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Autoria: Professora Ana Sofia Fonseca Pinto

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Page 1: Autoria: Professora Ana Sofia Fonseca Pinto Autoria: Professora Ana Sofia Fonseca Pinto

             

Autoria: Professora Ana Sofia Fonseca Pinto

Autoria: Professora Ana Sofia Fonseca Pinto

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Motivos que conduziram à

1.ª Guerra Mundial

(Grande Guerra)

Page 3: Autoria: Professora Ana Sofia Fonseca Pinto Autoria: Professora Ana Sofia Fonseca Pinto

Rivalidades económicas

A Inglaterra, sendo a principal potência industrial, surgia aos olhos dos Alemães como a grande rival. A Inglaterra e Alemanha rivalizavam:

-pela posse dos melhores mercados (locais para comercializar);

- pela posse de colónias ricas em matérias-primas (sobretudo em África e na Ásia).

Page 4: Autoria: Professora Ana Sofia Fonseca Pinto Autoria: Professora Ana Sofia Fonseca Pinto

Vamos agora ler e interpretar o documento

intitulado:

A rivalidade comercial

anglo-alemã

             

Page 5: Autoria: Professora Ana Sofia Fonseca Pinto Autoria: Professora Ana Sofia Fonseca Pinto

“Há na Europa duas grandes forças opostas e irreconciliáveis, duas grandes nações que procuram

estender o seu campo de acção a todo o mundo e impor-lhe o seu domínio comercial (…). No Cabo, na África Central, na Índia e no Oriente, nas ilhas dos mares do Sul, por toda a parte (…) o caixeiro-viajante alemão está em luta contra o

mercador inglês. Se há uma mina para explorar, um caminho-de-ferro para construir, (…) o Alemão e o Inglês esforçam-se por chegar cada um em primeiro lugar. Um milhão de minúsculas disputas estão à beira de transformar-se na maior causa de guerra que o mundo

alguma vez assistiu.”

Saturday Review, 11 de Setembro de 1897

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As tensões nacionalistas

Para além de diferenças políticas e de rivalidades económicas existiam na Europa

disputas territoriais e reivindicações nacionalistas.Vamos partir à sua

descoberta.

Page 7: Autoria: Professora Ana Sofia Fonseca Pinto Autoria: Professora Ana Sofia Fonseca Pinto

A França desejava recuperar a Alsácia e a Lorena perdidas para a Alemanha (na guerra Franco-Prussiana realizada entre os anos de

1870-1871).                                                                                                                                      

Desejo de recuperação de territórios perdidos

Page 8: Autoria: Professora Ana Sofia Fonseca Pinto Autoria: Professora Ana Sofia Fonseca Pinto

Desejo de

independência/liberdade/autonomia

A Polónia, dividida entre a Rússia, a Áustria e a

Alemanha, pretendia tornar-se de novo um Estado autónomo.

                                                                                                                                     

Page 9: Autoria: Professora Ana Sofia Fonseca Pinto Autoria: Professora Ana Sofia Fonseca Pinto

Desejo de independência/liberdade/autonomia

Na Península Balcânica, vários povos (gregos, sérvios, romenos), com o apoio da

Rússia, tinham-se libertado do Império Turco mas outros continuavam submetidos ao

Império Austro-Húngaro.

                                                                                                                                     

Page 10: Autoria: Professora Ana Sofia Fonseca Pinto Autoria: Professora Ana Sofia Fonseca Pinto

O Nacionalismo

Sobretudo a partir de 1910, crescia por toda a Europa o nacionalismo. A

imprensa, a escola, as canções populares não só exaltavam o patriotismo e as

virtudes nacionais como incitavam ao ódio contra as potências rivais.

                                                                                                                                                                                                     

Page 11: Autoria: Professora Ana Sofia Fonseca Pinto Autoria: Professora Ana Sofia Fonseca Pinto

Vamos agora ler e interpretar o documento

que se segue.                       

Page 12: Autoria: Professora Ana Sofia Fonseca Pinto Autoria: Professora Ana Sofia Fonseca Pinto

“O escritor austríaco Stefan Zweig (1881-1942) conta um episódio significativo a que assistiu, na

Primavera de 1914, num cinema da cidade francesa de Tours:

Page 13: Autoria: Professora Ana Sofia Fonseca Pinto Autoria: Professora Ana Sofia Fonseca Pinto

Quando no ecrã surgiram as imagens dos imperadores da

Alemanha e da Áustria- Hungria rebentou na sala obscurecida uma tempestade de assobios e uma

enorme pateada. Toda a gente gritava e apupava, homens, mulheres e crianças manifestavam a sua

hostilidade como se tivessem sido ofendidos pessoalmente. Fiquei horrorizado, fiquei

horrorizado do fundo do coração. Senti, de facto, quando o envenenamento pela propaganda do ódio, prosseguida durante anos, tinha conseguido ganhar

terreno.”

Stefan Zweig, Recordações dum Europeu

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A política de alianças

As rivalidades entre os Estados

europeus levaram à

formação de Alianças

(as alianças foram formadas antes

da guerra deflagrar).

Alemanha, Império

Austro-Húngaro e Itália

(em 1915 a Itália abandona esta aliança e integra a Tríplice

Entente)

Tríplice Aliança

França, Rússia e Inglaterra

Tríplice Entente - Aliados

(ou Triplo Entendimento)

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Tríplice Entente

(Aliados)

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Tríplice Aliança

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Em Junho de 1914, o arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do trono

Austro-Húngaro, foi assassinado em Sarajevo na Bósnia.

A Áustria culpou os Sérvios pelo atentado e, com o apoio da Alemanha, declarou guerra à Sérvia. Sendo a Sérvia aliada da Rússia, este facto desencadeou todo o complexo

sistema de alianças em vigor. Buraco da bala que matou a esposa (Sofia) do arquiduque Francisco Fernando

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Acontecimento que conduziu à 1.ª Guerra Mundial:Assassinato do Arquiduque Francisco Fernando em

Sarajevo (Bósnia)

Herdeiro do trono Austro- Húngaro

O Império Austro- Húngaro fazia

parte da Tríplice Aliança

O Arquiduque foi assassinado por membros de uma organização

sérvia. Por este motivo o Império Austro- Húngaro declarou

guerra à Sérvia. Mas a Sérvia era aliada da Rússia que

pertencia à Tríplice Entente. A Rússia mobiliza as suas tropas

contra o Império Austro- Húngaro.

As alianças entram assim em confronto

(surgem declarações de

guerra entre vários países)

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Em 1914, a maioria dos países em guerra acreditava que a

guerra seria breve.Vamos ler os documentos que se

seguem referentes à euforia da guerra.

Page 22: Autoria: Professora Ana Sofia Fonseca Pinto Autoria: Professora Ana Sofia Fonseca Pinto

A euforia da guerra na Alemanha

“ No dia 1 de Agosto, a ordem de mobilização despertou por toda a Alemanha um entusiasmo indescritível.

Todos, militares ou civis, homens ou mulheres, conscientes de que o direito estava do seu lado, sentiam que tinham obrigação de participar na defesa da pátria ameaçada (…). Nos rostos lia-se a decisão de vencer. Grupos de soldados cantavam velhas canções alemãs. Era uma tropa orgulhosa, alegre, segura de si, sólida,

constituída por milhares de heróis disciplinados.”Kronprinz, Recordações da guerra

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A euforia da guerra na França:“Quando escutámos os sinos perguntamos todos o que seria…O guarda florestal deu-nos a notícia: «É a guerra, é a guerra!» No dia seguinte, toda a

gente começou a compreender que, afinal, a guerra era mesmo real. Todos os homens válidos

receberam a convocatória (…). Muitos riam:

«Oferecem-nos umas férias em pleno Verão, a nós que nunca as tivemos! É preciso aproveitar.»”

Emilie Carles, Une soupe aux herbes sauvages

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Fases da 1.ª Guerra Mundial:

1ª Fase - A guerra de movimentos

-A primeira fase da guerra foi marcada por um intenso movimento de tropas. Esse período caracterizou-se por movimentos rápidos envolvendo grandes exércitos. De início, ao alemães pensaram dominar a França em pouco tempo, realizando para isso movimentos rápidos. Nesta fase da guerra, a Alemanha conseguiu ocupar quase toda a Bélgica e marchou sobre Paris, mas foi travada pelos franceses na Batalha de Marne.

2ª Fase - A guerra das trincheiras

-Na segunda fase os soldados combatiam em valas e abrigos, cavados na terra e protegidos por arame farpado- as trincheiras. Foi uma fase extremamente dura e desgastante para as tropas em conflito.

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3ª Fase - A guerra de movimentos- A terceira fase da guerra é marcada pela entrada dos EUA (1917) neste

conflito e pela saída da Rússia (o 1.º país a abandonar a Grande Guerra. Em Março de 1918, a Rússia assina a paz

com a Alemanha -Tratado de Brest- Litovski).

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A vida nas TrincheirasTrincheiras- valas/abrigos, cavados na terra e

protegidos por arame farpado.

As condições de vida nas trincheiras eram terríveis devido:

-à falta de alimentos, à humidade, ao frio, aos piolhos e ratazanas, aos ataques de gases venenosos e ao constante cheiro a mortos. Por vezes os gases asfixiantes invadiam totalmente as trincheiras. Os

soldados que não colocavam a máscara a tempo morriam intoxicados ou ficavam com graves problemas pulmonares.

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As novas armas

Conforme o conflito se foi alastrando, novas armas, como a metralhadora, os gases venenosos/tóxicos, o lança-chamas, o

tanque, o avião e o submarino, fizeram a sua estreia na Primeira Grande Guerra.

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A Entrada dos EUA e a saída da Rússia

Em 1917, o conflito conheceu uma viragem decisiva. A Rússia retira-se da guerra e entram os Estados Unidos do lado da aliança dos Aliados/Tríplice Entente

(transportaram para a Europa cerca de um milhão de soldados, bem equipados e bem

armados).

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O Armistício

A Alemanha, progressivamente abandonada por todos os seus parceiros, que foram

pedindo a paz, solicitou o fim da guerra e, em 11 de Novembro de 1918, foi assinado o

armistício (paz-suspensão das operações militares) que pôs fim à 1.ª Guerra Mundial.

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O conflito originou elevadas perdas humanas, em especial na Europa (mais de 8 milhões de

mortos e 6,5 milhões de inválidos). Em algumas regiões ficou tudo em ruínas-casas,

pontes, estradas, fábricas- e os solos esventrados e calcinados. A guerra provocou uma diminuição da mão-de-obra, o aumento

do desemprego e a subida dos preços (inflação).

Page 33: Autoria: Professora Ana Sofia Fonseca Pinto Autoria: Professora Ana Sofia Fonseca Pinto

http://www.youtube.com/watch?v=vUDsJSOgcIo

Vamos visualizar o vídeo que se segue:

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