aulas investigação modulo 1 - 1º parte

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Modo de conhecimento rigoroso, metódico e sistemático que pretende otimizar a informação disponível em torno de problemas de origem teórica e/ou prática Conhecimento Científico Análise de dados Equipa IE 2013-2014

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Page 1: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Modo de conhecimento rigoroso, metódico e sistemático que pretende otimizar a informação disponível em torno de problemas de origem teórica e/ou prática

Conhecimento Científico

Análise de dados

Equipa IE 2013-2014

Page 2: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

“Qualquer resultado de investigação é

relativo a uma problemática, ao esquema

teórico no qual se baseia directa ou

indirectamente e à metodologia através da

qual foi obtido”

Sierpinska, Kilpatrick & Balacheff (1993)

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Page 3: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

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O que estou a tentar compreender? Qual é o foco no meu estudo que quero alcançar? Quero compreender um fenómeno…. uma situação em pormenor? Como é que outros investigadores estudaram este fenómeno? Aprendo mais sobre este assunto utilizando uma abordagem qualitativa ou quantitativa? Qual é o conhecimento que cada um traz? Que considerações práticas devo ter em consideração na minha escolha? Qual resulta melhor para mim?

Silverman 2007

Page 4: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

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QUALITATIVO QUANTITATIVO

Descobrir, compreender Procura causalidade, predição

Perspectiva do participante Perspectiva do mundo

Indutiva DedutivO

Subjectivo Objectivo

Orientado para o método Orientado para os resultados

Próximo dos dados; perspectiva interna Afastado dos dados; perspectiva externa

Colecta de dados em meio natural Colecta de dados meio controlado

Os instrumentos são flexíveis Os instrumentos são estruturados

Processo que se vai construindo Conhece-se o processo à priori

Amostra pequena

Amostra grande, aleatória e

representativa

Analise: constrói-se, interpretação dos

dados e descoberta de assuntos

Analise: estatística

Não generalizável Generalizável.

Page 5: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Equipa IE 2013-2014

Metodologia qualitativa

• Fenómenos não mensuráveis;

• Incapacidade de descrever plenamente os aspectos dos valores, cultura e relações humanas (subjectividade e interpretação humana);

• Está relacionado com as ciências socais.

É a investigação que contempla uma metodologia que enfatiza a descrição, a indução, a teoria fundamentada e o estudo das percepções pessoais.

Page 6: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

As analise compreensivas têm em comum a

assunção da concepção Weberiana do

sujeito, que o considera capaz de ter

racionalidades próprias e comportamentos

estratégicos que dão sentido às suas

acções num contexto sempre em mudança

provocada pela sua própria acção

(Guerra, I. p.17)

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Page 7: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Os paradigmas compreensivos, ou indutivos

são metodologias que recorrem a quadros

de referência Weberianos –

etnometodologias, interaccionismo, teoria

enraizada

(Guerra, Isabel)

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Page 8: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Vantagens das metodologias

compreensivas (Poupart in Guerra, I.)

• Epistemológico- os actores são

considerados indispensáveis para entender

os comportamentos socias;

• Ético-política – permitem aprofundar

contradições e dilemas que atravessam a

sociedade;

• Metodológico – instrumento privilegiado de

analise das experiencias e do sentido de

acção.

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Page 9: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

O investigador qualitativo tem

de ser tolerante, humilde para

perceber o que não sabe, mas

acima de tudo tem de estar

disponível para descoberta.

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Page 10: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Equipa IE 2013-2014

ANÁLISE DE DADOS

QUALITATIVA

• Adequada para estudar fenómenos

que se apresentam com um certo

grau de profundidade e complexidade

e que necessitam de ser

compreendidos.

Page 11: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

ANÁLISE DE DADOS

QUALITATIVA

• Colecta adequada de dados

• Criatividade na analise dos dados

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Page 12: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Equipa IE 2013-2014

Fontes de dados

• Notas de trabalho de campo

• Gravações vídeo

• Gravações áudio

• Transcrições de verbatins de entrevistas

• Inquéritos preenchidos

• Grelhas de observação preenchidas

Page 13: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Equipa IE 2013-2014

Fontes de dados

Os dados podem:

• Ser recolhidos especialmente para a

investigação

• Preexistirem à investigação análise

secundária

Page 14: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Equipa IE 2013-2014

Princípios da

analise de dados qualitativa (Morse,

1995)

• Analise qualitativa de dados é um processo

activo e requer imersão nos dados;

• A colecta de dados e a sua analise ocorrem em

simultâneo;

• Notas de campo são analisadas ao mesmo

tempo das entrevistas;

Page 15: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Equipa IE 2013-2014

Princípios da

analise de dados qualitativa (Morse,

1995)

• A codificação pode ser feita à mão ou

recorrendo a programa de computado;

• Abordagens de analise de conteúdo dependem do método seleccionado;

• Categorias e temas emergem, geralmente, dos dados e são etiquetados como temas no cruzamento das entrevistas;

Page 16: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Princípios da

analise de dados qualitativa (Morse,

1995)

• Questões de rigor incluem valores de verdade, aplicabilidade, consistência e neutralidade;

• Deve ser mantido o doc. do investigador com todas as decisões, escolhas que o ajudaram a atingir o rigor teórico.

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Page 17: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

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Processo cognitivo de analise

de dados (Morse, 1995)

– COMPREENSÃO

– SINTETIZAÇÃO

– TEORIZAÇÃO

– RECONTEXTUALIZAÇÃO

Page 18: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Equipa IE 2013-2014

Processo de analise

de dados (Miles & Huberman, 1984)

• Redução dos dados – selecção, simplificação, transformação…

• Exibição dos dados – organização dos dados em tabelas, matrizes, gráficos…

• Desenho da conclusão – significados, explanações, possibilidades de configurações… – Verificação – testes, plausibilidade, confirmabilidade,

validade…

Page 19: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Componentes da analise

de dados

Redução

de dados

Colecta de

dados Apresentação dos dados

Conclusões:

apresentação e

verificação

Huberman /Miles 2000 Equipa IE 2013-2014

Page 20: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Na «investigação qualitativa», enquadram-se (...) práticas de pesquisa muito

diferenciadas, fazendo apelo a diversos paradigmas de interpretação

sociológica com fundamentos nem sempre expressos e de onde decorrem

formas de recolha, registo e tratamento do material, também elas muito

diversas.

(Guerra, 2006: 11)

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Page 21: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Jean-Pierre Deslauriers afirma que a «expressão métodos qualitativos» não

tem um sentido preciso em ciências sociais. (...) designa uma variedade de

técnicas interpretativas que têm por fim descrever, descodificar, traduzir

certos fenómenos sociais que se produzem mais ou menos naturalmente.

Estas técnicas dão mais atenção ao significado destes fenómenos do que à sua

frequência.

(Deslauriers, 1997, cit. Guerra, 2006: 11)

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Page 22: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

A análise de conteúdo é uma das Técnicas mais comum em

Investigação Empírica

Ciências sociais e Humanas

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Page 23: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Desafio para o investigador

Redução dos dados para fins de relato

(inclusão de narrativas)

Não existem regras sistemáticas

Para apresentação de dados

Enorme quantidade de trabalho exigido

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Page 24: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Técnica que permite «a descrição objectiva, sistemática e

quantitativa do conteúdo manifesto da comunicação»

(Berelson, 1952 cit.Vala, 1999: 103)

Adopta definição anterior e propõe a sua extensão «a todo o

comportamento simbólico»

(Cartwright, 1953 cit.Vala, 1999: 103)

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Page 25: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Krippendorf define a análise de conteúdo a partir das «inferências» como a

«Técnica de investigação que permite fazer

inferências, válidas e replicáveis, dos dados para

o seu contexto»

(Krippendorf, 1980 cit.Vala, 1999: 103) Equipa IE 2013-2014

Page 26: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Na Definição de Krippendorf verifica-se o pressuposto de que a análise de

conteúdo é uma técnica e não um método (...) utilizando o procedimento

normal da investigação (…) o confronto entre um quadro de referência do

investigador e o material empírico recolhido.

(Guerra, 2006: 62)

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Page 27: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

É a Inferência que permite a passagem da descrição à interpretação,

enquanto atribuição de sentido às características do material que foram

levantadas, enumeradas e organizadas

(Bardin, 1979, 2004)

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Page 28: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

(...) a análise de conteúdo tem uma dimensão «descritiva» que visa dar conta

do que nos foi narrado e

uma dimensão «interpretativa» que decorre das interpretações do analista

face ao objecto de estudo, com recurso a um sistema de conceitos teórico-

analíticos cuja articulação permite formular as regras de inferência.

(Guerra, 2006: 62)

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Page 29: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

A análise de Conteúdo permite inferências sobre a fonte, a situação em que

esta produziu o material objecto de análise, ou até o receptor ou destinatário

das mensagens

(Moscovici, 1968; Vala, 1999)

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Page 30: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

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É a inferência que articula a “superfície do

texto”, pelo menos de alguns dos seus

elementos, com os factores psicológicos,

mentais, sociológicos, culturais, religiosos

que determinam essas características

deduzidas.

(BARDIN, L., )

Page 31: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Produzir inferências pressupõe a

comparação de dados com pressupostos

teóricos de diferentes concepções do

mundo, do individuo e sociedade.

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Page 32: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

É uma técnica de Tratamento de Informação

Que pode ser Integrada nos Diferentes Tipos de Procedimentos Lógicos de investigação

• ANÁLISE EXTENSIVA - Método experimental e de Medida

• ANÁLISE INTENSIVA - Método de Estudo de Casos

Vala (1999) Equipa IE 2013-2014

Page 33: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

É uma técnica de Tratamento de Informação

Diferentes Níveis de Investigação Empírica

Hierarquia de objectivos do trabalho de investigação (descritivo, correlacional e causal). A análise de conteúdo pretende descrever as situações, e interpretar o que foi dito

• Descritivo - Descrição o mais exaustiva possível de um acontecimento, caso, etc. Ex: histórias de vida

• Correlacional - Relação entre variáveis

• Causal - Causalidade entre as condições de uma dada produção e o material obtido

(Vala, 1999; Guerra, 2006)

Vala (1999)

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Page 34: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Permite trabalhar sobre diferentes tipos de dados: correspondência, perguntas abertas, entrevistas, mensagens dos mass-media, fotos, videos etc.

• Investigação por Questionário

Na fase do Pré -Inquérito

No Tratamento de Perguntas Abertas do questionário

• No Contexto Experimental

Como Técnica Auxiliar Atribuir significado à resposta dos indivíduos

(Vala, 1999)

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Page 35: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Regras da Fragmentação da Informação • Homogeneidade - não misturar categorias; • Exaustividade - “esgotar” a totalidade do texto; • Exclusividade - um mesmo elemento é exclusivo a uma categoria; • Objectividade - codificadores diferentes, resultados iguais; • Adequação e pertinência - adaptação ao conteúdo e ao objectivo.

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Page 36: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Delimitação dos Objectivos e Quadro Teórico orientador da pesquisa

Constituição de um Corpus

Definição de Categorias

Definição de Unidades de Análise

As três direcções de análise de Osgood podem ser

usadas de diferentes formas desde que cumpram!

Quantificação Equipa IE 2013-2014

Page 37: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Objectivos e Quadro Teórico

A análise de conteúdo pressupõe objectivos e referentes teóricos Estabelecidos os objectivos, o investigador terá que seleccionar os conceitos analíticos referentes a um ou vários quadros teóricos (1ª etapa da investigação)

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Page 38: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Constituição de um Corpus

O corpus da análise é constituído pelo material produzido para a investigação

ou

No caso de documentos-fonte produzidos independentemente da pesquisa e o analista faz a sua escolha com base em critérios explícitos antecipadamente (ordem qualitativa ou quantitativa)

Vala (1999)

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Page 39: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Definição de Categorias

A classificação e categorização permite-nos reduzir a complexidade….ordenar… estabilizar…a informação

A análise de conteúdo visa simplificar para potenciar a apreensão e se possível a explicação

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Page 40: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Categorização A divisão das componentes das mensagens analisadas em rubricas ou categorias (...) É uma operação de classificação de elementos constitutivos de um conjunto, por diferenciação e, seguidamente, por reagrupamento (...)

(Bardin, 2004: 111)

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Page 41: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Categorias

Número de sinais da linguagem que representam uma variável na teoria do investigador

(Hogenraad, 1984 cit. Vala, 1999: 110)

Composta por um termo-chave que indica a significação central do conceito que se quer apreender, e de outros indicadores que descrevem o campo

semântico do conceito

O sistema de categorias pode ser feito à priori ou à posteriori

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Page 42: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

O sistema de categorias construído à priori

Conceptuais, emergentes de concepções teóricas

Orientam o guião da entrevista relacionando

os objectivos e questões de investigação

Mestrinho (2002)

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Page 43: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

O sistema de categorias construído à posteriori

Categorias empíricas

Emergem das ocorrências

existentes nos discursos dos sujeitos

Mestrinho (2002)

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Page 44: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

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Page 45: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

REGRAS DE CATEGORIZAÇÃO

• Exaustividade

• Exclusividade

• Homogeneidade

• Pertinência

• Objectividade

• Produtividade

(GHIGLIONE e MATALON, 1992)

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Page 46: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

REGRAS DE CATEGORIZAÇÃO

• Exaustividade

• Exclusividade

• Homogeneidade

• Pertinência

• Objectividade

• Produtividade

• Cada categoria deve abranger por completo um conjunto de unidades de significação

Equipa IE 2013-2014

(GHIGLIONE e MATALON, 1992)

Page 47: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

REGRAS DE CATEGORIZAÇÃO

• Exaustividade

• Exclusividade

• Homogeneidade

• Pertinência

• Objectividade

• Produtividade

• (GHIGLIONE e MATALON, 1992)

• Cada unidade de registo só

deve pertencer a uma

categoria

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Page 48: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

REGRAS DE CATEGORIZAÇÃO

• Exaustividade

• Exclusividade

• Homogeneidade

• Pertinência

• Objectividade

• Produtividade

(GHIGLIONE e MATALON, 1992)

• Não se devem misturar vários

critérios no sistema de

categorização

Equipa IE 2013-2014

Page 49: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

REGRAS DE CATEGORIZAÇÃO

• Exaustividade

• Exclusividade

• Homogeneidade

• Pertinência

• Objectividade

• Produtividade

(GHIGLIONE e MATALON, 1992)

• As categorias devem estar

adaptadas ao material em

análise e aos objectivos da

investigação

Equipa IE 2013-2014

Page 50: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

REGRAS DE CATEGORIZAÇÃO

• Exaustividade

• Exclusividade

• Homogeneidade

• Pertinência

• Objectividade

• Produtividade

(GHIGLIONE e MATALON, 1992)

As categorias devem ser o mais

objectivas possíveis de modo a que

sejam utilizáveis por outros

investigadores, o que implica uma

definição de critérios o mais

objectiva possível

Equipa IE 2013-2014

Page 51: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

REGRAS DE CATEGORIZAÇÃO

• Exaustividade

• Exclusividade

• Homogeneidade

• Pertinência

• Objectividade

• Produtividade

(GHIGLIONE e MATALON, 1992)

• Deve dar a possibilidade

de uma análise rica e

geradora de uma discurso

novo adequado e coerente

Equipa IE 2013-2014

Page 52: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Ao iniciar a análise do material o investigador formula algumas questões

• Análise de Ocorrências - Com que frequência ocorrem determinados

objectos (o que acontece, o que é importante) Quantificação simples/análise de frequência (inventário de palavras, símbolos, temas, centros de interesse)

• Análise Avaliativa - Características e/ou atributos associados aos objectos

(o que é avaliado e como) Atitudes favoráveis/desfavoráveis das fontes e seus sistemas de valores

• Análise associativa - Associação ou dissociação entre objectos (Estrutura de

relações entre objectos) O analista procura passar do inventário dos referentes da fonte para a análise do seu sistema de pensamento

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Page 53: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Sub-Categorias

Categorias

Sub-Sub Categorias

TEMAS

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Page 54: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Critérios de Categorização

Semântico

Categorias temáticas

Ex: Todos os temas que significam ansiedade ficam agrupados na categoria «Ansiedade»

Sintático

Os verbos e os adjectivos

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Page 55: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Critérios de Categorização

Lexical

Classificação das palavras

segundo o seu sentido e sinónimos

Expressivo

Forma da expressão

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Page 56: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Etapas de Categorização

• Inventário

Isolar os elementos

• Classificação

Repartir os elementos e organizar as mensagens

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Page 57: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Categorias

Depois de construídas as categorias de análise de conteúdo devem ser testadas internamente O investigador deve assegurar-se da sua exaustividade e exclusividade Garantindo assim, que todas as unidades de registo possam ser colocadas numa das categorias E uma unidade de registo só possa caber numa categoria

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Page 58: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Físicas (texto)

Sintáxicas (palavra/frase)

Referentes (acontecimentos/pessoas/)

Temáticas (opiniões/valores)

Proposição (emissor, verbo, objecto da sms, receptor)

– Unidade de registo

– Unidade de contexto

– Unidade de enumeração

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UNIDADES DE ANÁLISE

Page 59: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Unidade de registo

(...) Segmento determinado de conteúdo que se caracteriza colocando-o numa dada categoria (Vala, 1999)

Unidade mais pequena relativa a cada categoria

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Page 60: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Unidade de contexto

Segmento mais largo de conteúdo que o investigador examina quando caracteriza uma unidade de registo

Por exemplo: pode ser a frase para a palavra e o parágrafo para o tema

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Page 61: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Unidade de enumeração

Unidade em função da qual se procede à quantificação A escolha do sistema de enumeração deve ser explicitado e apresentados os critérios de equivalência entre as medidas utilizadas e a inferência sobre a tensão relativa que a fonte confere aos diferentes objectos • Aritméticas

• Geométricas (centímetro/coluna em altura; superfície

ocupada por cada categoria)

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Page 62: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

A análise de conteúdo não implica necessariamente quantificação (Vala, 1999) A análise de conteúdo quantitativa pode tomar três direcções

• Análise de Ocorrências • Análise Avaliativa • Análise Estrutural

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Quantificação

Page 63: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Organização da Análise

• Pré-Análise

• Exploração do Material

• Tratamento dos Resultados

Equipa IE 2013-2014

Resumindo…reorganizando…

Page 64: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Pré-Análise (1)

Tem como Objectivo tornar operacionais e sistematizar as ideias iniciais, de maneira a conduzir a um esquema preciso do desenvolvimento das operações sucessivas, num plano de análise

• Escolha dos Documentos

• Objectivos e Questões

• Indicadores que fundamentem a interpretação final (Bardin, 2004)

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Page 65: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Pré-Análise (2)

Apesar de ter subjacente a organização dos dados, é composta por actividades não estruturadas, «abertas», por oposição à exploração sistemática dos documentos

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Page 66: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Pré-Análise (3)

• A Leitura Flutuante

• Estabelecer Contacto com os Documentos • Conhecer bem o texto (...) Leitura flutuante em, planos horizontal e vertical e ordenação das transcrições (...) análise do material linguístico presente nas entrevistas, retirando-se o sentido do que é explicitado sob a forma de unidades de significação

Mestrinho (2002)

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Page 67: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Pré-Análise (4)

A Escolha dos Documentos

• Pode ser determinado à priori

• Depois de demarcado o tipo de documentos sobre ao quais se faz a análise faz-se a constituição do corpus

(conjunto de documentos que irão ser submetidos aos procedimentos analíticos)

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Page 68: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Pré-Análise (5)

Formulação de Objectivos e Questões de Investigação

As questões têm que estar em consonância com os objectivos

O objectivo prende-se com aquilo que nos propomos atingir

As questões são suposições com origem na intuição que aguarda ser submetida a dados seguros

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Page 69: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Pré-Análise (6)

Referenciação dos Índices e Elaboração de Indicadores

Se considerarmos os textos de uma manifestação contendo índices que a análise vai fazer falar, na pré análise iremos fazer a sua escolha em função das questões e a sua organização em indicadores

Menção Explícita de um tema numa mensagem

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Page 70: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Pré-Análise (7)

Preparação do Material

Edição dos textos a analisar que pode ir desde o alinhamento dos enunciados até às classificações

EX: Entrevistas transcritas na íntegra, artigos de jornal organizados, respostas a questões abertas organizadas em ficheiros, etc.

Esta fase consiste no concretizar de operações de codificação e enumeração cumprindo as regras previamente estipuladas

Equipa IE 2013-2014

Page 71: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Exploração do Material

Análise dos textos em «bruto» de forma a tornarem-se significativos e válidos

Estabelecer quadros de resultados

Figuras e modelos

Pode fazer-se uma análise descritiva dos fenómenos

Podem ser usadas técnicas estatísticas

Equipa IE 2013-2014

Page 72: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Na Prática, Codificar é tratar os dados

Dados brutos são transformados sistematicamente e agregados em unidades que permitem a descrição do texto a analisar

Equipa IE 2013-2014

Page 73: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Codificar os Dados

Análise Categorial e Quantitativa

Escolha das unidades – RECORTE

Escolha de regras de contagem – ENUMERAÇÃO

Escolha de categorias – CLASSIFICAÇÃO E AGREGAÇÃO

Equipa IE 2013-2014

Page 74: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Análise Quantitativa

Baseia-se na frequência de aparição certos elementos da mensagem (nº,%- só com um número elevado de entrevistas)

Pode chegar a análises mais elaboradas (Análise Factorial e de Clusters)

Equipa IE 2013-2014

Page 75: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

O computador! Usa-se Quando!

• A unidade de análise é a palavra, o indicador é a frequência

(nº de vezes em que apalavra ocorre)

• A análise é complexa e comporta um grande número de variáveis a tratar simultaneamente (nº elevado de categorias e unidades)

(Bardin, 2004)

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Page 76: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

O computador! Usa-se Quando!

•Análise de Co-ocorrências (duas ou mais unidades de registo)

• Várias análises sucessivas (guardar em base de dados para mais utilizações)

• Utilização de operações estatísticas complexas (análise factorial)

(Bardin, 2004)

Equipa IE 2013-2014

Page 77: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

O computador! Não é usado quando!

• A análise é exploratória e a técnica não é ainda definitiva

• A análise é única e versa sobre documentos de especialidade

• a unidade de codificação é grande (discurso ou artigo) espacial ou temporal

(Bardin, 2004)

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Page 78: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Consequências práticas do uso do computador

A rapidez aumenta

A flexibilidade permanece

A reprodução e troca de documentos está facilitada

Manipular dados complexos é possível

A criatividade e reflexão têm lugar destacado

(Bardin, 2004)

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Page 79: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

A utilização do computador levou os investigadores a construírem grelhas de análise que pudessem funcionar com

diferentes materiais

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Page 80: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

ÍNDICE ou DICIONÁRIO

Sistema de análise categorial adaptado ao tratamento automático.

A sua adaptação está próxima do Theasaurus

(dicionário analógico reunindo sob títulos conceptuais palavras com significados diferentes)

A classificação das palavras faz-se ao nível dos conceitos chave

(Bardin, 2004)

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Page 81: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

ÍNDICE ou DICIONÁRIO

O conceito-chave

Reúne um certo número de unidades de significação

(palavras, fórmulas, frases )

Representa uma variável da teoria

São intermediários entre a teoria (construída)

e os dados verbais (em bruto)

(Bardin, 2004)

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Page 82: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

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Categoria Sub categoria

Unidade de contexto

Unidade de registo

Unidade de enumeração/ quantificação

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Categoria Sub categoria Sub-

subcategoria

Unidade de registo

Fontes de saber da pessoa com

doença crónica

Experiencia da vida

“Ah, eu já aprendi com a experiência, o

meu marido é que fica logo aflito, mas

eu digo-lhe, oh homem, eu mudo para

outro lado [a agulha subcutânea]!” (V1-

65-1)

Formas de mobilização de

Saberes no Auto-cuidado

Solicita e/ou informa o prestador

de cuidados informal e/ou

profissionais de saúde

“…o meu marido tem que me ajudar

dos joelhos para baixo [referindo-se ao

auto-cuidado higiene]” (A1-33-2).

Não executa o Auto-cuidado “…a minha filha deu-me a insulina antes

de comer” (A7-9-1)

“…respondeu que a sua cabeça estava

velha e já não dava [referindo-se à

razão de não ter programado

correctamente a bomba infusora]” (A4-

6-1)

Saberes da pessoa com doença

crónica

Percepção da doença

“…eu tenho de estar atenta [aos

cuidados relacionados com a

hipertensão arterial], porque senão já se

sabe os riscos que corro” (J4-38-1)

Cuidados de melhoria e

manutenção da sua condição de

saúde

Auto-cuidado Alimentar-

se

“…é só uma vez por semana [as

“asneiras” na alimentação]”, pelo que ia

controlando” (A2-37-2)

Auto-cuidado

Actividade Recreativa

“…hoje já estive aqui a fazer um

bocadinho de renda para me entreter”

(V3-6-1)

Page 84: Aulas Investigação Modulo 1 - 1º Parte

Software

• Nud-ist

Permite ordenar os segmentos de texto, de acordo com as unidades de significação atribuídas, segundo os níveis de categorização e reagrupamentos analógicos

• NVIVO

• MaxQDA

• Análise de texto

• Alcest

Identifica a organização tópica do discurso, através dos

mundos lexicais AFC-S e AFC-M e análise de clusters

• Spad T

AFC-S e AFC-M

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