conforto termico x sobrecarga termica

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Conforto Térmico X Sobrecarga Térmica O estudo da sobrecarga térmica e do conforto térmico é feito em campos diferenciados. Enquanto o primeiro está relacionado às atividades e operações insalubres o segundo está relacionado a ergonomia: Existem diversos índices que correlacionam as variáveis que influenciam nas trocas entre o individuo e o meio ambiente. Entre estes índices destacam-se: § TE – Temperatura efetiva § TEC – Temperatura Efetiva Corrigida § IST – Índice de Sobrecarga Térmica (Belding and Hatch) § IBUTG – Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo § TGU – Temperatura de Globo Úmido ÁREAS DE ESTUDO CONFORTO TÉRMICO SOBRECARGA TÉRMICA HIGIENE DO TRABALHO NR-15 ERGONOMIA NR - 17

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Page 1: Conforto Termico x Sobrecarga Termica

Conforto Térmico X Sobrecarga Térmica

O estudo da sobrecarga térmica e do conforto térmico é feito em campos

diferenciados. Enquanto o primeiro está relacionado às atividades e operações

insalubres o segundo está relacionado a ergonomia:

Existem diversos índices que correlacionam as variáveis que influenciam nas

trocas entre o individuo e o meio ambiente. Entre estes índices destacam-se:

§ TE – Temperatura efetiva

§ TEC – Temperatura Efetiva Corrigida

§ IST – Índice de Sobrecarga Térmica (Belding and Hatch)

§ IBUTG – Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo

§ TGU – Temperatura de Globo Úmido

ÁREAS DE ESTUDO

CONFORTO TÉRMICO SOBRECARGA TÉRMICA

HIGIENE DO TRABALHO NR-15 ERGONOMIA NR - 17

Page 2: Conforto Termico x Sobrecarga Termica

A Temperatura Efetiva é utilizada para determinação do Conforto Térmico,

enquanto as demais variáveis estão diretamente relacionadas com a sobrecarga

térmica.

A legislação brasileira adota como método de avaliação da sobrecarga térmica

um índice empírico resultante das temperaturas seca, úmida e radiante e que é o

IBUTG – Índice de Bulbo Úmido e Termômetro de Globo.

A Portaria 3214 de 08 de Junho de 1978 do Ministério do Trabalho, estabelece

que a avaliação do IBUTG deve ser feita na pior condição da jornada e o índice

calculado para 1 (uma) hora, sendo este o parâmetro que determina a salubridade

ou insalubridade da atividade.

A avaliação é realizada utilizando conjunto de termômetros constituído de:

§ Termômetro de Bulbo Seco que é termômetro comum com escala de

+10°C a +100°C e precisão mínima de ±0,1°C que avalia a temperatura

de bulbo seco (TBS).

§ Termômetro de Bulbo Úmido Natural (TBN) constituído de termômetro

de mercúrio comum com escala de +10°C a +50°C e precisão de

±0,1°C. O bulbo do termômetro é revestido com um pavio de algodão,

cuja extremidade oposta ficar imersa em água destilada contida em um

frasco de 125ml.

§ A Termômetro de Globo (TG) – Constituído de termômetro de mercúrio

com escala de +10°C a +150°C e precisão de ±0,1°C em que o bulbo

fica inserido dentro de esfera oca de cobre com espessura da parede

de aproximadamente 1mm, diâmetro interno de 152,4mm, pintada

externamente na cor preta fosco, com abertura de 18mm de diâmetro e

duto cilíndrico com comprimento de 25mm, para inserção do termômetro

através de um orifício central feito em uma rolha cônica de borracha que

é encaixada na abertura da esfera. O bulbo do termômetro deve ficar no

centro da esfera;

§ Os três termômetros devem ser fixados em um tripé com os sensores na

mesma altura e, após um período de estabilização, as temperaturas podem

ser lidas.

Page 3: Conforto Termico x Sobrecarga Termica

§ O pavio utilizado para umedecer o sensor do termômetro úmido deve

estender-se até além da parte sensora, ou seja deve cobrir todo o bulbo

do termômetro indo um pouco acima deste a fim de evitar erros devido a

condução térmica no próprio termômetro;

§ Durante todo o tempo de medição o pavio do sensor de temperatura

úmida deve permanecer úmido;

§ Todos os sensores devem ser posicionados na mesma altura,

geralmente na região do abdômen, a 1,10m do piso;

§ As leituras devem ser feitas após a estabilização dos termômetros o que

leva em média de 20 a 30 minutos.

Os termômetros de mercúrio comuns, podem ser substituídos por sensores

eletrônicos, desde que com igual fidelidade de resposta e devidamente

ajustados e calibrados.

Conjunto Digital para Avaliação de sobrecarga Térmica

Page 4: Conforto Termico x Sobrecarga Termica

Árvore de Termômetros para Avaliação da Sobrecarga Térmica

Critérios de Avaliação do Conforto Térmico

Conforto Térmico

Conforme já mencionado a avaliação do conforto térmico é feita através da

Temperatura Efetiva

A NR 17, da Portaria MTb 3 214/78, que trata da Ergonomia, define que os

ambientes de trabalho, “onde são executadas atividades que exigem

Page 5: Conforto Termico x Sobrecarga Termica

solicitação intelectual e atenção constantes”, devem possuir um índice de

Temperatura Efetiva entre 20 e 23°C.

A determinação da Temperatura Efetiva (TE) teve origem em 1923 e é mais

aplicável para ambientes termicamente controlados ou naqueles em que não

existem fontes radiantes expressivas, como escritórios, laboratórios,hospitais,

lojas, depósitos etc.

Para determinação da temperatura efetiva (TE):

§ mede-se as temperaturas úmida e seca em °C;

§ mede-se a velocidade do ar em metros por segundo (m/s)

A temperatura Efetiva é calculada em função da temperatura de bulbo seco,

temperatura de bulbo úmido (umidade relativa do ar) e velocidade do ar Seu

valor é obtido através de ábacos para trabalhadores vestidos e/ou com dorso

desnudo.

Page 6: Conforto Termico x Sobrecarga Termica

a) 1 pé/min (ft/min) equivale a 0.00508 m/s

b) conversão de oC para oF

C = 5 (F-32)/9

c) conversão de oF para oC

F=1.8C + 32

Page 7: Conforto Termico x Sobrecarga Termica

Marca-se, na escala da esquerda, a temperatura de bulbo seco.

Marca-se, na escala da direita, a temperatura de bulbo úmido.

Traça-se um segmento de reta ligando-se as duas marcas.

Page 8: Conforto Termico x Sobrecarga Termica

Toma-se o valor da velocidade do ar, na extremidade inferior do ábaco.

Segue-se a linha transversal do ábaco até sua extremidade, na borda do

gráfico.

Segue-se a linha transversal do abaco até sua extremidade, na borda do

gráfico. O valor encontrado é o da temperatura efetiva

Fonte: http://www.areaseg.com/segpedia/tef.html

Page 9: Conforto Termico x Sobrecarga Termica

Sobrecarga Térmica

A Legislação Brasileira, através da Portaria 3.214 de 8 de junho de 1978, Norma

Regulamentadora 15 (NR-15), anexo 3, do Ministério do Trabalho, estabelece que a

exposição ao calor deve ser avaliada através do índice de bulbo úmido – termômetro

de globo (IBUTG).

Os critérios de avaliação estabelecidos na Portaria supracitada têm por objetivo

a determinação da sobrecarga térmica para efeito da caracterização da

insalubridade.

Quando se pensa em um programa de higiene ocupacional, devemos ir além

do que estabelece a legislação vigente e para tanto a FUNDACENTRO

elaborou uma série de Normas de Higiene Ocupacional conhecidas como

NHO, e a de numero 6 trata do Procedimento Técnico para Avaliação da

Exposição Ocupacional ao Calor. (Leitura obrigatória)

É preciso compreender que quando se tratar de avaliações para caracterização

da insalubridade, deve-se usar o critério estabelecido na Portaria 3214/78 Mtb,

NR 15,Anexo 3, principalmente na definição do metabolismo.

Embora as definições contidas na NHO 06 sejam perfeitamente aplicáveis ao

citado Anexo 3, o Quadro 1 da referida NHO– Taxa Metabólica por Tipo de

Atividade e Limites de Tolerância não devem ser utilizado quando se tratar de

laudo pericial para efeito da caracterização da insalubridade. Todos os demais

procedimentos técnicos apresentados na NHO 06 não conflitam com a NR 15,

anexo 3.