brochura tipográfica

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Page 1: Brochura Tipográfica
Page 2: Brochura Tipográfica

BrochuraTipográfica

EditorialAo longo dos tempos, muitas formas Ao longo dos tempos, muitas formas de organização da escrita foram de organização da escrita foram surgindo, mas a tipografi a tal como surgindo, mas a tipografi a tal como a entendemos hoje aparece muito a entendemos hoje aparece muito

tempo depois.tempo depois.

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O que éTipografia?

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CronologiaOrigem & Evolução

OS PRIMEIROS ALFABETOSOS PRIMEIROS ALFABETOS

-3500: Placas de argila - os Sumérios uti-lizam o alfabeto cuneiforme impresso em placas de argila cozidas ou secas ao sol.

-2400: Papiro - Data provável do mais antigo rolo de papiro escrito que che-gou até nós.

-800: Escrita fenícia - Os Fenícios criam a sua própria escrita.

-150: O primeiro papel é fabricado na China a partir de fi bras maceradas de cânhamo em suspensão na água.

PRIMEIROS ARRANQUESPRIMEIROS ARRANQUES

1398: Nascimento de Gutenberg - Ano provável do nascimento, em Mainz, na Alemanha, de Joahann Gutenberg.

1421/22: Nascimento de William Cax-ton - considerado o introdutor da tipo-grafi a na Inglaterra.

1442: Primeiros impressos de Guten-berg - Data provável para o primeiro exemplar impresso por Gutenberg: um documento com 11 linhas.

GÓTICOGÓTICO

1456: Bíblia de quarenta-e-duas-linhas - Gutenberg termina a impressão da bí-blia de quarenta-e-duas-linhas, utilizan-do o tipo chamado de Gótica de Guten-berg - Blackletter.

HUMANISTICOHUMANISTICO

1470: Jenson de Nicholas Jenson - Uti-liza as técnicas desenvolvidas por Gu-tenberg adaptando-se à escrita manual humanística de Italia do séc. XV. Estilo Humanístico, parte da coluna Trajana para as maiúsculas e da escrita carolin-gia para as minúsculas.

INOVAÇÕESINOVAÇÕES

1473: Música impressa - Primeira im-pressão de música com caracteres móveis.

1486: Catálogo de caracteres - Primeiro catálogo de caracteres publicado em Au-gsburgo pela tipografi a de Erhard Ratdolt.

1489: Primeiro livro impresso em por-tuguês - É publicado o “Tratado da Con-fi sson”, talvez o primeiro livro impresso em Portugal, em português.

ANTIGOANTIGO

1495: Bembo (reedição do tipo de Gri-ffo em 1929) de Aldo Manuncio - Publi-ca o De Aetna - de tipo Antigo (também chamado Garalde ou Old Face).

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CURSIVACURSIVA

1499: Nasce a cursiva para poder com-primir mais texto numa serie de edi-ções de bolso.

1499/1500: Garamond - Nasce Clau-de Garamond impressor e fundidor de tipos francês.

1500: Itálico - São utilizados os carac-teres itálicos.

EVOLUÇÕESEVOLUÇÕES

1537: Depósito legal - Francisco I da França ordena que todas as tipografi as deveriam depositar um exemplar de todos os livros que imprimissem na bi-blioteca nacional.

1546: Papa aprova livros sobre religião - O Papa ordena que todos os livros so-bre religião sejam aprovados pela Igreja.

1567: Plantin - Primeira descrição de uma impressão tipográfi ca, publicada em Antuérpia por Plantin.

1572: 1ª edição de Os Lusíadas - Antó-nio Gonçalves imprime em Lisboa 1ª edi-ção de os Lusíadas de Luís de Camões.

1641: Gazeta - Em Novembro surge em Lisboa a Gazeta, impressa na ofi cina gráfi ca de Lourenço de Anvers, consi-derado o primeiro periódico português.

1661: Bíblia - É impressa a Primeira bí-blia editada na América pelo impressor Samuel Green.

1689: Didot - Nasce François Didot o primeiro membro desta importante fa-mília de tipógrafos.

1692/1693: Caslon - Nasce W. Caslon fundidor de tipos inglês.

TRANSIÇÃOTRANSIÇÃO

1692: Roman du Roi de Philippe Grandjean - Traços terminais planos e enquadrados, menor ancura, maior contraste entre traços que as anteriores, uma modulação vertical. De tipo Transi-ção - entre Antigo e Moderno. Primeiro tipo criado de forma matemática sobre uma quadrícula para obter um corte mais refi nado e preciso.

1709: Copyright - Em Inglaterra é pu-blicado o Copyright Act.

1715: Gazeta de Lisboa - Em 10 de Agosto surge a Gazeta de Lisboa, um novo periódico que vem preencher o lugar da Gazeta e do Mercúrio, que ti-nham deixado de publicar-se há muito tempo.

“PONTO DIDOT”“PONTO DIDOT”

1730: François-Ambroise Didot - Nas-ce François-Ambroise Didot que criou o ponto tipográfi co conhecido por ponto Didot.

1732: Jean Villeneuve - O francês Jean Villeneuve, fundidor e gravador puncio-nista começa a fundir tipos em Portugal, que até aí tinham que ser importados.

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1740: Bodoni - Nasce em Saluzzo, na Itália, a 26 de Fevereiro. Giambattista Bodoni, considerado o maior tipógrafo do Século XVIII.

1746: Fermin Didot - Nasce François Didot tipógrafo que em 1817 imprimiu em Paris uma edição monumental de Os Lusíadas.

1757: Baskerville de John Baskerville - tipos aredondados, de tom claro, con-traste entre grossos e modulação quase vertical - Transição.

1768: Impressão Régia - Por iniciativa do Marquês de Pombal é criada em Lis-boa a Régia Ofi cina Tipográfi ca.

MODERNOMODERNO

1784: Firmin Didot. Basiado em Four-nier de 1750 e na Baskerville. A inven-ção da ferramenta de gravura permitiu que o tamanho das delicadas formas das letras e o papel mais liso podessem ser reproduzidas adequadamente - Es-tabeleceu todas as características dos tipos Modernos.

1787: Bodoni de Giambattista Bodoni - contraste muito abrupto entre os traços grossos e os fi nos com uma forte modu-lação vertical com traços terminais muito delgados e enquadrados - Moderno. O critério de Bodoni era criar por si mes-mos imagens belas e impressionantes, mesmo que isso signifi casse pior legi-bilidade. A forte modulação vertical con-trasta com a leitura horizontal.

1798: Depósito Legal em Portugal - A coroa portuguesa determina a obriga-ção da Régia Ofi cina Tipográfi ca enviar um exemplar de todas as suas edições para a Real Biblioteca Pública.

NEGRITANEGRITA

1800: A primera Letra Grossa (Fat face) desenhada por Robert Thorne. Tipos que engrosavam os traços dos tipos modernos para aumentar a sua força. Às suas variantes foram adicionados contorno, tridimensionalidade e itálico.

1810: Caracteres negrita - Bower, Ba-con e Bower de Sheffi eld, apresentam os primeiros caracteres negrita para publicidade.

1816: As letras de Palo Seco (Sans Serif, Gótico, Grotesque) - não têm traços ter-minais (não serifadas) e são monolineares.

EGIPCIOEGIPCIO

1817: O estilo Egipcio aparece pela primera vez num catálogo de Vicent Figgins. O nome escolhido vem prova-velmente por terem sido feitos estudos arqueológicos na época - letras com pouco ou nenhum contraste na espes-sura dos seus traços - terminais enqua-drados com a mesma espessura que as pontas. Eram tipos de rotulação di-senhados específi camente para publi-cidade e similares. Em principio só se faziam em caixa alta - a mais conhecida é a Clarendon de 1845, que criou todo um subgrupo dentro das egipcias.

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1829: Braille - Invenção da impressão da escrita braille para leitura por cegos por Louis Braille.

1873: Máquina de escrever Remington - É criada a máquina de escrever Re-mington n.º1.

1882: Eric Gill - Nasce o criador de ti-pos Eric Gill que criou o tipo Gill Sans, o Felicity e o Joanna.

RESGATE E REDESENHORESGATE E REDESENHO

1891: William Morris funda a Kelmscott Press en Londres - a industria tipográfi -ca, durante o séc.XIX, estava centrada na produção de tipos para a rotulação e a qualidade da impresão era bastante bai-xa. O mais usual era utilizar tipos Moder-nos que dadas as suas carácteristicas e junto a uma defi ciente composição difi -cultavam a sua leitura. Kelmscott Press Morris promoveu o retorno a uma im-presão de qualidade, resgatando e rede-senhando os tipos Humanísticos do séc.XV do inicio da imprensão. Um fenóme-no que se extende e provoca um resurgi-mento do interesse pelos tipos Antigos. Nos inicios do séc.XX reeditaram-se e criaram-se multiplos tipos romanos ba-siados nos tipos dos séc.XV e XVI.

1891: É criada a American Type Foun-ders Company.

O SÉCULO XXO SÉCULO XX

1901: Rudolf Hell - Nasce na Alema-nha na cidade de Eggermuehl, Rudolf Hell que foi o inventor de um sistema de transmissão electrónica de caracteres es-critos com o nome de Hell Recorder no qual estão baseadas as máquinas de fax.

1918: Hermann Zapf - Nasce em Nu-remberga Hermann Zapf um criador de tipos de renome. Criou os tipos Palatino, Melhor e Optima.

1928: Tipo Futura - Paul Renner cria o tipo de letra conhecido por Futura.

1932: Times New Roman - Stanley Mo-rison cria o tipo Times New Roman para o jornal The Times.

1946: Invenção do primeiro computa-dor electrónico, nos Estados Unidos, por Eckert e Mauchly.

1955: Copyright - Sobre o patrocínio da UNESCO é publicada a Convenção Internacional do Copyright que implan-ta um sistema de protecção internacio-nal dos direitos de autor.

1960: Letraset - Descoberta das letras decalcáveis letrasset.

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1984: Generaliza-se o uso do Compu-tador Pessoal (Personal Computer-PC).

1988/89: Telemóveis - Os telemóveis surgem no fi nal da década de 1980, em-bora de preço não acessível, grandes e pesados.

1991: Blocos de notas electrónicos - Criação dos blocos de notas electróni-cos, com caneta óptica, que serão co-mercializados a partir de 1993.

2000: World Wide Web (www) - Em Dezembro deste ano o número de sites da rede www atinge 25 milhões.

SÉCULO XXISÉCULO XXI

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Tipografi a do grego typos (forma) e graphein (escrita) é a composição de um texto,

tanto de forma física ou digital. Tipografi a não é apenas

o desenho da forma das letras, mas também a sua or-

ganização no espaço. Não é somente desenvolver uma

fonte, mas também fazer o bom uso dela, uma palavra

bem ajustada é o ponto inicial de toda tipografi a.

“Por muito tempo o trabalho com a tipografi a, como actividade projetual e industrial gráfi ca, era limitado aos tipógrafos (técnicos ou designers especializados), mas com o advento da computação gráfi ca a tipografi a fi cou dis-

ponível para designers gráfi cos em geral e leigos.” Mas essa democratização tem um preço, pois a falta de conhecimento

e formação adequada criou uma proliferação de textos mal diagrama-

dos e fontes tipográfi cas mal desenhadas. Talvez os melhores exem-

plos desse fenômeno possam ser encontrados na internet.

Para o designer que se especializa nessa área, a tipografi a costuma revelar-se um dos aspectos mais complexos e

sofi sticados do design gráfi co.

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No uso da tipografia o interesse visual é realizado através

da escolha adequada de fontes tipográficas, composição (ou

layout) de texto, a sensibilidade para o tom do texto e a relação

entre texto e os elementos gráficos na página. Todos esses fato-

res são combinados para que o layout final tenha uma “atmosfe-

ra” ou “ressonância” apropriada ao conteúdo abordado.

VisãoGeral

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O homem primitivo começou a fazer os primeiros ensaios sobre tipografi a, por meio de desenhos feitos com paus e pedras, assim montava palavras ou frases para expressar acontecimentos de seu quotidiano - a escrita feita com desenhos rudimentares chama-se pic-tografi a - do grego “pictus” signifi ca pintado e “grafe” signifi ca des-crição.

Antes da tecnologia impressa, os li-vros eram produzidos por escribas. O processo da escrita de um livro era manual, muito trabalhoso e de-morado. O alemão Johann Guten-berg criou o primeiro processo de impressão, usando tipos móveis em letras de madeira e mais tarde de metal. O primeiro livro produzido em massa foi A Bíblia de Gutenberg em 1454, conhecida como a “Bíblia de quarenta e duas linhas”.

O processo básico de Gutenberg era um perfurador feito do aço, com uma imagem espelhada da letra a qual era pressionada num metal e formava uma forma da letra. Nes-ta “forma” era derramado um me-tal derretido, o que dava origem ao tipo. Depois cada tipo era posto numa matriz para dar forma à pági-na do texto, esta formava uma espé-cie de carimbo, que pressionado no papel resultava na impressão. Dentro de algumas décadas essa tecnologia espalhou-se pela Europa.

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Os tipos móveis já não eram novidade. Em 1041, os chi-neses já conheciam e empregavam tal processo, mais de quatro séculos antes dos europeus. A sua invenção não parou de evoluir, sempre contribuindo para elevar o nível intelec-tual da humanidade, através da disseminação da informação e servindo como base para novas evoluções tanto humanas como tecnológicas.

Na ÉpocadeGutenberg

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ImprensaInvenção & Evolução.

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CronologiaIndústria Gráfica

OS PRIMEIROS CARACTERES.OS PRIMEIROS CARACTERES.

1040-1048: Invenção dos caracteres móveis-inventados na China pelo alqui-mista Pi Sheng.

1221: Aparecem os caracteres móveis de madeira, depois os de cobre e, fi nal-mente os de bronze em 1390.

1390: A primeira fundição de metálicos conhecida - Coreia, por ordem do Rei Ts`ai Tsung.

1438: Gutenberg inventa as matrizes metálicas -impressão com caracteres móveis agrupados.

AS PRIMEIRAS IMPRESÕES.AS PRIMEIRAS IMPRESÕES.

1453: A Bíblia de 42 linhas - primeiro livro impresso em caracteres móveis na Europa.

1457: A utilização da cor na impressão tipográfi ca - Johann Fust e Peter Schoffer, antigos sócios de Gutenberg - edição do famoso Saltério - primeiro livro impres-so datado e assinado / o primeiro livro a fazer uso da cor (vermelho e azul) na impressão das suas letras iniciais orna-mentadas.

1461: O primeiro livro tipográfi co ilus-trado - 101 xilogravuras e os tipos móveis foram combinados pela primeira vez.

1470: Nicolas Jensen cria os caracteres romanos na obra de Cícero Epistolae ad Brutum.

1477: A introdução da gravura em talha. O primeiro livro conhecido de mapas impressos, a Cosmographia de Ptolo-meu - correntemente designado por ta-lha-doce, ou talha-forte. Este processo é ainda hoje utilizado para a produção de notas de banco e de outros documentos valiosos, pois é difícil de copiar e produz resultados facilmente reconhecíveis.

1501: Francesco Griffo cria os caracte-res cursivos, aldinos ou itálicos.

1620: Impressão mais rápida e fácil - por Willem Janszoon Blaeu. Permitiu re-duzir de forma considerável o esforço físico do tipógrafo e aumentar substan-cialmente a produção horária para 150 exemplares, número que permaneceu inatingível durante quase dois séculos.

1642: Ludwig Von Siegen, inventou o processo mezzotinto, mais conhecido por processo de gravura à maneira ne-gra. Foi o primeiro processo de gravura que permitiu a impressão de tons gradu-ados - a sua aplicação generalizou-se à reprodução de obras de arte.

1719: Introdução da «cor total» na im-pressão - patenteado por Jakob Christof

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Le Blon - inspirou-se na descoberta de Isaac Newton, usando inicialmente cha-pas com as sete cores resultantes da decomposição do espectro solar. Mais tarde, limitou o número de chapas às três cores fundamentais: o vermelho o ama-relo e o azul, e por vezes, outra para o preto.

1727: William Ged - inventou a técnica da estereotipia, possibilitando a múltipla reprodução de uma página de tipos mó-veis através da execução prévia de um molde.

1829: Utilizou-se pela primeira vez a pasta de papel, que permitiu a execução dos clichés para as rotativas cilíndricas que se desenvolveram a partir de 1861. 1845: Lottin de Laval - a lotinoplastia, processo de estereotipia com matriz de papelão.

UNIFORMIZAÇÃO DA ALTURA E CORPO UNIFORMIZAÇÃO DA ALTURA E CORPO DOS TIPOS PRODUZIDOSDOS TIPOS PRODUZIDOS.

1775: François Ambroise Didot - base a linha de pé-de-rei. O ponto Didot equi-vale a 0,376 mm e utiliza-se em quase todos os países, exceptuando os de ex-pressão inglesa.

1796: Alois Senefelder - inventou a lito-grafi a.

1800: A prensa metálica de Stanhope (cerca de 250 folhas/por hora ) a qualida-de de reprodução foi enriquecida pela uniformidade da pressão na tiragem.

1810: A impressora a vapor Friedrich Konig.

1812: A impressora Konig aperfeiçoada pelo cilindro Konig. O primeiro modelo comercializado foi adquirido pelo editor do jornal The Times (1100 exemplares por hora) .

1816: Konig criou uma máquina que imprimia de ambos os lados do papel na mesma operação.

1846: A primeira impressora rotativa que teve êxito - patenteada por Richard Hoe. Esta técnica é ainda hoje aplicada nos jornais que utilizam os processos ti-pográfi cos na sua execução.

1853: Fotolitografi a - permite a trans-ferência da imagem para a pedra ou o zinco com o auxilio da fotografi a.

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1880: Apareciam os livros de bolso e permitiram o acesso a muitas obras de Literatura e da Ciência.

1967: Composição controlada por computador A fotocompositora Digi-set, permitiu um avanço signifi cativo no campo de controle da composição por meio de computador. A Digiset podia ser comandada directamente por com-putador e indirectamente através de fi ta perfurada, ou fi ta magnética.

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A França revolucionária do sé-culo XVIII trataria Gutenberg como o “primeiro revolucio-nário e benfeitor da humanida-de”, queria mudar o nome da tipografi a para “gutenberguis-mo”, e até mesmo dar o seu

nome a uma constelação...

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A invenção da tipografia é atribuída a

JOHANNES GUTENBERG Alemão, de Mogúncia, que fez as suas primeiras experi-ências em Estrasburgo por volta de 1436. Das primeiras obras impressas por Gutenberg destaca-se a monumental Bíblia de 42 linhas, obra mestra de prototipografia. Nos anos seguintes, a im-prensa surge noutras cidades levada pelos pioneiros da tipogra-fia, os prototipógrafos, na sua maioria discípulos de Gutenberg.

Houve uma pressão para a urgência da invenção de Gutenberg: • A autoridade central necessita de um instrumento de rápi-da difusão de mensagens e diretivas; • A burguesia precisa de uma difusão larga de conhecimen-tos e de uma troca de informações sobre os assuntos do comercio; • Ao renascimento humanístico da cultura fazem falta uni-versidades, debates, livros etc. Gutenberg, foi o homem que colocou à disposição da so-ciedade o sistema de reprodução mecânica da escrita no preciso momento em que a sociedade mais necessitava dessa invenção. No entanto, existiram algumas vozes contraditórias e Mar-shal McLuhan foi uma delas. Para ele a inovação dos tipos moveis de Gutenberg, forçou o ser humano a compreender de forma line-ar, uniforme, concatenada e continua. A mobilidade do livro “foi como uma bomba de hidrogê-nio” cuja conseqüência foi o surgimento de um “entorno inteira-mente novo”.

(~1400-1468)

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A maior inovação de Gutenberg residiu na criação de moldes manuais para a fundição de letras soltas de chumbo. Na invenção de Gutenberg, praticamente inalterada até ao sé-culo XIX, era gravado um punção em metal duro para cada letra. Desse punção obtinha-se uma matriz de latão que se adaptava a uma estrutura ajustável que controlava a largura e a altura do tipo. A prensa, outra das inovações de Gutenberg, era uma adaptação da

vulgar prensa de parafuso para o azeite e vinho. As páginas eram colocadas

no leito da prensa e apertadas, formando a forma impressora.

A partir da revolução tecnológica operada por Gutenberg, a escrita passou a ficar duradouramente fixa-da em letras de chumbo; as formas das letras já não evoluíram exclusivamente pela invenção, destreza e fluidez da mão do calí-grafo, já não sofreram as mutações próprias do gesto humano de escrever.A materialização das letras em metal limitou drasticamente os caprichos da estética da letra manuscrita, mas também anulou as variações (e os erros) dos copistas. Em vez de manuscritos e de cali-grafia, passamos a ter uma tipografia.

A partir deste ponto, serão os mestres tipógrafos que orientam a evolução das letras. Com o advénio da fundição de tipos, passamos a falar de letras fundidas, de

founts, de «fontes».

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Bulas e panfletos, propa-ganda religiosa foram os pri-meiros meios de comunicação de mas as que saíram dos pre-los de Gutenberg e sócios em Mainz. Mas em breve aparece-ria a primeira obra-mestra ti-pográfica, o primeiro livro im-

presso na Europa.

Para fabricar mecanicamente livros, Johannes Gutenberg (que ti-

nha aprendido o ofício de ourives) combinou várias das suas inven-

ções revolucionárias. A combinação conduziu ao resultado final: o

processo tipográfico, utilizando tipos móveis, fundidos em metal.

Estas matrizes eram integradas no fundidor manual – outra impor-

tante invenção de Gutenberg. A cavidade do fundidor era preenchi-

da com uma liga, a 300°C. Esta liga de metais - chumbo e antimónio

- tinha que esfriar célere, para possibilitar uma produção rápida.

Os tipos eram guardados em caixas tipográficas bem ordenadas.

Quando era o momento de fazer um livro, o artesão compositor re-

tirava-os da caixa, para juntá-los no componedor, formando as pala-

vras de uma linha de texto.

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Imprimir UMA FOLHA

A tinta de impressão para papel e pergaminho também foram in-

ventadas por Gutenberg. Uma tinta com alta viscosidade, que não

permeasse o papel, pois o verso da folha também era impresso.

Para produzir a tinta de impressão, Gutenberg misturou fuligem, resina e óleo de linhaça. A tinta era aplicada com duas

almofadas, forradas de couro de cão e com crina de cavalo dentro.

A pele de cão não tem poros – o que faz com que a tinta não seja

absorvida pela almofada e permaneça na sua superfície. A forma

tinta - composição de tipos com a tinta aplicada – é colocada no car-

rinho da prensa. O papel ou o pergaminho são inseridos na tampa.

Estes são colocados, então, sobre os caracteres tintos e o carrinho

completo é colocado sob a placa da prensa.

Com ajuda do torniquete da prensa, imprime-se a placa com o papel so-

bre os caracteres. Enquanto um artesão imprime, o outro aplica tinta nos caracte-

res, sempre de forma alternada.

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Gutenberg consumiu grandes somas de dinheiro para realizar a impressão

da Bíblia na sua oficina. Em 1462, foi atingido por outro revés. Vários

cidadãos foram forçados a partir para o exílio após a luta pela suces-

são do arcebispo de Mainz, entre eles Gutenberg e seus ajudantes.

Foi-lhe permitido voltar a Mainz após algum tempo, mas mui-

tos dos seus colaboradores já tinham partido para outras cidades.

Assim, a «arte negra» da impressão do livro acabou por se propagar

rapidamente por toda a Europa.

Gutenberg faleceu em 1468 como um conceituado cidadão

de Mainz.

Cerca de 50 anos após a sua morte, existem tipografias em 270 cidades européias. Até aquela época, já haviam sido impressos mais de 40.000 títulos com mais de 10 milhões de exemplares.

Page 26: Brochura Tipográfica

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Page 27: Brochura Tipográfica

Brochura Tipográfica26

A invenção da tipografia com caracteres móveis foi inicialmente con-

siderada bemvinda pela Igreja Católica, pois com ela podia, por exem-

plo, imprimir cartas de indulgência em grandes quantidades. Com o

pagamento de uma soma em dinheiro, qualquer católico podia livrar-

se de cumprir as suas penitências — e até mesmo do purgatório.

Uma vantagem da tipografia: a reprodução dos textos era mais fiel. No pas-

sar das décadas seguintes, mais e mais pessoas podiam ler a Bíblia, que

se tornara mais barata por meio da sua reprodução tipográfica. Mesmo a

proibição da Igreja Católica de traduzir a Bíblia do latim para o vernáculo,

fazendo com que o povo conhecesse as verdadeiras palavras da Bíblia,

não impediu o seu triunfo. A difusão da Bíblia – até hoje o livro mais impresso no mundo – e a difusão da pala-vra escrita seriam inimagináveis sem a tipografia.

Page 28: Brochura Tipográfica

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A base do desenvolvimento da língua, cultura e ciência na Europa, e

em consequência a riqueza económica dos séculos seguintes, fora es-

tabelecida com a invenção da tipografia. Com a invenção de Guten-

berg, o Humanismo ganhava terreno de forma imparável.

Page 29: Brochura Tipográfica

Brochura Tipográfica28 Marta Naia # Ar.Co 2012

As diferenças na ilustração marcam dois estilos: cópias luxuosas e

outras mais sóbrias. Mas em todas se observa o perfeito alinhamen-

to das duas colunas de texto, conseguido através da substituição de

glifos «comuns» por outros alternativos, mais largos ou mais estreitos.

Ligaduras, contracções e abreviaturas foram profusamente usadas para justificar

impecavelmente o texto. Ao todo, os sócios Gutenberg e Fust usaram 290 glifos

diferentes nesta impressão de espantosa qualidade técnica.

No complicado processo de impressão, que implicava uma produção

quase contínua, o controlo de qualidade estava integrado: assim que

uma primeira folha de prova era tirada, esta era imediatamente controlada pelo

revisor.

Apesar disso, existem erros visíveis no impresso.

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Marta Naia # Ar.Co 2012 29

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Brochura Tipográfica30

No texto a caligrafi a e a pintura unem-se para pro-duzir as iluminuras. No entanto, a divulgação do livro era pequena, visto o trabalho do copista ser moroso, o que tornava o livro dispendioso. Além disso, era impossível evitar os erros, resultantes das falhas dos copistas. Raras e geralmente pequenas, difi cilmen-te contendo mais do que 500 volumes, muitas vezes acorrentados às estantes para não serem roubados.

A invenção da tipografi a, cerca de 1438, caracte-rizou-se pela introdução de alguns factos que lhe justifi -cam o carácter inovador: a adopção das matrizes metá-licas que permitiram a fácil multiplicação dos caracteres tipográfi cos e do molde de fundição dos mesmos; a uti-lização da prensa, embora esta constituísse uma adapta-ção da então usada para o azeite e o vinho.

Page 32: Brochura Tipográfica

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O impulso das línguas cor-rentes, a ansiedade dos tipó-grafos em alargar o mais possí-vel o mercado deu um grande impulso ao desenvolvimento

das línguas vernáculas. Pela primeira vez, estas línguas eram permanentemente pas-sadas ao papel, já que os ma-nuscritos raramente estavam

escritos em vernáculo.

Page 33: Brochura Tipográfica

Brochura Tipográfica32

Page 34: Brochura Tipográfica

Marta Naia # Ar.Co 2012 33

“A tipografi a era, porém, consi-derada pelos chefes da Igreja e dos Estados europeus como uma ameaça potencial à sua

autoridade.”

Os tipógrafos produziam obras de ataque ao poder es-

tabelecido e publicavam-nas para um número ilimitado de

pessoas. Foi assim que os partidários da Reforma protestante

começaram espalhar as suas ideias por intermédio de Lutero

na Alemanha e de Calvino na Suíça . Muitos tipógrafos tive-

ram de enfrentar riscos consideráveis.

Page 35: Brochura Tipográfica

34Brochura Tipográfica

Na última década continuou a observar-se Na última década continuou a observar-se uma enorme evolução na tecnologia.uma enorme evolução na tecnologia.

O incremento da Imprensa de Massas foi favorecido

pelas mudanças sociais, económicas e técnicas que se fi ze-

ram sentir aquando da Revolução Industrial.

“Nesta altura, para os trabalhadores a Nesta altura, para os trabalhadores a necessidade de algo que Ihes preenches-necessidade de algo que Ihes preenches-se o vazio e proporcionasse distracção, se o vazio e proporcionasse distracção, entretenimento e orientação moral come-entretenimento e orientação moral come-

çava a ser sentida.çava a ser sentida.”

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Depressa se formam círculos de leitores onde o número de ele-

mentos se multiplicava a todo o instante. Esta é uma altura também

caracterizada pelo alargamento da formação escolar o que per-

mitiu um maior número de pessoas capacitadas para a leitura. A

burguesia, em plena ascensão, conquistou um espaço público e

passou a estar presente nas decisões políticas.

Durante séculos em alguns países europeus, os livros pode-

riam somente ser impressos por impressoras autorizadas

pelo governo, e nada poderia ser impresso sem a aprovação

da igreja.

Os copistas bem como os calígrafos e os miniaturistas se

opuseram seriamente ao processo de reprodução de livros

que surgia. Porém mais tarde perceberam que teriam que

continuar contribuindo com o seu trabalho ainda que de ou-

tra maneira, desenhando as letras iniciais, criando novos tipos

e até ilustrando os livros para os impressores.

A imprensa criada por Johann Gutemberg não foi uma inven-

ção pacífi ca. Muitos temiam que um livro que não era saído

da tinta de um monge copista seria uma força perturbadora,

capaz de abalar a fé e comprometer as autoridades.

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No início do século XIX a re-volução industrial trouxe ino-vações importantes na tec-nologia impressa. As prensas giratórias a vapor substituíram a operação manual, fazendo o mesmo trabalho em 16% do tempo. Neste mesmo sécu-lo foi inventada a máquina de linotipo, que permitiu a com-posição mecânica dos carac-teres.

Nos primórdios desenvolver

uma família tipográfi ca era um

processo que exigia um detalha-

mento meticuloso para garantir

a qualidade e legibilidade, pos

seu sucesso está nos detalhes e

na perfeição. No século XXI que

se inicia, a tecnologia facilita a

criação de fontes, com ótima es-

tética e fácil compreensão. Dessa

forma existem inúmeros tipos de

fontes, e muitas ainda estão sen-

do criadas e aperfeiçoadas para

os diferentes tipos de projeto

gráfi co.

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Blackletter

Jenson

Bembo

Garamond

Casion Rockwell

Clarendon

Bodoni

Baskerville

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EvoluçãoTipográfica

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Cronologiade Tipos

BLACKLETTER BLACKLETTER

Por Johannes Gutenberg.Estabelecida por volta de 1500.

Tipo que se tornou mais popular: FRAKTUR

OLD STYLEOLD STYLE

Conhecidas por letras Barbáras - Góti-cas.Forte infl uência dos modelos manuscri-tos - dos escribas.

Tipo que se tornou mais popular: Garamond

TRANSIÇÃOTRANSIÇÃO

Humanistas/RenascimentoA Arte da Razão.Romain du Roi - Louis Simonncau

Tipo que se tornou mais popular: Baskerville

MODERNAMODERNA

Romantismo - “a emoção à fl or da pele”.Causar impactos - contrastes.

Tipo que se tornou mais popular: Didoni / Bodoni

SLAB SERIFSLAB SERIF

Industrialização - Revolução Industrial.Exploração da propagada.Consumo e comunicação de massas.Tipos de maquina de escrever.

Tipo que se tornou mais popular: Claredon

SANS SERIFSANS SERIF

Conhecidas por letras grotescas.As famílias tipográfi cas sem serifas são conhecidas como sans-serif (do francês “sem serifa”).

Tipo que se tornou mais popular: Caslon

GEOMÉTRICASGEOMÉTRICAS

Modernismo - oposição aos tipos an-teriormente desenvolvidos, às fontes “monstruosas”.“Less is more” - em busca da pureza das formas - mais básicas e geométricas.

Tipo que se tornou mais popular: Akzidenz Grotesk

SÉC.XXISÉC.XXI

Tecnológia ao alcance de todos a qual-quer hora e em qualquer lugar - “deva-neio tipográfi co”.

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Blackletter

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Infl uênciasEstilisticasÉ um estilo tipográfi co que surgiu atra-vés da adaptação da caligrafi a presen-te nas primeiras iluminuras e liturgias. Conhecido por ser o estilo  tipográfi -co que inaugurou a impressão por tipos móveis, uma vez que a  Bíblia  de Gu-temberg, o primeiro livro a ser impres-so,   foi impressa com uma tipografi a deste género. Este estilo surgiu como solução para dois problemas, economi-zar espaço no papel e obter um texto com carácter sufi ciente para se desta-car perante as trabalhadas ilustrações da época.

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Tipos Conhecidos

CaracteristicasEm destaque

Os tipos desenvolvidos por Johannes Gutenberg.

Fraktur

Apesar de inicialmente terem sido criadas para texto, actualmente são mais utilizadas para cabeçalhos, uma vez que estas po-dem dar bastante destaque e criar uma carácter dramático.

As Blackletters, também designadas Old English ou Góticas, são facilmente reco-nhecidas através das seguintes caracterís-ticas:

•Caixa-alta extremamente decorada.•Caixa-baixa com letras condensadas, for-mas angulares e alto contraste.•Criam uma mancha preta bastante densa.

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Momentos

Marcantes

Pequenas Curiosidades

Inicio do frequente uso dos tipos moveis desenvolvidos por Johannes Gutenberg.

Tipo de letra que se tornou uma das fontes mais fa-

mosas em meados do séc.XVI. Tão popular que o uso

de qualquer Blackletter era chamado de Fraktur na

Alemanha.

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Old Style

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Infl uênciasEstilisticasTambém chamadas Garalde em fran-cês (por Garamond), aparecem nos fi -nais do século XVI na França, a partir das gravuras de Griffo para Aldo Ma-nuzio.

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Tipos Conhecidos

CaracteristicasEm destaque

GaramondCaslon

Times New Roman Palatino

Caracterizam-se pela desigualdade de espessura na haste dentro de uma mesma letra, pela modulação da mesma e pela forma triangular e côncava do remate, com discretas pontas quadradas. O contraste é subtil, a sua modulação pronunciada, pró-xima à caligrafi a, e o seu traço apresenta um mediano contraste entre fi nos e gros-sos.

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Momentos

Marcantes

Pequenas Curiosidades

Primeiras obras musicais escritas.

A palavra Garamond re-fere-se aos tipos originais

baseados na escrita de Claude Garamond para sua tipografi a em, aproximada-

mente, 1530. Atualmente, várias famílias tipográfi cas

são derivadas (ainda que distantes) dos tipos originais de chumbo de Garamond e estão disponíveis para com-

putadores digitais.

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Transição

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Infl uênciasEstilisticasA tipografi a neoclássica teve como pre-cursor as letras encomendadas pelo rei Luís XIV.Primeira letra que foi pensada dentro de uma grade - mais geometrizada.Manifestam-se no século XVIII e faz a transição entre os tipos romanos anti-gos e os modernos, apresentando uma grande variação entre traços. Esta evo-lução verifi cou-se, principalmente, em fi nais do século XVII e até meados do XVIII, por obra de Grandjean, Fournier e Baskerville.

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Tipos Conhecidos

CaracteristicasEm destaque

BaskervilleJenson

Eixo racionalista [vertical] e possuem seri-fas mais afi adas do que as letras humanis-tas. Os detalhes de serifa, como ter serifa para os dois lados nas letras minúsculas ‘b’, ‘d’, ‘h’ e ‘k’, hoje pode ser estranho aos olhos pela proporção e estrutura. A vei-culação ostensiva destes desenhos de letras durante séculos consolidou a for-ma destes tipos como mais confortáveis para leitura e de melhor legibilidade.

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Momentos

Marcantes

Pequenas Curiosidades

John Baskerville, desenhou com a inspiração na Old Tipe, uma fonte mais limpa e geométrica. Baskerville é considerado o primeiro “designer” de tipos, levando o processo desde o desenho no papel até a fundição.

ROMAIN DU ROI ALFABETO DO REI

Fim do séc.XVII - Luis XIV encomenda um tipo que

deve ser feito baseado numa série de tramas e

cientifi camente calculadas.

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Moderna

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Infl uênciasEstilisticasO romantismo é todo um período cul-tural, artístico e literário que se inicia no fi nal do século XVIII e vai até o fi m do século XIX - opõe-se ao racionalismo e ao rigor do neoclassicismo. Valori-zação das emoções, liberdade de cri-ação, amor platônico, temas religiosos, individualismo, nacionalismo e história, eram as palavras-chave.Aparecem a meados do século XVIII, criadas por Didot, refl etindo as melho-ras da imprensa.

vv

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Tipos Conhecidos

CaracteristicasEm destaque

DidotBodoni

A característica principal é o acentuado e abrupto contraste de traços e remates rectos, o que origina fontes elegantes e ao mesmo tempo frias. Os caracteres são rí-gidos e harmoniosos, com remates fi nos e rectos, sempre da mesma grossura, serifas fi nas e retas - refl ectindo aquilo que era o Romantismo - proporcionar contrastes im-pactantes.

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Momentos

Marcantes

Pequenas Curiosidades

As primeiras evidências do romantismo na música aparecem com Beethoven. Outros compositores como Chopin e Brahms levaram ainda mais adiante o ideal romântico de Beethoven, deixando o rigor formal do Classicismo para escreverem músicas mais de acordo com as suas emoções.

Didot (Fundição Didot) usou a primeira vez esse tipo de letra na impressão da obra Gerusalemme Liberata de

Tasso, entre 1783 e 1784.Actualmente este é um tipo

bastante familiar, sendo pois a imagem de excelência da

revista VOGUE.

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Slab Serif

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vvvvvvvvvvvv

Infl uênciasEstilisticasFoi introduzido comercialmente por Vincent Figgins.Após a Revolução Industrial surgiram estes tipos mais pesados e indicados para visualização à distância, uma ne-cessidade imposta pela publicidade na época.

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Tipos Conhecidos

CaracteristicasEm destaque

ClarendonAmerican Typewriter

Por causa de sua aparência forte, estes ti-pos são mais comumente usados em gran-des manchetes e propagandas.Possuem traços pouco ou não-modulados, eixo vertical, serifas abruptas com peso igual aos traços principais

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Momentos

Marcantes

Pequenas Curiosidades

Como o material impresso começou a ram-ifi car-se da esfera familiar de livros, eram necessários novos tipos de letra para uso em publicidade, cartazes e panfl etos. Assim, uma grande quantidade de tipos pesados e decora-tivos, para uso em anúncios, foi introduzida no século XIX.

A Revolução Industrial mu-dou o curso da tipografi a, mecanizando o processo

da impressão. Foi o alemão König que inventou em 1811

a prensa mecânica e introdu-ziu a energia a vapor e o mo-vimento rotativo no engenho de impressão - isto permitiu

a invenção da máquina de fazer papel. Outra invenção marcante foi a composição

tipográfi ca com a Linotype e a Monotype

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Sans Serif

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Infl uênciasEstilisticasCom a chegada da Revolução Indus-trial assiste-se a um aumento de pro-dução com a mecanização dos muitos processos de impressões e uma dimi-nuição constante da qualidade. O tipo de letra usado na maioria dos meios de comunicação: jornais, cartazes, ca-tálogos e daí surge a necessidade de novos tipos de procura pelos clientes. Começam-se a fazer tipos maiores e com maior impacto.

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Tipos Conhecidos

CaracteristicasEm destaqueCaracterizam-se por reduzir os caracteres ao seu esquema essencial. As maiúsculas voltam às formas fenícias e gregas e as minúsculas estão conformadas à base de linhas rectas e círculos unidos, refl ectem a época em que nascem - a industrialização e o funcionalismo. Traço não modulado, eixo vertical, serifas ausentes, peso igual ao traço principal. Akzidenz Grotesk

Franklin HelvéticaGill Sans

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Momentos

Marcantes

Pequenas Curiosidades

Primeiras fontes sem serifas do inglês Vincent Figgins de 1832. Antes (1816) William Caslon imprime a primeira fonte sem serifa.

Akzidenz Grotesk - A mãe de todas as sem serifas

do século XX. Ela foi a preferida pelos designers

suíços, por ser de uma pa-leta limitada. Foi usada na

Bauhaus e é precursora da Helvetica projetada por Max

Miedinger em 1957, é uma das fontes mais usadas do

mundo. O seu caráter unifor-me e erecto é similar ao das letras serifadas transicionais.

Essas fontes também são conhecidas como grotescas.

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Geométricas

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Infl uênciasEstilisticasConjunto de movimentos culturais, es-colas e estilos que permearam as ar-tes e o design da primeira metade do século XX - Modernismo. Encaixam-se nesta classifi cação a literatura, a arqui-tetura, design, pintura, escultura, teatro e a música modernas.O movimento moderno baseou-se na ideia de que as formas “tradicionais” das artes plásticas, literatura, design, organização social e da vida quotidiana tornaram-se ultrapassadas, e que era fundamental deixá-las de lado e criar no lugar uma nova cultura.Impessoalidade, rigidez, estrutura for-mal e formas mais geométricas.

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Tipos Conhecidos

CaracteristicasEm destaqueTraço não modulado, arcos muitas vezes circulares (sem eixo), serifas ausentes ou de peso igual ao traço principal e abertura moderada. Construidas a partir de línhas rectas e fi guras geométricas como o cír-culo e o quadrado - minimalistas.As formas básicas (triângulo, círculo e quadradro) são infl uências marcantes.

FuturaAvant Garde

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Momentos

Marcantes

Pequenas Curiosidades

Tipografi a inspirada no mo-vimento De Stijl e a capa do periódico deste movimento

1917.

Entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial - está a fonte Futura. Dese-nhada por Paul Renner, é uma letra bem representativa da clareza defen-dida nos manifestos da Bauhaus. Apresenta as características preferidas pelos designers vanguardistas dos anos 20 e 30.

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Marta NaiaAr.Co’12

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