conexão urbana ( projeto tabloide)

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FALTA SINALIZAÇÃO Atualmente Fortaleza vem tendo constantes ! FALTA LIMPEZA? É visível o crescimento desor- denado de fortaleza. TERMINAIS Quem depende do transpor- te público está sempre bus- cando soluções alternativas. CONEXÃO URBANA

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Page 1: Conexão Urbana ( projeto tabloide)

FALTA SINALIZAÇÃO

Atualmente Fortaleza vem tendo constantes !

FALTA LIMPEZA?

É visível o crescimento desor-denado de fortaleza.

TERMINAIS

Quem depende do transpor-te público está sempre bus-cando soluções alternativas.

CONEXÃO URBANA

Page 2: Conexão Urbana ( projeto tabloide)

CONEXÃO URBANA

SUMÁRIO

Metrofor funcionando ... 3

Terminais menos confortáveis ... 4

Falta leis contra pra descaso com lixo ... 5 (andando entre o descaso)

Fortaleza ... 6 - 7

Ocupação irregular ... 8 (em calçadas impede mobilidade)

EDITORIAL

Camilla Campos

Josué Costa

Page 3: Conexão Urbana ( projeto tabloide)

METROFOR EM FUNCIOANAMENTO

A tão demorada obra do metrô de fortaleza, depois de 12 anos foi parcialmente inaugura-da. O funcionamento ainda está em fase de testes. Por enquanto estará em operação 15 km do total de 24 km da linha Sul, que liga Pacatuba ao centro de Fortaleza, a previsão era de que até março de 2013 a linha operasse comercialmente.O metrô de Fortaleza terá uma linha funcionando plenamente. A operação comercial da Linha Sul começa em janeiro de 2014 segundo o presidente do Metrofor, Rômulo Fortes. São esperados 350 mil pessoas por dia, com tarifa ainda estimada em R$ 2,20 e horário de funcionamento entre 5h e 23h.O trajeto começa no Centro de Fortaleza e segue até a cidade de Pacatuba, passando pelos bairros Benfica, Antônio Bezerra, Parangaba e pelo município de Maracanaú. Sem-pre a 60 km/h, serão necessários 35 minutos para um passageiro fazer todo o percurso. Com as estações finais inauguradas em no último mês de julho pela presidente Dilma Rousseff, a obra requereu investimento de R$ 1,4 bilhão.Em uma frase, Fortes explica a demora na entrega e os muitos anos de construção: “fal-taram recursos”. De 1999 a 2002 as obras foram tocadas em um ritmo bem diferente de quando foi pensada. Já em 2002 cessaram os repasses de recursos federais, a obra pra-ticamente parou.Já os 18 meses de operação assistida - com funcionamento de três horas por dia e bi-lhete gratuito - ele diz que é necessária completa segurança técnica antes de começar a operação. Depois de iniciada, o metrô não poderá pararpor mais de seis horas ao dia.Já a Linha Leste, que ligará o Centro ao Edson Queiroz, está em fase de licitação.A linha Oeste, que já funciona com trens urbanos, aguarda liberação do Governo Federal para ser incluída nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para se tornar metroviário.

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Fortaleza-Ceará, junho 2014

Page 4: Conexão Urbana ( projeto tabloide)

TERMINAIS DE ÔNIBUS CADA VEZ MENOS CONFORTÁVEL....

Criados no início da década de 1990, os terminais de ônibus de Fortaleza tinham a função de ampliar as opções de ligação entre os bairros da cidade, permitindo que os usuários fizessem integração em outras linhas de ônibus sem ter que pagar outra passagem.Porém o fluxo de passageiros aumentou bastante, e os terminais não possuem estrutura para atender essa deman-da de passageiros e veículos. Lotação, insegurança, desorganização e atraso são os principais problemas enfren-tados pelos usuários dos transportes públicos.As pessoas que dependem de transporte público precisam sair de casa com bastante antecedência para conseguir chegar ao destino desejado no horário certo, devido à demora dos ônibus e a lotação. A postura dos usuários nas filas dos terminais e dentro dos ônibus chega a ser absurda, não existe educação, de acordo com a ETUFOR( Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza)existem 308 agentes operacionais são distribuídos nos terminais da cidade, com a função de organizar filas, embarque e prestar informações aos passageiros, mesmo com a presença de fiscais das empresas de ônibus a desorganização é a mesma, pois estes não fazem seu devido trabalho.Quem depende do transporte público está sempre buscando soluções alternativas, para não sofrer o transtorno de passar por um terminal de integração, apanhar o ônibus fora do terminal ou uma topique, e pagar duas passagens já está se tornando comum. É incompreensível que esses terminais, cuja missão é abrigar e encaminhar os pas-sageiros para os vários destinos, não ofereçam condições dignas para que cada usuário se desincumba de suas tarefas diárias, isso porque se trata de uma estrutura básica para a vida dos cidadãos de Fortaleza - a maioria es-magadora trabalhar, frequentar os centros de ensino, ou viabilizar outras rotinas.Na verdade, os terminais tornaram-se espaços que reproduzem o pior que há na vida social: a insegurança, o medo, o desrespeito ao outro, e o crime.É um absurdo que os terminais mantenham a mesma estrutura de 20 anos atrás, numa Cidade que tem crescido a ritmo alucinante. Isso denota o quanto as necessidades dos segmentos majoritários, nesse item, têm sido secun-darizados pelo poder público nas últimas duas décadas. Fortaleza deve ser regida, antes de tudo, pelos interesses maiores dê seus habitantes E isso que precisa ser revertido!Para os motoristas e cobradores, a nova situação se une às outras dificuldades enfrentadas diariamente.Para o assessor jurídico do Sindiônibus Durante todo o ano passado, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus) registrou 2.517 assaltos na Capital. Portanto, aconteceram sete ocorrências por dia nos coletivos no ano de 2013.Dessas 2.517 ocorrências; 181 foram em janeiro, 186 em fevereiro, 220 em março, 174 em abril, 182 em maio, 201 em junho, 254 em julho, 207 em agosto, 258 em setembro, 270 em outubro, 197 em novembro e 187 em dezembro.Já em 2012, foram registrados 615 roubos dentro dos veículos que fazem otransporte público em Fortaleza. Dessa forma, de 2012 para o ano passado, houve um aumento de 309%, ou seja, o número mais do que quadruplicou. Se for feita comparação com 2011, quando houve 279 ocorrências, o cresci-mento foi de 802%. Agora, o órgão espera que os problemas sejam resolvidos com a investigação que está sendo feita pela Polícia.

4 Fortaleza-Ceará, junho 2014

Page 5: Conexão Urbana ( projeto tabloide)

Falta lei em Fortaleza para punir quem joga lixo na rua!

A lei 5530, que aborda o tema, apenas esta-belece os locais onde é proibido jogar resí-duos. A grande quantidade de lixo encontra-da nas ruas é um dos principais problemas das grandes cidades brasileiras. No Rio de Janeiro entrou em vigor, uma lei municipal que estabelece multas de R$ 157 a R$ 3 mil para quem jogar lixo no chão, com o objetivo de combater quem suja a cidade e diminuir o custo da limpeza municipal. O valor varia de acordo com o tamanho do resíduo e o im-pacto que ele causa no ambiente.

Em Fortaleza, não existe uma legislação es-pecífica sobre o assunto. A diretora de fis-calização da Emlurb, Lúcia Coelho, explica que o problema é abordado apenas no artigo 550 do Código de Obras e Posturas do Mu-nicípio de Fortaleza e Outras Providências (lei 5530/81), no qual são estabelecidos os locais onde é proibido jogar resíduos. O des-cumprimento pode ocasionar uma multa ini-cial de R$ 60,90, podendo chegar a R$609. A diretora, entretanto, destaca a necessida-de de atualização da lei.A Divisão de Fiscalização da Emlurb fez 1.026 notificações no período de janeiro a junho de 2013 referentes a pontos de lixo, descarrego clandestino e colocação irregular de lixo e entulho em calçadas. De modo ge-ral, 10% a 15% das notificações resultam em multas e o infrator deve apresentar-se em até 48 horas na Emlurb para se regularizar.

Segundo a diretora, o problema se dá prin-cipalmente no campo cultural, pois as pes-soas sempre delegam a responsabilidade da limpeza à prefeitura, deixando de lado ações básicas, como não jogar lixo no chão. Embora seja necessária a atualização da lei, Lúcia diz que uma medida como a do Rio de Janeiro não seria a melhor solução para os fortalezenses. Ela afirma que o problema de limpeza da cidade é cultural, portanto cam-panhas de conscientização seria o mais ade-quado.

ANDANDO ENTRE O DESCASO

É visível o crescimento desordenado de fortaleza e os inúmeros problemas que se agravaram afetando a vida dos moradores.A falta de saneamento básico em Fortaleza é um dos problemas enfrentados pela população. Segundo o Insti-tuto Trata Brasil, das 100 maiores cidades do país, For-taleza ocupa, atualmente, a 43ª posição no ranking dos municípios com acesso à água tratada e esgotamento sanitário adequado. De acordo com o novo estudo, 98,8% da população tem água tratada na capital cearen-se. Em contrapartida, apenas 53,6% dos fortalezenses têm coleta de esgotos. Por ser uma capital, Fortaleza necessita de um grande atendimento de água e esgoto, porém os resultados são insatisfatórios, um problema de infraestrutura na cidade.

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Fortaleza-Ceará, junho 2014

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Fortaleza, cidade parada pelo trânsito tornando-se um caos urbano...

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Fortaleza-Ceará, junho 2014

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Fortaleza, assim como outras cidades do Brasil, está atrasada na implantação de medidas de planejamento urbano

Uma cidade parada. Assim é Fortaleza há, pelo menos, 10 anos. Passar horas em um engarrafamento já faz parte da rotina diária dos fortalezenses. O problema, que se agravou nos últimos cinco anos, é que a frota de veículos cresce a cada dia, mas as ruas e avenidas continuam as mesmas. Fortaleza recebe um incremento de 6 mil automóveis por mês. Até 2015, a frota deve ultrapassar a casa de um milhão.

Em números relativos, até junho deste ano, segundo o Departamento Estadual de Trânsito do Ceará (DETRAN-CE), a cidade continha 772.170 veículos circulando. De dezembro de 2010 a junho de 2011, houve um aumento de 4,8%.

Um das causas é que Fortaleza, assim como outras cidades brasileiras, está atrasada na implantação de medidas de pla-nejamento urbano para receber o crescimento da frota e da população, como destaca o arquiteto e urbanista, Antônio Paulo Cavalcante. “Outras cidades do mundo, com uma frota maior que a Capital cearense, se preocuparam bem cedo em equili-brar: o uso e ocupação do solo (infraestruturas), a frota (público-privado) e os usuários (educação-transporte de massa)”.

Plano Diretor

A cidade não conta nem mesmo com um Plano Diretor efetivo. O projeto, que prevê o desenvolvimento do sistema viário básico do Município, foi aprovado em 2009, mas não saiu do papel.

Fortaleza ainda tem a estrutura de trânsito dos anos 90. Os congestionamentos são ocasionados por uma conjunção de fatores /atores que compõem os transportes: a frota, os usuários e a infraestrutura (vias). Mas as dificuldades no trânsito também são ocasionadas pelos usuários. Faltam campanhas educativas e uma maior aceitação de regras.

Transfor soluções são pensadas e executadas

Para solucionar o caos no trânsito de Fortaleza algumas medidas vêm sendo tomadas e pensadas. O Programa de Trans-porte Urbano de Fortaleza (Transfor) desenvolve uma política de mobilidade urbana. De acordo com o coordenador, Daniel Lustosa, o programa, em execução há mais de três anos, já conta com mais de 170 quilômetros de pavimentação concluída e mais de 20 quilômetros de drenagem. Além disso, o projeto prevê a construção de quatro túneis, dois viadutos, calçadas e ampliação dos terminais.

“O Transfor está aumentando a capacidade de avenidas, como a Bezerra de Menezes, de três para quatro faixas, restau-rando a Domingos Olímpio, a Pontes Vieira e a Costa Barros. Essas ações já estão em andamento ou finalizadas”, como informa o coordenador.As ações para a Copa de 2014 são a retirada de semáforos da Via Expressa, obras de recuperação da Raul Barbosa com Murilo Borges, a duplicação da Alberto Craveiro e intervenções na Dedé Brasil. Além disso, haverá o investimento em ciclo-vias e em faixas exclusivas para o transporte público. Outras ações citadas por Daniel Lustosa são a regulação do transpor-te de carga e o investimento em educação no trânsito.

“O Transfor é um programa de ação continuada, já que a frota de veículos vai continuar crescendo e a população também. O foco é melhorar a mobilidade urbana”, ressalta. As obras são necessárias, mas geram ainda mais transtornos. Além disso, as vias que são abertas como alternativas duran-te as obras, não permanecem após a conclusão. Para evitar os transtornos, Lustosa explica que o Transfor comunica pre-viamente que aquela localidade vai passar por obras. Ele diz que as vias estão sendo recuperadas para servir de acesso.

De acordo com o arquiteto e urbanista, Antônio Paulo Cavalcante, as intervenções são necessárias. “Mesmo com as obras, no que se refere à macroacessiblidade (escala da cidade) deve-se ter em mente a busca por amenizar os problemas. A cidade carece de novas continuidades”.

O especialista acredita que a Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC) tem se debruçado sobre métodos de controle da demanda para saber como e onde os fluxos ocorrem com maior intensidade a fim de decidir quais intervenções devem ser feitas. Porém, o arquiteto coloca que as ações concatenadas entre a AMC e a Secretaria Mu-nicipal de Infraestrutura precisam ser contínuas e devem atuar em atividades urbanas que contribuam para o acirramento dos congestionamentos.

BR-116

O problema do trânsito em Fortaleza é tão grave que até mesmo nas BRs os congestionamentos são constantes. É o caso da BR-116. Para Cavalcante, a causa disso é que as cidades dormitórios (do Interior) não obtiveram sua independência econômica e, portanto, os fluxos afluem para a Capital. “Com o aumento da frota, todos optam, pelo uso do transporte priva-do para acessarem seus empregos em Fortaleza. A oferta de oportunidades nas cidades dormitórios precisa vir acompanha-da das infraestruturas”.

Uma das soluções apontadas pelo promotor do Núcleo de Atuação Especial de Controle, Fiscalização e Acompanhamento de Políticas do Trânsito (Naetran), Gilvan Melo, foi o rodízio de carros. Ele diz que a medida foi rejeitada pela AMC. “O ór-gão alegou que não tinha como fiscalizar, mas o rodízio ainda é a salvação”. O presidente da Autarquia de Trânsito, Fernan-do Bezerra, não quis se pronunciar sobre o assunto.

Fortaleza, cidade parada pelo trânsito tornando-se um caos urbano...

7Fortaleza-Ceará, junho 2014

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Ocupação irregular em calçadas impede mobilidade!

A Avenida José Bastos é conhecida pela enorme concentração de concessionárias, sucatas e oficinas. Conhecida é também a dificul-dade dos pedestres em circular pelas calçadas da via, onde o que não faltam são carros e motos estacionados. As calçadas viraram vitrines para o comércio de automóveis, e quem precisa caminhar tem que se arriscar pela pista. Isso quando a faixa próxima à cal-çada não está também ocupada por carros estacionados. Alguns estabelecimentos chegam ao ponto de demarcar à própria via pública com cones e cavaletes onde os carros ficam estacionados. Ao invés de serem três mãos livres para circulação de veículos, em alguns pontos restam apenas duas para o fluxo já intenso da José Bastos. Enquanto o comércio se expande até o meio da rua, os pedestres se sentem prejudicados com a situação. Como pista e calçada são ocupadas abertamente aos olhos de todos, os pedestres reclamam da falta de fiscalização. No caso de bares e restaurantes, são mesas que ocupam as calçadas. A Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) estuda a possibilidade de instalar um corredor preferencial para ônibus na Avenida José Bastos. Para alguns pedestres, a medida pode ser a solução para a ocupação irregular. De acordo com a assessoria de comunicação da Etufor, a partir da experiência piloto na Avenida Bezerra de Menezes é que as inter-venções em outras vias serão avaliadas.As assessorias da Secretaria Executiva Regional (SER) IV e da Au-tarquia Municipal de Trânsito (AMC) informam que as fiscaliza-ções na Avenida José Bastos são realizadas constantemente. Tanto os veículos estacionados de forma irregular, como os estabeleci-mentos que fazem o uso inadequado do passeio, são notificados. A SER IV diz que, por diversas vezes, as sucatas foram removidas, mas os comerciantes insistem. Para os dois órgãos, é inviável a im-plantação de postos fixos na avenida por causa do grande volume de demandas nas demais áreas da cidade. Por isso, é preciso haver bom senso e respeito.

Serviços

Para denunciar ocupação irregular de calçadas e via pública:AMC: 190SER IV: 3433 2862

Polícia Rodoviária Estadual (PRE) e Polícia Militar (PM)Telefone: 190

ENTENDA A NOTÍCIA:

A Avenida José Bastos concentra diversas concessionárias e sucatas. A maioria expõe seus carros nas calçadas, so-brando pouco espaço para os pedestres. Em alguns casos, chegam a demarcar a via pública com cones e cavaletes, ocupando uma das faixas.

8 Fortaleza-Ceará, junho 2014