caracterização histórica da degradação ambiental do rio piranhas entre os anos de 1993 à 2013,...

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE IPORÁ LICENCIATURA EM GEOGRAFIA ELIZANGELA SOUZA LEITE CARACTERIZAÇÃO HISTÓRICA DA DEGRADAÇÃO AMBIENTAL DO RIO PIRANHAS ENTRE OS ANOS DE 1993 À 2013, NO MUNICÍPIO DE PIRANHAS-GOIÁS. IPORÁ - GO 2013

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  • UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIS

    UNIDADE UNIVERSITRIA DE IPOR

    LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

    ELIZANGELA SOUZA LEITE

    CARACTERIZAO HISTRICA DA DEGRADAO

    AMBIENTAL DO RIO PIRANHAS ENTRE OS ANOS DE 1993

    2013, NO MUNICPIO DE PIRANHAS-GOIS.

    IPOR - GO

    2013

  • UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIS

    UNIDADE UNIVERSITRIA DE IPOR

    LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

    ELIZANGELA SOUZA LEITE

    CARACTERIZAO HISTRICA DA DEGRADAO

    AMBIENTAL DO RIO PIRANHAS ENTRE OS ANOS DE 1993

    2013 NO MUNICPIO DE PIRANHAS-GOIS.

    IPOR - GO

    2013

    Trabalho de Concluso apresentado

    Universidade Estadual de Gois, Unidade

    Universitria de Ipor, como exigncia parcial

    para a concluso do curso de Geografia na

    modalidade em Licenciatura.

    Orientadora: Edna M F. de Almeida

  • Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)

    ___________________________________________________________________________

    L533c Leite, Elizangela Souza

    Caracterizao histrica da degradao ambiental do rio Piranhas

    entre os anos de 1993 2013, no municpio de Piranhas Gois / Elizangela Souza Leite. - 2013.

    47 f.: il.

    Monografia (Licenciatura em Geografia) Universidade Estadual de Gois, Unidade Universitria de Ipor. Ipor, 2013.

    Orientadora: Prof. Edna Maria F. de Almeida.

    1. Geografia. 2. Degradao

    ambiental. 3. Impacto ambiental. I. Ttulo.

    CDU: 911

    ___________________________________________________________________________

  • ELIZANGELA SOUZA LEITE

    CARACTERIZAO HISTRICA DA DEGRADAO AMBIENTAL DO RIO

    PIRANHAS ENTRE OS ANOS DE 1993 2013 NO MUNICPIO DE PIRANHAS-

    GOIS.

    Monografia apresentada ao Curso de Licenciatura Plena em Geografia da

    Universidade Estadual de Gois, Unidade Universitria de Ipor, como requisito parcial para

    a obteno do ttulo de licenciada em Geografia. Aprovada em 12 de Novembro de 2013, pela

    Banca Examinadora constituda pelos seguintes professores:

    Orientadora: Edna Maria Ferreira de Almeida UEG - Ipor

    Examinador: Divino Jos Lemes de Oliveira UEG - Ipor

    Examinadora: Josilene Goulart Pereira UEG - Ipor

    IPOR - GO

    2013

  • Dedico

    A minha famlia, em especial minha me, por ter sido

    uma das peas fundamentais para que eu realizasse este

    trabalho, me dando fora e apoio.

    Ao meu namorado que sempre esteve ao meu lado com

    apoio e dedicao, e a todos os meus colegas de sala

    pelo carinho e companheirismo durante a realizao

    deste curso.

  • AGRADECIMENTOS

    Agradeo em primeiro lugar a Deus por ter me dado fora e iluminado o meu

    caminho para que eu pudesse concluir este curso de graduao.

    minha famlia, em especial a minha me pela a fora, apoio e motivao nas

    horas difceis, pois certamente sem ela eu no estaria onde estou hoje.

    Agradeo aos meus colegas de sala principalmente a Bruna Paula, Danilla

    Gonalves e o Uidemar pelo o apoio e o companheirismo durante cinco anos de luta.

    Aos professores do curso de geografia, por toda dedicao.

    minha orientadora Jnia Maria Lousada que esteve comigo at uma parte deste

    trabalho e agradeo de corao a orientadora Edna M F. de Almeida pelo apoio e por me

    encaminhar na rea cientfica com de dedicao e estmulos constantes.

    E a todos que de alguma forma me ajudaram na elaborao deste trabalho.

    OBRIGADA.

  • RESUMO

    Este trabalho resultado de uma pesquisa realizada na cidade de Piranhas GO, onde buscamos fazer uma caracterizao histrica da degradao ambiental no Rio Piranhas no

    perodo de 20 anos, de 1993 a 2013, na tentativa de identificar os aspectos da degradao

    ambiental no Rio Piranhas, bem como apontar os maiores impactos causados ao rio. A

    metodologia escolhida para a realizao desta pesquisa se d a partir da reviso bibliogrfica

    em livros, artigos e stios eletrnicos, pesquisa campo e entrevistas realizadas junto ao poder

    pblicos e a populao atuante do municpio de Piranhas.

    Palavras chaves: Degradao ambiental; Rio; Impactos.

  • LISTA DE FIGURAS

    Figura 1. Mapa de localizao do Rio Piranhas........................................................................21

    Figura 2. Viso panormica da parte urbana da cidade de Piranhas.........................................22

    Figura 3. Rede fluvial que leva os resduos de esgotos ao rio..................................................24

    Figura 4. Viso de cima de uma rede fluvial............................................................................25

    Figura 5. Imagem do Google Earth adaptada com os pontos destacados.................................26

    Figura 6. Viso panormica da Praia Artificial do Vau............................................................27

    Figura 7. Praia do Vau em 1993...............................................................................................28

    Figura 8. Descarte de lixos jogados no local onde era a praia artificial do Vau.......................29

    Figura 9. Pneus descartados nas margens do Rio Piranhas.......................................................29

    Figura 10. Casas localizadas em rea de Preservao Permanente..........................................30

    Figura 11. Extrao de areia por meio da Draga.......................................................................32

    Figura 12. O proprietrio reflorestando a rea que foi degradada............................................32

    Figura 13. Localizao do Piv- Central..................................................................................33

    Figura 14. O piv-central localizado na cidade de Piranhas, primeira parte............................34

    Figura 15. Continuao do Piv-central...................................................................................34

    Figura 16. Local da PCH- Piranhas..........................................................................................35

    Figura 17. Imagem area do empreendimento PCH- Piranhas.................................................36

  • Figura 18. PCH- Piranhas.........................................................................................................36

    Figura19. Projeto Verde Renascer............................................................................................37

  • SUMRIO

    INTRODUO........................................................................................................................09

    1. REVISO LITERRIA.......................................................................................................12

    1.1. Degradao ambiental........................................................................................................12

    1.2. Degradao ambiental de rios............................................................................................13

    1.3. Recuperao de reas degradadas......................................................................................16

    1.4. Recuperao de reas degradadas nas margens dos rios....................................................17

    2. O MUNICPIO DE PIRANHAS-GO...................................................................................18

    2.1. Caracterizao histrica do Municpio de Piranhas...........................................................18

    2.2. Caracterizao da rea de estudo.....................................................................................19

    3. RESULTADO E DISCUSSO............................................................................................23

    CONCLUSO..........................................................................................................................39

    REFERNCIAS........................................................................................................................41

  • 09

    INTRODUO

    O nosso planeta vem sofrendo alterao no meio ambiente cada dia mais grave,

    sendo relacionadas s atividades antrpicas, onde a degradao ambiental tem sido notria

    nos centros urbanos e no espao rural trazendo grandes consequncias na deteriorao do

    meio, onde podemos citar como exemplo a degradao ambiental enfatizando alguns

    problemas, como a poluio das guas, a poluio dos solos, o desmatamento nas margens

    dos rios, o assoreamento, e as eroses nas encostas dos rios.

    Segundo Seabra (2000), o homem muda o espao a sua maneira para suprir as

    suas necessidades, transformando o meio natural em um meio modificado, essas mudanas no

    espao acontece devido necessidade do homem de se adaptar ao meio que acaba degradando

    a natureza e com isso dando lugar a agricultura, pecuria, indstrias, casas, usinas

    hidreltricas e estradas, causando assim uma modificao na paisagem.

    Snchez (2008) define a degradao ambiental como qualquer transformao dos

    processos ambientais, ou seja, qualquer impacto ambiental negativo causado ao meio

    ambiente seja ele causado por aes antrpicas ou naturais.

    Nas ltimas dcadas o meio ambiente, em especial os aquticos, vem sofrendo

    ameaas diretas e indiretas atravs das aes dos seres humanos, causando assim um

    desequilbrio ambiental. Os impactos ambientais acontecem em decorrncia do consumo

    desordenado da sociedade, que no se considera parte do meio ambiente (LIMA et al., 2010).

    Para Oliveira & Machado (2005), o crescimento populacional aumenta a necessidade de

    consumo e com isso contribui para gerar impactos ao meio ambiente, com o aumento da

    populao aumenta-se tambm a necessidade de explorar dos recursos naturais para sua

    subsistncia que em consequncia acaba gerando impactos ao prprio meio.

  • 10

    Os rios so usados para diversas atividades antrpicas tais como o abastecimento

    de gua (consumo humano, alimentao, higiene pessoal e domiciliar), a gerao de energia,

    irrigao da agricultura, transporte e lazer, os rios so de extrema importncia para a vida

    humana necessitando ser conservado e preservado (TELES, 2008). Souza & Junior (2012),

    complementam que a gua que recebemos com qualidade deve ser devolvida aos rios com as

    mesmas propriedades, necessitando assim de tratamento da gua antes de devolv-la ao meio

    ambiente para que no ocorram alteraes em sua composio.

    Guedes (2011, p. 214) discute que os rios no passado eram considerados como

    fontes de alimento e como um local de lazer para a sociedade, mas atualmente a realidade no

    mais a mesma, pois hoje os rios so considerados como depsitos de lixos, as pessoas

    atravs de seus atos acabam causando a degradao ambiental, por lanarem dejetos humanos,

    esgotos domsticos e lixos aos rios causando assim grandes agresses natureza e a prpria

    sociedade que em contra partida causa grandes efeitos ao mio ambiente.

    A degradao ambiental tem efeitos diretos na qualidade de vida da humanidade,

    fazendo com que ela repense suas aes e busque solues para amenizar os impactos

    ambientais, preservando a natureza para as atuais e futuras geraes para que elas vivam em

    um ambiente mais limpo e saudvel (ATTANASIO et al., 2006).

    Neste trabalho buscamos identificar os aspectos da degradao ambiental no Rio

    Piranhas entre os anos de 1993 at 2013 no municpio de Piranhas-Gois. Como objetivos

    especficos procuramos analisar a evoluo das principais causas da degradao ambiental,

    bem como selecionar os maiores impactos sofridos ao rio aps a criao da cidade,

    investigando atravs da pesquisa campo quais os pontos que sofreram com a degradao

    ambiental, e por fim verificar se existem processos de recuperao das margens do Rio

    Piranhas.

    Quanto ao recorte temporal adotado para o desenvolvimento da pesquisa,

    delimitamos apenas 20 anos, pois as fotografias encontradas datam de 1993 at 2013, como

    o caso da figura 6 da Praia Artificial do Vau de 1993, a falta de material dificultou em se fazer

    um recorte mais longo.

    A motivao principal em trabalhar com essa temtica se justifica, pelo fato de

    conhecermos a rea e por residir na regio, sendo que a mesma j sofreu e vem sofrendo

    varias agresses ambientais, pois como o Rio Piranhas corta o permetro urbano da cidade de

    Piranhas o cuidado com o mesmo deveria grande tanto por parte do poder pblico como da

    populao atuante do municpio de Piranhas.

  • 11

    O foco principal deste estudo se d pela necessidade de conhecermos a histria da

    cidade de Piranhas bem como a situao do Rio Piranhas, e saber qual a atitude do poder

    pblico a respeito da realidade que se encontra o rio na atualidade. H poucas pesquisas sobre

    a cidade de Piranhas e principalmente sobre o Rio Piranhas, por isso o presente trabalho

    somar aos poucos que existem para passar conhecimento comunidade piranhense.

    Pretende-se com os resultados alcanados com o desenvolvimento desta pesquisa

    que possam ser levados ao conhecimento do poder pblico local, e que este diagnstico possa

    auxili-los na tomada de decises, no que concerne a adoo de medidas voltadas para

    implementao de polticas publicas que possam auxiliar na resoluo do problema levantado.

    O presente trabalho foi desenvolvido, ancorado nos seguintes procedimentos

    metodolgicos: levantamento e reviso bibliogrficas em livros, artigos, e stios eletrnicos

    que completaram o perodo em estudo. Entrevistas realizadas junto ao poder pblico e a

    populao atuante do municpio de Piranhas teve um importante papel, pois foi possvel

    resgatar informaes e materiais (mapas, fotos e documentos) complementares.

    O trabalho est dividido em: introduo que contempla a proposta do trabalho,

    reviso literria que faz uma abordagem sobre a degradao ambiental, a degradao

    ambiental de rios, ainda aborda a recuperao de reas degradadas, enfocando a recuperao

    de reas degradadas nas margens dos rios. Num segundo momento, ainda por meio da

    pesquisa bibliogrfica faz-se uma discusso terica sobre a caracterizao histrica do

    municpio de Piranhas- GO, bem como a caracterizao da rea de estudo, caracterizando

    alguns aspectos fisiogrficos como: clima, revelo, vegetao, solo, etc. Por ltimo atravs da

    pesquisa campo tem-se uma discusso a partir dos resultados levantados e a concluso que se

    chegou com esta pesquisa. A geografia utilizada neste estudo foi geografia ambiental, onde

    enfocamos o problema da degradao ambiental de rios.

  • 12

    1. REVISO LITERRIA

    1.1. Degradao ambiental

    A degradao ambiental um problema antigo, mas que vai se agravando a cada

    dia, devido ao uso e ocupao inadequada do solo, o homem transforma o espao a sua

    maneira para sua sobrevivncia, moldando o meio para ter habitao, gerao de energia,

    agricultura e pecuria, ao ocupar o espao no respeita os limites impostos pela natureza, que

    acaba causando como consequncias alteraes na paisagem existente.

    De acordo Guedes (2011), a populao de modo geral tem sido responsvel pelas

    modificaes ocorridas ao meio ambiente, o consumo desordenado da populao causa uma

    presso sobre o ecossistema gerando a degradao ambiental, ou seja, o homem ao consumir

    os recursos naturais em um ritmo muito acelerado no permite que a natureza se regenere,

    gerando assim alteraes ao meio, essas alteraes podem ser hidrolgicas, geomorfolgicas,

    climticas, na qualidade da gua ou do ar, as mudanas podem ser diversas tanto no mbito

    local, regional ou global dependendo da forma como a rea foi explorada e exaurida. Abdon

    (2004, p.20) complementa que a degradao ambiental pode ser definida como impactos

    negativos causados ao meio ambiente, ou seja, impactos gerados a natureza, podendo ser

    qualquer tipo de alterao adversa qualidade ambiental.

    Outro fator que contribui para que o ocorra degradao ambiental o

    crescimento das cidades, pois quanto mais aumenta a populao mais aumenta os impactos

    ambientais como, por exemplo, o acelerado desmatamento e a degradao dos solos que acaba

    gerando o processo de assoreamento dos crregos e rios.

    Um exemplo dessas transformaes ocorridas ao meio ambiente a remoo da

    cobertura vegetal nativa do bioma Cerrado para dar lugar a agricultura e pecuria. A

    degradao sofrida ao Cerrado brasileiro ocorre devido o grande crescimento das cidades, a

  • 13

    expanso da agricultura e da pecuria, ou seja, o ambiente modificado dando lugar a uma

    nova paisagem, formada por pastagens e grandes lavouras (SANTOS et. al., 2010).

    Lima & Roncaglio (2001), afirmam que a degradao ambiental um processo

    que causa leses ao meio ambiente podendo ser provocada pelas aes das pessoas, sejam elas

    fsicas ou jurdicas, de direito pblico ou privado que podem reduzir as suas propriedades, e

    at a sua capacidade produo.

    Para Guerra & Guerra (1997), a degradao ambiental um processo mais amplo

    que a degradao dos solos, pois envolve a extino de espcies de vegetais ou animais, a

    poluio dos rios, o assoreamento e outros impactos ao meio ambiente. A poluio dos rios

    um problema srio que agride a qualidade de vida da humanidade, podendo causar srias

    doenas s pessoas.

    1.2. Degradao ambiental de rios

    Segundo a Lei da Poltica Nacional do Meio Ambiente, em seu artigo 3, inciso II,

    degradao da qualidade ambiental a alterao adversa das caractersticas do meio ambiente.

    No inciso III poluio definida como a degradao da qualidade ambiental resultante de

    atividades que direta ou indiretamente: prejudiquem a sade, a segurana e o bem-estar da

    populao; criem condies adversas s atividades sociais e econmicas; afetem

    desfavoravelmente a biota; afetem as condies estticas ou sanitrias do meio ambiente;

    lancem matrias ou energia em desacordo com os padres ambientais estabelecidos.

    Segundo Guerra & Guerra (2003), o homem atravs de suas aes transforma o

    meio ambiente sem ter conscincia, gerando problemas para as atuais e futuras geraes.

    Dentre essas transformaes temos o assoreamento, a poluio dos rios, o desmatamento das

    matas ciliares e as eroses nas margens dos rios. As margens dos rios so reas protegidas por

    lei, a lei que regulamenta essas reas protegidas o Cdigo Florestal Brasileiro que est em

    vigor desde 1965.

    O Cdigo Florestal Federal de 2012 (Lei n 12.651, 25 de Maio de 2012), define

    rea de Preservao Permanente (APP) como rea protegida, coberta ou no por vegetao

    nativa, com a funo ambiental de preservar os recursos hdricos, a paisagem, a estabilidade

    geolgica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gnico de fauna e flora, proteger o solo e

    assegurar o bem-estar das populaes humanas. Devem ser respeitadas e protegidas por lei, ou

    seja, o Cdigo Florestal Brasileiro.

  • 14

    So consideradas APP as margens dos cursos dgua, ao redor de lago e lagoas, as

    reas no entorno dos reservatrios de guas superficiais, as nascentes e olhos dgua, as

    encostas ou partes destas, as reas de restinga, os manguezais, as bordas dos tabuleiros ou

    chapadas, os topos de morro; montes; montanhas e serras, e as veredas (Cdigo Florestal

    Federal, 2012).

    De acordo com o Cdigo Florestal Federal de 1965 em seu Art. 2, as APP so

    consideradas reas de Preservao Permanente, e que possuem diversas funes, e que

    devem ser respeitas e preservadas as extenses de acordo com a largura dos rios, lagoas,

    nascentes ou qualquer outro curso dgua, pois so reas protegidas por lei.

    Segundo o Cdigo Florestal Brasileiro Lei. 12.651/12 define as margens dos rios

    como sendo reas de preservao permanente que devem ser preservadas e protegidas, e rios

    com largura de 10 a 50 metros, onde se encaixa o Rio Piranhas, com 30 metros, a rea a ser

    preservada em cada margem igual 50 metros.

    Porm, o Cdigo Florestal de 2012 considera o nvel regular da gua enquanto o

    Novo Cdigo Florestal de 1965 tinha como parmetro o perodo da cheia para definir a

    largura das margens dos rios a serem preservadas. Outro fator, que o Cdigo Florestal de

    2012, aceita at 2008 a supresso da vegetao e as atividades consolidadas em APPs, desde

    que por utilidade pblica, interesse social, ou baixo impacto ambiental, includas atividades

    agrossilvopastoris, ecoturismo e turismo rural (Artigo 61 A). Para os casos cuja atividade

    consolidada seja de outra natureza e realizadas a partir de 2008 as obrigaes ficaram assim

    (Seo II):

    Propriedades com at um mdulo fiscal (medida que varia entre 5 e 110

    hectares, dependendo da regio) tero de reflorestar 5 m de vegetao nas margens de rios,

    independente da largura do rio e desde que essa faixa no ultrapasse o limite de 10% do

    tamanho do terreno.

    Propriedades de tamanho entre um e dois mdulo fiscais (incluem reas que

    podem chegar a 220 ha) devem recuperar 8 m ao longo dos rios, independente da largura do

    rio e respeitado o limite de 10% do tamanho do lote.

    Entre dois e quatro mdulos (incluem reas que podem chegar a 440 ha)

    reflorestaro 15 m nas margens, independente da largura do rio, mas isso no pode ultrapassar

    o tamanho de 20% da propriedade.

    - Entre quatro e 10 mdulos fiscais, em rios com at 10 m de largura, dever ser

    recomposta integralmente uma faixa de 20 m nas margens; em rios mais largos, ser exigido o

    reflorestamento completo de 30 a 100 m.

  • 15

    Nas grandes propriedades, com mais de 10 mdulos fiscais, devem ser

    recuperados 30 m nas margens de rios com at 10 m de largura; em rios mais largos, ser

    exigida a recomposio de 30 a 100 m.

    A vegetao que ocorre nas APP (rea de Preservao Permanente) de cursos

    d'guas chamada de mata ciliar. As matas ciliares so consideradas um tipo de vegetao

    que percorre ao longo das margens dos rios, ao redor das nascentes e de reservatrios, que

    devem ser protegidas e preservadas (CDIGO FLORESTAL FEDERAL, 2012).

    De acordo com Martins (2001), as matas ciliares tem o papel de amenizar a queda

    da chuva no solo, pois quando chove a gua escorre pelas rvores e o solo no estando

    compactado funciona como filtro que no deixa acontecer o processo de eroso. Ela tambm

    fornece abrigo e moradia para vrias espcies de animais. Quando se retira a mata ciliar das

    margens dos rios, estes ficam sem proteo podendo causar srios problemas, como a

    diminuio do volume de gua, aumento da temperatura da gua e perda de oxignio,

    desmoronamento das margens e o assoreamento do rio (NETO & MELO, 2007).

    Vieira & Leo (2009, p.06), define o assoreamento como o acmulo de areia, ou

    seja, partculas de solo que foram desprendidos devidos o processo erosivo, que so lanados

    aos rios e lagoas devido s aes do vento, da chuva ou pela ao do homem. O homem ao

    retirar a cobertura vegetal nativa das margens dos rios contribui para gerar o assoreamento,

    pois a vegetao nativa serve como um filtro, no deixando que os solos desprendidos e

    outros materiais entrem em contato com a gua, quando ocorre a remoo da cobertura nativa

    do solo, ele fica sem proteo podendo causar srios problemas ambientais como podemos

    citar uma maior frequncia de enchentes, alteraes na fauna e flora, reduo no volume de

    gua e dificultando o processo de fotossntese, pois atrapalha a luz entrar em contato com a

    gua fazendo com que no ocorra a renovao de oxignio para as algas e os peixes,

    resultando assim num desequilbrio ambiental (LIMA et al., 2010).

    J a eroso um processo de separao das partculas do solo que pode ser

    provocado pela ao da gua ou do vento, esse processo erosivo pode ser divido em duas

    fases, separao e transporte das partculas que so levadas para dentro dos rios (BERTONI &

    LOMBARDI, 1990). A vegetao natural do solo tem um papel importante na preveno

    eroso, pois a sua retirada permite que as partculas do solo fiquem soltas e vulnerais a serem

    transportados para dentro dos rios e represas, alm disso, o processo erosivo provoca a perda

    de nutrientes no solo dificultando a recuperao ambiental destas reas degradadas atravs da

    revegetao (VIEIRA & LEO, 2009).

  • 16

    Outros fatores que contribuem para a degradao dos rios, segundo Vieira & Leo

    (2009), so o lanamento de esgotos domsticos, industriais no tratados, o descarte de

    resduos slidos e tambm a agricultura, por jogarem agrotxicos nas plantaes que com a

    ao das chuvas so lanados aos rios. A degradao ambiental um problema que afeta no

    s os rios na regio, pois esse um problema que causa impactos em todo o mundo, e o

    Estado de Gois no escapa deste processo.

    O Estado de Gois est inserido nas bacias hidrogrficas do Tocantins-Araguaia,

    Paranaba e pequena parte da bacia do So Francisco, sendo que todas apresentam altos

    ndices de degradao ambiental. Um exemplo so os rios Meia Ponte, Corumb e dos Bois,

    que compe a bacia hidrogrfica do rio Paranaba, e esto sofrendo com vrios processos de

    degradao ambiental (MATOS, 2000). Entre eles esto implantao de hidreltricas, a

    criao de lavouras irrigadas, parte da rea destinada a agroindstrias e as lavras de areia

    extrada dos rios para a construo civil (SEMARH- GO, 1999).

    Em Gois a Lei Estadual dos Recursos Hdricos (Lei n 13.126) data de 1997, mas

    a concesso de outorga para o uso da gua ocorre desde 1990. Entre essas outorgas esto s

    vinculadas aos sistemas de agricultura irrigada do tipo piv central, mas ainda existe a

    necessidade de regulamentar melhor os critrios tcnicos para a outorga. Assim, em 2003 foi

    criada no estado trs Comits de Bacia Hidrogrfica, a do Rio Meia Ponte, a dos Bois e a do

    Turvo (RIBEIRO et al., 2008).

    1.3. Recuperao de reas de degradadas

    A recuperao de reas degradadas uma atividade antiga que vem

    acompanhando a histria de diferentes povos, pocas e regies. Antes ela se baseava em uma

    prtica de plantio de mudas, com objetivo muito especfico que era o de controlar a eroso, a

    estabilidade de taludes e a recuperao da paisagem (LUSTOSA et al., 2010).

    Lustosa et al., (2010), discute que para recuperar uma APPs degradada deve ser

    levada em considerao a sua capacidade de auto recuperao, dependo assim de algumas

    caractersticas histricas da rea, como por exemplo, a forma de como essa rea foi usada e

    ocupada antes e da forma que ela est sendo ocupada na atualidade.

  • 17

    1.4. Recuperao de reas degradadas nas margens dos rios

    A recuperao de reas degradadas deve ser entendida como um retorno ao local

    de origem, ou seja, uma forma de fazer com que a rea degradada volte ao que era, ou o mais

    parecido possvel antes de sofrer com o processo de degradao ambiental. Alguns autores

    vo discutir algumas formas de recuperar uma rea que foi degradada.

    De acordo com Wadt (2003), h vrias formas para recuperar reas degradadas,

    elas podem ser dividas em longo, mdio ou curto prazo, dependo da gravidade que a rea foi

    degradada ou dependo da forma que ela foi explorada. Conforme Crestana (2006), a estratgia

    a ser utilizada para recuperar uma rea degradada vai depender de vrios fatores, entre eles

    destacam-se o grau de degradao da rea, o seu histrico, a disponibilidade de semente e

    mudas no mercado, a utilizao de maquinrio para sua implantao e principalmente de

    recursos financeiros disponveis para tal objetivo. No podendo esquecer os processos de

    recuperao da floresta, que em alguns casos o simples isolamento da rea j suficiente para

    que ocorra a recuperao gradual e natural.

    Klein & Chaves (2009), discutem que h vrias tcnicas de recuperao de reas

    degradadas, das quais eles destacam a regenerao natural, que se baseia em uma tcnica com

    resultados a longo prazo, que ocorre de forma gradual, ou seja, com pouca ou nenhuma

    interferncia do homem, podemos destacar tambm os sistemas agroflorestais que consiste

    num meio mais fcil e racional a ser adotado em reas de Preservao Permanente, pois

    concilia a revegetao com o uso econmico da rea. Entre as vrias formas de recuperao

    de reas degradadas podemos mencionar aquelas relacionadas com a vegetao empregada na

    restaurao da rea que foi explorada, onde o isolamento da rea juntamente com a retirada

    dos agentes de degradaes ajuda na recuperao da rea.

    Segundo Lustosa et. al., (2010), h diversas maneiras para recuperar uma rea que

    foi degradada, onde ele menciona o plantio de vegetao nativa com o auxlio de sementes e

    mudas nativas, para que acontea a recuperao da rea que foi explorada. Outra tcnica

    utilizada para recuperao de reas degradadas nas margens dos rios seria a nucleao, que

    consiste em uma tcnica de recuperao das matas ciliares atravs de ilhas onde so formados

    blocos de matas remanescentes ou rvores isoladas que iro se espalhar para os lugares que

    foram degradados. Essa tcnica parecida com a revegetao natural, porm o resultado

    mais rpido.

  • 18

    2. O MUNICPIO DE PIRANHAS-GO

    2.1. Caracterizao histrica do municpio de Piranhas

    Segundo Leite & Nascimento (2004), a cidade de Aragaras GO foi responsvel

    pelo surgimento da cidade de Piranhas. Como a cidade de Aragaras era muito distante da

    cidade de Caiapnia - GO, que era o centro de abastecimento da regio da poca foi preciso

    construir uma ponte para que acontecesse a travessia no Rio Piranhas de um lugar para o

    outro. Para que a ponte fosse construda os tcnicos e operrios da Fundao Brasil Central

    tiveram que acampar s margens do Rio Piranhas, com isso outros barracos tambm foram

    surgindo, dando incio a um pequeno povoado e assim surgindo s primeiras transaes

    comerciais e urbanas no local. Com a concluso da ponte sobre o Rio Piranhas, a rodovia

    ganhou movimento e o povoado de Piranhas passou a concorrer com a cidade de Caiapnia,

    passando a ser o centro de abastecimento da regio (LEITE & NASCIMENTO, 2004).

    No dia 11 de novembro de 1952, o poder pblico de Caiapnia aprova a Lei

    Municipal n 87 que eleva o povoado de Piranhas categoria de distrito. No ano seguinte, no

    dia 14 de outubro de 1953 o Distrito de Piranhas passa a ser elevado como municpio pela Lei

    Estadual n 812.

    Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica o (IBGE, 2010) a

    populao do municpio de Piranhas de 11.268 habitantes, segundo o censo de 2010. De

    acordo com o recenseamento de 1950 (IBGE, 1950), a cidade de piranhas que ainda fazia

    parte do povoado do Municpio de Caiapnia estimava-se uma populao de 3.424 habitantes.

    A economia da cidade de Piranhas atualmente baseada na agricultura, pecuria e

    indstria de laticnios. Ocorre um comrcio local e a extrao pontual de areia atravs de uma

    empresa minerando a empresa Extrao Alvorada. O granito j esteve presente na economia,

  • 19

    Tambm de forma pontual, mas atualmente no ocorre mais, pois a empresa foi

    embargada por no cumprir com sua obrigao de recuperar uma rea que foi explorada e

    exaurida. A agricultura e a pecuria acompanharam o desenvolvimento da cidade, pois em

    1993 j se fazia uso da criao de gado como uma das fontes de renda da economia, e a

    agricultura baseavam-se na plantao de alimentos para sua subsistncia como o plantio de

    arroz e feijo. A maior parte dos agricultores da cidade de pequeno e mdio porte e cultivam

    atualmente o milho e a soja (BARBOSA et al., 2005).

    A pecuria leiteira ganhou grande destaque na economia da cidade impulsionando

    a criao de duas empresas de laticnios que exportavam o leite para outros Estados como, por

    exemplo, Minas Gerais e So Paulo (FERREIRA et al., 1997).

    O Rio Piranhas que o foco deste estudo tem um papel fundamental na vida dos

    piranhenses, pois um dos seus afluentes o crrego gua Limpa abastece a cidade de Piranhas,

    este recurso precioso como nos demais rios so usados para diversas atividades, entre eles

    podemos destacar o lazer, a irrigao da agricultura, gerao de energia, extrao de areia.

    Este rio que no diferente dos demais no quesito de importncia fundamental para a

    populao.

    Neste trabalho no poderamos deixar de discutir a importncia da gua sendo este

    um recurso natural vital para a vida no planeta, pois a gua considerada como fonte da vida

    e vem acompanhando a histria da civilizao desde o seu incio. Esse recurso hdrico

    desempenha um papel fundamental na sobrevivncia das espcies e na manuteno do

    equilbrio do planeta, sendo utilizada para diversos fins, desde o consumo humano at a

    gerao de energia nas usinas hidreltricas, ela tambm usada no desenvolvimento de

    atividades econmicas (agrcolas e industriais).

    2.2. Caracterizao da rea de estudo

    O municpio de Piranhas - GO localiza-se no entroncamento da BR-158 e a GO-

    060, est situado na regio intertropical, entre os paralelos 16 e 17, aproximadamente a 16

    31 05 de latitude sul e 51 50 24 de longitude oeste, e possui uma altitude de 389 metros.

    Pertence microrregio de Aragaras - GO que faz parte da mesorregio do Noroeste do

    Estado de Gois, conforme a figura 1 (mapa de localizao do Rio Piranhas cortando o

    Permetro urbano). A rea total do municpio de 2.412 Km2 e faz limite com os municpios

  • 20

    de Bom Jardim de Gois, Caiapnia e Arenpolis. Encontra-se a 312 km de Goinia e 516 km

    de Braslia (SANTOS, 2001).

    Em relao topografia do municpio ela apresenta duas formas distintas, sendo

    uma plana e outra montanhosa, mas todas pertencentes ao Planalto Central do Brasil. O solo

    do tipo Latossolos Vermelho-Amarelo, com textura arenosa, bem drenado e muito poroso que

    foi desenvolvido a partir de rochas Pr-Cambrianas (SANTOS et al., 2001). O tipo de solo

    encontrado no Cerrado so os Latossolos com baixa fertilidade e alta acidez, esses solos so

    considerados antigos, profundos e que assentam se a relevos planos e levemente ondulados. O

    clima considerado tropical quente e mido, com ndices pluviomtricos mdios de mais de

    2.900 milmetros por ano (LEITE & NASCIMENTO, 2004).

    Em relao vegetao da regio ela bem diversificada entre cultura e campo

    cerrado, podendo ser classificada como sendo Savana arbrea aberta (campo cerrado), com

    floresta de galeria e matas ciliares acompanhando as margens dos rios. As principais

    fitofisionomias do Cerrado, so as formaes florestais (cerrado, mata ciliar e mata de

    galeria), formaes savnicas (cerrado sentido restrito e vereda) e formaes campestres

    (campo sujo, campo limpo e campo rupestre) (RIBEIRO et al., 2008), compe a vegetao de

    Piranhas.

    O Rio Piranhas nasce no municpio de Caiapnia na Serra do Caiap com o nome

    de Ribeiro do Pntano e percorre aproximadamente 168 km at desaguar no rio Caiap

    prximo ao municpio de Arenpolis. O Rio Piranhas pertence bacia hidrogrfica do

    Tocantins-Araguaia que formada por vrios rios e ribeires, e regionalmente bacia do

    Caiap, que desgua na margem direita do rio Araguaia (BARBOSA, 2010). No municpio de

    Piranhas a largura mdia do rio de 30 metros. Observando a figura 2, temos uma viso

    panormica da parte urbana da cidade, uma imagem de satlite retirada do Google Earth onde

    podemos observar o permetro urbano da cidade, e o Rio Piranhas cortando a cidade.

  • 21

    Figura 1: Mapa de localizao do Rio Piranhas, no municpio de Piranhas- GO.

    Fonte: Google Earth, SIEG, Alves, 2013.

  • 22

    Figura 2. Viso panormica da parte urbana da cidade de Piranhas.

    Fonte: Google, 2003.

    A seguir ser apresentada uma discusso sobre os resultados levantados a partir da

    pesquisa campo, onde sero apontados alguns pontos que esto sofrendo com a degradao

    ambiental, como por exemplo, a regio onde era localizada a praia artificial do vau.

  • 23

    3. RESULTADOS E DISCUSSO

    A partir desta pesquisa e atravs de entrevistas com os moradores mais antigos da

    cidade, identificou-se, que a degradao ambiental na cidade de Piranhas vem acontecendo

    desde 1953, quando as pessoas comearam a ocupar o espao, desmatando as margens dos

    rios para a criao de gado. Os impactos ambientais j existiam, s que com menor

    intensidade do que atualmente. A travessia acontecia por dentro do rio, onde carros de bois

    atravessavam de uma margem a outra. Nesta poca j se fazia uso do solo para a criao de

    gado, e assim j iniciava a degradao do solo devido retirada da mata ciliar das margens do

    rio e a compactao do solo devido ao pisoteio dos animais.

    Um dos entrevistados foi o Senhor Antnio Teodoro Leite um dos moradores

    mais antigos da cidade, chegando regio em 1945. Ele conta que e a cidade apresentava

    muitas regies com vegetao arbrea e que o gado era criado solto nestas regies. Que a

    regio foi muito explorada, pois as matas ciliares eram derrubadas com machado para dar

    lugar a uma agricultura de subsistncia. Ele relata tambm que nesta poca o rio possua

    guas muito cristalinas e abundncia de peixes.

    Em relao aos resduos que so lanados no rio Piranhas, foi informado em

    entrevista pela atual primeira dama (A. A. T. L.) que de 1953 at 1994 por no haver fossas os

    resduos domsticos, das indstrias, dos comrcios e at dos hospitais eram lanados ao rio

    sem passar por nenhum tratamento ou depsito temporrio, poluindo o rio.

    Atualmente ainda no h estaes de tratamento dos resduos lanados ao rio.

    Existem apenas redes fluviais e os esgotos domsticos quando no so canalizados nas fossas

    spticas correm a cu aberto ou so lanadas na rede fluvial. As fossas spticas so

    consideradas unidades de tratamento primrio de esgotos, sejam eles domsticos, comerciais,

    ou industriais, esse tipo de fossa de grande importncia no combate a algumas doenas

  • 24

    como a verminose e algumas endemias, ele evita que os resduos de esgotos sejam lanados

    aos rios, lagos e demais cursos dgua. Essas fossas agem na separao e transformao da

    matria solida contida no esgoto, ela constituda de um tanque enterrado que recebe os

    esgotos (dejetos e guas servidas) e com isso inicia o processo de tentar amenizar os impactos

    ambientais.

    No mandado de 1993 a 1996 j comearam a construir as fossas spticas para

    amenizar os impactos ambientais decorrentes dos anos anteriores. Atualmente quase todas as

    casas, indstrias e comrcios possuem fossas spticas, mas algumas pessoas ainda ligam o

    sistema de esgoto s redes fluviais ou possuem fossas com problemas como o caso do

    Presdio da cidade. A fossa do presdio no est funcionando e o esgoto est sendo lanado

    em um crrego chamado de Olaria, este crrego desgua no Rio Piranhas que causando assim

    poluio do mesmo. Pela a Constituio Federal de 1988, em ser Art. 225. dever de todos

    preservar e conservar o meio ambiente para as presentes e futuras geraes.

    Podemos observar nas figuras abaixo (3 e 4) uma rede fluvial que leva os resduos

    de esgoto ao rio a sete desenhada no meio da figura indica a boca onde os resduos

    descartados passam at chegar no Rio Piranhas, um exemplo dos esgotos que so jogados ao

    Rio Piranhas o esgoto do presdio da cidade, sem o devido cuidado e lanado ao rio

    causando com consequncia a poluio do mesmo.

    Figura 3: Rede fluvial que leva os resduos de esgotos ao rio.

    Fonte: Leite, 2013.

  • 25

    Figura 4: Viso de cima de uma rede fluvial.

    Fonte: Leite, 2013.

    A pesquisa campo ao Rio Piranhas foi muito importante, pois atravs da mesma

    foi possvel identificar quais as reas que esto sofrendo maior impacto ambiental entre elas

    destacamos alguns pontos prximos ao Rio Piranhas que esto sofrendo com esses impactos.

    Entre esses pontos temos a praia artificial do Vau, construo de casas na APP do rio, as

    indstrias de laticnios, a extrao de areia, o piv - central na APP do rio (sistema de

    agricultura irrigada) e a Pequena Central Hidreltrica (PCH) Piranhas, como podemos

    observar na figura 5 (imagem do Google earth, adapta com os pontos aprestados).

  • 26

    Figura 5: Imagem do Google Earth adaptada com os pontos destacados.

    Fonte: Google Earth, Leite, 2013.

  • 27

    A praia artificial conhecida como regio do Vau (figura 6, apresenta uma viso

    panormica da praia, onde podemos ver uma rea bastante desmatada e sem o devido cuidado

    que o preservar o rio) e na (figura 7, a praia em 1993, um lugar sem vegetao, que foi

    muito usado de forma inadequada) foi criada no primeiro mandato do prefeito (O. T. L.), entre

    os anos de 1993 1996. Segundo informaes obtidas na Prefeitura (D. V.) no houve um

    projeto legal para a criao da praia. Com isso no foi cumprido o que pertinente

    legislao sobre licenciamento ambiental (Licenas Prvia, de Instalao e de Operao e EIA

    (Estudos de Impacto Ambiental) e RIMA (Relatrio de Impacto Ambiental)). A praia

    artificial foi uma forma de jogo poltico, a prefeitura juntamente com algumas pessoas

    projetou como seria essa rea de lazer e assim a fizeram isso segundo informaes (M. G. F.).

    A praia era temporria, ou seja, ela funcionava mais em tempo de frias, no ms de julho e

    dezembro. A praia foi criada como opo de lazer para a comunidade em geral, um lugar onde

    as pessoas com as suas famlias pudessem se reunir e juntas passar o fim de semana.

    Figura 6. Viso panormica da Praia Artificial do Vau.

    Fonte: Google Earth, 2003.

  • 28

    Figura 7: Praia do Vau em 1993.

    Fonte: Batista, 1993.

    Atualmente a praia artificial considerada um lugar onde as pessoas depositam os

    lixos como podemos observar na figura 8 (descarte de lixo, a sete desenhada indica saco de

    lixos descartados em locais inapropriados) e na figura 9 (pneus jogados as margens do rio)

    nessas figuras observa-se o descaso do poder pblico e at mesmo do Ministrio Pblico, pois

    essas figuras so do ano de 2013, e percebemos a falta de fiscalizao rgida para punir os

    responsveis por essas agresses natureza. Assim, essas aes causam os seguintes impactos

    ao rio, a instalao da praia artificial causando aterramento da margem do rio, o assoreamento

    do rio e o uso atual do espao como uma rea de descarte de resduos e de pneus, semelhante

    a um lixo.

  • 29

    Figura 8: Descarte de lixos jogados na praia artificial do Vau.

    Fonte: Leite, 2013.

    Figura 9: Pneus descartados nas margens do rio piranhas.

    Fonte: Marques, 2013.

    De acordo com Brito et. al., (2002) as praias artificiais so criadas nas margens

    dos rios por parte do Poder Pblico municipal ou estadual, essas praias so compostas por

    bares, banheiros, palcos para shows, e quadras esportivas no sentido de proporcionar lazer e

  • 30

    entretenimento para a populao em geral. De acordo com Brito et al., (2002, p. 354), esse

    tipo de empreendimento causa vrias agresses ao meio ambiente entre essas agresses ele

    destaca, a depreciao da qualidade do ar devido aos gases e poeiras causados devido aos

    maquinrios empregados na obra, o desmatamento da rea, eroses, assoreamento do rio aps

    a desativao da praia, devido a grande quantidade areia que depositada no local.

    Segundo uma moradora (M. E. S.) que foi entrevistada, da cidade de Piranhas, a

    praia artificial era considerada uma rea de lazer, mas que causou grandes impactos ao meio

    ambiente, pois todo ano a praia recebia centenas de caminhes de areia para a sua

    manuteno, e todo o ano essa areia era levada ao rio causando o assoreamento do rio, o

    transporte dessa areia acontecia por meio da gua das chuvas que transportavam tambm lixos

    juntos com a areia que era levado ao rio.

    Na regio a jusante da praia encontra-se a construo de algumas casas na regio

    da APP do rio que datam de 1967, ano posterior ao Cdigo florestal de 1965, que no

    permitia tal ao nestas reas. Essas casas fazem parte do loteamento legal da cidade

    demonstrando a falta de informao ou descaso com a legislao ambiental. Como podemos

    observar na figura 10 (casas prximas as APP) casas prximas ao Rio Piranhas, a sete

    indicada na figura 10 mostra onde est correndo o rio, onde percebemos que no e respeitada

    a distancia a ser deixada para a rea de Preservao Permanente, sedo desrespeitado o cdigo

    florestal de 2012.

    Figura 10: Casas em rea de Preservao Permanente.

    Fonte: Leite, 2013.

  • 31

    Outro fator que j causou impacto no Rio Piranhas foi indstria de Laticnios

    Marajoara que operava prxima ao rio entre os anos de 1975 a 2002. Segundo um antigo

    trabalhador (M. M.) dessa indstria, o resduo de soro contendo cloreto de sdio era todo

    lanado no rio. Neste local no havia presena de animais e aparentava um ambiente morto

    devido tamanha poluio. A outra indstria de laticnios da cidade a Lacto Sul que tambm

    fica prximo ao rio e ainda funciona. Segundo entrevista com um funcionrio (J. J. F.) da

    indstria atualmente eles separam o soro e depositam em tanques temporrios. Esses soros so

    disponibilizados para as fazendas prximas da regio que utilizam o resduo para alimentar os

    animais de criao. Os demais resduos so lanados na fossa sptica. Ele conta que

    antigamente a indstria no tinha preocupao com a degradao que era causada ao meio

    ambiente e lanavam os resduos direto no rio. Atualmente com as fiscalizaes mais rgidas o

    laticnio se adequou melhor ambientalmente no lanando nenhum resduo ao rio.

    A minerao de areia tambm ocorre no Rio Piranhas e confere mais uma ao de

    degradao ambiental do rio. Essa extrao acontece por meio de um equipamento chamado

    draga (equipamento instalado no leito do rio, na qual existe um motor, um compressor de ar e

    uma bomba de suco) que faz a escavao e a remoo da areia do fundo de rios, lagos e

    outros cursos dgua (figura 11, a draga fazendo a extrao da areia). Segundo o proprietrio

    da extrao de areia ela licenciada pelo DNPM (Departamento Nacional de Produo

    Mineral) e a cada dois anos preciso renovar a licena do empreendimento. O proprietrio o

    Senhor Ilomino Martins Andrade, disse que a rea j era bastante impactada antes de comear

    a minerao de areia no local e que sua empresa realizou o reflorestamento da rea, podemos

    observar nas figuras 12 (o proprietrio juntamente com outras pessoas fazendo o

    reflorestamento da rea). Segundo Mattos & Lobo (1995), a extrao de areia em reas de

    APP causa vrias formas de degradao ambiental, dentre elas temos o desmatamento da rea

    para implantao da caixa, eroses e assoreamento, e emisses de resduos (leo diesel)

    devido operao da draga, poluio das guas por leo, graxas e outros efluentes de forma

    difusa ou acidental entre outros. Segundo a Constituio Federal de 1988, em seu Art. 225

    2, que aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio degradado, de

    acordo com a soluo tcnica exigida pelo rgo competente, na forma da lei. Quem faz uso

    da extrao de areia tem o dever de recuperar a rea que foi degradada.

  • 32

    Figura 11. Extrao de areia por meio da Draga.

    Autora: Santos, 2003.

    Figura 12: O proprietrio reflorestando a rea.

    Fonte: Andrade, 2002.

    Outra atividade que ocorre prxima ao rio Piranhas o sistema de agricultura

    irrigada do tipo piv-central que utiliza uma rea projetada circular que foi desmatada e

  • 33

    utiliza a gua do rio, atravs do sistema de bombeamento, para irrigar a agricultura. Esse

    sistema chama-se piv - central. Essa tcnica causa impacto ao solo e ao rio, devido ao

    trfego de mquinas (tratores, rodas do piv na hora de fazer a irrigao) e ao pisoteio de

    animais (ANDRADE et al., 2002). Segundo o proprietrio do piv-central (C. T. L.) a rea j

    era impactada antes de sua projeo, pois era utilizada para pastagem. No local j foi plantado

    milho e cana, mas atualmente o proprietrio usa o piv-central para a formao de pastagem

    para a criao de gado. Segundo ele a criao de gado est rendendo mais lucro, por esse

    motivo ele mudou a forma de cultivo do piv-central. A figura 13 mostra a rea onde est

    situado o piv-central, e na figura 14 e 15 podemos observar como a estrutura do piv-

    central localizado na cidade de Piranhas.

    Figura 13. Localizao do Piv.

    Fonte: Google Earth, 2003.

  • 34

    Figura 14: O piv-central localizado na cidade de Piranhas, (Primeira parte dele onde localiza

    o motor).

    Fonte: Leite, 2013.

    Figura 15: Continuao do piv-central.

    Fonte: Leite, 2013.

    De acordo com Bastos (1991), o sistema de agricultura irrigada, o piv central

    causa impactos ao meio ambiente devido ao uso de altas taxas de gua em suas extremidades

    Rio Piranhas

  • 35

    provocando o escoamento superficial, fazendo com que ocorra o processo erosivo e gerando

    um desperdcio de gua.

    No Brasil vrios pecuaristas j esto adotando o sistema de agricultura irrigada do

    tipo piv-central para a formao de pastagens (XAVIER et al., 2004).

    A PCH Piranhas (figura 16, viso da PCH, do Google Earth) localiza-se na regio

    Oeste do estado de Gois, no municpio de Piranhas em especial no Rio Piranhas, foi

    instalado em 2004 pela Empresa Brascan Energtica S.A., opera com uma potncia de 18

    megawatts e possui um reservatrio com rea de 53 hectares, ela utiliza o desnvel natural de

    90 metros formado pela queda dgua da Cachoeira de Piranhas, contando com uma rea de

    drenagem de cerca de 932km2 no local de implantao da barragem (documento no

    publicado pela empresa). Observamos na figura 17 a montagem da PCH- Piranhas e na figura

    18 vemos a chegada a usina localizado na cidade de Piranhas.

    De acordo com Sousa (2000), as hidreltricas causam grandes impactos ao meio

    ambiente, desde a sua implantao at a operao da usina, ou seja, a produo de energia.

    Entre os impactos causados o autor discute os impactos fsicos, qumicos e biolgicos. Os

    impactos fsicos so causados devido diminuio das correntezas dos rios alterando assim o

    fluxo de sedimentos e a temperatura das guas. Os impactos qumicos ocorrem devido ao

    represamento de gua, que acaba gerando reaes qumicas afetando assim o ser humano. Os

    impactos biolgicos so gerados devido ao barramento da gua, ou seja, com a construo de

    barreiras que acabam causando o isolamento de algumas espcies aquticas.

    Figura 16. Local da PCH Piranhas.

    Fonte: Google Earth, 2003.

  • 36

    Figura 17. Montagem de foto rea junto parte internas da PCH - Piranhas

    Fonte: Oliveira, 2011.

    Figura 18. PCH- Piranhas.

    Fonte: Oliveira, 2013.

  • 37

    A respeito de processos de recuperao das margens do Rio Piranhas, havia um

    projeto de educao ambiental e reflorestamento do rio, o Verde Renascer, da Associao

    Escola e Meio Ambiente de Piranhas. Uma das idealizadoras do projeto, Maria Glria dos

    Santos, ainda realiza semanalmente um programa na rdio da cidade, a Satlite FM, que

    divulga a conscientizao da preservao do meio ambiente. A partir da iniciativa do

    programa na rdio a associao decidiu desenvolver um projeto de educao ambiental e

    reflorestamento das matas ciliares do rio. O objetivo do projeto era que cada criana da escola

    particular Escola Maria Esmria, cuja proprietria a Maria Glria dos Santos, plantasse uma

    muda na margem do rio e que seus pais seriam responsveis pelo cuidado com a muda at esta

    virar uma rvore.

    Porm, o projeto no teve o resultado esperado, pois foi boicotado. Um grupo de

    vndalos ateava fogo nas margens onde as mudas eram plantadas. Assim o projeto foi

    desativado segundo informaes obtidas pelo senhor (D. M.). A figura 19, nos mostra o que

    restou do projeto Verde Renascer, algumas mudas que restaram plantadas no local. Segundo

    entrevista com o atual secretrio de turismo (A. B.) e meio ambiente em sua gesto ele

    pretende dar apoio para a reativao do projeto Verde Renascer.

    Figura 19. Projeto Verde Renascer.

    Autora: Leite, 2013.

  • 38

    Em seguida ser mostrada a concluso que se chegou com a realizao desta pesquisa,

    a fim de mostrar a importncia do Rio Piranhas para a comunidade piranhese, e que este

    recurso hdrico que deve ser preservado e conservado.

  • 39

    CONCLUSO

    notrio que o nosso planeta vem sofrendo alteraes decorrentes de atividades

    antrpicas sendo estas prejudiciais para as presentes e futuras geraes, a degradao

    ambiental um problema antigo que vem acompanhando a histria da civilizao. A partir do

    momento em que o homem procurou fixar-se no espao, ele comeou a mold-lo para suprir

    as suas necessidades, transformando o meio natural em um meio modificado, transformando a

    paisagem existente em uma paisagem modificada onde pode ser observada agricultura,

    pecuria e usinas hidreltricas.

    Com base nas observaes possvel perceber que o Rio Piranhas tem sofrido

    srios problemas com os impactos ambientais onde podemos perceber que falta fiscalizao

    adequada do poder pblico e at mesmo do Ministrio Pblico, que faz com que os problemas

    fiquem cada vez maiores, como o caso da praia artificial do Vau, um local de sofreu e ainda

    sofre com a degradao ambiental, pois foi um empreendimento que no deu certo e que

    gerou srios problemas para populao.

    Importante ressaltar que se torna necessria atuao de polticas pblicas voltada

    para recuperao das margens dos rios visto que as matas ciliares so de grande importncia

    para os rios em geral, e com o Rio Piranhas a situao no diferente, pois em alguns pontos

    percebe-se que a cobertura natural foi retirada. Outra proposta nesse sentido seria projetos de

    recuperao das margens dos rios e como j foi exposto neste estudo h vrias tcnicas de

    recuperar uma rea que foi degradada, no caso do Rio Piranhas tem o projeto Verde Renascer,

    um projeto no sentido de recuperar as margens do Rio Piranhas no permetro urbano, mas ele

    est desativado, cabe populao junto ao poder pblico contribuir com este projeto para que

    ele seja ativado e recupere as margens do rio que foi degradado.

    Outro fator interessante que no podemos deixar de falar que a conscientizao

    da sociedade em geral, essa conscientizao pode ser feita nas escolas, atravs da educao

    ambiental, uma forma de conscientizar os alunos e at a prpria sociedade da importncia de

    preservar o meio ambiente e em especial o Rio Piranhas, por ser um recurso hdrico muito

    valioso para a vida no planeta e para os cidados piranheses. Na Rdio Satlite FM de

    Piranhas aos sbados a Prof. Maria Glria passa informaes sobre o meio ambiente, na

    tentativa de conscientizar as pessoas a cuidar e respeitar o que temos de mais valioso, que o

    Rio Piranhas.

  • 40

    Por fim, acreditamos que a sociedade deva ter conscincia dos seus atos, no

    degradando o meio ambiente, e sim preservando os recursos hdricos.

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