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GRUPOS ÉTNICOS E SUAS FRONTEIRAS Fredrik Barth

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Apresentação sobre BARTH, Fredrik.

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Apresentao do PowerPoint

Grupos tnicos e suas fronteirasFredrik BarthBiografiaFrederick Barth nasceu em 22 de dezembro de 1928, em Lepzig na Alemanha. Fez o mestrado em 1949 e seu doutorado em1957. Sua carreira comeou na Universidade de Bergen como professor de Antropologia Social, onde fundou o Departamento de Antropologia Social sendo em parte responsvel pela universidade estar em posio central na pesquisa social. Atualmente professor do Departamento de Antropologia da Universidade de Boston.No livro intitulado Grupos tnicos e suas fronteiras Barth traz uma abordagem sobre a etnicidade e a persistncia das fronteiras criadas por partes das unidades tnicas.

ApresentaoO texto mostra os problemas colocados pelos grupos tnicos e sua persistncia.

Define cultura como um meio para descrever o comportamento humano e diz h grupos que correspondem a cada cultura.Volta vrias vezes no mesmo assunto com perspectivas diferentes.A etnicidade estaria relacionada com a organizao dos grupos tnicos, ela atribuda pelos prprios autores, e as fronteiras seriam mantidas apesar da movimentao e intercmbio entre eles, alm do que delimitariam a posio do grupo ou indivduos nas diversas relaes.

Identidade tnicaBarth utiliza as fronteiras para compreender as dinmicas do grupo. Ele dinamiza a identidade tnica afirmando que ela no esttica, se transforma a partir das relaes e como qualquer outra identidade, coletiva ou individual dependendo do interesse, ou contexto. A interao entre os sujeitos e grupos, permitem transformaes contnuas que modelam a identidade, em processo de excluso ou incluso, determinando quem esta inserido no grupo e quem no est. Grupo tnico: definio dada por Barth segundo a antropologia1. Perpetua-se biologicamente de modo amplo;2. Compartilha valores culturais;3. Constitui um campo de interao e comunicao;4. Possui um grupo de membros que se identifica e identificado por outros.Os grupos se organizam a fim de definir o eu e o outro. Assim, formada uma organizao do grupo para manter sua legitimidade.

Pontos principais1- define os grupos tnicos como categorias de atribuio e identificao realizadas pelos prprios autores, organizando assim a interao entre as pessoas.

2- explora os diversos processos que parecem estar envolvidos na gerao e manuteno desses grupos.

3- desloca-se o foco de investigao interna aos grupos para as fronteiras tnicas e manuteno delas.PressupostosUma raa = uma cultura = uma linguagemUma sociedade = uma entidade que rejeita e discrimina a outras (o meu grupo o certo, o do outro o errado)Objeo o autor: essa formulao nos impede de entender o fenmeno dos grupos tnicos e seu lugar na sociedade e na cultura humana. E tambm nos induz a assumir que a manuteno das fronteiras no problemtica e discorre de caractersticas como: diferena cultural e racial, separao social e barreiras lingusticas, hostilidade espontnea e organizada.

Somos levados a imaginar cada grupo desenvolvendo a sua forma cultural e social em isolamento relativo, essencialmente reagindo a fatores ecolgicos locais, ao longo de uma histria de adaptao por inveno e emprstimos seletivos.

Isso produz um mundo de povos separados, cada um com a sua cultura prpria e organizado numa sociedade que podemos isolar para descreve-la como se fosse uma ilha. OS GRUPOS TNICOS COMO SUPORTE DE CULTURASomos induzidos a identificar e distinguir os grupos pelas suas caractersticas. Isso implica um ponto de vista preconceituoso.

GRUPOS TNICOS COMO TIPO DE ORGANIZAO SOCIALAtribuio categrica tnica quando se classifica uma pessoa em termos de sua identidade bsica geral, determinada pela sua origem e seu meio ambiente. (gera a formao do grupo social. Os autores usam essas identidades para caracterizar a si mesmo e aos outros)As caractersticas no so a soma das diferenas objetivas, mas aquelas em que os autores consideram significantes. Em alguns casos, as diferenas radicais so minimizadas e negadas.

O contedo cultural das dicotomias tnicas podem aparecer de duas formas:

1. Sinais ou signos manifestos: traos que as pessoas procuram e exibem para mostrar sua identidade: roupa, lngua, moradia, estilo de vida, etc2. Valores: os padres de moralidade e excelncia pelos quais as aes so julgadas.Implica o direito de ser julgado e julgar-se.

Ex.: se eles dizem que so A, em oposio a uma categoria B da mesma ordem, eles esto querendo ser tratados e querem ver seus prprios comportamentos serem interpretados e julgados como de As, e no de Bs; melhor dizendo, eles declaram sua sujeio cultura compartilhada pelos As.

AS FRONTEIRAS DOS GRUPOS TNICOSA interao de um membro do grupo, no qual preserva sua identidade, com outros grupos manifesta a pertena e a excluso. Para algum pertencer a um grupo, esse algum julgado e avaliado para ento esse algum ser aceito?Implicao: jogar o mesmo jogo reconhecer as limitaes na compreenso comum, diferenas de critrios de julgamento, de valor e de ao.Quando os indivduos de culturas diferentes interagem, pode-se esperar que tais diferenas se reduzam, uma vez que a interao gera uma harmonia de cdigos e valores (similaridade).Assim, o contato entre os grupos tnicos implica sinais de identificao e uma persistncia das diferenas.

A ASSOCIAO DAS IDENTIDADES E DOS PADRES VALORATIVOSO que necessrio para fazer com que as distines tnicas emerjam (ou persistem) numa determinada rea? Uma aceitao do princpio de que as normas aplicadas a uma categoria pode ser diferente daquela aplicada a outra.A unidade tnica um estatuto imperativo: impe ordens, dita os papis que ele pode assumir.O indivduo tende evitar um comportamento em desacordo com os valores do grupo, pois isso ser sancionado de maneira negativa.

A complexidade baseada na existncia de diferenas culturais importantes e complementares.Tais diferenas devem ser padronizadas de modo geral dentro do grupo tnico - isto , a constelao de estatutos, ou a pessoa social de cada membro de um grupo devem ser altamente estereotipadas de modo que a interao intertnica possa ser baseada em identidades tnicas.A EFICINCIA DAS FRONTEIRASA PERSPECTIVA ECOLGICA O ponto de articulao com outras populaes pode ser considerado como nicho.Diferentes grupos tnicos exploram os mesmos nichos, espera-se que o mais poderoso em termos militares acabe suplantando o mais fraco.Onde dois ou vrios grupos entram em contato, suas adaptaes podem implicar as seguintes formas:Ocupar nichos distintos e entrar numa competio mnima por recursos.Monopolizar territrios separados: entram em competio por recursos, articulando de forma poltica.

A PERSPECTIVA DEMOGRFICAQualquer mudana no tamanho da populao torna-se destrutiva.As fronteiras podem persistir, apesar do que podemos, metaforicamente, denominar osmose das pessoas que as atravessam. As relaes intertnicas implicam uma multiplicidade de processos cujo efeito transforma a identidade individual e grupal e modifica os outros fatores demogrficos que prevalecem na situao. Se um grupo est reduzindo, h algo de errado. Os integrantes desse grupo vo buscar mudar para no enfraquecer.

FATORES DECISIVOS PARA A MUDANADE IDENTIDADEInduzir as pessoas a atravessar essas fronteiras afetam o equilbrio demogrfico entre diferentes grupos tnicosPergunta: toda vez que as relaes tnicas so estveis por longos perodos, podemos encontrar um equilbrio demogrfico aproximado?

O PROBLEMA DA VARIAOQuando as pessoas mudam sua identidade, tal fato cria ambiguidade, uma vez que a pertena tnica , ao mesmo tempo uma questo de origem, assim como uma identidade corrente.Grupos tnicos e a evoluo culturalEu tenho proposto que as fronteiras so igualmente mantidas entre as unidades tnicas e que, consequentemente, possvel especificar a natureza da continuidade e a persistncia de tais unidades. Os ensaios tentaram mostrar que as fronteiras tnicas, em cada caso, so mantidas por um conjunto imitado de traos culturais. Assim, a persistncia da unidade depende da persistncia dessas diferenas culturais, ao passo que sua continuidade pode igualmente ser especificada por meio das mudanas da unidade resultantes das mudanas nas diferenas culturais definidoras da fronteiraConsideraes finaisSe difcil especificar o que so fronteiras culturais, no possvel construir linhas filticas, no sentido evolucionrio mais rigoroso. Mas, baseado na anlise que aqui foi proposta, deveria ser possvel fazer isso em relao aos grupos tnicos e, assim, em certo sentido, em relao queles aspectos da cultura que possuem esta ancoragem organizacional.Referncias bibliogrficasPOUTIGNAT, Philippe. Teorias da etnicidade: seguido de grupos tnicos e suas fronteiras de Fredrik Barth. Trad. Elcio Fernandes. 2 ed. So Paulo: Ed. Unesp, 2011.250p.http://dialogosantropologicos.blogspot.com.br/2010/08/fredrik-barth-grupos-etnicos-e-suas.html