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Berlioz França 1803-1869 Disciplina: Música 8º ano

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Berlioz

França

1803-1869

Disciplina: Música

8º ano

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INTRODUÇÃO

Hoje em dia podemos dividir a história da música em distintos períodos, cada qual com as suas características bem definidas. Está-se de acordo que um estilo musical pode demorar um longo período de tempo até estar concluído, pois é algo lento, o que leva também os historiadores da música a não terem a certeza em relação a algumas datas e acontecimentos.

Neste trabalho falarei de um grande compositor clássico do Romantismo no séc.XIX, Berlioz. Berlioz nasceu em França em 1803 e morreu em 1869. Este compositor dedicou-se ao explorar toda a variedade de volume e altezas sonoras, as harmonias e as novas possibilidades de combinar diferentes timbres.

Espero que com a feitura deste trabalho consiga adquirir novos conhecimentos acerca não só de Berlioz como também de outros grandes compositores clássicos.

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Romantismo no Século xix Romantismo… 

- Tendência que se manifesta nas artes e na literatura do final do século XVIII até o fim do século XIX;

- Nasce na Alemanha, na Inglaterra e na Itália, mas é na França que ganha força e de lá se espalha pela Europa e pelas Américas;

- Opõe-se ao racionalismo e ao rigor do neoclassicismo;

- Caracteriza-se por defender a liberdade de criação e privilegiar a emoção;

- As obras valorizam:- o individualismo- o sofrimento amoroso- a religiosidade cristã- a natureza- os temas nacionais- o passado

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- Os compositores buscam liberdade de expressão. Para isso…

flexibilizam a forma e valorizam a emoção;exploram as potencialidades da orquestra e também cultivam a interpretação a solo;resgatam temas populares e folclóricos, que dão ao romantismo carácter nacionalista;

- A transição do classicismo musical, que acontece já no século XVIII, para o romantismo é representada pela última fase da obra do compositor alemão Ludwig van Beethoven (1770-1827).- Nas sonatas e em seus últimos quartetos de cordas, começa a se fortalecer o virtuosismo.

- De suas nove sinfonias, a mais conhecida e mais típica do romantismo é a nona.

- As tendências românticas consolidam-se depois com Carl Maria von Weber (1786-1826) e Franz Schubert (1797-1828).

- O apogeu, em meados do século XIX, é atingido principalmente com Felix Mendelssohn (1809-1847), autor de Sonho de uma Noite de Verão, Hector Berlioz (1803-1869), Robert Schumann (1810-1856), Frédéric Chopin (1810-1849) e Franz Liszt (1811-1886). No fim do século XIX, o grande romântico é Richard Wagner (1813-1883), autor das óperas românticas “O Navio Fantasma” e “Tristão e Isolda”.

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Outros compositores do Romantismo

Guido Aldar Hugo Riemenn Charles Seeger

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Beethevon - Alemanha Weber – Alemanha Schubert - Áustria Chopin - Polônia Mendelssohn - Alemanha Schumann - Alemanha Liszt - Hungria Wagner – Alemanha Verdi - Itália Smetana - Boêmia Brahms – Alemanha Grieg – Noruega Mahler –Áustria Elgar – Inglaterra Tchaikovsky - Rússia Dvorák - Boêmia

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"Hector Berlioz parece formar, juntamente com

Hugo e Delacroix, a Trindade da Arte

Romântica."

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Quem foi Hector Berlioz?

Louis Hector Berlioz nasceu a 11 de dezembro de 1803, em Côte-Saint-André, entre Grenoble e Lyon, na França. O seu pai era médico e o jovem Hector foi enviado a Paris para, como o pai, estudar medicina. Berlioz, insatisfeito com a escola de medicina, desistiu do curso para estudar música, contra a vontade de seu pai. O jovem entrou para o conservatório de Paris, para estudar composição.

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Embora muito cedo revelasse talento musical, aos dezoito anos a família enviou-o para Paris, a fim de fazer um curso de medicina. Atraído pelo Teatro da Ópera e pelo movimento artístico da metrópole, não tardou em trocar a universidade pelo conservatório: a desaprovação dos pais lhe custaria quase dez anos de aborrecimentos.

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Relacionamentos

Seu amor não correspondido pela atriz Henrietta Constance Smithson serviu de inspiração para a composição da Sinfonia Fantástica. No mesmo ano da première desta obra (1830), Berlioz ganhou o Prix de Rome. Ao voltar a Paris, após seus dois anos de estudo em Roma, ele finalmente casou-se com Smithson, quando esta finalmente foi a uma apresentação da Sinfonia Fantástica. Entretanto, após poucos anos, o relacionamento acabou.

Um noivado com Marie Moke, ocorrido na época em que Smithson rejeitou Berlioz, foi rompido quando a mãe de Marie resolveu casá-la com o pianista e fabricante de pianos Camille Pleyel.

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Henrietta Constance Smithson

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"Quando Hector Berlioz desencadeia oito pares de

tímpanos, quatro grupos de metais, e enormes coro e

orquestra, o quadro do Juízo Final é percebido com

todo o poder, trepidação e esmagadora vivacidade que

a Música é capaz de criar. Esta peça monumental

contém ainda muitos momentos de silenciosa

contemplação e beleza lírica que capturam o sacro

aspecto do Requiem".

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À travers chants Amitié, reprends ton empire La ballet des ombres Béatrice et Bénédict La belle voyageuse, ballade Benvenuto Cellini Canon libre à la quinte La captive, orientale Le carnaval romain Chant des chemins de fer Chant sacré Le chasseur danois Le cinq mai, chant sur la mort de l’Empereur Napoléon Coro dei Maggi Le Corsaire, overture

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La damnation de Faust La Dépit de la Bergère L'Enfance du Christ Feuillets d’album Fleurs des landes Les francs-juges Fugue à 2 chœurs et 2 contre-sujets Fugue à 3 sujets  Grand Treatise on Instrumentation and Modern

Orchestration Grande messe des morts (Requiem) Grande ouverture de Waverley Grande ouverture du roi Lear Grande symphonie funèbre et triomphale

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Harold en Italie Hélène, ballade Herminie Hymne à la France Hymne pour l’élévation Hymne pour la consécration du nouveau tabernacle Intrata di Rob-Roy MacGregor Invitation à louer Dieu Irlande Le jeune Pâtre breton L’impériale, cantate Lélio, ou le retour à la vie Lettres intimes Marche funèbre pour la dernière scène d'Hamlet Méditation religieuse

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La menace des Francs Messe solennelle Le montagnard exilé La mort d'Ophélie La mort de Cléopâtre Nessun maggior piacere Les Nuits d'été Pleure, pauvre Colette Prière du matin Rêverie et Caprice La révolution grecque, scène héroïque Roméo et Juliette, symphony Sara la baigneuse, ballade 8 scènes de Faust

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Sérénade agreste à la madone sur la thème des pifferari romains

Symphonie fantastique Tantum ergo Te Deum Le temple universel Toccata Tristia Les Troyens Valse chantée par le vent dans les cheminées d'un de mes

châteaux en Espagne Veni creator Vox populi Zaïde, boléro

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Acerca de algumas obras de Berlioz…

Tanto a obra Requiem como a Sinfonia Fúnebre e Triunfal foram escritos para serem exe cutados em ocasiões especiais, nos In válidos ou na Praça da República, para festejar o décimo aniversário da revolu ção de 1830, e que estes lugares permi tiram ao compositor sondar as enormes qualidades acústicas que lhe ofereciam; no entanto, este aspecto esmagador de algumas obras de Berlioz prejudicou, ao torná-lo caricato, a imagem do composi tor. Mas, em Berlioz, há também o mú sico delicado e genial orquestra dor que tem plena consciência da sono ridade que manipula e que é sempre a mais apropriada para as suas intenções.

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Basta referir a obra “A Rainha Mab” da sinfonia Romeu e Julieta para descobrir uma maneira inédita de tratar os timbres da orquestra: a divisão da massa de violinos, a fim de obter uma leve palpitação em staccato, ou a exploração de um clima sobrenatural nos sons harmônicos da harpa em conjunto com o cristal mágico dos pratos anti gos.Resumindo, Berlioz ampliou o papel e a extensão da orquestra. Utilizou, desde as suas primeiras obras, o contra-fa gote, o corno-inglês, quatro trompetes, três ou quatro tímpanos (Benvenuto Cellini, Sinfonia Fantástica), o clarinete baixo, quatro harpas e até o piano toca do a quatro mãos. Por certo, em todas as obras de Berlioz abundam os efeitos originais, como aquele sarcasmo do clarinete de requinta na Sinfonia Fan tástica ou a utilização de quatro pianos - caso único - em A Tempestade. Su blinhemos, no entanto, alguns proces sos curiosos, como o uso, mais leve, das baquetas com esponja nos timbales, o ataque nos instrumentos de corda com a madeira do arco o emprego alargado da surdina nos ins trumentos de sopro ou a função desem penhada pela mão ao tapar o pavilhão das trompas, para produzir um som ve lado e corrigir a afinação.

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Berlioz estudava exaustivamente tudo isso no seu Trata do de Instrumentação, obra magistral, escrita em 1844, e que é um verdadeiro compêndio de estética musical aplicada, que ainda hoje goza de autoridade.

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Em Paris, um compositor não era considerado grandioso até que realizasse uma produção operística de sucesso. Berlioz, que idolatrava Gluck desde seus dias na escola de medicina, não queria nada mais do que tornar-se um grande compositor operático. A sua primeira ópera a ser executada, Benvenuto Cellini (estreada em 1838), era brilhante, porém compreendida por poucos. A produção foi um fracasso e a reputação de Berlioz dentro da França nunca foi a mesma. O insucesso de sua ópera talvez o tenha encorajado a escrever sinfonias e cantatas — e realizar diversas turnês em países onde sua música era apreciada. Foi numa de suas muito bem-recebidas turnês ao redor da Europa que Berlioz, que virtualmente havia terminado seu tempestuoso casamento com Harriet Smithson, conheceu a cantora Marie Recio. Ela seguiria sendo sua parceira para o resto de sua vida.

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Influências

Berlioz era um amante da literatura, e muitas de suas melhores composições são influenciadas por obras literárias. Para compor a Danação de Fausto, Berlioz baseou-se no Fausto, de Goethe; para Haroldo na Itália, baseou-se no Childe Harold, de Lord Byron e, para Benvenuto Cellini, na autobiografia de Cellini. Para a criação de Romeo et Juliette, a base foi a obra, de mesmo nome, de Shakespeare. Para compor sua grande obra, Les Troyens, foi influenciado pela leitura da Eneida, de Virgílio. Para compor sua última ópera, Béatrice et Bénédict, Berlioz preparou um libretto vagamente baseado na peça de Shakespeare, Much Ado About Nothing. Além de influenciado por obras literárias, Berlioz também admirava a obra de Beethoven (à época, desconhecido na França). A apresentação da Sinfonia Eroica em Paris causou profundas influências na obra de Berlioz. Além de Beethoven, o compositor também admirava Gluck, Weber e Spontini.

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Sinfonia fsntástica

A audição da Symphonie Fantastique é acompanhada pelo público com a leitura de um programa, escrito pelo próprio compositor – Episódio na vida de um artista – que relata alguns dos momentos da sua paixão pela actriz. A existência do programa torna unívoca a interpretação da música, esclarece o seu sentido aos ouvintes e explica a sua forma. Foi a primeira obra de música programático puramente instrumental, embora se baseie claramente nos princípios da reforma da ópera de C. W. Gluck (1714-1787), em que se defendia a primazia da transmissão dos afectos do libreto no discurso musical. Aliás, alguns pormenores de instrumentação como as harpas, o corne inglês e os sinos são aqui pela primeira vez utilizados em música sinfónica, apesar de já terem integrado a orquestra- na ópera.

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Para além do facto da sinfonia ter 5 andamentos, de características originais na época, uma outra inovação inserida por Berlioz é o conceito de ideé-fixe (que mais á frente iremos ver o conceito) , um tema melódico, associado a uma personagem (neste caso a sua amada), que surge de forma recorrente ao longo da obra.

A estreia da Symphonie Fantastique em 1830 em Paris, foi símbolo do início do Romantismo em França. Era a primeira vez que um compositor expunha explicitamente uma experiência pessoal numa obra musical. A expressão do "eu" e do sentimento tornaram-se, a partir daí, importantes pilares da música romântica em toda a Europa. O conceito de música programática ficou também para as gerações futuras, em compositores como List ou os russos do Grupo dos Cinco. Hector Berlioz foi, acima de tudo, um compositor que criou com originalidade, fundando importantes conceitos para o futuro.

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Idée Fixe

Na sua Sinfonia Fantástica, Berlioz consegue dar sentido de unidade aos cinco elementos, trazendo o tema a que ele chama Idée Fixe, aos pontos chaves da sinfonia – variando a cada vez , de acordo com as circunstâncias . Eis o início de Ideé Fixe, tal como aparece pela primeira vez no movimento de abertura.

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Curiosidade

Escritor espirituoso, Berlioz colaborou no Jornal dos debates como crítico de música para sobreviver, trabalho que odiava. Em 1839 foi nomeado conservador da biblioteca do conservatório, único posto oficial que ocupou em vida.

De 1840 em diante, viajou como regente de orquestra. Recebeu, contudo, o estímulo de um reconhecimento entusiástico por parte de Paganini. Foi dessa época a sua paixão por Marie Recio, cantora sem sucesso e que não lhe traria menos infelicidades do que a primeira mulher. Em 1852, Liszt organizou em Weimar uma ‘Semana Berlioz’, cujo êxito não chegou a equilibrar a situação material do compositor. Foi eleito membro do Instituto (1856), mas sua obra não continuava não sendo muito apreciada na França.

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Curiosidade

Escritor espirituoso, Berlioz colaborou no Jornal dos debates como crítico de música para sobreviver, trabalho que odiava. Em 1839 foi nomeado conservador da biblioteca do conservatório, único posto oficial que ocupou em vida.

De 1840 em diante, viajou como regente de orquestra. Recebeu, contudo, o estímulo de um reconhecimento entusiástico por parte de Paganini. Foi dessa época a sua paixão por Marie Recio, cantora sem sucesso e que não lhe traria menos infelicidades do que a primeira mulher. Em 1852, Liszt organizou em Weimar uma ‘Semana Berlioz’, cujo êxito não chegou a equilibrar a situação material do compositor. Foi eleito membro do Instituto (1856), mas sua obra não continuava não sendo muito apreciada na França.

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Morte

Os últimos anos foram os mais amargos do sofrido Berlioz, salvando-o do naufrágio total apenas a viagem à Rússia, em 1867: deu uma série de concertos em Moscou, conheceu a música do grupo dos ‘Cinco’, descobriu o gênio de Mussorgsky e faleceu a 8 de Março de 1869 e está sepultado no Cemitério de Montmartre, com suas duas esposas, Harriet Smithson (falecida em 1854) e Marie Recio (falecida em 1862).

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disse:

Durante sua vida, Berlioz foi mais famoso como regente do que como compositor, ele regularmente viajava para a Alemanha e Inglaterra, para reger óperas e música sinfónica, tanto obras suas quanto de outros compositores.

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- Bruna Teixeira, nº1

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