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Prof.ª Letícia Castro Farmacodinâmica

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Aula Farmacodinâmica 2

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Page 1: Aula Farmacodinâmica 2

Prof.ª Letícia Castro

Farmacodinâmica

Page 2: Aula Farmacodinâmica 2

Farmacodinâmica

Page 3: Aula Farmacodinâmica 2

Farmacodinâmica

No estudo dos fármacos, a farmacodinâmica investiga:

·Locais de ação,

·Mecanismos de ação;

·Relação entre dose da droga e magnitude dos efeitos;

·Efeitos ;

·Variação das respostas das drogas

Page 4: Aula Farmacodinâmica 2

Farmacodinâmica

A interação entre um fármaco e certos componentes celulares representam o mecanismo de ação do fármaco;

A parte do organismo que interage com a droga é denominado de receptor;

O efeito do medicamento depende das funções que uma célula é capaz de executar;

Portanto, o fármaco não cria funções, apenas modifica as que já existem.

Page 5: Aula Farmacodinâmica 2

• A maioria são proteínas• Outros: DNA

Enzimas

Receptores “nucleares”

DNA

Canais iônicos

Receptores de “superfície”

Alvos

Alvos para ação das drogas

Page 6: Aula Farmacodinâmica 2

• Os receptores induzem muitos tipos diferentes de efeitos, alguns muito rápidos, outros ocorrem dentro de dias/semanas;

• Como base na natureza da conexão entre a ocupação e a resposta resultante, temos quatro famílias principais de receptores:

• Receptor ionotrópico (canal iônico)• Receptor metabotrópico (acoplado à proteína G)• Receptor ligado à quinases• Receptor nuclear

Tipos de receptores

Page 7: Aula Farmacodinâmica 2

Canal iônico Proteína G Tirosina quinase Nuclear

Tipos de receptor:

Ação: milisegundos segundos horas horas

Page 8: Aula Farmacodinâmica 2

Rang et al., 2007. Farmacologia 6 ed. Elsevier.

Tipos de receptor – mecanismos e efetores

Page 9: Aula Farmacodinâmica 2

Caracteriza por afinidade: capacidade de ligação

Atividade intrínseca: Gera resposta farmacológica após acoplamento

Especificidade química: Receptor só aceita fármaco de estrutura similar

Reversibilidade: Forças ligantes são transitórias

Interação fármaco-receptor

Eficácia habilidade, uma vez ligado, de iniciar alterações que conduzem aos efeitos

Page 10: Aula Farmacodinâmica 2

Afinidade– Refere-se à força de ligação entre o fármaco e o receptor – Número de receptores ocupados está relacionado com o

balanço entre o fármaco livre e ligado

Interação fármaco-receptor

Constante de Dissociação (KD)– Mede a afinidade do fármaco para um dado receptor – Definida como a concentração do fármaco necessária em

solução para atingir 50% de ocupação dos seus receptores.

Page 11: Aula Farmacodinâmica 2

Interação fármaco-receptor

Quanto MAIOR A AFINIDADE do fármaco pelo receptor, MENOR A CONCENTRAÇÃO em que produz determinado nível de ocupação.

Os mesmos princípios são aplicados quando dois ou mais fármacos competem pelos receptores: CADA UMA POSSUI O EFEITO DE REDUZIR A AFINIDADE APARENTE PARA A OUTROS

Page 12: Aula Farmacodinâmica 2

Agonista X Antagonista

Fármacos Agonistas: - são fármacos que interagem com os receptores, formam complexo FR e acionam um mecanismo de transdução– mimetizam a ação do ligante endógeno.

Fárm acos A ntagonistas: - são fármacos que interagem com os receptores, formam

complexo FR mas NÃO ATIVAM os receptores – inibem a ação do agonista.

Fármacos Antagonistas: - são fármacos que interagem com os receptores, formam

complexo FR mas NÃO ATIVAM os receptores – inibem a ação do agonista.

Page 13: Aula Farmacodinâmica 2

Interação fármaco-receptor

AGONISTAS TOTAL PARCIAL

ANTAGONISTAS COMPETITIVO NÃO COMPETITIVO

Page 14: Aula Farmacodinâmica 2

Para ANTAGONISTAS, eficácia é ZEROHabilidade, uma vez ligado, de iniciar alterações que conduzem aos efeitos

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EFICÁCIA A capacidade de produção de uma resposta

Classificação dos Agonistas:

TOTAL ou PLENO (eficácia = 1)

PARCIAL (eficácia intermediária)

quantidade do fármaco necessária para produzir 50% da resposta máxima que o fármaco é capaz de induzir

POTÊNCIA *

* usado para comparar compostos dentro das mesmas classes de fármacos

Fármaco agonista

Page 16: Aula Farmacodinâmica 2

QUANTIFICAÇÃO DA INTERAÇÃO DO AGONISTA COM O RECEPTOR PELA CURVA DOSE-EFEITO

Page 17: Aula Farmacodinâmica 2

CURVAS DE CONCENTRAÇÃO EFEITO DO AGONISTA

Page 18: Aula Farmacodinâmica 2

Fármaco antagonista

Page 19: Aula Farmacodinâmica 2

ANTAGONISTAS– Inibem ou bloqueiam respostas causadas pelos agonistas

ANTAGONISTA COMPETITIVO– Compete com um agonista para os receptores– Altas doses de um agonista podem geralmente sobrepor-se ao

antagonista

Fármaco antagonista

ANTAGONISTA IRREVERSÍVEL– Liga-se permanentemente ao local de ligação do receptor,

portanto não consegue ser ultrapassado pelo agonista

Page 20: Aula Farmacodinâmica 2

CURVAS DOSE-RESPOSTA DO AGONISTA NA PRESENÇA DO ANTAGONISTA

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Antagonismo não-competitivoAntagonismo competitivo

Antagonismo não-competitivo

• Não compete com agonista pelo receptor.

• Inibe passo/etapa da via de sinalização celular desencadeada pelo agonista.

• Interfere com efeitos mediados por outros receptores que dependem do mesmo passo.

Page 22: Aula Farmacodinâmica 2

“ redução dos efeitos de uma substância quando administrada de modo contínuo ou repetidamente”

TERMOS AFINS:

• TOLERÂNCIA

• REFRATARIEDADE ( perda de eficácia terapêutica)

• RESISTÊNCIA ( perda da atividade dos antibióticos)

Dessensibilização

Page 23: Aula Farmacodinâmica 2

Alteração dos receptores:Em geral é rápida e pode acontecer por uma alteraçãoestrutural da molécula dos receptores (principalmente comreceptores acoplados aos canais iônicos) pela fosforilação.

Perda dos receptoresA exposição contínua ao fármaco diminui o número de receptores ( down regulation = internalização do receptor por endocitose)

Causas de dessensibilização

Page 24: Aula Farmacodinâmica 2

Exaustão dos receptoresAssociado à depleção de uma substância intermediária (ex. anfetamina que diminui reservas de noradrenalina)

Aumento da degradação metabólica

Pela indução metabólica ( ex: fenobarbital)

Adaptação fisiológicaDiminuição da eficácia de drogas antihipertensivas pela liberação de renina/angiotensina e/ou aumento volemia

Causas de dessensibilização