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BACIAS HIDROGRÁFICAS
A bacia hidrográfica é usualmente definida como a área na qual ocorre a captação de água (drenagem) para um rio
principal e seus afluentes devido às suas características geográficas e topográficas.
A história do homem sempre esteve muito ligada às bacias hidrográficas: a bacia do rio Nilo foi o berço da civilização
egípcia; os mesopotâmicos se abrigaram no vale dos rios Tigre e Eufrates; os hebreus, na bacia do rio Jordão; os chi-
neses se desenvolveram as margens dos rios Yang – Tse e Huang Ho; os hindus, na planície dos rios Indo e Ganges. E
isso, apenas para citar os maiores exemplos.
BACIAS HIDROGRÁFICAS BRASILEIRAS
As bacias hidrográficas brasileiras são inúmeras, mas as quatro principais bacias hidrográficas do Brasil são: a bacia
Amazônica, do Tocantins, bacia platina (Paraná, Paraguai e Uruguai) e a bacia do rio São Francisco. Juntas, elas co-
brem cerca de 80% do território brasileiro, porém de forma bastante irregular.
Outras bacias hidrográficas importantes do mundo são a bacia hidrográfica do rio Sain t Lawrence, que faz divisa dos
EUA com o Canadá e dá origem ao maior sistema de lagos interiores do mundo, os “Grandes Lagos”; e a bacia dos rios
Tigre e Eufrates consideradas o berço da civilização.
BACIA HIDROGRÁFICA AMAZÔNICA
A bacia hidrográfica do rio Amazonas é a
maior e mais extensa rede hidrográfica do
mundo com uma área total de 6.110.000 km²
desde sua nascente nos Andes peruanos até
sua foz no atlântico na região norte do brasil.
Ela é considerada uma bacia continental por
se estender sobre diversos países da América
do Sul.
O rio Amazonas, hoje considerado segundo
maior rio do mundo, atrás apenas do rio Nilo.
A nascente do rio amazonas, o ponto mais
distante de onde correm águas para seu cur-
so, fica no alto rio Apurimac-Ucayali, nos An-
des do sul do Peru, a mais de 5.500 m de
altitude.
Os principais elementos componentes das
bacias hidrográficas são:
1. OS “DIVISORES DE ÁGUA” : cris-
tas das elevações que separam a
drenagem de uma e outra bacia.
2. FUNDOS DE VALE - áreas adja-
centes a rios ou córregos e que
geralmente sofrem inundações.
3. NASCENTES – local onde a água
subterrânea brota para a superfí-
cie formando um corpo d’água.
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BACIA HIDROGRÁFICA DO TOCANTINS – ARAGUAIA
BACIA HIDROGRÁFICA PLATINA
É a maior bacia de drenagem ex-
clusivamente brasileira (767.059
quilômetros quadrados).
Os principais rios são o Tocantins,
que nasce em Goiás e desemboca
na foz do rio Amazonas e o rio
Araguaia, que nasce na divisa de
Goiás com Mato Grosso e se junta
ao rio Tocantins na porção norte do
estado do Tocantins. Seu potencial
energético é explorado, com desta-
que para a usina hidrelétrica de
Tucuruí, no estado do Pará.
Bacia Platina: reúne as bacias dos rios
Paraná, Paraguai e Uruguai, que nascem
em território brasileiro e drenam também os
países platinos (Paraguai, Uruguai e Argen-
tina). Na fronteira da Argentina e Uruguai
todas as águas se juntam no estuário do rio
da Prata e deságuam no oceano Atlântico.
É a segunda bacia em área da América do
Sul.
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BACIA HIDROGRÁFICA DO URUGUAI
BACIA HIDROGRÁFICA DO PARAGUAI
ESSA BACIA ESTÁ PRESENTE NOS
ESTADOS DO RIO GRANDE DO SUL E
SANTA CATARINA. O PRINCIPAL RIO, O
URUGUAI, NASCE DA CONFLUÊNCIA
DOS RIOS CANOAS E PELOTAS. SUAS
CARACTERÍSTICAS SÃO PROPÍCIAS
PARA A CONSTRUÇÃO DE USINAS HI-
DRELÉTRICAS.
A bacia hidrográfica do Paraguai é típica de
planície, apresentando grandes extensões
para navegação. No Brasil, ela está presen-
te nos estados de Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul, englobando uma área de
361.350 quilômetros quadrados. Tem como
principal rio o Paraguai, que nasce na Cha-
pada dos Parecis (MT).
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BACIA HIDROGRÁFICA DO PARANÁ
BACIA HIDROGRÁFICA DO SÃO FRANCISCO
Essa é a principal porção da bacia
Platina (compreende os países da
argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e
Uruguai). No Brasil, a bacia hidro-
gráfica do Paraná possui 879.860
quilômetros quadrados, apresentan-
do rios de planalto e encachoeira-
dos, características elementares
para a construção de usinas hidrelé-
tricas: Furnas, Água Vermelha, São
Simão, Capivari, Itaipu (a 2ª maior
usina do mundo), entre tantas ou-
tras.
Importante meio de ligação entre as
regiões nordeste e sudeste, a bacia
do São Francisco possui cerca de
640 mil quilômetros quadrados.
Apresenta extensos trechos nave-
gáveis, além de grande potencial
hidrelétrico. O garimpo, a minera-
ção, a irrigação e a poluição hídrica
ameaçam a qualidade dos rios
dessa região.
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A TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
HIDROVIAS
Hidrovias são caminhos pré-determinados para o tráfego aquático. As hidrovias são muito utilizadas em países desen-
volvidos para transportes de grandes volumes a longas distâncias, pois é o meio de transporte mais barato que rodovias
e ferrovias.
No Brasil, apesar das grandes bacias hidrográficas existentes, as hidrovias não são muito utilizadas. O país optou por
transportes rodoviários construindo grandes rodovias paralelas a locais navegáveis que diminuiriam o custo dos trans-
portes.
Grande parte das bacias Amazônica e do Paraguai são perfeitamente navegáveis, mas em alguns trechos há a neces-
sidade de correções para a utilização. Outro fator que contribui para a pouca utilização das hidrovias brasileiras são os
custos cobrados por tonelada no embarque e no desembarque que aumenta em cinco vezes o valor dos transportes em
relação aos países desenvolvidos.
De acordo com agência nacional de transporte aquaviário (ANTAQ), as hidrovias deverão captar 11% do volume total
de cargas que circulará na área de influência das seis principais bacias hidrográficas do país no início da próxima déca-
da, o que representa 228 milhões de toneladas.
AS PRINCIPAIS HIDROVIAS DO BRASIL SÃO:
Hidrovia Araguaia-Tocantins: durante as cheias do rio Tocantins, o trecho navegável atinge 1.900km e no rio Araguaia
atinge 1.100km.
Hidrovia São Francisco: é a mais econômica ligação entre o centro-oeste e o nordeste sendo totalmente navegável em
1.371 km. O principal trecho está entre as cidades de Pirapora-MG e Juazeiro - BA.
Hidrovia da Madeira: o rio Madeira é um dos principais afluentes do rio Amazonas. Em obras, a hidrovia permitirá a
navegação noturna.
Hidrovia Tietê-Paraná: permite o transporte de grãos e outras mercadorias do mato grosso do sul, Paraná e São Paulo.
Possui 1.250 km navegáveis divididos em 450 km no rio Tietê e 800 km no rio Paraná.
Hidrovia Taguari-Guaíba: é a principal hidrovia em cargas transportadas. Possui terminais intermodais que facilitam o
transbordo da carga.
O projeto de integração do rio São
Francisco com as bacias hidrográfi-
cas do nordeste setentrional prevê
a construção de dois canais: o eixo
norte que levará água para os
sertões de Pernambuco, Ceará,
Paraíba e Rio Grande do Norte e o
eixo leste que beneficiará parte do
sertão e as regiões agrestes de
Pernambuco e da Paraíba.
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BACIA HIDROGRÁFICA DO PARAÍBA DO SUL
IMPORTÂNCIA DO RIO PARAÍBA DO SUL
Sua importância estratégica para a população fluminense pode ser avaliada pelo fato de que o rio Paraíba do Sul é a
única fonte de abastecimento de água para mais de 12 milhões de pessoas, incluindo 85% dos habitantes da região
metropolitana, localizada fora da bacia, seja por meio de captação direta para as localidades ribeirinhas, seja por meio
do rio Guandu, que recebe o desvio das águas do rio Paraíba para aproveitamento hidrelétrico.
Nesta bacia, está localizado o sistema hidroenergético de furnas centrais elétricas, representado pelo reservatório de
funil e da empresa light, constituído por cinco reservatórios: Santa Cecília, Vigários, Santana, Tocos e Lajes .
Suas águas são fonte de energia para várias hidroelétricas, que movem os setores industriais, agrícola e pesqueiro.
RIO GUANDU
Rio guandu é um rio de grande importância para o estado do rio de janeiro, já que suas águas concorrem para que a
região metropolitana do rio de janeiro - RMRJ, também conhecida como Grande Rio obtenha água potável, após trata-
mento na ETA Guandu.
O mesmo é resultado da junção do rio Santana e Ribeirão das Lajes , na divisa entre os municípios de Japeri e Para-
cambi.
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA DO GUANDU (ETA).
A ETA do Guandu é a maior estação de tratamento de água do mundo, produz 43.000 litros de água por segundo, abas-
tecendo cerca de nove milhões de habitantes em oito municípios (Nilópolis, Nova Iguaçu, Duque De Caxias, Belford
Roxo, São João de Meriti, Itaguaí, Queimados e Rio De Janeiro.
A bacia hidrográfica do rio Paraíba do
Sul situa-se a na região sudeste do
Brasil. Abrange uma área de 62.074
km², entre os estados de São Paulo,
rio de janeiro e Minas Gerais.
O rio Paraíba do Sul é o principal rio
do estado do Rio de Janeiro
Nasce na serra da Bocaina, no esta-
do de São Paulo e percorre todo o
estado do Rio de Janeiro, delimitando
a divisa deste com o estado de Minas
Gerais ao longo da região serrana,
fazendo um percurso total de 1150
km, até a foz em Atafona, no municí-
pio de São João Da Barra, no norte
fluminense. Outros rios importantes
do estado são os rios Macaé, Muriaé,
Piraí e Grande.