barroco século xvii. momento histórico crise espiritual na cultura ocidental. duas mentalidades...
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Barroco Século XVII
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- Barroco Sculo XVII
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- Momento histrico
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- Crise espiritual na cultura ocidental. Duas mentalidades conviviam: paganismo sensualismo renascentista Presena de forte religiosidade, linha oposta ao Renascimento.
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- Cultismo e Conceptismo
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- Duas tendncias de estilo se manifestaram no Barroco. Estas tendncias no se excluem, ou seja, podem estar juntas no mesmo texto: 1. Cultismo: gosto pelo rebuscamento formal; jogos de palavras; uso de figuras de linguagem; vocabulrio sofisticado; explorao dos 5 sentidos. 2. Conceptismo: jogo de ideias; raciocnio lgico; exemplificaes.
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- Caractersticas do Barroco
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- Conflito entre viso antropocntrica e teocntrica; Oposio entre o mundo ocidental e o mundo espiritual; Conflito entre f e razo; Cristianismo; Sensualismo e sentimento cristo de culpa; Conscincia da efemeridade do tempo; Raciocnios complexos intrincados, desenvolvidos em parbolas e narrativas bblicas.
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- Escritores brasileiros de maior destaque no Barroco: NA POESIA: Gregrio de Matos, Bento Teixeira. NA PROSA: Padre Antnio Vieira, Sebastio da Rocha Pita.
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- Gregrio de Matos o maior poeta barroco brasileiro; Um dos fundadores da poesia lrica e satrica; Foi irreverente ao afrontar os valores e a falsa moral da sociedade baiana; Denunciou as contradies da sociedade baiana e criticou os mais diversos grupos: governantes, fidalgos, comerciantes, escravos, etc.; s vezes, usa linguagem de baixo calo; Basicamente, Gregrio segue trs linhas: lrica, religiosa e satrica.
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- Exemplo de poema lrico: mesma D. ngela Anjo no nome, Anglica na cara! Isso ser flor, e Anjo juntamente! Ser Anglica e flor, e Anjo florente! Em quem, seno em vs se uniformara? Quem veria uma flor, que a no cortara De verde p, de rama florescente; E quem um Anjo vira to luzente Que por seu Deus, o no idolatrara? Se pois como Anjo sois dos meus altares Fordes o meu Custdio, e a minha guarda, Livrara eu de diablicos azares. Mas vejo, que por bela, e por galharda, Posto que os Anjos nunca do pesares, Sois Anjo, que me tenta, e no me guarda.
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- Exemplo de poema religioso: Pequei, Senhor, mas no porque hei pecado Da vossa piedade me despido; Porque quanto mais tenho delinquido, Vos tenho a perdoar mais empenhado. Se basta a vos irar tanto um pecado, A abrandar-vos sobeja um s gemido: Que a mesma culpa que vos h ofendido, Vos tem para o perdo lisonjeado. Se uma ovelha perdida e j cobrada Glria tal e prazer to repentino Vos deu, como afirmais na Sacra Histria: Eu sou, Senhor, ovelha desgarrada; Cobrai-me; e no queirais, Pastor Divino, Perder na vossa ovelha a vossa glria.
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- Exemplo de poema satrico: Neste mundo mais rico, o que mais rapa: Quem mais limpo se faz, tem mais carepa: Com sua lngua ao nobre o vil decepa: O Velhaco maior sempre tem capa. Mostra o patife da nobreza o mapa: Quem tem mo de agarrar, ligeiro trepa; Quem menos falar pode, mais increpa: Quem dinheiro tiver, pode ser Papa. A flor baixa se inculca por Tulipa; Bengala hoje na mo, ontem garlopa: Mais isento se mostra, o que mais chupa. Para a tropa do trapo vazo a tripa, E mais no digo, porque a Musa topa Em apa, epa, ipa, opa, upa.