coesão recorrencial e sequencial

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COESÃO RECORRENCIAL E SEQUENCIAL

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Apresentação sobre coesão recorrencial e sequencial

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Page 1: Coesão Recorrencial e Sequencial

COESÃORECORRENCIAL ESEQUENCIAL

Page 2: Coesão Recorrencial e Sequencial

Coesão Recorrencial

Recorrência de termos

Paráfrases

Paralelismo sintático

Elementos fonéticos

Page 3: Coesão Recorrencial e Sequencial

Recorrência de termos

Exemplos:

“Irene preta

Irene boa

Irene sempre de bom humor [...]”

(Manuel Bandeira)

“O que há em mim é sobretudo cansaço

Nem disto nem daquilo,

nem sequer de tudo ou de nada:

Cansaço assim mesmo, ele mesmo,

Cansaço.”

(Fernando Pessoa)

Ênfase Intensificação

Fluência do texto

Page 4: Coesão Recorrencial e Sequencial

Recorrência de termos

Page 5: Coesão Recorrencial e Sequencial

Leia a letra “Pedro pedreiro”, de Chico Buarque. Após a leitura, circule os termos recorrentes nos versos e identifique quais sentidos eles fornecem à composição.

Pedro pedreiroPedro pedreiro penseiro esperando o tremManhã, parece, carece de esperar tambémPara o bem de quem tem bemDe quem não tem vintémPedro pedreiro fica assim pensandoAssim pensando o tempo passaE a gente vai ficando pra trásEsperando, esperando, esperandoEsperando o solEsperando o tremEsperando o aumento Desde o ano passado Para o mês que vem

Pedro pedreiro penseiro esperando o tremManhã, parece, carece de esperar tambémPara o bem de quem tem bemDe quem não tem vintémPedro pedreiro espera o carnavalE a sorte grande no bilhete pela federal Todo mêsEsperando, esperando, esperandoEsperando o solEsperando o tremEsperando aumento Para o mês que vemEsperando a festa

Esperando a sorteE a mulher de Pedro Está esperando um filhoPra esperar também

Pedro pedreiro penseiro esperando o tremManhã, parece, carece de esperar tambémPara o bem de quem tem bemDe quem não tem vintémPedro pedreiro está esperando a morteOu esperando o dia de voltar pro NortePedro não sabe mas talvez no fundoEspera alguma coisa mais linda que o mundoMaior do que o marMas pra que sonhar Se dá o desespero de esperar demaisPedro pedreiro quer voltar atrásQuer ser pedreiro pobre e nada maisSem ficar esperando, esperando, esperandoEsperando o solEsperando o tremEsperando o aumento para o mês que vemEsperando um filho pra esperar tambémEsperando a festaEsperando a sorteEsperando a morte

Esperando o norteEsperando o dia de esperar ninguémEsperando enfim nada mais além

Da esperança aflita, bendita, infinita Do apito do trem

Pedro pedreiro pedreiro esperandoPedro pedreiro pedreiro esperandoPedro pedreiro pedreiro esperando o tremQue já vem, que já vem, que já vem (etc.)

HOLLANDA, Chico Buarque de. Pedro pedreiro. Disponível em: http://www.chicobuarque.com.br/letras/pedroped_65.htm. Acesso em: 27 abril 2013.

Page 6: Coesão Recorrencial e Sequencial

Paralelismo

Ocorre paralelismo quando as estruturas são reutilizadas, mas com diferentes conteúdos.

Quanto mais...(tanto) mais

Quanto mais uma pessoa estuda, (tanto) mais ela tem condições de competir no mercado de trabalho.

Seja...seja; ora...ora; quer...quer

Conte comigo, seja para ajudar na mudança, seja para o churrasco de inauguração.

Tempos verbais

Se a maioria colaborasse, haveria mais organização.

Page 7: Coesão Recorrencial e Sequencial

Paralelismo

Outros exemplos de paralelismo: recorrência de termos e uso de termos do mesmo campo lexical:

“Até que o mar, quebrando um mundo, anunciou de longe que trazia nas suas ondas coisa nova, desconhecida, forma disforme que flutuava, e todos vieram à praia, na espera... E ali ficaram, até que o mar, sem se apressar, trouxe a coisa, e depositou na areia surpresa triste, um homem morto...”

Não são paralelismos:

(sintático) Ele é um professor muito legal e que tem muita popularidade.

(semântico) Na confusão que houve no estacionamento da loja, perdeu as chaves do carro e a sogra.

Casos de quebra de paralelismo:

“Marcela amou-me durante quinze dias e onze contos de réis, nada menos”. (Machado de Assis)

[...] encontrei um rapaz [...], que eu conheço de vista e de chapéu. (Machado de Assis)

Gosto de frutas e de livros.

Page 8: Coesão Recorrencial e Sequencial

Paralelismo

“Amantes dos antigos bolachões penam não só para encontrar os discos, que ficam a cada dia mais raros. A dificuldade aparece também na hora de trocar a agulha, ou de levar o toca-discos para o conserto.”

Tendo em vista que no texto acima falta paralelismo sintático, reescreva-o em um só período, mantendo o mesmo sentido e fazendo as alterações necessárias para que o paralelismo se estabeleça.

“Amantes dos antigos bolachões, que ficam a cada dia mais raros, penam não só para encontrar os discos mas/como também para trocar a agulha, ou de levar o toca-discos para o conserto.”

Page 9: Coesão Recorrencial e Sequencial

Elementos fonéticos

Apesar de haver retomada de estruturas, itens ou sentenças, o fluxo informacional caminha, progride; leva adiante o discurso.

O ritmo é importante para fazer a sucessão de movimentos.

Analise o poema de Cecília Meireles e:

Responda qual é o fator coesivo no texto.

Faça uma quadra repetindo esse fator.

Jogo da Bola

A bela bola rola:a bela bola do Raul.Bola amarela, a de Arabela.A do Raul, azul.Rola a amarelae pula a azul.A bola é mole,é mole e rola.A bola é bela,é bela e pula.É bela, rola e pula,é mole, amarela, azul.A de Raul é de Arabela,e a de Arabela é de Raul.

Cecília Meireles

Page 10: Coesão Recorrencial e Sequencial

Elementos fonéticos

Apesar de haver retomada de estruturas, itens ou sentenças, o fluxo informacional caminha, progride; leva adiante o discurso.

O ritmo é importante para fazer a sucessão de movimentos.

Page 11: Coesão Recorrencial e Sequencial

Coesão Sequencial

Temporal

Progressão Temática

Por Conexão

Page 12: Coesão Recorrencial e Sequencial

Temporal:

1) Os seguintes parágrafos foram retirados do texto Causos/1 de Eduardo Galeano. Procure organizá-los em uma sequência lógica, numerando os espaços entre parênteses de 1 a 4. Após numerá-los, aponte quais foram os fatores que o fizeram decidir por tal sequência e justifique sua escolha.

( ) Com o tempo, foi sentindo carinho pelo peixe. Mellado nunca tinha tidoum amigo sem pernas. Desde o amanhecer o bagre o acompanhava para ordenhar e percorrer campo. Ao cair da tarde, tomavam chimarrão juntos; e o bagre escutava suas confidencias.

( ) Nas fogueiras de Paysandu, Mellado Iturria conta causos. Conta acontecidos. Os acontecidos aconteceram alguma vez, ou quase aconteceram, ou não aconteceram nunca, mas tem uma coisa de bom: acontecem cada vez que são contados.

( ) Tinha bigodes de arame farpado, era vesgo e de olhos saltados. Nunca Mellado tinha visto um peixe tão feio. O bagre vinha grudado em seus calcanhares desde a beira do arroio, e Mellado não conseguia espantá-lo. Quando chegou no casario, com o bagre feito sombra, já tinha se resignado.

( ) Este é o triste causo do bagrezinho do arroio Negro.

Page 13: Coesão Recorrencial e Sequencial

Progressão Temática

Justificativa:

Na análise dos elementos temáticos do texto temos o Tema e o Rema, e esses dois elementos são importantes para a compreensão do texto como um todo. Visto que metade da prova de Língua Portuguesa da UFRGS é sobre interpretação de texto, e que, se ouve muitos alunos reclamarem que têm dificuldades de fazer interpretação, é muito importante que alunos aprendam a reconhecer esses elementos do texto e como funciona sua progressão.

Page 14: Coesão Recorrencial e Sequencial

Progressão Temática

O autor:

Eduardo Galeano nasceu em Montevidéu, no Uruguai. É jornalista. Ele já escreveu mais que 40 livros e em 1999 recebeu o prêmio Casa das Américas. Sua Obra literária se caracteriza pela crítica social e pesquisa histórica.

Page 15: Coesão Recorrencial e Sequencial

Progressão Temática

Atividade :

Para identificar Tema e Rema

Identifique dois personagens e um ambiente do texto. O que é falado sobre eles? Complete a tabela abaixo. Utilize frases presentes no texto para exemplificar.

Tema (espaço, personagem) O que é falado sobre eles   

   

   

   

   

Page 16: Coesão Recorrencial e Sequencial

Progressão Temática

“Nas fogueiras de Paysandu, Mellado Iturria conta causos. Conta acontecidos. Os acontecidos aconteceram alguma vez, ou quase aconteceram, ou não aconteceram nunca, mas tem uma coisa de bom: acontecem cada vez que são contados.

Este é o triste causo do bagrezinho do arroio Negro.

Tinha bigodes de arame farpado, era vesgo e de olhos saltados. Nunca Mellado tinha visto um peixe tão feio. O bagre vinha grudado em seus calcanhares desde a beira do arroio,

e Mellado não conseguia espanta-lo. Quando chegou no casario, com o bagre feito sombra, já tinha se resignado.

Com o tempo, foi sentindo carinho pelo peixe. Mellado nunca tinha tido um amigo sem pernas. Desde o amanhecer o bagre o acompanhava para ordenhar e percorrer campo. Ao cair da tarde, tomavam chimarrão juntos; e o bagre escutava suas confidencias.

Os cachorros, enciumados, olhavam o bagre com rancor; a cozinheira, com más intenções.”

Analise o seguinte segmento do texto:

Page 17: Coesão Recorrencial e Sequencial

Progressão Temática

Perguntas sobre o texto aparecem:

Qual o tema nas frases?

Há algum tipo de progressão nas seguintes frases? O que você acha que o autor quis ao usá-las com esta organização?

A mesma progressão ocorre nas duas últimas frases? Qual o sentido da organização das frases desta forma?

Atividade de interpretação:

Se o Bagre era um peixe, por que ele se afogou no rio? Faça um parágrafo argumentando.

Page 18: Coesão Recorrencial e Sequencial

Por Conexão

Page 19: Coesão Recorrencial e Sequencial

Por Conexão

Atividade proposta: Produção textual.

Com base na tirinha de Quino, conte os eventos. Evite o uso de e daí, e então.

A atividade deverá ser realizada em aula. Durante a produção, será chamada a atenção para o uso dos conectores.