barroco ou barrocos o caso português

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HISTÓRIA DA CULTURA E DAS ARTES Módulo 6 – A Cultura do Barroco Barroco ou barrocos? O caso Português.

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Page 1: Barroco ou barrocos O caso Português

HISTÓRIA DA CULTURA E DAS ARTES

Módulo 6 – A Cultura do Barroco

Barroco ou barrocos? O caso Português.

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BARROCO EM PORTUGAL

Situa-se entre os finais do século XVII e o século XVIII.

A presença no mesmo espaço de arquitetura, escultura, talha e azulejaria é uma das marcas especificas do barroco Português.

Coincide com um período particularmente difícil da vida nacional:

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BARROCO EM PORTUGAL

Domínio Filipino e ida da corte para Madrid.

Perda de algumas colónias.Guerra da Restauração que se prolonga

até 1668.Crise dinástica – D. Afonso VI/ D: Pedro IIIForte presença do Santo Ofício.

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BARROCO EM PORTUGAL

No entanto não há mal que sempre dure.

Os reinados de D. João V e D. José são tempos de pujança económica devido aos carregamentos de açúcar, ouro e diamantes que chegavam ao reino.

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ARQUITETURA

Num primeiro momento a Arte Portuguesa prolonga o Maneirismo e usa as diretrizes do Concílio de Trento.

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ARQUITETURA

Deste primeiro período encontramos os arquitetos:

João Nunes de TinocoJoão Antunes

Igreja de Santa Engrácia: 1ª pedra – 1682; é finalizada em 1966 (desde 1916 é usado como Panteão nacional)

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Igreja de Santa Engrácia

Tipicamente barroca.

Planta centralizada.Fachada ondulante.Decoração policromada do interior.

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Igreja de Santa Engrácia

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Igreja de Santa Engrácia

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Outras obras

Igreja do Senhor da Cruz (1698 – 1710)– Barcelos – João Antunes

Senhor da Pedra (1740 – 1747) – Óbidos - Rodrigo Franco

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Igreja do Senhor da Cruz

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Senhor da Pedra

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ARQUITETURA

Com o reinado de D. João V tem começo o período áureo do barroco português.

Disponibilidade monetária.Vinda de artistas estrangeiros.

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PALÁCIO, MOSTEIRO E BASÍLICA DE MAFRA

Mandado construir por D. João V.1717 – 1730/1737João Francisco Ludovice - arquitetoPrivilegia o contacto com a Natureza e

caça, como em Versalhes.

13 000 operários em permanência. Nos dois últimos anos, 30 000 operários.

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PALÁCIO, MOSTEIRO E BASÍLICA DE MAFRA

Inaugurado no dia de anos do rei; a festa dura uma semana.

Apesar disso ainda estava por acabar o zimbório, as torres da basílica e parte do corpo laterais.

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PALÁCIO, MOSTEIRO E BASÍLICA DE MAFRA

A planta é composta

por dois retângulos

diferentes.

A fachada mede 220

Metros.

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PALÁCIO, MOSTEIRO E BASÍLICA DE MAFRA

Por vontade do monarca foram introduzidos relógios e carrilhões de sinos.

Apesar da maior obra Barroca Portuguesa, Mafra não deixa de ser uma obra racionalista e monótona.

A fachada é inspirada em S. Pedro de Vaticano e as torres da Basílica, ma Igreja de Santa Inês.

No entanto mais do que outro edifício, simboliza o poder absoluto e económico de D. João V.

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ARQUITETURA

No Norte do País o grande arquiteto vai ser o italiano Nicolau Nasoni.

As suas principais obras, são:

Igreja do Bom Jesus, Matosinhos 1743-1747

Igreja da Misericórdia, Porto 1749 

Paço episcopal, Porto 1734 

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ARQUITETURA

Galilé da catedral, Porto 1725-1739

Igreja e torre dos Clérigos, Porto 1731-1773

Palácio do Freixo 1742-1754

Palácio de Mateus, Vila Real 1740-1743

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Igreja do Bom Jesus, Matosinhos

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Igreja da Misericórdia, Porto

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Paço episcopal, Porto

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Galilé da catedral, Porto

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Igreja e torre dos Clérigos, Porto

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Palácio do Freixo

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Palácio de Mateus, Vila Real

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No norte destacam-se ainda Braga e Lamego.

Braga: câmara municipal André Soares - 1753

Palácio do Raio André Soares 1754-1755 

Santuário do Bom Jesus 1722

Santuário da Falperra André Soares

Hospital de São Marcos Carlos Amarante

Lamego:Santuário Nossa Senhora dos Remédios 1750

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Santuário do Bom Jesus

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câmara municipal

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Palácio do Raio

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Santuário Nossa Senhora dos Remédios

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Santuário da Falperra

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Hospital de São Marcos

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ESCULTURA

Arte de eleição do Barroco.Verifica-se sobretudo ao nível da talha.Assim como na arquitetura divide-se em

dois períodos:

Protobarroca – século XVIIBarroca – século XVIII

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Protobarroca – século XVII

Influências castelhanas e italianas.

Estatuária de vulto redondo; Baixos relevos decorativos;

Temática religiosa; Policromada e em madeira. A escultura em pedra só volta a ganhar

importância em Mafra.

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Protobarroca – século XVII

Autores:

Manuel Pereira – trabalhou na corte de Filipe IV.

Frei Cipriano da Cruz;Mestres barristas de Alcobaça;

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Manuel Pereira

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Frei Cipriano da Cruz

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Barroca – século XVIII

Iniciada com o artista francês, Claude Laprade;

A sua obra caracteriza-se pelas anatomias, escorços e os panejamentos amplos e volumosos.

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TÚMULO DO

BISPO MANUEL

DE MOURA MANUEL

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Barroca – século XVIII

Outros autores:

Jacinto Vieira;António Pinto de Araújo;Félix Adaústo;Manuel Dias;

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TALHA

Arte mais genuína e característica em Portugal.

Complemento decorativo;Ocupa, altares, paredes, púlpitos,

balaustradas, frisos, tetos, etc....

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TALHA

A partir do século XVI, designa-se por Estilo Nacional – mais livre e irregular.

A partir do século XVIII, apresenta-se mais decorativa, composta por colunas salomónicas, sanefas, baldaquinos, formando todo um espaço cénico – Estilo Joanino.

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TALHA ESTILO

NACIONAL

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TALHA ESTILO

JOANINO

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OBRAS E ARTISTAS

Domingos dos Santos – igreja da pena, Lisboa

Miguel Francisco da Silva – igreja de Santa Clara e São Francisco, Porto

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Santa Clara

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são Francisco

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PINTURA

Tardia em relação ao resto da Europa.Podemos dividi-la em dois:

Século XVII – protobarroco: influenciada pelo tenebrismo castelhano (Zurbaran e Riera).

Em meados do século XVII – barroco: influências Italianas sobretudo do ponto de vista cromático.

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PINTURA

TEMAS: Religiosos. Retrato. Naturezas mortas.

TIPOLOGIAS: Pintura de retábulo. Pintura móvel. Pintura de tetos.

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Protobarroco - artistas

André Reinoso;Domingos Vieira;Josefa de Óbidos;Bento Coelho da Silva;

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Josefa de Óbidos

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André Reinoso

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Domingos Vieira

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Bento Coelho da Silva

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Período barroco - artistas

André Gonçalves;Vieira Lusitano;Vicenzo Bacharelli;

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André Gonçalves

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Vieira Lusitano

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AZULEJO

Adquire importância nos séculos XVII e XVIII.

Grande efeito cénico, transformando paredes nuas em espaços, decorativos que contam histórias e apelativos usando a técnica do tromp-l´oeil.

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AZULEJO - temática

Dicotómicos: dia/noite, bem/mal, sol/lua...Temporal – estações do ano;Mitológicos;Religiosa – antigo e nono testamento, vida

de Cristo e da Virgem...

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AZULEJO

No século XVII, realce para o cromatismo, abrangendo uma variedade de cores, desde, o azul, amarelo, laranjas, verde...

Nos finais do século XVII, inícios do século XVIII a influencia holandesa irá alterar esta paleta diversificada, para azul e branco.

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AZULEJO

Palácio de fronteira

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