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Artigo de Reviso Controle e resistncia de ixodideo Rhipicephalus sanguineos as drogas qumicas Alessandra Lima Rocha I RESUMO Os acaricidas qumicos tm sido a principal forma de combate aos carrapatos da espcie Rhipicephalus sanguineus, sendo utilizado nas formas de banhos de imerso ou spray que contenham diclorvs, clorfenvinfs, dioxationa, propoxur ou carbaril, amitraz, piretrides e fipronil. Ainda existem coleiras antipulga e anti-carrapatos que podem reduzir a reinfestao (Tilley e Smith, 2003). Devido a quantidade de acaricidas disponveis e o uso indiscriminado, tem levado o desenvolvimento da resistncia dos carrapatos aos diferentes grupos qumicos (Chagas, 2004). Est reviso objetiva fazer um apanhado sobre o controle e resistncia de ixodideo Rhipicephalus sanguineus (Latreille, 1806) as drogas qumicas. Palavra-chave: Rhipicephalus sanguineos, controle e resistncia

ABSTRACT The chemical acaricides have been the main way to combat the ticks Rhipicephalus sanguineus and is used in the form of immersion baths or sprays containing dichlorvos, chlorfenvinphos, dioxationa, carbaryl or propoxur, pyrethroids and amitraz. There are still anti-flea collars and anti-tick that can reduce reinfestation (Tilley and Smith, 2003). indiscriminate use of acaricides has led the development of resistance of ticks to different chemical groups (Chagas, 2004). You make an objective review round-up of resistance and control of ticks Rhipicephalus sanguineus (Latreille, 1806) chemical drugs. Keyword: Rhipicephalus sanguineus, control and resistance Mestrado em Cincias Animal - UEMA

Reviso de literatura O Carrapato Rhipicephalus sanguineus O Rhipicephalus sanguineus , provavelmente, a espcie de ixodideo mais amplamente distribudo no mundo (Silveira, 2008). O co o seu hospedeiro eletivo, (Estrada-Pea, 1999; Serra freire & Mello, 2006) tambm tm sido recuperados em outros animais como, gatos, coelhos, camelos, bovinos, cabras, cavalos, ovelhas, morcegos, rpteis e at mesmo em pssaros (Flechtmann, 1973), podendo tambm ocorrer em humanos (WALKER et al., 2000; Dantas-Torres et al., 2005; Louly et al. 2006). Esse ixoddeo o principal vetor biolgico e reservatrio de Ehrlichia canis, sendo responsvel tambm pela transmisso de diversos patgenos como Babesia canis, B. caballi, B. equi e Rickettsia (Sexton et al., 1976; Smith et al., 1976; Gothe et al.,1989). Pouco se sabe sobre os aspectos envolvidos na interao entre humanos e carrapatos da espcie Rhipicephalus sanguineus. Segundo Dantas-Torres et al. (2006), indivduos que vivem em contato dirio com ces parasitados, podem ser includos no grupo de risco para esse tipo de parasitismo e vir a ter um aumento na incidncia de erliquiose, babesiose e febre maculosa, como antropozoonoses emergentes (Fernandes, 2000). O co tem um importante papel na epidemiologia dessas doenas que ocorrem no homem, pois carreia os carrapatos infectados para o ambiente domstico (Acha & Szyfres, 1986; Mendona, 2007). Estima-se que seu ciclo esteja por volta de trs meses, porm cada estgio ativo pode persistir por meses sem se alimentar e as infestaes perdurarem por muito tempo no ambiente, mesmo depois que o co foi removido. Possui ciclo evolutivo heteroxeno, ou seja, passa por quatro estgios evolutivos: ovo, larva, ninfa, e adulto, necessitando subir no hospedeiro at trs vezes para completar o repasto sanguneo. Assim, a larva eclode do ovo, procura o hospedeiro e nele se fixa, alimentando-se por aproximadamente quatro dias, quando ento se desprende do hospedeiro, e no solo completa a ecdise, transformando-se em ninfa. Esta por sua vez, retorna ao hospedeiro e recomea o repasto sanguneo. A ninfa alimenta-se por aproximadamente quatro dias e novamente volta ao ambiente onde realiza a segunda muda,

evoluindo para o estgio adulto. O carrapato adulto, agora diferenciado em macho e fmea, se alimenta no individuo por volta de uns sete dias e nele, macho e fmea, realizam a copula aps o repasto sanguneo. A partir disso, a fmea realiza um nica postura de ovos, quando ento morre. Todas as fases de vida livre, tais como as ecdises e a postura-incubao dos ovos realizam-se no ambiente (LABRUNA & PEREIRA apud Silveira, 2008). No entanto para tratamento e controle de infestaes do R. sanguineus , devese fazer o controle no hospedeiro, na qual estaro apenas 5% dos carrapatos em um determinado perodo, e no ambiente, onde se encontra 95% da populao de carrapatos (LABRUNA & PEREIRA, 2001; Silveira, 2008). CONTROLE QUIMICO De forma geral, o controle de pragas pode ser realizado de duas formas: o controle mecnico e o controle qumico. A limpeza do ambiente, a catao manial do parasitos e a higienizao do animal so alternativas eficazes no controle de ectoparasitos. O emprego de medidas de controle mecnico, juntamente com o controle qumico, no qual se faz o uso de inseticidas e reguladores de crescimento de artrpodes, favorece um controle estratgico deste ectoparasito (DRYDEN et al., 1989). Os acaricidas qumicos tm sido a principal forma de combate aos carrapatos da espcie Rhipicephalus sanguineus, sendo utilizado nas formas de banhos de imerso ou spray que contenham diclorvs, clorfenvinfs, dioxationa, propoxur ou carbaril, amitraz e piretrides. Na forma de talco (p molhvel e seco), shampoo, sabonetes e aerossis (sprays) compostos por deltametrina. Ainda existem coleiras anti-pulga e anti-carrapatos que podem reduzir a reinfestao (Tilley e Smith, 2003). utilizao de carrapaticidas indiscriminadamente, tem levado o desenvolvimento da resistncia dos carrapatos aos diferentes grupos qumicos (Chagas, 2004). Como forma de combater a resistncia dos carrapatos novos produtos vieram a ser pesquisados (Sartor & Santarm 2006), sendo gerados os organoclorados em 1946, ciclodienos e toxefeno em 1947, formamidinas em 1975, piretroides em 1977 e lactonas em 1981 (George et al., 2008; Andreotti, 2010).

Grupamentos sanguineus

qumicos

utilizados

no

controle

de

Rhipicephalus

Existem vrios grupos de acaricidas utilizados: organoclorados, ciclodienos, toxefeno, formamidinas, piretroides, phenypyrazoles e lactonas (GEORGE ET AL., 2008; ANDREOTTI, 2010; SARTOR & SANTARM, 2006). Organofosforados (Clorpirifs, Coumafs, Diazinon, Diclorvos, Fention, triclorfon) So compostos orgnicos derivados do cido fosfrico, que apresentam colorao amarelada ou marrom, quando misturados a leos, e amarelada ou branca, quando em ps cristalinos. So usados na formula isolada ou em associaes com outras bases, particularmente com os piretroides, sendo recomendado o uso em varias espcies (SARTOR & SANTARM, 2006). No combate ao carrapato R. sanguineus os compostos coumafs e diazinom nas formas de shampoo e coleiras como forma de combate a ectoparasitas. No trabalho realizado por Sobrinho (1997), avaliao antiixoddica de diazinon, coumafs e cipermetrina, atravs de teste in vitro, sobre fmeas ingurgitadas de Booplilus microplus em bovinos, os valores de eficcia foram menores do que o preconizado pelo Ministrio da Agricultura (1990) onde o produto carrapaticida tem que apresentar uma eficcia igual ou superior a 95% para o teste de imerso de telegenas en vitro. No existem estudos voltados a resistncia de R.sanguineus sobre ao grupo de organofosforados. Neste grupo a resistncia do carrapato est relacionada normalmente a um nico gene semidiminante, ou seja, os indivduos heterozingotos tambm apresentadom resistncia, embora menor do que os homozigotos resistentes. Os mecanismos da resistncia dos organofosforados ainda precisam ser melhor explicados, mas sabe-se que existem relao com a insensibilidade da acetilcolinesterase (FOIL ET AL., 2004; ANDREOTTI, 2010), com o aumento do metabolismo das esterases localizadas no integumento de teleogenas resistentes e com superexpresso dessas enzimas em larvas (ANDREOTTI, 2010).

AMIDINAS (FORMAMIDINAS)

O principal membro deste grupo o amitraz, est disponvel nas formas de pulverizador, imerso e shampoo para uso em caros, piolhos e carrapatos em animais domsticos (TAYLOR, 2001). Nos animais de companhia o amitraz tem sido usado no controle e tratamento de carrapatos e para demodicose canina (Demodex canis) e no combate a sarna sarcopitica (Sarcopes scabei). Estudos demonstraram que o amitraz tem uma atividade repelente que varia de moderada a baixa para C. felis em ces (FOLZ et al., 1986), uma elevada eficcia no controle de Rhipicephalus sanguineus em ces naturalmente infestados (RIBEIRO et al., 2006), e em testes in vitro no controle de fmias ingurgitadas de R.sanguineus (FERNANDES et al., 2006) Em estudos realizados por Prullage et al (2007), onde foi realizado bioensaio para avaliar a eficcia do fipronil sozinho, amitraz sozinho, e amitraz mais fipronil sobre Rhipicephalus sanguineus adultos em jejum, mostrou que tratamento amitraz sozinho no teve uma mortalidade significativa. J quando utilizado conjuntamente com o fipronil, proporcionol uma melhora significativa na velocidade de morte dos carrapatos quando. Estrada-Pea et al (1999), em pesquisa que visava comparar a eficincia do amitraz e fipronil para a preveno de infestaes experimentais e naturais de Rhipicephalus sanguineus, na forma de coleira em ces, o amitraz teve um efeito significativamente maior do que o fipronil sobre o nmero de carrapatos vivos, alimentao, eclodibilidade de ovos e viabilidade larval, indicando a capacidade parcial para interromper o ciclo de vida do carrapato. Em outro trabalho realizado por Paz et al (2008), em um Canil no estado de Minas Gerais que teve como objetivo propor medidas de controle de R. sanguineus em um canil naturalmente infestado, teve a droga de escolha o produto base de Amitraz devido sua melhor eficcia apresentada no teste de sensibilidade a produtos acaricidas proposto por Drumond et al. (1973). Onde o tratamentos realizados no ambiente com o amitraz na diluio comercial de 2ml/litro de gua, associado ao tratamento tpico dos animais com Flumetrina pour on, controlou de maneira eficiente a populao de

carrapato no canil, fato este, observado atravs das inspees semanais realizadas no local (Paz et al, 2008). Desta forma, sugere se que a droga de escolha para o tratamento ambiental seja de eficcia comprovada por um teste de sensibilidade a produtos acaricidas, o intervalo entre as aplicaes deve ser estipulado com base na durao mdia do perodo residual da droga de escolha e a quantidade de aplicaes de acordo com o acompanhamento da carga de infestao de carrapatos no local, atravs das inspees peridicas no ambiente e nos animais (Paz et al 2008). CARBAMATOS So derivados compostos de acido carbmico, mais particularmente de cido N - metilcarbamico. So encontrados principalmente na forma de coleira que atuam combatendo carrapatos e pulgas em ces e gatos. Segundo trabalho realizado por Stanneck (2003), eficcia de carbanatos sobre o carrapato R. sanguineus de aproximadamente 98%, com o tempo de queda dos carrapatos de dois dias apos a colocao da coleira e tendo efeito at 170 dias de poteo nos ces que usavam a coleira a base de carbamatos. FIPRONIL Atualmente, os carrapatos de ces e gatos so mais facilmente tratados com a aplicao tpica de fipronil (BOWMAN, 2006). Na sua composio tem lactonas macrocclicas como ingredientes ativos e que agem como bloqueadores da estimulao neural (o Flurazuron e o Fipronil, este ltimo ingrediente ativo do acaricida Frontline) e que atuam como inibidores do desenvolvimento em animais domsticos (TAYLOR, 2001). O fipronil uma substncia que pertence ao grupo qumico fenilpirazol e faz parte da composio do Frontline, formulado pela indstria qumica transnacional Rhne-Poulenc Agro em 1987 (TAYLOR, 2001). O fipronil usado mundialmente para o tratamento e controle de infestaes por pulgas e carrapatos de ces e gatos. Tem sido relatado sua atuao sobre Sarcoptes scabei (CURTIS, 1996), sarna no pavilho auricular Otodectes

cyanotis (VINCHENZI & GAUCHI, 1997), e outras espcies de caros como Trombicula and Cheyletiella spp. (CHEDWICK, 1997; NUTTALL et al., 1998), e contra o piolho do co Trichodectes canis (COOPER & PENALIGGON, 1996). altamente lipoflica e difunde-se nas glndulas sebceas dos folculos pilosos que atuam como reservatrios dando uma longa atividade residual (BIRCKEL et al., 1998). O fipronil aparentemente absorvido durante a ingesto de sangue (MELHORN et al, 2001). Apesar de sua rpida ao sobre carrapatos (48 horas) o fipronil no promove efeito preventivo contra a ectoparasitose, j que s afeta os parasitas fixados ao hospedeiro (PERPETUA et al 2009). Os efeitos neurotxicos, carcinognicos e reprodutivos do fipronil no ser humano ainda so discutveis. Segundo Ohi et al (2002) em experimento realizado em ratos, constatou que 500mg/kg o fipronil pode ser considerado seguro e levemente txico, conforme conceitos toxicolgicos. Quanto aos resultados dos parmetros reprodutivos, a administrao de fipronil 70 e 280 mg/kg, aumentou o tempo (dias) de durao do ciclo estral diestro. O fipronil reduziu significativamente a taxa de gestao (67,0%) na maior dose (500mg/kg). Com base nestas constataes, pode-se concluir que a utilizao do fipronil pode interferir na capacidade reprodutiva de animais modelo (PERPETUA et al 2009). PIRETRINAS E PIRETROIDES

Piretrinas naturais so derivados de piretro, um mistura de alcalides da planta de crisntemo (Saunders & Harper, 1994). Piretroides extracto, preparado a partir de flores de piretro, contm cerca de 25% das piretrinas. As piretrinas e piretrides so molculas lipoflicas que geralmente sofrem rpida absoro, distribuio e excreo (Casida et al., 1983). Os piretroides e piretrinas tem um alto poder acaricida, porem possue baixo poder residual. O piretroide o inseticida/ acaricida mais difundido no mundo (TAYLOR, 2001b). Baseado nos sinais clnicos em Tipo I e Tipo II. So fotoestveis e ambos atuam na cintica dos canais de sdio, resultando em descargas repetitivas (Tipo I) ou na despolarizao da membrana (Tipo II). Os piretrides Tipo II tambm atuam nos receptores do cido gama-aminobutrico (GABA), nos canais de cloro (VALENTINE, 1990). Representam esta classe a permetrina, a deltametrina, a cometrina, a alfametrica, a d-fenotrina, a flumetrina, a ciflutrina, entre outros (CORREIA, 2007).

Esses acaricidas no apresentam poder residual quando aplicados sob a forma de pulverizao, devendo obedecer a um intervalo de tratamento sugerido de 21 dias. Com aplicao pour on, o perodo residual de 7 dias. No deve ser utilizado para consumo humano o leite de animais tratados antes de decorridas 24 horas da aplicao do produto. No se deve abater animais tratados antes de decorridos 7 dias da aplicao do produto (Andreotti, 2010). Para aumentar a eficincia dos piretroides, tambm foram desenvolvidas novas formulaes, nas quais os piretroides passaram a ser associados aos fosforados, aumentando, assim, a eficincia. importante lembrar que os piretroides apresentam baixa toxicidade aos mamferos quando comparados aos organofosforados (Andreotti, 2010). DELTAMETRINA Deltametrina um piretride sinttico e fotoestvel, amplamente usado em gado contra a moscas e carrapatos e tem sido usado em varias formulaes nos ces no combate ao carrapato R. sanguineus (Marchiondo, 2007). encontrada na forma de sabonetes, talcos, shampoo e soluo, podendo ser usado usada tanto em ces quanto em gatos. Estudo realizado Franc & Cadiergues (1998) demonstrou que a aplicao do shampoo contendo 0,07% de deltametrina teve uma eficcia de 95% em 48 h apos o uso do produto em animais com o carrapato R. Sanguineus e que a deltametrina protegeu os animais de reinfestaes por 14 dias. Mostrando a sencibilidade do carrapato a este produto. ALFAMETRINA Alfametrina um acaricida do grupamento dos piretrides sintticos, sendo desenvolvido inicialmente como produto ectoparasiticida para animais de produo, principalmente bovinos, tendo como dose comercial a concentrao de 50 ppm (GRISI, 1985). Estudos realizados por SANTANNA (2002) onde a eficcia do piretride sinttico alfametrina foi testada no controle de Rhipicephalus sanguineus nas e a pulga C. felis

formas de larvas, ninfas e adultos demonstrou ser eficaz quando empregado na concentrao de uso comercial (50 ppm), onde seis ces foram artificialmente infestados com 500 larvas, 100 ninfas e 30 adultos apresentou uma eficcia mdia de 86,2; 100 e 100% respectivamente. In vitro a concentrao de alfametrina para fmeas de R. sanguineus foi de 300 ppm vindo a apresentar um percentual de eficincia reprodutiva de 100%. BUTXIDO DE PIPERONILA O butxido de piperonila um composto derivado do piretro que tem ao sinrgica potencializando os demais derivados, como por exemplo, os piretrides, reforando e melhorando desta maneira sua ao inseticida. LORINI & GALLEY (2000) mostraram que o sinergismo pelo butxido de piperonila aumentou a toxicidade do inseticida deltametrina em uma maneira dose-dependente, em todas as propores testadas em populaes resistentes (FABRICIUS, 1792) (Coleoptera: Bostrichidae), LACTONAS MACROCICLICAS

AVERMECTINAS E MILBEMICINAS Neste grupo encontram-se as avermectinas e milbemicinas. As avermectinas (Doramectina, Abamectina e Ivermectina) e as milbemicinas (Moxidectina) so denotadas como endectocidas com atuaes nas infestaes parasitrias (BISHOP et al., 2000). Essas drogas pertencem a uma classe de agentes antiparasitrios de amplo espectro, obtidas a partir da fermentao de um fungo actinomiceto presente no solo chamado de Streptomyces avermectilis. Os carrapaticidas desta famlia agem potencializando a ao inibitria no sistema nervoso dos carrapatos, que morrem por paralisia (BRITO, 2006). Trazem como desvantagem o fato de no poderem ser utilizados em animais em lactao e em alguns casos so txicos aos ces e gatos podendo causar problemas neurolgicos quando administrado em quantidade errada.

A selamectina, a mais recente avermectina, com atividade endectocida, tm sido empregada no controle de pulgas, sarnas e de carrapatos (R. sanguineus) (BISHOP et al., 2000). Das drogas pertencentes a essa classe, destaca-se a Ivermectina, que composta de uma mistura que contm no mnimo 90% de 22,23diidroavermectina B1a e menos de 10% de 22,23-diidroavermectina B1b (Mendona, 2007). O uso da ivermectina j havia era usado contra alguns helmintos, foi observado que dose maior do que as recomendadas para os hemintos e intervalo de tempo diferente apresentaram bons resultados contra ectoparasitos, sendo relatado em alguns trabalhos a eficcia contra Rhipicephalus sanguineus (MALLO, 1990; ALCAINO et al., 1991; MORSY & HARID 2000; CHHABRA & KHAHRA 2003; DIAS et al., 2005) tambm contra Ctenocephalides felis felis (VIZZO & CARO, 1995). INIBIDOR DE CRESCIMENTO O fluazuron tem a capacidade de interferir na produo de quitina, uma substncia que possibilita o endurecimento da cutcula dos carrapatos. Completamente diferente de todos os carrapaticidas j citados, ele no permite que os carrapatos mudem de fase e cresam, alm de impedir que se reproduzam, controlando a populao (Andreotti, 2010). De maneira semelhante aos derivados das avermectinas, tambm no pode ser utilizado nos animais em lactao. aplicado na forma pour on, sendo metabolizado pelo organismo, com circulao sistmica (Andreotti, 2010). O nico representante no mercado at o momento o Acatak (FURLONG; MARTINS, 2002). RESISTENCIA

sabido que, na maioria das espcies de parasitos, o uso constante, indiscriminado de medicamentos, assim como a subdosagem dos antiparasitrios geram, em curto prazo, o desenvolvimento de resistncia. No caso dos ces e gatos, devido ausncia de uma monitorao rigorosa, o

problema da resistncia pode ser evidente apenas quando comea a surgir um nmero elevado de casos de falha teraputica (MARTINEZ LABAT et al., 1996; MENDONA, 2007). A resistncia ocorre quando uma cepa de parasito capaz de tolerar doses de um princpio que eficaz contra outras populaes da mesma espcie, sendo essa caracterstica herdvel (MENDONA, 2007). A resistncia lateral aquela em que uma espcie resistente a uma droga no afetada por outras de mesmo mecanismo de ao, podendo ou no ter sido exposta anteriormente a ela. Quando uma espcie tolerante a drogas pertencentes a diferentes grupos qumicos com modos de ao distintos, denomina-se resistncia cruzada (PRICHARD et al., 1980). O carrapato Rhipicephalus sanguineus tem assumido, cada vez mais, um papel relevante entre as espcies de carrapato de importncia mundial. Para um efetivo controle do R. sanguineus, necessrio o uso de acaricidas aos quais o carrapato seja sensvel. No Brasil, no h estudos sobre a resistncia deste carrapato com base em comparaes com uma cepa sensvel e mesmo mundialmente h poucos relatos (BORGES et al., 2007). Miller et al. (2001) testaram uma cepa de R. sanguineus do Panam onde eles se apresentaram altamente resistentes permetrina, DDT, e coumafs, moderadamente resistente ao amitraz, e no resistente ao fipronil, quando comparadas com cepas sensveis. Estrada-Pena (2005) avaliou a resistncia ao propoxur, deltametrina e ao amitraz em 15 populaes da Espanha. Foi observada resistncia ao propoxur e deltametrina e sensibilidade de todas as amostras em relao ao amitraz. Segundo Estrada- Pena (2005), a elevada mortalidade de R. sanguineus logo aps a utilizao de amitraz no permitiria a seleo de carrapatos resistentes, e esta uma das causas da no-ocorrncia de resistncia a este produto em cepas espanholas de R. sanguineus. Prullage et al (2007), onde realizou um bioensaio para avaliar a eficcia do fipronil sozinho, amitraz sozinho, e amitraz mais fipronil sobre Rhipicephalus sanguineus adultos em jejum, mostrou que tratamento amitraz sozinho no teve uma mortalidade significativa. J quando utilizado conjuntamente com o fipronil, proporcionol uma melhora significativa na velocidade de morte dos carrapatos quando. Borges et al., (2007) obteve elevada resistencia aos piretroides (acima de 70%) e nenhuma ao amitraz. A resistencia do carrapato

marrom dos ces a algum agente quimico possue particularidades regionais, sendo necessario estudos em varias parte do mundo para poder ser traar um perfil da resistencia do R.sanguineus. Segundo Borges et al., (2007),O comprometimento conferido pela resistncia ao controle das pragas deve sempre ser considerado pelos profissionais responsveis pela sade animal. De acordo com Hoy (1998), para se postergar o aparecimento da resistncia, pois esta uma resposta evolucionria ao estresse, preciso incluir um programa integrado de manejo de pragas. Assim, para o R. sanguineus, recomenda-se a inspeo peridica e a catao de carrapatos no animal e no meio ambiente como medida alternativa para o controle deste carrapato. importante considerar que o R. sanguineus um carrapato nidcola e que raramente vai ser encontrado em ambientes abertos (LOULY, 2003). Recomenda-se, portanto, a inspeo regular de ces aps exposio em locais potencialmente infestados por este carrapato. Como o R. sanguineus vetor de doenas para o homem (MERLE et al., 1998 e DEMMA et al., 2005), a retirada correta dos carrapatos, sem esmag-los entre os dedos, deve sempre ser observada.

CONSIDERAES FINAIS

No Brasil, estudos para o monitoramento da suscetibilidade do R. sanguineus aos acaricidas qumicos, sua utilizao correta, tornam-se necessrios, uma vez que diversos deles esto sendo administrados, indiscriminadamente sob formas e dosagens variadas, em ces, nos ambientes infestados, gerando resistncia acaricida, prejuzos econmicos aos criadores, intoxicaes aos animais e ao homem.

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