arte colonial brasileira · 2015-07-22 · barroco brasileiro – início do século 18, ......
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Arte Colonial Brasileira Do Descobrimento às Invasões
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Planta_da_Restitui%C3%A7%C3%A3o_da_BAHIA,_por_Jo%C3%A3o_Teixeira_Albernaz.jpg
Mapa de Salvador em 1631
A Arte Colonial no Brasil compreende o período da chegada dos portugueses até a independência, em 1822. Nesse contexto, temos então:
Os primeiros anos de colonização – 1500 até 1630;
A Arte Holandesa no Brasil – 1630 a 1645 – promovida pelos holandeses; que se
instalaram clandestinamente no Nordeste brasileiro.
Barroco Brasileiro – início do século 18, até início do século 19 – estilo tardio no Brasil e
que possui características rococós.
Academicismo – a partir do ano 1816, com a instalação da Escola Real de Ciências, Artes
e Ofícios, fundada por Dom João VI e da vinda da Missão Artística Francesa.
Nesse texto, vamos tratar desses primeiros anos de colonização, quando os portugueses iniciam sua instalação no país.
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Nau de Pedro Álvares Cabral, conforme retratada no Livro das Armadas, atualmente na Academia das Ciências de Lisboa. Livro das Armadas é um códice - manuscrito ilustrado, anônimo. Tem nele, desenhadas, as naus das armadas que fizeram a viagem para a Índia (Armadas da Índia), entre 1497 (viagem de Vasco da Gama) e 1566.
Arquitetura
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Detalhe do mapa "Terra Brasilis" - Atlas Miller,1519
Nos trinta anos que se seguiram à chegada dos portugueses, eles se estabeleceram na costa.
Primeiramente, foram construídas as feitorias, que eram construções muito simples, precárias,
com cerca de pau-a-pique ao redor, porque os portugueses temiam ser atacados pelos índios.
Preocupado, com medo que outros povos ocupassem terras brasileiras, o rei de Portugal enviou,
em 1530, uma expedição comandada por Martim Afonso de Sousa para dar início à colonização.
Martim Afonso fundou a Vila de São Vicente (1532) e instalou o primeiro engenho de açúcar,
iniciando-se o plantio de cana-de-açúcar, que se tornaria a principal fonte de riqueza produzida no
Brasil.
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Benedito_Calixto_-_Funda%C3%A7%C3%A3o_de_S%C3%A3o_Vicente,_1900.jpg
Fundação de São Vicente, 1900
Os pintores acadêmicos do século 19 realizaram várias pinturas com temas da História do Brasil. Essa
pintura, de Benedito Calixto, representa a fundação da primeira vila no Brasil, Vila de São Vicente, na
Bahia.
Após a divisão em capitanias hereditárias, a partir de 1534, houve grande necessidade de se construir moradias para os colonizadores. Foram construídas as casas de taipas - construções feitas de varas, galhos e cipós entrelaçados e cobertos com barro. Para que o barro tivesse maior consistência e melhor resistência à chuva, ele era misturado com sangue de boi e óleo de peixe. Elas podem ser feitas com técnicas diferentes: - A taipa de pilão é um tipo de construção de origem árabe. Constitui-se de paredes feitas de barro amassado e calcado, por vezes misturado com cal para controlar a acidez da mistura. Sabe-se que algumas das primeiras cidades construídas foram feitas em taipa de pilão, sendo que, na Assíria, foram encontrados vestígios de fundações feitas em taipa de pilão, que datam de 5.000 a.C.
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Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, em Pirenópolis - Goiás- 1728
- A taipa de mão, também chamada de pau-a-pique, taipa de sopapo, taipa de sebe, barro armado é uma técnica bastante simples em que as paredes são armadas com madeira ou bambu e preenchidas com barro e fibra. A Taipa de mão possui uma particularidade muito interessante, pois, ao contrário da Taipa de Pilão - onde as paredes são feitas em formas e o barro, socado com o pilão e depois montadas, esse tipo de construção exige que para se preencher a trama de madeira era preciso que duas pessoas, simultaneamente, atirassem o barro, uma de cada lado, da estrutura para preencher os vãos.
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Casa de taipa de mão, em Serra Talhada - Pernambuco
A taipa de mão ainda é comum no interior brasileiro, nas regiões mais pobres. Mesmo depois do desenvolvimento da arquitetura no Brasil, a taipa foi muito utilizada por ser uma técnica de fácil acesso, apesar de ser bastante instável e atrair diversos insetos, como o mosquito que transmite a terrível doença de Chagas.
A taipa de pilão é uma tecnologia limpa e extremamente refinada. Em diversos países da Europa, esta tecnologia vem sendo resgatada e mecanizada, tornando mais eficaz os processos construtivos. As edificações em taipa de pilão têm grande durabilidade. A Igreja ao lado foi construída com essa técnica; suas paredes medem um metro e meio de espessura.
Algumas das principais construções de taipas: muralha ao redor de Salvador, construída por
Tomé de Sousa; Igreja Matriz de Cananéia; Vila de São Vicente, destruída por um maremoto e
reconstruída entre 1542 e 1545; Casa da Companhia de Jesus, que deu origem à cidade de São
Paulo.
Assegurada a posse da terra, foram nela estabelecidos os poderes civis e religiosos. Os jesuítas chegam ao Brasil em 1549, os beneditinos, em 1581, os franciscanos, em 1584. A partir daí, ocorrem manifestações artísticas dos colonizadores na Bahia, em Pernambuco, em São Vicente, na Paraíba, no Espírito Santo e no Rio de Janeiro. Os portugueses também dispunham de numerosos arquitetos, mestre-de-obras, pedreiros, marmoristas, carpinteiros, marceneiros e artesãos, vindos da Europa. Assim, pouco a pouco, vão surgindo as cidades e suas construções. Após o fracasso das capitanias hereditárias, chega ao Brasil Tomé de Souza, em 1548, e
começam a surgir os primeiros aglomerados urbanos, que cresciam sem planificação. Em 1580,
Salvador conta com um número de 15.000 habitantes e possui uma grande praça com prédios de
administração pública, várias ruas e um bom número de moradias de pedra. A casa-grande era a
residência da família do senhor de engenho. Nela moravam, além da família, alguns agregados.
O conforto da casa-grande contrastava com a miséria e as péssimas condições de higiene das
senzalas (habitações dos escravos). Os edifícios públicos e religiosos do século 16 tinham,
geralmente, características do Maneirismo, mas restam poucos traços dessa arquitetura.
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Fachada da Sé de Olinda – Pernambuco - 1584
Uma das igrejas mais antigas do Brasil, a Catedral de Olinda, foi inicialmente construída com taipa de mão, entre 1537 e 1540, sendo substituída por outra maior e de alvenaria. A igreja foi praticamente destruída, durante a Invasão Holandesa, sendo completamente restaurada em um processo lento, durante boa parte do século 18. Entre 1974 e 1976, a edificação foi restaurada, readquirindo, até onde foi possível, suas feições originais de transição entre a Renascença e o Barroco, conhecida como Estilo Manuelino.
Na primeira metade do século 17, a situação econômica do Brasil colonial já estava definida,
assim como a arquitetura militar, pública e religiosa. Destaca-se, nesse período, a construção dos
fortes para defender as cidades costeiras das incursões francesas.
Principais fortes: Fortaleza de Lage (1608), em Recife; Forte de São Diogo (1909 – 1612), em
Salvador; Forte de São Mateus (1617), em Cabo Frio.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:FortalezaReisMagos.jpg
Vista interna da Fortaleza da Barra do Rio Grandehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Forte_dos_Reis_Magos - cite_note-4. Popularmente conhecida como Forte dos Reis Magos ou Fortaleza dos Reis Magos, localiza-
se na cidade de Natal, no estado brasileiro do Rio Grande do Norte.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:SaoJoaoFort.jpg
Vista área do Forte São João, na cidade do Rio de Janeiro
Os principais arquitetos do período colonial foram: Francisco Dias, Francisco Frias de
Mesquita, Gregório de Magalhães e Fernandes Pinto Alpoim.
A história da Fortaleza de São João, mais conhecida como Forte São João se confunde com a própria história da fundação da Cidade do Rio de Janeiro, em 1565. A fortificação defendia a Baía da Guanabara da invasão dos europeus e defendia também os portugueses da população nativa, os verdadeiros donos da terra - os índios brasileiros. Você consegue imaginar uma cidade surgindo no meio da floresta?
Pintura
Quando os portugueses atingiram o Brasil, no último ano do século 15, Portugal estava sob
o reinado de Dom Manuel, o Venturoso (1469-1521) e atravessava um período de intensa
atividade artística, motivado pelas Grandes Navegações, pela fundação de seu vasto império
colonial ultramarino e pela imensa riqueza material. No que diz respeito à arte da pintura que,
diga-se de passagem, nunca foi uma preferência nacional, várias oficinas começariam a surgir,
em breve, em cidades, como Lisboa, Coimbra, Vizeu e Évora. Daí, mais tarde, sairiam os painéis
e retábulos destinados a povoar os conventos e igrejas portuguesas, substituindo, no devido
tempo, as importações de obras flamengas, que até então eram comuns.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:ManuelI-P.jpg Dom Manuel I de Portugal
Por essa mesma época, diversos pintores flamengos, atraídos pelas possibilidades de
enriquecimento, estavam chegando a Portugal. Em breve, eles se tornariam os iniciadores e
mestres de uma brilhante linhagem de pintores, como Jorge Afonso, Francisco Henriques, Frei
Carlos, Vasco Fernandes, Cristóvão de Figueiredo, Gregório Lopes e Garcia Fernandes. Se não
eram todos de origem flamenga (como parece ter sido Francisco Henriques e o foi, sem dúvida,
Frei Carlos), eram fortemente influenciados pela pintura flamenga. Esta influência, iniciada no
longínquo ano de 1428, quando o célebre Jan Van Eyck esteve no país, somente diminuiria nos
anos finais do reinado de Dom João III, substituída pelo gosto italiano.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Frei_Carlos_-_Apari%C3%A7%C3%A3o_de_Cristo_a_Nossa_Senhora.jpg
Aparição de Cristo a Nossa Senhora – 1529 – Frei Carlos
Dom Manuel, o Venturoso, o Bem-Aventurado ou o Afortunado chegou ao poder de forma bastante curiosa. Sucedeu o trono de seu primo, João II de Portugal, do qual era protegido. Seu reinado foi de bastante prosperidade. Com a fortuna resultante do comércio, em particular o de especiarias, realizou numerosas obras cujo estilo arquitetônico gerou o estilo conhecido como “Estilo Manuelino”.
Frei Carlos foi uma das figuras mais importantes da pintura portuguesa no século 16. Suas obras estão entre as mais apreciadas no Museu de Arte Antiga de Lisboa. Seus quadros, criados para ornamentar altares, os retábulos, são obras primas de um artista pouco conhecido no Brasil.
Graças ao mecenato artístico desempenhado por Dom João III, puderam estudar na Itália pintores maneiristas, como Gaspar Dias, António Campelo, Francisco Venegas, Fernão Gomes e o miniaturista Francisco de Holanda, que, em Roma, tornou-se amigo de Michelangelo. Deve-se registrar a permanência, em Lisboa, nos começos da segunda metade do século 16, do excelente pintor maneirista flamengo, Anthonis Mor e do seu discípulo espanhol, Sánchez Coello. Apesar de tudo isso, a segunda metade do século 16 representa para as artes em Portugal um momento de decadência generalizada, que ainda mais se acentuaria, após 1580, quando Portugal passa ao domínio de Espanha, do qual só se libertaria muitos anos mais tarde, já pelos meados do século 17. Documento revelador, quanto ao estado da pintura e à baixa condição profissional dos pintores portugueses da época, é o Regimento dos Pintores de Lisboa, de 1572, no qual o legislador distingue entre três categorias de pintores: os executantes a óleo; os que pintavam a fresco ou a têmpera; e os encarnadores de imagens. Após isto, especificava que qualquer um deles podia também pintar portas, janelas ou paredes.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Apari%C3%A7%C3%A3o_do_Anjo_a_S._Roque_-_Gaspar_Dias.jpg
Aparição do Anjo a S. Roque, 1584 – Gaspar Dias
No Brasil, no primeiro século da colonização, não foram trazidos, evidentemente, pintores, mas, sim, administradores, muitos soldados, alguns mestres-de-obras e artífices, centenas de degredados e, após 1549, os primeiros jesuítas missionários. E seriam estes, justamente, os primeiros pintores europeus ativos no Brasil, suprindo, com maior ou menor habilidade, sua falta de aprendizado profissional. Trabalhavam para a edificação dos fieis, a salvação das almas e a maior glória de Deus e de sua Igreja. Obra de religiosos, era de se esperar que a pintura do século 16 – como, de modo geral, toda a pintura realizada no Brasil Colonial - viesse a ser exclusivamente religiosa, com mínima incidência de retratos e umas raras (e toscas) representações paisagísticas, servindo de fundo para cenas da vida de Cristo e dos santos.
Gaspar Dias foi um pintor maneirista. Um dos pintores mais importantes do período em Portugal. O Maneirismo foi um estilo artístico que procedeu ao Renascimento.
Entre poucos nomes a realçar, todos de obra ignorada, citem-se os jesuítas Manoel Álvares, que
esteve alguns meses na Bahia, em 1560, a caminho da Índia e que, para o Padre Serafim Leite,
terá sido "o primeiro pintor digno deste nome, que passou pelo Brasil"; Manoel Sanchez, chegado
em 1574; Francisco Dias, notável arquiteto e provavelmente também pintor, no Brasil desde 1577.
E Belchior Paulo ou Paielo, desembarcado em 1587, possível autor de um retrato de José de
Anchieta e que trabalhou em Pernambuco, na Bahia, no Espírito Santo e ainda em outras regiões
brasileiras. Também merecem destaque Hierônimo de Mendonça, que, em 1595, residia em
Olinda, e até uma artista-pintora, Rita Joana de Souza, nascida também em Olinda e ali falecida
aos 23 anos, em 1618. Outros pintores quinhentistas devem, com certeza, ter trabalhado no
Brasil, porém ignoramos totalmente nome e produção.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Belchior-reismagos.jpg
Adoração dos Reis Magos
Ao longo da primeira metade do século 17, mas ainda de alguma forma ligados ao século 16,
deveriam ser citados, entre poucos outros, em Pernambuco, os flamengos João Batista
(protestante convertido ao Catolicismo, em 1606) e Remacle Le Gott (vindo em 1628); na Bahia,
Antônio Bastos, Aleixo Cabral, André Rodrigues e Manoel Pinheiro. E, no Maranhão, Frei
Cristóvão de Lisboa, chegado em 1624, primeiro Custódio da Ordem Franciscana no Maranhão,
autor de um precioso manuscrito, com desenhos de animais e plantas que antecedem, em mais
de uma década, o que fariam, no gênero, os chamados pintores de Nassau.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:FreiRicardo-1690_(detalhe).JPG
Detalhe do Senhor dos Martírios na sacristia doMosteiro de São Bento, 1690
Escultura
Belchior Paulo, pintor português, foi um dos primeiros pintores que desembarcaram no Brasil, no século 16. Suas obras ainda possuem características renascentistas. Viveu no Brasil até sua morte, em 1619. A pintura ao lado encontra-se na Igreja e Residência dos Reis Magos, em Nova Almeida, no Espírito Santo.
A tela ao lado foi pintada por tela de Frei Ricardo do Pilar, o primeiro grande nome da arte, que sucedeu os pintores holandeses da Corte de Nassau. Frei Ricardo era alemão e viveu no Brasil até o ano de sua morte, em 1700. Chegou ao Brasil por volta de 1660, e foi um pioneiro da pintura no Rio de Janeiro, podendo ser considerado precursor da chamada Escola Fluminense de Pintura, que floresceria no século 18.
A escultura, nos primeiros anos de colonização brasileira, é praticamente inexistente. No final do século 16, vão aparecer os primeiros indícios, quando as vilas começam a se estruturar no litoral e vão surgir os primeiros edifícios públicos e religiosos. O primeiro escultor identificado no Brasil é o português João Gonçalo Fernandes, na década de 1560. João Gonçalo, falecido na Bahia, em 1581, era ceramista e pedreiro também. O artista foi contemporâneo, em Salvador, do governador-geral, Mem de Sá, e do clérigo jesuíta Manuel da Nóbrega. No entanto, devido às condições precárias da Colônia, as obras eram, em sua maioria, importadas da Europa. O primeiro nome de vulto, no século 17, é do entalhador português Frei Domingos da Conceição da Silva, que trabalhou no Mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro. A talha, nesse início da colonização, é a principal atividade escultórica no Brasil.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Rio-SaoBento3.jpg
Interior do Mosteiro de São Bento , Rio de Janeiro
O Mosteiro de São Bento, no centro da cidade do Rio de Janeiro, é um dos principais monumentos coloniais brasileiros. Fundado em 1590, possui a fachada no estilo maneirista e seu interior é coberto por talhas douradas, bem ao gosto dos estilos Barroco e Rococó. É muito comum termos vários estilos de Arte em uma mesma igreja devido às reformas e melhorias promovidas pelos artistas.
Com relação à estatuária devocional - as esculturas de santo -, dois nomes irão se destacar nesse início: Frei Agostinho da Piedade e Frei Agostinho de Jesus.
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Santo Amaro, século 17, Frei Agostinho da Piedade.
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Nossa Senhora da Purificação, século 17, Frei Agostinho de Jesus
As obras d Frei português, Agostinho da Piedade, possuem características do Maneirismo, mas já se aproximam do Barroco. São atribuídas a ele 30 imagens de santos, todas em barro cozido, técnica chamada de terracota. A maior parte de suas obras está no Museu de Arte Sacra da Universidade Federal da Bahia. O frei é considerado o fundador da escultura nacional.
Um dos primeiros escultores brasileiros, Frei Agostinho de Jesus é um provável discípulo do Frei Agostinho da Piedade. Devido à técnica produzida, a terracota, poucas de suas obras sobreviveram aos dias atuais. A maior parte de suas obras foi criada para as congregações beneditinas do Rio de Janeiro e São Paulo. Esse religioso nasceu no Rio de Janeiro, mas passou boa parte de sua vida na cidade de Santana do Parnaíba, região da Grande São Paulo.
Acesse o Site do Museu de Arte Sacra da Universidade Federal da Bahia (UFBA) <http://www.mas.ufba.br/#/home>. O site possui um acervo muito importante sobre Arte Colonial Brasileira. É possível visualizar todas as obras, com suas datas, respectivos autores e dimensões. Além de pintura e escultura, o site também possui trabalhos em azulejaria, ourivesaria e mobiliário.
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:An%C3%B4nimo_-_Santa_Gertrudes_Magna.JPG
Santa Gertrudes Magma – pintor anônimo – século 17
Essa pintura anônima representa bem o espírito da arte brasileira, durante a colonização. Apesar de possuir características barrocas (através do uso da cor) e rococós (observe o cetro com suas rocalhas), apresenta também características maneiristas muito fortes, possíveis de se observar pelas formas esguias que transmitem uma elegância discreta a toda obra. Durante o período colonial, muitas obras permanecem com sua autoria indefinida, o que reflete o grau de organização social da colônia e sua preocupação com a arte, de modo geral. Mais importante do que a arte, era ocupar e defender a terra dos invasores, coisa que não era simples. Pesquise sobre a Arte Holandesa no Brasil para compreender como a Arte possui um papel importante no processo de colonização brasileira por parte dos Holandeses, especialmente na pessoa de Maurício de Nassau, o administrador da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, no Brasil.