bracara augusta: um pequeno “testaccio” de ânforas haltern 70

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Bracara Augusta: um pequeno “testaccio” de ânforas Haltern 70. Considerações e problemáticas de estudo 545 BRACARA AVGVSTA: UM PEQUENO “TESTACCIO” DE ÂNFORAS HALTERN 70. CONSIDERAÇÕES E PROBLEMÁTICAS DE ESTUDO Rui MORAIS Universidade do Minho « L’économie du vin n’est pas une chose simple parce que le vin n’est pas un produit simple: ni pour leur production, ni pour leur consommation, ni pour leurs échanges, les grands crus et les vins ordinaires n’obéissent aux même règles » (André Tchernia, 1987, 329). De acordo com os dados quantitativos até ao momento disponíveis, Bracara Augusta foi um dos maiores centros -se não mesmo o maior- de recepção de ânforas do tipo Haltern 70 que funcionou como centro redistribuidor no contexto do noroeste peninsular. Na verdade, o número mínimo de indivíduos - cerca de um milhar de ânforas - até ao momento encontrado, permite afirmar que a cidade representava o maior interposto de comércio daquelas ânforas. Esta situação privilegiada leva-nos a colocar um feixe de questões relacionadas com a natureza dos produtos que elas transportavam e destacar o papel dos negotiatores como responsáveis directos neste processo. 1.- Origem. As ânforas Haltern 70 amplamente difundidas no noroeste peninsular, sao maioritariamente produzidas na região do Vale do Guadalquivir. Os dados que inequivocamente documentam esta proveniência são: -as análises petrológicas (Peacock e Williams 1991, 116). -o achado de possíveis fornos, um dos quais nas proximidades de Arva (Carreras Monfort 2000 a, 90, nota 17) e os centros oleiros escavados em Hispalis (García Vargas 2000) e na região de las Marismas (Carreras Monfort 2000 a, 92); -a sua associação em naufrágios com as ânforas do tipo Dressel 20 e a coincidência da marca C·FVF·AVITI (Colls et alii 1977) sobre uma ânfora Haltern 70, actualmente no Museu de Sevilha, e a marca C·FVF·A· numa ânfora Dressel 20 encontrada em Genebra (Colls et alii 1977, 142-3; Peacock e Williams 1991, 115; Tyers 1996, 97) 1 . Estas ânforas foram também encontradas em Puente Melchor (Puerto Real, Cadiz), no período Júlio-Cláudio (García Vargas e Lavado Florido 1995, 218; Lagostena 1996, 76; García Vargas 1998, 77, 96; 181 e fig. 53, nº 6 e 55, nº 6; García Vargas e Lavado Florido 1995, 218, Fig. 2, nº 1), e 1 A este exemplo talvez possamos ainda acrescentar, como sugere J. Baudoux (1996), a marca LI·FO, encontrada numa ânfora Haltern 70 proveniente de Estrasburgo (Baudoux 1996, 44, fig. 11, nº 8; 45) com as numerosas marcas assinadas L·F·O· em ânforas Dressel 20, uma das quais curiosamente presente em Braga. Actas del Congreso Internacional FIGLINAE BAETICAE. Talleres alfareros y producciones cerámicas en la Bética romana (ss. II a.C. – VII d.C.), Universidad de Cádiz, Noviembre 2003, B.A.R., int. ser., 1266, Oxford, 2004, pp. 545-566. em Venta del Carmen (Los Barrios), no período tardo- flaviano (Bernal Casasola e Lorenzo Martínez 1998 a, 33; idem, 1998b: 173-174 e fig. 124; idem 2000, 1038). Sabe-se ainda que no centro de El Cortijillo de Peñaflor, em pleno Gualdalquivir, foram produzidas as ânforas Verulamium 1908, inspiradas na Haltern 70, juntamente com ânforas Dressel 20. Fora da Bética esta ânfora foi imitada num atelier do sul da Gallia (Desbat 1987; Dangréaux e Desbat 1987-88) ou no Vale do Ródano (Schmitt 1988, 32; Jeannin e Laubenheimer 1989; Desbat e Dangréaux 1992; idem 1997). 2.- Os produtos transportados e sua problemática. 2.1.- Os tituli picti e os restos de produtos encontrados. Graças aos tituli picti conhecidos sabemos que as ânforas Haltern 70 transportavam defructum, sapa, oliva ex defructo, oliva dulcis e mulsum. O defructum era um líquido doce obtido pela cozedura do mosto (Colls et alii 1977: ns. 31 e ss.; Parker e Price 1981; Peacock e Williams 1991, 116; Parker 1992, 330-331), que poderia ser comercializado como bebida (Van der Werff 1984), como ingrediente de cozinha (Sealey 1985, 62-3) e inclusivamente ser utilizado como substituto do mel (Beltrán Lloris 2000 a, 325-326, nota 29 a 31). Referências ao defructum podem ler-se nos tituli picti de três fragmentos de ânforas Haltern 70 provenientes do naufrágio de Port Vendres II, datado de época claudiana: def(ructum) / excel(lens) (nº 31), Q(uinti) Vritti Revocati, defr(uctum) / excel(lens) (nº 39), [-], def[r(uctum)-] (nº 40). Acrescente-se ainda os tituli encontrados em Augst, [...]efr(uctum) (Martin- Kilcher 1994, 390), e Estrasburgo, onde se lê um [...]F, que segundo J. Baudoux (1996, 45-46) poderia corresponder a DEF, de defructum. Pode referir-se ainda, embora sob reserva, um fragmento encontrado no naufrágio de “Saint- Gervais à Fos-sur-Mer” cuja atribuição à forma Haltern 70 é duvidosa: Defr(utum) / excell(ens) (Liou e Marichal 1978, 144-145, nº 35; Beltrán Lloris 2000 a, 326, nota: 34). A sapa não era mais do que um vinho cozido, parente pobre do defructum e de uso comum na cozinha (Apicius, Exc. I, 2, 4). A referência a este produto consta de um titulus pintado num colo de uma ânfora Haltern 70 proveniente de Amiens, datado entre os anos 15 e 5 a. C: sapa / Aucto (L)icinio (Massy e Vasselle 1976; Lequément e Liou 1978, 183-184). Como referimos as ânforas Haltern 70 podiam ainda transportar oliva ex defructo, azeitonas negras em conserva, como mostram duas inscrições encontradas em Weisenau, em Mainz, e outras duas inscrições encontradas em Schutthügel (Vindonisa) e Soissons: -Mainz (nº 1): oliva / nigra / ex defr(ucto) / penuar(ia) / [...] (Loeschcke 1942, 100-101; Léquement e Massy 1980; Van der Werff 1984); -Mainz (nº 2): oliva / nigr(a) / ex defr(ucto) / penuar(ia) / excell(ens) / C. Rutili [...]icis (Loeschcke 1942, 100-101; Van der Werff 1984, 379, 2b);

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Bracara Augusta: um pequeno “testaccio” de ânforas Haltern 70. Considerações e problemáticas de estudo

545

BRACARA AVGVSTA: UM PEQUENO “TESTACCIO” DE ÂNFORAS HALTERN 70. CONSIDERAÇÕES E

PROBLEMÁTICAS DE ESTUDO Rui MORAIS Universidade do Minho

« L’économie du vin n’est pas une chose simple parce que le vin n’est pas un produit simple: ni pour leur production, ni pour leur consommation, ni pour leurs échanges, les grands crus et les vins ordinaires n’obéissent aux même règles » (André Tchernia, 1987, 329). De acordo com os dados quantitativos até ao momento disponíveis, Bracara Augusta foi um dos maiores centros -se não mesmo o maior- de recepção de ânforas do tipo Haltern 70 que funcionou como centro redistribuidor no contexto do noroeste peninsular. Na verdade, o número mínimo de indivíduos - cerca de um milhar de ânforas - até ao momento encontrado, permite afirmar que a cidade representava o maior interposto de comércio daquelas ânforas. Esta situação privilegiada leva-nos a colocar um feixe de questões relacionadas com a natureza dos produtos que elas transportavam e destacar o papel dos negotiatores como responsáveis directos neste processo. 1.- Origem. As ânforas Haltern 70 amplamente difundidas no noroeste peninsular, sao maioritariamente produzidas na região do Vale do Guadalquivir. Os dados que inequivocamente documentam esta proveniência são:

-as análises petrológicas (Peacock e Williams 1991, 116).

-o achado de possíveis fornos, um dos quais nas proximidades de Arva (Carreras Monfort 2000 a, 90, nota 17) e os centros oleiros escavados em Hispalis (García Vargas 2000) e na região de las Marismas (Carreras Monfort 2000 a, 92);

-a sua associação em naufrágios com as ânforas do tipo Dressel 20 e a coincidência da marca C·FVF·AVITI (Colls et alii 1977) sobre uma ânfora Haltern 70, actualmente no Museu de Sevilha, e a marca C·FVF·A· numa ânfora Dressel 20 encontrada em Genebra (Colls et alii 1977, 142-3; Peacock e Williams 1991, 115; Tyers 1996, 97)1. Estas ânforas foram também encontradas em Puente Melchor (Puerto Real, Cadiz), no período Júlio-Cláudio (García Vargas e Lavado Florido 1995, 218; Lagostena 1996, 76; García Vargas 1998, 77, 96; 181 e fig. 53, nº 6 e 55, nº 6; García Vargas e Lavado Florido 1995, 218, Fig. 2, nº 1), e

1 A este exemplo talvez possamos ainda acrescentar, como sugere J. Baudoux (1996), a marca LI·FO, encontrada numa ânfora Haltern 70 proveniente de Estrasburgo (Baudoux 1996, 44, fig. 11, nº 8; 45) com as numerosas marcas assinadas L·F·O· em ânforas Dressel 20, uma das quais curiosamente presente em Braga. Actas del Congreso Internacional FIGLINAE BAETICAE. Talleres alfareros y producciones cerámicas en la Bética romana (ss. II a.C. – VII d.C.), Universidad de Cádiz, Noviembre 2003, B.A.R., int. ser., 1266, Oxford, 2004, pp. 545-566.

em Venta del Carmen (Los Barrios), no período tardo-flaviano (Bernal Casasola e Lorenzo Martínez 1998 a, 33; idem, 1998b: 173-174 e fig. 124; idem 2000, 1038). Sabe-se ainda que no centro de El Cortijillo de Peñaflor, em pleno Gualdalquivir, foram produzidas as ânforas Verulamium 1908, inspiradas na Haltern 70, juntamente com ânforas Dressel 20. Fora da Bética esta ânfora foi imitada num atelier do sul da Gallia (Desbat 1987; Dangréaux e Desbat 1987-88) ou no Vale do Ródano (Schmitt 1988, 32; Jeannin e Laubenheimer 1989; Desbat e Dangréaux 1992; idem 1997).

2.- Os produtos transportados e sua problemática. 2.1.- Os tituli picti e os restos de produtos encontrados. Graças aos tituli picti conhecidos sabemos que as ânforas Haltern 70 transportavam defructum, sapa, oliva ex defructo, oliva dulcis e mulsum. O defructum era um líquido doce obtido pela cozedura do mosto (Colls et alii 1977: ns. 31 e ss.; Parker e Price 1981; Peacock e Williams 1991, 116; Parker 1992, 330-331), que poderia ser comercializado como bebida (Van der Werff 1984), como ingrediente de cozinha (Sealey 1985, 62-3) e inclusivamente ser utilizado como substituto do mel (Beltrán Lloris 2000 a, 325-326, nota 29 a 31). Referências ao defructum podem ler-se nos tituli picti de três fragmentos de ânforas Haltern 70 provenientes do naufrágio de Port Vendres II, datado de época claudiana: def(ructum) / excel(lens) (nº 31), Q(uinti) Vritti Revocati, defr(uctum) / excel(lens) (nº 39), [-], def[r(uctum)-] (nº 40). Acrescente-se ainda os tituli encontrados em Augst, [...]efr(uctum) (Martin-Kilcher 1994, 390), e Estrasburgo, onde se lê um [...]F, que segundo J. Baudoux (1996, 45-46) poderia corresponder a DEF, de defructum. Pode referir-se ainda, embora sob reserva, um fragmento encontrado no naufrágio de “Saint-Gervais à Fos-sur-Mer” cuja atribuição à forma Haltern 70 é duvidosa: Defr(utum) / excell(ens) (Liou e Marichal 1978, 144-145, nº 35; Beltrán Lloris 2000 a, 326, nota: 34). A sapa não era mais do que um vinho cozido, parente pobre do defructum e de uso comum na cozinha (Apicius, Exc. I, 2, 4). A referência a este produto consta de um titulus pintado num colo de uma ânfora Haltern 70 proveniente de Amiens, datado entre os anos 15 e 5 a. C: sapa / Aucto (L)icinio (Massy e Vasselle 1976; Lequément e Liou 1978, 183-184). Como referimos as ânforas Haltern 70 podiam ainda transportar oliva ex defructo, azeitonas negras em conserva, como mostram duas inscrições encontradas em Weisenau, em Mainz, e outras duas inscrições encontradas em Schutthügel (Vindonisa) e Soissons: -Mainz (nº 1): oliva / nigra / ex defr(ucto) / penuar(ia) / [...]

(Loeschcke 1942, 100-101; Léquement e Massy 1980; Van der Werff 1984);

-Mainz (nº 2): oliva / nigr(a) / ex defr(ucto) / penuar(ia) / excell(ens) / C. Rutili [...]icis (Loeschcke 1942, 100-101; Van der Werff 1984, 379, 2b);

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Rui Morais

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-Vindonissa: oliva / nigr(a) / ex def(ructo) (Loeschcke 1942, 100-101);

-Soissons: oliv(a) nig(ra) / ex defr(ucto) / [...] pen(uaria) /

[...] M. Grassi Seruandionis (Léquement e Massy 1980, 263 ss).

A corroborar este conteúdo temos o achado de restos de caroços de azeitona achados nos naufrágios de Sud-Lavezzi I -Córcega- (Liou 1982, 444; Liou e Domergue 1991, 29; Parker 1992, 414-5), Cala Culip IV (Nieto et alii 1989) e Saintes-Maries-de-la Mer II (Liou 2000, 1063), completados pelas recentes análises de fotolitos num exemplar deste tipo (Juan Tresserres 1998). Outros tituli revelam ainda a comercialização de azeitonas preservadas num produto doce derivado do vinho, como indicam os tituli encontrados em Nyon (Pélichet 1946, 198; Paunier 1981, 236) (o(li)(va) / dul(cis) / pl / uncil) e Augst (Martin-Kilcher 1990; Dangréaux e Desbat 1987-88, 123) dul(cia). Um recente achado na Colonia Victrix Celsa (Velilla de Ebro, Saragoça) revelou um novo conteúdo para as Haltern 70: o mulsum. Trata-se dum produto que correspondia a um vinho cozido, misturado com mel, referido por vários autores antigos e que também era transportado em ânforas de outras tipologias (Beltrán Lloris 2000 a, 234-235 e notas 10 a 27). A referência a este produto consta dum titulus bilíneo para o qual M. Beltrán Lloris (Beltrán Lloris 2000 a, 323-325) propõe a seguinte leitura: MVLS[u]M VE[tus] / [Cal]PVRNI CEPHALIONIS. A estes tituli acrescentem-se dois outros encontrados em Londres referentes à muria e ao met (Carreras Monfort 2000a, 95). Saliente-se a muria, uma solução salina utilizada na preparação de molho e salga de peixe que resultava da fermentação das vísceras e guelras de atum, misturadas com o sangue e outros líquidos provenientes do mesmo peixe. Além dos conteúdos já mencionados interessa ainda referir os restos de ictiofauna encontrados num exemplar Haltern 70 recolhido em Broch of Gurness (Escócia) (Fitzpatrick 1989), restos de grainhas de uva e resina em ânforas provenientes dos naufrágios de Punta de la Nao (Chic 1980, cit. Carreras Monfort 2000a, 95) e Port-Vendres II (Colls et alii 1977). 2.2.- Problemática relacionada com o conteúdo das ânforas Haltern 70. Antes de equacionar a problemática relacionada com o conteúdo destas ânforas convém sublinhar, a título de introdução, os principais dados adquiridos: 1° Não se conhecem, até hoje, evidências que possam

permitir afirmar que as ânforas Haltern 70 transportavam vinho, como acontece com os diversos tipos e proveniências das chamadas ânforas vinárias;

2º Sabe-se, por vestígios encontrados e pelas referências dos

tituli picti, que as ânforas Haltern 70 transportavam,

preferencialmente, sapa, mulsum e defructum, com predomínio deste último;

3º Tituli picti com referências a estes mesmos produtos

foram encontrados em ânforas com outras tipologias, como é o caso duma ânfora itálica do tipo Dressel 6 A proveniente de Castro Pretório e duma ânfora gálica tipo Dressel 7-11 encontrada em Lyon com a referência mulsum vetus; exemplares do tipo Gauloise 4 encontrados em Fos: mulsum ar( ) / LX / Q(uinti) I(uli) T ( ) / Pom( ) e mulsum / C ( ) B ( ) e em Gaujac: MV(lsum) / N; o mesmo produto em grego (glukus oinos) numa ânfora Dressel 2-4, encontrada em Pompeia; e, por fim, a referência a defructum em três ânforas do tipo Beltrán II B encontradas num contexto subaquático de Fos e Saint-Gervais 3 (Liou 2000, 1063) e em Marselha (Beltrán Lloris 2000 a, 325; 327).

De imediato pode parecer plausível que as ânforas Haltern 70 apenas tivessem transportado estes produtos e, por conseguinte, não possam ser consideradas ânforas vinárias. E todavia não há unanimidade entre os autores que se pronunciaram sobre esta problemática. Para alguns autores as ânforas Haltern 70 eram essencialmente vinárias e consideram despropositada a discussão à volta do defructum como conteúdo privilegiado destas ânforas, considerando que os seus defensores não levam na devida conta o carácter sempre residual deste produto no contexto da vinicultura (Fabião 1994, 8; idem 2000a, 668; Liou 2000, 1063). Para outros as ânforas Haltern 70 transportavam predominantemente o defructum que eles consideram unicamente um condimento obtido a partir do mosto cozido, com propriedades edulcorantes (Parker e Pryce 1981; Sealey 1985; Sealey e Tyers 1989; Beltrán Lloris 2000 a); produtos como o defructum não eram mais do que uma espécie de xarope muito concentrado que podia, inclusivamente, ser utilizado como substituto do mel. Outros autores (Van der Werff 1984, 171; Dángreaux e Desbat 1987-88; Liou 1988, 171) consideram que o defructum, além das utilizações referidas, podia ainda ser comercializado como produto alcoólico, mais ou menos equivalente aos vinhos doces actuais entre os quais, alguns vinhos gregos. Para estes autores tratava-se de um vinho cozido com possibilidades de fermentação e com um papel importante na composição de outros produtos apreciados, como os frutos macerados em álcool semelhantes aos que ainda hoje se podem encontrar nos mercados (Baudoux 1996, 45). Numa tentativa de esclarecimento desta problemática, Cèsar Carreras Monfort (Carreras Monfort 2000a; idem 2000b), considera que a variedade de produtos documentados a partir dos tituli picti e dos restos de produtos encontrados em naufrágios é perfeitamente justificável tendo em conta a localização de vários centros produtores das ânforas Haltern 70 na “zona de las Marismas”, uma região que apresenta uma

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Bracara Augusta: um pequeno “testaccio” de ânforas Haltern 70. Considerações e problemáticas de estudo

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economia muito diversificada, baseada na exploração de variados recursos agrícolas e piscícolas. Segundo Cèsar Carreras Monfort tal situação está, alias, em sintonia com o conhecido passo de Estrabão (III,2,6) quando, citando Posidónio, situa a exportação de vinho bético na época de Augusto: “da Turdetania (Bética) exporta-se trigo, muito vinho e azeite, não somente em quantidade, mas ainda em qualidade” e ainda com a referência de Columela (De re rustica I, 20) quando escreve que “a Itália após a morte de Augusto, apesar da sua fertilidade, se viu obrigada a importar cereal das províncias além mar e de vinho das Ciclades e da Bética”. Efectivamente, se atentarmos nas áreas de dispersão e quantidades de ânforas Haltern 70 fora e dentro da península, desde logo se nota um predomínio desta ânfora, cuja presença ronda os 80% (Fabião 1989, 117; idem 1993-94, 236; idem 1998 a, 169-198; Naveiro López 1991a, 66-67; idem 1996, 201-204; Paiva 1993, 102; Morais 1998, 45; 81; idem 2000, 687-690 e figs. 3 a 6; Carreras Monfort 1996, 205-210; idem 2000 a, 96; Beltrán Lloris 2000 a, 329; Est. III, fig. 3), ao longo do litoral cantábrico e, em particular, na zona do Noroeste. Ora, parece-nos indubitável que a presença esmagadora destas ânforas neste território a partir das últimas décadas do período tardo-republicano reflecte, antes de mais, os hábitos de consumo destas comunidades que, como já tivemos oportunidade de salientar num outro trabalho (Morais 1997-98, 175-182), se caracterizam pela hegemonia do vinho. O gosto das comunidades pré-romanas pelo vinho deve ter-se desenvolvido largamente a partir das primeiras importações itálicas e dos primeiros contactos com o mundo romano, situação alias bem documentada noutros pontos do império, entre os quais a região gaulesa e britânica, que garantiam a esta bebida um mercado amplo e seguro o qual constituiu, por sua vez, um incentivo às produções locais, com expressão significativa nas províncias da bética e da tarraconense. Na verdade, se atentarmos nos dados arqueológicos, parece indiscutível que o consumo do vinho se propagou por todo o noroeste peninsular, primeiro como bebida de prestígio, depois como bebida comum ou de luxo de acordo com a origem e qualidade do produto. São disso testemunho as ânforas vinárias “republicanas” Dressel 1 e Lamboglia 2, datáveis dos finais do período tardo-republicano, normalmente associadas a um consumo de prestígio por parte das populações indígenas, e as ânforas Dressel 2-4 e tipo Ródio cuja generalização no noroeste peninsular se situa entre os meados do século I a.C. e meados da centúria seguinte (Naveiro López 1991a, 63). A quantidade destas ânforas que transportavam vinho de melhor qualidade acrescida daquelas que traziam vinho inferior como era o caso das ânforas Dressel 2-4, de imitação, provenientes da Narbonense, Tarraconense e da Bética e ânforas Pascual 1 (Morais 1997-98, 177) da Tarraconense pode considerar-se residual quando comparada com a quantidade das ânforas

Haltern 70 que constituiram 80% de toda a produção anfórica importada no noroeste peninsular. Ainda que os dados apresentados por Cèsar Carreras Monfort justifiquem a variedade dos produtos referidos nos tituli picti e os textos clássicos confirmem a apetência das populações do Noroeste pelo vinho desde épocas pré-romanas, permanece por esclarecer se as ânforas Haltern 70 eram usadas ou não no transporte de vinho, e, por outro lado, se o defructum possuía um teor alcoólico que permitisse ser comercializado como uma bebida equivalente ao vinho. A presença em Bracara Augusta de cerca de um milhar de ânforas Haltern 70, no curto espaço de tempo compreendido entre a penúltima década do século I a.C. – correspondente à data da fundação da cidade – e os inícios do último quartel do século I adquire uma importância significativa para a discussão da problemática referida (vid. fig. 1). De facto, tal quantidade de Haltern 70 encontradas numa cidade romana inserida no noroeste peninsular cuja apetência para o uso do vinho das respectivas populações está bem documentada, obriga a formular a seguinte alternativa: -ou as ânforas Haltern 70 transportavam vinho e complementarmente os “sub-produtos” referidos nos tituli picti; -ou estas ânforas transportavam exclusivamente e em enormes quantidades estes “sub-produtos” com grande predomínio do defructum e este necessariamente tinha de possuir propriedades essenciais que tornassem possível a sua comercialização como bebida alcoólica (ou mesmo vinho de inferior qualidade) além das outras utilizações já referidas. Realce-se a propósito desta última alternativa que os romanos conheciam bem as técnicas relacionadas com a cozedura do mosto. Esta técnica -que em português se designa por arrobamento- já era alias conhecida dos egípcios: consistia na concentração do mosto mediante a cozedura a fogo directo com vista a conseguir a evaporação de 1/3 a 1/2 da água e deste modo aumentar a concentração de álcool permitindo uma melhor conservação. O produto daí obtido podia ser utilizado como correctivo para aumentar o teor sacarino de mostos fracos, favorecer a conservação de vinhos débeis e ocultar sabores desagradáveis. Segundo Columela (XII, 19-20), esta técnica da cozedura do vinho, da qual resultavam o defructum e a sapa, era obtida fazendo cozer o mosto em contentores de chumbo colocados acima do fogo, mas não em contacto directo com a chama; tal produto, destinado a múltiplos usos, seria sobretudo utilizado para os vinhos débeis, mais doces e gostosos. No mundo romano é provável que a diferentes graus de redução correspondessem também denominações diferentes; o arrobe utilizava-se assim para lotear colheitas com pouca graduação, tornando o vinho mais forte e doce, muito em voga e apreciado pelo menos no período de Augusto.

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Rui Morais

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Produtos Quantidade

140

301

29

11

43

933

VináriasPiscicolasOleícolasIndeterminadasRegionais e LocaisHaltern 70

Produtos %

10%

21%

2%

1%

3%

63%

VináriasPiscicolasOleícolasIndeterminadasRegionais e LocaisHaltern 70

Figura 1. Quadro e histograma I - Quantidade e relação percentual dos produtos importados e produções regionais e locais

Ânforas Quantidade %

Vinárias 140 9,61

Piscicolas 301 20,66

Oleícolas 29 1,99

Indeterminadas 11 0,75

Regionais e Locais 43 2,95

Haltern 70 933 64,04

Total 1457 100,00

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Para obter vinho a partir do mosto concentrado os romanos adicionavam-lhe água, recorrendo a uma regra de mistura previamente estabelecida. O adelgaçamento de mostos e vinhos é, alias, ainda realizado nos dias de hoje. Para baixar o grau alcoólico adiciona-se-lhes água e a esta 1 g. de ácido tártaro por litro. Para obter o efeito desejado, poderá ser utilizada a tabela apresentada (vid. fig. 2) ou fazer o cálculo com o auxílio da “Regra de Cramer” (Vieira s/data: 15). A qualidade do produto seria fraca e, seguramente, muito doce. Mesmo resguardando-nos de simplificações, podemos afirmar, sem demasiados riscos de erro, que este vinho de fraca qualidade quando não devidamente misturado podia resultar numa espécie de água-pé servida na mesa dos menos favorecidos ou vendidos nas tabernae, enquanto o consumo corrente dos vinhos mais apreciados (com um teor mais elevado de álcool) e de melhor qualidade representava um privilégio das mesas mais ricas. Recentemente, seguindo a receita referida em De Agricultura de Columella (XII, 21) foi recriado o defrutum que resultou num vinho fortemente aromatizado com gosto idêntico aos vinhos de Jura ou Xérès (vid. Tchernia 1998, 503-509). 3.- A difusäo das ânforas Haltern 70 no mundo romano e o papel dos negotiatores. 3.1.- A difusão no mundo romano. Como se depreende das referências bibliográficas consultadas e do mapa de distribuição das ânforas Haltern 70 apresentado por C. Carreras Monfort (Carreras Monfort 2000a, 94, fig. 22), estas ânforas conhecem uma ampla difusão em todo o ocidente do Império Romano,

especialmente ao longo da faixa atlântica e, parcialmente, nas rotas fluviais gálicas dos rios Ródano, Sena e Rêno. Ocorre também no mediterrâneo oriental (Peacock e Williams 1991, 136), embora em quantidades mais reduzidas, ou mesmo residuais, como se verifica, em Magdalensberg –Noricum- (Bezeczky 2000, 1359), em Israel (Caesarea Maritima -Bernal Casasola 2000, 957; Oren-Pascal e Bernal Casasola 2000, 993; 1002; 1009 - e Monte Carmelo - Bernal Casasola 2000, 961) e no Líbano –Beirut- (Reynolds 2000, 1036-1037; 1050; 1057, fig. 1, nº 4). A maior concentração destas ânforas está ao longo da facha atlântica e em particular no noroeste peninsular e costa cantábrica, bem patente no mapa de distribuição apresentado por M. Beltrán Lloris (Beltrán Lloris 2000 a, 344, Est. III, fig. 3), no qual se destaca ainda o número muito elevado destes contentores na cidade de Braga. No território correspondente à antiga Lusitânia a presença das Haltern 70 está documentada, entre outros locais, no povoado fortificado de Mesas do Castelinho (Almodôvar), Santarém, Alcácer do Sal, no rio Sado em frente a Tróia, nolugar de Ermidas (Açafora, Sintra), Villa Cardílio (Torres Nova), Abul A (Alcácer do Sal), Conimbriga, Castro de Fiães (Vila da Feira), Castro de Romariz (Vila da Feira) e em Vila Nova de Gaia, no Castelo de Gaia (Paiva 1993, 24-5; 31, Est. LXXVI, 2-4) e no Castro da Senhora da Saúde ou Monte Murado (Paiva 1993, 26-7; 31, Ests. LXXVIII, 4, LXXIX-LXXXI e LXXXII, 1-2).

Figura 2.

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Na região a Norte do Douro estas produções predominam um pouco por toda a parte representando praticamente cerca do 80% no conjunto de ânforas até hoje encontradas no Noroeste. Aqui a geografia de distribuição abarca não somente os estabelecimentos costeiros e as principais artérias fluviais, mas também locais interiores de acrópole (Fabião 1989, 110-111; Naveiro López 1991 a, 66-7; idem 1996, 203): Monte Mòzinho, Penafiel (Almeida 1974; Soeiro 1984); Citânia de Briteiros, Guimarães (Silva 1986, 32); Cividade do Terroso, Póvoa do Varzim (Silva 1986, 32; Paiva, 1993, 22-3; 31, Ests. XLV a XLIX e Est. L 1-2); Citânia de Sanfins, Paços de Ferreira (Silva 1986, 32; Paiva 1993, 23-4; 31, Ests. LIII-LXXII, excepto fig. 4 da Est. LXXII); Castro do Coto da Pena (Silva 1986, 38; Paiva 1993, 19-21; 31, Est. II, 1-2), Cividade de Âncora (Silva 1986, 50; Paiva 1993, 21-2; 31, Ests. V-XVIII, excepto fig. 1 da Est. V) e Citânia de Santa Luzia (Viana e Oliveira 1954, 60, n.º 60-3) todos em Viana do Castelo; Castro de Baiza (Paiva 1993, 25-6; 31, Est. LXXVII, 2), Castro de S. Estevão da Facha, Ponte de Lima (Almeida et alii 1980, 48, fig. 24, n.º 4-6), Castro de S. Ovídio, Fafe (Martins 1981, 14, Est. 4, nº1) e Castros de S. Julião (Vila Verde) e Monte da Saia (Barcelos). 3.2.- O papel dos negotiatores. As ânforas Haltern 70 raramente apresentam marcas. De acordo com a bibliografia consultada, para além da marca de Sevilha (C·FVF·AVITI), apenas se conhecem mais quatro marcas em ânforas encontradas nos seguintes locais: golfo de Fos (LRV) (Amar e Liou, 1984), Angers (Siraudeau 1988: 183), Pompeia (CCIVL) (Manacorda 1977b), Estrasburgo (LI·FO) (Baudoux 1996, 44, fig. 11, nº 8; 45) e Richborough (DSD) (Carreras Monfort 2000a, 93). A situação é, porém, contrária no que respeita aos tituli picti que referem o conteúdo do envase2 e o nome de mercatores e negotiatores. Dos mercatores e negotiatores envolvidos neste comércio conhecem-se os seguintes nomes: Q(uinti) VRITTI REVOCATI (Colls et alii 1977, nº 33 e ss); M. GRASSI SERVANDONIS (Léquement e Massy 1980, 263 ss); C. RUTILI[...]ICIS (Van der Werff 1984, 379: 2b); M. VALERI EVPHEMI (Manacorda 1977, 131, fig. 1); SEX(ti) MAI PAETI (Baudoux 1996, 44, fig. 11; 45-46), (Cal)PVRNI CEPHALI(o)NIS (Beltrán Lloris 2000 a, 330-331; 342-343, Ests. II-III, fig. 1-2) e a inscrição nominal relativa a SEX PAETI, TACTI e CELI ou CEPI, encontrada em Estrasburgo (Baudoux 1996, 46). Dentre estes destaca-se a importância dos nomes Q(uinti) VRITTI REVOCATI e M. VALERI EVPHEMI pelo facto de serem mencionados em tituli encontrados sobre ânforas Dressel 20 (Colls et alii 1977; Manacorda 1977, 131, Fig. 1 [CIL IV, 9611]; Beltrán Lloris 2000 a, 324; 331, nota 86). Tal facto parece sugerir, mais uma vez, ainda que indirectamente, a relação das ânforas Haltern 70 e com as

2 A estes acrescente-se um recentemente encontrado em Lyon (La Muette) onde se lê M CAR ou M CATR (Desbat e Lemaître 2000, 796; 806, fig. 8, nº 5).

ânforas Dressel 20, não só pelos locais de produção, mas também pela coincidência de circuitos de comércio específicos. No estado actual dos nossos conhecimentos o que podemos certamente aceitar é uma estreita relação entre as modalidades de produção das ânforas e as características da produção agrícola e sua comercialização. Ou seja, à semelhança de outros exemplares – como, por exemplo, as ânforas Dressel 20 e as ânforas Galoise 4 – a produção da forma Haltern 70 teria obedecido a um claro projecto de exportação que implicou a criação de uma forma estandardizada produzida em grandes quantidades em diferentes regiões da Bética – especialmente no vale do Guadalquivir. De facto, a expansão destas formas está intimamente ligada à comercialização dos produtos vinícolas e derivados aí produzidos mediante a criação de circuitos e práticas comerciais aptos a servir uma procura importante e estável. A quantidade maciça exportada para o Noroeste Peninsular -e em larga escala para a cidade romana de Bracara Augusta- só se entende se aceitarmos que estes produtos se convertiam em artigos básicos na dieta alimentar destas comunidades e como consequência de um intercâmbio de tipo colonial para os diferentes castros ou no contexto do abastecimento de mercados urbanos que ofereciam grandes capacidades de consumo. No caso da cidade romana de Bracara Augusta, como já acentuamos, estes produtos teriam beneficiado da difusão de um modelo de consumo, relacionado com as possibilidades de mercado e rede de tráfego, criadas pela inclusão da cidade num determinado marco político e económico inter provincial. Como já salientámos num estudo sobre o contributo da epigrafia para a história económica da cidade (Morais 2003, 115-121), a existência de um conventus de negotiatores documentado no período de Cláudio parece estar directamente relacionado com o comércio de produtos oriundos da Bética e em particular com o abastecimento de ânforas Haltern 70. 4.- Os vestígios epigráficos em ânforas Haltern 70 recolhidos na cidade. O elevado número de fragmentos de ânforas Haltern 70 encontrado na cidade permitiu individualizar uma marca e 14 tituli picti. A marca, gravada no colo junto ao arranque de uma das asas, está aparentemente incompleta, apenas sendo legíveis as letras [?]EL (fig. 3: 1). Esta marca encontra um possível paralelo em ânforas Dressel 20 fabricadas em Las Valbuenas, com as assinaturas L. AEL e L. AL (Chic García 1985, 42). A estas acrescente-se, ainda, diversas outras variantes destas marcas catalogadas por M. H. Callender (1970, 146-147, nº 792; 294-295, nº 9-10), datadas da 2ª metade do século I, uma das quais encontrada em Volubilis e, por fim, no Testaccio, ainda que com uma cronologia mais tardia, situada

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na 2ª metade do século II (Chic García 1985, 43). Do lado oposto ao da marca esta ânfora possuía ainda um titulus (fig. 3: 1) cujas letras se apresentam incompletas provavelmente relacionadas com um tria nomina, onde apenas se distingue com clareza a sigla inicial representada por um β T. Em 3 outros fragmentos consegue ainda distinguir-se as letras equivalentes à numeração romana γ LII, γ .L.I.I. (fig. 4: 3 e 4) e a letra isolada α M (fig. 5: 5). Nos dois primeiros julgamos poder tratar-se de siglas relativas à capacidade da ânfora, 52 sextarii, equivalente a pouco mais de 28 litros (vid. Sealey 1985, 12); a terceira, entre outras possibilidades, poderá estar relacionada com um nome de um negotiator ou Mulsum ou Muria, um dos produtos transportados por estas ânforas. Do conjunto destes tituli destaca-se o exemplar nº 6 (fig. 5) com uma inscrição incompleta onde se lê R?C IVN... ou SVN... que, à semelhança do anterior, poderá estar relacionado com o nome de um negotiator.

Figura 3. À semelhança dos tituli referidos, os restantes, estão excessivamente fragmentados e gastos destacando-se apenas o fragmento nº 2 (fig. 3), onde se lê a provável representação das letras F e N, e o fragmento nº 11 (fig. 6), onde se lê parte de uma letra, provavelmente a haste da letra A, seguida da letra B bem definida que hipoteticamente reconstituímos por β (S)A?B(INI). A totalidade destes tituli foram epigrafados recorrendo-se às duas principais variantes de atramentum: o de tonalidade escura e o rubrum, mais avermelhado ou alaranjado, devido à provável presença, no pigmento, de elementos pesados como o ferro (figs. 3-7).

Figura 4.

Figura 5. Além destes documentos sobre o conteúdo das ânforas, contamos ainda com a presença de restos orgânicos em ânforas destes tipo: referimo-nos a um fragmento de parede revestido interiormente por uma superfície rosada avermelhada (fig. 8: 16) e bico fundeiro com restos de resina no interior (fig. 8: 17).

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Figura 6.

Figura 7. A epigrafia das ânforas Haltern 70 não se fica, todavia, pela presença de uma marca e vários tituli picti; além destes valiosos testemunhos contámos ainda com a presença de 2 grafitos em fragmentos de parede (fig. 7: 14 y 15) e um número elevado de grafitos gravados no bico fundeiro com um instrumento afiado ou mesmo com a pressão dos próprios dedos na argila ainda fresca e com a ânfora em posição invertida (vid. fig. 9). Estes apresentam características extremamente simplificadas: um traço vertical, dois ou mais

Figura 8. traços combinados, ou mesmo letras isoladas. Grande parte destes signos pode interpretar-se como marca de responsabilidade e / ou controlo de elementos e quantidades fabricadas. A sua presença permite intuir a existência de um processo de fabrico articulado em fases, relacionado com actividades especializadas que exigem necessariamente um controlo ou coordenação do trabalho. Neste contexto, alguns dos grafitos aparentemente associados a iniciais de nomes de oleiros poderão estar relacionados com valores numerários, quer dizer, números romanos escritos segundo um sistema de abreviações latinas que se utilizavam na Antiguidade. Por exemplo, a utilização de um sistema numeral abreviado permite escrever o valor de 80 apenas com a letra R (Capelli 1990, 413-421). 5.- Contextualização cronológica – dados relativos a o inicio e final da produção. O exemplar mais antigo deste tipo de ânfora até hoje identificado foi encontrado num dos maiores naufrágios da antiguidade clássica, o conhecido naufrágio de “La Madrague de Giens” (Var) (datado de 70/30 a.C., ou, preferencialmente 60/50 a.C.), o que faz recuar o início da sua produção a um período anterior aos meados do séc. I a.C. (Tchernia et alii 1978; Tchernia 1980, 306; Parker 1992, 249-250), provavelmente no 1º quartel do século I a.C., à semelhança das LC 67 e das Dressel 1C (García Vargas 2000, 67). Os exemplares mais antigos encontrados em

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Figura 9. centros de produção provém da Baía de Cádiz. Trata-se de exemplares precoces provenientes do centro oleiro de “javier de Burgos” (Puerto de Santa Maria), datados a partir de outros paralelos anfóricos de c. de meados do século I a.C. (García Vargas 2000, 67; 70; 141, fig. 7, nº 6), com nítidas relações formais com as ânforas Dressel 1 (Fabião 2000a). Significativa é também a presença destas ânforas em locais de consumo, como por exemplo, Albintimilium onde apareceram no estrato VI A 3, datado de c. de 70 a.C., e em Lyon (Desbat e Lemaître 2000, 793) e Tarraco (Gebellí e Díaz 2000, 1350-1351), em estratos datados de c. de 40 a.C. De acordo com os dados obtidos na bibliografia consultada o terminus da produção das ânforas Haltern 70 teria ocorrido em época flávia (70 a 80 d. C.). A favor desta cronologia pode referir-se, entre outras, a data obtida pelo naufrágio de Cala Culip ocorrido no tempo de Vespasiano e pelos contextos estratigráficos decorrentes das escavações de Lyon (Dángreaux e Desbat 1987-88), Estrasburgo (Baudoux 1996), Nimega (Van der Werff 1984, 347-356), Augst (Martin-Kilcher 1994, 389, Fig. 178), York, Chester, Pentre Farm, Segontium e Lincoln (Carreras Monfort 2000a, 92). A produção destas ânforas continua dum modo esporádico no período tardo-flaviano no centro oleiro de La Venta del Carmen (Los Barrios, Cádiz) e no centro oleiro de El Cortijillo de Peñaflor, em pleno Vale do Guadalquivir juntamente com ânforas Dressel 20. Estas, datadas de

meados do século II, diferenciam-se das clássicas Haltern 70 por possuírem um corpo de menores dimensões e um colo proporcionalmente mais largo, correspondendo, muito possivelmente, às ânforas Verulamium 1908 recolhidas na Britannia (Carreras Monfort 2000a, 90, nota 16). 6.- Apreciação geral das características formais desta ânfora na perspectiva dos materiais encontrados na cidade. A grande concentração de ânforas Haltern 70 na cidade permite e aconselha uma observação mais detalhada das características formais desta ânfora, em particular dos bordos com vista a estabelecer diferenças, eventualmente correspondentes a uma evolução cronológica. Com o mesmo propósito destacam-se os trabalhos de Martin-Kilcher e Juliette Baudoux pelo esforço de sistematização tipológica realizado. Martin-Kilcher (Martín-Kilcher 1994, 386) propõe quatro fases evolutivas da forma Haltern 70 desde um subtipo augustano com um bordo curto e moldurado até um bordo mais amplo na época flávia. Juliette Baudoux (Baudoux 1996, 43-45, Fig. 11, nº 1-9), por seu lado, apresenta uma proposta muito semelhante, admitindo cinco variantes evoluindo desde bordos pouco esvasados e curtos em ânforas augusto-tiberianas (var. a); bordos mais altos e bem demarcados idênticos ao tipo Camulodunum 185, datados de inícios do século I até o período de Tibério-Cláudio (var. b); bordos com a face interna côncava (var. c); bordos altos ligeiramente esvasados e sem aparente ressalto

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externo, datáveis de um período não posterior ao reinado de Nero (var. d); e, finalmente, uma forma mais tardia derivada da Haltern 70, com um colo alto e esguio que termina num lábio simples, datado dos finais do século II/inícios do III de acordo com as indicações de Martin-Kilcher (var. e).

Figura 10.

Figura 11.

Ainda que possa aceitar-se que a estas características morfológicas correspondam a diferentes momentos na evolução das ânforas citadas, temos de levar em consideração que a origem da ânfora Haltern 70 remonta ao 1º quartel do século I a.C., juntamente com as ânforas LC 67 e as Dressel 1C (García Vargas 2000, 67; Fabião 2000a, 665-682), altura em que esta ânfora possuía um colo muito estilizado, bordo esvasado e simples de perfil triangular. No caso dos fragmentos até ao momento encontrados em Braga a única possibilidade de distinção apenas poderá ser feita através dos fragmentos de bordo (mais raramente em associação com o colo e asas, dado o seu excessivo estado de fragmentação). Para tal seleccionaram-se algumas sequências estratigráficas identificadas nas escavações realizadas nas Antigas Cavalariças, na insula das Carvalheiras e no edifício Termal do Alto da Cividade. Da 1ª escavação seleccionou-se uma zona designada por sector 8 correspondente a um enchimento selado por um pavimento empedrado com materiais datáveis do período de Augusto a finais do reinado de Tibério/inícios de Cláudio. Da insula das Carvalheiras e do edifício Termal do Alto da Cividade seleccionámos U. E. relacionadas com pavimentos e diferentes tipos de enchimento (correspondentes a valas de fundação de pilares, de blocos, de muros ou mesmo enchimento sobre a rocha e preparação de pavimentos), todos eles datáveis do período Flávio e Flávio/Antonino. Esta análise permitiu-nos individualizar diferentes tipos de bordos e agrupá-los de acordo com as suas características morfológicas: -fig. 8: 18: bordo muito alto, ligeiramente esvasado, que parece poder filiar-se nas ânforas Dressel 1 C; -figs. 10-12: 19-28: bordo alto cuja junção com a parede externa é de um modo geral pouco acentuada (vid. fig. 21: 70); -figs. 13-15: 29-42: bordo com a face externa rectilínea, vertical ou oblíqua (vid. fig. 21: 68); -figs. 16-18: 43-56: bordo com a face interna com curvatura muito acentuada. A junção do bordo com a parede externa forma um ângulo bem nítido (vid. fig. 22: 73); -figs. 19-20: 57-67: bordo com lábio geralmente revirado para o exterior. A junção do bordo com a parede forma uma cavidade muito característica quando a espessura da parede é muito inferior à do bordo (vid. fig. 22: 72). Com excepção do nº 18 (fig. 8) todos os bordos correspondentes a estes grupos estão representados no sector 8 das Cavalariças (figs. 21 e 22: 68-74) que, como se referiu, data do período de Augusto a finais do reinado de Tibério/inícios de Cláudio.

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Figura 12.

Figura 13. Constitui-se ainda um grupo de bordos de um modo geral menos elaborados o que dificulta a sua atribuição a tipos claramente definidos (figs. 23 e 24: 75-88). A generalidade destes bordos foi encontrada em contextos Flávios e Flávios/Antoninos, particularmente bem representados na insula das Carvalheiras (fig. 25: 89-92) e no edifício Termal do Alto da Cividade (fig. 25: 93). Fora desta apreciação ficam ainda um conjunto de bordos, com um fabrico igualmente do Guadalquivir, atribuíveis ao tipo Haltern 70 mas que apresentam a particularidade de

Figura 14.

Figura 15 apresentarem a face interna côncava (fig. 26: 94-98). Para estes bordos os exemplares mais aproximados, mas com diferenças significativas, correspondem a imitações do tipo Haltern 70 recolhidos nos centros produtores de Almadrava -Almadrava V- (Gisbert Santonja 1998, 393; 413, fig. 11, nº 1) e Bas-de-Loyasse –Lyon- (Desbat 1987, 162, fig. 2-2; Drangréaux e Desbat 1987-1988, 122; Baudoux 1996, 50-51, Fig. 2, nº 8) e exemplares de ânforas lusitanas (fig. 27: 99-100) presentes em Braga integráveis na variante a estabelecida por Françoise Mayet e Carlos Tavares da Silva, (Mayet e Silva 2002, 30-31; 99-101). Esta tentativa de constituir grupos de acordo com as características dos exemplares encontrados permitiu

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Figura 16.

Figura 17.

Figura 18.

Figura 19.

Figura 20.

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Figura 21

Figura 22.

Figura 23.

Figura 24.

Figura 25. constatar que havia um significativo número de bordos que dificilmente se poderiam incluir nos grupos acima referidos. Estes, apesar de possuírem o mesmo fabrico inequivocamente atribuível às ânforas Haltern 70 do Guadalquivir, uma análise mais detalhada das suas características formais leva-nos a propor a sua integração nas conhecidas formas piscícolas Dressel 7 a 11 e Dressel 14. Admitimos que os exemplares com bordo vertical (fig. 28: 101-102) ou apenas ligeiramente esvasado e lábio revirado para o exterior (fig. 28: 103), e os exemplares com um bordo mais esvasado e menos elaborados (fig. 29: 104-106) poderão filiar-se nas formas Dressel 7 a 11. A atribuição destes exemplares a formas integráveis nos tipos Dressel 7 a

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Figura 26.

Figura 27. 11 não é, todavia, um caso isolado. Recentemente C. Carreras Monfort, (2000b, 422), num estudo intitulado Producción de Haltern 70 y Dressel 7-11 en las inmediaciones del Lacus Ligustinus (Las Marismas, Bajo Guadalquivir), adverte do desconhecimento por parte dos especialistas da produção deste tipo de ânforas na região do Baixo Guadalquivir. Segundo este autor, numerosos centros produtores desta região teriam fabricado em simultâneo estes dois tipos de ânforas, tendo inclusivamente sido documentados exemplares do tipo Dressel 7-11 com um fabrico característico do Baixo-Guadalquivir em Astorga e em Vilas romanas Catalãs (p. e. Can Ventura de l`Oller, Aguacuit, Can Jofresa).

Figura 28.

Figura 29.

Figura 30.

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Figura 31.

Figura 32.

Figura 33. A complexidade e complementaridade da economia da Bética romana no período alto-imperial parece ainda estar patente na produção de ânforas do tipo Dressel 14 na região do Guadalquivir. Trata-se de um conjunto significativo de

exemplares com um fabrico característico do Guadalquivir, que possuem bordos altos e esvasados com perfis diversos (fig. 30: 107-109), por vezes pouco acentuada na transição para o colo (fig. 31: 110-111), e bordos altos, ligeiramente reentrantes, com lábios engrossados (fig. 32: 112-115). A complexidade desta temática não se esgota, naturalmente, nesta análise elaborada a partir do estudo das ânforas Haltern 70. Refira-se, a propósito 1 fragmento de bordo com fabrico lusitano atribuível ao tipo Dressel 7-11 (fig. 33: 116) e que, entre outras questões, se enquadra na recente interrogação de Carlos Fabião (2000b, 717-730) sobre a complementaridade ou concorrência das províncias lusitana e bética. O estudo morfológico e a análise macroscópica de todas as ânforas Haltern 70 recolhidas na cidade permitiu ainda individualizar 1 fragmento com um fabrico oriundo da região gaditana (fig. 33: 117), recentemente confirmado pelos estudos arqueométricos sobre as produções béticas em Bracara Augusta. 7.- Bibliografía. ALMEIDA, C. A. F. DE (1974): “Necrópole Galaico-Romana de Vila do Conde”, Sep. da “Revista da Faculdade de Letras” da Universidade do Porto, Série História, vol. IV (1973), Porto. ALMEIDA, C. A. F. ET ALII (1980): “Escavações Arqueológicas em Santo Estêvão da Facha”, Arquivo de Ponte de Lima, 3, Ponte de Lima, pp. 3-91. AMAR, G. e LIOU, B. (1984) : “Les estampilles sur amphores du Golfe de Fos”, Archeonautica, 4, pp. 145-212. BAUDOUX, J. (1996) : “Les amphores du nord-est de la Gaule (territoire français). Contribution à la histoire de l’économie provinciale sous l’Empire Romain”, DAF, nº 52, París. BELTRÁN LLORIS, M. (2000): “Mulsum betico. Nuevo contenido de las Ánforas Haltern 70”, Actas do 3º Congresso de Arquelogia Peninsular (UTAD, Vila Real, Setembro de 1999), Arqueologia da Antiguidade na Península Ibérica, Vol. 6, Porto, pp. 323-344, Lam. I-III. BELTRÁN LLORIS, M. (2000 b): “Anforas Beticas en la Tarraconense: bases para una síntesis”, in Congreso Internacional EX BAETICA AMPHORAE… (Sevilla- Écija, 17 a 20 de Dezembro de 1998), Vol. II, Écija, pp. 441-535. BERNAL CASASOLA, D. (1998): “Cap. V. Las producciones anfóricas del taller”, Los Matagallares (Salobreña, Granada). Un centro romano de producción alfarera en el siglo III d. C., (edición científica e coord. D. Bernal Casasola), Ayuntamiento de Salobreña, Salobreña, pp. 231-305. BERNAL CASASOLA, D. (2000): “Las ânforas béticas en los confines del Império. Primera aproximación a las exportaciones a la Pars Orientalis”, Congreso Internacional Ex Baetica Amphora, (Sevilla- Écija, 17 a 20 de Dezembro de 1998), Vol. I, Écija, pp. 935-988. BERNAL CASASOLA, D. e LORENZO MARTÍNEZ, L. (1998a): “Informe de la Intervención Arqueológica de urgencia en la Villa Romana del Puente Grande (Los Altos del Ringo Rango, Los Barrios, Cádiz)”, Anuario de Arqueología Andaluza, Sevilla. BERNAL CASASOLA, D. e LORENZO MARTÍNEZ, L. (1998b): “Los Altos del Ringo Rango (Los Barrios, Cádiz). Un complejo residencial e industrial de época romana (ss. I-V d.C.)” Cuadernos de Prehistoria y Arqueología de la Universidad Autónoma de Madrid, 23, pp. 191-211. BERNAL CASASOLA, D. e LORENZO MARTÍNEZ, L. (2000): “Excavaciones en alfares romanos de la Bahía de Algeciras (La Venta del Carmen y el Ringo Rango en Los Barros) y la Costa de Granada (Los Matagallares, Solobreña). Nuevos elementos para

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CATÁLOGO Fig. 3 1

Fragmento de pança, colo e arranque de asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Tituli Picti. Diâmetro: 276 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2002-1004).

2 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Tituli Picti. Diâmetro: 290 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2002-1974).

Fig. 4 3

Fragmento de pança e colo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Tituli Picti. Diâmetro: 264 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2002-2181).

4 Fragmento de pança. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Tituli Picti. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1999-0874).

Fig. 5 5

Fragmento de colo e arranque de asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Tituli Picti. Diâmetro: 110 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 2002-0983).

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6 Fragmento de pança, colo e arranque de asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Tituli Picti. Diâmetro: 316 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2002-2226).

Fig. 6 7

Fragmento de pança e colo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Tituli Picti. Diâmetro: 167 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2002-0960).

8 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Tituli Picti. Diâmetro na parte mais larga: 182 mm. Proveniência: Necrópole de Maximinos / R. do Caires (N. I.: 2002-0237).

Fig. 7 9

Fragmento de pança e arranque de asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Tituli Picti. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: sem inventário).

10 Fragmento de pança. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Tituli Picti. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2002-2225).

11 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Tituli Picti. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 2000-0885).

12 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Tituli Picti. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2002-2199).

13 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Tituli Picti. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2002-1198).

14 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Tituli Picti e grafito. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2002-1978).

15 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1158).

Fig. 8 16

Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Parede interna impregnada de cor avermelhada escura. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0400).

17 Fragmento de fundo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Fundo interno com vestígios de pez. Diâmetro na parte mais larga: 98 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2003-0389).

18 Fragmento de bordo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 2003-0264).

Fig. 10 19

Fragmento de bordo, colo e asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 172 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1141).

20 Fragmento de bordo e colo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 165 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1144).

21 Fragmento de bordo, colo e asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 174 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0617).

Fig. 11 22

Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2003-0403).

23 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 146 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-2602).

24 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 140 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1190).

Fig. 12 25

Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 145 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1194).

26 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1185).

27 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1187).

28 Fragmento de bordo e colo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 144 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-2599).

Fig. 13 29

Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 164 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1147).

30 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1193).

31 Fragmento de bordo, colo e asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 160 mm. Proveniência: B. Mis (N. I.: 2002-2262).

32 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1184).

33 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1183).

Fig. 14 34

Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1181).

35 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1998-0783).

36 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 154 mm. Proveniência: Regeneração / R. dos Bombeiros Voluntários (N. I.: 1997-1187).

Fig. 15 37

Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Salv. na Av. da Imaculada Conceição / Livraria Cruz (N. I.: 1997-1185).

38 Fragmento de bordo e colo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 176 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1155).

39 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-1164).

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Bracara Augusta: um pequeno “testaccio” de ânforas Haltern 70. Considerações e problemáticas de estudo

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40 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-2617).

41 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1173).

42 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1149).

Fig. 16 43

Fragmento de bordo, colo e asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 176 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-1159).

44 Fragmento de bordo e colo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 160 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 1997-1168).

45 Fragmento de bordo, colo e asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 184 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0614).

46 Fragmento de bordo e colo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-1163).

Fig. 17 47

Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 158 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1143).

48 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1998-1094).

49 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1150).

50 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 154 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-2609).

Fig. 18 51

Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1151).

52 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 164 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0602).

53 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 200 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1177).

54 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1997-1182).

55 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Maximinos (N. I.: 1994-1184).

56 Fragmento de bordo, colo e asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1192).

Fig. 19 57

Fragmento de bordo e colo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 156 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-2601).

58 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-1130).

59 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1444).

60 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0779).

61 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 2003-0396).

62 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-1160).

63 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-2615).

64 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 166 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1217).

Fig. 20 65

Fragmento de bordo, colo e asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1139).

66 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0622).

67 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 196 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1191).

Fig. 21 68

Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0368).

69 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0364).

70 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0369).

Fig. 22 71

Fragmento de bordo e colo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0377).

72 Fragmento de bordo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 116 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0378).

73 Fragmento de bordo, colo e asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0384).

74 Fragmento de bordo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0370).

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Rui Morais

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Fig. 23 75

Fragmento de bordo, colo e asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1442).

76 Fragmento de bordo e colo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1175).

77 Fragmento de bordo, colo e asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 158 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1174).

78 Fragmento de bordo e colo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 144 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1153).

79 Fragmento de bordo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 160 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 1997-1169).

80 Fragmento de bordo, colo e asa. Haltern 70. (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1137).

Fig. 24 81

Fragmento de bordo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1152).

82 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Proveniência: Termas (N. I.: 1999-2607).

83 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 190 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1145).

84 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1157).

85 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0623).

86 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-1134).

87 Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 156 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-2616).

88 Fragmento de bordo, colo e início de arranque de asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 152 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0633).

Fig. 25 89

Fragmento de bordo e colo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 142 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1176).

90 Fragmento de bordo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 142 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1995-1445).

91 Fragmento de bordo, colo e asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0609).

92 Fragmento de bordo e colo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 145 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1172).

93 Fragmento de bordo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-0178).

Fig. 26 94

Fragmento de bordo, colo e asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 166 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1140).

95 Fragmento de bordo e colo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1148).

96 Fragmento de bordo, colo e asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 158 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0621).

97 Fragmento de bordo e colo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 162 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-1162).

98 Fragmento de bordo e colo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Diâmetro: 186 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-2635).

Fig. 27 99

Fragmento de bordo, colo e asa. Dressel 14 a (Lusitana). Diâmetro: 126 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-1119).

100 Fragmento de bordo e colo. Dressel 14 a (Lusitana). Diâmetro: 174 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 1997-1122).

Fig. 28 101

Fragmento de bordo, colo e arranque de asa. Dressel 7-11 (Bética / Gaudalquivir). Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0564).

102 Id. Dressel 7-11 (Bética / Gaudalquivir). Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1188).

103 Fragmento de bordo. Dressel 7-11 (Bética / Gaudalquivir). Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-1161).

Fig. 29 104

Id. Dressel 7-11 (Bética / Gaudalquivir). Diâmetro: 220 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-1166).

105 Id. Dressel 7-11 (Bética / Gaudalquivir). Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Sé (N. I.: 1999-0045).

106 Id. Dressel 7-11 (Bética / Gaudalquivir). Diâmetro: 188 mm. Proveniência: Praia das Sapatas (N. I.: 1997-1183).

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Bracara Augusta: um pequeno “testaccio” de ânforas Haltern 70. Considerações e problemáticas de estudo

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Fig. 30 107

Fragmento de bordo e colo. Dressel 14 a (Bética / Guadalquivir). Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1186).

108 Id. Dressel 14 a (Bética / Guadalquivir). Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1189).

109 Id. Dressel 14 a (Bética / Guadalquivir). Diâmetro: 185 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-0996).

Fig. 31 110

Id. Dressel 14 a (Bética / Guadalquivir). Diâmetro: 156 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1156).

111 Id. Dressel 14 a (Bética / Guadalquivir). Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-0390).

Fig. 32 112

Fragmento de bordo, colo e arranque de asa. Dressel 14 a (Bética / Guadalquivir). Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1998-1315).

113 Id. Dressel 14 b (Bética / Guadalquivir). Diâmetro: 162 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 2003-0289).

114 Id. Dressel 14 b (Bética / Guadalquivir). Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0554).

115 Id. Dressel 14 b (Bética / Guadalquivir). Diâmetro: 178 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-2612).

Fig. 33 116

Fragmento de bordo. Dressel 7-11 ou Dressel 14 (Lusitano). Diâmetro: 200 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2003-0566).

117 Fragmento de bordo, colo e asa. Haltern 70 (Bética / Cádiz). Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1999-0722).

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Rui Morais

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