aula 01 - coberturas

CESUMAR – Centro Universitário de Maringá

Curso de Arquitetura e Urbanismo | Disciplina: Desenho Arquitetônico

Docente: Arq. Patricia Bruder | Maio, 2013

coberturas

Tipologias, cálculo e representação gráfica

Arq. Patricia Bruder | Desenho Arquitetônico | 2° Bimestre

COBERTURAS

Coberturas: tipologias, cálculos e representação gráfica;

Tesouras: tipologias, detalhamentos e representação gráfica.

Plano de ensino do 2° Bimestre


Conteúdo a ser abordado:

1. Coberturas: tipos e componentes;

2. Representação gráfica de coberturas;

3. Como calcular a cumeeira?

4. Tipos de beiral.

COBERTURAS


COBERTURAS

1 Coberturas: tipos e componentes

Planta de cobertura: desenho da vista superior, mostrando detalhes da cobertura da edificação, geralmente na escala 1:100, 1:125 ou 1:200.


COBERTURAS


• A cobertura é a parte superior da construção, que serve de proteção contra o sol, a chuva, os ventos, etc. Existem coberturas planas, inclinadas ou curvas, como as abóbadas, cúpulas, estruturas em arco e as cascas.

• A forma de um sistema de cobertura, seja plana ou inclinada, desempenha papel fundamental na composição arquitetônica, portanto, a escolha da tipologia de cobertura dependerá, dentre outros fatores, da intenção formal do projetista.


COBERTURAS


Coberturas planas:

• Necessitam de uma inclinação de aproximadamente 2%, a fim de conduzir a água a drenos ou a calhas perimetrais; • Esse tipo de cobertura exige uma membrana contínua para cobrimento. No Brasil, grande parte das coberturas planas é composta por laje de concreto; • A grande desvantagem da utilização de lajes impermeabilizadas é a necessidade de manutenção, já que com o tempo surgem fissuras na manta impermeabilizante.


COBERTURAS


Exemplo de cobertura plana: Casa-ateliê, Rio de Janeiro (Arq. Carla Juaçaba e Mário Fraga). Laje plana protegida por uma camada de argila expandida.


COBERTURAS


Casa Canoas, Rio de Janeiro (Arq. Oscar Niemeyer).


COBERTURAS


Vê-se cada vez mais a utilização de “coberturas verdes” ao invés de simplesmente a laje plana.


COBERTURAS


Terraço jardim de Burle Marx, no Ministério da Educação e Cultura – MEC (Rio de Janeiro)


COBERTURAS


Coberturas inclinadas: No desenvolvimento do projeto de coberturas inclinadas, diversas questões devem ser consideradas, sendo que todas essas questões se interligam:

• Volumetria desejada, ou seja, a altura da cobertura e inclinações desejadas; • Em função da decisão volumétrica define-se o tipo de telha (diferentes tipos de telhas permitem diferentes tipos de inclinação); • Em função do tipo de telha e dos vãos que se deve cobrir será definida a estrutura da cobertura.


COBERTURAS


• Os telhados são constituídos por linhas que lhes confere as diversas formas. As principais linhas são: • cumeeiras; • espigões; • Águas furtadas ou rincões.


COBERTURAS


• A cumeeira é um divisor de águas horizontal; • Os espigões são, também, divisores de águas, porém inclinados; • As águas-furtadas ou rincões são receptores de águas inclinadas.


COBERTURAS



COBERTURAS


1 2 3

4

(1) Água furtada; (2) Espigão; (3) Cumeeira; (4) Cumeeira.


COBERTURAS



COBERTURAS

2 Representação gráfica

Etapas para a definição da cobertura:

• Proposição volumétrica;

• Escolha do tipo de telha entre as compatíveis com o tipo de volumetria desejada (inclinação);

• A partir da inclinação, calcula-se a altura das cumeeiras;

• Quando os volumes estiverem dispostos de forma perpendicular os espigões e rincões ficarão dispostos com ângulo de 45°;

• É interessante investigar as diversas possibilidades formais, verificando em fachada, maquetes ou perspectivas.


COBERTURAS


Telhados com uma água:


COBERTURAS


Telhados com duas águas:


COBERTURAS


O telhado pode terminar em oitão (elevação externa de alvenaria no formato da caída do telhado) ou em água:

oitão


COBERTURAS


Telhados com três águas:


COBERTURAS


Telhados com quatro águas:


COBERTURAS


Regras para o desenho de telhados com águas para todos os lados: a) Quando os beirais forem perpendiculares, os

espigões e águas furtadas formam ângulos de 45° (bissetriz);

b) As cumeeiras são paralelas aos beirais e dividem o vão em duas partes iguais.


COBERTURAS


Desta forma, pode-se traçar qualquer projeto de telhado, por mais complicado que seja, como os exemplos de traçados a seguir:


COBERTURAS


Coberturas com pátio interno:


COBERTURAS

3 Como calcular a cumeeira?

A altura da cumeeira depende da inclinação da cobertura, que por sua vez é determinada de acordo com o tipo de telha especificada. Escolhida a telha, a instalação desta deve respeitar as orientações da empresa fabricante quanto à inclinação mínima e máxima.

h


COBERTURAS


Exemplos de tipos de telhas

Telha Cerâmica Francesa Inclinação mínima: aprox. 30%

Telha Colonial Paulista Inclinação mínima: aprox. 25%


COBERTURAS



Telha ondulada (fibrocimento); telha metálica Inclinação mínima: aprox. 5%

Telha de concreto Inclinação mínima: aprox. 30%


COBERTURAS



Telha shingle Inclinação mínima: aprox. 25%

Telha de vidro Inclinação mínima: aprox. 30%


COBERTURAS


Exemplo de utilização de telha shingle (Hotel em Foz do Iguaçu – PR)


COBERTURAS


A inclinação pode ser expressa em porcentagem (%) ou em graus (°), sendo a primeira forma mais usual.


COBERTURAS

4 Tipos de beirais

Beiral sem laje pré-moldada


COBERTURAS

4 Tipos de beirais

ERRADO!


COBERTURAS

4 Tipos de beirais


COBERTURAS

4 Tipos de beirais

Beiral sem laje pré-moldada


COBERTURAS

4 Tipos de beirais

Beiral em laje plana


COBERTURAS

4 Tipos de beirais Beiral em laje plana


COBERTURAS

4 Tipos de beirais


COBERTURAS

4 Tipos de beirais

Beiral com laje plana


COBERTURAS

4 Tipos de beirais

Cobertura com platibanda, sem beiral Beiral com laje plana e platibanda


COBERTURAS

4 Tipos de beirais

Coberturas com platibanda


COBERTURAS

4 Tipos de beirais

Coberturas com laje inclinada


COBERTURAS

4 Tipos de beirais

Cobertura com laje inclinada

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