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O SERVIÇO DE SAÚDE DA F.E.B. NA 2ª GUERRA MUNDIAL 1º Ten Al MARCELO WERNECK AZEVEDO DA CRUZ RIO DE JANEIRO 2008

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O SERVIÇO DE SAÚDE DA

F.E.B. NA 2ª GUERRA MUNDIAL

1º Ten Al MARCELO WERNECK AZEVEDO DA CRUZ

RIO DE JANEIRO 2008

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C957p Cruz, Marcelo Werneck Azevedo. A participação do Serviço de Saúde da Força Expedicionária Brasileira na 2ª Guerra Mundial /. - Marcelo Werneck Azevedo Cruz. - Rio de Janeiro, 2008.

39 f. ; 30 cm. Orientador: Pantaleo Scleza Neto Trabalho de Conclusão de Curso (especialização) – Escola de Saúde do Exército, Programa de Pós-Graduação em Aplicações

Complementares às Ciências Militares.) Referências: f. 39. 1. Serviço de Sáude. 2. Exército - Força Expedicionária Brasileira. I.

Scleza Neto, Pantaleo. II. Escola de Saúde do Exército. III. Título.

CDD 940

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O SERVIÇO DE SAÚDE DA

F.E.B. NA 2ª GUERRA MUNDIAL

1º Ten Al MARCELO WERNECK AZEVEDO DA CRUZ

Rio de Janeiro 2008

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Escola de Saúde do Exército, como requisito parcial para aprovação no Curso de Formação de Oficiais do Serviço de Saúde, especialização em Aplicações Complementares às Ciências Militares.

Orientador: TC Dent Pantaleo Scelza Neto Co-orientador: Maj Med AurélioFentanes

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RESUMO

A entrada do Brasil na 2ª Guerra Mundial se deu contra os países do Eixo Alemanha-Itália-Japão, em 31 de agosto de 1942, com a declaração dada pelo Presidente Getúlio Vargas de “Estado de Guerra” no país. A decisão foi tomada depois do afundamento de vários navios brasileiros pela Marinha Alemã, o que desencadeou em todo país uma série de campanhas populares e manifestações públicas de indignação. Concretizada a declaração de guerra, após o encontro de Natal dos Presidentes Franklin D. Roosevelt, dos E.U.A. e Getúlio Vargas, do Brasil; ficou acertado que seria organizada uma Força Expedicionária Brasileira (F.E.B.). O presente Trabalho de Conclusão de Curso tem por objetivo demonstrar como foi a participação do Serviço de Saúde da Força Expedicionária Brasileira durante a 2ª Guerra Mundial. A F.E.B deveria ser composta de três divisões com um efetivo aproximado de 60.000 homens, entretanto, apenas uma divisão deixou o país. Durante 239 dias, entre setembro de 1944 e maio do ano seguinte, mais de 25.000 soldados e oficiais brasileiros estiveram na Itália combatendo o nazismo. Foi a maior e mais sangrenta operação de guerra em que o país esteve envolvido neste século, amargando um saldo de quase 500 homens mortos e 3.000 feridos. Do outro lado da trincheira, em contrapartida, a F.E.B. capturou cerca de 20.000 soldados inimigos, saindo vitoriosa de oito batalhas. Nesse contexto, o Serviço de Saúde da F.E.B. teve atuação destacada no Teatro de Operações na Itália, recuperando e realizando a manutenção da saúde física e mental do combatente brasileiro.

Palavras-chave: Serviço de Saúde. F.E.B. ABSTRACT

The brazilian role in World War II had its beginning in 31, august 1942 , with the the declaration of war by

its president, Getulio Vargas, specifically against Germany, Italy and Japan. Brazilian vessels fell victim of

its boats all along the coast ,attacked by german navy, with painful consequences to the national spirit.

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Thus, after extensive talks between Roosevelt and Vargas, we had the participation of Brazil in II world

war with the the creation of The Brazilian Expeditionary Force. This is a work about the role of Health

Services in The Brazilian Expeditionary Force and all difficulties with a small health contingent in order to

help brazilian soldiers in the course of its military involvement against nazists in Italy. The participation of

Brazilian expedition in World War II was the biggest and bloodiest war operation of brazilian military forces

in the 20 century. We can expose with this work, the crucial participation of brazilian health services in the

Brazilian Expeditionary Force, maintaining the physical and mental health of brazilian combatants

Keywords: Health Service, Brazilian Expeditionary Force.

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................6 2 BATALHÃO DE SAÚDE...........................................................................................8 3 PROCESSO DE SELEÇÃO MÉDICA DO PESSOAL DA F.E.B..............................9 4 O SERVIÇO DE SAÚDE DA F.E.B.........................................................................11 5 CONCLUSÃO.........................................................................................................18 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................19

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1 INTRODUÇÃO

Em 1º de setembro de 1939, com a invasão da Polônia, seguida da anexação de Dantzig ao

Reich, teve início a 2ª Guerra Mundial. (MEDEIROS, 1987)

Antes de 7 de dezembro de 1941, duas guerras estavam sendo travadas no mundo: uma era

Européia, nascida do ataque de Hitler à Polônia; a outra entre Japão e China, iniciada em 1937. Estas

guerras fundiram-se neste dia, quando aviões japoneses bombardearam a base naval americana de

Pearl Harbor, no Havaí. Poucas horas depois, o governo do Japão declarou guerra aos estados Unidos e

à Inglaterra. A 11 de dezembro, a Alemanha e a Itália declararam guerra aos Estados Unidos.

Finalmente, em 1942, o Brasil, então governado por Getúlio Vargas, entra na guerra ao lado dos Estados

Unidos. (SILVEIRA, 2001)

Nossa participação foi precedida pela tomada de medidas governamentais no campo diplomático,

visando honrar o compromisso assumido por ocasião da III Reunião de Consulta dos Ministros de

Relações Exteriores das Repúblicas Americanas, realizada no Rio de Janeiro e encerrada em 28 de

janeiro de 1942. Nessa oportunidade, cumprindo o acordo firmado com Nações do Continente, o Brasil

rompeu relações diplomáticas com as nações do eixo: Alemanha, Itália e Japão.

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Esta atitude diplomática do governo de Getúlio Vargas, assumida em nome da solidariedade do

Continente Americano diante da ameaça Nazi-Nipo-Fascista, provocou uma reação violenta do governo

de Berlim. Em 15 de junho de 1942, Adolph Hitler, em reunião com o Almirante Reader, decidiu

desencadear uma ofensiva submarina. Em dois dias, 15 a 17 de agosto de 1942, cinco navios mercantes

brasileiros foram torpedeados e afundados a poucas milhas de nossa costa. Seguiram-se outros ataques

que afundaram 31 barcos mercantes brasileiros. Era a guerra não declarada, era a violência a pretexto

de responder a um ato diplomático de rompimento de relações.

Segundo, SILVEIRA, em 2001, no dia 22 de agosto de 1942, o Presidente Getúlio Vargas reuniu o

ministério em um ambiente tenso e cheio de expectativa. Na tarde desse mesmo dia, o Departamento de

Imprensa e Propaganda do Governo transmitia a seguinte nota à nação: “O Senhor Presidente da

República reuniu hoje o Ministério, tendo comparecido todos os Ministros. Diante da comprovação dos

atos de guerra contra nossa soberania foi reconhecida a situação de beligerância ente o Brasil e as

nações agressoras – Alemanha e Itália”.

Finalmente, a 31 de agosto de 1942, mediante decreto que tomou o número 10.358, foi decretado

o estado de guerra em todo território nacional, de acordo com os artigos 74, letra K, e 171 da

Constituição Federal Brasileira. (SILVEIRA, 2001)

Estava o Brasil voltado para o seu mundo ao irromper a 2ª Guerra Mundial. A agressividade e a

arrogância nazi-fascista levaram à união das nações americanas firmando a primeira declaração conjunta

em 1942, na qual se comprometiam a empregar todo o seu potencial contra os países do Eixo

(MEDEIROS, 1987)

Baixados os atos diplomáticos, indispensáveis, tratou-se de organizar e preparar uma Força

Expedicionária Brasileira que deveria seguir para o Teatro de Operações do Mediterrâneo para lutar ao

lado das nações aliadas. (MOURA, 1990)

Comprometendo-se a enviar uma força expedicionária, o General Mascarenhas de Moraes, então

Comandante da 2ª Região Militar, sediada em São Paulo, aceitando o convite do Ministro de Guerra,

General Eurico Gaspar Dutra, em agosto de 1943, inicia a preparação das forças brasileiras. Foi

organizada a Primeira Divisão de Infantaria Expedicionária (1ª DIE). (ALBERTO, 2001).

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2 BATALHÃO DE SAÚDE

Conforme relata MORAES, em 2005, a Portaria Ministerial número 47-44, de 9 de agosto de 1943,

publicada no Boletim Resevado do Exército, de 13 de agosto de 1943, estabeleceu as primeiras normas

gerais de estruturação da 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária, fixando-lhe como estrutura para o

apoio de saúde, o 1º Batalhão de Saúde, proveniente das Formações Sanitárias (1ª e 2ª) das cidades do

Rio de Janeiro e São Paulo, organizado em Valença, Estado do Rio de Janeiro.

O 1º Batalhão de Saúde, criado pelo Decreto-lei Reservado número 6071-A, de 6 de dezembro de

1943, como parte integrante da 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária, foi uma unidade nova, em

substituição, com acentuada vantagem, aos antigos Grupos de Padioleiros Divisionários, os famosos

G.P.D. da guerra de 1914-1918. Esse órgão do Serviço de Saúde tinha subordinação militar, imediata, ao

Comando da Divisão engajada em combate, a subordinação técnica ao Chefe do Serviço de Saúde

dessa mesma divisão e, em 24 de janeiro de 1944, o Major médico, Dr. Bonifácio Borba, que tinha sido

nomeado seu Sub-Comandante, assumiu o Comando da Unidade, em virtude de não ter sido classificado

um Tenente Coronel médico para esse cargo. Mas, a 3 de fevereiro de 1944, o mesmo Dr. Bonifácio

Borba foi nomeado Comandante efetivo do 1° Batalhão de Saúde. (REIS, 1969)

O Batalhão de Saúde, comandado pelo, então, Tenente Coronel Bonifácio Antonio Borba, era

constituído por uma Companhia de Comando e Serviço, uma Companhia para Tratamento e três

Companhias de Evacuação (MOURA, 1990).

Começaram, então, os preparos para a guerra – exercícios, inspeções de saúde, instruções

técnicas aos padioleiros e enfermeiros, preparo psicológico para a situação a enfrentar na Europa, até

que a 14 de maio de 1944 houve a despedida oficial do batalhão da cidade de Valença, tendo havido

vibrante sessão cívica no local. (REIS, 1969)

3 PROCESSO DE SELEÇÃO MÉDICA DO PESSOAL DA FEB

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A história de preparação do pessoal da F.E.B. exigiu bastante denodo, tanto na seleção do

pessoal, quanto na instrução. (ALBERTO, 2001)

Juntas Médicas espalhadas em todo Brasil objetivavam a seleção física e mental de um

contingente de 60.000 homens em um período de 60 dias. As dificuldades foram muitas: locais e material

inadequados, pessoal insuficiente, especialidades carentes, falta de colaboração e compreensão

(MOURA, 1990; GONÇALVES, 1961).

A seleção médica foi um assunto muito polêmico e alvo de muitas críticas. Controvérsias,

limitações e até mesmo, mesquinharias perturbaram a boa marcha da inspeção feita em 107.604 homens

(ALBERTO, 2001).

Sob chefia do General Brigada, Dr. Souza Ferreira, Diretor de Saúde daquele período, o Serviço

de Saúde do Exército enfrentou a árdua missão de realizar o processo de seleção da F.E.B. (MOURA,

1990)

O encargo era dos mais difíceis para o Serviço de Saúde, atendendo ao volume das inspeções, ao

curto prazo, à extensão territorial, à escassez de recursos materiais e ao reduzido número de oficiais

médicos existentes em seus quadros. Bem difícil era o planejamento e não menos a execução, que foi

baseada na rotina de inspeções da América do Norte, modificando-a e adaptando-a ao nosso meio

(GONÇALVES, 1961)

Inicialmente, foi feita uma previsão e estudo de uma Força de valor Corpo de Exército, com efetivo

de 60.000 homens. As dificuldades, as limitações e as imposições do momento levaram à organização de

apenas uma Divisão (15.069) e diversos órgãos necessários ao apoio (10.265 homens), sendo o Serviço

de Saúde integrante deste grupo. (MOURA, 1990)

Ao pôr-se em execução o que se havia planejado inicialmente, examinando os milhares e milhares

de jovens patrícios, a Junta Médica de Seleção se viu obrigada a rejeitar elevado número deles por

apresentarem enfermidades e afecções que o incapacitavam para integrar a F.E.B. (GONÇALVES, 1961)

Segundo Relatório de Seleção Médica, obra publicada por GONÇALVES (1961) as duas principais

causas de incapacitação foram a subdesnutrição crônica, motivando desenvolvimento físico insuficiente

levando a altos índices de tuberculose, deficiências dentárias, sífilis, responsável pelas disfunções do

aparelho cardiovascular e alterações psíquicas. (GONÇALVES, 1961)

A má seleção de pessoal fez com que tivéssemos incorporado psicóticos e esquizonfrênicos.

Quando se falava em fazer um exame psiquiátrico em qualquer elemento, estes se revoltavam, pois

havia a crença de que é só para tratar de loucos. Infelizmente, havia nos quartéis, uma grande

quantidade de indivíduos de má conduta, que alguns dirigentes, propositadamente ou não, procuraram

incluir na F.E.B., como se aquela tropa fosse um repositório de malfeitores. O estado de saúde da

maioria dos brasileiros da época era horrível. As condições de higiene bucal nem se fala, eram

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vergonhosas. Bocas desfalcadas ou com um rosário de cacos e fétidas. Estes eram em tão grande

número que não houve tempo de tratá-los aqui. (MEDEIROS, 1987)

Não houve argumentação que conseguisse manter inatingível o Serviço de Seleção, partindo, por

isso, o primeiro escalão constituído por pessoal selecionado sem rigor justo e em vista disso, as

conseqüências não tardaram a se fazer sentir (GONÇALVES, 1961).

Finalizando, quanto ao processo de seleção médica da F.E.B., o General médico Aureliano Pinto

de Moura concluiu: “Apesar das dificuldades, dos erros e da falta de previsão, ficam também o trabalho, o

esforço e a dedicação dos militares e civis que souberam vencer todos os obstáculos e cumprir com seus

deveres atingindo os objetivos previstos”. (MOURA, 1990)

4 O SERVIÇO DE SAÚDE DA FEB

A Chefia do Serviço de Saúde da F.E.B. coube ao Coronel Médico Emanuel Marques Porto. O

Serviço de Saúde somou, entre médicos, dentistas e farmacêuticos, 198 oficiais, 67 enfermeiras, 44

enfermeiros, 6 manipuladores de farmácia, 6 manipuladores de radiologia e 2 protéticos. (ALBERTO,

2001)

Na organização doutrinária do Serviço de Saúde, houve a necessidade de mudança, sendo

abandonada a organização francesa, para uma organização tipo norte-americana (Destacamento de

Saúde, Batalhão de Saúde, Hospitais Cirúrgicos de Urgência, de Evacuação e de Guarnição (ALBERTO,

2001).

A instrução do Serviço de Saúde foi programada na área de primeiros socorros, triagem, cirurgia

de guerra, normas de evacuação, tratamento e transporte de feridos, cadeia de evacuação, suprimento e

manutenção, ou seja, uma reciclagem para a adaptação à doutrina norte-americana (MOURA, 1990;

ROUSSEAU, 1991).

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O Serviço de Saúde brasileiro, no entanto, não dispunha de hospitais próprios, formando, deste

modo, “Grupos Suplementares em Hospitais Norte-Americanos”, onde funcionavam as “Seções

Brasileiras”. Além disso, a dificuldade de comunicação era grande, visto que poucos integrantes do

Serviço de Saúde falavam inglês. (MOURA, 1990).

O Serviço de Saúde da FEB dirigiu e coordenou todas as atividades médicas do efetivo brasileiro.

Dividiu-se em seções, encarregadas da movimentação de todo o pessoal (1ª seção), das atividades

burocráticas (2ª seção), das atividades operacionais (3ª seção) e do suprimento do material de saúde (4ª

seção). Também atuava diretamente nas Seções Brasileiras, nos hospitais norte-americanos, no serviço

dentário e no Posto Avançado de Neuro-Psiquiatria. (ALBERTO, 2001)

O Serviço Saúde da FEB, órgão integrante do Estado Maior Especial, de acordo com os

entendimentos internacionais firmados com os Estados Unidos da América, deveria abandonar sua

organização militar baseada em moldes franceses. Desapareciam as Formações Sanitárias Regimentais

e Divisionárias, assim como os Grupamentos de Padioleiros e de Ambulância Divisionárias. (MOURA,

1990; ALBERTO, 2001)

Formou-se então, uma nova organização militar composta por: Chefia do Serviço de Saúde da

F.E.B., comandada pelo Coronel Médico Emanuel Marques Porto; Destacamento de Saúde (Tropa

Especial); Chefia do Serviço de Saúde da Divisão; Batalhão de Saúde; Grupos Suplementares Brasileiros

em Hospitais Norte-americanos (G-SBHNA) e Serviço de Saúde do Corpo de Tropa. (MOURA, 1990;

ALBERTO, 2001)

Foram previstos quatro G-SBHNA, com o pessoal médico, de enfermagem e serviços auxiliares,

considerados necessários ao tratamento dos pacientes brasileiros a serem baixados nos hospitais

americanos. Entretanto, apenas três destes Grupos seguiram para a Itália (MOURA, 1990).

Sua organização era flexível, permitindo adaptações às circunstâncias peculiares do momento.

Cada grupo era subdividido em duas seções e cada seção com suas equipes em número de

especialidades variáveis. (MOURA, 1990)

Diante de uma nova organização, fez-se necessária uma adaptação, visando à unidade de

doutrina de emprego, dentro dos moldes americanos. Tal doutrina destaca a importância de um sistema

eficiente de apoio logístico atualizado, na qual é priorizada a rápida evacuação e o pronto atendimento, a

disponibilidade de meios e um efetivo de pessoal suficiente e capaz (MOURA, 1990)

Assim, a Divisão de Infantaria Expedicionária tinha as seguintes instalações de Saúde, em cadeia

de evacuação: Posto de Socorro de Batalhão; Posto de Socorro Divisionário e Posto de Treinamento

Divisionário. Deste último, as baixas seguiam para o Hospital Cirúrgico Móvel e as demais para o

Hospital de Evacuação, ambos americanos (MOURA, 1990)

Visando ao ajustamento da tropa, foi enviado para o norte da África, como observador junto ao

exército americano, o Tenente Coronel Emanuel Marques Porto, a fim de repassar importantes

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ensinamentos sobre medicina preventiva, proteção contra o frio, além de alimentação e dotação de

pessoal e material. (MOURA, 1990)

Vários oficiais brasileiros foram enviados aos Estados Unidos para estágio em unidades, a fim de

se familiarizarem com o material de campanha usado. Tiveram ainda como missão, a tradução de

manuais para substituir os de origem francesa. (MOURA, 1990)

Apesar de todos os esforços no sentido de alcançar a instrução desejada do Pessoal de Saúde,

MEDEIROS (1987), relatou que as dificuldades encontradas pelo pessoal da G-SBHNA, da qual fazia

parte, eram inúmeras. Além dos problemas de comunicação, uma vez que se encontravam em hospital

americano e eram pouquíssimos os brasileiros que falavam inglês, detectava-se também problemas

quanto a formação de grande parte destes integrantes, tendo estes, realizado um precário curso de

apenas 3 meses em hospital brasileiro. Segundo a mesma, muitos de seus colegas observavam o que

estava sendo feito por colegas americanos e procuravam superá-los.

O objetivo do médico na guerra é preservar e conservar os efetivos humanos mobilizados.

Entretanto, desde o conflito europeu de que os brasileiros participaram com suas divisões, também fazia

parte da sua finalidade atender aos civis traumatizados por agentes bélicos. Os serviços médicos

funcionam ininterruptamente, principalmente na chamada Zona de Combate, pois os feridos e doentes

surgem a qualquer momento, seja de dia ou de noite. (REIS, 1969)

O número de elementos que constituem o Serviço de Saúde da Força Expedicionária Brasileira,

servindo nos vários órgãos, era de 1.369 homens, assim distribuídos: (REIS, 1969)

- Oficiais – médicos, dentistas, farmacêuticos e intendentes 198

- Oficiais – enfermeiras 49

- Sargentos – enfermeiros e de administração 225

- Cabos 176

- Soldados 721

Total 1.369

Ainda, segundo Reis, em 1969, os poucos casos de manipulação, nos hospitais de guerra, eram

resolvidos pelos chamados “manipuladores de farmácia”, correspondentes aos “práticos de farmácia” da

vida civil em nossas cidades. Os manipuladores de farmácia tinham o posto militar de sargentos. Os

dentistas tiveram tarefa afanosa, embora não trabalhassem à noite, o que faziam em casos raros. Desde

os Destacamentos de Saúde dos corpos de tropa até os escalões mais recuados, a trabalheira era

grande. Não podemos deixar de esclarecer a figura do dentista Dr. Enio Vilela, carioca, por sinal

possuidor do curso de medicina, de um espírito colaborador a toda prova, incansável. Eis alguns dados

estatísticos de 1º de outubro de 1944 a 30 de abril de 1945, compreendendo todo pessoal da F.E.B. na

Europa, obtidos dos relatórios da Chefia do Serviço de Saúde, concernentes à odontologia:

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Consulta.......................................28.504

Extrações.....................................17.261

Curativos......................................20.110

Obturações....................................8.329

Pequenas Intervenções.................1.623

Pulpectomias....................................345

O Boletim Interno n.º 45 da F.E.B. publicou, no dia 14 de fevereiro de 1945, uma referencia ao

Serviço de Saúde altamente significativa e enaltecedora de seus méritos, a qual traduz de forma

eloqüente o valor, a aptidão e a capacidade dos seus elementos executores. Ei-la (REIS, 1969):

NOTA DO COMANDO N.º 9

O SERVIÇO DE SAÚDE DA F.E.B.

O Serviço de Saúde quer em combate quer uma situação calma, tem funcionado de maneira irrepreensível. E esse funcionamento é o resultado da perfeita ajustagem da cadeia que vais dos primeiros escalões da frente aos

hospitais da retaguarda. Na assistência pronta e imediata ao soldado que tomba, no campo de luta, muitas vezes sob a feroz ação inimiga, a

ação inexcedível dos padioleiros dos Corpos de Tropa tem sido posta a prova, sem desfalecimento no cumprimento da nobilitante missão em que, preocupados em salvar a vida ou atenuar o sofrimento do companheiro ferido, põem inteiramente de lado a própria segurança.

No transporte para os órgãos de tratamento, aqui considerados mesmo aqueles em que se aplicam os primeiros, solícitos, os motoristas cuidadosos, com a compreensão nítida do valor dos passageiros que conduzem – homens que acabam de dar o sangue, muitos a integridade física, alguns dentre muitos a vida, tudo pela grandeza do nosso Brasil – rodam por caminhos maus e boas estradas, da frente para os hospitais.

E nos postos de socorro e nos estabelecimentos hospitalares, médicos, cirurgiões habilíssimos e enfermeiras dedicadas, seguindo a orientação de seu valoroso Patrono, General João Severiano da Fonseca, iniciam o trabalho estafante e profundamente humano de dar a vida ao moribundo, de afastar o espectro da morte que rodeia os feridos, de suavizar-lhe os sofrimentos físicos e também morais.

Verdadeiros heróis da grande luta contra a morte, esse exército de padioleiros e bisturis faz, do mesmo modo que os canhões e baionetas, grande dano ao alemão que nos defronta. Cada soldado reconstituído é um soldado furtado à sanha adversa.

Eis porque me sinto ufano se ser chefe desse belo conjunto de eficiência que é o Serviço de Saúde, com os seus meios de execução – o Batalhão e os Destacamentos Regimentais.

Que prossigam nessa atividade, é o único desejo do Comandante da F.E.B., pois é certo que também será o único meio de podermos todos, em dias que não estão longe, derrotando o alemão, nossa razão de ser nessas plagas, voltar a ver, em território Pátrio, a “verdura sem par das nossas matas e o esplendor do Cruzeiro do Sul”.

O Serviço de Saúde compreendia três escalões bem distintos:

- da FEB;

- da Divisão e

- das Unidades (Regimentos e Grupos).

O da F.E.B., como órgão de cúpula, tinha sob a sua responsabilidade o funcionamento de todos os

demais serviços de saúde, inclusive os encargos de hospitalização que lhe foram atribuídos bem como o

controle e a supervisão dos suprimentos sanitários.

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Além do Estado Maior, órgão assessor da Chefia, mantinha sob sua assistência direta, o Serviço

Dentário com seu respectivo Laboratório de Prótese, o Posto Avançado de Neuro-Psiquiatria e as Seções

Hospitalares junto aos hospitais norte-americanos.

O Serviço Dentário, órgão especialmente criado para atender ao caso específico da F.E.B.,

desempenhou papel relevante, tanto na fase de preparação como no decorrer das operações.

O Posto Avançado de Neuro-Psiquiatria foi uma feliz e oportuna criação do próprio Chefe do

Serviço de Saúde da FEB, destinado a receber, observar e tratar os casos precoces de neuro-psiquiatria

surgidos no âmbito da Divisão.

As Seções Hospitalares compunham-se de equipes médicas e cirúrgicas integradas de clínicos e

cirurgiões, recrutados no seio do exército e de atividades civis, destacando-se entre estas os professores

Alfredo Monteiro, Ernani Alves e Alípio Corra Netto.

Nelas, trabalharam as enfermeiras brasileiras, sempre muito dedicadas e solícitas, a despeito das

dificuldades que encontravam para adaptar-se às exigências da campanha.

As posições de vários Postos de Socorro (PS) e dos hospitais variavam de acordo com a evolução

dos acontecimentos desencadeados pela guerra, avançando ou recuando, num ritmo mais rápido ou

mais lento, segundo as circunstâncias. Daí, o paciente era evacuado pelas ambulâncias do Batalhão de

Saúde para o Posto de Socorro Divisionário, onde os meios de assistência médica eram mais eficientes.

Desse Posto de Socorro, ia o evacuado para o Posto de Tratamento Divisionário (PTD), que era instalado

pela Companhia (Cia) de Evacuação, que também pertencia ao Batalhão de Saúde. Aqui, os socorros

eram bem mais eficientes, muito maior o número de médicos, soros em ambulância, plasma, que por

sinal se constituía em muito bom elemento de combate ao choque, melhores acomodações e, o que não

havia até agora, 02 cirurgiões. Entretanto, não havia penicilina por problemas de conservação. Esta não

existia no P.T.D., pois não era possível fazer instalação elétrica, em boas condições, numa unidade

sujeita a grandes mobilidades, devido à sua proximidade com o inimigo. Pela mesma razão, ali não havia

botelhas de sangue, que também exigia ambiente refrigerado. (REIS, 1969)

O primeiro hospital colocado ao longo da cadeia de evacuação da F.E.B. era uma unidade do 32º

Hospital de Campo, funcionando em Valdibura, sob barracas, com capacidade para 25 leitos. Cabia-lhe

atender aos feridos mais graves de primeira urgência, cujo estado não permitisse um transporte mais

longo.

A seguir, fazendo parte da cadeia normal de evacuação, vinha o 16º Hospital de Evacuação de

Pistóia, também funcionando sob barracas, com capacidade para 400 leitos, competindo-lhe tratar dos

feridos menos sensíveis aos transportes, bem como dos doentes e, mais à retaguarda, estavam o 7º

Hospital de Guarnição de Livorno, o de Convalescentes de Montecatini, misto de hospital e motel,

dispondo de todos os requisitos da técnica moderna para recuperação física e mental dos homens, bem

como os 45º e 182º Hospitais de Guarnição e o 300º Hospital Geral de Nápoles, todos de maior porte e

possibilidades, havendo em cada um deles uma Seção Brasileira.

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Os feridos e doentes que não podiam ser recuperados no prazo de 120 dias, fixados para o TO,

eram imediatamente evacuados para a Zona do Interior em navios e aviões norte-americanos. Os

demais, uma vez restabelecidos, transferiam-se para o Depósito do Pessoal, retornando, a seguir, ao

seio da tropa para emprego futuro.

Durante a ofensiva da primavera, as Seções permanentes ao 32º Hospital de Valdibura e 16º

Hospital de Evacuação de Pistóia, deslocaram-se para o 15º Hospital de Evacuação de Corvella, daí para

o 38º Hospital do mesmo tipo, nas suas sucessivas instalações em Marzabotto e Fidenza, sempre na

cauda da 1ª DIE.

À frente da rede hospitalar funcionava o Serviço de Saúde da Divisão, destinado a estabelecer

ligações entre as unidades e a retaguarda cabendo-lhe, especificamente, a evacuação no âmbito

divisionário, dispondo para esta tarefa de um Batalhão de Saúde composto, basicamente, de uma Cia de

Tratamento (melhor seria de Triagem, pois não lhe competia, na realidade, o tratamento dos doentes,

embora o fizesse esporadicamente) e de três outras de evacuação.

A 29 de novembro de 1944, data da realização do segundo ataque ao Monte Castelo, antes,

portanto da defensiva, o Posto que vinha funcionando discretamente, dada a própria natureza das

operações, teve oportunidade de revelar o quanto seria útil nas fases subseqüentes.

Nada menos de 124 feridos passaram, naquela manhã pela triagem, exigindo redobrado esforços

de todos os seus componentes que tiveram, inclusive, a oportunidade de ceder as suas rações a muitos

evacuados, mal alimentados, num gesto que dificilmente será por eles esquecidos.

As Companhias de Evacuação encarregavam-se da evacuação dos feridos dos Postos de Socorro

das unidades, indo às vezes até as subunidades, ao Posto de Triagem, onde eram entregues às

unidades de evacuação do V Exército que os transportavam para os hospitais, salvo em duas ou três

oportunidades em que esta tarefa ficou por conta do próprio Posto de Triagem reforçado por ambulâncias

do Exército. Para isso, as Companhias de Evacuação, organizaram-se em Postos de Evacuação ao

alongo das estradas de evacuação, entre os PS das unidades e o PT da Divisão onde faziam a revisão

do ferido.

Durante a fase da defensiva, estabeleceram um destes Postos em Silla para atender aos

evacuados procedentes da Infantaria, mais tarde deslocados para Corvella, e um outro em Casel di caso,

ao “S” do Rio Reno, para os de Artilharia.

Posteriormente, com a ocupação das alturas de Capell Buso – Serrasiccia por unidades

brasileiras, constituíram um terceiro posto nas saídas “N” de Lizzano in Belvedere que, por sua vez,

lançou um pequeno escalão para Cá di Júlio, para apoio às tropas que ali se estabeleceram.

Cada regimento, grupo ou unidade equivalente possuía um Destacamento de Saúde, chefiado por

um oficial médico destinado a prestar os primeiros socorros aos feridos e doentes preparando-os para

evacuação ou restituindo às posições.

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6 CONCLUSÃO

O Serviço de Saúde em Campanha da Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra

Mundial atuou de modo eficaz em nível de padrões americanos.

Isto foi comprovado estatisticamente pelas taxas de admissão aos hospitais, e de enfermos

recuperados que estavam rigorosamente dentro dos limites observados nas tropas norte-americanas que

entraram na Europa. Tanto no que tange á seleção do pessoal com a sua manutenção no Teatro de

Operações, mostrou-se capaz e eficiente. Incorporado ao Exército Americano, o Serviço de Saúde da

F.E.B. apresentava uma estrutura funcional, em muitos pontos, semelhantes ao preconizado pelo atual

manual de Serviço de Saúde em campanha, o C8-1.

Nada menos que 10.776 homens baixaram nos hospitais, durante os 11 meses de permanência na

Itália, o que dá uma média diária de 32,7, ou seja, 1,3% do efetivo da F.E.B. (25.500 homens,

aproximadamente).

REFERÊNCIAS

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ALBERTO, M.S. Gen Bda Med. Serviço de Saúde do Exército (Memorial). [S.1.:s.n.], p. 112-116, 2001. CORREA NETTO, Alípio. Notas de um Expedicionário Médico; ALMED, São Paulo, 1983. GONÇALVES, P. Ten Cel Med. Seleção Médica do Pessoal da FEB. Histórico, Funcionamento e Dados Estatísticos. V.162, Rio de Janeiro: [s.n.], p. 21-167, 1961. MEDEIROS, Elza Cansanção. E foi Assim que a Cobra Fumou; 2ª ed, Rio de Janeiro, 1987. MOURA, A.P. A Medicina e a Guerra. Ver. Med. Mil. N.5, Mai/Ago, p. 285-297, 1990, ano XLI. MOURA, A.P. O Serviço de Saúde do Exército Brasileiro da Colônia ao Império. Rev. Med. Mil. N.6, Set/Dez, p. 35-353, 1990, ano XLI. REIS, Edgardo Moutinho. Exército de Padioleiros e Bisturis; 1ª ed, Editora Mabri, Rio de Janeiro, 1969. ROUSSEAU. As Evacuações de Saúde em campanha. Ver Med Mil., n.8. Mai/Ago, p. 472-476, 1991, ano XLII. SILVEIRA, J.X. A FEB por um soldado; Editora Expressão e Cultura – Exped Ltda, 2001.

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Anexo 4 das IPG da EsSEx

FICHA DE AVALIAÇÃO DO TCC

Aluno:.............................................................................................................................

Tema:..............................................................................................................................

Comissão de Avaliação: Orientador:..................................................................................................................... 2° Membro:..................................................................................................................... 3° Membro.......................................................................................................................

ESCORES PREVISTOS ESCORES OBTIDOS CONTEÚDO 70

FORMATAÇÃO 30

NOTA FINAL

AVALIADORES: ______________________________________________________________________________________________

_____ ASS DO ORIENTADOR

___________________________________________________________________________________________________

ASS DO 2° MEMBRO

___________________________________________________________________________________________________

ASS DO 3° MEMBRO

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CONTEÚDO

1. APRESENTAÇÃO ESCORES

PREVISTOS ESCORES OBTIDOS

a. ORTOGRAFIA E GRAMÁTICA 2

b. CUMPRIMENTO DE PRAZOS 2

2. RESUMO ESCORES

PREVISTOS ESCORES OBTIDOS

a. EXPOSIÇÃO DO OBJETIVO 3

b. EXPOSIÇÃO DA MÉTODOLOGIA 3

c. EXPOSIÇÃO DAS CONCLUSÕES 3

3. INTRODUÇÃO ESCORES

PREVISTOS ESCORES OBTIDOS

a. OBJETIVIDADE 3

b. ENTENDIMENTO DO TEMA 4

c. EXPOSIÇÃO DA METODOLOGIA 4

4. DESENVOLVIMENTO ESCORES

PREVISTOS ESCORES OBTIDOS

a. ORGANIZAÇÃO DO PENSAMENTO (TÓPICOS) 6

b. PERTINÊNCIA DOS DADOS COLHIDOS 6

c. EXPLORAÇÃO DO ASSUNTO (CLAREZA) 6

d. EXPLORAÇÃO DO ASSUNTO (SÍNTESE) 6

e. EXPLORAÇÃO DO ASSUNTO (PROFUNDIDADE)

6

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5. CONCLUSÃO ESCORES

PREVISTOS ESCORES OBTIDOS

a. DISCUSSÃO 4

b. FECHO (COMPATÍVEL COM O OBJETIVO) 4

c. OBJETIVIDADE 4

6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ESCORES

PREVISTOS ESCORES OBTIDOS

a. CONSISTÊNCIA 4

TOTAL DO CONTEÚDO

FORMATAÇÃO

1. DISPOSIÇÃO DOS ELEMENTOS ESCORES PREVISTOS

ESCORES OBTIDOS

a. ORDENAÇÃO DOS ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 2

b ORDENAÇÃO DOS ELEMENTOS TEXTUAIS 2

c. ORDENAÇÃO DOS ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS 2

2. CAPA ESCORES PREVISTOS

ESCORES OBTIDOS

a. AUTORES (CX ALTA COM NOME DE GUERRA EM NEGRITO) 1

b. TÍTULO: SUBTÍTULO (SE HOUVER) 1

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c. LOCAL (CIDADE) E ANO 1

3. FOLHA DE ROSTO ESCORES PREVISTOS

ESCORES OBTIDOS

a. AUTORES (CX COM NOME DE GUERRA EM NEGRITO) 1

b. TÍTULO: SUBTÍTULO (SE HOUVER) 1

c. NATUREZA (DIGITADA COM ALINHAMENTO NO MEIO DA PÁGINA PARA A DIREITA)

1

d. NOME DO ORIENTADOR 1

e. LOCAL (CIDADE) E ANO 1

4. RESUMO ESCORES PREVISTOS

ESCORES OBTIDOS

a. PARÁGRAFO ÚNICO, ATÉ 500 PALAVRAS, PALAVRAS-CHAVE 2

b. RESUMO EM, LÍNGUA VERNÁCULA (PORTUGUÊS) E NA LÍNGUA ESTRANGEIRA (INGLÊS)

1

5. SUMÁRIO ESCORES PREVISTOS

ESCORES OBTIDOS

a. ENUMERAÇÃO DAS SEÇÕES, SEGUIDA DE SUA LOCALIZAÇÃO NO TEXTO 2

b. UTILIZAR SOMENTE ELEMENTOS ARÁBICOS E OS TÍTULOS DEVEM SER DESTACADOS GRADATIVAMENTE DA SEGUINTE MANEIRA: SEÇÃO PRIMÁRIA / SEÇÃO SECUNDÁRIA / Seção terciária / Seção quaternária / Seção quinária

2

c. OS ELEMENTOS QUE ANTECEDEM O SUMÁRIO NÃO DEVEM SER DESCRITOS NO MESMO

1

6. PAGINAÇÃO ESCORES PREVISTOS

ESCORES OBTIDOS

a. TODOS OS ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS, A APARTIR DA FOLHA DE ROSTO DEVEM SER CONTADOS SEQÜENCIALMENTE, MAS NÃO NUMERADOS

1

b. A PAGINAÇÃO DEVE SER INSERIDA NO CANTO SUPERIOR DIREITO, A PARTIR DA INTRODUÇÃO

1

7. CITAÇÕES ESCORES PREVISTOS

ESCORES OBTIDOS

a. TODAS AS CITAÇÕES INSERIDAS NO TEXTO DEVEM TER INDICAÇÃO DE AUTOR E DATA DA OBRA DA QUAL FOI EXTRAÍDA

2

b. TODAS AS OBRAS CITADAS NO TEXTO DEVEM CONTER SUA REFERÊNCIA CORRESPONDENTE NA LISTAGEM BIBLIOGRÁFICA AO FINAL DO TRABALHO

2

8. REFERÊNCIAS ESCORES PREVISTOS

ESCORES OBTIDOS

a. AS REFERÊNCIAS DEVEM SER APRESENTADAS EM ORDEMALFABÉTICA E DE ACORDO COM AS NORMAS DA ABNT

2

TOTAL DA FORMATAÇÃO

Anexo 5 das IPG da EsSEx

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CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE TCC

Para avaliar a estrutura do trabalho o avaliador deverá verificar se:

- os elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais e a formatação do trabalho foram confeccionados conforme o Manual da EsSEx para Apresentação de Trabalhos Acadêmicos (anexo 1 das IPG da EsSEx). - o número de folhas textuais do trabalho deve estar entre 20 e 40, não computadas

as folhas dos elementos pré-textuais e pós-textuais.

2. DESENVOLVIMENTO LÓGICO DO TRABALHO 2.1 Resumo e Abstract

O avaliador deverá verificar se esta parte: - apresenta de forma clara a idéia principal; - expõe o objetivo do trabalho e o enfoque proporcionado ao assunto; - indica os materiais e métodos utilizados; - expõe as conclusões do trabalho. 2.2 Introdução

O avaliador deverá verificar se esta parte: - constitui um bom recurso para atrair a atenção do leitor; - faz referência, quando for o caso, a trabalhos anteriores sobre o mesmo tema; - expõe o objetivo; - evita a introdução vaga, que se refere indireta ou vagamente à idéia central do trabalho; - evita a introdução prolixa, que, apresentando uma grande massa de informações, normalmente confunde o leitor, desviando-lhe a atenção; - evita a introdução abrupta, que leva o leitor a entrar no assunto sem ter sido

orientado a respeito do que deve encontrar; igualmente confunde o leitor, desta vez,

por falta de informações.

2.3 Desenvolvimento

O avaliador deverá verificar se esta parte: - discrimina os aspectos que o tema envolve; - conduz o leitor no rumo de sua linha de argumentação; - analisa detalhadamente as idéias contidas no tema; - inicia de verdades garantidas para novas verdades, tomando como base

- está redigida de forma objetiva e coerente, evitando as divagações e o tratamento

prolixo do tema.

- sempre que possível, deve apresentar discussão do tema, expressando a posição sustentada pelo autor (problema) e comparações com resultados de outros autores e suas abordagens; 2.4 Conclusão

O avaliador deverá verificar se esta parte: - volta à proposição inicial, com um novo significado para o leitor; - refere-se resumidamente aos resultados da pesquisa, fechando a linha de

raciocínio; 2.5 Referências

O avaliador deverá verificar se esta parte: - apresenta coerência entre a lista de referências e as citações contidas no texto do trabalho; - se todas as referências se encontram citadas no texto do trabalho; - adequação das referências às normas contidas no Manual da EsSEx para Apresentação de Trabalhos Acadêmicos. 3. EVIDÊNCIA DE PESQUISA

O avaliador deverá considerar: - o desenvolvimento do tema terá que comportar pesquisa, quer seja ela bibliográfica, documental ou de campo;. 4. RELEVÂNCIA DO TEMA E ARGUMENTAÇÃO

Para avaliar este aspecto o avaliador deverá, independente de sua própria opinião sobre o que expõe o autor, examinar o trabalho verificando se, dentro do contexto da exposição, a sua argumentação é relevante, isto é, tem valor significativo para o que enfoca ou deseja realçar. Outros aspectos a serem examinados são a pertinência, a aplicabilidade e a atualidade das informações apresentadas. 5. TÉCNICA DE REDAÇÃO

O avaliador deverá examinar se o trabalho: - está redigido em uma linguagem compatível com a importância do trabalho, devendo infundir precisão e sobriedade; - está organizado com seus títulos das divisões e subdivisões com estrutura gramatical semelhante, isto é, se usam a mesma categoria gramatical, o mesmo tempo de verbo, modo etc; - evidencia o cuidado com a correção gramatical, ortográfica e de pontuação; - demonstra concisão, objetividade e variedade vocabular;

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MENÇÃO

Após avaliar os diversos campos enumerados anteriormente, o avaliador deverá, concluir sobre qual deverá ser a menção do trabalho monográfico em questão conforme cada um dos campos contidos no anexo 4 das IPG da EsSEx .

O trabalho monográfico receberá a avaliação final expressa por meio da média aritmética das notas dos três avaliadores que formam a Comissão de Avaliação, que será transformada em menção, de acordo com as faixas abaixo: - de 0,00 até 4,99 - Insuficiente (I); - de 5,00 até 5,99 - Regular (R); - de 6,00 até 7,99 - Bom (B); - de 8,00 até 9,49 - Muito Bom (MB); - de 9,50 até 10,00 - Excelente (E). c. O postulante fará jus ao certificado de conclusão do programa de pós-graduação se obtiver menção final igual ou superior a “bom“. d. Não será aceito o trabalho que obtiver menção “insuficiente” ou “regular”. Esses trabalhos deverão ser revistos e reavaliados, dentro de prazo compatível com o processo de avaliação, a apuração do resultado final e a data de conclusão do curso. Será concedida somente uma oportunidade para revisão do trabalho e, neste caso, o resultado final será a média aritmética entre o resultado da primeira e o da segunda avaliação. Persistindo menção inferior a “B”, o postulante será considerado inabilitado no programa de pós-graduação e deve ser desligado por falta de aproveitamento. f. O resultado do trabalho não entrará no cômputo do resultado final dos cursos regulares da EsSEx. TRABALHOS APROVADOS COM DESTAQUE A indicação de um trabalho com “louvor” deve refletir uma forte impressão que o mesmo trouxe para o avaliador de forma a destacar-se como trabalho monográfico no tema. Quando essa indicação for positiva, é imprescindível que a Comissão de Avaliação fundamente sua posição justificando-a.

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Anexo 7 das IPG da EsSEx

TERMO DE CESSÃO DE DIREITOS SOBRE O TRABALHO MONOGRÁFICO

Eu, Marcelo Werneck Azevedo da Cruz, regularmente matriculado

no Curso de Formação de oficiais, da especialidade Prótese Dentária

(Odontologia), na Escola de Saúde do Exército, autor do Trabalho de

Conclusão de Curso intitulado de A Participação do Serviço de Saúde da

FEB na 2ª Guerra Mundial, autorizo a EsSEx a utilizar meu trabalho para uso

específico no aperfeiçoamento e evolução da Força Terrestre, bem como a

divulgá-lo por publicação em revista técnica ou outro veículo de comunicação.

A EsSEx poderá fornecer cópia do trabalho mediante ressarcimento das

despesas de postagem e reprodução. Caso seja de natureza sigilosa, a cópia

somente será fornecida se o pedido for encaminhado por meio de uma

organização militar, fazendo-se a necessária anotação do destino no Livro de

Registro existente na Biblioteca.

É permitida a transcrição parcial de trechos dos trabalhos para comentários e

citações desde que sejam transcritos os dados bibliográficos dos mesmos, de

acordo com a legislação sobre direitos autorais.

A divulgação do trabalho, por qualquer meio, somente pode ser feita com a

autorização do autor e da Diretoria de Ensino da EsSEx.

___________________________________________________

Marcelo Werneck Azevedo da Cruz

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O SERVIÇO DE SAÚDE DA

F.E.B. NA 2ª GUERRA MUNDIAL

1º Ten Al MARCELO WERNECK AZEVEDO DA CRUZ

Rio de Janeiro, ____ de ____________ de 2008

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Escola de Saúde do Exército, como requisito parcial para aprovação no Curso de Formação de Oficiais do Serviço de Saúde, especialização em Aplicações Complementares às Ciências Militares.

COMISSÃO DE AVALIAÇÃO

PANTALEO SCELZA NETO – Ten Cel

FABIO LUÍS FIGUEIREDO FLORINDO MOREIRA - Maj

JÚLIO CÉSAR FIDALGO ZARY - Cap

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AGRADECIMENTOS

A Deus, por me dar forças e saúde e permitir que esta etapa fosse concluída.

Ao meu orientador e amigo, o Ten Cel Dent Pantaleo Scelza Neto, que mesmo com as suas

responsabilidades, me auxiliou para que eu pudesse alcançar mais esse objetivo em minha vida.

A minha família, principalmente minha esposa, pela compreensão e carinho ao longo deste curso.

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