aulas feridas e curativos etsus[1].pdf

81
Enfº Carlos César Bontempo Ferraz Enfº Carlos César Bontempo Ferraz Especialista em Especialista em Intensivismo Intensivismo hospitalar, hospitalar, Urgência Urgência e Emergência e Emergência (Residência Multiprofissional em Saúde (Residência Multiprofissional em Saúde - Atenção ao Paciente Crítico NHU/UFMS) Atenção ao Paciente Crítico NHU/UFMS) Mestrando Programa Saúde e Desenvolvimento na Região Centro Mestrando Programa Saúde e Desenvolvimento na Região Centro-Oeste/UFMS Oeste/UFMS Enfermeiro Neurologia Santa Casa de Campo Grande Enfermeiro Neurologia Santa Casa de Campo Grande FERIDAS E CURATIVOS FERIDAS E CURATIVOS

Upload: rivanei

Post on 21-Jan-2016

92 views

Category:

Documents


4 download

TRANSCRIPT

Page 1: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Enfº Carlos César Bontempo FerrazEnfº Carlos César Bontempo Ferraz Especialista em Especialista em IntensivismoIntensivismo hospitalar,hospitalar, UrgênciaUrgência e Emergênciae Emergência

(Residência Multiprofissional em Saúde (Residência Multiprofissional em Saúde -- Atenção ao Paciente Crítico NHU/UFMS)Atenção ao Paciente Crítico NHU/UFMS) Mestrando Programa Saúde e Desenvolvimento na Região CentroMestrando Programa Saúde e Desenvolvimento na Região Centro--Oeste/UFMSOeste/UFMS

Enfermeiro Neurologia Santa Casa de Campo GrandeEnfermeiro Neurologia Santa Casa de Campo Grande

FERIDAS E CURATIVOSFERIDAS E CURATIVOS

Page 2: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

ANATOMIA E FISIOLOGIAANATOMIA E FISIOLOGIA

Page 3: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

PelePele

Revestimento externo do corpo;

> Órgão do corpo humano - Mede:1,5 a 2m²;

Pesa cerca de 2 kg;

Apêndices: pêlos, unhas, folículo piloso e glândulas;

Alterações patológicas na pele desencadeiam: Perda auto-estima; Preconceito/Rejeição; Dependência; Pode evoluir para desagregação da personalidade.

(CRAVEN, 2006, p.481)

Page 4: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Funções da peleFunções da pele

Proteção: mecânica, celulares (melanina) e imunológicos

(céls. de langerhans);

Termorregulação: Sudorese; Constrição/dilatação da rede

vascular (dissipação de calor);

Percepção: terminações nervosas (tátil, térmica e dor)

Secreção: Gl. Sebácea – ação antibacteriana e

antifúngica e manutenção da integridade. Gl. Sudorípara:

Manutenção pH epidérmico ácido 5,4 a 5,6;

Metabolismo: Vitamina D - absorção de cálcio e fósforo;

(CRAVEN, 2006, p.482)

Page 5: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

CaracterísticasCaracterísticas

Cor

Temperatura

Umidade

Textura

Odor

(CRAVEN, 2006, p.482)

Page 6: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf
Page 7: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Epiderme

Camada superficial, formada por epitélio ceratinizado, escamoso e estratificado;

Compõe-se de duas sub-camadas: córnea/basal;

Avascular, sua nutrição é feita através da derme;

Fixa estruturas externas (unhas e pelos).

CamadasCamadas

(CRAVEN, 2006, p.481)

Page 8: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Camada mais profunda e espessa;

Constituída de tecido conjuntivo onde se apóia a epiderme;

Rica em vascularização sanguínea, linfática, terminações nervosas (percepção da sensibilidade tátil, térmica e dolorosa), folículos pilosos, os músculos eretores do pêlo e as glândulas sebáceas, sudoríparas;

(CRAVEN, 2006, p.481)

Derme

Page 9: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

DenominadaDenominada tambémtambém dede panículopanículo adiposo,adiposo, tecidotecido celularcelular subcutâneosubcutâneo;;

ConstituídaConstituída dede tecidotecido adiposoadiposo dede espessuraespessura variável,variável, maleávelmaleável ee elástico,elástico, permitindopermitindo amplitudeamplitude dede movimentosmovimentos ee sustentasustenta asas estruturasestruturas ee osos órgãosórgãos internosinternos;;

PossuiPossui terminaçõesterminações nervosas,nervosas, vasosvasos sanguíneos,sanguíneos, alémalém dede elementoselementos celularescelulares;;

ProvisãoProvisão dede energiaenergia;;

ReservaReserva nutricionalnutricional.. (CRAVEN, 2006, p.481)

Hipoderme

Page 10: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

CICATRIZAÇÃOCICATRIZAÇÃO

Page 11: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Tipos de cicatrizaçãoTipos de cicatrização

Primeira intenção: Bordas são aproximadas, perda tecidual mínima;

Segunda intenção: feridas abertas, presença de perda tecidual, podem deixar cicatriz exuberante;

Terceira intenção: feridas com fechamento primário retardado.

(CRAVEN, 2006, p.491)

Page 12: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

FatoresFatores queque afetamafetam a a cicatrizaçãocicatrização

FatoresFatores locaislocais NaturezaNatureza dada lesãolesão

PresençaPresença de de infecçãoinfecção AmbienteAmbiente local local dada feridaferida

FatoresFatores sistêmicossistêmicos NutriçãoNutrição

CirculaçãoCirculação e e oxigenaçãooxigenação FunçãoFunção celularcelular ImuneImune

FatoresFatores individuaisindividuais IdadeIdade

ObesidadeObesidade TabagismoTabagismo

MedicamentoMedicamento

(CRAVEN, 2006, p.492)

Page 13: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Fases de Fases de cicatrizaçãocicatrização

QuandoQuando aa integridadeintegridade dada pelepele sofresofre soluçãosolução dede continuidade,continuidade, resultandoresultando emem umauma lesão,lesão, imediatamenteimediatamente iniciainicia--sese oo processoprocesso dede cicatrizaçãocicatrização;;

InflamatóriaInflamatória

ProliferativaProliferativa

MaturaçãoMaturação

(CRAVEN, 2006, p.491)

Page 14: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

3 3 a 6 a 6 dias;dias;

Eritema;Eritema;

Calor;Calor;

Dor;Dor;

Edema;Edema;

Perda da função Perda da função local;local;

“A fase inflamatória será “A fase inflamatória será tanto mais intensa e tanto mais intensa e duradoura quanto maior duradoura quanto maior a lesão tecidual.”a lesão tecidual.”

(CRAVEN, 2006, p.491)

INFLAMATÓRIA INFLAMATÓRIA

Page 15: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Proliferação

– Inicia-se dentro de 24 horas após a lesão inicial e continua-se por até 21 dias;

– Caracteriza-se por quatro eventos:

Formação endotelial;

Granulação;

Epitelização;

Contração.

(CRAVEN, 2006, p.491)

Page 16: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

ProliferaçãoProliferação

Page 17: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Maturação

–– EstágioEstágio finalfinal dada cicatrizaçãocicatrização dada feridaferida;;

–– PodePode iniciariniciar--sese emem tornotorno dede trêstrês semanassemanas apósapós ferimento,ferimento, podendopodendo levarlevar atéaté umum anoano ouou mais,mais, nasnas feridasferidas abertasabertas;;

–– CaracterizaCaracteriza--sese pelaspelas mudançasmudanças nana forma,forma, tamanhotamanho ee resistênciaresistência dada cicatrizcicatriz;;

–– AmadurecimentoAmadurecimento dada feridaferida::

ReduçãoRedução dada síntesesíntese dodo colágeno/maturaçãocolágeno/maturação ee organizaçãoorganização dasdas fibrasfibras;;

DiminuiçãoDiminuição dada vascularizaçãovascularização;;

(CRAVEN, 2006, p.491)

Page 18: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf
Page 19: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

CicatrizesCicatrizes hipertróficashipertróficas ee quelóidesquelóides:: processosprocessos dede cicatrizaçãocicatrização anormalanormal formadosformados porpor deposiçãodeposição excessivaexcessiva dede colágeno,colágeno, superiorsuperior àà quantidadequantidade queque sese degradadegrada..

–– CicatrizCicatriz hipertróficahipertrófica:: SãoSão elevadas,elevadas, tensas,tensas, avermelhadas,avermelhadas, dolorosasdolorosas ee pruriginosas,pruriginosas, permanecempermanecem dentrodentro dosdos limiteslimites dada incisãoincisão originaloriginal ouou feridaferida (tendem(tendem aa regressão)regressão);;

–– CicatrizCicatriz comcom quelóidequelóide:: ultrapassamultrapassam osos limiteslimites dodo traumatismotraumatismo inicial,inicial, causamcausam dordor ee pruridoprurido (não(não tendemtendem aa regressão,regressão, tendotendo maiormaior tendênciatendência àà recidiva)recidiva);;

Cicatrização...

Page 20: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf
Page 21: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

FERIDASFERIDAS

Page 22: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf
Page 23: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

ClassificaçClassificaçããoo das das feridasferidas Classificação quanto às causas:

Feridas Cirúrgicas Feridas Traumáticas Feridas Ulcerativas

(CCIH/NHU/UFMS, 2006)

Page 24: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Figura 5. Imagem representa ferida traumática aguda.

Page 25: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Quanto à etiologia: Aguda Crônica

Quanto ao rompimento das estruturas superficiais:

Aberta Fechada

Quanto à penetração em cavidade: Penetrante Não penetrante

(CCIH/NHU/UFMS, 2006)

ClassificaçClassificaçããoo das das feridasferidas

Page 26: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Figura 6. Imagem representando ferida com penetração em cavidades.

Page 27: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Quanto ao conteúdo microbiano: •Limpa •Contaminada •Infectada

Quanto ao agente causador: MECÂNICOS

Incisa Perfuroincisa Perfurocontusa Contusa Cortocontusa Punctória (puntiforme)

ClassificaçClassificaçããoo das das feridasferidas

(CCIH/NHU/UFMS, 2006)

Page 28: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Figura 7. Imagem representando ferida perfuroincisa.

Page 29: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Figura 8. Imagem representa ferida aberta infectada.

Page 30: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

FÍSICOS

Temperatura Calor (queimadura) Frio Eletropressão

PATOLÓGICA IATROGÊNICA

Classificação das feridas

(CCIH/NHU/UFMS, 2006)

Page 31: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Classificação das feridas

Uma úlcera por pressão é uma lesão localizada da pele e/ou tecido subjacente, normalmente sobre uma proeminência óssea, em resultado da pressão ou de uma combinação entre esta e forças de torção.

(NPUAP-EPUAP 2009)

Page 32: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Imagem 9. Imagens representando locais com maior susceptibilidade para o desenvolvimento de úlcera de pressão.

Page 33: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Figura 10. Imagem representa úlcera de pressão em maléolo.

Page 34: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

ClassificaçClassificaçããoo das das feridasferidas

Quanto à profundidade dos planos atingidos:

Categoria I: eritema não branqueável em pele intacta

Categoria II: perda parcial da espessura da pele ou

flictema

Categoria III: Perda total da espessura da pele (

tecido subcutâneo visível)

Categoria IV: Perda total da espessura dos tecidos

(músculos e ossos visíveis) (NPUAP-EPUAP 2009)

Page 35: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

ClassificaçClassificaçããoo das das feridasferidas

Quanto à profundidade dos planos atingidos:

Não graduáveis/ inclassificáveis: Perda total da

espessura da pele ou tecidos – profundidade

indeterminada;

Suspeita de lesão profunda dos tecidos

(NPUAP-EPUAP 2009)

Page 36: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Figura 11. Imagem representando úlcera de pressão em estágio I.

Page 37: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Figura 12. Imagem representando úlcera de pressão em estágio II.

Page 38: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Figura 13. Imagem representando úlcera de pressão em estágio III com tecido de granulação.

Page 39: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Figura 14. Imagem representando úlcera de pressão em estágio IV.

Page 40: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

CURATIVOCURATIVO

Page 41: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

CurativoCurativo

É um revestimento protetor colocado sobre uma ferida.

O tipo de curativo depende do tipo de ferida, da localização, do estado e da preferência pessoal.

A frequência da troca é determinada pelo estado da ferida, tipo de curativo, quantidade de exsudato e da necessidade de avaliação.

(CRAVEN, 2006, p.505)

Page 42: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Regras para a realizaçRegras para a realizaçãão de Curativoso de Curativos

Page 43: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Finalidade do curativoFinalidade do curativo Remover o acumulo de secreções, corpos estranhos e tecido morto da ferida ou da área de incisão; Diminuir o crescimento de microrganismo na ferida ou na área da incisão; Promover a cicatrização da ferida; Promover homeostasia; Preencher espaço morto e evitar a formação de sero- hematomas; Manter a umidade da superfície da ferida; Limitar a movimentação dos tecidos em torno da ferida; Oferecer conforto emocional; Diminuir a intensidade da dor.

Page 44: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

PrincPrincíípios bpios báásicos na realizaçsicos na realizaçãão de o de curativoscurativos

Trocas de curativos são freqüentemente dolorosas: avaliar a necessidade relativa à dor e medicar o paciente 30 minutos antes do início do procedimento;

Quanto maior for à concentração do produto maior será a sua citotoxidade, afetando o processo cicatricial. Essa solução em contato com secreções da ferida tem a sua ação comprometida.

Page 45: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Princípios básicos na realização de curativos

Princípio básico: Lavagem das mãos antes e após o procedimento;

Leitura de prontuário; avaliação clínica;avaliação

psico-emocional;dor. Preparo do paciente, informar sobre a realização do

procedimento; Preparo do ambiente (biombos, menos exposição); Obedecer aos princípios de assepsia: do local menos,

para o mais contaminado, utilizando o instrumental sempre estéril;

Page 46: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

PrincPrincíípios bpios báásicos na realizaçsicos na realizaçãão de o de curativoscurativos

Iniciar pela incisão fechada e limpa, seguindo-se as lesões abertas não infectadas e por último as infectadas;

Nas feridas cirúrgicas limpas, a pele ao redor da ferida é considerada mais contaminada que a própria ferida, enquanto que nas feridas infectadas a área mais contaminada é a do interior da lesão;

Page 47: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Feridas Feridas cirúrgica e dispositivos cirúrgica e dispositivos vascularesvasculares

É recomendado para feridas cirúrgicas limpas, com suturas primárias, e locais de inserção de dispositivos invasivos na pele (cateteres vasculares centrais, fixadores e sistemas de drenagem);

Os curativos devem ser mantidos limpos e secos, pois a umidade é fator de risco para a colonização bacteriana e conseqüentemente para infecções.

A troca deve ser diária, ou toda vez que apresentar sujidade.

Page 48: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Trocando um curativo estéril Trocando um curativo estéril secoseco

Finalidade de um Curativo:

Limpar a ferida;

Proteger de traumatismo

mecânico;

Promover hemostasia;

Proteger a ferida contra contaminação e infecções;

Absorver secreções;

Remover corpos estranhos;

Page 49: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Material necessário para o curativoMaterial necessário para o curativo

01 pacote (bandeja) de curativo estéril 01 pacote (bandeja) de curativo estéril

((gaze, pinça gaze, pinça kellykelly, pinça anatômica, espátula);, pinça anatômica, espátula);

gazes estéreis;gazes estéreis;

esparadrapo/ fita hipoalergênica;esparadrapo/ fita hipoalergênica;

soro fisiológico 0,9%;soro fisiológico 0,9%;

luvas de procedimentos; luvas de procedimentos;

Luva estéril na ausência de pacote de curativoLuva estéril na ausência de pacote de curativo

Page 50: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Aspecto do exsudatoAspecto do exsudato::

Seroso

• Baixo conteúdo proteíco.

• Origina-se do soro sanguíneo e secreções serosas das células

mesoteliais. • Aparece precocemente nas

fases de desenvolvimento das reações inflamatórias agudas

• Aparência é seroso, de cor clara, de plasma aguado.

Sanguinolento

• Caracteriza-se pela cor vermelho-vivo

• Indica sangue ativo decorrente de lesões com rupturas de

vasos.

(CRAVEN, 2006, p.498)

Page 51: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Sero sanguinolento

• Tem como aspecto uma cor pálida avermelhada, aguada.

• Mistura de seroso com sanguinolento.

• Pode ser descrito como padrões mistos que ocorrem em muitas

inflamações.

Purulento

• Pode variar de cor amarela

esverdeada, queimada ou marron.

• Composto por leucócitos e proteínas produzido por um

processo asséptico ou séptico. • Pode estar presente em foco de

infecção ou sobre superfície de orgãos ou estruturas.

(CRAVEN, 2006, p.498)

Page 52: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Necrose: É a morte celular. Tecido avascular, insensível, podendo apresentar odor. Também denominada tecido desvitalizado, morto e inviável. Pode apresentar cor e aspecto variável;

Podem ser descrito nos termos:

Escara: necrose seca, dura, de coloração escura e firmemente aderida ao leito da lesão;

Esfacelo: Necrose delgada, mucóide, macia e de coloração amarela, bronzeada ou cinza, podem estar firmes ou frouxamente aderidos ao leito da lesão.

Identificação do tecido no leito da ferida

Page 53: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf
Page 54: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf
Page 55: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Granulação: Tecido conjuntivo intensamente vascularizado, apresenta-se vermelho vivo, brilhante;

EpitelizaçãoEpitelização: O : O tecido epitelial tem cor tecido epitelial tem cor brancabranca--rosada;rosada;

Page 56: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Margem/Bordas da lesão:Margem/Bordas da lesão:

Aderência: plana (nivelada com leito);Aderência: plana (nivelada com leito);

Não aderida: descolamento;Não aderida: descolamento;

Enrolada p/ Enrolada p/

baixo: espessa/baixo: espessa/

grossa; macia;grossa; macia;

Page 57: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Pele peri-ferida::

cor (eritema, azulada);

Textura (macerada, endurecida, desidratada, úmida, descamações);

Temperatura

(quente, fria);

Integridade

(intacta /

dermatites)

Page 58: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf
Page 59: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

TécnicaTécnica de de curativocurativo -- LimpezaLimpeza

Limpeza mecânicaLimpeza mecânica

IrrigaçãoIrrigação

(CRAVEN, 2006, p.507)

Page 60: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

DesbridamentoDesbridamento

Remoção de tecido morto de uma Remoção de tecido morto de uma ferida. ferida.

–– MecânicoMecânico

–– CirúrgicoCirúrgico

–– EnzimáticoEnzimático

–– Autolítico Autolítico

Page 61: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

COBERTURASCOBERTURAS

Page 62: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Hidrocolóide: são lâminas finas, moldáveis e adesivas (carboximetilcelulose).

Tipos de Cobertura

(BORGES, 2001)

Page 63: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Indicações: feridas secas, com pouca ou média quantidade de exsudato, em fase de granulação e feridas com dano parcial de tecido.

Frequência de Troca: não requer

troca diária, permitindo trocas em intervalos maiores (até cinco ou seis dias), porém tais trocas devem ser realizadas quando se observar extravasamento ou descolamento;

Protege as terminações nervosas, reduzindo a dor .

Tipos de Cobertura

Hidrocolóide:

(BORGES, 2001)

Page 64: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Figura 15: Imagem demonstrando absorção de exsudato após utilização de Hidrocolóide

Page 65: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Alginato de Cálcio:

Transforma-se em gel suave e hidrófilo à medida que o curativo vai absorvendo a exsudação. Indicações: Podem ser utilizados em feridas com ou sem infecção com volume de exsudato moderado a intenso. Possui atividade hemostática e acelera a cicatrização e auxilia o desbridamento autolítico. Frequência de troca: Pode permanecer sobre a ferida sem ser trocado por até 3 dias. (BORGES, 2001)

Tipos de Cobertura

Page 66: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Figura 16: Imagem demonstrando absorção de exsudato após utilização de Alginato de Cálcio

Page 67: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Tipos de Cobertura Carvão ativado: Acelera a cicatrização pela absorção de microorganismos e secreção purulenta, que são atrasados pela ação magnética do carvão. Com isso, as bactérias ficam aderidas ao carvão e longe do tecido danificado. Faz com que a ferida exale menos odor e o exsudato é absorvido pelo curativo secundário. Frequência de troca: Deve ser trocado a cada 3 ou 5 dias, ou de acordo com a quantidade de exsudato.

(BORGES, 2001)

Page 68: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Tipos de Cobertura Papaína: Pode ser utilizada em forma de pó ou em forma de gel. Provoca dissociação das moléculas de proteínas, resultando em desbridamento enzimático. Tem ação bactericida e bacteriostática, estimula a força tênsil da cicatriz e acelera a cicatrização. Indicações: Feridas com necrose ou fibrose, infectadas ou não, com pouco a moderado exsudato. Frequência de troca: A cada 24 horas ou de acordo com a saturação de exsudato.

(Normas e Diretrizes para Prevenção e Tratamento de Feridas, 2010)

Page 69: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Tipos de Cobertura Papaína:

Page 70: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Tipos de Cobertura Sulfadiazina de Prata à 1% O íon de prata confere características bactericidas imediatas e bacteriostáticas residuais, causa a precipitação de proteínas e age diretamente na membrana citoplasmática da célula bacteriana. Indicação: tratamento de queimaduras e feridas colonizadas por pseudomonas. O tempo de ação é de apenas 12 horas. Periodicidade de troca: no máximo a cada 12 horas ou quando a cobertura secundária estiver saturada.

(No

rmas

e D

iret

rize

s p

ara

Pre

ven

ção

e T

rata

me

nto

de

Fe

rid

as, 2

01

0)

Page 71: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf
Page 72: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Tipos de Cobertura A.G.E.- Ácidos Graxos Essenciais:

São ácidos carboxílicos de cadeia longa, poliinsaturados.

Indicações: lesões abertas não

infectadas; Profilaxia de úlceras de pressão.

Contra- indicação: feridas com cicatrização por primeira intenção.

Freqüência de Troca: em média de 12 horas.

(Normas e Diretrizes para Prevenção e Tratamento de Feridas, 2010)

Page 73: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

A fixação tem a finalidade de manter a cobertura e proteger a ferida. Pode ser realizada por enfaixamento com ataduras de crepom, fitas adesivas dentre elas, esparadrapo, fita hipoalergênica ou faixas de tecidos de largura e comprimento variados. São indicadas para fixar curativos, exercer pressão, controlar sangramento e/ou hemorragia, imobilizar um membro, aquecer segmentos corporais e proporcionar conforto ao paciente.

(Normas e Diretrizes para Prevenção e Tratamento de Feridas, 2010)

Fixação

Page 74: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Limpar a ferida com S.F à 0,9%;

Aplicar solução degermante;

Para aeróbicos – coleta superficial;

Para anaeróbicos – coleta profunda;

Relatar no pedido do exame características do cliente e condição clínica que induziram a necessidade do pedido.

Coleta de Material

Page 75: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Documentação

Deve ser anotado no prontuário do paciente:

• A localização e o tipo da ferida ou da incisão; • O estado do curativo anterior; • O estado da área da ferida/incisão; • As características da ferida (dimensões, pele periferida,

margem, leito). • A solução e os medicamentos aplicados na ferida; • As observações feitas pelo paciente; • A tolerância do paciente ao procedimento.

Page 76: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Infecção em feridas

Presença de bactérias ou outros microorganismos em quantidade suficiente para ativar as defesas orgânicas contra o agente infeccioso e produzirem manifestações clínicas, danificando o tecido e retardando a cicatrização.

(MARTINS, 2000)

Page 77: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Colonização

Presença de bactérias nas superfície ou nos Presença de bactérias nas superfície ou nos tecidos sem sinais ou sintomas de tecidos sem sinais ou sintomas de infecção;infecção;

Não retarda a Não retarda a cicatrização;cicatrização;

Presente em todas as Presente em todas as feridas.feridas.

Page 78: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Cuidados de Enfermagem ao paciente portador de ferida

PrescriçãoPrescrição dede enfermagemenfermagem –– oo quê,quê, comocomo ee quandoquando devedeve serser feitofeito oo curativocurativo;;

LimpezaLimpeza diáriadiária;;

ProteçãoProteção parapara oo banhobanho;;

AvaliaçãoAvaliação diáriadiária dada presençapresença dede sinaissinais flogísticosflogísticos;;

RegistroRegistro dosdos cuidadoscuidados prestadosprestados;;

Page 79: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

FERIDA / ÚLCERA

INFECTADA NECRÓTICA LIMPA

TIPO DE INFECÇÃO

LOCAL SISTÊMICA

CARACTERÍSTICAS

COR

QUANTIDADE

UMIDADE

CARATERÍSTICAS

QUANT. DE

EXSUDATO

QUANT. DE

GRANULAÇÃO

ASPECTO DA

BORDA

AVALIAÇÃO

SELECIONAR O TRATAMENTO

MONITORIZAÇÃO

DOR

Page 80: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

TRATAMENTO

INFECTADA NECRÓTICA LIMPA

ANTISSÉPTICO /

ANTIBIÓTICO

PVPI CLOREXIDINA

SULFADIAZINA

DEBRIDAMENTO

CIRÚRGICO MECÂNICO

QUÍMICO

PAPAÍNA HIDROGEL

TCM

PLACA DE

HIDROCOLÓIDE

Page 81: Aulas Feridas e curativos ETSUS[1].pdf

Contato:Contato:

[email protected][email protected]

[email protected]@hotmail.com

Enfº Carlos CésarEnfº Carlos César

Enfª FernandaEnfª Fernanda