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Normas do CNL

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  • 2

    Ol caro(a) participante,

    A organizao da Fase Distrital de Vila Real do Concurso Nacional de Leitura 2015 vem

    dar-te os parabns pelo teu trajeto neste evento, a par de todos os teus colegas

    participantes: na realidade j so todos verdadeiros CAMPEES DA LEITURA.

    Como do teu conhecimento, esta fase ir decorrer no prximo dia 15 de abril na

    bonita cidade do PESO DA RGUA, Capital do Douro; como anfitries contamos

    proporcionar-te uma grande festa e receber da tua parte entusiasmo e alegria com a

    tua participao.

    Nota muito importante: para alm das reas onde mostrars as tuas capacidades

    oralidade, leitura, escrita o Concurso Nacional de Leitura mais uma oportunidade

    que tens para conviver e festejar o prazer da LEITURA. Aproveita!

    Vamos agora fornecer-te algumas normas e informaes para que estejas o mais bem

    preparado possvel para a prova. Continuao de BOAS LEITURAS!

    DIA E LOCAL DA PROVA

    A Fase Distrital de Vila Real do Concurso Nacional de Leitura 2015 ir realizar-se em

    Peso da Rgua, no prximo dia 15 de abril. O local da realizao das provas ser na

    Escola Secundria Dr. Joo de Arajo Correia, sita na Av. Sacadura Cabral.

    OBRAS A CONCURSO

    As obras selecionadas para a prova escrita so as seguintes:

    3. CICLO

    O caderno do av Heinrich, de Conceio Dinis Tom;

    Trash Os rapazes do lixo, de Andy Mulligan.

  • 3

    SECUNDRIO

    A livraria, de Penelope Fitzgerald;

    Uma menina est perdida no seu sculo procura do pai, de Gonalo M. Tavares.

    CONSTITUIO DO JRI

    O jri da Fase Distrital de Vila Real do Concurso Nacional de Leitura 2015 constitudo

    pelos seguintes elementos:

    Presidente: Maria Jos Lacerda, Vereadora da Cultura do Municpio do Peso da Rgua;

    Vogal: Fernando Seara, Diretor do Museu do Douro;

    Vogal: Helena Gil, anterior Diretora Regional da Cultura do Norte.

    O jri soberano, no cabendo recurso das suas decises. Qualquer caso omisso neste

    documento ser resolvido pela organizao (Biblioteca Municipal do Peso da Rgua,

    DGLAB e PNL) e jri, havendo ainda a possibilidade do envio de sugesto e/ou

    reclamao por escrito para o seguinte endereo: [email protected].

    DECLARAO DE AUTORIZAO DE FILMAGENS

    Ser enviada s escolas participantes, por correio eletrnico, a Declarao de

    Autorizao de Filmagens, para assinatura pelo Encarregado de Educao de cada

    participante, ou pelo prprio caso tenha mais de 18 anos.

    No dia das provas cada participante deve ser portador de um documento de

    identificao pessoal e trazer a Declarao de Autorizao de Filmagens devidamente

    preenchida e assinada. Quem no a trouxer dever evitar expor-se, no sendo filmado

    nem entrevistado.

  • 4

    PRMIOS E CERTIFICADOS

    Todos os participantes recebero certificados de participao individuais e por escola,

    sendo tambm atribudos certificados com a classificao aos alunos vencedores. Sero

    atribudos prmios aos trs primeiros participantes de cada nvel de ensino a concurso.

    PROCESSO DE APURAMENTO DOS FINALISTAS

    O apuramento dos finalistas para a Fase Final do Concurso Nacional de Leitura 2015

    resultar da avaliao obtida em duas provas:

    - Prova Escrita, de carter eliminatrio, que apurar para a etapa seguinte (Prova Oral)

    os cinco participantes melhor classificados em cada um dos nveis de ensino;

    - Prova Oral, com componentes de declamao e de argumentao.

    A pontuao obtida pelos concorrentes apurados na Prova Escrita ser adicionada s

    pontuaes obtidas nas componentes da Prova Oral, de que resultar a ordenao

    final.

    Em caso de empate na Prova Escrita o desempate ser decidido pelo tempo

    despendido na realizao da mesma.

    Realizadas as Provas Escrita e Oral (nas suas duas componentes) caso se venha a verificar um empate entre finalistas, o desempate ser decidido mediante a apresentao oral das principais ideias apresentadas na questo de desenvolvimento da Prova Escrita pelos participantes.

    O participante mais pontuado em cada nvel de ensino apurado para a Fase Final do

    Concurso Nacional de Leitura 2015, em representao do distrito de Vila Real, sendo

    considerados suplentes os participantes classificados em 2 e 3 lugares.

  • 5

    PROVA ESCRITA

    A Prova Escrita ser constituda por 20 questes de resposta obrigatria e de escolha

    mltipla versando o contedo das obras selecionadas para cada nvel de ensino, e por

    uma questo de desenvolvimento (de entre as 2 propostas apresentadas, o

    participante dever escolher somente 1), sendo que a resposta limitada s linhas

    disponveis no enunciado.

    A Prova Escrita ter a durao mxima de 45 minutos, sem tolerncia, e deve ser

    realizada em silncio. expressamente proibido o uso de qualquer aparelho eletrnico

    durante a Prova Escrita.

    Concluda a Prova Escrita os participantes devero entreg-la pessoa que lhes for

    previamente indicada para o efeito, onde ser registada a hora de entrega da prova.

    No local da Prova Escrita apenas ser permitida a presena dos participantes e dos

    membros da organizao destacados para o efeito.

    PROVA ORAL

    A Prova Oral constituda por duas componentes: Declamao e Argumentao.

    Para a componente de Declamao so disponibilizados 5 poemas para cada nvel de

    ensino, sendo que cada participante dever selecionar e memorizar 1 (um) dos

    poemas.

    O jri, para a prova de Declamao, ter como principais critrios de avaliao:

    - Adequao dramtica: avaliao da proporcionalidade, da relao e da importncia

    dada ao contedo vs dramatizao.

    - Presena fsica: avaliao da postura, confiana demonstrada, relao com a

    assistncia.

    - Voz e articulao: avaliao da projeo da voz, do ritmo e entoao.

  • 6

    - Compreenso e complexidade: avaliao de variantes do poema (mensagens, ironias,

    tons de voz); avaliao do grau de ligao do contedo, com a linguagem e sua

    dimenso entre o participante e o poema.

    - Rigor: avaliao de incorrees na forma e/ou contedo.

    NOTA: Aos participantes ser permitido levar para palco o texto do poema, a que

    podero recorrer caso se manifeste necessrio. O jri ter em conta este aspeto na sua

    avaliao.

    POEMAS SELECIONADOS PARA O 3. CICLO

    - Amigo, de Alexandre ONeill

    - Pedagogia, de Miguel Torga

    - Porque, de Sophia de Mello Breyner Andresen

    - O Sonho, de Sebastio da Gama

    - Urgentemente, de Eugnio de Andrade

    POEMAS SELECIONADOS PARA O SECUNDRIO

    - Com Fria e Raiva, de Sophia de Mello Breyner Andresen

    - Impresso Digital, de Antnio Gedeo

    - No Posso Adiar o Amor, de Antnio Ramos Rosa

    - As Palavras, de Eugnio de Andrade

    - Viagem, de Miguel Torga

  • 7

    Para a componente de Argumentao so disponibilizados aos participantes, dos dois

    nveis de ensino, 7 grandes ideias, das quais cada participante selecionar 1 para

    realizao da sua prova, podendo, ou no, relacionar a sua prestao com as obras

    lidas.

    Os critrios de apresentao para a componente de Argumentao so os seguintes:

    - Durao mxima de 3 (trs) minutos;

    - No permitido o uso de adereos de gnero algum (som, imagem, instrumentos,

    etc.).

    NOTA: O no cumprimento de um dos critrios de apresentao acima mencionados

    implica a desqualificao do participante.

    Os critrios de avaliao para a componente de Argumentao so os seguintes:

    - Estrutura e dinmica na exposio;

    - Correo e clareza na linguagem utilizada;

    - Qualidade da informao prestada;

    - Grau de envolvimento com a assistncia.

    Para os dois nveis de ensino as 7 grandes ideias da componente de Argumentao

    para apresentao so:

    - AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE;

    - CONFLITOS GERACIONAIS;

    - DIREITOS HUMANOS E LITERATURA;

    - EDUCAO E CIDADANIA;

    - LER: A ARTE DA PAZ;

    - LIBERDADE DE EXPRESSO;

    - PALAVRAS DO MUNDO.

  • 8

    AMIGO

    Mal nos conhecemos

    Inaugurmos a palavra amigo.

    Amigo um sorriso

    De boca em boca,

    Um olhar bem limpo,

    Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,

    Um corao pronto a pulsar

    Na nossa mo!

    Amigo (recordam-se, vocs a,

    Escrupulosos detritos?)

    Amigo o contrrio de inimigo!

    Amigo o erro corrigido,

    No o erro perseguido, explorado,

    a verdade partilhada, praticada.

    Amigo a solido derrotada!

    Amigo uma grande tarefa,

    Um trabalho sem fim,

    Um espao til, um tempo frtil,

    Amigo vai ser, j uma grande festa! In No Reino da Dinamarca, Alexandre O'Neill

  • 9

    PEDAGOGIA

    Brinca enquanto souberes!

    Tudo o que bom e belo

    Se desaprende

    A vida compra e vende

    A perdio.

    Alheado e feliz,

    Brinca no mundo da imaginao,

    Que nenhum outro mundo contradiz!

    Brinca instintivamente

    Como um bicho!

    Fura os olhos do tempo,

    E volta do seu pasmo alvar

    De cabra-cega tonta,

    A saltar e a correr,

    Desafronta

    O adulto que hs-de ser! In Dirio IX, Miguel Torga

  • 10

    PORQUE

    Porque os outros se mascaram mas tu no

    Porque os outros usam a virtude

    Para comprar o que no tem perdo.

    Porque os outros tm medo mas tu no.

    Porque os outros so os tmulos caiados

    Onde germina calada a podrido.

    Porque os outros se calam mas tu no.

    Porque os outros se compram e se vendem

    E os seus gestos do sempre dividendo.

    Porque os outros so hbeis mas tu no.

    Porque os outros vo sombra dos abrigos

    E tu vais de mos dadas com os perigos.

    Porque os outros calculam mas tu no. In Obra Potica, Sophia de Mello Breyner Andresen

  • 11

    O SONHO

    Pelo Sonho que vamos,

    comovidos e mudos.

    Chegamos? No chegamos?

    Haja ou no haja frutos,

    pelo Sonho que vamos.

    Basta a f no que temos.

    Basta a esperana naquilo

    que talvez no teremos.

    Basta que a alma dmos,

    com a mesma alegria,

    ao que desconhecemos

    e ao que do dia-a-dia.

    Chegamos? No chegamos?

    Partimos. Vamos. Somos. In Pelo Sonho que Vamos, Sebastio da Gama

  • 12

    URGENTEMENTE

    urgente o amor.

    urgente um barco no mar.

    urgente destruir certas palavras

    dio, solido e crueldade,

    alguns lamentos,

    muitas espadas.

    urgente inventar alegria,

    multiplicar os beijos, as searas,

    urgente descobrir rosas e rios

    e manhs claras.

    Cai o silncio nos ombros e a luz

    impura, at doer.

    urgente o amor, urgente

    permanecer. In At Amanh, Eugnio de Andrade

  • 13

    COM FRIA E RAIVA

    Com fria e raiva acuso o demagogo

    E o seu capitalismo de palavras

    Pois preciso saber que a palavra sagrada

    Que de longe muito longe um povo a trouxe

    E nela ps sua alma confiada

    De longe muito longe desde o incio

    O homem soube de si pela palavra

    E nomeou a pedra a flor a gua

    E tudo emergiu porque ele disse

    Com fria e raiva acuso o demagogo

    Que se promove sombra da palavra

    E da palavra faz poder e jogo

    E transforma as palavras em moeda

    Como se fez com o trigo e com a terra In O Nome das Coisas, Sophia de Mello Breyner Andresen

  • 14

    IMPRESSO DIGITAL

    Os meus olhos so uns olhos.

    E com esses olhos uns

    que eu vejo no mundo escolhos

    onde outros, com outros olhos,

    no vem escolhos nenhuns.

    Quem diz escolhos diz flores.

    De tudo o mesmo se diz.

    Onde uns vem luto e dores

    uns outros descobrem cores

    do mais formoso matiz.

    Nas ruas ou nas estradas

    onde passa tanta gente,

    uns vem pedras pisadas,

    mas outros, gnomos e fadas

    num halo resplandecente.

    Intil seguir vizinhos,

    querer ser depois ou ser antes.

    Cada um seus caminhos.

    Onde Sancho v moinhos

    D. Quixote v gigantes.

    V moinhos? So moinhos.

    V gigantes? So gigantes. In Obra Completa, Antnio Gedeo

  • 15

    NO POSSO ADIAR O AMOR

    No posso adiar o amor para outro sculo

    no posso

    ainda que o grito sufoque na garganta

    ainda que o dio estale e crepite e arda

    sob as montanhas cinzentas

    e montanhas cinzentas

    No posso adiar este brao

    que uma arma de dois gumes

    amor e dio

    No posso adiar

    ainda que a noite pese sculos sobre as costas

    e a aurora indecisa demore

    no posso adiar para outro sculo a minha vida

    nem o meu amor

    nem o meu grito de libertao

    No posso adiar o corao In Viagem atravs de uma Nebulosa, Antnio Ramos Rosa

  • 16

    AS PALAVRAS

    So como um cristal,

    as palavras.

    Algumas, um punhal,

    um incndio.

    Outras,

    orvalho apenas.

    Secretas vm, cheias de memria.

    Inseguras navegam:

    barcos ou beijos,

    as guas estremecem.

    Desamparadas, inocentes,

    leves.

    Tecidas so de luz

    e so a noite.

    E mesmo plidas

    verdes parasos lembram ainda.

    Quem as escuta? Quem

    as recolhe, assim,

    cruis, desfeitas,

    nas suas conchas puras? In Corao do Dia, Eugnio de Andrade

  • 17

    VIAGEM

    Aparelhei o barco da iluso

    E reforcei a f de marinheiro.

    Era longe o meu sonho, e traioeiro

    O mar

    (S nos concedida

    Esta vida

    Que temos;

    E nela que preciso

    Procurar

    O velho paraso

    Que perdemos.)

    Prestes larguei a vela

    E disse adeus ao cais, paz tolhida.

    Desmedida,

    A revolta imensido

    Transforma dia a dia a embarcao

    Numa errante e alada sepultura

    Mas corto as ondas sem desanimar.

    Em qualquer aventura,

    O que importa partir, no chegar. In Cmara Ardente, Miguel Torga