apresentação slides adriana

Upload: luis-eduardo-lobato-sartori

Post on 11-Jul-2015

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

INFECO HOSPITALAR NO TRATO RESPIRATRIO(REVISO DE LITERATURA DE CASOS OCORRIDOS NO ESTADO DE SO PAULO)

Orientandos: Adriana Dar Munhz Orientador: Prof .Hernani Cesar Barbosa Santos

ObjetivoO objetivo deste trabalho de identificar os casos mais freqentes de infeco hospitalar, os agentes etiolgicos, resistncia antimicrobianos, transmisso e profilaxia, atravs de uma reviso bibliogrfica de artigos e livros.

Introduo

As infeces hospitalares destacam-se como a quarta causa de mortalidade entre os pacientes hospitalizados, vindo aps as cardiopatias, infartos e neoplasias.

Para diminuir o ndice de Infeco Hospitalar, a Organizao Mundial de Sade recomenda a adoo de polticas nacionais de preveno e controle de infeco estimulando a constituio de Comisses de Controle de Infeco em todos os hospitais.

Introduo A infeces respiratrias so responsveis por grande parte dasinfeces hospitalares, representado cerca de 18% de todas as infeces nosocomiais. Elas so mais freqentes nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), devido ao uso rotineiro de tcnicas invasivas, a alta densidade de pacientes e a susceptibilidade desta populao, geralmente portadoras de doenas de base graves.

INFECO HOSPITALAR NOTRATO RESPIRATRIO

As infeces hospitalares tm aumentado em nmero significativo nos ltimos 25 anos, atingindo mais de dois milhes de casos por ano. Sessenta por cento das infeces hospitalares causadas pelos microorganismos oportunistas, ocorrem pelos seguintes procedimentos:

Uso indiscriminado de antibitico de largo espectro; O falso conceito de segurana em relao eficcia dos antimicrobianos, com a concomitante negligncia no uso de tcnicas asspticas e precaues; Longo perodo de durao dos mais complicados tipos de cirurgia; Superlotao dos hospitais e deficincia de pessoal; Aumento do nmero e de tipos de profissionais da sade que nem sempre conhecem a importncia da rotina do controle da infeco e das tcnicas asspticas e estreis; Aumento do uso de agentes antiinflamatrios e imunossupressores, assim como radiao, esterides, quimioterapia e soro antilinfocitrio; O uso de equipamentos mdicos domiciliares.

Atravs de um estudo realizado em hospitais brasileiros por SADERet al., 2001, para avaliar a sensibilidade a antimicrobianos de bactrias isoladas no trato respiratrio de pacientes com pneumonia, encontrou-se que as cinco espcies mais freqentes nestas infeces foram Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus, Acinetobacter spp, Klebsiella spp e Enterobacter spp. Um estudo realizado na UTI do Hospital das Clnicas da FMUSP, concluiu que a taxa de infeco alta entre os pacientes de terapia intensiva, especialmente as infeces respiratrias. As bactrias predominantes nestas infeces foram: Enterobacter, Psedomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus, apresentando altas taxas de resistncia a antimicrobianos

Em Campinas, no ano de 2004 ocorreu um surto de infeco hospitalar por Mycobacterium, em pessoas que fizeram implantes mamrios, as equipes de Vigilncia em sade de Campinas, no sentido de ajudar na investigao, procederam inspeo sanitria no distribuidor local, visitas aos hospitais envolvidos, coleta de dados, interdio cautelar e apreenso de medidores de implantes mamrios Logo aps os dados analisados concluiu-se que o surto pode ter sido associado s falhas em alguma etapa do processo de trabalho ou produto, que entretanto, no foram possveis de serem identificados pelos mtodos usuais de investigao epidemiolgica, em funo da ausncia de registros de informaes em grande parte dos pronturios avaliados

PRINCIPAIS MICROORGANISMOS ENVOLVIDOS NA INFECO HOSPITALAR DO TRATO RESPIRATRIO PseudomonasA Pseudomonas aeruginosa permanece como um dos mais prevalentes agentes de infeces hospitalares em todo o mundo. Com os avanos tecnolgicos em relao ao desenvolvimento de drogas de maior potncia antibacteriana e as caractersticas naturais de resistncia da Pseudomonas, a mantm em papel de destaque referente s dificuldades teraputicas

EnterobacterSo bactrias Gram-negativas, tambm chamadas de bacilos entricos. As infeces primrias causadas por Enterobacter no so raras nos pacientes com imunidades comprometidas. Portanto, estes microorganismos constituem a causa mais comum de infeces hospitalares em neonatos e pacientes imunocomprometidos

. KlebsiellaA Klebsiella pneumoniae encontrada normalmente no intestino. um dos poucos bacilos gram-negativos que causam pneumonia lombar. A pneumonia geralmente se localiza nos lobos superiores, acompanhando-se de necroses que pode levar a formao de cavidades. Mais de 95% das amostras de Klebsiella, isoladas de diferentes espcimes clnicos, so de Klebsiella pneumoniae.

AcinetobacterO gnero Acinetobacter compreende bacilos ou cocobacilos gramnegativos, que na fase estacionria de crescimento podem apresentar a forma de cocos. So bactrias aerbias estritas e no-fermentadoras. Vivem na gua e no solo mido, sendo frequentemente isoladas em ralos de pias domsticas ou hospitalares. Podem ser encontradas na microbiota normal humana na pele, conjuntiva, nariz, faringe, vagina, trato gastrointestinal, bem como em animais domsticos, silvestres, alimentos base de leite e carne entre outros

StaphylococcusStaphylococcus so cocos gram-positivos, catalase positivos, que tendem a formar agrupamentos semelhantes a cachos de uva. Estes microorganismos so aerbicos facultativos e patgenos oportunistas, frequentemente encontrado em pequenos nmeros como microbiota da pele. Aproximadamente 20 a 30% da populao portadora de estafilococos, sendo suas cavidades nasais colonizadas com Staphylococcus aureus

O gnero Staphylococcus constitudo por importantes patgenos humanos, causando um amplo espectro de doenas sistmicas potencialmente fatais e infeces cutneas, de tecidos moles, ossos, das vias urinrias e infeces oportunistas

VECULOS DE TRANSMISSO As bactrias que causam infeces hospitalares podem ser transmitidas de diversas maneiras, que podem ser divididas em dois grupos gerais: Infeces Exgenas onde o agente atinge o hospedeiro a partir de um reservatrio ou fonte externa e Infeces Endgenas que pode ser causada pela maioria das bactrias que reside no corpo humanoA disseminao de patgenos nas UTIs, tem ocorrido principalmente pelas mos dos profissionais da sade. Isto ocorre por uma srie de fatores tais como a falta de tempo para a higiene das mos em conseqncia da sobrecarga de trabalho dos profissionais, nmero insuficiente de profissionais e tempo gasto para lavagem das mos

O uso de equipamentos respiratrios e instrumentos mdicos contaminados, ou mal esterilizados, procedimentos evasivos, o uso de cateteres centrais, internao prolongada so algumas das fontes mais freqentes de transmisso destes patgenos (Richtmann, 2005). A partir da fonte de infeco a bactria pode atingir o hospedeiro atravs de vrias vias de transmisso: Contato direto ou indireto a transmisso de pessoa a pessoa Vetores artpodes como mosquitos, moscas, pulgas, piolhos, carrapatos e caros Poeiras a disseminao de bactrias patognicas pelo ar Alimentos os alimentos so uma importante via de transmisso de doenas bacterianas

Solo as doenas bacterianas transmitidas pelo solo limitam-se praticamente ao ttano e gangrena gasosa.

RESISTNCIA A DROGAS A presena de microorganismos multirresistentes tem aumentado excessivamente em UTI e, por isso, medidas de controle e preveno de infeces tm se tornado necessrias, especialmente nos cuidados com pacientes que tenham quebra de defesas. A existncia de microorganismos multirresistentes em UTIs se deve a uma srie de fatores. Um desses fatores considerados so as caractersticas dos pacientes: pacientes com presena de doenas debilitantes como o cncer, doenas pulmonares, doenas cardacas, ou devido ao prprio fato do paciente ser idoso ou ter sido submetido intervenes tais como cirurgias, cateterismo, sondas, drenos, etc., ou mesmo pacientes que j chegam infectados e desenvolvem estas infeces na prpria UTI

As bactrias podem ser classificadas em sensveis eresistentes aos antimicrobianos. Em geral, classificam-se como resistentes as bactrias que crescem, in vitro, nas concentraes mdias que os antimicrobianos atingem no sangue, quando administrados por via oral. So sensveis as que no crescem nestas concentraes Alguns critrios devem ser seguidos para o uso dos antimicrobianos. O antibitico deve ter apresentao parenteral, possuir mnima toxicidade e custos, ser fraco indutor de resistncia e farmacocintica adequada, alm de possuir atividade contra a maior parte dos patgenos causadores de infeco do stio cirrgico na instituio.

MECANISMOS DE RESISTNCIAS

As bactrias podem desenvolver resistncia aos antimicrobianos pelo fato de conter informaes genticas que codificam os mecanismos de resistnciaA capacidade de adquirir resistncia, bem como o grau de resistncia adquirida, propriedade bastante varivel entre as bactrias. Algumas raramente adquirem resistncia e outras adquirem com grande freqncia, podendo ser moderada ou intensa. Quando moderada, a bactria pode ser eliminada do organismo por um simples aumento da dose do antimicrobiano, quando intensa, o antimicrobiano no pode ser usado

MTODOS DE CONTROLEA higiene representa uma das formas importantes para controlar a contaminao ambiental. Em relao disseminao de resistncia aos antimicrobianos, as seguintes diretrizes podem ser usadas para minimizar esta situao: Higiene de mos e uso de luvas durantes o contato com o paciente; No prescrever antimicrobianos desnecessariamente; Fazer um diagnstico adequado por antibiogramas; No usar antimicrobiano para doenas autolimitadas; No utilizar antimicrobianos de amplo espectro como terapia primria; Isolar os pacientes infectados ou colonizados por microorganismos resistentes; Educar os pacientes sobre a importncia de cumprir a totalidade do tratamento; Utilizar os tratamentos mais curtos medida que tenham provado sua eficcia.

CONCLUSOAtravs desta reviso bibliogrfica sobre infeco hospitalar no trato respiratrio, foi concludo que as infeces do trato respiratrio merecem ateno especial, porque a principal causa de morte por infeco adquirida em um hospital, sendo uma das infeces nosocomiais de difcil preveno e tratamento, e sua incidncia vem aumentando progressivamente principalmente nas unidades de tratamento intensivo, onde possui pacientes idosos ou com doenas imunodepressivas. Portanto, fundamental o controle rigoroso das infeces nosocomiais pela CCIH atravs de um conjunto de medidas e cuidados que devem ser tomados pelos pacientes e funcionrios da sade: a limpeza, esterilizao e desinfeco correta dos materiais hospitalares bem como do ambiente hospitalar, para evitar a propagao e disseminao de microorganismos, em especial dos multirresistentes, tendo em vista a busca incessante pela melhoria da qualidade na sade.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICASALCNTARA, L. R., BERQU, L. S. Pneumonia Associada Ventilao Mecnica: Critrio do National Nosocomial Infection Surveillance System (NNISS) e Diagnstico Mdico. Nursing; 88 (8): 419-424, 2005. ANDRADE, D., ANGERAMI, E. L ., PADOVANI C. R. Condio microbiolgica dos leitos hospitalares antes e depois de sua limpeza. Revista Sade Pblica, 34 So Paulo, 2000. ARRUDA, E. A. G. Infeco hospitalar por Pseudomonas aeruginosa multi-resistente: anlise epidemiolgica no HC-FMUSP. Ver. Soc. Bras. Md. Trop., 31(5), 503-504, 1998. BRYAN, L. E. General mechanisms of resistence to antibiots. Journal of Antimicrobiology Chemotherapy; 22: 1-15, 1998. BURTON, G. R. W., ENGELKIRK, P. G. Microbiologia para as Cincias da Sade. 7 ed., Rio de Janeiro: Guanabara, 2005. CCIH-HC-CAISM UNICAMP, Manual de Normas e Procedimentos Tcnicos para Preveno e Controle de Infeces Hospitalares. 3 ed. Campinas, 2003. CENTRO DE VIGILNCIA EDPIDEMIOLGICA PROF. ALEXANDRE VRANJAC disponvel em: ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br, acesso em: 17 de janeiro de 2007.

em que as coisas acontecem e o amanh a DEUS pertence.Luiz Gasparetto

O tempo certo aquele

Fim!!!