avaliação da importância do treinamento teórico e prático para preparação para o exame de...

ANAIS DO 53º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2011 – 53CBC 1

Avaliação da importância do treinamento teórico e prático para preparação para o exame de Qualificação de Mão de Obra para o

Controle Tecnológico de Concreto

Evaluation of the importance of theoretical and practical training to prepare for the Labor Qualification Examination for the Concrete Technological Control

Msc. Enga. Fabíola Rago Beltrame (1); Enga. Karina Rago (2); Dr. Enga.Rita Moura Fortes (3) (1) Gerente Tecnica do IBRACON – NQCP - Núcleo de Qualificação e Certificação de Pessoal

(2) Gerente da Qualidade do IBRACON – NQCP - Núcleo de Qualificação e Certificação de Pessoal (3) Diretora Técnica da RED – ENGENHARIA E CONSULTORIA LTDA. e Professor Dr.,Engenharia Civil,

Escola de Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie Rua: Julieta do Espírito Santo Pinheiro, nº 68

Jardim Olimpia São Paulo - SP- Brasil

CEP: 05542-120 Telefone: (11) 3735-0202

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Resumo

Como é de consenso de todos, para que uma obra tenha “sucesso”, ela deve seguir a cartilha da qualidade, que contempla o seu acompanhamento com um meticuloso e responsável programa de controle tecnológico e de qualidade. Contudo, sabe-se que para que isso se cumpra, além se possuir instalações adequadas, é essencial que a mão de obra seja qualificada, de maneira a garantir que os procedimentos de ensaios sejam “religiosamente” seguidos. Assim, se por um lado é de suma importância que os laboratórios que realizam ensaios sejam acreditados pela norma ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005 e façam parte do RBLE – Relação Brasileira de Laboratórios de Ensaios, por outro só se completa se a mão de obra for certificada, atendendo a norma ABNT NBR 15146:2011, que está sendo revisada. Esse trabalho apresenta uma avaliação da importância do treinamento teórico e prático para preparação para o exame de Qualificação de mão de obra para o controle tecnológico do concreto, ressaltando o grande passo dado no sentido da qualificação da mão de obra, alertando para a importância de que é necessário que os órgãos públicos passem a exigir que além de que os ensaios sejam realizados por laboratórios acreditados pelo INMETRO, também o sejam por mão de obra certificada e mostrando o desempenho diferenciado dos candidatos melhores preparados com níveis de escolaridades maiores.

Palavra-Chave: qualificação de mão de obra, certificação, ABNT NBR 15146, treinamento.

Abstract

How is the consensus of all, for the construction will be a "success", it should follow the quality recommendations, including its monitoring with a meticulous and responsible program of technological and quality control. However, it is known that for this to be accomplished, and if you have adequate facilities, it is essential that the workforce is qualified, so as to ensure that testing procedures are "consistently" followed. So if one part is very important that laboratories carrying out tests are accredited under the ISO/IEC 17025:2005 and make part of RBLE - Brazilian Value Testing Laboratories, second only complete if the labor is certified by the standard of the ABNT NBR 15146:2011, which is being revised. This paper presents an evaluation of the importance of theoretical and practical training to prepare for the qualification examination of labor for the technological control of concrete, emphasizes the great step happened in the sense of the labor qualification, alerts the importance of requires that public agencies now claim that in addition to the tests are performed by laboratories accredited by INMETRO, and showing the different performance of the best prepared candidate with higher levels of schooling.

mailto:[email protected]


Keywords: labor qualification, certification, ABNT NBR 15146, training.

1 Introdução

Para o sucesso de qualquer atividade de engenharia é necessário que sejam atendidas de maneira satisfatória três fases muito importantes e inter-relacionadas: o planejamento, os prazos e o controle de qualidade da execução das tarefas necessárias para a obtenção do resultado final com o padrão de qualidade requerido. O planejamento e os prazos são atividades que estão geralmente sob a responsabilidade da empreiteira, que deve desenvolvê-las de acordo com as soluções acordadas, levando em consideração não somente seus interesses mas principalmente os de seu cliente e de acordo com o ambiente em que a obra se desenvolve. A atividade de controle da qualidade deve ser desenvolvida adequadamente pelo construtor e/ou pela fiscalização da obra, ainda que o proprietário ou seu representante seja responsável pela supervisão dessa atividade (FORTES; MERIGHI, 2004). Infelizmente, principalmente quando se trata de obras públicas, esta atividade tem sido desenvolvida somente pela construtora. Não que o empreiteiro não deva realizá-la. É importante que ele verifique tanto a qualidade dos materiais como sua aplicação, mas não somente ele. É fundamental que a fiscalização também exerça o seu papel avaliando a qualidade da obra, de maneira idônea, utilizando recursos próprios. O recebimento de qualquer etapa de uma obra deve ser embasado em resultados concretos, em documentação que comprove a eficácia do controle tecnológico e da qualidade. É importante que tanto o empreiteiro como a fiscalização, desvinculem as suas verificações, para que os resultados sejam livres de qualquer pressão e espelhem a realidade da obra. Devido a esse assunto não vir recebendo o devido destaque, tem-se acompanhado através da midia o registro de vários insucessos na execução de obras, sendo indiscutível que a causa desses acontecimentos, que muitas vezes chegam a ceifar vidas humanas é a notória ausência de controle tecnológico e de qualidade adequados. O Controle de Qualidade, quando exercido de maneira adequada, evita problemas patológicos da construção, bem como evita a perda prematura da serventia de obras, tais como no caso das pontes ou estruturas, que devido a colocação e fixação inadequada de sua ferragens apresentam as mesmas expostas, sofrendo degradações quando poderiam estar protegidas se houvesse sido exercido um controle de qualidade eficiente. Se Controle Tecnológico engloba o conhecimento e a experiência tecnológica, deve ser realizado por técnicos especializados, com experiência técnica comprovada. Porém não basta somente isto para garantir a eficácia de um ensaio, as rotinas do controle devem ser específicadas e orientadas por normalização, requerendo dos técnicos e auxiliares um


treinamento adequado e atualização constante. O laboratório deve possuir instalações e equipamentos calibrados atendendo os requisitos de confiabilidade. Então, por um lado, para que se possa exercer o Controle Tecnológico e de Qualidade efetivo, precisa-se de laboratórios que atendam a ABNT NBR ISO 17025:2005, o que significa que além de instalações apropriadas, é necessária uma obra de mão qualificada. O IBRACON – Instituto Brasileiro do Concreto têm-se empenhado, desde a sua fundação em 1972, em proporcionar aos profissionais que atuam na cadeia produtiva do concreto um aprimoramento contínuo, através da divulgação das inovações tecnológicas e pesquisas científicas que culminem em estruturas e construções que atendam aos atuais requisitos de segurança estrutural, funcionalidade e durabilidade. Sensível aos anseios dos consumidores de concreto em geral, em 2006, o IBRACON alterou recentemente seus Estatutos, com o intuito de se tornar também um Organismo Certificador de Pessoal – OPC, o Núcleo de Qualificação e Certificação de Pessoal (NQCP), destinado, a qualificar e certificar os profissionais que atuam na cadeia produtiva da Construção Civil. No Brasil, o Instituto de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – INMETRO, ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, é o órgão responsável pela acreditação de organismos que atuam na certificação de pessoal, sistemas e produtos para a indústria nacional. O NQCP é acreditado pelo INMETRO como Organismo de Certificação de Pessoal – OPC, desde 2008, através do Certificado OPC - 010, para a qualificação e certificação de pessoal em Controle Tecnológico do Concreto (CTC), com base na norma NIT-DICOR-004 do INMETRO. O NQCP é um sistema de abrangência nacional que estabelece critérios e define sistemática, em conformidade com requisitos nacionais e internacionais, para a Qualificação e Certificação de Pessoas. A Certificação de pessoas é o testemunho formal de uma qualificação, através da emissão de um certificado, permitindo ao indivíduo exercer as funções e atribuições previamente estabelecidas, expedida por um organismo autorizado. O NQCP, tem como objetivo a certificação de pessoal em ensaios de Controle Tecnológico de Concreto (CTC), conforme requisitos das normas ABNT NBR 15146:2011 e ABNT NBR ISO/IEC 17024:2004. O NQCP utiliza como Centro de Exame de Qualificação (CEQ) os laboratórios acreditados pelo INMETRO, auditados e capacitados para aplicar Exames de Qualificação aos candidatos, reconhecido como tal pelo Conselho de Certificação. Um candidato nunca


realizará o seu exame em um CEQ em que presta serviços, por isto são cadastrados vários CEQ em todo o País. A deficiência de qualidade na mão-de-obra atualmente tem valorizado os profissionais com conhecimento técnico. Com estas atitudes, o mercado está percebendo a necessidade de qualificações de profissionais na área do controle tecnológico para que no futuro haja mais homogeneização na contratação para o mercado de trabalho.

2 Controle Tecnológico do Concreto

O controle tecnológico do concreto, seja ele comum, armado ou protendido, se faz através de ensaios dos seus materiais constituintes, tais como cimento, agregados, água, aditivos, aço e calda de injeção para protensão. Após sua produção, ele é ensaiado no estado fresco e posteriormente no estado endurecido. Além dos ensaios no material concreto também são realizados ensaios nos produtos aplicados, como por exemplo, pavimento de concreto. As formas também merecem atenção especial e devem ser inspecionadas em relação ao projeto, antes da concretagem. Laboratórios de ensaio em todo o Brasil são contratados para este tipo de serviço e devem seguir as especificações da ABNT NBR ISO 17025:2005. O laboratório avaliado pelo INMETRO, após demonstrar que toda a sua documentaçao e seus procedimentos atendem o preconizado na referida norma, recebe a acreditaçao deste Órgão. Atualmente existem 28 laboratórios acreditados no Brasil, sendo a seguinte distribuição segundo os estados: 14 em São Paulo; 2 no Rio de Janeiro; 1 em Goiás; 1 em Mato Grosso do Sul; 2 em Minas Gerais; 2 no Paraná; 2 em Pernambuco; 2 no Rio Grande do Sul e 2 em Santa Catarina. A mão de obra para a realização destes ensaios deve ser especializada, pois os ensaios requerem etapas importantes que não podem ser negligenciadas. Com este intuito foi elaborada a ABNT NBR 15146:2011 e se deu início ao processo de certificação para as seguintes categorias de profissionais que atuam com o controle tecnológico do concreto: - Auxiliar -Laboratorista (que atua no campo para o recebimento do concreto e coleta de amostras para encaminhar ao laboratório) -Laboratorista (que atua no laboratório realizando ensaios de caracterização e análise do concreto e seus materiais constituintes) -Tecnologista -Inspetor Para todas estas categorias a certificação pode ser conquistada por atividade, são elas: -Agregados -Cimento -Aço


-Concreto Fresco -Concreto endurecido -Calda de injeção -Formas -Pavimento de concreto

3 Qualificação de mão de obra para controle tecnológico do concreto

O processo de certificação funciona da seguinte forma: o profissional já deve ser um profissional qualificado, com formação escolar adequada, tempo de experiência e treinamento, mesmo que realizado na empresa. Tambem é necessária a comprovação da acuidade visual e entrega de cópia autenticada dos documentos do profissional. Após a análise dos documentos é agendada a data para a realização dos exames, sendo eles teórico geral, teórico especifico (Figura 1) e prático (Figura 2).

Figura 1 – Realização de um exame teórico


Figura 2 – Realização de um exame prático

Para o bom andamento do processo de certificação, o NQCP organiza as seguintes atividades: - Reuniões periódicas do Conselho de Certificação onde são tomadas decisões em relação ao processo de certificação de pessoal. Todas as atividades são registradas em atas de reuniões. - Reuniões periódicas do Comitê Técnico do Controle Tecnológico do Concreto (CTC) quando são elaborados e atualizados os bancos de questões para aplicação de exames, realizados estudos de comportamentos durante os exames aplicados e avaliação das necessidades para a aplicação de exames. Todas as atividades são registradas em atas de reuniões. - Reuniões com examinadores onde são informadas as regras para a aplicação dos exames e correção dos mesmos. Nestas reuniões os examinadores são treinados, buscando uma uniformização na forma de aplicação dos exames. Os examinadores também contribuem na avaliação das condições dos candidatos aprovados e reprovados. Todas as atividades são registradas em atas de reuniões.


- Avaliação do banco de questões elaborado pelo Comitê Técnico de CTC, de maneira contínua e após a realização de cada exame; o banco é avaliado conforme as respostas dos candidatos e dúvidas levantadas durante as entrevistas técno-pedagógicas.

4 Análise das avaliações realizadas desde 2009

A aplicação dos exames teve seu inicio em julho de 2009.

Da análise do exames aplicados e seus resultados, observa-se a importância do treinamento do profissional seja ele teórico ou prático.

Auxiliares e laboratoristas muitas vezes possuem anos de prática, realizam os ensaios com cuidado e sempre da mesma forma, mas aprenderam sob a orientação do chefe do laboratório ou de um técnico mais experiente, não possuindo nenhum embasamento teórico sobre o assunto, não possuindo o costume de lerem normas técnicas o que os leva muitas vezes a incorrerem em erros sistemáticos. Tecnologistas e inspetores possuem conhecimento das normas técnicas, mas muitas vezes não estão habituados às práticas de laboratório o que dificulta que os mesmos estejam aptos a treinarem sua equipe ou que percebam erros nos ensaios ou até distorções nos resultados. A seguir são relatadas algumas observações.

5.1 Ano 2009

No ano de 2009, foram aplicados exames de qualificação nos meses de Julho, Agosto e

Novembro.

5.1.1 Julho de 2009

Os exames foram aplicados em 5 candidatos a Laboratorista Nível II em Concreto Fresco.

Apenas 1 candidato foi reprovado, portanto 4 candidatos certificados (Gráfico 1).

Gráfico 1 – Exames Julho 2009


5.1.2 Agosto de 2009

Os exames foram aplicados em 7 candidatos a Laboratorista Nível II em Concreto Fresco.

6 candidatos foram reprovados, portanto apenas 1 candidato certificado (Gráfico 2).

Os exames foram aplicados em 2 candidatos a Tecnologista Nível I em Concreto Fresco.

1 candidato foi reprovado, portanto apenas 1 candidato certificado (Gráfico 3).

Gráfico 2 – Exames Agosto 2009 – Laboratorista Gráfico 3 – Exames Julho 2009 - Tecnologista

5.1.3 Novembro de 2009

Os exames foram aplicados em 10 candidatos à Laboratorista Nível II em Concreto

Fresco. 6 Candidatos novos e 4 candidatos realizando apenas reexames teóricos

específicos, que foram aprovados. Quatro candidatos foram reprovados, portanto 6

candidatos certificados (Gráfico 4).

Os exames foram aplicados em 3 candidatos a Tecnologista Nível II em Concreto

Endurecido. Apenas 1 candidato foi reprovado, portanto 2 candidatos certificados (Gráfico

5).


Gráfico 4 – Exames Novembro 2009 – Laboratorista Gráfico 5 – Exames Novembro 2009 - Tecnologista

5.1.4 Categorias x Escolaridade

Ao todo foram aplicados exames em 20 candidatos. 10 candidatos foram aprovados e 10

candidatos foram reprovados.

Os 20 candidatos estão distribuídos nas seguintes categorias:

Gráfico 6 – Categorias solicitadas

Foi realizado também um levantamento da escolaridade dos candidatos em relação a

categoria desejada.

Os gráficos a seguir apresentam as relações: 4 candidatos possuem o 1º grau completo, 6

candidatos possuem o 2º grau completo, 4 candidatos possuem o 3º grau completo e 6

candidatos possuem o curso técnico (Gráfico 7).


Gráfico 7 - Escolaridade

Os 4 candidatos com 1º grau completo, solicitaram a categoria de Laboratorista para a

certificação. Os 4 candidatos foram reprovados. Portanto 100% de reprovação.

Os 6 candidatos com 2º grau completo, solicitaram a categoria de Laboratorista para a

certificação. 4 candidatos foram reprovados e apenas 2 foram aprovados (Gráfico 8).

Os 3 candidatos com 3º grau completo, solicitaram a categoria de Tecnologista para a

certificação. 2 candidatos foram reprovados e apenas 1 foi aprovado (Gráfico 9).

Gráfico 8 – Laboratorista 2o Gráfico 9 – Tecnologista 3

o

Apenas 1 candidato com 3º grau completo,solicitou a categoria de Laboratorista para a

certificação. Este foi aprovado.


Os 5 candidatos com curso técnico, solicitaram a categoria de Laboratorista para a

certificação. Os 5 candidatos foram aprovados. Portanto 100% de aprovação.

Apenas 1 candidato com curso técnico, solicitou a categoria de Tecnologista para a

certificação. Este foi aprovado.

Portanto, os 6 candidatos com curso técnico foram aprovados nos exames de

Laboratorista e Tecnologista.

5.2 Ano 2010

No ano de 2010, foram aplicados exames de qualificação nos meses de Abril a

Novembro, com um total de 42 candidatos realizando exames e reexames, conforme

tabela 1 e gráfico 10 apresentados a seguir:

Tabela 1 – Número de candidatos por mês

Mês/ 2010 Número de Candidatos

Maio 4

Junho 4

Julho 4

Agosto 6

Setembro 9

Outubro 3

Novembro 12


Gráfico 10 – Número de candidatos por mês

Cada candidato tem o direito de solicitar uma ou mais atividades para a conquista de

certificação.

Portanto, foi realizado um levantamento do número de exames aplicados por mês de

acordo com as solicitações dos candidatos, ou seja, um exame solicitado engloba os

exames Teórico Geral, Teórico Específico e Prático.

Ocorreram um total de 151 exames conforme apresentado no gráfico 11:

Gráfico 11 – Número de exames aplicados por mês


Outro item apresentado é a aprovação e reprovação de candidatos. Em geral é muito

difícil um candidato solicitar todas as atividades de uma categoria e ser aprovado em

todas nos primeiros exames.

Foi realizado um levantamento por exames aplicados, quantos candidatos foram

aprovados e quantos foram reprovados, conforme apresentado na tabela 2 e no gráfico

12.

Tabela 2 – Resultados dos exames aplicados

Candidatos / Mês Aprovados Reprovados

Maio 10 5

Junho 10 4

Julho 9 3

Agosto 9 1

Setembro 14 27

Outubro 3 9

Novembro 30 17

Gráfico 12 – Resultados dos exames aplicados


Os 29 candidatos estão distribuídos nas seguintes categorias solicitadas, conforme

mostrado no gráfico 13

Gráfico 13 – Porcentagens de categorias solicitadas

5 Conclusão

Alguns candidatos são enviados através de empresas que buscam a melhor qualificação

de seus funcionários.

Além do treinamento obrigatório exigido pelo processo de certificação, alguns

empreendedores realizaram treinamentos internos em suas empresas com orientação e

outros permitiram que seus funcionários estudassem sozinhos.

De acordo com os resultados de aprovações e reprovações analisados em reuniões, tem-

se constatado a necessidade de treinamentos com a presença de um orientador, pois

grande parte dos funcionários que estudaram em casa ou na empresa, sozinhos, foram

reprovados.

De acordo com o índice de reprovação de 100% de candidatos à laboratorista com 1º

grau completo, acreditamos que para solicitação da categoria de Laboratorista, os

candidatos devem ter no mínimo 2º grau completo.


Em 2010 o NQCP apresentou um expressivo aumento no número de candidatos que

solicitaram a certificação no Controle Tecnológico do Concreto, em relação a 2009. Foi

verificada que a maior procura da certificação é para a categoria de Inspetores, onde é

encontrado o maior número de profissionais autônomos e com curso superior completo.

É necessária uma maior divulgação entre os laboratórios de concreto, construtoras e

concreteiras para que o número de candidatos e profissionais certificados aumente

significativamente.

Quanto à aprovação e reprovação de candidatos, estes devem focar mais seus estudos

na parte teórica, onde se encontra o maior índice de reprovações. A maior parte dos

candidatos a Laboratoristas e Tecnologistas, não conhece o conteúdo da norma técnica

pertinente ao assunto, sendo que a maioria realiza os ensaios conforme experiência

prática adquirida.

Já os candidatos a Inspetores têm maior dificuldade nos exames práticos, por não ter

habilidade e muitas vezes prática na realização de ensaios.

Foi observado nos exames realizados no ano de 2010, que os candidatos que realizaram

treinamentos específicos em CTC, apresentaram melhor desempenho.

6 Referências bibliográficas

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tecnológico de concreto — Qualificação de pessoal. Parte 1: Requisitos gerais. Rio

de Janeiro,15p., 2011.

________. ABNT NBR ISO/IEC 17024 Avaliação de conformidade - Requisitos gerais

para organismos que realizam certificação de pessoas. Rio de Janeiro, 11p., 2011.


_________. ABNT NBR ISO/IEC 17025 Requisitos gerais para a competência de

laboratórios de ensaio e calibração. Rio de Janeiro, 31p., 2006.

BELTRAME, F. R.; PRISZKULNIK, S. A norma brasileira ABNT NBR 15146:2011.

Como era, como ficou e como será? Revista Concreto & Construções. Ano MMXI,

no.61, pp 65-71, IBRACON, 2011.

FORTES, R. M. & MERIGHI, J. V. Controle tecnológico e controle de qualidade – um

alerta sobre sua importância. COBENGE - Congresso Brasileiro de Ensino de

Engenharia, Brasília – DF, Brasil, 14 a 17 de setembro de 2004.

avaliação da importância do treinamento teórico e prático para preparação para o exame de...

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