en los u l t e r io res progresos de las m a ­t e m á t i c a s ; r e suc i t a ron l a c ienc ia a n t i g u a t r a d u c i e n d o las obras g r i e g a s mas c lás icas ; fundaron el A l g e b r a d iv isada t a n solo por Diofante ; c u l t i v a r o n la Bo tán ica y descubr ie ron la m a y o r p a r t e de los remedios p r o c e ­dentes del re ino v e g e t a l ; y en s u m a , sus c o n o c i m i e n ­tos en Geogra f í a , en el a r t e de med i r superficies, en la fabr icación del papel y en m u c h a s o t ras aplicaciones ú t i l e s fueron v e r d a d e r a m e n t e so rp renden tes .

Pero si todo esto supone u n estado de c u l t u r a cua l no lo h a b í a a lcanzado h a s t a en tonces pueblo a l g u n o , ¿pod rá acaso decirse que g o b e r n a r a l a c ienc ia u n m é ­todo rac iona l y filosófico que la pus ie ra al ab r igo de la reacc ión y de u n t e m i b l e re t roceso? T a n deleznables e r a n , por el c o n t r a r i o , las bases de aque l edificio c i e n ­t í f ico, que en vez de resist ir al impulso de la d ia léc t ica , c o n t r i b u y e r o n las sut i lezas mismas de los á r a b e s , j u n t o con l a t e n d e n c i a t eo lóg ica de los pueblos cr is t ianos en la edad m e d i a , á eclipsar por mas de t r e s s iglos l a v e r ­d a d e r a c iencia a n t i g u a .

Si p r e sc ind imos , pues , por u n m o m e n t o del sabio e s t a g i r i t a , m a l i n t e rp re t ado en sus vas tas y filosóficas concepciones , vemos que d u r a n t e cerca de v e i n t e s iglos l a c iencia s i g u e u n a m a r c h a i nc i e r t a y v a c i l a n t e , a t r e ­v i éndome casi á d e c i r , que en concepto de t a l no t u v o v e r d a d e r a ex i s t enc i a , si se e x c e p t ú a n a l g u n o s r amos como l a Ma temá t i ca y l a M e d i c i n a , por carecer de l a

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base mas s e g u r a , que es el método p a r a su enseñanza , y de u n a clasificación r ac iona l y filosófica p a r a su d e s ­envo lv imien to .

Las mi smas Unive r s idades en épocas poster iores y a u n an te s las escuelas fundadas por el clero r e g u l a r y secular , dominadas por el esp í r i tu escolás t ico , y por la s u p r e m a razón de l a au to r idad del M a e s t r o , no con t r i ­b u y e r o n m u y ef icazmente al p rogreso de la c iencia , c o n c e n t r a d a casi toda e n los es tudios teo lóg icos . Y s in que p u e d a desconocerse el servicio que los monas te r ios p r e s t a ron á l a c iencia conservando con esmero los res tos del saber a n t i g u o , y p roduc iendo l u m b r e r a s ta les como San Anse lmo , San L e a n d r o , Alber to el g r a n d e , su dis­c ípu lo p red i lec to el angé l ico Santo T o m á s , V i c e n t e B e a u v a i s , A b e l a r d o , Roger io Bacon y otros m u c h o s , es no obs tan te posi t ivo, que a ten tos m a s b ien al es tudio de objetos ó m a t e r i a s ais ladas que al o rden con que se su­ceden los conocimientos h u m a n o s , y desconociendo el método que debe pres id i r á su desar ro l lo , el vas to tesoro de conocimientos que l l e g a r o n á adqu i r i r , no fué m u y decisivo p a r a l a m a r c h a y u l t e r io r desenvo lv imien to del saber .

Acon tec imien tos de índole m u y d ive r sa , pero ex ­t r ao rd ina r ios todos , p r e p a r a r o n en el s iglo x v y xv i u n a e r a n u e v a en la que la c ienc ia hab í a de adqui r i r e x i s ­t e n c i a propia y rea l i za r todos sus desarrol los h a s t a l l e ­g a r á v e r d a d e r a p l e n i t u d . La i nvenc ión de la i m p r e n t a , la del g r a b a d o , del microscopio y t e l e scop io , l a apl ica­ción m a s g e n e r a l de la b r ú j u l a á l a n a v e g a c i ó n , el des­cubr imien to de u n N u e v o Mundo v otros sucesos no menos i m p o r t a n t e s en t r e los cua les h a figurado, a u n q u e t a l vez con e s t u d i a d a e x a g e r a c i ó n , l a reforma re l ig iosa en I n g l a t e r r a y A l e m a n i a , d e t e r m i n a r o n la ráp ida y

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asombrosa p ropagac ión de las luces por E u r o p a , y el es tab lec imien to pa ra las ciencias de observación del m é ­todo e x p e r i m e n t a l y filosófico, y de u n a clasificación de las c i enc i a s , f undamen tos imperecederos de sus u l t e r i o ­res y rápidos ade l an t amien to s .

Dice u n a de n u e s t r a s eminenc ias científicas y l i t e ­r a r i a s 1 . Si no me e n g a ñ o , las fases del e n t e n d i m i e n t o después de la r e s t au rac ión de las luces comenzada en el siglo x i , fueron las s i g u i e n t e s : 1 " se su t i l i zó , amon­tonando al propio t iempo erudic ión i n d i g e s t a ; en s e g u i ­da se cr i t icó , e n t a b l a n d o o p o r t u n a m e n t e g r a v e s con t ro ­vers ias sobre lo que de sí a r ro jaban los m o n u m e n t o s ; y por fin, se medi tó i n a u g u r a n d o la época de la filosofía. Dia léc t ica y fár rago de erudic ión , ca rac te r i zan al s i ­g lo xi y s igu ien tes h a s t a el x v i ; c r í t ica y con t rovers ia , forman el d is t in t ivo del xv i y p a r t e del x v n ; el esp í r i tu filosófico comienza á domina r á mediados del x v n y con­t i n ú a dominando todav ía en nues t ros dias .

Este espí r i tu filosófico, l e n t a m e n t e p reparado por el c ú m u l o de hechos observados desde los t iempos mas a n t i ­g u o s y d u r a n t e l a edad m e d i a , y d e t e r m i n a d o por los acon tec imien tos a r r iba c i t a d o s , y que por d is t in tos ca­minos c o n v e r g i e r o n al mismo p u n t o y objeto, fué p e r s o ­nificado por el g r a n Bacon de Veru lamio , qu ien s i ­g u i e n d o la senda t r a z a d a por el cé lebre filósofo español V i v e s , log ró es tablecer el método y u n a clasificación de las c i enc i a s ; demos t rando á la pa r que l a insuficiencia de l a doc t r ina d o m i n a n t e , l a neces idad de la o b s e r v a ­ción y de la mas a t e n t a y escrupulosa expe r imen tac ión como bases firmísimas pa ra el es tudio y l a enseñanza de aque l l a s .

1 GIL r ZARATIÍ. De la Instrucción pública en España. 3

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Otros i lus t res va rones precedieron al de Veru la in io en esta senda g lo r io sa , debiendo c i t a r a l oráculo de E s t a g i r a e n t r e los a n t i g u o s ; á R a i m u n d o L l u l l y Roge-rio Bacon en el s iglo x m , y a l i n s i g n e va l enc i ano Vi­ves en el x v i ; pero le e s taba r e s e r v a d a la fo r tuna de e n c o n t r a r el t e r r e n o su f ic ien temente p r epa rado p a r a que t a n fecunda idea se desa r ro l l a ra ; v in iendo esto á confirmar el pr incipio « d e que si los g r a n d e s gen ios «ca rac t e r i zan las épocas de progreso científico , l a sazón »del espí r i tu h u m a n o , y todas las c i r cuns t anc i a s que l a « d e t e r m i n a n , c o n t r i b u y e n de u n modo m u y eficaz al »feliz éxi to de sus empresas .»

Las luminosas ideas de L l u l l , de Roger io Bacon y de Luis Vives s igu ie ron casi la m i s m a sue r t e que las de Ar i s tó t e l e s ; no así las de B a c o n , el cua l ef icazmente secundado por Descar tes , Gali leo y K e p p l e r , sus con­temporáneos , y pos te r io rmen te por Condi l lac y el po ­deroso gen io de P a s c a l , N e w t o n y L iebn i t z , l og ró t r a z a r la senda que aque l l a h a b i a de s e g u i r pa ra m a r c h a r con paso firme hacia l a perfección. Desmoronóse con l a doc­t r i n a n u e v a toda l a b a l u m b a de l a a n t i g u a dia léct ica que apr is ionaba el esp í r i tu e n t r e la s u p r e m a y r i d i c u l a l ey de la au to r idad del Maes t ro , y las ref inadas s u t i l e ­zas y a r g u c i a s en que aque l l a e s t r i b a b a , y desde e n t o n ­ces la c iencia l e v a n t ó su r audo vuelo hacia su comple to desar ro l lo , s iendo u n a v e r d a d de todos conocida que en el corto espacio de dos siglos que nos sepa ran de aquel per íodo h a rea l izado m a s progresos y dispensado inf ini ­t a m e n t e m a y o r s u m a de b ienes ta r a la h u m a n i d a d , que en las ve in t i c inco ó t r e i n t a c e n t u r i a s an t e r io re s .

L a clasificación de los diversos ramos conocidos del sabe r , j u n t o con la apar ic ión de otros n u e v o s , o b l i g a ­ron á es tablecer la divis ión y metod izac ion del t r a b a j o ,

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principio que si con re lac ión al i nd iv iduo h a reduc ido cons ide rab lemen te l a esfera de sus conoc imien tos , p a r a la c iencia h a sido u n a de las pa l ancas mas poderosas de sus u l t e r io res a d e l a n t a m i e n t o s .

De esa m i s m a época , y o r ig inadas del mismo c o n ­j u n t o de felices c i r c u n s t a n c i a s d a t a n las Academias y demás asociaciones sabias en las cuales se c o n c e n t r a n todas las potenc ias i n t e l ec tua l e s consag radas á la c ien­c i a , su rg i endo la ve rdad , ú l t i m o fin que esta se propone , de la discusión t e m p l a d a y de la con t rovers ia aqu i l a ­t ada por el c r i te r io de los asociados.

Del desarrol lo que por en tonces y en t iempos pos te ­r iores a lcanzaron las m a t e m á t i c a s y m e r c e d á la feliz apl icación que de sus fecundos pr incipios se hizo á los d i ferentes r a m o s , así especula t ivos como práct icos del s a b e r , estos n a c i e r o n , d igámoslo a s í , á v ida n u e v a . No sin m u c h a razón dice el Aba t e A n d r é s , que las c iencias g r i e g a s t a n d e c a n t a d a s . pasando á las manos de los m o d e r n o s , h a n recibido en pocos siglos t a n notables a u m e n t o s que parece que h a y a n adqui r ido u n n u e v o ser . Las m a s sub l imes teor ías de los g e ó m e t r a s g r i e g o s no son m a s que los p r imeros g r a d o s pa ra r e m o n t a r s e á las e levadís imas con templac iones de los nues t ros . De las puer i les ad iv inac iones a r i tmé t i cas á que es taba r e ­duc ida el á l g e b r a , la vemos ahora e r i g ida en a r b i t r a de la n a t u r a l e z a , t e n e r l a su je ta á sus fórmulas y á sus señales . La as t ronomía que en boca de los g r i e g o s no sabia m a s que t a r t a m u d e a r , ahora expl ica con elocuen­cia los mov imien tos de las es t re l la* , el orden de los cielos y el s i s tema del un ive r so . L a apl icación de la G e o m e t r í a , de l a observación y de l a exper ienc ia á l a Fís ica , h a hecho de es ta u n a v e r d a d e r a c iencia , que an ­tes se r educ í a á vanas con je tu ra s y r idículos sofismas.

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La Química que ó no conocida ó m a l u s a d a , solo h a b í a se rv ido p a r a i n ú t i l e s , ó t a l vez a u n per judic ia les i n ­ves t i gac iones , aho ra en poco t iempo se h a pues to en es tado de da r l eyes a l a F í s i ca , á l a His tor ia n a t u r a l y á l a Medic ina . Todas las c iencias en s u m a , se v e n aho ra t r a t a d a s con m a s c o n o c i m i e n t o , su t i l eza y solidez ; t o ­das h a n adqui r ido en pocos años m a y o r e s luces de los eu ropeos , de las que h a b í a n podido ob tener en t a n t o s s ig los de todas l as nac iones m a s es tudiosas y c u l t a s . E l i n g e n i o h u m a n o que por t a n t o t i empo h a b i a p e r m a n e ­cido en torpec ido y ocioso, pa rece que ahora h a y a q u e ­r ido r epa ra r las pé rd idas de su pasada oc ios idad , y se h a y a apresurado á r ecompensa r en b reves años los l a r ­gos s iglos consumidos en u n a ve rgonzosa y dep lorab le i n e r c i a ; y no será fácil decidi r si debe causa r mas ad­m i r a c i ó n el ver al e sp í r i tu h u m a n o y a c e r por t an to s s iglos en u n ocioso a b a n d o n o , ó el observar le después , despier to apenas del profundo l e t a r g o , h a c e r en t a n pocos años t a n maravi l losos p rogresos .

Alfonso X de C a s t i l l a , Ga l i l eo , Keppler , N e w t o n , L e i b n i t z , T i c h o - B r a h e , L a g r a n g e , Mackel ine , Lap lace , Bessel y otros eminen t e s v a r o n e s , son l a personificación v i v a de los pasmosos p rogresos rea l izados desde el s i ­g lo XIII por las M a t e m á t i c a s , l a As t ronomía y la M e c á ­n ica ; Boyle y M a y o w en el s ig lo x v n , con Lavo is ie r y Lap lace en el x v í n ; Be rze l i u s , L i e b i g , Durnas y otros en el p r e s e n t e , son los re formadores de l a Qu ímica : el mismo Galileo , P a s c a l , T o r r i c e l l i , N e w t o n y Le ibn i t z p u e d e n considerarse como los c readores de l a Fís ica n u e ­v a : Tourne fo r t , L i n e o , W e r n e r , S a u s s u r e , Spa lanzan i , H u t t o n , y m a s t a r d e H u m b o l d t , De jus s i en , D e c a n d o -l l e , pad re é h i jo , B la inv i l l e , Cuv ie r , El ie de B e a u m o n t , L a m a r c k y otros m u c h o s deben considerarse como los

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que i m p r i m i e r o n á l a Mine ra log ía y Geología , á la B o ­t á n i c a , Zoología y Pa leon to log ía u n r u m b o n u e v o que las h a conducido al b r i l l an t e estado que h o y ofrecen.

E s , p u e s , á todas luces e v i d e n t e que desde que se hizo u n a j u s t a apl icación del método espe r imen ta l y de o b s e r v a c i ó n , al es tudio del m u n d o m a t e r i a l , los c o n o ­c imien tos h u m a n o s basados en pr incipios i nconcusos , y fuer tes con la sol idar idad de i n t e r e s e s , r e su l t ado de sus í n t i m a s re lac iones y de la apl icación y apoyo que r e c í ­p r o c a m e n t e se p r e s t a r o n , adqu i r i e ron la c a t e g o r í a de v e r d a d e r a s c i enc i a s , y e n t r a n d o u fanas en el t emplo que el h o m b r e les e r ig ió bajo la ég ida de M i n e r v a , r e a ­l izaron en corto t i empo sorprendentes a d e l a n t a m i e n t o s .

Pero este progreso no lo h a rea l izado ú n i c a m e n t e la c iencia p u r a , sino que se h a hecho e x t e n s i v o , como e ra de e s p e r a r , á las a r t es t écn icas é i ndus t r i a l e s , l e g í ­t i m a emanac ión de a q u e l l a , hab iendo a u m e n t a d o prod i ­g i o s a m e n t e sus diversas manifes tac iones y l a p e r f e c ­ción de sus p roduc tos . Estos dos progresos h a n m a r ­chado a l a p a r , ó h a n s i d o , digámoslo as í , recíprocos, confirmando el pr incipio « d e que si i m p o r t a n t e es la » teor ía como fundamen to de la p r á c t i c a , es ta inf luye »de u n modo m u y eficaz en los ade l an t amien to s de aque -»l la por medio de los apara tos y procedimientos que le « sumin i s t r a y que fac i l i tan sob remane ra su desarrol lo .» Con sobrado mot ivo decia el i n s i g n e Andrés que el ver­dadero modo de c u l t i v a r el es tudio de las ciencias es j u n t a r l o con las observaciones de las a r t es ; y que c u a n ­do las especulaciones de la t eor ía v a y a n acompañadas de los conocimientos de la p r á c t i c a , es cuando la c i e n ­c ia y el a r t e r ec ib i rán no tab les a d e l a n t a m i e n t o s . El t e ­lescopio en poder de los a r tesanos h o l a n d e s e s , c o n t i n ú a el m i s m o , era del todo i n ú t i l , y pasando á m a n o s del

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filósofo toscano fué desde l u e g o i n s t r u m e n t o de los d e s ­cub r imien tos nias nobles y g rand iosos . Los es tudios del filósofo Eu le r y del artífice Dol lond h a n produc ido los telescopios acromát icos que no pudo e n c o n t r a r , ó que cre ia i r r ea l i zab l e s , el d ivino gen io de N e w t o n . De la apl icación que Cartesio hizo del A l g e b r a á l a Geome t r í a debe t o m a r s e l a v e r d a d e r a época de la r evo luc ión que t a n r á p i d a m e n t e h a l l evado las c iencias exac ta s a l g r a ­do de perfección en que las vemos a l p resen te .

Es preciso c u l t i v a r las c iencias por solo el amor que se las t i e n e , decia el i l u s t r e D u q u e de R ivas e n el p r e á m ­bu lo al decre to de 1834 sobre I n s t r u c c i ó n p ú b l i c a , e n ­comiando l a neces idad de su conoc imien to , si se qu ie re l l e g a r á resu l tados i m p o r t a n t e s y apl icables á la i n d u s ­t r i a . A b a n d o n a d a esta á sí m i s m a p e r m a n e c e en b reve e s t a c i o n a r i a : las teor ías abs t r ac t a s son las que nos c o n ­d u c e n al conocimiento de métodos n u e v o s , las que nos r e v e l a n ve rdades a l t a m e n t e ú t i l es c u y a apl icación c a m ­bia á veces l a faz de la i n t e l i g e n c i a m a t e r i a l del m u n d o , y p roduce revoluciones comple tas y felices en el modo de v iv i r de los h o m b r e s .

T a n opor tuno y necesar io consorcio e n t r e la c ienc ia y el a r t e , debe h a b e r exis t ido s i e m p r e , reflejándose en este el es tado de a t raso ó de progreso de aque l l a y v ice­versa . Y sin n e g a r que t a m b i é n el arte, t u v o en sus a l ­bores gen ios ex t r ao rd ina r ios que supieron comprende r l e y rea l izar lo por sola l a i n tu i c ión ó por la m a s a r d i e n t e i m a g i n a t i v a , ve rdade ro destel lo de la d i v i n i d a d , es s in e m b a r g o e v i d e n t e , que cuando la c iencia se h a l l a b a en su i n f a n c i a , l a m a r c h a de aque l e r a sobrado v a g a é i n ­c i e r t a , de donde r e s u l t a b a n asaz f r ecuen t emen te r e t r o ­cesos fatales . La casua l idad u n a s v e c e s , t an t eos i n f r u c ­tuosos otras , esfuerzos supremos y v ig i l i a s sostenidas

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casi s i empre , const i tuían, la l en ta y laboriosa g e r m i n a ­ción de l as a r tes t écn icas é i ndus t r i a l e s en aquel los t iempos en que el h o m b r e carec ía de la l u m i n o s a a n ­to r cha de la c iencia . ¿Y no es es te , por desgrac ia , el ¿ello que d i s t i n g u e a u n al a r t e y á la i n d u s t r i a en los p u e ­blos pobres ó pr ivados de base t a n f u n d a m e n t a l ?

Advié r tase t a m b i é n que en dichos períodos lo mismo las sub l imes especulaciones científicas que sus mas sen­cil las ap l icac iones , e r a n pa t r imon io de gen ios p r i v i l e ­g iados , no pudiendo descender , por fal ta de enseñanza , al c o m ú n de las g e n t e s ; siendo aquellos en r ea l i dad luminosos y fugaces meteoros que b r i l l aban en medio de las mas densas t i n i e b l a s , r ep resen tadas á la sazón por el pueblo r u d o é i g n o r a n t e .

Ahora b i e n , compárese este c u a d r o , n a d a h a l a g ü e ­ño por c ier to , de los pueblos en que la c iencia es taba ó se e n c u e n t r a a u n en su c u n a , con la prosper idad que h a logrado a lcanzar desde que aque l la con sus a s o m ­brosos progresos le h a servido de f u n d a m e n t o , y sa l t a rá á la v i s t a el con t ras te lo mismo en la fijeza y s e g u r i d a d que t i e n e h o y , q\ie en la a d m i r a b l e difusión por las masas .

No puede s e g u r a m e n t e desconocerse , que m u c h o s descubr imientos h a n sido debidos á personas i g n o r a n t e s ó de escaso s a b e r , pero casi s iempre resu l t ado for tu i ­to de la casua l idad ó de repet idos ensayos i n t en t ados , con f r ecuenc ia , sobre m a t e r i a s b i en a g e n a s de lo que resu l tó s in saber cómo. Pero a u n en este caso, el mas adverso pa ra el objeto que nos proponemos d e m o s ­t r a r , la c iencia se e n c a r g a después de impr imi r al i m ­perfecto embr ión todos los desarrollos de que es suscep­t ib le en la v ía del p rogreso . La m a y o r pa r t e , p u e s , de los g r a n d e s i nven tos y su pe r fecc ionamien to , son d e b í -

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dos á las e lucubrac iones de l a c iencia p u r a , pud i endo a s e g u r a r «que si la v ida m a t e r i a l debe todos sus e n c a n ­a o s y comodidades á las a r t es , estas á su vez no e x i s ­t i r í a n sin la i n t e l i g e n c i a que las d i r i ge .» Es t a v e r d a d fué y a a d m i r a b l e m e n t e i n t e r p r e t a d a por el d iv ino gen io de P l a t ó n cuando dec ia : «que l a Filosofía e s p e c u l a t i v a »debe considerarse como, c readora y p r o d u c t o r a de todo »lo que t i e n e n de ú t i l las a r t es , s iendo el mejor y el «mas g r a n d e don que los dioses h a n concedido á los «mor ta le s .»

L a c iencia , esa j o y a de t a n i ne s t imab le valor p a r a el h o m b r e , s i rv iendo de apoyo á todas las a p l i c a c i o ­nes , v e r d a d e r a y l e g í t i m a e m a n a c i ó n de su esencia p u r a y casi d iv ina , á fuer de m a d r e car iñosa y b e n é ­vola , las n u t r e á todas con el v i g o r de su s a v i a , las abraza con t e r n u r a á l a par que les comun ica fuerzas p a r a que no vac i l en e n su l e n t a e laborac ión . Las a r t e s a su vez correspondiendo á t a n acendrado amor le r i n ­den respetuoso c u l t o ; la i n d u s t r i a la reconoce como su n a t u r a l r e g u l a d o r a , y reflejándose aque l la y estas en el ser r ac iona l que las c u l t i v a , lo p r o t e g e n en todas las s i tuac iones y e n todos los estados de la v ida conv i r ­t iéndose en el m a s poderoso y s u a v e lazo que lo u n e á los demás al cons t i tu i r se en sociedad. El e s tado salvaje solo se comprende con efec to , por la fa l ta abso lu ta de t a n p l acen te ro v í n c u l o social .

Y si se qu ie re u n a p r u e b a c la ra y e v i d e n t e del i n ­flujo que la ciencia ejerce en las a r tes y en l a i n d u s t r i a , unos cuan to s ejemplos nos l a d a r á n t a n c u m p l i d a cua l desearse pueda .

L a des t i lac ión y la cons igu i en t e fabr icación de e s ­p í r i t u s y esencias, que t a n d i r e c t a m e n t e h a n con t r ibu ido á los a d e l a n t a m i e n t o s de las c iencias n a t u r a l e s y de sus

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apl icac iones , no fué obra del acaso n i de la r u t i n a , sino del saber de u n químico e s p a ñ o l , el famoso Arna ldo de V i l anova . Al botánico N ico t , que no á u n v i a g e r o v u l ­g a r , se debe el descubr imien to del t a b a c o , p l a n t a que á la par que h a proporcionado al h o m b r e u n v e r d a d e r o g o c e , es pa ra los gobie rnos y los pa r t i cu la re s objeto de l u c r a t i v a s especulaciones .

E e p r e s e n t a n t e s de la ciencia , y por c ier to casi todos españoles, fueron los descubr idores ó i n t roduc to re s en Europa de la q u i n a , de la c a ñ a de a z ú c a r , del cacao, del a ñ i l , del palo de campeche y de m i l o t ras s u s t a n ­cias impor t an t í s imas bajo todos conceptos .

El descubr imien to del azúcar de r emolacha debido á los es tudios químicos del célebre M a r g r a f , h a ejercido en el comercio de Europa u n a inf luencia i n m e n s a .

L a cues t ión de la a l imen tac ión púb l i c a de cada vez mas a l a r m a n t e , y que t a n j u s t a m e n t e p reocupa h o y á los gobiernos , l a está resolviendo de u n modo pacífico la c iencia , s i rv iendo con sus e lucubrac iones de base fir­mí s ima á la ac l ima tac ión y mejora de las p l an t a s y an ima le s ú t i l e s . ¿ Quién no prevee y a los so rp renden tes r e su l t ados que con el t i empo h a de da r la ostreo y la p i s c i c u l t u r a bajo los auspicios de la sociedad imper i a l zoológica de ac l ima tac ión , en la que figuran l a m a y o r p a r t e de los mona rcas y pr íncipes del m u n d o civil izado y u n a p l é y a d a de eminenc ias científicas ?

La apl icación del cloro al b l anqueo de las t e l a s , cuyos beneficios son i n c a l c u l a b l e s , se debe a l saber del e m i n e n t e B e r t h o b e t .

L a Química nos h a sumin i s t r ado la q u i n i n a , la mor­fina, l a code ina , y otros muchos pr incipios alcaloideos ex t ra ídos de los remedios heroicos . El g a s del a l u m ­brado , la luz e l éc t r i c a , la cerámica , la fotografía , el

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te légrafo eléctr ico , y u n n ú m e r o considerable de pas ­mosos d e s c u b r i m i e n t o s , se deben á la Fís ica y á la Qu í ­m i c a , ó lo que es lo m i s m o , á los h o m b r e s que las c u l t i v a n .

La c i e n c i a , que no el r u t i n a r i o l ab rador , es la que h a ideado y puesto en p rác t i ca la ro tac ión de las c o s e ­chas , el modo de mejora r y fer t i l izar las t i e r r a s , y de conve r t i r en comarcas r icas las que l l e v a b a n el sello de la e s t e r i l i dad , a m e n a z a d a s , ora por los t e r r ib l e s méda­n o s , ó b ien por la ca renc ia comple ta de h u m e d a d . Así vemos h o y g r a n p a r t e del desier to de S a h a r a t rasforma-do en frondoso v e r g e l , m e r c e d á los es tudios g e o l ó g i ­cos , aux i l i a res indispensables de la sonda a r t e s i ana , d i r i g ida por la i n t e l i g e n c i a del i n g e n i e r o .

¿ Pero á qué aduc i r m a s p ruebas de u n a v e r d a d i n ­concusa y que está al a lcance de todo el m u n d o ? Ser ia ofender la i lus t rac ión de u n públ ico t a n r e spe t ab l e .

De lo dicho se deduce : 1." Que la c ienc ia cosmoló­g i ca cons iderada como t a l ; esto e s , como con jun to de r e g l a s , pr incipios y leyes que d i r i g e n y en l azan los hechos pa r t i cu l a r e s de que cada u n a se ocupa , no h a t e n i d o v e r d a d e r a ex i s t enc i a , salvo a l g u n o s r amos del s a b e r , h a s t a el s iglo xvi y pr incipios del x v n , en que se es tableció y genera l izó p a r a su es tudio u n mé todo e x p e r i m e n t a l y de obse rvac ión , y se e cha ron los fun­damen tos de u n a clasificación filosófica. 2.° Que de d i cha época a r r a n c a n los pasmosos progresos que las ciencias h a n r ea l i zado ; y 3.° Que las a r tes t écn icas é i n d u s t r i a l e s , como l e g í t i m a consecuencia de la a p l i c a ­ción de a q u e l l a s , h a n s egu ido en su desar ro l lo u n a m a r c h a idén t i ca .

A h o r a b i e n , sen tadas estas p remisas , se deduce s in g r a n dif icul tad, que si la enseñanza d é l a s c iencias y de

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las a r t es lia de corresponder á su e levada y p rov idenc ia l misión", se h a de a jus tar p rec i samen te á la l e y a rmón ica de su recíproco consorc io; de lo c o n t r a r i o , los esfuerzos que los Gobiernos ó los pueblos h a g a n p a r a adqu i r i r la impor t anc i a que se m e r e c e n , son del todo i lusorios é i n ­ú t i l e s . Es t a l ey e x i g e que los es tudios teór icos y las mas a l tas concepciones de l a c iencia p r e c e d a n á sus apl ica­ciones r ep resen tadas por las a r t e s y la i n d u s t r i a , de la m i s m a m a n e r a que se t r a z a el p l ano de u n edificio an tes de abr i r sus c imien tos .

Ta l debió ser la t e n d e n c i a de los que con fo r tuna va­r i a i n t e n t a r o n o rgan iza r en n u e s t r o suelo t a n i m p o r ­t a n t e r a m o de la admin i s t r ac ión , p a r t i c u l a r m e n t e desde fines del ú l t i m o s ig lo . No p u e d e n desconocerse los g r a n ­des beneficios que proporcionó al país la reforma de 1845, sobre todo en lo r e l a t ivo á la i n s t rucc ión p r i m a r i a y á la s e g u n d a e n s e ñ a n z a , y la ley de 1857, h o y v i g e n t e , d a n ­do ex is tenc ia propia á la F a c u l t a d de c ienc ias , y o r g a n i ­zando has ta cier to p u n t o la t a n deseada un idad y a r m o ­n ía e n t r e los estudios teóricos y de ap l i cac ión ; pero des­g r a c i a d a m e n t e esto ú l t i m o no h a l l egado á real izarse por efecto de causas que me propongo ind ica r mas a d e l a n t e .

A n t e s , sin e m b a r g o , séame pe rmi t ido q u e , fiel al p l a n que m e h e p ropues to , ofrezca á v u e s t r a cons idera ­c i ó n , s iquiera sea en b reves p a l a b r a s , el h a l a g ü e ñ o cuadro de l a h i s to r i a científica p a t r i a .

Escasas y oscuras son por demás las not ic ias acerca del es tado i n t e l e c t u a l d é l a P e n í n s u l a d u r a n t e la d o m i ­nac ión de los fenic ios , y seria m u y a v e n t u r a d o lanzarse en el v a g o campo de las conje turas y suposiciones g r a ­t u i t a s .

La época r o m a n a es el pr incipio de las g lo r i a s pa­t r i a s , d i s t ingu iéndose m u c h o s españoles no solo en las

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bel las l e t r a s como L u c a n o y el ep ig ramát i co Marc ia l , sino t a m b i é n en c iencias y e n a g r i c u l t u r a , debiendo c i t a r con o rgu l lo á S é n e c a , á Co lumela y Ju l io H i g i n o . Es te era considerado por Columela como el p e d a g o g o de la in fan te a g r i c u l t u r a r o m a n a , l l amándole por e x c e l e n ­cia t a m b i é n el Po lyb i s to r por su v a s t í s i m a e rud ic ión .

S é n e c a , el desgrac iado maes t r o de N e r ó n , escribió varios t r a t a d o s de Mora l , de Fi losofía , de Re tó r i ca y de C ienc ias , p a r t i c u l a r m e n t e las cuestiones naturales, en las que demostró conocer á fondo lo que en aquel los t i empos podía saberse de las n a t u r a l e s .

De C o l u m e l a , b a s t a r á decir que fué el v e r d a d e r o p a ­dre de la A g r i c u l t u r a y u n o de los p r imeros que t r a t a ­ron de d o g m a t i z a r t a n i m p o r t a n t e r a m o de apl icac ión; hab i endo servido su obra d u r a n t e m u c h o s siglos de v e r ­dadero código p a r a la enseñanza teórico p rác t i ca .

T a m b i é n debe c i t a r se como p e r t e n e c i e n t e á d i c h a época á Pablo Oroso, sacerdote de T a r r a g o n a , d isc ípulo de San A g u s t í n , por los hechos científicos curiosos que dio á conocer , a u n q u e en l e n g u a j e poco c u l t o , en su h i s tor ia g e n e r a l .

E l g r a n d e I s ido ro , que h o y v e n e r a m o s en los a l t a r e s , f loreciente en los siglos vi y v n , c i e r r a por decirlo así el período romano ó c o n s t i t u y e y a el p r imer eslabón de la c iencia española d u r a n t e la dominac ión v i s igoda . E n t r e sus escri tos m e r e c e especial menc ión el l ibro de las e t i m o l o g í a s , en el que bajo l a forma de Dicc ionar io recopiló todo el saber a n t i g u o , añad iendo m u c h a s y c u ­riosas not ic ias , p a r t i c u l a r m e n t e en lo r e l a t ivo á m e t a l e s y á los p roced imien tos que se emp leaban en su t i empo en la fabr icación del v i d r i o .

E n el s iglo v m , España t u v o l a d i cha de con ta r e n t r e sus hijos á Teodolfo, Obispo de O r l e a n s , de cuyo vas to

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y profundo saber se sirvió Ca r lo -magno pa ra sacar del es tado de aba t imien to en que las c iencias se e n c o n t r a b a n á l a sazón en F r a n c i a .

L a invas ión s a r r a c e n a , ocur r ida d u r a n t e el p r imer te rc io del mismo s i g l o , fatal en u n pr incipio á l a s c ien­cias y l e t r a s en la P e n í n s u l a desapareciendo con la g u e r r a l a s escuelas y el saber á t a n t a costa adqui r ido por la r a za g o d a , fué después el g e r m e n de acon tec imien tos t a l e s , que España se puso al f rente de l a c iv i l izac ión , l l e g a n d o á ser el emporio del saber y el faro cuyos des­te l los i l u m i n a b a n a l res to de Europa sumido en las m a s densas t i n i eb l a s .

Toda la P e n í n s u l a no par t i c ipó , s in e m b a r g o , por i g u a l del impulso que dieron los á rabes a l a s c iencias , s i gu i endo estas la sue r t e próspera ó adversa d é l a s a r m a s . Así es que m i e n t r a s el cen t ro y el N. O. del t e r r i t o r io p e r m a n e c i ó e n t r e g a d o á los hor ro res de aque l la l u c h a g i g a n t e s c a con t a n t o a rdor in ic i ada por el i nmor t a l P e l a y o en C o -v a d o n g a , el S. y el E . dominados por l a r a za invasora e x p e r i m e n t a r o n los efectos de l a n a c i e n t e y pu j an t e c i ­v i l izac ión.

D u e ñ o s , con efecto, los árabes de t a n be l l a s como r i sueñas comarcas , y bajo l a inf luencia de u n c l ima sua­ve y a g r a d a b l e , de u n a ve je tac ion r i ca y v igorosa y de todas las condiciones físicas del s u e l o , t roca ron el ca rác t e r feroz y g u e r r e r o que les d i s t i n g u í a , por cos ­t u m b r e s pacíficas y u n decidido amor á la c iencia que en b r e v e l l eva ron á u n g r a d o n o t a b l e de esplendor . I n s ­t i t u y e r o n escuelas y academias que a l canza ron p ron to t a l r e p u t a c i ó n que h a s t a los mismos pr ínc ipes c r i s t i a ­nos 1 las f r ecuen taban ó m a n d a b a n á sus hi jos á que be -

1 Alonso el Magno envió á sus hijos á estudiar las ciencias naturales á las escuelas arábigas de Zaragoza.

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h i e r a n en t an -p rec l a ra s fuentes el du lce n é c t a r del saber . L a M e d i c i n a , la A s t r o n o m í a , las M a t e m á t i c a s , la

A l q u i m i a , l a Geogra f í a , la Botánica y Zoología se c u l ­t i v a b a n en las escuelas de Córdoba , S e v i l l a , G r a n a d a , Murcia , Va lenc ia y Zaragoza , que s i rv ieron m a s t a r d e de modelo ó de noble p r e t e x t o pa ra la creación de los es tudios g e n e r a l e s de P a l e n c i a , S a l a m a n c a y Vallat lol id.

No se l im i t a ron los á rabes y jud íos españoles á c u l ­t i v a r la c iencia p u r a , sino que como consecuencia p r e ­cisa fueron t a m b i é n m u y háb i l e s en a l g u n o s r amos de ap l i cac ión , como lo p r u e b a n , por e jemplo, esos s i s temas admi rab le s de r i ego que es tab lec ieron en G r a n a d a y Va­lencia , al que a u n h o y deben t a n a for tunadas v e g a s su fer t i l idad y r i q u e z a : el p a r t i c u l a r esmero con que c u l ­t i v a r o n la a g r i c u l t u r a , y el es tab lec imien to en J á t i v a y Va lenc i a de fábricas de papel de l i n o , el p r imero que se conoció en E u r o p a , s e g ú n demos t r a ron los e rud i tos P é ­rez B a y e r y I ) . Gregor io M a y a n s .

La creac ión en Córdoba de la escuela de Geómetras des t inada á la medic ión del t e r r i to r io , h a b l a m u y al to respecto de la c ivi l ización de aquel la r aza p r i v i l e g i a d a , pud iendo considerarse como el p r i m e r g e r m e n de la im­p o r t a n t í s i m a c u a n t o compleja c iencia del c a t a s t r o .

En r e s u m e n , y pa ra no abusar de v u e s t r a amab le i n d u l g e n c i a , puede a s e g u r a r s e que desde el s iglo- ix has ­t a el x i v , n u e s t r o suelo fué la c u n a del s a b e r , s iendo España el ún ico país en donde á la sazón e n c o n t r a b a n acog ida los es tudios sólidos y las c iencias severas , s e g ú n expresión del g r a n Ha l l e r . España poseía en tonces s e ­t e n t a b ib l io tecas p ú b l i c a s , n ú m e r o c i e r t a m e n t e super ior al de todas las nac iones c r i s t i anas conocidas.

I n n u m e r a b l e s fueron los árabes y jud íos españoles que se d i s t i ngu ie ron en todas l as c i enc i a s , s e g ú n puede

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verse en la Bibl io teca a r áb iga de Cas i r i ; pero e n t r e todos ellos m e r e c e n u n a especial m e n c i ó n A l h a k e n , fundador de la Academia de Córdoba ; el m u r c i a n o S c h a m s e d d i n , prefecto del famoso colegio de Granada ; A l b e n z o a r - A b u - R o r , A lbou le -Ab-zaka r i s , Averroes , E b r e - T a i t o r , de M á l a g a , el mas sabio en t r e los b o t á n i ­cos árabes s e g ú n Hal le r ; A b d a l l a - T i l l , Abu iz -ka i -Azarquie l y A l í , c u y a s obras r ep resen tan la escuela t o l edana floreciente en el siglo x i , y el pr ínc ipe g r a n a ­dino Meluabe l - A l - A l l a l i , poseedor de la mas r ica b i ­b l io teca de G r a n a d a .

Todas es tas y m u c h a s m a s , que no e n u m e r o por no ser p ro l i jo , son ve rdade ra s g lo r i a s e spaño las , pues a u n ­que la p r i m i t i v a c u n a de las dos razas sabias no fué la P e n í n s u l a , no o b s t a n t e , si se t i ene en c u e n t a los ocho s ig los que duró su d o m i n a c i ó n ; el c r u z a m i e n t o , s iquie­r a escaso, de aque l las razas con la ibe ra y g o d a , y la inf luencia que el sue lo , la v e g e t a c i ó n , los a l imen tos , y m u y p a r t i c u l a r m e n t e el c l i m a , ejercieron en el amor al saber que se despertó en e l los , no se cons ide ra rá co­mo v io len to el que nos apropiemos t a n inmarces ib les t i m b r e s de g l o r i a T a n cier to es que las razas h u m a n a s como los i n d i v i d u o s , si bien l l evan en sí el g e r m e n del sello físico ó i n t e l e c t u a l que los d i s t i n g u e , al e n t r a r en n u e v a s y fijas condiciones b io lóg i ca s , se a m o l d a n á el las de t a l m o d o , ó , por mejor dec i r , e x p e r i m e n t a n h a s t a t a l p u n t o su mú l t i p l e y v a r i a d a in f luenc ia , que t e r m i n a n por per tenecer á la n u e v a r e g i ó n ó comarca , la cua l en razón á su e s t ab i l i dad , al paso que sufre el y u g o del v e n c e d o r , se convie r te en su v e r d a d e r a r e g u ­ladora impr imiéndo le u n ca rác te r d is t in to y h a s t a su propio n o m b r e ; ¿por v e n t u r a no se h a e x p e r i m e n t a d o este hecho en el Norte de Amér ica respecto de los i n -

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gleses en el corto período de u n s i g l o , y en m a y o r escala a u n en I n g l a t e r r a respecto de los sajones y n o r ­mandos . ú l t imos conquis tadores de l a a l t i va Alb ion ?

Y con t a n t o m a y o r mo t ivo debemos cons iderar como nac iona les las g lo r ias científicas y l i t e r a r i a s d u r a n t e el l a r g o período de l a dominac ión a g a r e n a , c u a n t o que las razas g o d a é ibe ra no pe rmanec ie ron tampoco i n a c t i v a s .

Así es que en el s iglo ix se que jaba y a a m a r g a m e n t e A lva ro de Córdoba de la desmedida afición que m o s t r a ­b a n los españoles á los estudios á rabes y heb reos , con­t r i b u y e n d o él m i s m o , j u n t o con J u a n de S e v i l l a , el Abad S a n s ó n , San Eu log io y otros e m i n e n t e s y v i r t u o ­sos Doctores , á r e s tab lece r l a c iencia t e o l ó g i c a , v e r ­t i endo al á rabe los Sagrados Textos .

E n el x , s ig lo tenebroso y oscuro ; s ig lo bá rba ro é i g n o r a n t e ; s iglo famoso por su i n c u l t u r a y c e g u e d a d , s e g ú n l a va l i en t e frase del h i s to r iador Andrés , ¿ dónde se e n c u e n t r a n m a t e m á t i c o s sino en E s p a ñ a ? E n t o n c e s b r i l l a b a n A i t ó n , Obispo de V i c h , m u y i n s t r u i d o en la c iencia del cá l cu lo ; Lup i to de B a r c e l o n a , t r a d u c t o r . d e u n a m u y p rec i ada obra de A s t r o n o m í a , y Josefo, au to r de l a A r i t m é t i c a t a n b u s c a d a por A d a l b e r o n e , A r z o ­bispo de R e i m s , y por Gerber to , conocido m a s t a r d e con el n o m b r e de Si lves t re I I . La fama de este h o m b r e nece­s a r i a m e n t e h a b i a de refluir en los t r e s españoles c i tados , y a que mas b i en estos que los á rabes , c u y a s escuelas no pudo v i s i t a r , 1 deben considerarse como sus l eg í t imos maes t ros , s e g ú n documen tos al pa recer au tén t i cos .

T a m b i é n l a Medic ina h u b o de ha l l a r se á la sazón en estado m u y floreciente e n t r e noso t ros , y poseídos los

1 Véase para ilustración r]e este hecho la Historia crítica de la Literatura

española por Amador de los Rios.

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médicos de u n g r a n ardor por las l e t r a s , y a que s e g ú n Hal le r , en medio del es t répi to de l a g u e r r a p e n s a b a n en comunica r aquel amor á las nac iones r e m o t a s y en e s ­pecial á I t a l i a , con la que e r a n mas f recuentes y fáciles las re lac iones así comercia les como cient í f icas .

D i s t ingu ié ronse por en tonces los españoles en e m ­presas m a r í t i m a s m u y a t r ev idas y a r r i e sgadas , deb iendo c i tar e n t r e otros á Ben jamín de T u d e l a , qu ien u n s ig lo an tes que.el famoso veneciano Marco Polo, l l egó en 1160 á la T a r t a r i a C h i n a y h a s t a las m a s remotas p rov inc ias de l a Ind ia .

Por o t ra p a r t e , los Reyes de Cast i l la y León e s t i m u ­lados , sin d u d a , por el ejemplo de sus nobles p r e d e c e ­sores y por el de los árabes y h e b r e o s , no solo i n s t i t u ­y e r o n es tudios g e n e r a l e s y escuelas á semejanza de las s u y a s , sino que a l g u n o s de ellos c u l t i v a r o n con g r a n fruto tocios los r amos del saber de la época. Y nótese de paso l a s i n g u l a r coincidencia de ser p r ec i s amen te los Alfonsos los que mas d i r e c t a m e n t e c o n t r i b u y e r o n á e n ­salzar en Cast i l la l a c ienc ia en aquel los s iglos de i g n o ­r a n c i a y b a r b a r i e . ¡ P l e g u é al c i e lo , y así es de esperar , que el fu turo R e y de España del mismo n o m b r e sea d i g ­no sucesor de las g lor ias científ icas de sus i lus t res as­cend ien tes !

Así vemos á Alfonso VI de L e ó n , apel l idado el Bravo, e r i g i r escuelas en las ca t ed ra l e s y en m u c h o s m o n a s t e ­r io s , p a r t i c u l a r m e n t e en el de Benedic t inos de S a h a g u n , que se hizo m u y pron to famoso. Alfonso VIII de Cas t i l l a , l l amado el Noble, c rear los es tudios y la escuela de P a l e n -c i a , seña lando por p r i m e r a vez es t ipendio á los maes t ros ; el IX de León i n s t i t u y e l a Un ive r s idad de S a l a m a n c a , confi rmada y e n g r a n d e c i d a por su hijo San F e r n a n d o ; y por ú l t i m o , Alfonso X, por an tonomas ia l l amado el Sabio,

5

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no solo dispensó m a y o r pro tecc ión que sus antecesores á d icha e scue l a , sino que creó l a Academia t o l e d a n a a l -fons ina , que con la árabe toledana del s iglo xi r ep resen ­t a d a por las obras de Alí y de Abuiz-hac-Azarquie l p u e ­den cons iderarse , s e g ú n el señor Rico como las v e r ­daderas p recursoras de la época del r e n a c i m i e n t o de las c iencias y l e t r a s en Eu ropa .

Pero el amor que Alfonso profesaba á las c iencias no podia l imi t a r se á c rear escuelas pa ra su e n s e ñ a n z a ; qu i ­so dar el ejemplo , r a r o y t a l vez ún ico en las t e s t a s co­r o n a d a s , de c u l t i v a r l a s con v e r d a d e r a fé y en tus iasmo; r a y a n d o t a n a l to en semejan te e m p r e s a , que se hizo acreedor al t í t u l o honroso que las gene rac iones posterio­res le d ieron . Quizás no h a y a en la h i s to r i a de las c i e n ­cias o t ra figura t a n colosal p a r a sostener el p a r a n g ó n con el Rey D. Alfonso, sino l a del i n m o r t a l Le ibn i tz por l a un ive r sa l i dad de conocimientos que l l egó á poseer . Con efecto, D . Alfonso como el a l e m á n fué l eg i s l ador , a t e s t i g u a n d o este honroso t í t u l o el F u e r o Rea l y el Có­d igo de las P a r t i d a s ; el P o e m a de A le j and ro , las F a m o ­sas Cánt icas r e c i e n t e m e n t e r e s u c i t a d a s , por decir lo así, y las Q u e r e l l a s , lo a c r e d i t a n de poe ta del icado y del mejor g u s t o ; d i s t i ngu iéndose t a m b i é n como h i s to r i ador s e g ú n lo a t e s t i g u a n la h i s to r ia g e n e r a l de España , l a de las Cruzadas y o t ras que p u b l i c ó ; como filósofo dio á luz el célebre Tesoro , a u n q u e a l g u n o s d u d a n que le p e r t e ­nezca , y u n a obra de Q u í m i c a ; por ú l t i m o , los l ibros del saber de As t ronomía y las Tab las alfonsinas , que s i rv ie ron de n o r m a p a r a la enseñanza de es ta c ienc ia y de la n a v e g a c i ó n d u r a n t e c u a t r o s i g l o s , le a s e g u r a r o n el

1 Discurso preliminar á los libros del saber del liey D. Alfonso. Madrid

1863.

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t í t u lo ele Ast rónomo y Matemát ico consumado . Verdad es que pa ra l l evar á cabo u n p royec to t a n vas to t u v o que va le rse de todos los sabios de su época , pero esto mismo a q u i l a t a m a s el mér i to de t a n m a g n á n i m o p r í n c i p e , pues sobreponiéndose á los er rores de su s i g l o , y á pesar de los d isgus tos que de a n t e m a n o p u d o sospechar le aca r ­rea r í a y le a c a r r e ó , con efecto, t a n noble p rocede r , se sirvió de los vas tos conocimientos de los va rones i lus t res que cooperaron á t a m a ñ a e m p r e s a , á quienes t r a t ó con l a esplendidez y amab i l i dad propias de u n p r í n ­cipe v e r d a d e r a m e n t e sabio \ Ni esto le dispensó t a m ­poco de c u l t i v a r por sí mismo y con g r a n f ruto las ciencias todas de su época , ac red i t ando el profundo c o ­noc imien to que l legó á t e n e r , sobre todo en A s t r o n o ­m í a , aque l famoso dicho que t a n t o r c i d a m e n t e se h a i n ­t e rp r e t ado por los émulos de su g l o r i a , pues conocida su g r a n p iedad y rec to ju ic io no es posible a t r i b u i r á o rgu ­llo y menos a ú n , como p r e t e n d e n a l g u n o s , á i g n o r a n c i a , aquel lo de que si Dios le hubiera llamado á consejo al crear el universo, hubiera dispuesto mejor el movimiento de los as­tros; ¿quién no vé en ello u n a c r í t i ca de l i cada á la par que severa , d é l o s absurdos s is temas as t ronómicos á l a sazón r e inan te s?

Dígase , p u e s , c u a n t o se qu ie ra en c o n t r a r i o , Cas t i l la puede envanecer se de contar al sabio E e y e n t r e los t i m ­bres m a s gloriosos é imperecederos de su h i s to r i a científi­ca y l i t e r a r i a , debiendo c i t a r en confirmación dos hechos

1 Los astrónomos y matemáticos que mas directamente tomaron parte con el Rey Sabio en la redacción de sus dos Códices del saber de Astronomía y de las Tablas Alfonsinas, fueron, según el Sr. Rico, Jehuda el Coheneso Alpha-quin del Rey; Guillen Arremon Daspa, c lér igo; el Maestro Joan de Mesina; el Maestro Joan de Cremona; Samuel el Levy; Rabicag el de Toledo; O. Bernarda el Arábigo, y el Maestro Fernando de Toledo.

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que h a b l a n m u y a l t o y que por su procedencia no se t e n ­drán por sospechosos: el p r imero es que s e g ú n Gui l l e rmo de Nang i s , u n a de las g lo r i a s del r e i n a d o de San Lu i s , fué la i n t r o d u c c i ó n ' e n F r a n c i a d é l a s Tablas alfonsinas; y e l s e g u n d o el h a b e r mani fes tado el jefe de la Bib l io teca imper i a l de Par í s que e n t r e las obras m a s no tab les que aque l la adquir ió en el año ú l t i m o , figura el t omo I." de la magníf ica impres ión de los códices alfonsíes que á e s -c i tac ion del Sr . Rico y Sínobas, compi lador y ano t ado r , pub l ica el Gobierno de S. M. bajo la i n m e d i a t a v i g i l a n ­cia de la Rea l Academia de C ienc i a s , p re s t ando con el lo u n ve rdade ro servicio á estas y á la m e m o r i a de aquel eminen t e m o n a r c a .

E l impulso dado desde el siglo xi en Cast i l la y León por los Alfonsos y F e r n a n d o s c reando las famosas escue­las de S a h a g u n , Pa lenc ia , S a l a m a n c a y Val lado l id , con­t emporáneas y d i g n a m e n t e r iva les de las de Par í s , Bolo­n ia y Oxford, y mas t a rde las de A lca l á , v e r d a d e r a c u n a de la c e n t r a l , de G r a n a d a , Toledo , Oviedo y Sant iago 1 ,

1 Me parece oportuno indicar, como dato curioso, ia fecha do la creación de las principales Universidades de Europa, para demostrar que no tardó España en seguir el movimiento intelectual que preparó el renacimiento de las Letras y Ciencias. I.a de Bolonia, en 1138, por Federico Barbarroja ; la de París, en 1200, por Felipe Augusto; la de Oxford, en 1229, en tiempo de Enrique III; la de Salerno en 4 238 (como Escuela de Medicina data del siglo x ) ; la de Pisa fué creada en 1330; la de Praga en ( 3 4 8 , por Carlos IV de Alemania, y la de Colonia en 1389.

Entre las españolas , la do Huesca, ó Sertoriana, atribuida'por los historia­dores al General romano Ser lor io , se restableció en 1354 por D. Pedro IV de Aragón; la de Palencia data de 1212 en el reinado de Alfonso VIII el Noble; la do Salamanca de principios del siglo x m , sancionada en 1 26b por Alejandro IV bajo la denominación de uno de los cuatro Estudios Generales del orbe (los otros eran los de París, Bolonia y Oxford); la de Lérida, de 1300 , por .laime II; la de Valladolid fué aprobada como tal en 1340 por Clemente X I ; la de Barcelona en l i b o por D. Alonso V; la de Zaragoza, en calidad de Gimnasio, parece datar del tiempo de Augus to , hacia el año 72" de Boma, aumentada con otras ense-

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fué secundado por los r eyes de Aragón , quienes l levados del noble deseo de i lus t rar á sus leales subditos insti tu­y e r o n las Univers idades de Huesca , Lér ida y Barce lona , y en época posterior las de Va lenc ia y Zaragoza . Este ejemplo fué seguido por los prelados y magna tes que r i ­val izando con los m o n a r c a s en t a n noble empresa c o n s ­t r i ñ a n soberbios edificios para toda clase de escuelas, dotán­dolas espléndidamente y atrayendo con brillantes recom­pensas á los maestros de g r a n nombradla. Pasan de t reinta las escuelas generales y Universidades que en el siglo xvi se contaban solo en la Península , y aunque por efecto del completo abandono de la instrucción primaria la masa g e ­neral del pueblo yacía en la ignorancia , no dejaron a q u e ­llas de ejercer a lguna influencia en el adelantamiento dé­las ciencias, hallándose hasta la época fatal de nuestra de­cadencia al nivel de las mas adelantadas de Europa, puesto que se enseñaba en ellas, tal vez con mayor perfección que en n i n g u n a , todas las ciencias conocidas.

¡ Qué espectácido t a n magnífico el de aquellos siglos, exclama, u n ilustre patricio 1 en que debelando España á

fianzas por D . Alfonso I en H 13 y confirmada como Universidad de Artes y Fi­losofía en I474 por Sixto IV; la de Valencia, iniciada por el gran Jaime [ en 1238 después de la conquista , elevada á la categoría de Estudio General por inter­cesión de San VicenteFerrer en 4 430 y aprobada en 1500 por Alejandro YT, va­lenciano; la de Santiago data de 1504, por bula de Julio II; la de Alcalá, creada en 1293 por Sancho el Bravo, y sancionada por Alejandro VIen 1499 á instancia del gran Cisneros; la de Sevilla, iniciada como Estudio de Latin y Árabe por don Alfonso X en 4*256 , no llegó ¡í erigirse en universidad por efecto de cuestio­nes locales hasta 1508, por Julio II; la de Granada fué instituida por Carlos V en 1526, aprobada por Clemente VII en 1571 ; la do Oviedo data do IG04 en tiempo deFeÜDe III; la d.eMallorca, llamada Estudio General Luliano, del nom­bre de su fundador Raimundo Llull, empezó en 1280 y fué erigida en Universi­dad por privilegio de Fernando el Católico en 4 483; la de Cervera data de 1717 , ¡en que Felipe V mandó reunir en ella todas las del Principado.

» QIL Y Z A R A T E . De la Instrucción pública en España,

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toda Europa con el poder de sus a rmas , la aventajaba t a m ­bién , como mas i lustrada en los dominios de la in t e l igen­c ia , siendo á la.par famosa por sus guer re ro? , sabios , l i t e ­ratos y ar t i s tas!

Durante esta espesie de renacimiento anticipado de las letras en el siglo del Rey sabio, figuraron en España dos br i l lantes lumbreras del saber, capaces por sí solas de ele­var á g r a n a l tura el crédito científico de u n p a í s ; tales fueron Arnaldo de Vilauova y Raimundo L l u l l , ambos discípulos de Alberto el Grande y dignos émulos del a n g é ­lico Dr . Santo Tomás.

Arnaldo de Vilanova , á quien con noble o rgu l lo cuen to entre los vastagos de m i fami l ia , fué de aquellos i lustres Médicos y Químicos que , s e g ú n Haller , comunica­ron sus luces á I ta l ia ; debiéndosele, entre otros descubr i ­mientos , el del ar te de destilar, que t an ta influencia lia ejercido en los progresos de las ciencias n a t u r a l e s por la facilidad de conservar las preparaciones anatómicas y zoo­lógicas.

Raimundo L l u l l , por sobrenombre el Doctor i lumi ­nado , fué eminente orientalista , y fundó en su patr ia escuelas para la enseñanza de las lenguas l a t i na , árabe y hebrea, con el fin de realizar u n a cruzada intelectual al África para s u b y u g a r con la persuasión y el ejemplo, mejor que con la fuerza de las a rmas , á los pueblos infieles : veri­ficó con tan laudable objeto tres expediciones á Túnez y Arge l , siendo v íc t ima de su celo en la ú l t i m a en 1315 y a octogenario. Grande era este t í t u l o al reconocimiento de las generaciones fu tu ras , pero no fué él solo , debiéndole la ciencia u n número verdaderamente prodigioso de obras, que algunos hacen subir á 1 ,000, ent re las cuales descuella el ar te Universal ó el g r a n A r t e , especie ele sistema nuevo ó árbol genealógico de todos los conocimientos humanos p u e s -

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tos en sus verdaderas relaciones, y del cual puede de­cirse que si no es h o y mas que u n a reminiscencia gloriosa de los trabajos científicos del i lus t re ma l lo rqu ín , fué en su siglo u n a de las concepciones mas colosales del en ten­dimiento, según la feliz expresión de u n escritor contem­poráneo ' .

R. L lu l l enseñó con g r a n honra para, su patr ia en Mont-pel ler , R o m a , París y Genova , en cuyas escuelas logró fundar cátedras para difundir el gus to por 'las l enguas orientales y el ar te universa l . F u é g r a n teólogo', m a t e m á ­t ico, astrónomo y físico, debiéndosele entre otros descu­brimientos el de la dirección de la aguja magné t i ca hacia los polos terrestres y el cambio de los del i m á n mas allá del ecuador. Los documentos en que se funda este t imbre honroso pa ra España son las obras mismas de L l u l l , en las cuales , y con anterioridad á J u a n de J o y a ó Goya , de Amalf i , de Rogerio Bacon y de Guyot que son los que le disputan t a n preciada g lo r ia , hab la de él con ta l claridad, que no admite duda a lguna ser el verdadero descubridor de este g r a n hecho.

La escuela de Amálelo y de Raimundo dio opimos f r u ­tos , dist inguiéndose ent re los discípulos de este el famoso Gabriel Fonseca, el cua l , con la perfección de su astrolabio y el nuevo método de est imar el viaje de u n b u q u e y su posición en la m a r , dio u n vigoroso impulso á la ciencia náu t i ca .

Ruiz González de Clavijo (madrileño) realizó á i i l t imos del siglo x iv y principios del x v u n viaje á la India que t e rminó en 1505 y del cual escribió el itinerario -.

Dedúcese de lo que antecedo que durante los siglos x n ,

1 COSTANZO. Estudio sobre la vida de Alberto el Magno. Madrid, 4 8 6 1 . ! AMADOR. Historia crítica de la Literatura española.

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XIII , x iv y par te del x v , que pueden considerarse como el verdadero pun to de part ida de la ac tua l civilización e u ­ropea , España se ha l laba al frente de aquel movimiento científico , merced al celo que los Alonsos manifestaron en l a creación de escuelas, independientes de los claustros y catedrales; y á los vastos conocimientos del E e y Sabio, de Amálelo de Vi lanova , ele L lu l l y de Fonseca que pe r ­sonifican aquella época, precursora y g e r m e n fecundo del verdadero renacimiento de las letras y ciencias.

Pero el período verdaderamente g rande en la his tor ia de las ciencias patrias , y que con razón debe calificarse de eelad de oro para la l i t e ra tu ra , las ciencias, las artes y ha s ­t a para las glorias mil i tares y las grandes empresas ma­r í t imas , fué el ú l t i m o tercio del siglo x v y casi todo el xv i . Reconquistada por completo la Penínsu la con la t oma de Granada, t é rmino feliz de la lucha mas gigantesca que r e ­g i s t r an los anales de las naciones; realizada por los Reyes Católicos la unidad de todos sus re inos , y establecida de hecho la Monarquía española , sus nobles y esforzados h i ­j o s , mirándose como miembros ele u n a nación poderosa, unidos por el interés común y por su elevado destino, i m ­primieron á su patr iot ismo y á su amor á la g lor ia el m a s encumbrado vue lo . La conciencia ele su propio valer y el afán de dar cima á increíbles h a z a ñ a s e r an generales en todo el pueb lo , no l imi tándose á destruir errores i n v e ­terados y á señalar el verdadero camino á la ciencia, que cu l t i vaban y difundían por toda Europa asombrada , sino que con u n valor que r a y a b a en he ro í smo, daban c ima á empresas l i t e ra r ias y m a r í t i m a s d ignas de esculpirse en mármoles y bronces.

No teniendo y a por entonces te r r i tor io que conquis tar de los moros , E s p a ñ a , comprenclienelo su g r a n destino, descubrió u n m u n d o nuevo , dando acogida y facilitando

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medios p a r a la realización de u n a empresa sin igua l á aquel que en su misma pa t r ia era ten ido por loco , y que fué rechazado como visionario por otras naciones que h o y figuran al frente de la civil ización europea, y que l levadas del despecho, h a n inven tado mi l fábulas pue­ri les pa ra rebajar la g lor ia que en este hecho ex t raord i ­nar io nos cupo.

A u n concediendo escaso, valor á la instrucción que el g r a n Almirante recibió de los intrépidos marinos por tugue­ses, y á los papeles que le comunicó Alfonso Sánchez de Huelva relativos á u n a expedición que contra su volun­tad verificó á lejanas t ierras, probablemente América, hecho apoyado por el historiador de Indias Francisco López de Go­mara , por Garcilaso y por el padre Acosta, siempre resul­tará que á la clara perspicacia y al corazón magnán imo de la primera Isabel , á la ilustración y decidido apoyo que Co­lon encontró en el P . J u a n Pérez , prior del Monasterio de la, Ar ráb ida , en el P . Deza de la Universidad de Salaman­ca ' , y al informe que el cosmógrafo catalán Ja ime Ferrer dio á los reyes Católicos acerca del proyecto de a q u e l , se debe el descubrimiento de u n nuevo cont inente , hecho que á la par que extendió prodigiosamente los dominios españoles, habia de contribuir t a n eficazmente á dilatar sobremanera los horizontes de la ciencia.

Y -si glorioso es el descubrimiento, no lo fué m e ­nos la rápida conquista de t an vastas regiones habitadas por razas denonadas y valientes, ¿Qué español no siente latir su pecho de alegría y noble orgullo al recordar las sorpren­dentes empresas de Cortés y P izar ro , de Almagro y Valdi-

1 Este h e c h o , puesto hoy fuera de toda duda, vindica i la mencionada Es­cuela del afrentoso cargo que le han hecho algunos extranjeros de haberse opuesto á las miras de Colop.

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v ía , de Ercilla y de tantos otros héroes al tomar posesión, á nombre de Casti l la, de los poderosos imperios de Méjico, el Pe rú y Chi le?

Pero prescindiendo de t a n sorprendentes hazañas , que el historiador y el poeta se h a n encargado de t rasmi t i r á la posteridad para ejemplo de las generaciones fu tu ras , y con­cretándonos al objeto del discurso, cumple consignar aquí , de u n modo m u y a l to , que las glorias científicas y l i tera­rias r ival izan con las militares en aquella época afortunada para la patr ia .

Con efecto, bajo la eficaz protección de los monarcas, muchos natural is tas con carácter de viajeros y colecto­res celosos los u n o s , y dedicados mas especialmente los otros á clasificar y describir los numerosos objetos recogidos en los vastos dominios españoles, en los que según expresión feliz nunca se ponía el sol, honraron á la patr ia á la par que extendieron considerablemente el dominio de las ciencias naturales .

Distinguiéronse entre todos ellos Alvarez de Chanca , médico de Sevilla y compañero de Colon en su segundo v i a j e , por las noticias que dio de varias producciones ve­getales del Nuevo m u n d o ; Fernandez de Oviedo por ser el primero que descubrió la declinación magné t i ca , resultado de sus repetidos viajes al Continente amer icano, y por su Historia na tu ra l y general de las Ind i a s , Islas y Tierra-firme del mar Océano, acompañada de los tratados sobre el guayaco y el palo santo; los dos Acosta, Cristóbal y el P . José, llamado este por Feijóo el Plinio del Nuevo m u n d o ; Hernández , el célebre médico de Felipe I I , de quien re­cibió el encargo de estudiar las producciones naturales de aquellas vastas y apartadas regiones; y mas tarde los Monardes, los Gumillas y otros cuya memoria h a n querido perpetuar por g r a t i t u d los botánicos mas famosos, creando

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géneros de p lan tas dedicados á t a n ilustres patricios Las variadas producciones de los tres reinos de la n a t u ­

raleza , los imponentes fenómenos volcánicos •, los acci­dentes notables del suelo , los meteoros de todas clases y hasta los cuerpos siderales que t an distinto aspecto c o ­munican á la bóveda celeste en aquel hemisferio, escitó la admiración y el noble deseo de estudiarlo á los afortunados viajeros cuya sagacidad lo abrazó todo, consignando por medio de la prensa u n cúmulo de preciosas observaciones que h a n servido para comunicar á las ciencias u n a marcha rápida y portentosa.

Con sobrado fundamento decia el abate Lampil las que l a divina Providencia que por su especial y adorable distinción escogió á la nación española para hacerla señora de u n n u e ­vo mundo , y para comunicará Europa los inmensos tesoros que tenia depositados la naturaleza en el seno de los p u e ­blos mas incultos, se dignó también de proveerla de h o m ­bres insignes que fuesen instrumentos capaces de t a n ad­mirables empresas.

Dado el impulso á la ciencia desplegóse á la sazón en España u n a actividad t a l , que solo en siglos m u y posterio­res la encontramos i g u a l ó análoga en las naciones mas cul tas . Así es que al espirar el siglo x v , Antonio de N e -br i ja , discípulo de Apolonio, no solo fué extraordinario por su vasta erudición y como restaurador de las humanidades, sino que también por su profundo saber, publicando en 1491 u n tratado de Cosmografía que le dio g r a n fama, y midiendo el primero u n grado terres t re , para lo cual prac­ticó muchos y delicados experimentos.

• El Sr. Colmeiro, en la Memoria premiada por la Biblioteca Nacional , de donde proceden estos datos , ha tenido el feliz pensamiento de reunir los nom­bres de géneros dedicados á naturalistas españoles, y su número excede de trescientos.

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El Brócense quiso igua lmente probar que sus conoci­mientos no se l imi taban al de las l e n g u a s , distinguiéndose al propio tiempo como profundo matemát ico. . E n los albores del xv i br i l laba en Salamanca y mas

tarde en la Universidad de Par ís , el famoso aragonés Pedro Ciruelo , adquiriendo g r a n fama , no solo en la cátedra, sino con los Comentarios de Euclides y u n curso completo de matemáticas que publicó.

E n 1513 el eminente Alonso de Herrera, bajo la protec­ción del g r a n Cisneros, dio á luz en Alcalá su famosa obra de Agr i cu l tu ra , considerada por espacio de tres siglos como código fundamental para su enseñanza.

E n 1554 Fernando Nuñez P inc iano , profesor de Histo­ria na tura l en Salamanca y Alcalá y filósofo famoso , escla­reció los lugares oscuros y dudosos de la Historia n a t u r a l de Plinio en la obra in t i tu lada Observationes in loca obscura et depravata Historia} naturolis C. Plinis, ejemplo que si­guieron también Pedro Chacón y el célebre valenciano A n ­drés Es t rany , maestro de San Francisco deBor ja .

Gozaban á la sazón de u n a reputación europea Gonzalo Eodriguez de F r i a s , Dosma Delgado, profundo matemát ico y conocedor además, del hebreo , caldeo, asir io, gr iego y l a t ín ; J u a n Martínez Silíceo y el valenciano Gerónimo Muñoz , profesor en la Universidad de Valenc ia , á quien Ticho Brahe miraba como uno de los mas grandes geóme­tras de su época, como lo acreditó con la publicación en París , en 1574, del famoso tratado sobre el Nuevo Cometa, vertido m u y pronto al francés; y en Valencia en 1566, de las Instituciones matemáticas que le dieron g r a n lama.

Por entonces también Alfonso de Santa C r u z , cosmó­grafo mayor de Indias , autor de u n tratado de Cosmografía ó inventor de las Cartas esféricas y de instrumentos que fa­cili taron mucho la navegación, daba lecciones de Astrono-

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m í a , en la Corte de Carlos V , en presencia del emperador, quien no contento con honrar de esta manera á la ciencia y á su digno in té rpre te , promovió asambleas para perfeccio­nar las Cartas geográficas con los datos que exigía de los marinos al te rminar sus atrevidas espediciones.

F i g u r a entre estas la que empezada bajo la dirección de Magallanes en 1519 terminó en 1523, dist inguiéndose en ella el famoso Sebastian el Cano , de Guetar ia , á quien el emperador en jus to agradecimiento y en recompensa de h a ­ber dado el primero la vue l ta al mundo le concedió noble­za, y por escudo de armas u n globo con la leyenda: Pri­mas me circumdedisli.

El mismo Magal lanes , aunque por tugués de nación, puede contarse ent re las glorias pat r ias , pues en t ró al ser­vicio de España en 1517, y el descubrimiento del estrecho que l leva su n o m b r e , lo verificó en la espedicion mar í t ima que Carlos V mandó á las Molucaa.

E n 1539 Blasco de Garay distinguióse por el descubri­miento de convertir en potable el a g u a del m a r , por el pro­cedimiento para extraer los buques sumergidos y el de ha ­cerlos marchar sin velas n i remos, experimento que se practicó en Barcelona en 1543 en el b u q u e Trinidad. Blasco de Garay precedió, de consiguiente, á Fu l ton en la aplica­ción del vapor de dos siglos cerca.

También merecen una. especial mención el capitán Francisco de Orellana, compañero de Pizarro en la conquis­t a del P e r ú , por ser el primero que bajó y dio á conocer el rio de las Amazonas; y Vasco Nuñez de Balboa, célebre n a v e g a n t e , á quien se debe el descubrimiento del mar del Sur en 1513.

Una pléyada de valencianos i lustraron á mediados del siglo xvi todos los ramos del saber , honrando sobremanera á la patria. Descuellan entre todos Pedro Ja ime Esteve , na -

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t u r a l de San Mateo, que se dist inguió como médico, ma te ­mático y orientalista en las escuelas de Montpeller y París , y por sus exploraciones en todo el reino 'de Valencia ; Pedro J u a n Ol iver , compañero de Vives , no inferior á Nebrija en el estudio de las Humanidades , en la Filosofía y Mate­mát icas , á j u z g a r por el elogio que de él hace el erudito Pedro Agus t ín Moría; J u a n Gélida, de quien decia Vives alter nostri temporis Aristotelis, ocupó las primeras cátedras en Burdeos y París , siendo después Rector del Colegio l l ama­do del Cardenal le Moine: Pedro Monzó, á quien se debe la loable costumbre de anteponer á la Lógica el estudio de la Aritmética y Geometría, y la publicación en 1559 en Va­lencia de u n a Dialéctica cuyo método, claridad y pureza de lenguaje manifiesta, en sentir del Abate Lampi l las , ser digno el autor de estar alistado entro los filósofos mas c u l ­tos del siglo x v i ; Pedro N u ñ e z , g r a n matemát ico , l lamado por Sciopio Philosophorum facile princeps, y Perpiñá, notable por sus profundos conocimientos y por las obras que publicó sobre Filosofía: Lu i s Collado, digno émulo del divino Va­lles , descubrió el hueso del oído l lamado el estr ibo, que dio á conocer en la obra de Anatomía publicada en Valen­cia en 1555; Nicolás P o l i , médico de Carlos V ; Pedro P in ­tor y Gaspar Torrel la , á ú l t imos del siglo x v y principios del x v i , adquirieron jus to renombre en Roma como médi­cos de Alejandro V I , de Pió III y Jul io I I , y como autores ambos de los primeros tratados de Morbo gallico y sobre la manera de usar las fricciones mercuriales para combatirlo. J u a n Salón, matemático m u y apreciado de Gregorio XIII , que contribuyó con el cordobés J u a n Ginés Sepúlveda y Pedro Chacón, á quien apellidaron el Varron de su siglo, á la t an deseada corrección del Calendario romano. Pero en t re todos ellos descuella el inmorta l J u a n Luis Vives por ser ta l vez la figura mas grande de la época, no solo como

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restaurador de las buenas le t ras , siguiendo las huel las de Nebrija , de Alvarez y el Brócense, sino que también por ser el primer reformador de la Filosofía en la Europa moderna, como decia en el epígrafe de su biografía el erudito Mayans : Fodit Vives fundamenta firmísima ad veram philosophiam cedificandam quam postea slruxit Franciscus Baconus.

Este genio extraordinario, profesor en Lovania y Oxford, de quien decia el príncipe de la erudición y de la crítica del s ig lo , el g r a n Erasmo, escribiendo al canciller Moro: De Ludovico Vivis ingenio gaudeo meum calcidum cum tuo con­sentiré; is unus cst de numero eorum qui nomen Erasmi sint obscurati.

Tan eminente fué en todos los ramos del saber, cuanto injustamente olvidado como oportunamente hace notar el malogrado autor de la vindicación de Vives 1 : «no sé si me «sorprendió mas su extraordinario méri to como reformador »de todos los ramos del saber, ó el injusto olvido en que »yacen sus eminentes servicios á la causa de la razón y de »las luces,» y mas adelante manifiesta él mismo que lo que se propone probar y lo que con efecto probó con g r a n honra suya y con razones concluyentes fué: «que si Bacon echó »los cimientos de las verdaderas ciencias, fué el filósofo es-»paíiol quien desmontó el terreno, abrió las zanjas y puso »las primeras piedras ;» que Ramus apenas contr ibuyó á esta g rande obra, y que aunque tuv ie ra en ella a lguna pa r t e , su gloria era mas nues t ra que s u y a , pues no hizo mas que repetir algo de lo que ve in te años antes habia d i ­cho nuestro valenciano.

La valent ía y fina crítica con que atacó la vanidad y ridiculez de la lógica de la escuela dialéctica en su famosa

1 Muzquiz, profesor de Valladolid.

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obra t i tulada In pscudo dialectos que apareció en 1519 siendo profesor euLovaina , y que t a n t a admiración causó á Erasmo, á Tomás Moro y hasta en a lguno de sus maestros de Pa ­rís, que tuvieron la franqueza de declararle que después de leida deploraban el tiempo que habían perdido en aprender lo que t an victoriosamente i m p u g n a b a ; corre parejas con el talento y profundo saber que demostró en su prima philo-sophia, y mas que todo en la obra que coronó su inmarce ­sible glor ia , la de causis corruptarum arlium, de tradendis disciplinis el de artibus. E n la pr imera , este at leta del en ten­dimiento se propuso nada menos que derrocar él solo la filosofía escolástica; es decir, el ídolo de su s iglo , la sobe­rana pacífica de las escuelas, como dice Muzquiz, y esto sin otras armas que su razón y su p luma , su celo ardiente y convicción ín t ima. Lo mismo se propuso también en el libro de Los comentarios, al que debió la protección de Enrique VII I de Ing la te r ra , y de c u y a obra dice Brucker en su Historia philosophice, que aunque Vives no hubiera publicado otra le bastaría esta para probar que habia sido u n excelente f i ló­sofo , y el primero que se habia atrevido á atacar de frente al escolasticismo, y á presentarle en toda su horrible des­nudez , despreciando con generoso ánimo los peligros á que se exponía.

E n la de causis corruptarum artium, de tradendis disci­plinis el de artibus, verdadera piedra angu la r de la filosofía posit iva que nació con V i v e s , este á fuer de reformador de buena ley no solo indica las causas de la decadencia de las, ciencias, sino que propone el verdadero remedio para com­bat i r las . Parece na tu ra l y hasta lógico, con efecto, que quien t an minuciosa y filosóficamente descendió á i m p u g ­nar errores señalando sus verdaderas causas , indicase el modo de evitarlos y de progresar en la investigación cíe la verdad. En confirmación de esto mismohó aquí cómo se ex-

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presa en el capítulo V del l ibro 3 / Ad incógnita enim itur per cognita, ct ad mentis judicium per sensuum functiones: proposiciones que confirmadas en otros pasajes de la obra, demues t ran claramente que á Vives y no á Locke n i á Des­cartes , se debe la gloria de haber restablecido en toda su pureza el principio aristotélico, fundamento de la filosofía positiva, de que todas las ideas objetivas nos vienen por los sentidos, y que solo por inducción podemos establecer re ­glas generales; ó en otros té rminos , que se necesita obser­var la natura leza para conocerla.

El que además consideraba has ta impío el tomar la doctr ina de n i n g ú n hombre por medida de la h u m a n a in t e l igenc ia ; quien supo arrebatar á Fontenel le la g lor ia que los franceses le a t r ibuyen de ser el primero que aplicó la filosofía á la l i te ra tura ; el que con la elegancia y c l a ­ridad que le eran propias ds.daró que el atraso de las c i e n ­cias era debido al abandono de la observación y al a b u ­so de las abstracciones como si todo estuviera ya conocido; el que antes que Locke y Condillac trazó el verdadero mo­do de proceder eu las ciencias de h e c h o , y supo indicar los principios fundamentales de la ideología, demostrando lo innecesario é inasequible de las causas primeras y finales; el que en sus tres libros de animo et vita desterró de la m e ­tafísica la gerga bárbara de las escuelas m u c h o antes qu e Descar tes ; quien trazó el método para el estudio de la Me­dicina, insistiendo en la necesidad del conocimiento de las ciencias na tura les y de la A n a t o m í a ; para el del derecho c iv i l , en el que imi tando á Cicerón, supo aplicar la filo­sofía al estudio de las leyes y reconocer la necesidad de u n a ciencia de la legislación que él l lama Ars justilia;; el que por fin, prestó iguales servicios á la Gramát ica , á la E e t ó -r i ca , á la His tor ia , á la Crítica y á todos los ramos de la Filosofía; quien todo esto realizó en u n a existencia t a n

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corta ' merece se le considere como u n reformador u n i ­versal y u n verdadero por tento del saber y erudic ión. Cuantos en adelante secundaron el generoso esfuerzo de este g r a n filósofo como Bacon , Descartes, Lockc , C o n -di l lac y o t ros , que sin embargo h a n arrebatado los h o n o ­res que de derecho le per tenecían, bebieron sin duda a l ­g u n a en sus obras como en u n a fuente i n a g o t a b l e , las ideas primordiales de sus proyectos. Y a u n q u e es verdad que la mayor par te se h a n abstenido de confesarlo, t a n t o porque la env id ia es con h a r t a frecuencia compañera del deseo de la g lo r i a , cuan to por la poca jus t i c i a que siempre h a n merecido los españoles dé lo s ext ranjeros , esto impor­t a poco conservándose las obras de Vives como uno de los mayores t imbres de g lo r ia para la pa t r ia .

Verdadero cont inuador de la obra principiada por t a n ins igne filósofo fué Gómez Perera ó Pe re i r a , que publ icó en 1554 u n nuevo sistema de Física, contrar io á la ar is to­tél ica á la sazón d o m i n a n t e , estableciendo nuevos p r i n c i ­pios opuestos á la mater ia y á las formas sustanciales que imperaban en las escuelas.

Es indecible la fama que alcanzó en Alemania en el pr imer tercio del siglo xvi el na tu ra l i s t a y médico s e g o -v i ano Andrés L a g u n a , d igno competidor de Matt iolo, comentador é in térprete de Dioscórides y t r aduc to r de los escritos botánicos de Aris tóte les . Acompañó á Carlos V en la expedición mot ivada por los sucesos de G a n t e , h a b i é n ­dose dado á conocer por sus vastos y profundos conoc i ­mien tos y por los servicios que prestó á los hab i t an t e s de Metz y Colonia du ran t e la epidemia, y las discordias polí­t ico-religiosas que afligieron al país. A ins tancias suyas estableció Fel ipe II en Aranjuez u n j a rd ín b o t á n i c o , e l

1 V I V E S murió á los 48 años.

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pr imero de España, y mas a n t i g u o que los de París y Montpel ler .

E n 1519 publicó en Sevilla Mar t in Fernandez de E n -ciso u n a obra i n t i t u l a d a Suma de Geofrafia y del Arte de Navegar, con u n t ra tado de la esfera del sol y del mar , que dio g r ande reputación á su au to r .

Mayor aprecio alcanzó a u n Pedro Medina, famoso ma­temático por la obra de náu t i ca publicada en Sevilla, en 1 5 4 5 , reimpresa en 1552 y vertida m u y pronto al i ta l iano y francés como irrefragable test imonio de su grande mér i to é impor tancia .

Por aquel la época Miguel Servet y Francisco Reina descubrieron la circulación de la s a n g r e , anticipándose á Cesalpino y H i r v e o , á quienes in jus tamente se a t r ibuye este g r a n suceso. J u a n Val ve rde , en su Histor ia de la Composición del cuerpo h u m a n o , impresa en 1560 , corri-g ió muchos errores y aclaró la oscuridad de Vesal io, siendo t a l vez , el pr imer t ra tado de ana tomía i lustrado con l ámi ­nas que fnerón hechas por u n artista t ambién español, D. Gaspar Becerra.

E l divino Valles y el célebre Mercado elevan la Medi­cina patr ia á u n a a l tu ra prodigiosa, adquiriendo fama, eu­ropea; otros médicos españoles in t roducen , según Vesalio,. antes de 1546, el uso de la raíz de c h i n a , y en 1633 cono­cieron y propagaron en Europa la qu ina bajo la denomina­ción de polvos de la Condesa, en honor de la de Chinchón, esposa del v i rey del P e r ú ; el descubrimiento del tabaco y la importación en Europa del chocolate ó bebida mejicana, como se l lamaba en tonces , ci tada y a por Isidro López de Gomara en su Histor ia de las Indias que data, de 1553, honra i g u a l m e n t e á la pa t r i a .

Pedro P o n c e , s egún Valles en su Filosofía Sagrada , y Ambrosio Morales, en el libro de las Ant igüedades de E s -

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p a ñ a , i nven tó el arte de hacer hablar á los m u d o s , r eno­

vado en el siglo XVII por Pablo Bonet , conquistando la g l o ­

r i a que poster iormente se ha atr ibuido al abate L ' E p ó e , á Wall is y Armara .

J u a n Rojas con su comentarium aslrolabium, impreso en 1 5 5 1 , en unión del sevillano Alfonso de Córdoba con sus tablas astronómicas publicadas en 1517, y J u a n A g u i l e r a con los cánones aslrolabi i lustraron y ayudaron eficazmente, según Lampi l l as , al florentino Dant i para emprender el cuadrante de m á r m o l , la armi l la equinoxial y la meridiana de Florencia que t a n t a fama dieron á su autor . '

El siglo x v i , verdadera edad de oro para la p a t r i a , fué además el siglo de Cervantes y Lope de V e g a , los dos g e ­

nios mas extraordinarios que h a n honrado las l e t r a s ; del g r a n Cisneros, creador de la Universidad complutense y pro­

movedor de la primera políglota , obra colosal debida á Ne­

brija, el Pinc iano , López de Zúñiga , Alfonso Complutense, Alfonso Zamora, Pablo Coronel y J u a n V e r g a r a ; el siglo de J u a n Luis Vives, reformador de la filosofía; el de Herrera, legislador en a g r i c u l t u r a ; de Antonio A g u s t í n , de Melchor Cano, y Covarrubias, restauradores de la jur isprudencia ci­

v i l y eclesiástica; de Sebastian el Cano y de Magallanes, pr i ­

meros c i rcumnavegan tes ; de Servet y de Reina, d e s c u b r i ­

dores de la circulación de la s a n g r e ; de los graneles m é d i ­

cos Val les , Collado, L a g u n a , Mercado, Hernández , y otros muchos ; por ú l t i m o , el siglo de Peelro Ciruelo , de Geró­

n imo Muñoz, matemát icos ; de Pedro Benedic to Mateo, de Pérez , ele Oviedo, de los A costa, ele los Hernández, ele los Monardes y ele otros muchos y eminentes natura l i s tas .

Y como si la Providencia t uv i e r a decretado que se diera á conocer en todas las regiones del globo la re l igión s u ­

b l ime del Crucificado, por el in termedio elcl idioma majes­

tuoso calificado por Carlos V de el mas digno y adecuaelo

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para hablar con Dios, la l e n g u a castellana alcanzó t ambién en dicho período su verdadera fijeza y esplendor, dueña ya á la sazón de todas las condiciones que la determinan, como con t an ta erudición ha probado u n dist inguido profesor de esta Escuela 4 .

El siglo x v n y parte del x v m , aunque no fueron t an fecundos en eminencias científicas y descubrimientos i m ­portantes como el x v i , como si Minerva cansada de tanto culto en España hubiera, escogido otras regiones para asen­tar su solio, no deja de ofrecer a l g u n a figura notable y he ­chos gloriosos, siquiera sean desconocidos ó ma l apreciados.

Al espirar el siglo x v i , el geógrafo Rocamora publicó su Sphera del Universo ilustrada, con l áminas , obra cono­cida y m u y estimada, en el siglo x v n : en el primer capí­tu lo encarece su autor l a necesidad, del estudio de las m a ­temáticas , demostrando el fruto que de él se saca para el conocimiento de la Astronomía y Geografía.

E n 1600 apareció el ar te de los metales por el l icen­ciado Alvaro Alonso Barba , Director de las minas del Po­tosí , que sirvió de gu i a por espacio de dos siglos para su explotación. E n el que se publicó en Madrid en 1640 aña­dió D. Alonso Carrillo Laso la descripción de las an t iguas m i n a s de España.

E n 1605 Gaspar Morales Boticario, viajó por I tal ia l le­gando hasta Sici l ia , herborizó en las playas de Valencia y publicó en Madrid u n a obra in t i tu lada Virtudes y propie­dades maravillosas de las piedras preciosas, en la cual de­mostró poseer vastos conocimientos en la m a t e r i a , si bien mezclados con a lgunas vulgaridades y no pocas fábulas, propias de la época.

1 M o N L A i ; , Discurso leido en la Real Academia Española en 27 de Set iem­

bre de 1863.

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El cosmógrafo Céspedes publicó en 1606 su famoso Re­gimiento de navegación, que le proporcionó m u c h a fama honrando al propio tiempo á la pa t r ia .

El famoso jesuí ta y misionero madri leño Nieremberg, no solo prestó cul to á las ciencias con la publicación de la curiosa y oculta Filosofía y la Historia natura}, sino que las enseñó con grande éxito en Madr id , a t rayendo por la ele­gancia de estilo que t an to le d i s t ingu ía , á la a l ta sociedad y á las personas de g u s t o , mereciendo en t r e estas u n a e s ­pecial mención el g r a n Lope de V e g a , quien inspirado por la belleza del a sun to , compuso u n poema apologético de las ciencias.

Bernardo Pérez de Vargas dis t inguióse en el siglo x v i como mineralogis ta , con su tratado relat ivo a l a MetaMrgia.

El número de los botánicos fué considerable en los si­glos x v n y x v í n , mereciendo citarse en t re e l los , s egún el Sr. Colmeiro, Robles Cornejo, médico de Salamanca, por la obra que escribió de las p lantas de la Ind ia Occidental y examen de los simples medicinales , que no l l egaron á p u ­blicarse: Bernabé Cobo, jesuí ta de J a é n , que permaneció en América desde 1596 has ta 1653 donde escribió u n a h i s ­toria del Nuevo m u n d o , en la que t ra tó de las cosas n a t u ­rales de aquellas regiones y par t icu la rmente de las p lan tas : Huer ta , como traductor d é l a s obras de P l in io : Cienfuegos, autor de u n a Historia na tu r a l de las p lan tas , en siete tomos en folio con dibujos i l uminados , publicada en 1627 : I lde­fonso S rolla y Melchor V i l l e n a , valencianos , por varias obras descriptivas de p lantas : A l s ina , autor de u n a historia n a t u r a l de las Islas Bisayas; Escolano, que en su historia d3 Valencia menciona a lgunas plantas que se encuent ran en aquel la provincia.

A ú l t imos del x v n apareció en Barcelona la familia de Salvador, que alcanzó g r a n fama en casi todo el x v í n por su

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decidida afición á las ciencias na tura les y en especial á la Botánica. Empezó la inclinación al estudio de estos ramos del saber con J u a n , padre y maestro de J a i m e ; siguió á este su h i jo , J u a n t ambién , el mas sabio de todos y c u y a reputación fué europea, logrando el aprecio de los hombres mas eminentes de la época y m u y par t icularmente de Tou-nefort y Jussieu. José heredó igua lmente el gus to por las ciencias, en las cuales se d i s t ingu ió , si bien menos que J u a n y Ja ime.

Tampoco escasearon los na tu ra l i s t a s , matemát icos , físi­cos y marinos en España en el siglo x v m , sobre todo des­pués del advenimiento al trono de Felipe V , de Fernando V I y duran te el reinado de Carlos III y IV, príncipes i lustrados que dispensaron u n a decidida protección á las ciencias, creando Academias , el Ja rd ín Botánico de Madrid, el Ga­binete de Historia na tu r a l y el Observatorio, y organizan­do expediciones marí t imas y científicas que hicieron renacer el amor al saber y á la g lo r ia , que tan to había dis t inguido á los españoles en los siglos anteriores.

Bastaría ci tar á Ulloa y Jo rge J u a n , á Torrubia y Fei-jóo , á los e rudi tosMayans y Casiri y á otros muchos , para justificar la importancia que España y sus hijos supieron alcanzar.

A principios del s ig lo , distinguióse en Madrid como químico eminen te D. Fé l ix Palacios, que, acaso el primero en Europa, supo preparar el fósforo.

El valenciano Gumil la adquirió g r a n renombre con la publicación de su Orinoco ilustrado en 1741.

D. Fe l ipe de l a Torre Barrio publicó en Madrid en 1743 el Ar t e ó Cart i l la del nuevo beneficio de la p l a t a y de otros me ta le s , obra m u y impor tan te para la explotación.

E l g ranadino padre Torrubia publ icó en 1754 el tomo p r imero , único que h a visto la l u z , del Aparato para la

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His tor ia n a t u r a l española , obra que á t r a v é s de a l g u n o s er rores , disculpables en aque l l a época , con t i ene observa­ciones m u y curiosas , siendo una de las p r imeras en que se d ibu j a ron , en t rece l á m i n a s , fósiles españoles m u y b ien caracterizados , y que han servido en el siglo a c t u a l de base para el estudio de la Geología de la pen ínsu la .

Contemporáneo y émulo de Torrubia fué el famoso y n u n c a b ien ponderado benedic t ino Fe i jóo , que a u n q u e menos práctico en las c iencias de obse rvac ión , se h a l l a ­ba dotado de t a l e n t o m a s claro y de u n a ins t rucc ión m u y superior, abarcando á la vez todos los ramos del saber. Feijóo, no se d i s t ingue t a n solo por u n a erudic ión u n i v e r ­sal y enciclopédica, s iguiendo el mov imien to i n t e l ec tua l de la Europa c u l t a , sino t a m b i é n por su g r a n poder de in­tu ic ión que lo colocó m u y por enc ima de su siglo, indicando la causa probable de ciertos fenómenos t e r r e s t r e s c u y a esencia no está a u n b ien ave r iguada . E n Feijóo no se sabe qué admirar mas , si l a va l en t í a con que atacó de frente todas y cada u n a de las preocupaciones de su s i g l o , no sin caer él mismo en a l g u n a , ó el raro t a len to con que abordó las cuest iones m a s delicadas. Con s ingu la r a c i e r t o , e rud i ­ción , cr í t ica y agudeza de ingen io t r a t ó el g r a n prob le ­m a sobre la población de ' América y las revoluciones del g lobo; rebatió con copia de razones t a n filosóficas, que el mismo Cuvier no las desdeñara , la errada opinión de Tor­rub ia y otros de su época de ser todos los fósiles efecto del d i luvio ; manejó m u y b ien la cues t ión de los elefan­tes fósiles de Siberia, que a u n h o y es tá por reso lver ; escribió con acierto sobre l a cristal ización de los mine ra ­les , sobre las au ro ras bo rea l e s , los l e v a n t a m i e n t o s y os­cilaciones del suelo ; dio casi por cosa a v e r i g u a d a la ex is ­t e n c i a del calor c e n t r a l del globo , que solo en 1819 pudo demost rar Cordier ; por ú l t i m o , pa ra no abusar de vues -

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t r a paciencia , bas t a rá c i t a r e n elogio de Feijóo la obser­vación de ser t a l vez el p r imero que a t r ibuyó u n a g r a n p a r t e de los terremotos á l a inf luencia del m a g n e t i s m o t e r r e s t r e , idea que hoy corre como n u e v a , y que el filó­sofo español hab i a emitido en l a Car ta 14 . a del tomo 5.° y e n u n l ibro que publicó en 1756 sobre e l te r remoto de Lisboa. E n s u m a , Feijóo represen ta u n a de nues t r a s m a s l eg í t imas glor ias científicas á mediados del siglo x v n i , en cuyas Cartas e rud i tas y Teatro crítico se e n c u e n t r a u n arsenal i nago tab le de s abe r , completamente olvidado de los ex t ranjeros .

D. Gui l lermo Bowles , inglés de n a c i m i e n t o , pero na ­tura l izado en España , s iguiendo las. hue l las de Feijóo y T o r r u b i a , publicó en 1775 la In t roducc ión á l a His tor ia n a t u r a l y Geografía física de E s p a ñ a , fruto de las repeti­das excursiones que hizo por su terr i tor io de c u e n t a ó en comisión del gobierno de Carlos III .

I) . Gaspar Casal publicó en 1762 la His tor ia n a t u r a l y médica del Pr inc ipado de As tu r i a s , en el que descubrió por pr imera vez el succino en las pizarras del carbón.

Al propio tiempo que los españoles adquir ían g r a n r e ­nombre en la península con las mult ipl icadas publicaciones que daban á la estampa en todos los ramos del saber , los monarcas , y especialmente Felipe V , Fernando V I , Car­los III y I V , dispensaban la mas eficaz y decidida p ro tec ­ción á las ciencias y á sus adeptos, organizando expedicio­nes que fueron m u y provechosas para aquellas y honrosas á la patr ia .

La primera se realizó en 1735 en el reinado de Felipe V , destinando á D. Antonio Ulloa y D. Jorge J u a n para que acompañaran á La Condamine y demás académicos f r an ­ceses. Ambos á dos, estos dist inguidos marinos alcanza­ron g r a n reputac ión , no t a n solo por la par te que toma-

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ron en la p r imera medición de u n arco del meridiano en el P e r ú , consignado por Jorge J u a n en la relación histórica del viaje á la Amér ica del Sur , que apareció en Madrid en 1 7 4 8 , sino t ambién por otros estudios impor t an t e s . Ulloa publ icó además, varias obras de Geografía, Matemáticas y Astronomía, la Observación del eclipse desoí ocurr ido en .21 de J u n i o de 1 7 7 8 , y las Noticias Amer i canas , l ibro ameno en el que consignó todas las cosas notables que observó en los t res re inos de la na tu ra l eza , en el te r r i tor io y en el c l ima de t a n impor tantes regiones.

D. Jo rge J u a n , va l enc i ano , alcanzó repu tac ión euro­pea por su Tratado sobre l a resistencia de los filudos; por el de navegac ión destinado á los guardias m a r i n o s ; por el de mecánica aplicada á la construcción n a v a l , y por la eficaz cooperación que prestó á la Condamine .

También se d is t inguió por la misma época otro m a r i ­no y matemát ico famoso, Anton io Tofiño; autor de la verdadera Geografía m a r í t i m a de la penínsu la .

E n 1777 se dispuso por Carlos III o t ra expedición en­comendada á Ruiz en calidad de jefe, el cual llevó á Pavón y al francés Dombey , cuyo objeto era explorar las ricas y ví rgenes comarcas del P e r ú y Chile. Los frutos de este viaje , además de las numerosas p lan tas y dibujos r e c o g i ­dos , muchos de los cuales se perd ieron en siniestros i ne ­vi tables , fueron la obra t i tu l ada Quinología que publicó Ruiz en Madrid en 1788 ; el Prodomus Floree peruviano} et chilensis que apareció en 1794 , y varios tomos de la Flora peruviana y chilena y el systema vegelabilium Flora; peruvia­na; et chilensis.

Otro viaje se organizó en 1 7 8 3 , cuyo objeto e ra e x ­plorar el reino de Nueva Granada , estando á cargo de José Celestino Mutis y de su sobrino Sinforoso M u t i s , ayu ­dados del criollo Eloy Valenzuela y del religioso Diego

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García. Los objetos mater ia les , p lantas y dibujos recogidos en este v ia je , y mandados á España en 1818 por Muri l lo , se conservan a ú n hoy en el J a r d í n Botánico de esta cor te , j u n t a m e n t e con las noticias y manuscr i tos que p e r m a n e ­cen inédi tos. Mutis no se d i s t inguió t a n solo como botá­nico , sino que era médico á la vez que matemático y as­t rónomo ; publicó ó redactó varios opúsculos y memorias sobre las Quinas , las P a l m a s , sobre el sueño y v ig i l i a de a lgunas p l a n t a s , y se d i s t ingu ió por el es tablecimiento en Santa F é de Bogotá de u n observatorio as t ronómico .

L a te rcera expedición data de 1787 ampliada en 1795 por Carlos I V ; t en ia por objeto estudiar el reino de Nueva España ó Méjico, y se enca rgó á MarÜn Sesé, médico y botánico d i s t i n g u i d o , á Cervantes , L o n g i n o s , Casti l lo y después á Mociño , quienes en compañ ía de los dibujan­tes y disector recorr ieron en nueve años u n a d is tancia de 3.000 l eguas p róx imamente , desde el cabo de Arenas en la costa or iental de N i c a r a g u a , has ta la embocadura del rio Hiagu i en el golfo de California. Los resul tados de esta expedición fueron u n considerable herbario que se ha l l a in te rca lado en el genera l del J a r d í n B o t á n i c o , mas de mi l dibujos de p lan tas y otros t an to s de an ima les , y pre­ciosos manuscr i tos sobre la Flora de Gua temala y Méjico que en t res tomos en folio se conservan en el mismo Bo­tánico de esta corte .

La cuar ta y ú l t i m a expedición organizada en 1789 t e ­n ia por objeto dar la vue l t a al mundo y explorar en todos conceptos los puntos que vis i taran; fué confiada á Malas-pina como jefe , á quien se asociaron el francés natural izado Née , los dos hermanos Pineda y varios dibujantes como en las anteriores. E l viaje duró cinco años , en los que recor­r ieron casi toda la América , las islas Fi l ip inas , las Maria­nas y la Nueva Holanda; los resultados fueron 10.000

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p lan t a s , mas de 300 dibujos y diar ios , con observacio­nes m u y curiosas, todo conservado en el Botánico de Madrid.

Mientras se realizaban t a n importantes exploraciones y como consecuencia na tu ra l del movimiento científico que imprimieron con la copia de datos y objetos curiosos que se recogieron, y la necesidad de clasificarlos y conservarlos, se creó el J a r d i n Botánico y el gab ine te de Historia n a t u ­ra l , en donde se depositaba el fruto de todas las expedicio­nes . Este conjunto feliz de c i rcunstancias despertó de nuevo el gus to por las c ienc ias , y aparecieron á la sazón muchos na tu ra l i s t a s y profesores d i s t ingu idos , en t re los cuales ad­quirieron g r a n reputación Quer, á qu ien se debe el Ja rd in Botánico establecido pr imero frente al soto Luzon y mas tarde en el de Migas-cal ientes , cedido por R iqueur á Fer­nando VI con dicho objeto; M i n u a r t , discípulo de Ja ime Salvador; los Barnades, padre é hijo, autor aquel de la pr i ­mera obra didáct ica que bajo el t í tulo de principios de Bo­t án i ca se publicó en español; Gómez O r t e g a , primer c a t e ­drático de Botánica en el j a r d i n , autor de m u c h a s y excelentes obras , á cuyo celo se debió la t ras lación del j a r d i n en 1781 al sitio que hoy ocupa, y el e s t ab l ec i ­mien to de Cátedras de Botánica en var ias provincias de España y en las posesiones de U l t r a m a r . Or tega trajo t a m ­bién por pr imera vez, desde Londres, los aparatos de P r i e s t -l e y pa ra analizar el a i re .

Ignacio Asso adquirió reputación europea con la p u b l i ­cación de el Synopsis planlarum y de la- Introduclio in oryc-tographiam el Zoologiam Aragonice.

Antonio P a l a u , segundo catedrático del j a r d i n , fué coautor de Or tega en el curso elemental de Botánica : á él se debe el haber vulgarizado las ideas del g r a n Lineo con la traducción del Species planlarum, la explicación de

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la Philosophic: botánica y de memorias y opúsculos de m u ­cho in te rés .

Pero entre todos descuel la , en esta especie de r enac i ­miento de las ciencias, el eminente valenciano Antonio José Cavani l les , noble r ival y sucesor de Gomez Ortega en el j a r d í n ; fué profesor infat igable, y sus publicaciones le co­locaron e n t r e los botánicos mas célebres de su época. La Monadelphia pub l i cada en Par ís y c u y a s l áminas fueron d ibujadas por él m i s m o ; las Observaciones sobre el r e i n o de V a l e n c i a , m o n u m e n t o g rand ioso e levado á su p a t r i a ; sus Icones el descriptioncs plantarum; su obra de Botán ica , en la cua l modificó la clasificación de Lineo y m u c h a s o t ras p r o d u c c i o n e s , e n t r e las cuales figuran los Ana les del Museo , de los que fué creador , le a s e g u r a r o n u n a fama y r e p u t a c i ó n europea .

Contemporáneo y paisano de Cavan i l l e s fué otro b o ­tán ico d i s t i ngu ido , V i c e n t e Alfonso L o r e n t e , ca t ed rá t i co de Botán ica en Va lenc i a , el cua l se dio á conocer con l a pub l i cac ión de var ios opúsculos y m e m o r i a s .

Anton io Mar t í , de T a r r a g o n a , á pesar de su s i n g u l a r m o d e s t i a , d i s t ingu ióse por sus expe r imen tos y obse rva ­ciones sobre los sexos y fecundación de las p l a n t a s que aparec ie ron en 1.791 en las Memorias de la Acade­mia de B a r c e l o n a , y sobre todo por h a b e r anal izado el a i re cor r ig iendo a l mismo Lavo i s s i e r , me rec i endo por ello los aplausos de los químicos de Europa que sancionaron i n m e d i a t a m e n t e los resul tados de su aná ­lisis.

Como médicos se d i s t ingu ie ron t a m b i é n en el s iglo ú l t i m o el sabio C e r v í , Mar t i n M a r t í n e z , u n o de los m e ­jo res ana tómicos de su t i e m p o , y el v a l e n c i a n o André s P ique r , h o n r a de su p a t r i a , y c u y a r e p u t a c i ó n fué eu ­ropea como el mismo P i n e l y Broussais lo dec la ran . Es

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admi rab le su obra sobre las C a l e n t u r a s y el t r a t a d o de Moral médica .

1). J u a n Ignac io Molina publ icó en 1776 la h i s to r i a n a t u r a l de Ch i l e .

D . Antonio P a r r a dio p r u e b a s de sus vas tos c o n o c i ­mien tos en Zoología en la obra que publ icó en 1782 i n ­t i t u l a d a Descripción de diferentes piezas de His to r ia n a ­t u r a l , las m a s del r a m o m a r í t i m o : e n t r e el las se d i s t i n ­g u e n los peces , c u y a co lecc ión , p roceden t e casi t oda de los mares de C u b a , se conserva en el Museo de Ciencias de Madr id .

La Química , que y a se h a b i a enseñado en el Colegio de Boticar ios desde 1768 en t i empo de Gómez O r t e g a , y en 1780 época de la c reac ión de l a p r i m e r a cá tedra q u e desempeñó D. Pedro Gut ié r rez Bueno , adqui r ió á ú l t imos del siglo u n g r a n desarrol lo m e r ced al vas to saber de P r o u s t , profesor l l amado por Carlos IV , y a l decidido apoyo que le pres tó este M o n a r c a , o rgan i zando u n L a ­bora tor io completo y magní f ico en la calle del Tu rco , que fué destruido en la g u e r r a de la Independenc ia . P r o u s t se dio á conocer por v a r i a s publ icac iones en el Journal de Physique de Lamclherie y con la de los Anales del P e a l Labora to r io de Segov ia , u n a de las obras m a s bel las y no tab les que por en tonces apa rec ie ron e n E u ­r o p a , en sen t i r del Sr . Gil y Za ra t e .

D . D o m i n g o García F e r n a n d e z , químico i l u s t r e y Di­rec to r g e n e r a l de la fábrica de sa l i t r e s y pó lvo ras , fué conocido v e n t a j o s a m e n t e como otro de los colaboradores de los Ana les del Museo , pub l icac ión d i r i g i d a por Cava -n i l l e s , y que j u n t o con el Semanar io de A g r i c u l t u r a d a n u n a m u y aven ta j ada idea del mov imien to científico de aque l t i empo .

E l in fan te D. A n t o n i o , celoso a m a n t e de l a c iencia ,

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estableció u n a cá t ed ra de qu ímica en su propio c u a r t o , t r a y e n d o de Alsacia al d i s t ingu ido n a t u r a l i s t a D. J u a n Mieg , que honró con sus vastos conocimientos á l a p a t r i a adopt iva .

El infante D. Sebas t ian , i l u s t r ado protec tor de las a r tes y c i e n c i a s , imi tó t a n noble ejemplo a u m e n t a n d o el g a b i n e t e de Fís ica y fomentando el es tudio de es ta c iencia y de l a Química . Este impulso produjo var ios discípulos que pe r t enecen y a al siglo a c t u a l , d i s t in ­guiéndose en t r e ellos D. Antonio Moreno , D. Franc isco O t a n o , profesor de Química en el Colegio de F a r m a c é u ­ticos de Zaragoza , Carbonel l y Brabo y D . Francisco Salva de Barce lona , á quien se debe el i nven to del t e l é ­grafo e léc t r i co , s e g ú n se desprende de la Gaceta de 29 de Noviembre de 1796 ; y el ins igne D. Mateo Orfila, dis­cípulo aventa jado de V a l e n c i a , pensionado por la J u n t a de Comercio de Barcelona p a r a es tud ia r en P a r í s , en donde , como es sabido, adquirió u n a r epu tac ión europea, no solo en cal idad de Profesor y Decano de la Facu l t ad de Medic ina , sino t a m b i é n por las obras de Química, Me­dic ina l e g a l y Toxicología que publ icó .

El siglo a c t u a l , á pesar de los sucesos políticos que conmovieron el pa í s , se i n a u g u r ó bajo felices auspicios pa ra l a ciencias. Cont inuó la publ icación de los Anales y Semana r io , en la que se d ieron á conocer ven ta josa ­m e n t e C a v a n i l l e s , C l e m e n t e , L a g a s c a , Zea, García (Do­n a t o ) , T h a l a k e r , Espiñe i ra y otros n a t u r a l i s t a s de fama.

E n 1806 el célebre c u a n t o i n j u s t a m e n t e olvidado Gim-b e r n a t , hijo del c i rujano fundador del Colegio de San Car los , publicó como fruto de l a rgos y penosos via jes , el p r i m e r m a p a geológico de S u i z a , acompañado de p r e ­ciosos cortes de las m o n t a ñ a s mas i m p o r t a n t e s , t r aba jo que no lo desdeñaría h o y el geólogo de mas nota . Visi tó

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en cal idad de t a l var ias reg iones de E u r o p a y e n t r e e l las I t a l i a ; estudió el Vesubio d u r a n t e la e rupc ión de 1822 y verificó en el Azufral de Pozzuelo , con r a r a s agac idad , observaciones y exper imentos m u y curiosos.

Contemporáneos de G i m b e r n a t fueron L a g a s c a y Cle­m e n t e , ambos discípulos de Cavan i l l e s y con t inuadores de las g lo r ias de su m a e s t r o . L a g a s c a fué el que i n t r o ­dujo en España el método n a t u r a l en Botán ica por medio de las lecciones que dio en el J a r d í n en 1808; descubrió además en España el l iquen i s l ánd ico , con lo cua l p res ­tó u n servicio inmenso á l a p a t r i a : fué au to r de las Amenidades ele las E s p a ñ a s , obra de l a m a y o r i m p o r t a n ­cia por el impulso que dio á la Botán ica española; y por ú l t i m o , auxi l iado de C l e m e n t e , r eun ió u n he rba r io r i ­quísimo con el fin de pub l i ca r u n dia l a F lo ra y l a C é r e s de la Pen ínsu la .

C lemen te (D . S imón de R o j a s ) , no solo se d i s t i n g u i ó como profundo conocedor de las l e n g u a s o r i en t a l e s , sino t a m b i é n como n a t u r a l i s t a y a g r i c u l t o r e m i n e n t e , s e g ú n lo acredi tó l a ace r t ada dirección cjue supo dar a l j a r d í n de ac l ima tac ión creado por Carlos IV en San lúca r ; con l a pub l i cac ión de el Ensayo sobre las va r i edades ele l a v id c o m ú n , que mereció ser v e r t i d a m u y p ron to a l francés y al a l e m á n ; la de otros opúsculos sobre las va r i edades ele t r i g o , sobre el cu l t ivo del a lgodón en E s p a ñ a ; l a I n ­t roducc ión á la c r i p t o g a m i a española en l a que tomó u n a p a r t e m u y p r i n c i p a l , y otros t raba jos l i terar ios que apa­rec ie ron en el Semanar io de A g r i c u l t u r a y en va r i a s adiciones al t r a t a d o de H e r r e r a ; s iendo el p r imero que demost ró la impor t anc i a en España de la Geograf ía bo -t á n i c a . Por o t r a pa r t e los m a n u s c r i t o s que dejó y se con­s e r v a n en el J a r d í n Botánico de l a c o r t e , a c r e d i t a n sus vas tos c o n o c i m i e n t o s , pues to que no se l i m i t a b a n á la

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Botán ica , extendiéndose i g u a l m e n t e á la Minera logía y Geología , c iencia la ú l t i m a m u y poco c u l t i v a d a á la s a ­zón, y acerca de la cua l cons ignó observaciones en ex­t r e m o curiosas é i m p o r t a n t e s .

También fué u n hecho glorioso pa ra el país l a expedi ­ción al in te r ior de África realizada desde 1801 á 1808, bajo la dirección del famoso Badía , conocido mas c o m u n m e n t e con el nombre de A l y - B e y , á qu ien debió acompañar Cle­m e n t e , discípulo suyo. El pensamiento del Gobierno e s ­pañol no dejaba de ser a l t a m e n t e po l í t i co ; y las no t ic ias que Badía publicó acerca de la Geografía física y las pr inc ipa les producciones de una par te de ese con t inen te , desconocido por en tonces , le p rocu ra ron g r a n repu tac ión .

Desde 1802 á 1805 v ie ron la luz públ ica los A p u n t a ­mientos pa ra l a His tor ia n a t u r a l de los cuadrúpedos y pájaros del P a r a g u a y de D. Fé l ix de Azara , m i l i t a r y m a r i n o , d i g n o h e r m a n o del háb i l diplomático y l i t e r a to D. Car los , que ve r t ió al i t a l iano la obra de Bowles=

Los dos Boute lou (Es teban y C l a u d i o ) , Rodr íguez , Sandal io de Ar i a s , B a h i , H e r n á n d e z y otros m u c h o s c o n ­t i n u a r o n c u l t i v a n d o con fruto la Botán ica y l a A g r i ­c u l t u r a , de c u y a s m a t e r i a s escribieron v a r i a s é impor ­t a n t e s obras y opúsculos .

D. Andrés del Rio publ icó en Méjico en 1795 y en 1805 los E lementos de Or ic tognos ia , acompañado el tomo 2." de la In t roducc ión á la Pas igraf ía geo lóg i ca , que el g r a n H u m b o l t r edac tó en cas te l lano para faci l i tar la i n t e l i ­g e n c i a de la h is tor ia física de l a t i e r r a á los a lumnos de l Rea l Seminar io ó escuela de Minas de Méjico.

Tal es , Señores , el l isongero cuadro d é l a h i s to r i a científica pa t r i a desde los t iempos m a s remotos h a s t a nues t ro s d i a s ; bas t ando esta l i g e r a y m a l t r a z a d a reseña pa ra demos t ra r el honroso pues to que en el movimien to

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i n t e l e c t u a l h a ocupado l a P e n í n s u l a , y p a r a desper tar al propio t iempo en la j u v e n t u d el noble deseo de im i t a r con el es tudio y el amor á la c iencia u n ejemplo que t a n t o ena l t ece al suelo pa t r io E n m a s de u n a época n u e s t r a nac ión h a sido l a que m a y o r i lu s t r ac ión h a a lcanzado en Europa y la que comunicó después el preciado tesoro del saber á los demás países : ¿por qué hemos de pe rmi t i r se nos v i t u p e r e , y aunados todos nues t ros esfuerzos no t r a ­t amos de v ind ica r , sobrepujándolos , á t a n t o s y t a n emi ­n e n t e s pa t r ic ios c u y a m e m o r i a será s iempre glor iosa?

Y t a n t o m a s necesar io es desper ta r este nob le es t í ­m u l o en l a j u v e n t u d , c u a n t o que h o y , s in que nos c i e g u e u n incons iderado celo por l a p a t r i a , las c iencias ofrecen e n t r e nosotros u n aspecto poco h a l a g ü e ñ o .

Var i a s son las causas á que esto puede a t r ibu i r se ; pero e n t r e todas la p r inc ipa l y m a s eficaz es , á m i modo de v e r , la c a r enc i a de u n a b u e n a o rgan izac ión en la enseñanza . Con e fec to , Señores , es de toda ev idenc ia que esta h a de su je tarse s iempre á las neces idades de la c iencia misma y á las t endenc i a s de la época ; razón por la c u a l , si d u r a n t e su infancia l a c u l t i v a r o n con e n t u ­siasmo y fé v i v a por el solo amor que la profesaban sus a d e p t o s , exc i tados además por acontec imientos e x t r a o r ­dinar ios y por el n a t u r a l deseo de exp lora r hor izon tes desconocidos, h o y que m e r c e d á los progresos real izados y a son pocos los que quedan por descubr i r , su enseñanza debe d i r ig i r se m a s b ien á u n fin u t i l i t a r i o , c o n s i d e r á n ­dola como la pa l anca m a s poderosa de las a r tes y de l a i ndus t r i a . Así lo ex ige t a m b i é n el s iglo en que v iv imos , s iglo que debe á l a c iencia l a e lec t r ic idad y el va -

1 Seria de desear que el Gobierno de S. M. restableciera la cátedra de la Historia de las Ciencias en la Facultad, á imitación de lo que sucede en las de Medicina y Farmacia.

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por, y que en t an to aprecia las e lucubrac iones científ icas, en cuan to estas le proporc ionan m a y o r s u m a de b i e n ­es ta r m a t e r i a l , i n t e l e c t u a l y m o r a l .

Es i n n e g a b l e t a m b i é n que si en el albor de l a evo­luc ión científica precedió la p rác t i ca á la t e o r í a , s iendo esta u n a consecuencia de a q u e l l a , b o y es i n d u d a ­ble que la apl icación debe considerarse como la s i e rva y m i n i s t r a de la c iencia p u r a , pa ra cuyo auxi l io fué i n s ­t i t u i d a ; y en su consecuenc ia , la enseñanza de esta debe preceder á la de a q u e l l a , á l a m a n e r a que se abre el surco en la t i e r r a an tes de echa r l a semil la .

Este m é t o d o , t a n lógico como consecuencia p rec i sa del n a t u r a l desarrollo de los conocimientos h u m a n o s y del fecundo pr incipio de la divis ión del t r a b a j o , h a sido iniciado en casi todos los p lanes de es tudios en el a c t u a l s iglo y en l a legis lación v i g e n t e de In s t rucc ión p ú ­bl ica , aunque s in l levarse á cabo, por causas m u y d iver ­sas y que h a n con t r ibu ido á que se r ea l i za ran los t r i s t e s va t i c in ios que u n a de las personas m a s celosas por el r amo h a c i a en 1854 '. Es te b u e n p a t r i c i o , c u y a pé rd ida l l o ran las l e t r a s , las ciencias y las a r t e s , dec ia en dicha época : «La seg regac ión hecha en el r amo de I n s t r u c c i ó n »públ ica de las escuelas especiales que h o y forman p a r t e »del Ministerio de F o m e n t o , es u n error g r av í s imo que «forzosamente h a de refluir en daño de los mismos es ta ­b l e c i m i e n t o s , de la ciencia y de los in tereses públ icos . »Cede en menoscabo de los es tab lec imientos y de la c ien-»c i a , porque en ellos se d e s t r u y e n la u n i d a d y concier to »en t r e las diferentes pa r t e s que forman el con jun to de u n «s i s t ema ; porque subd iv id iendo , ind iv idua l i zando y a i s -»lando los conoc imien tos , como h a n estado h a s t a a h o r a

1 REVILLA : Reseña histórica sobre la Instrucción pública.

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»en E s p a ñ a , se subdividen. é i nd iv idua l i zan i g u a l m e n t e »los intereses y sobrev iene l a mu l t ip l i c idad de escuelas

" «pr iva t ivas , s i s temát icas , i ndepend ien te s y r epu l s ivas en -» t r e sí por su índole p a r t i c u l a r ; porque las escuelas aisla-»das , n a t u r a l m e n t e des t ruyen ó a l t e r a n la c iencia , l l e v a -»das del afán de amolda r l a á u n objeto de t e rminado ; y »porque al fin cons iguen de este modo que no se l l e g u e á »formar j a m á s u n cuerpo sólido de doc t r inas científicas «apl icables á d is t in tos fines de aquel los á que las m i smas «escuelas h a n sido des t inadas . Pe r jud ica á los in te reses «públicos semejan te seg regac ión , porque la mu l t i p l i c i dad »de escuelas acrec ienta sobremanera los gas tos de e n s e -«ñanza y adminis t rac ión económica ; pues si a n t e r i o r -« m e n t e dando la enseñanza ar t ís t ica é i n d u s t r i a l en u n «es tablec imiento de ins t rucc ión púb l ica podia sobre l le -«varse aque l l a con unos mismos maestros y unos mismos «gab ine t e s , hoy no puede real izarse de i g u a l m o d o , por-»que cada sección busca la i n d e p e n d e n c i a , desea formar » u n cuerpo separado y exc lus ivo ; el n ú m e r o de c a t e d r á -«ticos h a de a u m e n t a r cons ide rab lemen te por este medio , «así como la formación de nuevos g a b i n e t e s , de n u e v a s «b ib l io tecas , laborator ios y colecciones de apara tos .»

Esta falta de armonía y un idad , a lma y sumo bien de la ciencia y pío general de todas las cosas, en sentir del maest ro León, acarrea ent re otros males el mas completo desacuerdo respecto del lenguaje científico, y ese espíritu egoísta y de frió cálculo mas pronunciado de dia en día en l a j u v e n t u d , y que solo el verdadero amor á la c iencia pura puede c o r r e g i r , pues como dijo u n a de nues t r a s eminencias l i t e r a r i a s 1 , e s t a , lejos de host i l i ­zar á n i n g u n a in s t i t uc ión , inspira por el contrar io sen-

1 N u Ñ r z A R E N A S . Discurso inaugural de 4862 á 4863 .

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timieritos de d ign idad y nobleza e n los q u e l a cu l t ivan . A evi tar , ó por lo menos , á corregir en lo sucesivo estos

y otros males á la ciencia y á la patria- debe aspirar todo b u e n legis lador , dando estabil idad y organización á la fa­cu l t ad de Ciencias y poniéndola en armonía con las escue­las que de e l la deben emanar como consecuencia lógica y n a t u r a l . Y esto es prec isamente lo que repet idas veces se lia in ten tado en la P e n í n s u l a , si b i en n u n c a ha llegado á realizarse. Así es que en el p l an de las Cortes de 1821 1 y en v i r t u d del a r t . 67 se creaba en Madrid u n a escuela politéc­nica cuya mis ión era proporcionar ¡a enseñanza coman y pre­liminar, palabras t ex tua l e s , para las diferentes escuelas de aplicación; en el ar t . 68 se marcaban las ma te r i a s que ha ­bían de const i tu i r d icha preparación, y en el 70 se dispo­nía que examinados y aprobados los alumnos en dicha escue­la , podían pasar, sin necesidad de nuevo examen, á las escue­las de artillería, ele ingenieros de minas, de canales, puertos y caminos, de ingenieros geójrafos y de construcción naval.

El e m i n e n t e Quin tana en el preámbulo al proyecto del p lan de 1813, reproducido en 1 8 2 1 , decia á la Regencia á propósito de la enseñanza preparatoria lo s i g u i e n t e : « La u t i l i dad de estos estudios es t an visible , su influjo sobre las fuentes de la r iqueza públ ica t a n u n i v e r s a l , que la J u n t a no molestará la atención de V. A. extendiéndose en su elogio ó engrandeciendo su importancia. Estas c i e n ­cias (físicas, exactas y na tu ra l e s ) , con respecto á la for­m a d m del en tendimiento h u m a n o , le ofrecen u n medio de ejercitarle sumamente fácil y extensivo á m a y o r n ú ­mero de jóvenes , e tc . Los beneficios de su aplicación .á los usos de la vida son t a n palpables como inmensos, y los

1 Los autores de este plan fueron Muñoz Torrero , Vargas Ponce , Martínez de la Rosa , García P a g e , Navarro , Cortés , Martel , Rodiiguez Queípo, C le ­mente , Jancr, Quintana, Gutiérrez, Cuadra, Tapia, Navias y Lagasca .

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filósofos que s iguen la m a r c h a de sus progresos, p reveen y a l a revolución que su influjo práctico y directo v a á causar en las ar tes . »

Los acontecimientos del año 2 3 , t a n fatales al r é g i m e n cons t i t uc iona l , malograron este pensamiento grandioso que de seguro hub ie ra dado opimos y abundan tes frutos.

Persuadido el i lustrado au to r del p l a n de 1835 de la impor tanc ia de los estudios teóricos como base de la a p l i ­cac ión , creó el colegio científico de Alcalá con dicho ob­j e t o ; pero los sucesos de la Granja y la penur ia de los fon­dos de Ins t rucción públ ica impidieron por segunda vez la realización de t a n fecundo pensamien to .

Tampoco lo o lv idaron los autores del p l a n de 1845 ', si bien fieles al s istema d e ^ o proponer nada que no fuese real izable i n m e d i a t a m e n t e , n i excediera de los recursos pecuniar ios con que se con taba , s egún el mismo Gil y Za­r a t e , aplazaron su realización pa ra m a s ade t an t e . Dióse, sin e m b a r g o , entonces u n g r a n paso con el establecimien­to de los t res períodos que el n a t u r a l desenvolvimiento del saber rec lama, esto es , los elementos de todas las ciencias, base firme y común á todos los usos de la vida (segunda enseñanza ) ; la ampliación de las mismas como preparación indispensable para las d iversas carreras facultat ivas que representan el tercer período de la evolución del s a b e r , ó sea la aplicación á determinados fines. Prontos y en e x t r e ­mo satisfactorios fueron los resultados de esta acertada re forma, pero poco duraderos por desgracia , pues d e s ­aparecieron con el p lan r e g l a m e n t o de 1852 los años l l a ­mados prepara tor ios , años que si los h a resistido la des­aplicación y la ignorancia no h a n podido, en principio, ser combatidos por nadie a .

1 Marqués de Pidal, Gil y Zarate, Revilla y Guilleu. 2 G I L Y ZARATE. De la Instrucción pública,

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Completaron t a n fecundo pensamiento aquellos celosos legisladores de la públ ica ins t rucc ión , creando u n a escue­la prepara tor ia que con el carácter genera l que quisieron darle correspondia á la poli técnica iniciada por los l eg i s ­ladores de Cádiz. Desechada , sin e m b a r g o , l a idea de g e ­neral izar dicha ins t i tuc ión á los demás centros de ense­ñanza , hub ie ron de l imitarse á dar le el carácter de estudios prel iminares para las carreras civiles de aplicación. Pero como si la fatalidad pesara en nues t ro suelo sobre todo lo g r a n d e , noble y de miras e levadas , aquel la ins t i tuc ión que de seguro hubiera regenerado la ciencia p a t r i a , fué ahogada casi al nacer, desapareciendo á impulsos de pueriles susceptibilidades y de intereses ma l en t end idos , que no pudieron , sin embargo , borrar los buenos resul tados que en su corta existencia 1 proporcionó al país y á la ciencia .

La idea subs i s t e , empero , y subs is t i rá , estad seguros, á pesar de la oposición que le sale al e n c u e n t r o , h a s t a que logre rea l iza rse , s iendo, como es , hi ja de u n a necesidad reconocida por toda persona de recto ju ic io y sana in ten­ción. Así es que la vemos reproducida en el proyecto de l e y presentado á las Cortes por u n d is t inguido hijo de es ­ta escuela " en 1 8 5 5 , en v i r t u d del cual se creaba en Ma­drid u n a ins t i tuc ión cuyo objeto era formar profesores y preparar á los jóvenes que intentaran dedicarse á las diferen­tes carreras facultativas, suministrándoles los conocimientos que son comunes á todas.

La ley de 1857 dio u n paso mas en favor de l a u n i ­dad a rmón ica en que es t r iba todo el poder de la e n s e ­ñ a n z a , acordando la ag rupac ión alrededor de la Direc­ción de Ins t rucc ión pública de todas las escuelas de a p l i -

1 El Decreto de supresión de la Escuela preparatoria es de 31 de Agosto

de 1835. 2 El ministro Sr. Alonso Martínez,

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c ion , y d e t e r m i n a n d o las re lac iones es t rechas que deben tener con la F a c u l t a d de Ciencias á la que dio ex is tenc ia propia, considerándola como l a base de aquel las . I n s t i t u ­yóse en Madrid , en v i r t u d del a r t í cu lo 136 pa ra el es tudio y enseñanza de las c iencias e x a c t a s , físicas y n a t u r a l e s en t oda su ex tens ión , u n a Escuela super io r , u n Museo de h i s to r i a n a t u r a l y u n Observatorio a s t ronómico : se e x i g í a n determinados estudios previos pa ra el ingreso en las escuelas de ap l i cac ión ; se concedian derechos á los ingen ie ros para optar , m e d i a n t e oposición, á cá tedras de l a f acu l t ad , y por ú l t i m o , y como confirmación del pen ­samien to u n i t a r i o del d i s t i ngu ido au to r de la m e n c i o ­n a d a l e y , se des ignaron ' var ios y eminen tes ingenie ros de c a m i n o s , m i n a s y m o n t e s , p a r a que con su reconocida i lus t rac ión y c r i te r io aux i l i a r an al Gobierno en el Rea l Consejo de Ins t rucc ión públ ica en la solución de las g r a ­ves cues t iones , que p u d i e r a n ofrecerse, e n lo re la t ivo al vas to campo de l a c iencia teór ica y práct ica .

Todo es to , como se v e , es grandioso y n o b l e , y de esperar e r an de t a n ace r t ada organización felices r e s u l ­tados en pro del b ienes tar del país y de la ciencia . Pero, por desgrac ia , n i el iniciador de aque l la l ey permaneció en el poder el t i empo necesario pa ra p l a n t e a r l a , n i se hizo esto después del modo m a s opor tuno . Con efecto, E x c m o . S r . , la m a n e r a poco conven ien te de ver i f icar la incorporación de las Escuelas especiales á la Dirección de Ins t rucc ión públ ica provocó u n a discusión e n el Con­greso de los Diputados , cuyo resu l tado fué decre tar o t ra vez el d ivorc io , fatal s i e m p r e , e n t r e las Escuelas e s p e ­ciales y la F a c u l t a d de Ciencias . '

1 Esta medida fue' parcial, pues solo se separaron las Escuelas de caminos, minas y montos, subsistiendo agregadas á la Dirección de 1. P. las Industr ia les , las de Agricultura, Veterinaria, Comercio y Náutica.

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Por otra p a r t e , si es ta k a b i a de ser, s e g ú n l a l e y , l a base de aquel las sumin is t rándoles la opor tuna y sólida enseñanza teór ica , ¿á qué ese inconsiderado lujo de c á ­tedras teóricas en las escuelas de apl icación? Consúl tense , con efecto, los p rog ramas que en v i r t u d dé la misma hab ian de servir para l a enseñanza y se verá que en estas, además de las a s igna tu ras propias de su e levada y especial misión, se ha l l an repet idas las de M a t e m á t i c a s , Fís ica , Química, Mecán ica , Mineralogía , Zoología, Botánica y Geología, como si estos ramos del saber , considerados bajo el p u n t o de v i s t a e specu l a t i vo , p u d i e r a n enseñarse de u n modo dis t into en es tablec imientos diferentes de el suyo propio que es la F a c u l t a d de Ciencias.

Las fatales consecuencias que esta inconsiderada y costosa mult ipl icación de cátedras teóricas h a producido se es tán tocando m u y de c e r c a ; pues no solo la Facu l t ad de Ciencias l a n g u i d e c e , sino que las mismas Escuelas e s ­peciales , ó á lo menos sus a l u m n o s , h a n perdido su m e r e ­cida impor tanc ia .

La F a c u l t a d de Ciencias l a n g u i d e c e , porque no cons­t i t u y e n d o por sí sola, bastardeada su m i s i ó n , mas car-, r e ra que la del profesorado, asaz modes ta y poco luc ra ­t i v a para las inconsideradas aspiraciones de la j u v e n t u d en los t iempos que c o r r e n , es mi rada con cier to desden, resul tando que en la segunda mi t ad del siglo de las luces ¡ rubor y vergüenza causa decirlo ! se h a l l a n desier tas las cá tedras , y desalentados , como es c o n s i g u i e n t e , los p r o ­fesores.

Y si al menos las Escuelas especiales h u b i e r a n ganado con absorber l a enseñanza t e ó r i c a , se dar ia t a l vez por b ien empleado el sacrificio. Pero lejos de e s t o , como los a lumnos i ng re san en ellas sin mas preparación que la que proporciona la enseñanza p r i v a d a , y a que h a s t a el insu-

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ficiente g rado de Bach i l l e r en Ar tes que la l e y ex ige se v a dispensando por concesiones sucesivas fundadas en p re t ex tos fútiles , r e s a l t a que p ie rden l as t imosamente en el estudio teórico los mejores años de la c a r r e r a , aquellos que debieran emplear por c ie r to , en conocer á fondo las apli­caciones que e m a n a n de la t eor ía p rev iamen te conocida.

H a y , pues , s e g ú n se desprende de lo d i c h o , u n a r e ­d u n d a n c i a perjudicial y m u y costosa en la enseñanza teór ica , y u n a invo luc rac ión de los estudios e s p e c u l a t i ­vos con los práct icos , que sobre i n t e r rumpi r su n a t u r a l y leg í t imo desenvolvimiento, produce en el t e r reno i n ­t e l ec tua l u n fenómeno m u y parecido al de las in te r fe ren­c i a s , en las cua les , es sabido, que luz sobre luz de t e rmi ­n a oscuridad. E n lo científico puede a segura r se que la f a c u l t a d , dada su a c t u a l organizac ión y de s t i no , y m u y espec ia lmente desde que por u n a economía m a l e n t e n ­d ida , se la cercenó del s e g u n d o período ó sea el de a m ­pliación ', es u n objeto de lujo, que si h o n r a por u n a par te al Gobierno que la sos t i ene , el país obtiene m u y pocas venta jas de su exis tencia . Es á m a n e r a de un e l e ­g a n t e y magnífico b u q u e dest inado á u n país p r ivado de m a r e s , lagos ó rios p a r a la navegac ión ; todos a d m i ­r a r í a n l a hab i l idad y t a len tos del constructor á la par que dep lora r ían su escasa u t i l i d a d .

E n el terreno mate r ia l y positivo de las aplicaciones, las escuelas especiales y sus a l u m n o s , por mas que estos l o g r e n en poco t iempo posiciones m u y l u c r a t i v a s , ¿puede asegurarse que g a n e n en consideración y aprecio por su sólida ins t rucc ión? De m a n e r a a l g u n a , y la razón es b i en obv ia , pues dado el sorprendente desarrollo que hoy h a n

1 Por mas que se conserve el nombre de ampliación desdo el momento en que un mismo Profesor tiene que dar en un curso la Mineralogía , la Botánica y Ja Zoología, no puede monos de ser elemental la enseñanza.

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alcanzado las c iencias , y no siendo posible es tudiar á la vez l a teoría y la p rác t ica en el corto n ú m e r o de años se­ñalados para cada ca r r e r a , aquel la ó e s t a , y con f recuen­cia ambas á la vez , se h a n de resen t i r y se res ien ten con efecto, no h a y que hacerse i lus iones , de l a falta de m é ­todo que h o y preside á su enseñanza 1 .

Y aquí encuen t ro oportuno hace rme ca rgo , s iqu ie ra sea de paso , de la contradicción en que i n c u r r e n m u c h o s padres de familia al i ncu lpa r a l Gobierr>o por la a c u m u ­lac ión de m a t e r i a s que se nota en la e n s e ñ a n z a , al paso que todos desean que sus hijos l l e g u e n c u a n t o an te s á ser unos sabios consumados . Esto enc ie r r a u n di lema, que solo u n sano cr i te r io , sobreponiéndose á t o d a clase de in te reses , podrá resolver ; pues si las ciencias abarcan hoy mas di la tados hor izontes y son m a s numerosas que en otros períodos , p a r a poseerlas con la perfección con­v e n i e n t e , se neces i ta t i e m p o ; pero esto no c u a d r a al espír i tu precoz del siglo en que todos a r d e n en deseos de a lcanzar pronto posiciones oficiales y l u c r a t i v a s , pa ra lo cua l es de todo punto preciso a c u m u l a r m u c h a s m a t e ­rias en pocos años , a u n á t r u e q u e de p roduc i r , ó i nd iges ­t iones i n t e l e c t u a l e s , ó lo que a u n es p e o r , el mas r e ­p u g n a n t e c h a r l a t a n i s m o .

T e n g a , p u e s , p resen te el Gobierno de S. M. , y en pa r t i cu la r el e m i n e n t e Ministro del r amo y el i lus t rado Director de Ins t rucc ión públ ica estos g r a v e s males de que adolece l a a c t u a l o rgan izac ión de la Facu l t ad de Ciencias y de las escuelas que de ella deben e m a n a r , y h a c i é n ­dose superior á toda clase de consideraciones , o rgan ice la enseñanza teór ico-prác t ica de las ciencias en a rmonía con

1 Esto lejos de ser una inculpación á las Escuelas especiales es su mejor e lo­g io , pues los resultados que se obtienen s o n , á pesar del vicio de organización, fruto del celo de sus eminentes profesores.

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los eternos ó inconcusos pr incipios de su n a t u r a l y l e g í ­t i m a evo luc ión , y esté s e g u r o , que á la pa r que la c ien­c i a , se lo a g r a d e c e r á e t e r n a m e n t e la p a t r i a , reconocida á los inmensos beneficios que con ello h a n de propor­c ionar le .

I n s t i t u ida s las Univers idades y Escuelas superiores , decia el Sr . Moyano hace poco 1 p a r a formar hombres que empleen l a v i d a en c u l t i v a r las ciencias y ap l ica r las á los diversos fines socia les , i n t e r e sa m u c h o que su e n ­señanza sea t a n sólida y comple ta como requ ie re el acer ­tado ejercicio de las profesiones científicas. «Mas no bas­t a , añade el i l u s t r ado au to r de t a n no tab l e d o c u m e n t o , que cada ca tedrá t i co dé sabias lecciones : es p rec i so , si los jóvenes h a n de sal ir de las aulas con el debido c a u ­da l de conocimientos , que los que e n s e ñ a n las va r i a s a s i g n a t u r a s de u n a misma c a r r e r a se concier ten de modo que j u n t a s formen u n cuerpo de doc t r ina comple to y o r d e n a d o , sin inú t i l e s r e d u n d a n c i a s n i omisiones p e r j u ­diciales.» S i , pues , necesario ó ind ispensable es que los profesores de u n a m i s m a car re ra un i fo rmen la e n s e ñ a n ­za de sus var ias a s i g n a t u r a s , aun lo es m a s , si h a de l o g r a r s e la u n i d a d que t a n t o se desea e n t r e las c ienc ias , las a r tes y la i n d u s t r i a , que se o rgan ice c o n v e n i e n t e ­m e n t e su enseñanza de modo que se dé al a lumno en t i empo opor tuno y en dosis c o n v e n i e n t e , p r imero los e lementos de todas las ciencias y después su ampl iac ión , p a r a v e n i r á p a r a r en ú l t i m o t é r m i n o á la ap l icac ión .

Téngase en cuenta que la Medicina y l a F a r m a c i a no son o t ra cosa sino l a apl icación al hombre sano y enfermo de las ciencias n a t u r a l e s , y que siendo insuficientes las n o -

1 Circular de 25 de Febrero de 1864- á los Rectores de las Universidades con motivo de la visita que leseocargaba corno Ministro del ramo,

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ciones que preceden al g r a d o de b a c h i l l e r en a r t e s , se h a c e de todo p u n t o indispensable que e s tud i en los a l u m ­nos la ampl i ac ión ; pero esto h a de ser an te s de empren ­der la c a r r e r a , pues de s i m u l t a n e a r , como ahora se per ­m i t e , los estudios p re l imina res con los de ve rdade ra ap l i ­cación , r e s u l t a n invo lucrados ambos períodos con las g r a v e s é inev i t ab les consecuencias de ser imposible la discipl ina con a lumnos que pueden probar las m a t e r i a s en los años que preceden á su respect ivo bach i l l e r a to , y lo que a u n si cabe es peor , de que consideren como a c ­cesorio lo que para ellos debe ser p r i n c i p a l .

Otro t a n t o puede decirse de las c a r r e r a s h o y l l a m a ­das super iores y profesionales , pues cua le squ ie ra que ellas sean no deben considerarse sino como apl icaciones de las ciencias á la explo tac ión y beneficio de los m i n e ­ra les ó de la t i e r r a v e g e t a l , á la cons t rucc ión , al fo ­m e n t o de los bosques , ó a l cu idado y me jo ramien to de los an imales . ¿Cómo, p u e s , h a n de poder real izarse t a n impor tan tes objetos si no se conocen de a n t e m a n o , por el es tudio sólido de la c iencia p u r a , las m a t e r i a s sobre las cuales h a de fundarse la p rác t i ca ?

Es te m é t o d o , t a n lógico como n a t u r a l , n o solo faci­l i t a r í a á los a lumnos suf ic ien temente preparados el c o ­noc imien to de l a ap l i cac ión , sino que seria u n medio exped i to de aprec iar la inc l inac ión propia de cada u n o sin expone r l e s , como acontece h o y , al duro t r a n c e de t e n e r que desistir , cuando y a el remedio es difícil, de u n a ca r r e r a c u y a índole desconocen h a s t a ha l l a r se en ella m u y ade lan tados .

F u e r t e s ya y apoyados en la sólida base de los e s tu ­dios p re l imina res p o d r í a n , y a u n deber ían los a lumnos dedicarse de u n modo exclus ivo al conocimiento de las apl icaciones que a p r e n d e r í a n en escuelas especiales ó i n -

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dependien tes de sus sabios y expe r imen tados maes t ros . Es te s i s t ema , fundado s e g ú n se v é , en la u n i d a d de orí-g e n (ciencia), y en l a d ive r s idad de fines (aplicación) on el t e r r eno prác t ico , semejan te a la n a t u r a l e z a c u y a t e n ­dencia á la causa ú n i c a es t a n c lara y e v i d e n t e como la mu l t ip l i c idad en sus d iversas manifes tac iones , además de ser t a n sólido é i ncon t r a s t ab l e como la c reac ión m i s ­m a , es tablecer ía la u n i d a d en la i n d e p e n d e n c i a , á la m a n e r a eme la r a m a desprend ida del t ronco adqu ie re v i d a propia pues ta en condiciones c o n v e n i e n t e s , y del mismo modo que el h o m b r e al nace r l l e v a en sí u n a exis tencia independien te aunque sin desconocer , mas que en casos excepcionales, los lazos que lo u n e n , p r imero de u n modo m a t e r i a l , y después por el amor á los padres de quienes recibió el ser.

La F a c u l t a d de C ienc ia s , custodio fiel y ve rdadero templo de la ciencia , ha de ser , en el l e n g u a j e figurado de que nos valemos , el t ronco v ivo y l a m a d r e t i e rna y cariñosa que al propio t iempo que dé á las escuelas de aplicación la vigorosa savia y sazonado a l imen to de la t eo r í a , declare la independencia de a q u e l l a s , s e g u r a por o t ra pa r t e de que no h a n de i n t e n t a r estas romper unos v ínculos sagrados y suaves á la par . La ciencia p u r a no host i l iza á in s t i tuc ión a l g u n a , an tes al con t r a r io , las fortalece á todas como emanaciones de su propia esencia, y es la p r imera en dec l a r a r , que a u n q u e rec iben de e l l a el s e r , pueden y deben v iv i r con completa i n d e p e n d e n ­cia , r e spe tando y a u n fortaleciendo el la m i s m a la ley de su ín t imo consorcio.

¡ Qué cuadro t a n l isongero ofrecería entonces l a c ien­cia p a t r i a , cuando unidos todos sus adeptos por t a n in ­disolubles lazos, le pres táramos cul to con fé v i v a cada cual den t ro de su propia esfera , obrando i n d e p e n d i e n t e -

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m e n t e , pero a l rededor del cent ro c o m n n , aunados todos los esfuerzos en pro de la ciencia misma y de la p a t r i a que nos con t empla r í a a sombrada! ¿No admi ramos l a u n i d a d y a rmonía de los movimien tos celestes como consecuencia precisa de la emanac ión de todos los cuerpos p lane ta r ios de u n cen t ro c o m ú n ? Pues t a n so rprenden te y m a j e s ­tuoso seria el espectáculo que en el t e r r eno científico y en el de sus legí t imas consecuencias en l a práct ica ofre­cer ía y ofrecerá, es tad s egu ros , l a Pen ínsu l a el d ía , t a l vez no m u y l e j ano , en que se rea l icen estas nobles aspi­raciones que e n t r a ñ a todo b u e n pa t r ic io .

Y cuando reflexionamos que p a r a l a real ización de t a n nobles y leales deseos solo se necesi ta que sea u n a ve rdad en l a p rác t i ca lo cons ignado en l a l e y , ó en otros t é rminos , que sea v iable y adqu ie ra v ida propia el ger­m e n de t a n feliz pensamien to enca rnado en e l l a , nos h a ­l a g a l a esperanza , conocida la i lus t rac ión del Gefe de la Ins t rucc ión públ ica y de todos los que h a n de secunda r l e en la e m p r e s a , g lor iosa mas que difícil, de ve r c u a n t o an tes p l a n t e a d a t a n ú t i l como rac iona l y filosófica refor­m a . P a r a ello, encomendada la enseñanza de los e l e m e n ­tos á los I n s t i t u t o s , la facul tad de Ciencias posee todos los medios c o n v e n i e n t e s , así en personal i lus t rado y a lec­cionado por la e x p e r i e n c i a , si se excep túa el que t i ene la h o n r a de d i r ig i ros la pa labra , como en m a t e r i a l de g a ­b ine tes , l abora to r ios , colecciones, e t c . , pa ra ser l a p iedra a n g u l a r de semejan te proyecto .

Carece aque l l a , no o b s t a n t e , de u n local á propósito pa ra l l enar deb idamen te su doble mis ión de formar pro­fesores y preparar convenientemente á los jóvenes que han de seguir una carrera Je aplicación, s e g ú n la m e n t e de los l eg i s ladores de Cádiz. Y esto que á p r i m e r a v i s t a se cons iderará de escasa m o n t a , es t a n t r a s c e n d e n t a l ,

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como que h o y por efecto de es tar r epa r t i da s sus a s i g n a t u ­ras en seis locales s i tuados en los pun tos mas apa r t ados 1

de la pob lac ión , es i lusor ia la enseñanza , é imposible de todo p u n t o la p u n t u a l i d a d y d isc ip l ina en los a l u m n o s .

Pero a u n es ta neces idad , reconocida y a en su t i empo por el i n m o r t a l Carlos I I I , cuyo amor á las c iencias hizo l e v a n t a r l e s u n o de los mejores y mas suntuosos edificios de la cor te , el Museo , que por c i r cuns tanc ia s p a r t i c u ­lares se destinó después á os ten ta r n u e s t r a g r a n r iqueza en el a r t e de Rafae l , está p róx ima á verse sat isfecha, g r ac i a s al celo de los ú l t imos y del a c t u a l Minis t ro de F o m e n t o , del e m i n e n t e Director de In s t rucc ión p ú ­bl ica y del d ign í s imo Jefe de es ta Un ive r s idad , c u y o amor á la c iencia e x c e d e , si c abe , al p a t e r n a l car iño que profesa á sus adeptos. Formados es tán los planos de dicho edificio; des ignado el local mas á propósito en e l J a r d í n Botánico y j u n t o al Observator io a s t r o n ó m i c o , y c o n s i g n a d a u n a respe table suma en los presupues tos del Es tado p a r a su cons t rucc ión , y no dudamos u n momen to en ver c u a n t o an t e s l e v a n t a d o este m o n u m e n t o que r e -

. c l a m a n á l a vez la c i enc i a , el decoro del país y el o rna to de la Corte . Lo ex ige la ciencia, porque lejos de poder dar con las condiciones ac tua les la enseñanza de sus d i v e r ­sos r a m o s , los objetos en los g a b i n e t e s es tán a m o n t o n a ­dos á m a n e r a de a l m a c é n , por es t rechez del local y m u ­chos de ellos ocultos y perdidos p a r a l a c iencia m i s m a y p a r a la j u v e n t u d es tudiosa \

Es tá in teresado el decoro del país y el ornato público en que se l evan te d icho santuar io , por el concepto t a n

1 El Ncvic iado ,San Isidro, San Carlos, Observatorio, Jardin Botánico é His­toria natural.

2 Pasan de 300 los cajones encerrados en los sótanos y guardillas del Ga­binete de Historia natural.

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desfavorable que forman hoy los ext ranjeros de u n a capi­t a l , la ún ica t a l vez en Europa , que carece de u n edifi­cio propio á t a n elevado objeto , y no h a y que olvidar que este es u n o de los mejores te rmómetros que marcan en la ac tua l idad el g rado de c u l t u r a de u n a nación.

Además con t r i bu i r i a á desper ta r en los profesores y h a s t a en la j u v e n t u d el g u s t o y amor á la c iencia , el ver que el Gobierno de S. M . , fiel i n t é r p r e t e del m o v i m i e n ­to científico de la época le consag raba u n local ancho y espacioso, s iendo i n d u d a b l e que u n edificio que á es tas condiciones r e u n i e r a b e l l e z a , b u e n a d i s t r ibuc ión y todas las dependenc ias n e c e s a r i a s , predispone á su favor y h a s t a i n s p i r a , s e g ú n el Sr. Z a r a t e , en los que en él ejer­cen sus func iones , u n noble o rgu l lo que les h a c e r e d o ­b l a r sus esfuerzos excediéndose á sí propios.

Estos esfuerzos se d i r i g i r í a n en tonces por los p ro fe ­sores de l a F a c u l t a d , y a que h o y les es impos ib l e , á s e c u n d a r las e l evadas m i r a s del Gobierno t a n o p o r t u ­n a m e n t e ind icadas e n la c i r cu la r a r r i ba c i t ada . L a formación de las colecciones de His tor ia n a t u r a l , decia el Sr . M o y a n o , y m u y p r i n c i p a l m e n t e de los p roduc tos espontáneos de n u e s t r o sue lo , no es solo i n t e r e s a n t e p a r a la c ienc ia , sino de i n m e d i a t o p rovecho p a r a la A g r i c u l ­t u r a , las Ar tes y el Comercio . M u y en b r e v e se c o m u ­n i c a r á n ins t rucc iones p a r a que en cada p rov inc ia se c o ­mience á o rdenar u n Museo que rep resen te sus r iquezas n a t u r a l e s y el empleo que h a l og rado dar les la i n d u s t r i a . Y s i , como es de espe ra r , favorecen t a n ú t i l empresa las personas i l u s t r a d a s y a m a n t e s del b i en p ú b l i c o , acaso s in t a r d a r m u c h o , podremos poner de manif iesto prec io­sidades científicas desconocidas y va lores h o y desapro­vechados , fomentándose el b i enes t a r con lo mismo que se p r o m u e v e n los progresos de la c ienc ia .

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Visto , pues , el admi rab l e en lace y consorcio que u n e á los d i ferentes r a m o s del saber e n t r e sí y á todos el los con su l e g í t i m a consecuencia l a ap l icac ión á las a r t es y á l a i n d u s t r i a , confirmado por el rac iocinio y l a lu­minosa a n t o r c h a de l a h i s to r i a , y demost rado h a s t a l a ev idencia lo u r g e n t e y necesario que es o rgan i za r l a enseñanza de m a n e r a que á cada g rado del d e s a r r o ­llo i n t e l e c t u a l corresponda u n período de los t r e s e n que h o y se d iv ide , solo h a y que esperar de la no d e s m e n ­t ida i l u s t r ac ión y de las e levadas m i r a s del Gobierno de S. M., se l l eve á cabo la p royec tada reforma á m e r c e d de l a c u a l , m a s bien que con la fuerza de las a r m a s , h e m o s de r econqu i s t a r el a l to r a n g o que u n dia ocupó y que por t a n t o s t í tu los merece la p a t r i a de los Alfonsos y los V i ­ves , de los Val les y' Col lados , y de t a n t a s o t ra s e m i n e n ­cias científicas. Esto ser ia el complemen to de l a rad ica l reforma rea l i zada en 1845 en el i m p o r t a n t e r a m o de l a I n s t r u c c i ó n p ú b l i c a ; p u d i e n d o es tar s e g u r o s , que si en tonces los au to res de t a n feliz pensamien to rec ib ie ron p lácemes y e n h o r a s b u e n a s de los p r imeros sabios de E u ­r o p a , h o y , que es ta vé con admi rac ión los pasmosos ade ­l an tos que en todos los r amos de l a Admin i s t r ac ión p ú ­bl ica rea l iza E s p a ñ a , se l l e n a r í a de asombro al c o n t e m ­p la rnos al f ren te del m o v i m i e n t o i n t e l e c t u a l , como lo es­t u v i m o s u n dia .

E n t o n c e s el profesorado redoblar ía sus desvelos por l a c i enc i a , y ef icazmente secundado por la j u v e n t u d es­t u d i o s a , l e g í t i m o o rgu l lo y h a l a g ü e ñ a esperanza de l a p a t r i a , da r i a á esta dias de prosper idad y de v e n t u r a , á la pa r que e n a l t e c e r í a su inmarces ib l e g l o r i a .

Fe l i c i t aos , p u e s , con vues t ro s m a e s t r o s , amados j ó ­venes y discípulos que h o y recibís el j u s t o premio y g a ­l a r d ó n al cu l to que con l a fó v iva que os d i s t i n g u e p r e s -

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t a i s á l a c ienc ia como el mas a l to p r iv i l eg io de l a e s p e ­cie h u m a n a ; felicitaos por l a e ra de v e n t u r a que v a p ron­to á empezar para aque l la con l a n u e v a organizac ión de su enseñanza t e ó r i c o - p r á c t i c a , que a u n q u e m a l expues­t a por el ú l t i m o de vues t ros profesores, será s ab i amen te rea l izada por el celoso Gobierno de S. M. No anda ré i s , no , en tonces fluctuantes é indec isos , como con h a r t a f recuen­cia os acontece aho ra , en l a e lección de u n a c a r r e r a que sea hon rosa y ú t i l á l a vez ; l a c ienc ia ofrecerá vas to y ameno campo á t a n afanosos desvelos, y l a pa t r i a y la fa­mi l i a r e c o g e r á n u n dia los a b u n d a n t e s y sazonados fru­tos que son de esperar de vues t ro t a l en to y as idua apl i ­c a c i ó n . — H E DICHO.

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En la pdg. 22 , lin. 4 2 , dice: decreto de H834, léate 4850. En la pdg. 7 0 , lin. 7: plan de 483S, léase 4830.