bacteriologia clínica

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Bacteriologia Clnica

Bacteriologia ClnicaFarmcia 9 NoturnoProfessora: Kelli MoreiraAcadmicas: Alexandre FurtadoAmanda TiekoCarla AranElizabeth EvansKtya CortesKatilcia MarquesMrcia MiriamRegina CliaControle de Qualidade em BAARO programa de controle interno de qualidade um conjunto de aes que visam garantir a qualidade e reprodutibilidade dos processos e dos resultados produzidos por meio da verificao contnua dos fatores que interferem nessa.

Segundo a OMS a implantao necessria para:Melhorar a qualidade dos servios de sade;Gerar resultados confiveis e reproduzveis;Propiciar que resultados inter-laboratoriais sejam comparveis;Aumentar a credibilidade do laboratrio entre os mdicos e seus clientes;Motivar os funcionrios a melhorar o desempenho;Prevenir de complicaes legais que podem seguir a liberao de exames de baixa qualidade.Controle de Qualidade Interno Condies Gerais PreventivosRecepo das amostrasRealizao dos esfregaosColoraoLeitura microscpicaEmisso do laudo Operacional-Controle dos insumos-Controle dos equipamentos-Procedimentos tcnicos-Monitoramento dos resultados da Baciloscopia-Registro dos procedimentos de CQI-Aplicao das aes corretivas quando se fizerem necessriasEnvolve dois aspectos:Controle de Qualidade Interno Condies EspecficasControle de Qualidade Interno dos InsumosA qualidade da baciloscopia est tambm relacionada ao controle de estoque. Esse controle deve garantir a disponibilidade de todo o material de consumo necessrio execuo dos exames e monitorar o aspecto fsico e prazo de validade dos reagentes, corantes e outros materiais, para evitar desperdcios.

Controle de Qualidade Interno Condies EspecficasguaEm alguns locais, a gua corrente, mesmo deionizada, pode estar contaminada com micobactrias ambientais, que podem gerar resultados falsos positivos.

Controle de Qualidade Interno Condies EspecficasguaProcedimentos para deteco de microorganismos lcool-cido resistentes na gua:Centrifugar 200 250 ml de gua em mltiplos tubos;Fazer um esfregao com uma mistura dos sedimentos;Fixar, corar pelo mtodo de Ziehl-Neelsen e realizar a leitura.

ResultadoQuando presena de microorganismos lcool-cido resistentes, deve-se investigar a causa da contaminao, esterilizar todo o contedo da gua e descartar.Quando ausncia de microorganismos lcool-cido resistentes, deve-se esterilizar todo o contedo da gua e descartar.

Controle de Qualidade Interno Condies EspecficasCoranteVerificar a qualidade dos corantes toda vez que produzir um lote e, quando estiver em uso, verificar pelo menos uma vez por semana;Corar um esfregao preparado e fixado com uma amostra de resultado conhecido positivo e outro com uma amostra negativa. Esses esfregaos podem ser preparados no laboratrio a partir de amostras tratadas com 10 gotas de fenol a 5% durante uma hora;Os esfregaos devem ser conservados ao abrigo do calor e da umidade, em caixas plsticas. A validade dos corantes de 6 meses.Controle de Qualidade Interno Condies Especficas Lminas Devem ser sem uso, limpas e desengorduradas.

EquipamentosOs equipamentos devem ser utilizados de acordo coma as recomendaes do fabricante, a fim de ampliar a sua vida til. Devem, tambm, ser monitoradas pelo usurio para assegurar a preciso requerida para a anlise.

Controle de Qualidade InternoLembrando que: uma atividade permanente dependente da conscientizao e atitude dos profissionais envolvidos em cada etapa do trabalho.Organizao do local de trabalhoCapacitao peridica dos profissionaisUso de POPsRegistros dos problemas e dificuldadesRegistros das medidas corretivas.

Procedimento Operacional Padro - POPObjetivo:Preparao de esfregaos para a observao de BAAR, aplicados na baciloscopia.

Procedimento Operacional Padro - POPMaterial necessrio:Lmina para microscopia;Lpis para vidro;Ala e agulha de platina;Cultura de micobactrias;leo de imerso, papel absorvente;Suporte para lminas;Lamparinas, bico de Bunsen e isqueiro;Fucsina fenicada de Ziehl-Neelsen;Soluo de lcool-cido clordrico 1%;Azul de metileno;Soluo salina ou gua destilada;Pote para descarte das lminas.

Procedimento Operacional Padro - POPMtodo:Mtodo de colorao quente mtodo de ziehl-neelsen.Procedimento:Preparar um esfregao homogneo, delgado e identificado em uma lmina nova desengordurada, limpa e seca;Deixar secar a temperatura ambiente;Fixar o material do esfregao passando de 3 a 4 vezes pela chama do bico de Bunsen;Cobrir a totalidade da superfcie do esfregao com soluo de fucsina de Ziehl concentrada;Deixar agir por cerca de 5 minutos, aquecendo brandamente utilizando lamparina ou com a chama do bico de Bunsen, passando lentamente por baixo da lmina, at que se produza emisso de vapores e, quando estes so visveis, cessar o aquecimento. Repetir essa operao at completar trs emisses sucessivas. Evitar a fervura e secagem do corante (adicionar mais corante, caso necessrio, dentro deste perodo para evitar que a lmina seque porque o esfregao precisa estar coberto permanentemente durante o aquecimento). Este aquecimento deve ser intermitente, pois importante manter a soluo aquecida durante o tempo previsto;

Procedimento Operacional Padro - POPProcedimento:Lavar em gua corrente (jato de baixa presso) para eliminar a fucsina;Cobrir toda a superfcie do esfregao com a soluo de lcool-cido;Essa operao dura, em geral, dois minutos;Lavar em gua corrente (jato de baixa presso) para eliminar o lcool-cido;Cobrir toda a superfcie do esfregao com a soluo de Azul de metileno durante 30 segundos a 1 minuto e lavar;Colocar a lmina com o esfregao para cima, sobre o papel limpo, para secar temperatura ambiente ou estufa a 35C;Observar ao microscpio com objetiva de imerso (100x).

Resultado: Evidenciar as caractersticas morfotintoriais de micobactrias em geral. No mtodo de Ziehl-Neelsen as micobactrias permanecem coradas, por serem BAAR, com tonalidade vermelha, enquanto as outras bactrias se mostram azuis.Procedimento Operacional Padro - POPResultado: Evidenciar as caractersticas morfotintoriais de micobactrias em geral. No mtodo de Ziehl-Neelsen as micobactrias permanecem coradas, por serem BAAR, com tonalidade vermelha, enquanto as outras bactrias se mostram azuis.

DiagnsticoAusncia de BAAR em 100 campos -< 1 BAAR em 100 campos +1-10 BAAR em 50 campos ++> 10 BAAR em 20 campos +++Controle Externo de QualidadeProcesso que permite que os Laboratrios participantes avaliem as suas capacidades tcnicas, por meio da comparao dos resultados de seus exames aos de outros, dentro de uma rede hierarquizada de Laboratrios.

BiosseguranaNvel 2Adequado para qualquer trabalho que envolva sangue humano, lquidos corporais, tecidos ou linhas de clulas humanas primrias onde a presena de um agente infeccioso pode ser desconhecido.

BiosseguranaO laboratrio deve estabelecer um conjunto de medidas essenciais de biossegurana para minimizar os riscos. Essas medidas incluem:Cdigo de prticasEquipamentoProjeto e instalaes do laboratrioVigilncia da sadeFormaoTratamento de resduos

Biossegurana Cdigo de PrticasDescreve as prticas e procedimentos laboratoriais essenciais para a aplicao de boas (isto , seguras) tcnicas microbiolgicas.O diretor do laboratrio deve usar o cdigo de prticas para elaborar instrues por escrito sobre os procedimentos a seguir na execuo do trabalho de forma segura.

Biossegurana Cdigo de PrticasOs conceitos mais importantes a incluir nos cdigos de prticas so:1- Acesso ao laboratrio2- Responsabilidade do Diretor do Laboratrio3- Equipamentos de proteo pessoal (EPP)4- Procedimentos5- reas de Trabalho

Biossegurana - EquipamentosOs equipamentos devem ser selecionados, devendo ser:-Concebidos para prevenir ou limitar o contato entre o operador e o material infeccioso;-Feitos de materiais impermeveis a lquidos e resistentes corroso;-Projetados, construdos e instalados para facilitar o seu funcionamentos e proporcionar uma fcil manuteno, limpeza, descontaminao e testes de certificao; os vidros e outros materiais quebrveis devem ser evitados sempre que possvel.Biossegurana Projeto e InstalaesA concepo adequada do laboratrio deve contribuir para a proteo dos seus funcionrios e proporcionar uma barreira, que proteja as pessoas da comunidade contra aerossis de TB que possam ter sido gerados no laboratrio.

Biossegurana Projeto e Instalaes- preciso haver ventilao adequada e fluxo de ar direcional.- Deve destinar-se um amplo espao para a realizao segura do trabalho laboratorial e para sua limpeza e manuteno.- Paredes, tetos e chos devem ser lisos e fceis de limpar. O cho deve ser antiderrapante.- A iluminao deve ser adequada para todas as atividades. No se deve usar cortinas.

Biossegurana Projeto e Instalaes- O vestirio, espao para alimentao e descanso deve ficar fora das reas de trabalho do laboratrio.- Deve haver um lavatrio com sabo para lavagem das mos em cada sala do laboratrio, de preferncia perto da sada.- As portas devem ser prova de fogo, com um visor de vidro.Biossegurana - FormaoFuncionrios bem formados, informados e conscientes da segurana so essenciais para prevenir infeces adquiridas no laboratrio, assim como incidentes e acidentes.Toda equipe deve receber formao em segurana, essa formao deve incluir o cdigo de prticas de laboratrio e as prticas e procedimentos de segurana integradas no manual de segurana.

Biossegurana Tratamento de ResduosResduo tudo o que deve ser descartado. O princpio fundamental para minimizar riscos a partir do lixo que todos os materiais infecciosos devem ser desinfetados, incinerados e preparados para serem enterrados ou autoclavados. Devem usar-se sacos de descarte na separao dos resduos.

Procedimentos de Descarte de Materiais ContaminadosDeve adotar um sistema de identificao e separao dos materiais infecciosos e seus recipientes. Incluindo:- Resduo no contaminado (no infeccioso) que pode ser reutilizado, reciclado ou descartado como lixo domstico;- Material cortante contaminado (infeccioso), tal como vidro quebrado, seringas e lminas;- Material contaminado para ser enterrado, incinerado ou autoclavado.

Equipamentos de SeguranaCmaras de Segurana Biolgica (CSB)So projetadas para proteger as pessoas e o ambiente contra agentes infecciosos e, dependendo da sua classificao, oferecer nveis variveis de proteo contra a contaminao para as amostras.O filtro HEPA, garante que apenas ar livre de micrbios seja lanado para fora da cmara. Equipamentos de Segurana - CSBExistem trs classes de CSB: l, ll e lll.Os tipos l e ll so mais adequados para uso em laboratrios de risco moderado e de risco alto.

Equipamentos de Segurana - CSBClasse lEste tipo de CSB proporciona proteo pessoal e ambiental, mas no oferece proteo dos produtos. Essa falta de proteo dos produtos pode contribuir para um aumento das taxas de contaminao, especialmente quando se prepara e inocula culturas lquidas.Classe llA CSB classe II oferece proteo pessoal, ambiental e dos produtos, proporcionando ento uma maior proteo dos produtos para no ocorrer contaminao.Esquema tpico para o fluxo de trabalho de reas limpas para reas contaminadas dentro de uma CSB Classe II. Os materiais limpos so colocados no lado esquerdo da cmara; as amostras so inoculadas no centro da cmara e as pipetas contaminadas e outros materiais so colocados nos recipientes de descarte de resduos, no lado direito da cmara. Esta disposio pode ser invertida para pessoas esquerdinas.

Tubos FalconCopo dacentrifugadoraTubos decultura lquidaPipetasVrtexGrelharea limparea de trabalhorea contaminadaProteoabsorventeda superfcie de trabalhoEquipamentos de Segurana - AutoclavesA autoclave, que usa vapor saturado sob presso, o meio mais eficaz de esterilizar instrumentos, vidraria e solues de meios de cultura, tambm usada para descontaminao de materiais biolgicos (como culturas de micobactrias). Dois fatores so essenciais para o perfeito funcionamento de uma autoclave:- Todo o ar da cmara deve ser substitudo por vapor; - A temperatura deve atingir 121C.

Equipamentos de Segurana Vesturio e Equipamento de Proteo PessoalO vesturio e os equipamentos de proteo pessoal devem atuar como uma barreira para minimizar o risco de exposio a aerossis, salpicos e inoculao acidental. A escolha do vesturio e do equipamento depende da natureza do trabalho realizado. Sendo eles:JalecoProtetores respiratriosLuvas

Equipamentos de Segurana Vesturio e Equipamento de Proteo PessoalJalecoDevem ter manga comprida e abertura atrs. Quando o funcionrio estiver de p, o jaleco deve estender-se at abaixo da bancada, e quando estiver sentado, o mesmo deve cobrir totalmente o colo da pessoa;No devem ser levados para casa para serem lavados, o laboratrio deve contar com servios de lavandaria prprios;Devem ser trocados, pelo menos, uma vez por semana e imediatamente aps terem sido claramente contaminados.Deve existir um local onde os jalecos possam ser guardados.Equipamentos de Segurana Vesturio e Equipamento de Proteo PessoalProtetores respiratriosOs protetores devem ser guardados num local conveniente, limpo, seco e higinico e no devem ser usados fora do laboratrio.Uma vez colocado, a pessoa no deve tocar a frente do protetor em nenhuma circunstncia. No puxar o protetor para baixo do queixo ou para o topo da cabea, quando falar ao telefone ou conversar.

Equipamentos de Segurana Vesturio e Equipamento de Proteo PessoalLuvasDevem usar-se luvas para todos os procedimentos que envolvam o contato direto ou possam envolver contato acidental com expectorao, sangue, fluidos corporais ou outros materiais potencialmente infecciosos.Aps o uso, as luvas devem ser removidas assepticamente e as mos devem ser lavadas cuidadosamente. Podem usar-se luvas descartveis de ltex, de vinil sem ltex (claras) ou de nitrila e os tamanhos corretos (pequeno, mdio ou grande) devem estar disponveis para todos os indivduos. As luvas devem ajustar-se da forma mais confortvel possvel e devem cobrir os punhos.

Medidas de emergncia para laboratrios de TBDerrame de material infeccioso (fora da cmara de segurana biolgica)O derrame de material infeccioso fora da CSB considerado uma ocorrncia GRAVE. Os derrames de lquidos infecciosos geram aerossis infecciosos. Todas as pessoas devem sair imediatamente da rea afetada. O supervisor do laboratrio deve ser informado do incidente imediatamente e ningum deve entrar na sala durante, pelo menos, 1 hora, para permitir que os aerossis sejam removidos atravs do sistema de ventilao do laboratrio e haver tempo para que partculas mais pesadas assentem. Devem colocar-se avisos indicando que a entrada proibida durante o procedimento de limpeza. DEVE usar-se vesturio de proteo e protetores respiratrios.

Estrutura FsicaO projeto e as instalaes so realizados de acordo com a classificao do risco de transmisso e procedimentos realizados no laboratrio.- Baixo risco- Alto riscoEstrutura FsicaLaboratrio de tuberculose baixo risco: - Separao entre a rea de trabalho do laboratrio e a rea de acesso ao pblico.- Garantia de descarte adequado de resduos slidos e a existncia de um lavatrio para as mos.

Estrutura FsicaLaboratrio de tuberculose alto risco: - Presena de uma sala que separa o laboratrio das reas pblicas serve como uma barreira secundria adicional.Estrutura FsicaO laboratrio deve ser dividido em:- rea limpa - Potencialmente contaminada

O acesso as reas limpas e reas contaminadas deve ser controlado e regulado pela administrao do laboratrio.

Estrutura Fsica- rea LimpaDeve ser reservada para trabalho administrativo e preparaes.

- rea Contaminada o local onde sero descartados os recipientes de descarte.

Estrutura FsicaEquipamentos que fazem parte da estrutura fsica devem ser: - Feitos de materiais impermeveis lquidos e resistentes a corroso;- Fabricados para serem lisos, sem pontas agudas ou partes mveis desprotegidas.- Projetados, construdos e instalados para facilitar o seu funcionamento e proporcionar uma fcil manuteno, limpeza, descontaminao e testes de certificao;- Os vidros e outros materiais quebrveis devem ser evitados sempre que possvel.Referncias- Manual nacional de vigilncia laboratorial da tuberculose e outras micobactrias / Ministrio da Sade, Secretaria de Vigilncia em Sade, Departamento de Vigilncia Epidemiolgica. Braslia : Ministrio da Sade, 2008. 436 p. : il. (Srie A. Normas e Manuais Tcnicos)- http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/manual_testes_antimicrobianos.pdf- http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/TB/eventos/Aula_Contr.Qualid.Interno.e.Externo%5BAndreia.M.S.Carmo%5D.pdf- http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/77949/10/9789248504631_por.pdf- Segurana e Controle de Qualidade no Laboratrio de Microbiologia Clnica ANVISA