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O IDEB EM PROSA Com a palavra: Ernestina, Theódor e Paulo 2013

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Page 1: CARTILHA SEMEC IDEB

O IDEB EM PROSACom a palavra: Ernestina, Theódor e Paulo

2013

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íND

ICE

APRESENTAÇÃO

ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA

ERNESTINA RODRIGUES

ESCOLA MUNICIPAL THEÓDOR BADOTTI

ESCOLA MUNICIPAL PROFESSOR

PAULO FREIRE25

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O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB foi instituído, em 2005, pelo Governo Federal, pela necessidade de um sistema de avaliação que atendesse ao princípio de prestação de contas à sociedade sobre o serviço público prestado e cujos resultados fossem utilizados para a formulação, o monitoramento e a revisão de políticas públicas voltadas à qualidade educacional.

Expresso de 0 a 10, o IDEB combina, com igual peso, conceitos pertinentes à qualidade em educação, quais sejam: rendimento e desempenho.

O rendimento dos estudantes é calculado com base no fluxo escolar a partir de seus dados individualizados (Censo Escolar Nacional), constantes no EDUCACENSO, cujo valor máximo 1 aponta à situação ideal de progressão para a série seguinte, sem reprovação nem evasão escolar.

O desempenho dos alunos, traduzido numa escala de 0 a 10, é calculado com base na proficiência em Língua Portuguesa e Matemática, medida pela Prova Brasil – exame padronizado, aplicado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais “Anísio Teixeira” – INEP a cada dois anos, aos alunos matriculados em escolas públicas, no 5º ano (ou 4ª série) e no 9º ano (ou 8ª série) do Ensino Fundamental, como também àqueles que estão cursando o 3º ano do Ensino Médio.

As médias alcançadas na primeira apuração do IDEB, em 2005, foram muito baixas. Na 4ª série (ou 5º ano), a média do Brasil foi 3,8; na 8ª série (ou 9º ano), 3,5 e no 3º ano, do ensino médio, 3,4.

Como consequência, o Governo Federal, por meio do Ministério da Educação – MEC, lançou em 2007 o Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE, no qual propôs aos estados e municípios a implementação do Plano de Metas – Todos pela Educação com vistas a uma educação equitativa e de boa qualidade aos estudantes brasileiros, dos diferentes níveis de ensino.

Partindo do pressuposto que “o sistema de ensino ideal seria aquele em que todas as crianças e adolescentes tivessem acesso à escola, não desperdiçassem tempo com repetências, não abandonassem a escola precocemente e, ao final de tudo, aprendessem” (FERNANDES, 2007, p. 7), o PDE utilizou IDEB para, bianualmente, indicar objetivamente o cumprimento das metas fixadas no Termo de Adesão ao Compromisso Todos pela Educação, firmado por estados e municípios brasileiros que, em contrapartida, passaram a receber apoio técnico e financeiro do MEC para a melhoria da qualidade da educação nacional.

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Nesse âmbito, também foram fixadas metas intermediárias para o IDEB de maneira que o Brasil atinja a média 6,0, em 2021, o que significa dizer que o país deve alcançar, às vésperas do bicentenário da proclamação de sua Independência, o nível de qualidade educacional dos países desenvolvidos. As metas intermediárias individuais do país, estados, municípios e escolas são calculadas com base na média nacional, definindo assim o esforço necessário de cada esfera para o alcance da média desejada nesse período.

A Secretaria Municipal de Educação – SEMEC, antes mesmo de firmar o Termo de Adesão ao Compromisso Todos pela Educação e tendo a formação continuada de professores como um dos eixos de ação estratégica para a melhoria da Educação em Belém, vem promovendo, desde 2005, cursos aos docentes das séries iniciais do Ensino Fundamental com foco na alfabetização e na aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática de seus alunos.

Desde então, a SEMEC vem confirmando sua premissa que investimentos na formação dos professores implicam na melhoria da aprendizagem dos alunos, fazendo com que a Rede Municipal de Belém, no IDEB de 2011, alcançasse a meta fixada para 2015.

Na Rede de Educação de Belém, três escolas municipais ganharam destaque em decorrência de seu desempenho ao longo desses anos, quais sejam: Professora Ernestina Rodrigues, Theódor Badotti e Professor Paulo Freire.

Os dados do quadro acima revelam que a Escola Ernestina Rodrigues, de 2005 a 2011, apresentou um percentual de crescimento correspondente a 50%; A Theódor Badotti, a 114,81% e a Paulo Freire, 57,57%.

Outros dados, constantes no portal INEP, indicam que o IDEB alcançado pelas Escolas Ernestina, Theódor e Paulo, em 2011, extrapolaram as metas

IDEB

ANO REDE

MUNICIPAL ERNESTINA RODRIGUES

THEÓDOR BADOTTI

PAULO FREIRE

2005 3,0 4,0 2,7 3,3

2007 3,4 5,0 4,5 3,4

2009 3,9 4,8 4,5 4,3

2011 4,4 6,0 5,8 5,2

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intermediárias bianuais fixadas pelo MEC para os anos de 2019, 2021 e 2017, respectivamente.

Frente a esses desempenhos, o Prefeito Zenaldo Coutinho, reconhecendo o mérito dessas Escolas, resolveu premiar cada uma delas com um ônibus escolar, além de revitalizá-las, climatizá-las e dotá-las com lousas digitais. Inclusive, a Escola Theódor Badotti, localizada em área de difícil acesso e sem asfaltamento, teve suas vias de acesso terraplenadas pela Secretaria Municipal de Saneamento – SESAN, para posterior asfaltamento, e será contemplada com a ampliação do seu espaço escolar.

Considerando que em 2013 ocorrerá mais uma avaliação educacional pelo INEP, o Prefeito solicitou a essas Escolas que elaborassem uma cartilha, relatando suas ações educativas diuturnas para que, com o devido redimensionamento, as demais Escolas da Rede possam alcançar desempenhos similares de sucesso.

Assim, os textos, aqui apresentados, têm esse caráter: destacar experiências que incentivem a melhoria da qualidade do Ensino Fundamental na Rede Municipal de Educação – uma das diretrizes da Prefeitura de Belém na área educacional.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. PDE: Plano de Desenvolvimento da Educação: Prova Brasil: ensino fundamental: matrizes de referência, temas, tópicos e descritores. Brasília: MEC, SEB; Inep, 2008.

FERNANDES, Reynaldo. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 2007 (Série Documental. Textos para Discussão, 26).

INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Disponível no site: <www.mec.gov.br>. Acesso em: 08/10/2012.

MEC. Ministério da Educação. Disponível no site: <www.mec.gov.br>. Acesso em: 08/10/2012.

MEC – INEP (coord.), PNUD, UNICEF. Indicadores de Qualidade na Educação. São Paulo: Ação Educativa, 2004.

UNESCO. Educação de Qualidade para Todos: um Assunto de Direitos Humanos. 2ª ed. Brasília: UNESCO / OREALC, 2008.

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A Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Ernestina Rodrigues foi fundada no ano de 1947, no dia 25 de março, e inaugurada no dia 02 de junho, com a denominação de Escola Municipal Franklin Roosevelt, em homenagem ao ex-presidente dos Estados Unidos. Na época, o Estado tinha como governador o Coronel Joaquim Magalhães Cardoso Barata e como prefeito o Coronel Alberto Enge lhard . A p ro fessora Mar ia Machado Guimarães foi a primeira diretora da escola que, somente em 1966, com a lei nº5.692, foi instituída Escola Municipal de 1º grau Professora Ernestina Rodrigues.

Segundo informações obtidas por fontes históricas (Projeto Político Pedagógico), a escola era um grande terreno cheio de árvores. Esse terreno foi comprado pelo prefeito de Belém na época que, naquele espaço, construiu uma humilde escola, cercada com meia parede de madeira e algumas tábuas soltas que serviam de assoalho, que atendia as poucas crianças que residiam naquela área.

Algum tempo depois, foi construído, no local, um mercado municipal com as mesmas características arquitetônicas que possui, ainda hoje, a escola. Era conhecido como Mercado Municipal da Vila Teta. Na gestão do prefeito Alberto Engelhard, o prédio sofreu modificações internas e foi adaptado para o funcionamento de um ambiente escolar.

A escola está situada no bairro de São Brás, na passagem Alberto Engelhard - conhecida até hoje como Vila Teta, nº 286, entre as avenidas Governador José Malcher e Governador Magalhães Barata.

Este estabelecimento de ensino funciona em três (03) turnos, assim organizados:

· 1º turno: das 07h30 às 11h30

· 3º turno: das 14h às 18h

· 4º turno: das 18h às 21h (Curso Livre de Inglês)ES

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Atualmente, a escola oferece aos alunos, além das aulas regulares, ensino de Artes, Educação Física, Informática Educativa, Sala de Recursos Multifuncionais, Biblioteca e Aulas de Leitura. Ações literárias, artísticas e ambientais estão presentes nas práticas pedagógicas da escola, a partir de parcerias com escritores, artistas, estudantes de Instituições de Ensino Superior e, também, com o Museu Emílio Goeldi. Este último, considerado a extensão da área verde da escola.

Ao longo de seus 66 anos, a Escola Profª Ernest ina Rodr igues vem se destacando junto à comunidade local por seu trabalho e compromisso com a Educação, sendo reconhecida por ser uma escola para todos e uma referência na Educação Inclusiva.

O destaque municipal, estadual e em âmbito nacional, veio com o resultado o b t i d o , e m 2 0 0 5 , n o Í n d i c e d e Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB, indicador que o governo federal utiliza

para medir bianualmente a qualidade da educação, no qual a escola obteve 5,0, considerado um bom resultado e acima da média da Rede Municipal de Belém. Em 2011, a escola obteve IDEB 6,0 e se manteve como o maior índice da Rede, e um dos 10 melhores no Pará. Destacamos, a seguir, alguns pontos para que esse sucesso venha acontecendo.

Ambiente Escolar

N a e s c o l a t e m s i d o desenvolvida, ao longo dos anos, a prática de um bom acolhimento para todos os que a buscam. Procurando proporcionar um ambiente agradável e cordial, não faz nenhum tipo de distinção, na busca de garantir o cumprimento dos direitos e deveres. Esse acolhimento começa na portaria,

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perpassa pela secretaria, pela direção, por entre as manipuladoras de alimentos e as salas de aulas. Os funcionários de apoio operacional procuram manter a escola limpa e organizada, ajudando a equipe técnica e os professores em tudo que se fi z e r n e c e s s á r i o p a r a o m e l h o r desenvolvimento das atividades, e zelam pela integridade dos alunos. Este ambiente acolhedor faz com que todos que

participam desta comunidade escolar se sintam parte do processo e, portanto, responsáveis pelo desenvolvimento integral do alunado.

Prática Pedagógica

A escola tem como principal característica o desenvolvimento da Pedagogia de Projetos. No início do ano, durante a jornada pedagógica, a equipe de gestão/coordenação e professores elaboram um Projeto Pedagógico cujo tema é escolhido coletivamente, atendendo às necessidades e aos interesses da comunidade escolar, visando sempre ao sucesso do aluno. Esse projeto direciona o planejamento anual, de modo a preparar os alunos gradativamente, a partir das séries iniciais, para que os mesmos cheguem às séries seguintes capazes de absorver com maior desempenho o estudo dos descritores de aprendizagem e as orientações do MEC / SEMEC. Com o Tema determinado, todos os segmentos se engajam e participam ativamente. O objetivo do projeto torna-se objetivo de todos.

Os professores da escola têm seu destaque nos bons resultados obtidos. São compromet idos com o fazer pedagógico, participam ativamente das formações oferecidas pela SEMEC, dentre elas: ALFAMAT, Expertise, ECOAR e das HPs realizadas na escola.

As atividades são planejadas e para alcançar seus objetivos são utilizados diversos recursos, tais como: livros variados, Internet, jogos didáticos, filmes, datashow... As atividades têm como

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o b j e t i v o o d e s e n v o l v i m e n t o d a s competênc ias necessár ias para a aprendizagem significativa e para que o aluno desenvolva seus múltiplos talentos. A avaliação se dá de forma continuada e, como em toda Rede, não confere notas aos alunos. O professor observa a participação e o desenvolvimento da aprendizagem através de vários instrumentos como provas, trabalhos em grupo e individuais, participação nas aulas dialogadas e nas culminâncias dos projetos.

A Escola desenvolve sua prática pedagógica de forma que os alunos participem, independente de suas limitações. É feita a inclusão dos alunos com deficiência e os mesmos recebem atendimento especializado no contra turno, uma vez por semana, e são ministradas aulas de libras nas turmas que tenham alunos com deficiência auditiva. Concomitante, os professores recebem assessoramento e orientações de como desenvolverem suas atividades e proporcionarem um ambiente inclusivo.

Gestão Democrática

A Escola vem desenvolvendo ao longo dos anos uma prática democrática nas tomadas de decisões e encaminhamentos. E devido a esta prática, a Escola tem crescido em todos os sentidos. A gestora organiza reuniões com todos os segmentos da comunidade escolar para avaliar, organizar e deliberar o andamento dos trabalhos, sempre com o apoio dos conselheiros e dos coordenadores pedagógicos. Dessa forma, implementando, democraticamente, o Projeto Político Pedagógico da Escola.

A gestão sempre libera e incentiva a participação dos professores na formação continuada ofertadas pela Rede e proporciona formações na própria Escola. Após as formações, a coordenação pedagógica acompanha os educadores e os educandos no desenvolvimento das ações didáticas e avaliativas. Vale ressaltar o empenho dos coordenadores neste processo pedagógico, pois os mesmos têm procurado participar de formações em libras, braile, informática educativa, letramento e alfabetização, sobre os descritores da Prova Brasil, dentre outros, sempre com o objetivo de adquirir os conhecimentos necessários para o

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atendimento aos professores e a aprendizagem dos alunos.

Família

Ressaltamos a importância do envo lv imento das famí l ias para a concretização da democracia na Escola, para o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos, para o acompanhamento em casa e, também, da sua participação ativa nas programações escolares, nas reuniões pedagógicas e de Conselhos de Ciclo. É importante frisar que não alcançamos a participação dos pais e responsáveis em sua totalidade. Porém, a Escola tem procurado incent ivá- los e, quando necessário, a direção e coordenação visitam as casas dos alunos faltosos e dos pais que não comparecem quando solicitados. A Escola mantém um diálogo constante para solucionar os problemas que surjam.

Apesar de todos esses pontos positivos, a Escola apresenta algumas dificuldades a serem superadas. Entendemos que nossa prática não se afasta das orientações dadas a todas as escolas da Rede e não estamos isentos das intempéreis sociais que avançam os muros das escolas. Sentimos falta de alguns instrumentos pedagógicos e estruturais, visto que não somos beneficiados por recursos federais, como o PDE, devido ao nosso IDEB, o que de certa forma dificulta a prática educacional.

Por tudo que já foi citado, creditamos o desempenho alcançado ao compromisso de todos os funcionários envolvidos neste processo - dentro e fora da Escola. Esse profissionalismo individual integra-se ao colet ivo e, assim, torna-se em um componente gerador do sucesso.

Cada profissional que por aqui passa deixa a sua contribuição e a continuidade dos fatores positivos é o que tem feito com que a Escola venha obtendo resultados ES

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bastante relevantes: IDEB; 1º lugar no Concurso de Redação sobre a escolha do monumento de Belém, em 2004; 1º lugar no Concurso de Bolsas do Colégio Vera Cruz, para cursar o 6º ano; participação nas Olimpíadas da Língua Portuguesa; nas Olimpíadas da Astronomia; no Concurso de P o e s i a s d a S E M E C ; n o P r o j e t o Tonomundo, desenvolvido em parceria entre a SEMEC, a Escola do Futuro, da Universidade de São Paulo - USP e a Oi; no Projeto em Rede, com a Escola de Arte do

Rio de Janeiro; no Projeto Jovem Consumidor; nos Projetos de Responsabilidade Social - Gincana Solidária, Conscientização no Trânsito, Prevenção contra a Dengue, Prevenção contra a Gripe H N , etc.1 1

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A Escola Municipal Theódor Badotti foi oficializada a partir de 1990, através de convênio com a SEDUC, no entanto, só em 1996 passou para a gestão da Prefeitura Municipal de Belém, como anexo de outra escola municipal. Já em 1998, a Escola foi incluída nos programas federais, através da Prefeitura.

Localizada no bairro do Tenoné, em uma área de difícil acesso, com características de um espaço rural, atende a crianças, em sua maioria oriundas de famílias de baixo poder aquisitivo, que sobrevivem do trabalho informal ou sub-emprego. Algumas famílias vivem da aposentadoria de avôs/avós. Especula-se que são poucos os trabalhadores com carteira assinada. Há um contingente de pessoas de classe média constituído por comerciantes, professores e servidores públicos. Estima-se que o índice de desemprego seja elevado.

A Escola vem obtendo visibilidade no Sistema Municipal de Ensino a partir dos resultados do IDEB, desde a sua implantação em 2005, cujo resultado obtido foi de 2.7 e considerando-se o salto qualitativo de 4.5, 4.5 e 5.8, nos anos 2007,2009 e 2011, respectivamente.

A ideia de formalizar-se um documento para expor as ações de sucesso partiu de uma visita do prefeito de Belém, Dr. Zenaldo Coutinho, em 08/02/2013, que declarou publicamente sua admiração com o resultado obtido, considerando a simplicidade física e localização da escola. A iniciativa da visita partiu do próprio gabinete do senhor Prefeito ao constatar que naquele local visitado, ainda por ocasião de sua campanha, agrega uma escola que faz parte de um grupo dos melhores índices de desempenho de escolas públicas do Pará.

É com muito prazer que vimos compartilhar as experiências que ao longo desses anos têm apresentado sucesso. Não temos a pretensão de esgotar essa matéria, pois o nosso trabalho é dinâmico tanto quanto o pensamento.

Gestão na prática

O que garante sucesso em uma Escola?ESC

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O segredo está no trabalho compartilhado. Desde a secretaria da escola, perpassando pelos coordenadores, professores, operacionais e comunidade. O foco é sempre a aprendizagem dos alunos e todos os segmentos devem convergir para que fluam bons resultados.

Inspirados no pensamento de Paulo Freire, em citação de Gutierrez, 1988, p.106, sobre “a prática de pensar a prática é a melhor maneira de aprender a pensar justa e corretamente”, queremos através da ação-reflexão chegar a esse patamar de pensamento e expressá-lo através da ação educativa.

Ambiente educativo

Entendemos que esse ambiente deve ser acolhedor, agradável, de respeito mútuo, de crescimento e, para garant i rmos essa per formance, exercitamos no cotidiano princípios básicos de convivência social.

O atendimento dispensado aos pais/responsáveis deve ser sempre cordial. Isto quebra possíveis conflitos e mesmo que sejam convocados por um motivo adverso (faltas, disciplina...) devem ser tratados com respeito a fim de que o diálogo flua.

As relações interpessoais e intrapessoais são valorizadas com uma ênfase a não se confundir espaço de trabalho com extensão da própria casa, o que nessas circunstâncias fragiliza o ambiente de trabalho.

As crianças sentem-se acolhidas, em função do cuidado que estabelecemos, desde sua entrada na escola, frequência, comportamentos apresentados, enfim, há atenção para tudo o que diz respeito a elas. É interessante mencionar que o índice de frequência diária é considerado muito bom, mesmo no período de chuvas. Frequentemente as crianças chegam encharcadas à Escola e são imediatamente acolhidas. Para garantirmos sua participação nas aulas, providenciamos blusas e shorts sobressalentes doados pelos funcionários.

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A comunidade de entorno é participativa e tem liberdade para sugerir, informar e fazer reclamações, as quais são registradas e investigadas em sua natureza para posterior retorno ao reclamante, inclusive alunos.

A Escola funciona como um polo de apoio às questões de cunho social. Frequentemente, pessoas nos procuram para pedir orientação sobre situações diversas como separação, guarda conjugada de filhos, dificuldades para educá-los e pedir opiniões quando há algo que está incomodando as famílias na comunidade, etc.

Prática pedagógica

Entendemos ser a “grande sacada” de todo o crescimento. Não há como deixar de mencionar o compromisso dos profissionais, a motivação, a vontade de dar certo. Parafraseando Guttiérrez (1988), sem esse compromisso não há qualquer possibilidade de transformação.

Princípios considerados imprescindíveis da prática pedagógica

Planejamento: Construído conjuntamente com professores, coordenadores e analisado pela direção. Levado muito a sério em todas as atividades.

E s t a b e l e c i m e n t o d e m e t a s qualitativas: Instituídas de forma a garantir a agilidade no processo de apropriação do conhecimento. A partir da Educação Infantil cada pro fessor tem l iberdade de e s t a b e l e c e r s u a m e t a , d e preferência mensal.

Acompanhamento pedagógico. A coordenação pedagógica, grande aliada, realiza um trabalho corpo-a-corpo com os professores visitando as salas de aulas, observando a rotina, auxiliando os professores diante das tarefas avaliativas e orientando-os. Atitude semelhante é realizada pela direção.

As horas pedagógicas são rigorosamente realizadas e sob a orientação da coordenação pedagógica, nas quais as atividades semanais são

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planejadas, fazendo-se sempre a retrospectiva do que foi realizado e o que ficou pendente.

Alunos com deficiência têm um acompanhamento individualizado, através de um plano básico de aprendizagem.

A otimização do tempo de aula é um aspecto muito debatido com professores, pois entendemos que dispomos de recursos didáticos e tecnológicos suficientes que facilitam a aprendizagem. Assim, somos contrários ao uso de transcrição excessiva de textos no quadro de escrever, assim como a cópia mecânica. O livro didático é amplamente utilizado.

Aulas todos os dias. Raramente liberamos turma sem aula. A maioria das nossas crianças vem de lugares distantes da Escola; assim, adotamos como ética não dispensá-las. Contamos sempre com o auxílio dos professores de Informática e de sala de leitura. Esses professores contam com um plano de trabalho sobressalente para essas situações.

Os professores são orientados a nos avisarem quando precisam se ausentar da Escola por algum motivo. No caso de doenças, imprevistos... quando não há possibilidade de atendimento através das salas de Informática e leitura, a coordenação entra em cena com atividades que funcionam como um sensor pedagógico. Essas atividades no geral são de leitura, ditado, construção de texto e cálculo envolvendo situações problemas.

Maratona de leitura. Periodicamente, a gestora da escola toma a leitura dos alunos, procedimento apelidado carinhosamente pelos professores de “operação pente fino”. Isto causa um impacto impressionante nos alunos, que se preparam de alguma forma para esse momento. O resultado disto é a aproximação maior das crianças com a gestora, ao perguntarem, frequentemente, quando a leitura será tomada novamente. A gestora dispõe de um registro particular sobre sua visão em relação a essa leitura, que em seguida é compartilhado com os professores e coordenadores sobre o desempenho dos alunos. Checam-se nesse momento as estratégias de atendimento e superação das dificuldades que estão sendo desenvolvidas. Assim, entendemos que o gestor precisa ter uma visão pedagógica bem apurada para identificar possíveis

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sintomas que possam se transformar em fracasso escolar.

Controle de frequência: A cada três ausências consecutivas e cinco alternadas os pais são convocados para darem explicações. Os professores informam à secretaria da Escola e, a partir de então, os comunicados são expedidos e acompanhados.

Visitas domiciliares: Uma vez os responsáveis sendo convocados e não comparecendo, a Coordenação realiza visitas domiciliares, para localizar alunos evadidos, aprofundar-se em alguma situação que está interferindo no processo de aprendizagem dos alunos, ou para outra matéria de interesse da Escola.

Avaliação

Cada etapa corresponde a uma hierarquia de importância, atrelada uma à outra como uma espécie de simbiose. Comungamos com o pensamento de Hoffmann (1993) ao afirmar que “a avaliação é a reflexão transformada em ação. Ação, essa, que nos impulsiona a novas reflexões. Reflexão permanente do educador sobre sua rea l idade e acompanhamento passo a passo do educando, na sua trajetória de construção do Conhecimento”.

C o n s i d e r a m o s a a v a l i a ç ã o responsabilidade da instituição desde o momento em que o aluno é matriculado. Ass im , cumpr imos um p ro toco lo avaliativo:

Avaliação diagnóstica: os alunos são avaliados no início de cada período. Todos os alunos novos são avaliados na leitura, interpretação, ditado e cálculo, considerando-se o nível para o qual está se matriculando. Nesse momento, analisamos as situações de alunos em distorção de idade que apresentam uma boa performance para classificação e/ou reclassificação, considerando que muitos

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vêm para a Escola sem documentação escolar e/ou registro no censo. Todos os alunos da Escola participam desse momento de avaliação.

Mapeamento dos alunos que apresentam dificuldades. Nesse quesito são identificados os vários níveis e analisados os casos para o atendimento também através da coordenação.

Apoio pedagógico individualizado: Através da coordenação pedagógica, os alunos identificados com dificuldades são atendidos de forma individual ou agrupados conforme a necessidade, em horários reservados entre a Coordenação e professores regentes para essa finalidade. Cada atendimento dura em média 60 minutos e a expectativa é que o aluno supere a dificuldade e acompanhe a turma normalmente. No momento em que isso acontece, o espaço é automaticamente cedido para outro aluno. Esse atendimento é dinâmico e permanece o ano inteiro. Há casos em que crianças com histórico de retenções, incluídas nesse atendimento e que não avançam, são atendidas pela diretora, que é psicopedagoga, que traça um atendimento, no máximo em duplas. Esse atendimento causa um grande impacto, principalmente no que se refere à autoestima da criança; é encantador vê-las perguntando quando será atendida. O ponto negativo neste aspecto é que não há um horário reservado para o atendimento, em função das várias responsabilidades do gestor dentro de uma Escola, apesar de tudo é gratificante.

Leituras extras: Os alunos do C2 - 1º e 2º anos, que apresentam dificuldades, participam de um atendimento pedagógico emergencial, onde cumprem um programa de leitura de no mínimo três textos semanais. Cada texto é substituído à medida que a avaliação pela Coordenação é considerada satisfatória, nos aspectos da fluência, entendimento, síntese...

Maratona de exercícios: Medida semelhante nas dificuldades em Matemática. São realizadas listas de exercícios a serem cumpridas nos finais de semanas. Como instrumentos são aproveitados os livros didáticos de anos anteriores que estão “parados” nas estantes, assim como material xerografado.

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Parceria das professoras de sala de leitura: por muito tempo essas professoras realizaram esse trabalho de apoio pedagógico individualizado, pois não contávamos com um quadro de coordenadoras na Escola. Hoje as professoras da sala de leitura auxiliam na avaliação processual das crianças, à medida que atendem a todas as turmas nos seus respectivos turnos.

Parceria da sala de Informática: É impressionante como essa parceria tem dado certo. Os professores regentes estão sempre atrelados com o trabalho da sala de Informática, informando onde precisam de auxílio.

Provas mensais: Utilizadas regularmente na avaliação dos nossos alunos. Após corrigidas são encaminhadas à direção da Escola, que acompanha os resultados, registra e faz observações, se necessário. Os professores realizam a correção em sala e discutem com os alunos os erros. É a releitura que chamamos. Os resultados são entregues aos pais em reunião. Usamos também como instrumentos avaliativos os trabalhos em grupo (realizados em sala), exercícios e pesquisas (estas, quando há indicação de material disponível pelo professor). Destacamos aqui as provas do ALFAMAT e Expertise, que já fazem parte do cronograma obrigatório de avaliações.

Conselhos de ciclos: Funcionam como um foro de discussões sobre as aprendizagens dos alunos. São em geral presididos pela gestora da Escola. Através dos dados são feitos os encaminhamentos para o plano pedagógico de emergência.

Gestão democrática

A gestão procura viabilizar um espaço de formação e aprendizagem onde os profissionais podem decidir sobre seu trabalho e aprender mais, conjuntamente. Entendemos que todas as pessoas que trabalham na Escola realizam ações educativas, desde o atendimento respeitoso aos pais, a distribuição de merenda envolvendo atitudes educativas das colaboradoras, às reuniões pedagógicas realizadas a qualquer momento, tornando-se espaço de participação de todos.

Matrículas: durante todo o ano recebemos pessoas interessadas em matricular-se na Escola. Como a demanda é excessiva em relação à oferta, procedemos da seguinte forma: a partir de novembro, abrimos

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as inscrições para as turmas novas (Ed. Infantil e C1 1º ano), assim evitamos as filas indesejáveis. No período destinado às matrículas, apenas confirmamos.

Registro da demanda escolar: a secretaria efetua o registro da demanda de matrícula. Como o processo de migração interna é intenso, à medida que uma transferência é expedida uma nova matrícula é efetuada.

Princípio da unidade: a Escola tem um rumo. A rotina que acontece no 1º turno se sucede nos demais. Coordenadores, professores e demais colaboradores quando chegam à Escola são orientados sobre as práticas que são desenvolvidas e que têm dado certo.

Comunicação com os pais: quaisquer atividades ou situações são informadas com antecedência.

Participação dos pais: considerada ativa, inclusive há liberdade de acesso direto à gestora.

Parceria com o Programa Família Saudável: no encaminhamento de crianças doentes, cujos familiares não conseguem atendimento no posto médico mais próximo.

Formação dos profissionais

Formação continuada: professores e coordenadores participam, frequentemente, das formações do programa ALFAMAT e Expertise e/ou viabilizadas pela Diretoria de Educação, Conselho Municipal... O grande segredo é que aproveitam tudo o que é estudado.

Reuniões pedagógicas: seguem um cronograma previsto em calendário. São convocadas para informar sobre o trabalho que é realizado, entrega das avaliações ou outra matéria de interesse de ambas as partes Os professores são orientados a enfatizarem inicialmente pontos positivos dos alunos, a fim de facilitar o diálogo. Em seguida os pontos de conflito são colocados com leveza.

Aspectos físicos

Este aspecto é o menos sedutor. De aparência simples, a Escola está localizada numa área de periferia a 700m, da linha de ônibus, em uma área

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considerada de dif íci l acesso, na Passagem São João,297, no Tenoné. Localidade desprovida de rede de esgoto, asfalto, água encanada, coleta regular de lixo e com iluminação precária. Quando chove ficamos basicamente ilhados do sistema de comunicação, o telefone fixo pára imediatamente de funcionar, a telefonia móvel, mesmo sem chuva já não apresenta s inal . Em re lação às operadoras de telefonia móvel, costuma-se usar de humor: para funcionarem precisa-se subir nas árvores. O que tem de sobra é lama, situação esta que está prestes a ser incluída no passado pois, com a visita do atual Prefeito Zenaldo Coutinho e sua equipe de gestores, temos a esperança de que fomos enxergados: as obras na rua já começaram, neste início de 2013.

A escola agrega cinco salas de aula funcionando em três turnos. Atende um pouco mais de 400 alunos desde a Educação Infantil até o C2- 2ºano. As salas são pequenas e comportam em média 30 alunos em espaço reduzido, pois a demanda é grande. Os outros espaços são adaptados: laboratório de Informática (no corredor), secretaria e sala dos professores. Os arquivos de alunos ficam em armários também nos corredores. Não há sala de direção e coordenação, quadra de esportes, sala de leitura, biblioteca, vias de acesso para pessoa com deficiência...

Dificuldades

Pontuaremos apenas as que têm uma implicação direta na aprendizagem:

A localidade é caracterizada por extensas áreas de ocupação; o movimento migratório interno é intenso; assim, muitos alunos que são preparados na Escola vão embora para outras localidades e outros novos chegam com transferências e, na maioria das vezes, com dificuldades tamanhas que destoam dos demais alunos. É comum recebermos alunos no C2 para serem alfabetizados.

Outra situação é a morosidade da SEMEC – justificada ou não - quando acenamos sobre profissionais que já não têm motivação para trabalhar, apresentam faltas excessivas, prejudicando o avanço dos alunos. Em

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média, essas situações arrastam-se por um ano até que sejam resolvidas, quando já não há mais tempo para resgatar-se o que ficou para trás.

Considerações finais

No decorrer deste trabalho pensamos na sua incompletude, pois a cada dia nos descobrimos reféns da nossa timidez, falta de ousadia para inovar, recriar. Já galgamos alguns degraus, mas ainda é muito pouco para o tamanho do resultado que almejamos. Temos pela frente grandes desafios e um deles é a superação da retenção no 3º ano, mas com qualidade. Esta é a nossa grande meta para o ano de 2013.

Já descobrimos caminhos que têm dado certo, mas existem outros muitos que precisam ser desvendados. Queremos muito!

Referências

HOFFMANN, Jussara. Avaliação: Mito & Desafio. Porto Alegre – RS; Educação & Realidade. 1993.

Indicadores da qualidade na educação/Ação educativa, Unicef/PNUD, Inep-MEC (coordenadores). São Paulo; Ação Educativa,2004.

GUTIÉRREZ, Francisco. Educação como práxis política. São Paulo; Summus, 1988.

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ESC

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IRE1. Apresentação

É com muita alegria que nós da comunidade escolar Professor Paulo Freire elaboramos este material que condensa alguns indicadores que revelam a realidade da nossa Escola para alcançar a melhoria da qualidade da aprendizagem de nossos alunos.

O material foi elaborado tendo como base o documento “Indicadores da Qualidade na Educação”, resultado da parceria de várias organizações governamentais e não-governamentais: Ação Educativa, UNICEF, PNUD, Inep. Campanha Nacional pelo Direito á Educação, Cenpec, CNTE, Consed, Fundação Abrinq, Fundescola-MEC, Seif-MEC, SEESP-MEC, Caise-MEC, IBGE, Instituto Pólis, Ipea, Undime e Uncme.

O documento se encontra organizado de forma prática para todos aqueles que desejam, como nós, mobilizar esforços para alcançar resultados satisfatórios de acordo com as metas fixadas pelo Governo Federal, para o cálculo do IDEB. Como parte integrante deste material, constam algumas estratégias que, desde 2008, vem sendo intensificadas a fim de garantir a densidade do Projeto Pedagógico da Escola e, consequentemente, a permanência e a aprendizagem dos alunos.

Cabe lembrar que as ações aqui apresentadas não são inovações no âmbito escolar, porém é importante identificar as necessidades, planejar, executar, acompanhar e avaliar com todos.

Partindo do entendimento que não existe padrão único de excelência, pois cada Escola apresenta seu contexto sociocultural, esperamos que este material possa contribuir com sugestões na construção de uma escola de qualidade.

Bom trabalho a todos!

2. Conhecendo nossa Escola

2.1 Quem somos nós?

A Escola Municipal Professor Paulo Freire está localizada no Conjunto Bela

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Manoela II, Tv. 5 - Rua Alacid Nunes, s/n, no bairro do Tenoné. Foi inaugurada no dia 18/05/1999, fruto da conquista de lideranças comunitárias do bairro e, a partir do dia 18/04/2012, foi autorizada, através da resolução nº 8, do Conselho Municipal de Educação. O nome da Escola é uma homenagem ao grande educador Paulo Reglus Neves Freire (1921-1997). Atualmente a Escola funciona em quatro turnos e conta com dois anexos, a Unidade Pedagógica Cordolina Fontelles e a Fundação Criança Feliz (FUNCRIF), ofertando vagas em Educação Infantil, Ciclo I e II e EJA, tendo como atual diretora a Profª Adelaide Vitelli Cassiano Lima que tomou posse no dia 18/10/2008.

2.2 O que fazemos?

Aqui apresentaremos caminhos percorridos por nós que sinalizam alguns indicadores para alcançar os objetivos da proposta pedagógica. Os mesmos estão organizados em dimensões para melhor entendimento de nossas ações.

Dimensão 1- Ambiente Educativo

Compreendendo que a Escola é o espaço no qual ocorrem as relações de convivência, que contribuem para o fortalecimento do espírito de solidariedade, r e s p e i t o m ú t u o , s e n t i m e n t o d e pertencimento e para o desenvolvimento do trabalho humanizado, construímos um trabalho objetivando alcançar um ambiente harmonioso e propício ao desenvolvimento integral do aluno e de toda a comunidade escolar. Isto vem coadunar com um dos pilares da ação pedagógica do nosso Projeto Político Pedagógico: Formação Humana, que define que todas as disciplinas deverão trabalhar o processo de desenvolvimento humano, a vivência grupal e a apropriação dos instrumentos sociais para a constituição da identidade do sujeito.

Neste espaço de convivência, todos são convidados a manter uma relação interpessoal de amizade, companheirismo respeitando as diferenças existentes. No que tange a relação professor-aluno, observa-se que esta é uma relação específica a qual, primeiramente, tem a tarefa de utilizar o tempo de interação para promover o processo de humanização do aluno.

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Dimensão 2 - Prática Pedagógica

Novos desafios lançados à Escola exigem cada vez mais competência técnica para lidar com a diversidade social, econômica e cultural presente nas instituições escolares.

Partindo deste entendimento, a Escola definiu como linha de ação a Pedagogia de Projetos, sendo os conteúdos trabalhados através de temas relacionados às vivências dos alunos num contexto histórico visando à aprendizagem dos mesmos. Assim, emerge o Projeto Leia (Leitura, Expressividade, Integração e Afetividade) desenvolvido com as turmas de EJA, o qual alcançou resultados satisfatórios e, no ano de 2009, foi eleito como Proposta Pedagógica sendo desenvolvido em projetos/atividades dentro de cada Ciclo e ano, com foco central na leitura e escrita.

Além dos projetos desenvolvidos por esta unidade escolar ainda contamos com Programas do Governo Federal, tais como: Mais Educação, MOVA e PROJOVEM que vieram somar com a prática pedagógica da Escola, contribuindo com a qualidade do processo de aprendizagem.

Ressaltamos ainda, que a Jornada Pedagógica configura-se como um momento em que a Escola organiza e aperfeiçoa os projetos executados que, por sua vez, integram o Planejamento Anual que conduz as ações educativas desenvolvidas no espaço escolar. As experiências exitosas são socializadas na hora pedagógica.

Neste sentido, cada projeto apresentou metodologias específicas em consonância com as temáticas e o foco principal, como também foram realizados eventos de culminância com a participação de toda a comunidade.

É importante pontuar que as temáticas que são trabalhadas nas turmas de

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CONHEÇA:

EVENTOS COMEMORATIVOS: ANIVERSARIANTES DO MÊS,

FESTAS JUNINAS, DIA DO PROFESSOR, DIA DAS CRIANÇAS, CONFRATERNIZAÇÃO NATALINA

Projeto CORREIO

DA AMIZADE

ACOLHIMENTO DA COMUNIDADE

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CII, 1º e 2º anos, consideram os descritores de Língua Portuguesa e de Matemática da Prova Brasil.

A Escola busca assegurar que a diversidade humana, existente em seu espaço, receba a mesma atenção no sentido de garantir os direitos de cada um. Para tanto, a Escola organiza-se numa proposta inclusiva, com atividades diferenciadas, considerando as especificidades individuais e, além disso, estabelece um trabalho integrado com os profissionais do atendimento especializado na Sala de Recursos Multifuncionais.

CONHEÇA:

CONTOS DE FADA

MUITO PRAZER,MONTEIRO LOBATO

JORNALDA AMIZADE

DESCOBRINDOO PARÁ

O CIRCO COMOMEDIADOR DA

APRENDIZAGEM

HOJE VOCÊ LÊ,AMANHÃ EU LEIO

2009-2010

NAS TRILHAS DO CONHECIMENTO: COMBATENDO O BULLYNG,

RESPEITANDO AS DIFERENÇAS

RESPEITAR É BOM: ABAIXO O BULLYNGAMARÁS O TEU PRÓXIMO

COMO A TI MESMOGINCANAS CULTURAIS

SOLETRANDO

2011

LITERATURA BELENENSE: UM MERGULHO NO MUNDO DA FANTASIA E EMOÇÃO.

ENCANTA A CRIANÇA E EMBALA A INFÂNCIA.

A FAMÍLIA BELENENSE E O CONTEXTO SÓCIO-CULTURAL E ECONÔMICO

2012

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No ano letivo em curso, foi definido o desenvolvimento do Tema proposto pelo Programa de Formação Continuada de Professores ALFAMAT - Alfabetização Matemática, Leitura e Escrita - BELÉM: um olhar dialógico entre ilhas e continente, em todos os Ciclos, buscando a uniformidade do trabalho pedagógico. Assim, surgem os projetos:

Dimensão 3 - Avaliação

Considerando a avaliação como processo contínuo e o momento importante para o redirecionamento do trabalho, alguns projetos executados na Escola servem de parâmetro para avaliar os resultados quanto ao desenvolvimento da aprendizagem de nossos alunos, bem como o contexto Escola como um todo. A avaliação também permite perceber alguns aspectos que permeiam prática pedagógica que precisam melhorar e traduzem novos desafios à Escola, no sentido de replanejar novas formas de aprender a partir da avaliação, com a participação de todos os envolvidos. Destacamos como instrumento imprescindível neste processo a Ficha de Acompanhamento elaborado pela coordenação pedagógica que contem dados acerca da leitura, escrita, raciocínio lógico-matemático, autonomia e participação dos alunos nas atividades e participação da família na vida escolar dos alunos, entre outros importantes para acompanhar esse processo. O instrumental é acessível a todos e serve para registrar também todas as intervenções realizadas junto ao aluno que perpassa desde as situações de comportamento até os encaminhamentos externos. É utilizado no conselho de Ciclo e plantão pedagógico como referência dos registros do trabalho de todos. Inclui ainda o preenchimento do diário de classe que deve esta sempre atualizado para o acompanhamento de todos.

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AS RIQUEZAS DE BELÉM E O MUNDO

DA LEITURA

CIRANDA DE LEITURA: CONHECENDO O MUNDO

SEM SAIR DO LUGAR

BELÉM: SUAS ILHAS E SEUS ENCANTOS

NO OLHAR INFANTIL

CONHEÇA:

2013

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Dimensão 4 - Gestão Escolar Democrática

Ao longo de nossa história, a Escola tem buscado atuar numa perspectiva de gestão democrática, pautada na participação de todos no ato pedagógico. A atual diretora tem caracterizado sua gestão pelo diálogo e compromisso em implementar o trabalho, em parceria com a comunidade escolar. Assim, o trabalho da gestão tem sido apontado como um diferencial na relação Escola e comunidade nos últimos anos e como indicador na construção de uma escola de qualidade.

Imbuídos pelo sentimento de participação, enfrentamos o contexto escolar com o espírito de coletividade, onde as decisões são definidas a partir de uma análise coletiva da situação-problema. Incluímos neste processo todas as informações pertinentes ao bom desenvolvimento do trabalho técnico-administrativo-pedagógico.

Cabe ressaltar que um dos aspectos relevantes é a valorização profissional que perpassa pela garantia da autonomia de execução do trabalho pedagógico, sem perder de vista as diretrizes definidas no coletivo.

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CONHEÇA:

CONSELHOSDE CICLOS

HORA PEDAGÓGICA

REUNIÃO PEDAGÓGICA

PLANTÃO PEDAGÓGICO

SEMINÁRIOSPESQUISAS

ATIVIDADES EXTRA-CLASSEATIVIDADES PARA CASA

RESULTADOS DE DESEMPENHO

AVALIAÇÃO NACIONAL

SIMULADOS

AVALIAÇÃO DO EXPERTISE E ALFAMAT

CONSELHO ESCOLAR

FICHA DE ACOMPANHAMENTO

INDIVIDUAL DO ALUNOCOORDENAÇÃO

PEDAGÓGICA

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Dimensão 5 - Formação e Condições de Trabalho dos Profissionais da Escola

O quadro efetivo de profissionais que atuam na Escola pouco tem se modificado nos últimos anos, ou seja, não houve de forma significativa rotatividade de pessoal. Este aspecto tem contribuído para garantir a proposta pedagógica da Escola.

A Escola tem intensificado a política de valorização e formação de profissionais, viabilizando, ao longo dos anos, condições de participação nos cursos de formação continuada.

O processo de Formação Continuada da Escola Professor Paulo Freire baseia-se nas diretrizes dos Programas de Formação Continuada de Professores da SEMEC, como o ECOAR, cuja implementação ocorre pelo Expertise em Alfabetização, e o ALFAMAT - Alfabetização matemática, leitura e escrita.

No bojo deste trabalho, os coordenadores participam, enquanto formadores, articulando no contexto da Escola este processo, garantindo assim a continuidade das orientações recebidas pelos programas de formação, bem como subsidiando os professores durante a hora pedagógica no planejamento de estratégias e análise dos resultados obtidos por meio de avaliações de aprendizagem do Expertise e do

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CONHEÇA:

CEDÊNCIA DO ESPAÇO ESCOLAR

PARA A COMUNIDADE ESCOLAR

AULA INAUGURAL

REUNIÕES DE PAIS

REUNIÃO DE CONSELHO ESCOLARINFORMATIVOS

CIRCULARES

REUNIÃO DE PROFESSORES

CAMPANHAS EDUCATIVAS

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ALFAMAT, para possíveis intervenções pedagógicas e superação das dificuldades apresentadas pelos educandos.

Dimensão 6 - Ambiente Físico Escolar

A Escola possui onze salas de aula, distribuídas em três blocos, com iluminação natural e dimensões adequadas ao quantitativo de alunos matriculados. Além de refeitório, copa e cozinha, quadra de esportes, almoxarifado, dispensa, sala de professores, secretaria, diretoria, sala de Recursos Multifuncionais, Biblioteca, laboratório de Informática Educativa e sala Ambiente.

Esses espaços apresentam são de qualidade e organizados a fim de facilitar o desenvolvimento do trabalho técnico e pedagógico.

Por conseguinte, o trabalho administrativo busca garantir em bom estado de conservação desses espaços físicos, mobiliário e materiais pedagógicos, a partir da sensibilização da comunidade escolar.

CONHEÇA:

PLACAS INFORMATIVAS

PALESTRAS EDUCATIVAS

PARA DISCENTE

REUNIÕES ADMINISTRATIVAS COM A EQUIPE DE

APOIO

LIMPEZA E HIGIENIZAÇÃO

DIÁRIA DO AMBIENTE

FÍSICO

CONTROLE DE MATERIAL PELA COORDENAÇÃO

SENSIBILIÇÃO DOS DISCENTES E COMUNIDADE

ESCOLAR

CONHEÇA:

REUNIÕES PEDAGÓGICAS

ESTUDO, PESQUISA, ELABORAÇÃO DE

ATIVIDADES, CONFECÇÃO DE MATERIAL.

JORNADA PEDAGÓGICA

SOCIALIZAÇÃO DE EXPERIÊNCIAS

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Dimensão 7 - Acesso, Permanência e Sucesso na Escola

A manifestação da comunidade local no que diz respeito à procura de vagas na Escola tem sinalizado a boa aceitação de sua proposta pedagógica e dos resultados alcançados.

O aumento expressivo de alunos com necessidades educacionais especiais na Escola provocou a organização de um processo de matrícula que permitisse a enturmação desses alunos e sua consequente a participação em sala de aula, garantindo assim a implementação da Educação Inclusiva, pautada no direito de todos à igualdade de oportunidades e de aprendizagem.

O processo de matrícula é efetivamente realizado pela secretaria da Escola em consonância com as diretrizes definidas e monitoradas pela equipe de coordenação pedagógica visando à organização do trabalho escolar.

O trabalho inclui atendimento inicial com a família dos alunos da Educação Especial pela coordenação pedagógica, com o objetivo de coletar informações acerca do processo de desenvolvimento cognitivo, físico-motor e sócio-afetivo, bem como dos aspectos referente à dinâmica familiar e de atendimento realizado pelo aluno.

A partir dessas informações é feita a enturmação dos alunos e definidas as estratégias que garantam a constituição de uma Escola que respeite a diferenças existentes na comunidade escolar.

CONHEÇA:

QUADRO DE ACOMPANHAMENTO

DE FREQUÊNCIA MENSAL.

FICHA DE ACOMPANHAMENTO

INDIVIDUAL DO ALUNOMONITORAMENTO

DO PROCESSO DE MATRÍCULA PELA COORDENAÇÃO

PEDAGÓGICA ENCAMINHAMENTO AO SERVIÇO DE COMUNIDADE

ENTURMAÇÃO PELA COORDENAÇÃO

PEDAGÓGICA

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Prefeitura Municipal de BelémZenaldo Rodrigues Coutinho Júnior

Vice Prefeitura Municipal de BelémKarla Martins Dias Barbosa

Secretaria Municipal de EducaçãoNelly Cecília Paiva Barreto da Rocha

Escola MunicipalProfessora Ernestina Rodrigues

Lídia de Oliveira Sarmento

Escola MunicipalTheódor Badotti

Elza da Conceição Lima Bittencourt

Escola MunicipalProfessor Paulo Freire

Adelaide Vitelli Cassiano Lima

Organização e Apresentação Maria Isabela Faciola Pessôa

Projeto GráficoAntonio Carlos Sales da Silva

Equipe de InformáticaDaniel Nascimento Ferreira

Jorge Henrique Guimarães de Andrade

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃONÚCLEO DE INFORMÁTICA EDUCATIVA

SEMEC