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Componente Curricular: Patologia e Profilaxia Módulo I Profª Mônica I. Wingert Turma 101E CA PRÓSTATA O exame do toque retal é muito importante para se prevenir do câncer de próstata A próstata é uma glândula acessória exclusiva do sistema genital masculino, que se localiza abaixo da bexiga. Ela é a responsável por liberar uma secreção alcalina que neutraliza a acidez da uretra e das secreções vaginais. Essa secreção se une ao líquido seminal, formando o sêmen. Fatores de risco Menos de 10% dos cânceres de próstata têm algum componente hereditário. Quanto mais jovem o homem em quem o câncer for detectado, maior a probabilidade de haver um componente hereditário. Considerado um câncer da terceira idade, o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens no Brasil, atrás apenas do câncer de pele. Ainda não se conhece as causas do câncer de próstata, mas especialistas consideram alguns fatores que podem favorecer o desenvolvimento desse câncer, como: Fatores genéticos. Homens que tenham histórico de câncer de próstata na família têm maior probabilidade de desenvolver a doença; Fatores hormonais. Estudos confirmaram que homens que não produzem o hormônio testosterona têm menores chances de desenvolver o câncer de próstata, porém, outros estudos mostraram que a produção de testosterona não causa o câncer, mas em homens que já possuem a doença, o hormônio

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Componente Curricular: Patologia e Profilaxia

Módulo I

Profª Mônica I. Wingert

Turma 101E

CA PRÓSTATA

O exame do toque retal é muito importante para se prevenir do câncer de próstata

A próstata é uma glândula acessória exclusiva do sistema genital masculino, que se localiza abaixo da

bexiga. Ela é a responsável por liberar uma secreção alcalina que neutraliza a acidez da uretra e das

secreções vaginais. Essa secreção se une ao líquido seminal, formando o sêmen.

Fatores de risco

Menos de 10% dos cânceres de próstata têm algum componente hereditário. Quanto mais jovem o homem

em quem o câncer for detectado, maior a probabilidade de haver um componente hereditário.

Considerado um câncer da terceira idade, o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum

entre os homens no Brasil, atrás apenas do câncer de pele. Ainda não se conhece as causas do câncer de

próstata, mas especialistas consideram alguns fatores que podem favorecer o desenvolvimento desse

câncer, como:

→ Fatores genéticos. Homens que tenham histórico de câncer de próstata na família têm maior

probabilidade de desenvolver a doença;

→ Fatores hormonais. Estudos confirmaram que homens que não produzem o hormônio testosterona

têm menores chances de desenvolver o câncer de próstata, porém, outros estudos mostraram que a

produção de testosterona não causa o câncer, mas em homens que já possuem a doença, o hormônio

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poderia estimular o crescimento do tumor;

→ Alimentação. Especialistas acreditam que uma dieta rica em gordura e pobre em verduras e frutas

predispõe ao aparecimento do câncer de próstata;

→ Sedentarismo;

→ Fatores ambientais. Muitos estudos estão sendo feitos para comprovar se realmente o ambiente

pode interferir no desenvolvimento do câncer de próstata. Estudos já confirmaram que populações com

baixa incidência de câncer de próstata e que migram para locais com alta incidência, apresentam um

aumento da ocorrência de casos.

Os sintomas do câncer de próstata, na maioria das vezes, não são sentidos nos estágios iniciais da

doença, sendo o tumor detectado apenas através de exames, como o do toque retal e PSA (antígeno

específico da próstata). Há outros casos em que o homem pode apresentar dificuldade para urinar, jato da

urina fraco, sensação de que a bexiga não esvaziou e aumento no número de micções, dor lombar,

problemas de ereção, dor na bacia ou joelhos e sangramento pela uretra podem ser suspeitos. A maioria

dos cânceres de próstata não causa sintomas até que atinjam um tamanho considerável.

É importante ressaltar que esses sintomas não indicam a presença de um câncer, mas exige uma avalição

médica.

Uma vez diagnosticado o câncer de próstata, outros exames serão pedidos pelo médico a fim de

verificar o tamanho do tumor, o estágio da doença, e se o câncer sofreu metástase, ou seja, atingiu outros

órgãos do corpo.

Diagnóstico de Câncer de próstata

Em homens acima de 50 anos, pode-se realizar o exame de toque retal e dosagem de uma proteína do

sangue (PSA), por meio de exame de sangue, para saber se existe um câncer de próstata sem sintomas. O

toque retal e a dosagem de PSA não dizem se o indivíduo tem câncer, eles apenas sugerem a necessidade

ou não de realizar outros exames.

O toque retal identifica outros problemas além do câncer de próstata e é mais sensível em homens com

algum tipo de sintoma. O PSA tende a aumentar de acordo com o avanço da idade. Cerca de 75-80% dos

homens com aumento de PSA não têm câncer de próstata.

Cerca de 20% dos homens com câncer de próstata sintomático apresentam um PSA normal. Dependendo

da região da próstata, o câncer também pode não ser palpável pelo toque retal. A melhor estratégia é

realizar os dois exames, já que são complementares.

O tratamento do câncer de próstata irá depender do estágio em que se encontra a doença, idade do

paciente e níveis do PSA, mas em muitos casos a opção mais indicada é o tratamento cirúrgico.

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Prevenção

Alguns médicos recomendam a realização do toque retal e da dosagem do PSA a todos os homens acima

de 50 anos. Para aqueles com história familiar de câncer de próstata (pai ou irmão) antes dos 60 anos, os

especialistas recomendam realizar esses exames a partir dos 45 anos. Entretanto, vale lembrar que

somente o médico pode orientar quanto aos riscos e benefícios da realização desses exames. Não existem

evidências de que a realização periódica do toque retal e dosagem de PSA em homens que não

apresentem sintomas diminua a mortalidade por câncer de próstata.

Manter uma alimentação saudável, não fumar, ser fisicamente ativo e visitar regularmente o médico

contribuem para a melhoria da saúde em geral e podem ajudar na prevenção deste câncer.

A cura do câncer de próstata dependerá do estágio, extensão do tumor e classificação das células

malignas que há no tumor.

O câncer é uma doença não transmissível, e o convívio com familiares e amigos é normal, porém é

importante lembrar que todo homem, acima dos 40 anos de idade, precisa fazer o exame de toque retal e o

PSA para verificar se há ou não a presença de câncer na próstata. Vale ressaltar que quando detectado nos

estágios iniciais, o câncer de próstata tem até 100% de chances de cura, por isso a importância da

prevenção.

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Módulo I

Profª Mônica I. Wingert

Turma 101E

CA DE ESÔFAGO

Sinônimos: Câncer esofágico

O câncer esofágico é um tumor maligno do esôfago, o tubo muscular que movimenta o alimento da boca

para o estômago.

O câncer esofágico é um tumor maligno do esôfago.

Causas

O câncer esofágico não é muito comum nos Estados Unidos. Ocorre com maior frequência em pessoas

com mais de 50 anos.

Existem dois tipos principais de câncer esofágico: carcinoma de células escamosas e adenocarcinoma.

Esses dois tipos são diferentes quando observados no microscópio.

O câncer esofágico de células escamosas está associado ao fumo e ao consumo de álcool.

O Esôfago de Barrett, uma complicação da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), aumenta o risco

de adenocarcinoma do esôfago. Esse é o tipo mais comum de câncer esofágico. Outros fatores de risco do

adenocarcinoma do esôfago incluem:

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Sexo masculino

Obesidade

Fumo

Exames

Os exames usados para ajudar a diagnosticar o câncer esofágico podem incluir:

Enema de bário

Ressonância magnética do peito ou tomografia computadorizada torácica (geralmente usada para

ajudar a determinar o estágio da doença)

Ultrassom endoscópico (também pode ser usado para determinar o estágio da doença)

Esofagogastroduodenoscopia (EGD) e biópsia

Varredura por PET (às vezes útil para determinar o estágio da doença e se a cirurgia é possível)

O exame de fezes pode mostrar pequenas quantidades de sangue nas fezes.

Sintomas de Câncer de esôfago

Movimento no sentido inverso do alimento através do esôfago e possivelmente da boca

(regurgitação)

Dor no peito não relacionada ao ato de comer

Dificuldade para deglutir sólidos ou líquidos

Azia

Vômito com sangue

Perda de peso

A azia é o principal sintoma do refluxo gastroesofágico.

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Buscando ajuda médica

Ligue para o seu médico se tiver, sem nenhuma causa conhecida, dificuldade para deglutir, se essa

condição não melhorar ou se você apresentar outros sintomas de câncer esofágico.

Tratamento de Câncer de esôfago

Quando o câncer esofágico ocorre apenas no esôfago e não se espalha, a cirurgia é o tratamento

recomendado. O objetivo da cirurgia é remover o câncer.

Consulte:

Esofagectomia

Esofagectomia - minimamente invasiva

Algumas vezes a quimioterapia, a radiação ou uma combinação das duas pode ser usada em vez da

cirurgia, ou para facilitar a realização da cirurgia.

Se o paciente estiver muito doente para fazer uma cirurgia grande ou se o câncer tiver se espalhado para

outros órgãos, poderá ser usada a quimio ou a radioterapia para ajudar a reduzir os sintomas. Isso é

chamado de tratamento paliativo. Nesses casos, a doença geralmente não é curável.

Outros testes que podem ser feitos para ajudar o paciente a engolir incluem:

Dilatação endoscópica do esôfago (às vezes com a colocação de um stent para manter o esôfago

dilatado).

Terapia fotodinâmica, na qual uma droga especial é injetada no tumor e exposta à luz. A luz ativa

o medicamento que ataca o tumor.

Expectativas

Geralmente, o câncer esofágico não é curável. Se o câncer não tiver se disseminado para fora do esôfago,

a cirurgia pode aumentar as chances de sobrevivência.

A radioterapia é usada no lugar da cirurgia em alguns casos em que o câncer não tenha se espalhado para

outros órgãos.

Para pacientes com câncer disseminado, a cura geralmente não é possível. O objetivo do tratamento é

aliviar os sintomas.

Complicações possíveis

Dificuldade para deglutir

Pneumonia

Perda de peso grave resultante de alimentação insuficiente

Disseminação do tumor para outras áreas do corpo

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Prevenção

As orientações a seguir podem ajudar a reduzir o risco de câncer esofágico de células escamosas:

Evite fumar

Diminua ou elimine bebidas alcoólicas

Pessoas com sintomas de refluxo gastroesofágico grave devem procurar assistência médica.

O exame com EGD e a biópsia em pessoas com esôfago de Barrett pode levar à descoberta precoce e à

maior chance de sobrevivência. Indivíduos diagnosticados com esôfago de Barrett devem considerar a

possibilidade de ser examinados regularmente para verificar se há câncer esofágico.

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Módulo I

Profª Mônica I. Wingert

Turma 101E

CA ESTÔMAGO

O estômago é um órgão do sistema digestivo que fica entre as extremidades do esôfago e do intestino.

Depois de ingerido, o alimento desce pelo esôfago e passa para o estômago, onde existem glândulas que

secretam enzimas para transformar o alimento em uma pasta semi-líquida, que passa para o duodeno e,

em seguida, percorre o intestino.

O tecido que reveste o estômago é composto por quatro camadas: a interna, chamada mucosa, contém as

glândulas secretoras de pepsina e de ácido hidroclorídrico.

A próxima camada é a submucosa, que dá sustentação à mucosa. A terceira é formada por músculos que

se contraem para ajudar os sucos gástricos a homogeneizar o alimento. A última camada, chamada serosa,

recobre todo o estômago.

Possíveis causas e fatores de risco de câncer de estômago.

A incidência de câncer de estômago tem diminuído consideravelmente nos últimos trinta anos,

principalmente nos países ocidentais. Não se sabe bem o porquê, mas estudos têm sugerido que isso se

deve ao desenvolvimento de métodos mais apropriados de conservação dos alimentos.

A ocorrência de câncer de estômago é duas vezes maior em homens do que em mulheres e costuma

acometer pessoas acima de 50 anos de idade.

Suas causas exatas ainda não são conhecidas, mas pessoas que sofrem de distúrbios gástricos provocados

por uma bactéria chamada Helicobacter pylorii parecem estar mais suscetíveis a desenvolvê-lo, bem

como as que sofrem de anemia perniciosa, que resulta em uma deficiência de vitamina B12. A propensão

hereditária de formação de pólipos no estômago também pode ser um fator de risco

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Sinais e sintomas mais frequentes.

O câncer de estômago é curável, na maioria dos casos, quando detectado em sua fase inicial. Entretanto,

sua detecção precoce é relativamente difícil, uma vez que no começo, não costuma apresentar sintomas.

Quando ocorrem, os mais comuns são:

Repetidos episódios de indigestão

Perda de apetite

Dificuldades para engolir

Perda de peso

Inchaço abdominal após as refeições

Náuseas constantes

Azia persistente

Sangue nas fezes ou fezes escuras demais

Estes sintomas são comuns em muitas outras situações; a maioria das pessoas que os apresentam não tem

câncer de estômago. Entretanto, é importante relatá-los ao médico para tratar suas causas.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico definitivo de câncer de estômago só é possível por meio de uma biópsia. Geralmente ela é

feita durante uma endoscopia, procedimento que é feito por um médico gastroenterologista, que introduz

pela boca do paciente um tubo fino contendo um telescópio na extremidade que desce pelo esôfago até

atingir o estômago.

Com este aparelho o médico é capaz de visualizar o interior do estômago e colher uma pequena amostra

de tecido para ser examinada pelo patologista, à luz do microscópio.

Se o diagnóstico de câncer for confirmado, o médico solicitará outros exames, tais como tomografia

computadorizada ou ressonância magnética, para verificar se o câncer se espalhou para outros órgãos.

Como o câncer de estômago se desenvolve.

O processo inicia-se na primeira camada do estômago - na mucosa. À medida que cresce, o tumor vai se

instalando nas camadas seguintes até ultrapassar as paredes do estômago e alcançar órgãos adjacentes

como o pâncreas e o baço.

Posteriormente, ele pode atingir os gânglios linfáticos mais próximos e, através da circulação linfática,

instalar-se em locais mais distantes, dando origem a metástases.

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Tratamentos

O fator que determinará o tipo de tratamento a ser aplicado é o estágio da doença. Em outras palavras, vai

depender de quanto o câncer evoluiu.

Cirurgia

É o método de tratamento mais importante. A extensão da operação vai depender de quanto e para onde o

tumor se espalhou. Quando o tumor está restrito ao estômago, pode ser completamente removido

cirurgicamente, com uma gastrectomia total ou parcial (retirada total ou parcial do estômago). Quando o

tumor já atingiu outras estruturas, a cirurgia pode incluir a remoção de partes do pâncreas, baço ou fígado.

Radioterapia

Costuma ser a opção de tratamento posterior à cirurgia, quando o tumor não pôde ser completamente

extraído.

Pode também ser empregado para diminuir tumores que estão obstruindo o trânsito digestivo e, ainda,

para aliviar dores e sangramentos.

Quimioterapia

Até o momento, as drogas quimioterápicas conhecidas para combater o câncer de estômago não têm

apresentado resultados satisfatórios, na maioria dos casos.

Algumas drogas novas estão em fase de testes, assim como o uso combinado de algumas já conhecidas.

Se o seu médico considerar que o seu caso pode ser elegível para uma das pesquisas clínicas em

andamento, ele irá conversar com você sobre os riscos e benefícios que você poderá obter com eles.

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Módulo I

Profª Mônica I. Wingert

Turma 101E

CA INTESTINO

Sinônimos: Câncer colorretal, adenocarcinoma de cólon

Câncer do cólon ou colorretal é o câncer que começa no intestino grosso (cólon) ou no reto (extremidade

do cólon).

Outros tipos de câncer podem afetar o cólon, como linfoma, tumores carcinoides, melanoma e sarcomas.

Esses são raros. Neste artigo, o uso do termo "câncer do cólon" se refere somente à carcinoma do cólon.

Causas

De acordo com a American Cancer Society, o câncer de cólon é uma das principais causas de morte

relacionadas ao câncer nos Estados Unidos. No entanto, o diagnóstico precoce frequentemente leva a uma

cura completa.

Raio-X de um câncer de cólon sigmoide

Quase todo câncer do cólon começa em glândulas no revestimento do cólon e do reto. Quando os médicos

conversam sobre o câncer cólon, geralmente é a isso que eles estão se referindo.

Não há uma causa única para o câncer do cólon. Quase todos os cânceres de cólon começam como

pólipos não cancerosos (benignos) que se desenvolvem lentamente em câncer.

Você tem um risco maior de câncer do cólon se:

Tiver mais de 60 anos

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For afro-descendente ou descendente do leste europeu

Tiver uma dieta com muita carne vermelha ou processada

Tiver câncer em outro local do corpo

Tiver pólipos colorretais

Tiver doença inflamatória intestinal (doença de Crohn ou colite ulcerativa)

Tiver um histórico familiar de câncer do cólon

Tiver um histórico pessoal de câncer de mama

Determinadas síndromes genéticas também aumentam o risco de desenvolvimento de câncer do cólon.

Duas das mais comuns são:

Polipose adenomatosa familiar (FAP)

Câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC), também conhecido como síndrome de

Lynch

Saiba mais

Gordura abdominal aumenta risco de câncer de cólon

Legumes e arroz integral protegem contra o câncer de cólon

O que você come pode influenciar no risco de câncer do cólon. O câncer do cólon pode estar associado a

uma dieta com muita gordura, pouca fibra e carne vermelha. No entanto, alguns estudos descobriram que

o risco não diminui se você passa a ter uma dieta com muita fibra, então o vínculo ainda não é claro.

Fumar e beber álcool são outros fatores de risco de câncer colorretal.

Exames

Com a triagem apropriada, o câncer do cólon pode ser detectado antes dos sintomas se desenvolverem,

quando ainda é curável.

Seu médico realizará um exame físico e pressionará a área do seu abdome. O exame físico raramente

mostra qualquer problema, embora o médico possa sentir um caroço (massa) no abdome. Um exame retal

pode revelar uma massa em pacientes com câncer retal, mas não câncer do cólon.

Um exame de sangue oculto nas fezes pode detectar quantidades pequenas de sangue nas fezes, o que

pode sugerir câncer do cólon. No entanto, esse teste frequentemente é negativo em pacientes com câncer

do cólon. Por esta razão, um exame de sangue oculto nas fezes deve ser feito junto com uma colonoscopia

ou sigmoidoscopia. Também é importante observar que um exame de sangue oculto nas fezes positivo

não necessariamente significa que você tem câncer.

Os testes de imagiologia para identificar e possivelmente diagnosticar o câncer colorretal incluem:

Colonoscopia

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Sigmoidoscopia

Observação: Apenas a colonoscopia pode ver todo o cólon e esse é o melhor exame de identificação do

câncer de cólon.

Exames de sangue que podem ser realizados incluem:

Hemograma completo para verificar se há anemia

Testes da função hepática

Ilustração de uma exame de colonoscopia e sigmoidoscopia

Se seu médico souber que você tem câncer colorretal, mais testes serão realizados para ver se o câncer se

disseminou. Isso é chamado estadiamento. Tomografia computadorizada ou ressonância magnética do

abdome, área pélvica, peito ou cérebro podem ser usadas para estadiar o câncer. Algumas vezes,

tomografias por emissão de pósitrons (PET) também são usadas.

Os estágios de câncer do cólon são:

Estágio 0: Câncer muito precoce na camada mais interna do intestino

Estágio I: Câncer nas camadas internas do cólon

Estágio II: Câncer que se disseminou através da parede muscular do cólon

Estágio III: Câncer que se disseminou para os nódulos linfáticos

Estágio IV: Câncer que se disseminou para outros órgãos

Exames de sangue para detectar marcadores tumorais, incluindo antígeno carcinoembrionário (CEA) e

CA 19-9, podem ajudar seu médico a acompanhá-lo durante e após o tratamento.

Sintomas de Câncer de cólon

Vários casos de câncer do cólon não têm sintomas. Os seguintes sintomas, no entanto, podem indicar

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câncer do cólon:

Dor abdominal e sensibilidade no abdome inferior

Sangue nas fezes

Diarreia, constipação ou outra mudança nos hábitos intestinais

Fezes estreitas

Perda de peso sem nenhuma razão conhecida

Buscando ajuda médica

Ligue para seu médico se tiver:

Fezes negras como piche

Sangue durante uma evacuação

Alteração nos hábitos do intestino

Tratamento de Câncer de cólon

O tratamento depende parcialmente do estágio do câncer. Em geral, os tratamentos podem incluir:

Cirurgia (mais frequentemente uma colectomia) para remover células cancerígenas

Quimioterapia para matar células cancerígenas

Radioterapia para destruir tecido canceroso

Cirurgia

O câncer do cólon no estágio 0 pode ser tratado removendo as células cancerígenas, frequentemente

durante uma colonoscopia. Para câncer nos estágios I, II e III, uma cirurgia mais extensiva é necessária

para remover a parte do cólon que é cancerígena.

Há algumas discussões sobre se os pacientes com câncer do cólon no estágio II devem receber

quimioterapia após a cirurgia. Você deverá discutir isso com seu oncologista.

Quimioterapia

Quase todos os pacientes com câncer do cólon no estágio III devem receber quimioterapia após a cirurgia

por aproximadamente 6 a 8 meses. A droga para quimioterapia 5-fluorouracil mostrou um aumento na

chance de uma cura em determinados pacientes.

A quimioterapia também é usada para melhorar os sintomas e prolongar a sobrevivência de pacientes com

câncer de cólon no estágio IV.

Irinotecano, oxaliplatina, capecitabina e 5fluorouracil são as três drogas mais comumente usadas.

Anticorpos monoclonais, incluindo cetuximab (Erbitux), panitumumab (Vectibix), bevacizumab

(Avastin) e outras drogas, foram usados sozinhos ou em combinação com quimioterapia.

Você pode receber apenas um tipo ou uma combinação dessas drogas.

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Radiação

Embora a radioterapia seja ocasionalmente usada em pacientes com câncer do cólon, ela é geralmente

usada em combinação com quimioterapia para pacientes com câncer retal no estágio III.

Para pacientes com a doença no estágio IV que se disseminou para o fígado, vários tratamentos

direcionados especificamente para o fígado podem ser usados. Isso pode ser:

Queima do câncer (ablação)

Quimioterapia ou radioterapia diretamente no fígado

Congelamento do câncer (crioterapia)

Cirurgia

Expectativas

O câncer do cólon é, em muitos casos, uma doença tratável se for detectada no início.

O seu estado depende de vários fatores, inclusive o estágio do câncer. Em geral, quando tratado em um

estágio precoce, muitos pacientes sobrevivem no mínimo 5 anos após seus diagnósticos. (Isso é chamado

de taxa de sobrevivência de 5 anos.)

Se o câncer do cólon não voltar (retornar) em 5 anos, ele é considerado curado. Cânceres no estágio I, II e

III são considerados potencialmente curáveis. Na maioria dos casos, o câncer no estágio IV não é curável,

embora existam exceções.

Complicações possíveis

Bloqueio do cólon

Câncer que retorna ao cólon

Câncer que se dissemina para outros órgãos ou tecidos (metástase)

Desenvolvimento de um segundo câncer colorretal primário

Prevenção

A taxa de mortalidade por câncer do cólon caiu nos últimos 15 anos. Isso pode ser devido à maior

consciência e à triagem por colonoscopia.

O câncer do cólon quase sempre pode ser detectado em seus estágios mais precoces e curáveis por

colonoscopia. Quase todos os homens e mulheres com 50 anos ou mais deveriam passar por uma triagem

de câncer do cólon. Pacientes com risco podem precisar de triagem mais cedo.

A triagem de câncer do cólon pode detectar pólipos antes de eles se tornarem cancerosos. A remoção

desses pólipos pode prevenir o câncer do cólon.

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Para obter informações, consulte:

Triagem de câncer do cólon

Colonoscopia

É importante mudar sua dieta e seu estilo de vida. Alguma evidência sugere que dietas com pouca

gordura e muita fibra podem reduzir seu risco de câncer do cólon.

Alguns estudos relataram que os medicamentos AINEs (aspirina, ibuprofeno, naproxeno, celecoxib)

podem ajudar a reduzir o risco de câncer colorretal. No entanto, esses medicamentos podem aumentar o

risco de sangramento e problemas cardíacos. A maioria das organizações especializadas não recomenda

que esses medicamentos sejam tomados para prevenir o câncer de cólon. Converse com o seu médico

sobre esse assunto.

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Módulo I

Profª Mônica I. Wingert

Turma 101E

METASTASES

Metástase (do grego metastatis – mudanças de lugar, transferência) é a formação de uma nova lesão

tumoral a partir de outra, mas sem continuidade entre as duas. Isto implica que as células neoplásicas se

desprendem do tumor primário, caminhando através do interstício - ganham assim uma via de

disseminação - sendo levadas para um local distante onde formam uma nova colônia neoplásica.

Em cada um destes passos, as células malignas têm de superar os sistemas de controle do organismo que

mantêm as células nos seus sítios primitivos. Metástases só se formam em tumores malignos; contudo,

nem todos os cancros originam metástases, mesmo os que são localmente invasivos, como o carcinoma

basocelular. As metástases são o selo definitivo de malignidade (por definição, neoplasias benignas não

originam metástase), sendo um sinal de mau prognóstico. Em muitos pacientes, a primeira manifestação

clínica de um cancro está relacionada com suas metástases.

Quando as células cancerosas se disseminam pela corrente sanguínea e formam colônias em outros locais,

as colônias são chamadas metástases. Esta condição agrava muito a situação da doença e dificulta o

processo de cura. Apenas 1 em cada 1.000 células que se desprendam do tumor primário poderá formar

metástase, isso porque elas precisam de habilidades específicas para transpor as barreiras celulares e se

disseminar. É comum acontecer das células se "encalharem" em algum gânglio e ali originar um novo

Etapas da metástase

As etapas da metástase incluem:

separação do tumor preliminar

invasão através dos tecidos em torno da lesão e da penetração iniciais de suas membranas do

porão

entrada nos vasos sanguíneos e sobrevivência dentro do sangue - espalhe através dos vasos

sanguíneos é chamado propagação hematógena

entrada no lymphatics ou na cavidade peritoneaa - a propagação através dos canais da linfa é

chamada propagação linfática

alcançando o órgão distante goste dos pulmões, do fígado, do osso Etc. do cérebro.

formação de uma lesão nova junto com os vasos sanguíneos novos que alimentam o tumor - a

formação de vasos sanguíneos novos é denominada angiogênese

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Todo isto quando, as células cancerosas tiverem que evitar ser matada pelo sistema imunitário

natural do corpo.

Rotas da metástase

Há quatro rotas possíveis da propagação do câncer. Estes incluem:

propagação através dos canais linfáticos - isto é favorecido pela maioria de carcinomas

a propagação através dos vasos sanguíneos - esta é favorecido pelos sarcomas e pelas algumas

carcinomas que originam nos rins - devido a suas veias mais finas das paredes é invadida mais

freqüentemente do que as artérias e a propagação são através das veias

espalhe através das cavidades de corpo - a semente das células cancerosas nos espaços peritoneals

(cobrindo o intestino e o estômago e outros órgãos abdominais), pleurais (cobrindo os pulmões),

pericardial (cobrindo o coração) ou do subarchnoid (que cobrem o cérebro) e as membranas

transplantação do câncer - isto ocorre pelo carro dos fragmentos de pilhas do tumor através das

agulhas ou de instrumentos cirúrgicos a outras partes do corpo durante a cirurgia e procedimentos

diagnósticos.

Por Que é a metástase perigosa?

A Metástase é da grande importancia desde que a maioria das mortes do cancro são causadas pela

propagação do cancro preliminar aos locais distantes. Na maioria dos casos, as pacientes que sofre de

cancro com tumores localizados têm uma possibilidade melhor na sobrevivência do que aquelas com

tumores metastáticos.

A evidência Nova mostra que 60% a 70% dos pacientes iniciaram o processo metastático antes o

diagnóstico. Além, mesmo os pacientes que não têm nenhuma evidência da propagação do tumor no

diagnóstico são em risco da doença metastática e precisam de ser tratados em conformidade.

Metástase da “teoria semente e do solo” e órgãos suscetíveis

A Metástase é uma de três indicações da malignidade ou do cancro ao contrário de um tumor benigno. A

Maioria de tumores e outros neoplasmas podem reproduzir-se por metástese. O grau de capacidade para

espalhar, contudo, varia entre tipos diferentes de tumores. Por exemplo, da pilha básica do carcinoma

propagações raramente.

Alguns órgãos são mais propensos do que outro à metástase de tumores preliminares. Isto foi discutido

primeiramente como da “a teoria semente e do solo” por Stephen Paget sobre um século há em 1889. Por

exemplo, os ossos são o local favorecido para o cancro da próstata, propagações do cancro do cólon ao

fígado, o cancro de estômago pode reproduzir-se por metástese aos ovário e é chamado então tumor de

Krukenberg.

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A teoria indica que as células cancerosas encontram a sobrevivência fora de suas séries preliminares

difícil. Para espalhar precisam encontrar um lugar com características similares. Por exemplo, as pilhas de

cancro da mama precisam íons do cálcio do leite materno de proliferar. Assim podem preferir os ossos

porque um local da propagação como os ossos é rico no cálcio. Os melanocites e os nervos dos favores do

melanoma Maligno e assim podem espalhar ao cérebro desde que o tecido e os melanocytes neurais

elevaram da mesma linha celular no embrião.

Desafios da “à teoria semente e do solo”

Esta da “teoria semente e do solo” foi desafiada por James Ewing em 1928 quem sugeriu que a metástase

ocorresse puramente por rotas anatômicas e mecânicas. Sugeriu a propagação através dos canais e dos

vasos sanguíneos linfáticos. Notou que as células cancerosas afectaram os nós de linfa regional perto do

tumor preliminar. Isto é chamada participação nodal, nós positivos, ou doença regional.

Os tumores Preliminares precisam biópsias pelo menos de dois nós de linfa perto de um local do tumor ao

fazer a cirurgia para examinar ou remover um tumor. A propagação Localizada aos nós de linfa regional

perto do tumor preliminar não é contada normalmente como a metástase, embora este seja um sinal do

resultado deficiente.