apostila orquídea

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    Joo de Pdua Neves

    MUITO ALM

    DO XAXIM

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    O AUTOR

    Joo de Pdua Neves, reside em Divinpolis-MG, economista e militar aposentado da Aeronutica. Em dezembro de 1.993, adquiriu, em Campinas, o livro Cultivando Bonsai no Brasil, de Fbio Antakly Noronha, com o qual deu continuidade s poucas noes que tinha sobre esta arte milenar, iniciando o cultivo de Bonsai, comprando todas as revista e livros que encontrava sobre o assunto. No incio do ano 2.000, tornou-se scio da Ribeiro Preto Bonsai Kai. Paralelamente, cultivava orqudeas e associou-se a Associao Orquidfila de Divinpolis, em 1994, onde colaborou com a elaborao do Estatuto, participou ativamente na Secretaria, Tesouraria, Livro de Atas, Registro da Associao e transmitindo aos novos associados, por meio de cursos e apostilas, algumas dicas para o cultivo desta maravilha, criada por Deus, que a Orqudea.

    Fez parte da Diretoria, como vice-presidente (1.999 a 2.000) e Presidente do Conselho Fiscal (2.001 a 2.002). Apaixonado por miniaturas, teve a idia de associar o cultivo de Bonsai com o de Orqudeas ento, juntou o Bonsai (rvore pequena) com a Orqudea (micro orqudea). H mais de 7 anos vem usando esta unio de culturas e, anualmente, nas exposies de orqudeas, em Divinpolis, coloca alguns vasos de pr-Bonsai com micro orqudeas para divulgar as duas artes em uma s. O resultado foi timo. Diversas entrevistas em emissoras de TV e matria para o jornal Estado de Minas Gerais (20.02.05), foram apresentadas. Participou em vrias exposies em Divinpolis, Belo Horizonte, Itana, Oliveira, Formiga e Itapecerica, recebendo vrias premiaes.

    Contato: JOO DE PDUA NEVES ORQUIDFILO E BONSAISTA TEL (37) 3221.2682 [email protected]

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    INICIE COM O P DIREITO As surpresas das orqudeas despertam a sensibilidade de pessoas das

    mais diferentes idades. Aprenda a iniciar o cultivo e manter saudveis estas plantas. O pequeno e simples trabalho aqui apresentado dirigido especialmente aos orquidfilos iniciantes. uma forma prtica de facilitar o xito no cultivo das orqudeas das diferentes espcies e tambm hbridos.

    1- A orqudea uma flor composta de trs spalas, duas ptalas e um labelo. O labelo uma ptala modificada e sempre mais bonito e colorido.

    2- Orquidfilos so aqueles que cultivam e colecionam orqudeas. Geralmente, so pessoas que gostam e cuidam de plantas.

    3- A orqudea vista pelo orquidfilo mais como um objetivo vivo de coleo, que propriamente apenas como uma flor.

    4- Existem orqudeas de todas as formas e cores. Aos poucos, o principiante vai selecionando as plantas de sua preferncia.

    5- A orqudea, de um modo geral, planta epfita, ou seja, vive sobre rvores ou outras plantas, sem causar-lhes mal algum porque no so parasitas.

    6- Quem adquire uma orqudea deve cuidar dela o mais prximo possvel de como ela vive ao natural. Portanto, plante-a de um modo que imite as prprias condies do seu habitat.

    7- Em nosso meio, o modo mais comum de se plantar uma orqudea epfita em xaxim desfibrado, adaptando-a a um vaso de barro. Ela tambm pode ser plantada em vaso de xaxim, vaso de plstico ou placa de xaxim, cachep ou outros substratos, como piaava, fibra de coco e casca de pinus. importante no usar terra nas orqudeas epfitas.

    8- Existem poucas orqudeas terrestres e algumas rupestres ou rupcolas, que vivem sobre pedras. Essas podem ser cultivadas em mistura de areia grossa e xaxim desfibrado, sempre com duas partes iguais de cada ingrediente.

    9- muito importante fazer uma drenagem perfeita no vaso em que ser colocada uma orqudea. De preferncia, os vasos devem ter pequenos orifcios na lateral e no fundo na parte interna.

    Coloque uma camada de cacos de cermica, pedras tipo brita ou pedregulhos em at 1/3 ou 2/3. O excesso de xaxim conserva muita umidade e pode provocar podrido das razes.

    10- Lembre-se sempre do seguinte: as orqudeas morrem muita mais por excesso de umidade e sombra do que por alta de luminosidade e ambiente seco.

    11- A adubao um tema controvertido e s deve ser aplicado s orqudeas de acordo com cuidados especiais. Adubos orgnicos ou qumicos precisam ser usados sob orientao de orquidfilos experientes. Convm lembrar que o aproveitamento do adubo muito relativo. No se deve esperar resultados espetaculares com esse ou aquele produto. A absoro pela orqudea muito lenta e requer pacincia por parte do cultivador. Lembre-se de que as orqudeas epfitas que vivem na galhada das arvores, no recebem nenhum adubo. Elas retiram do ar mido e dos resduos de poeira os ingredientes necessrios. Vivem perfeitamente com a

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    luminosidade filtrada do sol entre as folhas e o fator umidade vem das chuvas, das neblinas e do orvalho noturno, com a drenagem prpria das condies de vida.

    12- O combate s pragas, como insetos, caramujos, lesmas, e doenas, como fungos, vrus e bactrias, deve ser orientado por especialistas. Cuidado com os excessos, tanto para as plantas como para os cultivadores. s vezes, prefervel limpeza com gua e sabo ou com o corte da folha ou pseudo-bulbos atacados.

    13- Nunca coloque o vaso em suporte com gua. Faa poucas regas, cerca de uma ou duas por semana. As razes das orqudeas preferem retirar a umidade do ar.

    14- Um bom hbito para o orquidfilo , nos dias quentes, molhar bastante o piso do orquidrio sem atingir as plantas. A umidade que evapora do cho proporcionar equilbrio para as plantas.

    15- A produo de orqudeas um pouco complicada e trabalhosa. prefervel comprar os exemplares desejado de comerciantes especializados. Os resultados so bem mais compensadores.

    16- Cada espcie tem um nome em latim identificando uma poca prpria da florao, que se repete todos os anos.

    17- Espcie a unidade. O cruzamento entre elas resulta em planta da mesma espcie. Hbrido o cruzamento de duas espcies diferentes, uma espcie com cruzamento de hbrido ou hbrido com cruzamento de hbrido. O nome completo do hbrido no latino.

    18- Cultivar orqudeas contribuir para a conservao de uma das mais preciosas plantas que a natureza criou. ter perto de si um ser encantado, que nos envolve, exigindo apenas um pouco de cuidado e que cada ano, nos presenteia com lindas e atraentes flores.

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    ERA UMA VEZ Lendas so lendas, nada alm do imaginrio popular, mas no h

    quem resista a elas. o caso desta fbula que envolve o surgimento da ORQUDEA no mundo.

    Era uma vez, na cidade de ANAM, uma jovem chamada HOAN-LAN.

    Muito bonita, esta moa passava horas de seu dia esbanjando sua beleza para colher cada vez mais admiradores. A paixo que despertava nos rapazes era sempre grande e intensa, mas nenhuma delas foi maior que o amor que Hoan-Lan fez nascer no corao de KIEN-SU. Imaginem que, s para ver seu sorriso, ele cinzelou o ouro mais fino que existia para fazer uma linda jia de jade. O trabalho mereceu pacincia e dedicao, mas Hoan-Lan, vaidosa e insensvel, depois de receber o presente, zombou de Kien-Su, no esboando nem agradecimento e nem o sorriso esperado por ele.

    Triste e ferido, o rapaz preferiu jogar-se em um rio existente em Anam, cujo nome era Rio Vermelho. Kien-Su, quem mais amou Hoan-Lan, foi o primeiro a perder a vida por amor a ela, mas a lista de coraes partidos foi estendida por NZUYEN-BA, que penetrou selva adentro sem nunca mais voltar; por MA-DA que tomou veneno e por CUNZ-LIE que enlouqueceu de amor.

    Acontece que um poderoso deus na natureza, decidiu castigar Hoan-Lan por suas maldades, fazendo com que ela se apaixonasse perdidamente por MUN-SAY. Um rapaz muito bonito. Mun-Say, no entanto, sequer tomava conhecimento do sentimento de Hoan-Lan. Quando ela declarava seu amor, a resposta dele era sempre a mesma, afirmando que nada nela lhe despertava interesse. Outras vezes chegou a lhe dizer que sua figura no estava nem prxima da mulher ideal que queria para si. Hoan-Lan, louca de amor, foi procurar o deus da montanha em uma noite escura. L chegando, disse a ele que queria tirar o amor que a fazia sofrer tanto de seu corao, mas ele se recusou a ajuda-la, lembrando-lhe que igual atitude havia tido ela em relao aos rapazes que a amaram.

    O deus a expulsou dali e Hoan-Lan, muito triste, foi embora pela noite escura. No meio do caminho, no entanto, encontrou uma feiticeira que lhe prometeu que, se a jovem lhe vendesse sua alma MUN-SAY nunca a amaria, mas tambm no seria de nenhuma outra moa. HOAN-LAN aceitou a proposta no mesmo instante e a feiticeira desapareceu. No dia seguinte, vestiu-se de cor-de-rosa e foi visitar MUN-SAY. Correu ao seu encontro para abraa-lo, certa de que ele no a repeliria. Qual no foi sua surpresa quando, de repente, ele se transformou em uma rvore!

    Chorando e sem entender nada, HOAN-LAN viu aparecer diante de seus olhos a feiticeira, gargalhando e alegre pela maldade cometida. HOAN-LAN chorou tanto abraada rvore em sinal de pedido de perdo, que um gnio da floresta, compadecido, aproximou-se e lhe disse que sua dor a havia purificado. E num gesto rpido, transformou HOAN-lAN em uma flor, para que a feiticeira no a encontrasse quando viesse lhe buscar a alma. HOAN-LAN, ainda est l, agarrada ao tronco da rvore. Seu vestido desbotou e tornou-se lils. Seus braos ficaram finos e porosos. E sua boca ainda parece querer beijar o rosto do jovem MUN-SAY. uma flor estranha e ao mesmo tempo

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    bela. Forte e ao mesmo tempo frgil. Vivendo sempre agarrada ao grande amor de sua vida e compartilhando com ele sua sobrevivncia. Virou uma ORQUDEA.

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    A ORQUDEA ATRAVS DOS TEMPOS

    Ao maior dos reis, leve um buqu de orqudeas. A frase acima teria sido dita no ano 900 e tanto antes de Cristo, por

    uma escrava BELKISS, a rainha de SAB ou SHEBA (atual YEMEN), preocupada em escolher um presente altura de SALOMO, rei de ISRAEL. Ao que consta, BELKISS aceitou de imediato a sugesto da escrava, e conquistou o rei vizinho. Tanto que, at hoje, nas vilas ao norte do lago TANA, na ETIPIA, vivem cerca de 30 mil judeus chamados FALASHAS, que se dizem descendentes diretos de MENELIK, filho do rei SALOMO e da rainha de SAB.

    Alguns anos depois, as orqudeas recebiam elogios tambm de CONFCIO, sbio chins nascido em 551 a.C., que no resistindo ao perfume de uma destas flores, deixou registrado em seus escritos: ran exala perfume de reis. com o nome de ran ou tambm de lan, que as orqudeas aparecem na literatura do extremo ORIENTE. Por volta do ano 300, inclusive, um ministro chins de nome KIHAN fez referncias escritas a duas orqudeas que, pela descrio, parecem ser o CYMBIDIUM ensifolium e o DENDROBIUM moniliforme. J no OCIDENTE, o interesse era meramente medicinal. Na Grcia, por exemplo, registros do conta que, no tempo de PRICLES, um surto de clera teria sido debelado com infuses de tubrculos da ORCHIS morio. TEOFRASTO, aluno de ARISTTELES, tambm falou das orqudeas em seus trabalhos. Foi ele, alis, quem batizou o gnero ORCHIS - que em grego significa testculos em aluso ao par de tubrculos das espcies que vegetavam s margens do MEDITERRNEO.

    Tubrculos de orqudeas deste gnero e tambm do STYRIUM, diga-se a propsito, eram habitualmente cozidos pelos gregos e usados para fazer um caldo de nome SALEP, tido como poderoso afrodisaco. A partir de 1450, quando GUTENBERG inventou os tipos mveis e imprimiu os primeiros livros, na EUROPA comearam a surgir publicaes falando de orqudeas.

    Mas foi s 300 anos depois, mais exatamente em 1795, que o KEW GARDENS de LONDRES catalogou as primeiras 15 espcies. Um viveirista da INGLATERRA, de origem alem, teve muito destaque nessa poca. Seu nome era CONRAD LODDIGES e foi, ao que se sabe, o primeiro cultivador de orqudeas em escala comercial. Foi a ele que o naturalista JOHN LINDLEY, na poca secretrio da ROYAL HORTICULTURAL SOCIETY, dedicou a nossa linda CATTLEYA loddigesii, ainda hoje encontrada nativa nas cercanias de SO PAULO.

    CONRAD LODDIGES teve o seu papel, mas no foi o nico. Na realidade, desde o sculo XVII que a busca de plantas ornamentais havia virado uma espcie de febre na EUROPA. Financiados pela nobreza, grandes viveiristas ou instituies cientficas, naturalistas e coletores vinham para a AMRICA para abarrotar com plantas exticas os pores dos navios. Cerca de 90% das plantas, verdade, morria no caminho. Porm, as que conseguiam ser salvas costumavam fazer um sucesso tremendo. Em 1817, por exemplo, quando o imperador FRANCISCO I da USTRIA e o rei D. JOO VI de

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    PORTUGAL acertaram o casamento de seus filhos, DONA LEOPOLDINA e DOM PEDRO, uma das primeiras providncias foi despachar para o BRASIL o naturalista alemo CARL VON MARTIUS. Ele aqui esteve entre 1817 e 1820, e percorrem os estados de SO PAULO, RIO DE JANEIRO, MINAS GERAIS, BAHIA, PERNAMBUCO, CEAR, PAR e AMAZONAS, numa longa expedio cientfica. Os resultados deram origem ao livro VIAGEM PELO BRASIL, e monumental obra de 15 volumes e mais de 20 mil pginas chamada FLORA BRASILIENSIS.

    Outros naturalistas europeus aqui tambm estiveram. Entre eles REGNELI, REICCHEMBACK, SCHLECCHTER e PETER LUND, que at morou em LAGOA SANTA, MG, de 1825 a 1880. E ainda o coletor SELLOW, que morreu afogado no RIO DOCE, no mesmo estado, em 1831. So realmente um tanto sombrias as notcias daquela poca. Devido ao despreparo e a ambio desmedida dos coletores de pl;antas, preocupados em tirar o maior proveito possvel do preo excepcional que as orqudeas alcanavam na EUROPA, chegou-se ao absurdo de despachar, de uma nica vez, do porto de RECIFE, 50.000 exemplares do ONCIDIUM marshallianum que acabaram morrendo na longa viagem.

    CARACTERSITCAS MUITO PARTICULARES

    ORQUDEAS no so parasitas. So capazes de sintetizar

    substancias orgnicas com base em inorgnicas e, portanto, conseguem produzir o seu prprio alimento.

    Como a maioria das plantas, as folhas das orqudeas contm um pigmento verde chamado clorofila, essencial para a sua nutrio. Quimicamente, a clorofila semelhante hemoglobina, o pigmento vermelho encontrado no sangue. este pigmento que, nas plantas, capta a energia do sol. Ao atrair as minsculas partculas de luz chamadas ftons, uma parte da energia que absorvem usada para quebrar as molculas de gua (H2O) presentes nos tecidos vegetais, separando o oxignio (O) do hidrognio (H). O oxignio ento liberado na atmosfera, enquanto o hidrognio reage com o dixido de carbono (CO2) existente no ar, convertendo-se em acares e amidos, com os quais a orqudea supre uma boa parte das suas necessidades alimentares.

    A ORQUDEA EM DETALHES

    Algumas pessoas, quando esto comeando a mexer com jardinagem,

    s vezes questionam: as flores so to parecidas... A amarilis e o lrio, por exemplo, no so espcies de orqudeas? A resposta no. O detalhe que mais caracteriza a flor da orqudea talvez seja a sua coluna, o conjunto formado pelos rgos sexuais masculino e feminino. Enquanto nas outras plantas estes rgos so completamente separados, nas orqudeas formam um conjunto nico que recebe at um nome diferente: GINOSTMIO.

    JIAS DO REINO VEGETAL Alm disso, a flor da orqudea tem trs spalas (as peas do clice)

    bastante desenvolvidas, que se alternam com igual nmero de ptalas. So as

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    spalas que envolvem e protegem a flor em boto, mas, enquanto na maior parte das flores so de cor verde, nas orqudeas tornam-se to coloridas quanto as ptalas. Uma das ptalas, alis, sempre muito diferente das outras duas e recebe o nome de labelo. desse labelo, sempre mais forte e mais colorido, que exala o perfume destinado a atrair os insetos polinizadores.

    Outra curiosidade. Na maioria das orqudeas, o boto floral cresce em posio vertical. Mais tarde, no entanto, ele se deita e faz a chamada ressupinao, um movimento de 180 graus, destinado a colocar o labelo na posio horizontal como se fosse uma plataforma ou uma pista de aterrisagem com vistas a facilitar ao mximo o trabalho dos agentes polinizadores. Existem alguns gneros de orqudeas, verdade, como o EPIDENDRUM e o HORMIDIUM, cujas flores no fazem esse movimento. Por isso mesmo so de disperso mais difcil, na medida que seus polinizadores precisam fazer verdadeiros malabarismos para visit-las, descobrir a antera e levar o plen das polneas para o estigma.

    Em qualquer caso, se tudo der certo, aps a polinizao a flor se fecha. A, mal comparando, como se estivesse grvida. O ovrio comea a se desenvolver e, muito lentamente, em cerca de um ano, transforma-se num fruto do tipo cpsula, que conter de trezentas a quinhentas mil sementes. Sementes diminutas, quase microscpicas, constitudas apenas do embrio, sem nenhuma substncia nutritiva de reserva para vir a ser utilizada nas primeiras fases de um eventual desenvolvimento. Em todo caso, so sementes to leves, que podero facilmente ser carregadas a longas distncias pelo vento.

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    PARTES DA ORQUDEA

    Ptalas

    Spala Dorsal

    Fauce

    LbulosLaterais

    LbulosFrontal

    Labelo

    SpalasLaterais

    ANTERA (CONTMOS GROS DE PLEN AGRUPADOSEM 2 A 8 MASSASCHAMADAS POLNIAS)

    POLNIAS

    Antera

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    ESPATA

    GEMA

    RAZES

    PSEUDOBULBO

    CRESCIMENTO SIMPODIAL

    CRESCIMENTO MONOPODIAL

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    MORFOLOGIA O rgo reprodutor de uma orqudea constitudo de quatro partes:

    COLUNA, ANTERA, ESTIGMA e OVRIO. COLUNA OU GINOSTMIO: rgo carnudo e claviforme que se

    projeta do centro da flor, resultado da fuso dos rgos masculino (ESTAME) e feminino (CARPELO).

    ANTERA: contem gros de plen agrupados em 2 a 8 massas chamadas POLNIAS.

    ESTIGMA: depresso de superfcie viscosa, rgo receptivo feminino onde so depositadas as polnias durante a polinizao.

    OVRIO: local onde se desenvolve a cpsula das sementes aps a fecundao.

    SPALA DORSAL: a ptala que se localiza acima da flor da orqudea.

    PTALA: como o prprio nome diz, so as ptalas superiores da flor. Existe uma de cada lado.

    SPALA LATERAL: so ptalas que se localizam abaixo das ptalas, uma de cada lado, separadas pelo labelo.

    LABELO: a ptala com formato diferenciado e que se localiza do centro para baixo. Possui, em geral, formato de cone ou canudo. Dentro dele est o rgo reprodutor da orqudea, com a antera, os estigma e a coluna.

    PSEUDOBULBOS: s est presente em orqudeas de crescimento simpodial, ou seja, que se desenvolve na horizontal.

    RIZOMA: o eixo de crescimento da orqudea e uma das estruturas mais importantes.

    RAZES: absorventes e aderentes, so responsveis pela alimentao da planta e por sua fixao.

    GEMA: so estruturas de crescimento, podem estar ativas ou inativas. MERISTEMA: tecido, cujas clulas esto em constante processo de

    diviso celular, uma gema ativa de crescimento da planta. Nas variedades simpodiais quem norteia a direo do desenvolvimento.

    FOLHAS: responsveis pela respirao e alimentao da planta. ESPATA: o cabo da flor nasce de uma espcie de folha dupla, que

    possui formato de faca, esta formao que recebe o nome de espata. PEDICELO: a haste floral. BAINHA: membrana palecea que protege a parte externa e inferior

    dos pseudobulbos. Ela tem a funo de preservar as gemas e as partes novas da planta contra os raios solares mais fortes e insetos daninhos.

    SIMPODIAIS: so as plantas que apresentam crescimento limitado, ou seja, aps o termino do crescimento de um caule ou pseudobulbo, o novo broto desenvolve-se formando o rizoma e um novo pseudobulbo, num crescimento contnuo.

    MONOPODIAIS: so plantas com crescimento ilimitado, ou seja, com crescimento contnuo.

    Suas folhas so lineares, rgidas e carnosas, muitas vezes sulcadas ou semi-cilndricas e dispostas simetricamente no caule da planta.

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    CPSULA: quando ocorre a polinizao, o estigma se fecha, a flor comea a secar e o ovrio inicia a formao da cpsula, que contem as sementes, at 500 mil ou mais. Leva de 6 meses a 1 ano at o amadurecimento.

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    CULTIVO DE ORQUDEAS

    INTRODUO Orqudea designao comum s plantas e flores da famlia das

    ORQUIDCEAS, impropriamente consideradas parasitas. A famlia ORQUIDACEAE a que apresenta maior nmero de

    espcies entre os vegetais superiores (aqueles que possuem flores). Calcula-se que existam mais de 35000 espcies, variando de plantas microscpicas at plantas gigantes. Orqudeas existem em todos os continentes, mas sua grande diversidade encontrada nos trpicos.

    As orqudeas podem crescer no cho (TERRESTRES), nas rochas (RUPCOLAS), sobre rvores (EPFITAS) e em vegetais em decomposio (SAPRFITAS).

    H orqudeas com as mais variadas dimenses, desde plantas extremamente pequenas, com flores do tamanho de uma cabea de alfinete at plantas com mais de 3m de altura, capazes de produzir haste florais de comprimento superior a 4m. Formas to diferentes podem ser englobadas numa nica famlia, devido ao fato de possurem uma estrutura floral idntica.

    Numa flor tpica da orqudea h sempre TRS SPALAS (verticilo externo) e TRS PTALAS (verticilo interno), embora algumas destas partes possam aparecer fundidas ou bastante reduzidas. Uma das ptalas, o LABELO, diferente das outras, quase sempre maior e mais vistoso; geralmente a flor cresce de tal modo que o LABELO o segmento inferior.

    Projetando-se do centro da flor, surge um rgo carnudo e claviforme, o ginostmio ou coluna, com o resultado da fuso dos rgos masculinos (estames) e femininos (CARPELOS).

    Este conjunto caracteriza uma Orqudea. A ANTERA localiza-se no extremo da coluna e contm, os GROS DE PLEN, agrupados em dois a oito massas, chamadas POLNEAS. Imediatamente abaixo da antera fica uma pequena depresso de superfcie viscosa, o ESTIGMA, ou rgo receptivo feminino, no qual as polneas so depositadas durante a polinizao. Sob a coluna est o OVRIO, que, aps a fecundao, se desenvolve e forma uma CPSULA contendo sementes. Uma nica cpsula de orqudea pode conter um milho de sementes, to finas como p de talco.

    CRESCIMENTO NAS ORQUDEAS

    1) SIMPODIAL como por exemplo CATTLEYA e DENDROBIUM,

    tm um eixo cujo crescimento cessa no fim de cada estao. Na base cresce ento um novo ramo, que desenvolve o seu prprio pseudobulbo (caule engrossado, semelhante a um bulbo) e, eventualmente, a sua prpria flor.

    2) MONOPODIAL como por exemplo VANDA e PHALAENOPSIS, tm um caule que cresce continuamente ano aps ano, produzindo hastes florais a partir das axilas das folhas, ou opostas a elas.

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    RESUMO: SIMPODIAL = RIZOMA / BULBO MONOPODIAL = RAIZ / CAULE

    ESTRUTURA DAS PLANTAS Alm do j mencionado SIMPODIAL (crescimento limitado, o novo

    broto desenvolve-se formando o RIZOMA e um novo PSEUDOBULBO, num crescimento contnuo), MONOPODIAL (crescimento ilimitado, ou seja, com crescimento contnuo) fazem parte da ESTRUTURA:

    - BAINHAS: membrana palecea que protege a parte externa e inferior dos pseudobulbos. Ela tem a funo de preservar as GEMAS e as partes novas da planta contra os raios solares mais fortes e insetos daninhos que podem atacar os pseudobulbos tenros. Muitas vezes revestem o RIZOMA e os CAULES novos, secam mais tarde e se desfazem totalmente. Depois de formado o pseudobulbo aconselhvel rasgar a BAINHA at o pice, caso no tenha mais a funo. Normalmente as bainhas, por seus formatos diferentes, determinam a classificao de plantas de diferentes gneros.

    - CPSULAS OU FRUTO E SEMENTE: todas as orqudeas produzem frutos capsulares. Apenas a VANILLA aromtica (a baunilha de nossos doces), tem frutos longos e carnosos. As plantas do gnero VANILLA so as nicas que tm sementes CRUSTCEAS e no so providas de asas ou membranas para serem carregadas pelo vento.

    Na maioria das plantas os OVRIOS se apresentam UNILOCULADOS, com placentas destacadas de maneira a se tocarem no centro do fruto. Esses frutos, depois de maduros, fendem-se com trs aberturas, permanecendo ligadas na base. Por essas fendas escapam as sementes, nos dias mais secos, arrastadas pelo vento.

    De acordo com os clculos de BECCARI, uma semente mdia pesa aproximadamente cinco miligramas, sendo necessrias cerca de DUZENTAS MIL sementes para se conseguir UM GRAMA. Genericamente, cada cpsula de semente de orqudea tem entre 300 a 500 mil sementes. Quando visitar um habitat de orqudeas em flor, polinize bastante flores, colaborando com a propagao da espcie.

    - FLOR: Desde os tempos do PARASO terrestre o homem vive no meio de flores. Foi C. K. SPRENGEL que disse que tudo isso no foi feito por acaso, no um simples divertimento da NATUREZA, um simples prazer para os olhos humanos, mas sim para atrair seus agentes fecundadores.

    - FOLHAS: As folhas das orqudeas apresentam grande variedade. Existem folhas laminadas, de consistncia coracea (ligeiramente semelhante consistncia do couro), que armazenam gua. Outras de folhas finas (como as MILTONIAS e alguns ONCIDIUNS) bastante sensveis. Outras folhas, ainda, so caducas e caem quando o pseudobulbo completa o seu ciclo vegetativo (CATASETUNS e DENDROBIUN do grupo NOBILE). A folha uma defesa da planta contra o excesso de transpirao, evitando perda de gua e propiciando maior resistncia seca.

    Pelo colorido das folhas podemos saber se as plantas esto recebendo luminosidade adequada. Quando amarelas ou amareladas, esto sendo

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    cultivadas com muita luz. Se estiverem de cor verde escuro falta luminosidade para a planta.

    As folhas devem ser mantidas sempre bem limpas para poderem respirar atravs dos ESTMATOS que se alojam no seu verso.

    Cuidado para no expor plantas em pleno sol, pois a queimadura das folhas produz zonas necrosadas irreversveis, que servem como uma porta aberta para pragas e doenas.

    PERPETUAO DAS ESPCIES

    PROCESSO SIMBITICO Natural, feito pela NATUREZA, por sementes. No dia seguinte

    fecundao, a flor se fecha e comea o intumescimento do seu ovrio (localizado na parte traseira da flor). Ali, forma-se uma cpsula portadora de 300 a 500 mil sementes minsculas.

    Essa cpsula leva em mdia um ano para crescer e amadurecer, quando se abre, e as sementes so espalhadas pelo vento. Somente germinaro as sementes cujos embries forem atacados por um fungo chamado MICORIZA, que produz alimento e acares para as pequenas plantas que brotarem. Elas tambm devero receber condies ideais de luminosidade, calor e umidade no local onde vo vegetar. Lembramos que a cultura por sementes permite o aparecimento de plantas diferentes, no s tecnicamente, como de coloridos. Cada semente, muito embora tenha os mesmos gens, um indivduo diferente, produzindo tambm plantas diferentes.

    PROCESSO ASSIMBITICO Em laboratrio, por sementes. Foi o norte-americano LEWIS

    KNUDSON quem descobriu a cultura assimbitica (em 1922). Produziu em laboratrio, com uma simples frmula, os mesmos efeitos

    que o fungo causa nas sementes, provocando sua germinao. PROCESSO MERISMTICO (DIVISO CELULAR) Ele foi criado em 1960, por JORGE MOREL, fisiologista vegetal

    francs. um processo complexo, de difcil execuo. Aconselha-se que seja feito por pessoas que j tenham experincia laboratorial.

    Nas orqudeas, o tecido vegetal diferenciado, cujas clulas multiplicam-se de forma mais rpida, est localizado no interior das GEMAS, ou seja, numa pequena bolinha central de mais ou menos um milmetro, protegida por sucessivas camadas de pequeninas folhas. Esses meristemas tambm podem ser localizados e retirados de hastes florais e razes de plantas em alguns gneros.

    aconselhvel usar um microscpio para fazer o trabalho de desfolhar um broto, que deve ter um ou dois centmetros de tamanho.

    Trabalho que deve ser executado numa capela ou caixa de semeaduras. Os laboratrios usam a capela fluxolaminar com aparelho de ventilao estril, obtendo assim resultados livres de contaminao.

    Ao seccionar um broto, cuidado para no quebrar sua base que muito frgil. O servio de desfolha do broto deve ser feio com lupas ou

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    microscpio. A pequena bolinha verde, ou ncleo, ser cuidadosamente colocada dentro de um frasco com meio de cultura aquoso. Esses vidros precisam ser constantemente agitados at se formar um protocrmio (calo vegetal). Os protocrmios so facilmente divisveis, com facas bem afiadas e esterilizadas, em quatro partes. Fazendo-se assim divises em mltiplos de quatro (4,16,64,...). Depois de transferir esses pedaos de protocrmios para novos frascos, e continuando a trepidao, eles se recompem formando novos protocrmios que sero novamente divisveis. Quando se tiver a quantidade desejada de protocrmios, eles devem ser removidos para novos frascos com meio de cultura mais slida (igual aos das sementes). Sem agitao, vo formar-se as primeiras plantas com folhas e razes.

    Como se viu, um mtodo de produo em srie da planta-me. Acabaram-se, assim, as plantas nicas e raras.

    OUTROS PROCESSOS REPRODUO POR MUDAS, POR CORTES DE PLANTAS

    ADULTAS Corta-se o RIZOMA com 3 ou 4 pseudobulbos, obtendo-se as mudas.

    o mtodo mais usado. Reproduo feita por estaquia, com pedaos de pseudobulbos (DENDROBIUNS), ou pedaos de hastes florais (PHALAENOPSIS), colocados em areia grossa molhada ou fixos em placas de xaxim sempre midas.

    MANEIRAS DE PLANTIO O MELHOR MODO DE PLANTIO Sem dvida, o xaxim desfibrado ainda o melhor substrato para o

    cultivo de orqudeas. Devemos dar preferncia a vasos de cermica bem porosos. Para as plantas que gostam de mais umidade, podemos usar vasos de plstico. Mas para aquelas plantas que gostam de ter suas razes areas, o ideal o cachep (cesto de madeira em sarrafinhos).

    O vaso de xaxim ideal para a maioria das plantas, mas est ficando escasso e a vigilncia no corte dos troncos da planta samambaia ussu est mais rigoroso.

    Quando cultivar as plantas em vasos, de cermica redondo, com furo no fundo e nas laterais, ou cnicos e tambm no de plstico, no se esquea de colocar no fundo, em at um tero do recipiente, cacos de cermica limpos e picados, ou brita, ou isopor picado, ou ainda pedregulhos (pedras quando peneirada a areia grossa) que de bom resultado para obter perfeita drenagem. Os seedlings (plantas pequenas que ainda no floresceram) prosperam melhor em pequenos vasos plsticos e que tenham como substrato o SPHAGNUM VERMELHO (procedente do litoral).

    DICAS PARA O REPLANTIO DE ORQUDEAS

    1- Deixar o xaxim desfibrado, a casca de pinus, as folhas secas e o

    prprio vaso de molho, no mnimo uma hora, com gua sanitria (1/3 de copo

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    para 8 litros de gua). Enxaguar em gua limpa, quantas vezes for necessrio, para retirar os resduos da gua sanitria.

    2- Utilizar o item anterior mido (j escorrido) 3- A ordem do substrato no vaso: a) Uma camada de xaxim desfibrado. b) Uma camada de casca de pinus. c) Uma camada de folhas secas. d) Uma camada de carvo triturado (moinha de carvo). e) Meia colher (sopa) de farinha de osso ou outro. f) Uma camada de xaxim desfibrado, at faltar dois dedos para

    preencher o vaso. g) Colocar a muda j preparada na posio correta e prende-la. h) Completar com xaxim desfibrado (no cobrir totalmente o

    rizoma). i) Tranar varetas de bambu para firmar a muda e o xaxim. j) Colocar tutores (caso necessrio) e amarrar os caules e folhas

    (posio vertical). k) quando o vaso for de plstico ou de barro (principalmente o

    cnico), colocar no fundo para drenagem: cacos, britas, pedregulhos, ou equivalentes.

    4- Depois de pronto mergulhar o vaso completo no tanque ou balde, por uns trs minutos at sair todas as bolhas de ar, ou debaixo da torneira, retirar e deixar escorrer.

    5- Permanecer o vaso em lugar coberto, sem incidncia do sol direto, por um perodo de 07 (sete) a 10 (dez) dias.

    6- Nesse perodo no precisa aguar, somente borrifar as folhas diariamente.

    7- Depois desse perodo, levar o vaso para o orquidrio, evitando o sol direto.

    8- Colocar a etiqueta com: a) O nmero do vaso. b) Data do envasamento. c) Nome da Orqudea. d) No verso as datas de florao. 9- Para melhor controle, usar um fichrio com todos os dados da

    orqudea e seu histrico. 10- Adubar somente depois de 06 (seis) meses.

    DICAS SOBRE OS VASOS - VASOS DE XAXIM a) Ao comprar, procurar aquele mais rgido e no o mole ou com ns. b) Colocar o vaso de xaxim de molho, com gua sanitria, no tanque

    ou balde, com um peso em cima (pedra). c) Retirar aps uma hora ou no dia seguinte, deixar escorrer (posio

    inclinada).

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    d) Tirar o miolo do fundo, caso esteja apodrecido, com uma faca e colocar um tampo no buraco.

    e) Depois seguir das dicas do substrato (ordem) - VASOS DE BARRO OU DE PLSTICO a) Para certas orqudeas, o ideal o vaso de barro redondo com furos

    de drenagem no fundo e laterais. b) Cobrir esses furos, por dentro, com tela (mosquiteiro) usando cola

    de sapateiro, evitando assim a sada de substrato e entrada de insetos. c) Medir a distncia entre os furos para o gancho de pendurar. d) Caso estejam com medidas diferentes, marcar o dimetro, com fita

    mtrica, e dividir em 06 (seis) partes iguais, furar, podendo ser aproveitado os furos existentes, para prender a haste e passar a vareta de bambu.

    e) Sendo o vaso de barro cnico, preencher o fundo com pedras (brita, pedregulho, cacos ou outro material). Tambm, no redondo, se desejar, pode colocar isopor picado cacos de cermica ou pedriscos, para drenagem.

    f) sendo o vaso de plstico, as pedras serviro tambm para dar equilbrio.

    g) Para furar um vaso de plstico use uma haste de metal pontiaguda, aquecida na chama do fogo.

    - VASO CACHEP a) Praticamente j est pronto para uso. Verificar se h frestas largas

    no fundo, que possa perder o xaxim desfibrado, procure tampa-la.

    DICAS SOBRE OS SUBSTRATOS - XAXIM DESFIBRADO a) Deve ser peneirado antes de colocar de molho, caso esteja com

    muito p. b) No tanque ou balde coloque o xaxim de molho com gua sanitria,

    no mnimo uma hora, depois passar em gua limpa (enxaguar). c) Retirar o xaxim apertando-o com as mos, para escorrer o caldo,

    depois colocar dentro de uma peneira uma peneira, para escorrer e secar um pouco.

    d) Guardar o xaxim, ainda mido, em um saco plstico ou de rao e amarrar, caso no for usa-lo de imediato.

    e) Cuidado com entupimento do ralo do tanque. Retire a gua com caneca e passe na peneira.

    - CASCA DE PINUS a) Peneirar e se possvel separa em tamanho. b) Colocar de molho com gua sanitria ou ferver. c) Cobrir com uma tbua e peso para no boiar a casca de pinus, ou

    dentro de um saco poroso (cebola), depois passar em gua limpa.

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    d) Escorrer em uma peneira e deixar secar um pouco, guardando-o em saco plstico.

    e) Pode tambm enriquecer a casca, colocando-a de molho em gua limpa com fertilizante.

    - FOLHAS SECAS a) D preferncia a folhas midas, como de jabuticabeira. b) Sendo colhidas em lugar cimentado, onde no h impurezas, no

    precisa lavar. c) Caso sejam colhidas sobre terra, deve peneirar, retirar as impurezas

    e se possvel deixar de molho em gua sanitria, dentro de um saco. d) Retirar, escorrer na peneira e deixar secar. - CARVO MODO a) D preferncia a moinha de carvo ou carvo triturado (quebrado). b) O carvo servir para manter a umidade e diminuir a acidez do

    substrato (Ph). c) Dar nutrientes planta (potssio K 15%) e compensar com a

    farinha de osso que tem 2% de NITROGNIO (N), 24% de FSFORO (P). d) O nitrognio (N) estimula a brotao e o enfolhamento. e) O fsforo (P) incentiva a florao e frutificao. f) O potssio (K) fortalece os tecidos vegetais e torna as plantas mais

    resistentes s pragas.

    MUDA A SER REPLANTADA a) Verificar se a planta no est com flor ou espata para florir. b) Verificar tambm se o novo broto no est pequeno, que possa

    quebrar com o manuseio de retirar do vaso, limpar as razes, etc. c) Se a planta estiver em um vaso de barro ou plstico, colocar de

    molho por alguns minutos, passar uma faca em volta do vaso por dentro, bater no vaso, por fora e no fundo com a mo.

    d) Com uma vareta de bambu retirar o substrato velho e pedras, desmaarocar as razes.

    e) Cortar as razes velhas e muito longas, folhas e bulbos secos. f) Em gua corrente lavar as razes com auxlio da vareta de bambu. g) Separar em mudas (nota: no mnimo de trs bulbos ou

    pseudobulbos) e com frente para brotar ou brotada e ou da touceira. h) A separao de muda de rizoma horizontal, faz-se o corte total ou

    com antecedncia, ainda o vaso, meio corte, para forar a brotao (Nota: cicatrizar o corte com pasta dental ou cicatrizante).

    i) Estudar a melhor posio e maneira de fixa-la no novo vaso. - ACABAMENTO a) Tranar varetas de bambu, j retirado um pouco do miolo e

    quebrado as quinas do bambu, para no ferir a muda.

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    b) Colocar a etiqueta com nmero, data de envasamento, nome, etc. c) Prender a etiqueta em uma haste de fio de cobre ou amarra-la no

    vaso. d) Colocar tutores e amarrar, caso seja necessrio, os bulbos ou folhas

    na posio vertical. e) Mergulhar o vaso no tanque ou balde para sair as bolhas, fazer o

    batismo e drenagem. f) Retirar, deixar escorrer e guardar em lugar coberto por sete a dez

    dias. g) No precisa, nesse perodo, colocar gua, somente borrifar gua

    nas folhas. - O VASO IDEAL a) Devemos dar preferncia a vasos de cermica bem porosos, com

    furo no fundo e nas laterais para drenagem. b) Para plantas que gostam de mais umidade, podemos usar vasos de

    plstico, incluindo os seedlings (plantas pequenas que ainda no floresceram). c) O vaso de xaxim ideal para a maioria das plantas, mas est

    ficando escasso e a vigilncia no corte dos troncos da planta samambaia ussu est mais rigorosa.

    d) Muitos orquidfilos, entretanto, preferem cultivar suas plantas em cachep (gaiolas) armadas com sarrafinhos de madeira. Esse recipiente elimina a necessidade de materiais de drenagem e facilita o transplante, alm de ser indispensvel para algumas espcies que do flores por baixo do raizame. leve e ideal para fixao da planta e no acabamento com varetas de bambu.

    e) O vaso deve ser proporcional do tamanho da planta (muda). Um vaso grande para uma muda pequena, sobra muito espao para o crescimento das razes, desequilibrando com a parte superior da planta, ou retm demais a umidade, causando apodrecimento das razes.

    ONDE CULTIVAR PLANTAS a) Quase todas orqudeas desenvolvem-se em locais onde so

    protegidas da luz solar direta: o movimento das folhas nas copas das rvores garante-lhes luz filtrada e intermitente.

    - RIPADO Em funo das condies climticas de grande parte do territrio, a

    cultura das orqudeas em ripados torna-se mais adequada. Fcil e barato, resolve quase sempre a questo do local para a cultura.

    - SOMBRITE Hoje, em lugar de ripas, podem colocar-se telas plsticas, sendo as

    mais adequadas aquelas que do maior ou menor luminosidade de acordo com a regio.

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    - ESTUFAS Existem plantas que precisam viver em ambiente mais controlado e

    portanto preferem a estufa. As vantagens da estufa so: controle da temperatura, regas, luminosidade, temperatura e umidade mais estveis.

    b) Com a associao do item (a) e sombrite pode-se obter sucesso. No

    interior da cobertura, constri um estrado de madeira. Sob o estrado podem-se cultivar avencas, samambaias, begnias e outras plantas, o que ajuda a aumentar a umidade do ar. Sobre o estrado, pode dispor das orqudeas terrestres que requerem menos luz. Ao teto penduram-se as orqudeas que exigem mais luz, porem no em grande nmero, para evitar que o sombreiem em demasia as outras plantas. Irrigao com jatos de gua pulverizada facilita a distribuio da rega.

    REGRAS BSICAS

    Quatro so os fatores bsicos: LUMINOSIDADE, UMIDADE,

    TEMPERATURA e VENTILAO. - LUMINOSIDADE Como vimos no item anterior, quase todas as orqudeas desenvolvem-

    se em locais onde so protegidas da luz solar direta: o movimento das folhas nas copas das rvores garante-lhes luz filtrada e intermitente. Apenas algumas espcies vivem sob o sol direto; mas nesse caso, elas so protegidas pelo vento constante que refrigera suas folhas. O importante que voc observe constantemente se a luminosidade do ambiente a adequada para suas orqudeas. Se h excesso de luz, as folhas tornam-se amareladas; se h escassez, elas ficam verdes escuras, crescem mais alongadas e a planta no floresce. A iluminao ideal proporciona florao regular e folhas verdes claras e brilhantes.

    - UMIDADE A maioria das orqudeas aparece no ambiente natural, em locais onde

    h alta umidade atmosfrica (cerca de 50%). A necessidade de gua, no entanto, varia para cada espcie. As plantas com razes muito finas, folhas frgeis ou sem pseudobulbo, exigem substrato sempre mido. As de folhas duras e com pseudobulbo, s devem ser regadas quando o substrato est quase seco. Nuca regue nos dias mais frios no inverno. A regra geral aumenta a umidade na medida em que aumentam a luz e calor e diminui-la proporcionalmente.

    - TEMPERATURA A aclimatao das orqudeas no muito fcil de ser conseguida por

    amadores. As espcies nativas das regies muito midas, por exemplo, no suportam grandes oscilaes da temperatura ou da umidade atmosfrica. As orqudeas, em geral, precisam de temperaturas altas durante o dia, com uma queda acentuada de 10 a 15 C noite.

    - VENTILAO A criao de um microclima adequado para as orqudeas condio

    fundamental para seu cultivo e para isso o controle dos ventos e correntes de

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    ar bsico. Uma brisa suave e constante sempre necessria a fim de amenizar a intensidade do calor e da luz e reduzir o excesso de umidade responsvel por vrias doenas. Toda brisa quente e seca benfica; os ventos frios e midos, no entanto, podem ser perigosos, provocando manchas ou at mesmo o apodrecimento dos botes e das hastes.

    PRIMAVERA: CUIDADOS ESPECIAIS

    Nas regies em que as estaes do ano se revelam mais definidas, as

    plantas parecem sentir a chegada da primavera muito antes de as pessoas se darem conta. Ao surgirem as primeiras floradas de exemplares de jardim ou de vasos externos, as orqudeas tambm parecem saber que aumentou o tempo de luz solar, e comeam a brotar. esse o momento de modificar os cuidados que at ento eram dispensados aos vasos.

    O aparecimento de brotaes de folhas novas ou flores constitui o primeiro sinal que as plantas enviam para que voc volte a lhes dedicar ateno e cuidados especiais, de maneira a auxiliar o desenvolvimento das plantas.

    - REGAS medida que os exemplares desenvolvem um novo crescimento, suas

    necessidades de gua aumentam. Assim que os dias vo se tornando mais longos e a temperatura aumenta, todos os vegetais iniciam uma atividade muito maior na transformao de seus nutrientes e comeam a perder mais gua pelas folhas. Por isso, nessa poca exigem regas freqentes. No entanto, voc deve ter cuidado para no encharcar seus exemplares. Fornea-lhe, gradativamente, maior quantidade de gua.

    - ADUBAO A nova fase de crescimento dos exemplares torna necessria uma

    quantidade mais elevada de nutrientes para um desenvolvimento saudvel. Inicie a adubao no comeo da primavera. Mas, ateno, comece

    com uma dosagem bem baixa. Quando utilizar um fertilizante lquido, por exemplo, no fornea a dosagem mxima indicada, nas primeiras semanas. Prepare uma soluo bem diluda, com a metade ou at um tero da dose recomendada.

    Nunca adube a planta quando o composto estiver seco, pois a absoro ser mnima.

    Depois das trocas de composto, tambm no fertilize, uma vez que durante trs a seis meses o substrato novo ter todos os nutrientes de que o exemplar precisa.

    - REPLANTIO Em locais onde, em setembro, no h mais perigo de geada, esse o

    momento para reenvasar as plantas. Antes de setembro, com frio, as plantas que ainda estiverem em condies de relativa dormncia, depois de seu descanso anual de inverno, no devem ser replantadas at que tenham comeado um crescimento ativo. Caso contrario, o choque do reenvasamento precoce capaz at de mata-la.

    A melhor poca para reenvasar as plantas so os meses de primavera.

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    CUIDADOS NO VERO no vero que as plantas esto mais ativas. De modo geral, tambm

    a poca em que os exemplares, no auge do vigor, se revelam em sua melhor aparncia. No entanto, justamente nesse perodo que as plantas costumam exigir ateno redobradas.

    - REGAS A quantidade de gua requerida pelas espcies pode variar muito, de

    acordo com o tempo, o que constitui um fator s vezes surpreendente. Durante os perodos prolongados de calor e sol, um exemplar, s vezes, necessita de regas dirias. Mas, em pocas mais frescas e chuvosas, o mesmo exemplar exige menos gua, ocasio em que voc deve molha-lo apenas uma ou duas vezes por semana. Por isso torna-se muito importante que sejam observadas as condies climticas quando das regas, uma vez que as plantas podem sofrer demais com o excesso de gua, mais comumente provocado no vero do que no inverno.

    Um dos pontos fundamentais providenciar para que os exemplares recm-plantados sejam molhados com cuidado nas primeiras semanas (veja os itens 5, 6 e 7 das Dicas para o Replantio de Orqudeas).

    - ADUBAO A maioria das espcies de cultivo requer mais nutrientes nos meses de

    vero. Grande parte delas deveria receber um fertilizante a cada semana ou quinzena, de acordo com sua velocidade de crescimento. Utilize um adubo lquido apropriado e siga as instrues do fabricante. Evite adubar com mais freqncia ou aumentar a concentrao recomendada s pelo fato de a planta apresentar-se to bem que voc gostaria de estimula-la. O excesso de fertilizante pode ocasionar danos severos nos sistema radicular, o que, por sua vez, causa at a morte do exemplar. Lembre-se de que sempre preciso molhar o substrato (solo) antes de adicionar o fertilizante.

    Nunca adube as mudas recm-plantadas at uns trs meses ou mais, aps a operao, fique atento no enraizamento, pois o composto novo j contm nutrientes necessrios. Quando iniciar a fertilizao, d apenas doses diludas. Se voc plantar no final do vero, talvez nem seja necessrio adubar.

    - REENVASAMENTO A melhor poca para reenvasar as plantas so os meses de primavera.

    Mas, se isso no feito nessa poca, e um exemplar est exigindo um vaso maior, mude-o no incio do vero.

    CUIDADOS DE OUTONO

    Nem sempre fcil detectar o momento em que acaba o vero e

    comea o outono. Mesmo em regies de clima temperado, a exemplo do sul do Brasil, onde as estaes do ano so bem definidas, muitas vezes as plantas que fornecem os indcios da chegada da nova estao.

    No entanto, essa poca revela-se uma das mais crticas para seus exemplares, uma vez que nela se inicia um processo de reduo das

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    atividades vegetativas, que atinge seu auge nos meses de inverno. Por isso, a planta exige cuidados especiais.

    - REGAS Com exceo das plantas que florescem no meio do ano, a quantidade

    de gua que os exemplares exigem vai diminuindo, at chegar a um mnimo. Preste muita ateno a cada espcie e passe a regar menos, sem se esquecer de nenhuma de suas plantas. medida que a temperatura cai, automaticamente decresce o volume de gua requerido pelas plantas.

    - ADUBAO Diminua a adubao para a maioria dos exemplares a partir do final de

    marco, pois a taxa de crescimento se desacelera e as necessidades de nutrientes decaem. A aplicao de fertilizantes nesse perodo pode resultar em acmulo de nutrientes no composto. A presena excessiva de sais acaba prejudicando o sistema radicular e pode inclusive levar a planta morte.

    Os fertilizantes de liberao gradual constituem uma boa soluo para os meses de outono. A liberao dos nutrientes depende tanto da temperatura como da umidade do meio (solo). Se a temperatura cai e voc fornece menos gua para as plantas, da mesma forma a quantidade de fertilizante liberada reduz-se automaticamente. No entanto, em geral a maioria das espcies comea a se preparar para uma condio quase dormente, apresentando pouco ou nenhum sinal de crescimento, o que dispensa qualquer tipo de adubao.

    Lembre-se de que existem algumas excees, cujo florescimento ocorre no fim do outono e at no inverno. Portanto, essas plantas requerem nutrientes como o NITROGNIO, o FSFORO e o POTSSIO, sendo esse ltimo imprescindvel para uma florao desenvolvida e viosa.

    - REENVASAMENTO medida que o outono vai chegando ao fim do seu perodo,

    gradativamente deve-se diminuir o replantio, ou no aconselhvel faze-lo.

    CUIDADOS DE INVERNO O inverno assume caractersticas muito diversas, conforme a regio.

    Existem reas em que a vegetao permanece exuberante, com temperaturas mnimas mdias acima dos 23 C, enquanto outras apresentam mdias de 10 C, podendo chegar a vrios graus abaixo de 0 C. Por outro lado, nas regies de cerrado, como a de Braslia, em que as mdias mnimas variam de 11 a 13 C, o ar se torna to seco que acaba por prejudicar o cultivo de certas espcies que apreciam umidade. Muitas plantas de vaso costumam entrar num perodo de dormncia, nessa poca do ano, e apenas revelam brotaes na primavera. Verifique as caractersticas de sua regio e adapte a elas o cuidado com seus exemplares.

    - REGAS Em locais de inverno rigoroso, cuide para que o composto nunca

    permanea encharcado. A combinao de frio com excesso de gua pode ocasionar um rpido apodrecimento das razes. As regies que apresentam inverno muito seco, como caso do Planalto Central, exigem observao constante da taxa de umidade do solo. De modo geral, nesses locais, os

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    exemplares solicitam regas menos espaadas, pois a evaporao ocorre em nveis muito rpidos.

    - ADUBAO Independente da regio em que voc more, verifique as necessidades

    alimentares de suas plantas, antes de providenciar qualquer tipo de adubao. Em geral, como boa parte das espcies est em perodo de repouso, costuma-se desaconselhar a fertilizao.

    - REENVASAMENTO Nesse perodo de inverno, a maioria das orqudeas entram em uma

    fase de descanso ou repouso vegetativo ( o perodo em que as plantas diminuem seu metabolismo se reorganizando interiormente, se preparando para a prxima estao e isso normal, natural) e no devem ser perturbadas com divises , troca de substrato, replantio, reenvasamento, etc. Esse procedimento iria quebrar o perodo de descanso das plantas, desorganizando-as, esgotando suas reservas de nutrientes, trazendo enormes prejuzos, como a falta de florao na estao seguinte, o desgaste e muitas vezes a prpria morte da orqudea. Portanto, essa uma poca que devemos aproveitar para preparar o nosso orquidrio para a prxima estao, fazendo com que o ambiente das orqudeas esteja limpo, nossos vasos bons, bonitos e em condies fitossanitrias ideais para proporcionarem uma excelente florao. Algumas recomendaes, com resultados positivos j comprovados, podem ser seguidas:

    1- RECOMENDAES RESPEITO DO ORQUIDRIO Inicialmente, devemos preparar o orquidrio para a primavera visando

    torna-lo limpo, prtico e dando s plantas condies de se desenvolverem perfeitamente (luz, gua, adubo, sem doenas, aerao e disposio de vasos). Um bom comeo partir logo para uma boa limpeza do ambiente, com a retirada de entulhos, pedaos de xaxim, madeira ou vasos espalhados, limpeza e desinfeco das bancadas (soluo com gua sanitria) e por baixo delas, remoo de mato e ervas do cho, reparo das bancadas, muretas e paredes que cercam o orquidrio, reparo no sombrite ou ripado, bem como retificar o sistema de irrigao e adubao, alem de observar e, se preciso, melhorar a incidncia de luz e aerao no orquidrio. Devemos aproveitar tambm para fazer outros trabalhos manuais como o preparo de estacas, tutores, cacheps, dependuradores.

    2- RECOMENDAES RESPEITO DAS PLANTAS A primeira coisa a se fazer a diminuio das regas e da fertilizao e

    em seguida limpar os vasos, retirando ervas, matos, folhas e bulbos secos. esse o perodo melhor para controlar ou mesmo erradicar as pragas e doenas, com a aplicao correta dos pesticidas adequados e cada vaso (usando sempre material de segurana:luvas, mscara, culos, chapu, roupas de mangas compridas, etc.), principalmente contra lesmas, caramujos e tatuzinhos, sendo tambm recomendado uma aplicao de fungicida como preventivo.

    Nesta poca do ano, muitas espcies de plantas iniciam a produo de hastes e botes para florir na primavera, sendo ento boa a oportunidade para se colocar os tutores e/ou estacas diminuindo assim os riscos das hastes envergarem com o peso das flores ou mesmo produzirem flores tortas, feias e

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    incorretas. muito importante observar as plantas secas e doentes que, nas maioria das vezes devem ser eliminadas para que no transmitam doenas para as demais e nem ocupem os espaos de plantas saudveis e com florao certa se aproximando.

    AS QUATRO ESTAES DO ANO

    A posio da TERRA em relao ao SOL tal a 21 de dezembro que

    este a ilumina desde o plo sul at determinado ponto do hemisfrio NORTE. Nesse instante, d-se o chamado SOLSTCIO DE VERO para o hemisfrio sul, momento esse que marca o comeo da estao quente ou VERO para esse hemisfrio. A TERRA prosseguindo em seu movimento, 90 dias depois, ou seja, a 21 de maro, acha-se em tal posio que os raios de SOL caem perpendicularmente sobre o EQUADOR e distribuem-se igualmente para o NORTE e para o SUL. Comea ento uma estao temperada para o hemisfrio sul, o OUTONO. Da a trs meses, a 21 de junho, o hemisfrio NORTE recebe diretamente os raios do SOL e j o hemisfrio SUL d-se ento a estao fria ou INVERNO; dada a posio da TERRA este hemisfrio recebe uma faixa de calor solar menor. A 23 de setembro, a TERRA volta a uma posio tal que o SOL, dardejando perpendicularmente sobre o EQUADOR, a ilumina, igualmente de plo a plo. Comea ento outra estao temperada, que a PRIMAVERA cujo trmino ocorre a 21 de dezembro.

    As estaes do ano, conforme a tradio, esto relacionadas ao ciclo anual das plantas, desde a semeadura at a colheita. A primavera a poca do plantio e da germinao; durante o vero, as plantas crescem e se tornam maduras e no outono so colhidas.

    VERO 21 de dezembro OUTONO 21 de maro INVERNO 21 de junho PRIMAVERA 23 de setembro

    ENCONTRE SEU NORTE Se voc tiver dificuldade para saber em qual face (norte, sul, leste ou

    oeste) fica o seu orquidrio, procure observar onde o sol nasce. Ali a fazer leste. Assim, se voc estender o brao direito nesta posio, na sua frente estar o NORTE, nas costas o SUL, e na direo do seu brao esquerdo, o OESTE.

    Pode tambm observar o lugar em que o SOL se pe. Ali o OESTE. Portanto, se estender o seu brao esquerdo nesta posio, na sua frente o NORTE, nas costas o SUL, e no brao direito o LESTE.

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    LUA NA JARDINAGEM

    Qual a influncia da lua na jardinagem? As leis da gravidade e as diferenas de luz exercidas nas diversas fases da lua influenciam em praticamente todos os lquidos da Terra. Esse fato pode ser observado no s nos oceanos, que tm suas mars alteradas, mas no ciclo menstrual feminino e tambm na seiva das plantas. Por conta disso, algumas atividades no seu jardim e horta so favorecidas ou no conforme a fase lunar. Acompanhe:

    QUARTO CRESCENTE: a seiva vegetal atrada para cima, o que favorece o crescimento das plantas. Se o gramado for aparado nesta fase, crescera mais. Perodo favorvel para plantio de cereais, frutas e flores e colheitas de verduras. Alm disso, ideal para fazer transplantes, enxertos e fertilizaes qumicas.

    LUA CHEIA: esta a fase mais favorvel para colher frutos. Nessa poca, eles esto mais suculentos. Outras prticas apropriadas para o perodo so a colheita de ervas medicinais e o plantio de espcies em geral, por meio de sementes.

    QUARTO MINGUANTE: neste perodo a seiva das plantas atrada para a parte de baixo, o que favorece o crescimento das razes. O gramado aparado nesta fase crescer mais lentamente. ideal para plantar espcies que crescem de baixo da terra, como a batata. Fertilizaes orgnicas, podas e cortes de bambu e madeiras para construo tambm so indicados.

    LUA NOVA: nesta poca desaconselhvel o plantio de mudas ou sementes, pois a seiva atinge seu pico mximo de retrocesso. Na lua nova as plantas tambm ficam mais suscetveis ao ataque de pragas e doenas. Previna-se usando defensivos naturais, como calda de fumo.

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    MUITO ALM DO XAXIM Descubra os prs e os contras de 15 substratos alternativos ao xaxim

    no cultivo de orqudeas.

    DICAS PARA USAR MELHOR OS SUBSTRATOS - Antes do plantio, lave bem o substrato com gua de torneira. Depois

    deixe-o de molho, no mnimo uma hora, com gua sanitria (1/3 de copo para 8 litros de gua balde), depois passar em gua limpa (enxaguar). Isso ajuda a eliminar o excesso de tanino (uma substncia txica) e matar fungos e bactrias.

    - Mensalmente coloque o substrato (com a orqudea junto) em um balde com gua de torneira por 15 minutos. Assim sero eliminados os excessos de sais que podem queimar as razes. uma simulao do que acontece nas florestas, quando cai uma chuva torrencial.

    - Faa adubaes peridicas com NPK 20.20.20, pois nenhum, dos substratos alternativos possui a vantagem de liberar tantos nutrientes quanto o xaxim.

    Revista NATUREZA n 182 pgina 32 Cada vez mais as autoridades ambientais brasileiras esto adotando

    medidas para inibir a utilizao dos derivados de xaxim (DICKSONIA sellowiana), que est na lista de espcies de plantas em perigo de extino. A cidade de SO PAULO, por exemplo, desde janeiro/03, colocou em prtica uma lei que probe a comercializao de qualquer produto feito de xaxim. Outras cidades tambm esto seguindo este caminho e, daqui a um tempo, os to comuns vasos e placas desse material tendem a rarear no mercado. Como o xaxim o substrato mais usado para orqudeas, cultivadores de todo o BRASIL esto testando alternativas. O problema que difcil encontrar substratos altura dele. Mas tambm no impossvel, j que essas plantas so espcies epfitas ou rupestres. Assim, precisam de algo que se parea ao mximo com o galho de uma rvore ou uma rocha, dependendo do tipo da orqudea. Esse substrato cumprir duas funes bsicas: oferecer suporte e uma superfcie que acumule nutrientes.

    A REVISTA NATUREZA teve o cuidado de indicar quais espcies de orqudeas esto apresentando melhores resultados com cada uma das opes disponveis no mercado.

    Estou notando que o segredo misturar dois ou mais desses substratos alternativos, a partir de minhas experincias (vide apostila II CURSO DICAS DE ENVASAMENTO, na folha 3).

    A maior parte deles, com exceo da PIAAVA (veja o aviso FIQUE DE OLHO), no representa risco para a sade das orqudeas. No mximo, o que pode ocorrer so pequenos atrasos no desenvolvimento e na florao. Para evitar dor-de-cabea, uma boa idia ir testando com as orqudeas menos importantes ou que esto em duplicidade na coleo.

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    Quanto aos gastos, no se preocupe. Esses substitutos custam praticamente o mesmo que o xaxim e, s vezes, so at mais baratos. Por isso, testar vrios deles bom para as plantas e no vai machucar o bolso de ningum.

    AGORA VAMOS AOS CANDIDATOS 1) CARVO VEGETAL O QUE : carvo comum, igual ao de churrasqueira, mas que sempre

    deve ser novo, pois os que j foram usados prejudicam a planta. VANTAGENS: o carvo vegetal sozinho timo para locais de clima

    mido. J em locais de clima seco, deve ser acompanhado de outro substrato que retenha umidade (como o pinus, por exemplo).

    DESVANTEGENS: necessita de adubaes mais freqentes. muito leve, no segura a planta e, em razo de sua porosidade, tende a acumular sais minerais. Por isso, precisa de regas freqentes com gua pura. O carvo vegetal muitas vezes fabricado a partir do corte de rvores de matas naturais, o que incentiva a devastao de florestas. Por ltimo, o manuseio do carvo suja as mos.

    DURABILIDADE: cerca de 2 anos. Depois disso ele fica saturado de sais minerais e comea a esfarelar.

    INDICADO PARA: VANDA, ASCOCENTRUM, RHYNCHOSTYLIS, RENANTHERA, LAELIA purpurata, CATTLEYA e ONCIDIUM.

    RETM UMIDADE? NO ADUBAO: semanal ONDE ENCONTRADO: nos supermercados de o BRASIL. 2) CASCA DE PINUS O QUE : casca da rvore PINUS elliotti. VANTAGENS: fcil de ser encontrado e retm adubo. DESVANTEGENS: possui excesso de tanino e se decompe muito

    rpido. Tambm quebra com facilidade e no fixa bem a planta no vaso, necessitando para isso de um tutor.

    DURABILIDADE: no mximo 1 ano. INDICADO PARA: CIMBIDIUM, VANDA, CATTLEYA e LAELIA RETM UMIDADE? SIM ADUBAO: quinzenal ONDE ENCONTRADO: regies sudeste, centro-oeste e sul. 3) PEDAOS DE ARDSIA O QUE : pedra, normalmente escura, utilizada para pisos. VANTAGENS: rica em ferro, o que ajuda no crescimento e na

    florao. DESVANTEGENS: no retm gua. DURABILIDADE: longa e indefinida. INDICADO PARA: Orqudeas rupcolas como a PLEUROTALLIS

    teres e a BULBOPHYLLUM rupiculum. RETM UMIDADE? NO

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    ADUBAO: quinzenal ONDE ENCONTRADO: em lojas de pedras. 4) CAQUINHOS DE BARRO O QUE : pedaos de vasos de cermica e telhas sempre novos, pois

    os mais antigos e j usados podem estar atacados por fungos. VANTAGENS: so porosos, conservam a acidez num nvel bom alm

    de reterem umidade e adubo. So bem arejados e sustentam melhor a planta no vaso.

    DESVANTEGENS: no tm nutrientes. DURABILIDADE: no mximo 5 anos. INDICADO PARA: VANDA, ASCOCENTRUM, RHYNCHOSTYLIS,

    CATTLEYA e LAELIA. RETM UMIDADE? SIM ADUBAO: quinzenal. ONDE ENCONTRADO: em olarias e lojas de jardinagem. 5) PEDRAS BRITA E DOLOMITA O QUE : pedras usadas em construes. A brita de cor cinza e a

    dolomita a branca, tambm usadas em aqurios. VANTAGENS: so facilmente encontradas e ajudam no enraizamento

    das plantas. DESVANTEGENS: retm sais dos adubos e queimam as pontas das

    razes de algumas espcies. Pesam mais que os compostos orgnicos. Necessitam de muita adubao pois no tem nenhum valor nutritivo. As britas soltam muito clcio, o que pode prejudicar alguns tipos de orqudeas.

    DURABILIDADE: elas no se deterioram. INDICADO PARA: CATTLEYA e LAELIA purpurata RETM UMIDADE? NO ADUBAO: semanal ONDE ENCONTRADO: em lojas de materiais de construo. 6) N-DE-PINHO O QUE : o gomo que se forma na araucria (ARAUCRIA

    heterophyla) VANTAGENS: os ns so colhidos do caule de pinheiros em estado

    de decomposio e no possuem substancias txicas. DESVANTEGENS: difcil de encontrar na maior parte do Brasil. DURABILIDADE: longa e indefinida. INDICADO PARA: CATTLEYAS e MICRO-ORQUDEAS RETM UMIDADE? SIM ADUBAO: de 3 em 3 meses ONDE ENCONTRADO: sul e sudeste. 7) CASCA DE PEROBA O QUE : casca rugosa da rvore peroba-rosa (ASPIDOSPERMA

    pyrifolium).

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    VANTAGENS: grande durabilidade, rugosa, retm pouca gua. Com esta casca, podem-se cultivar orqudeas na vertical, prendendo as placas de peroba numa tela de alambrado ou parede.

    DESVANTEGENS: por ser um substrato duro, preciso regar as plantas mais vezes. Tambm no retm adubo.

    DURABILIDADE: mais de 5 anos. INDICADO PARA: Orqudeas epfitas que gostam de razes

    expostas, como MILTONIA, ONCIDIUM, BRASSIA, BRASSAVOLA, ENCYCLIA e CATTLEYA walkeriana.

    RETM UMIDADE? NO ADUBAO: semanal ONDE ENCONTRADO: em madeireiras. So sobras da fabricao

    de toras de peroba. 8) CAROO DE AA O QUE : semente da palmeira muito comum na regio amaznica. VANTAGENS: barato e abundante, na regio de origem dessa

    palmeira (BELM e outras cidades do Par). Conserva a acidez num nvel bom para as orqudeas e retm a quantidade ideal de adubo e de umidade. Tambm no possui excesso de tanino ou outras substncias txicas.

    DESVANTEGENS: em regies midas, deteriora-se com muita rapidez devendo ser trocado, pelo menos, a cada 2 anos. As orqudeas devem ficar em local coberto para que o substrato no encharque. No encontrado to facilmente em outras regies do pas.

    DURABILIDADE: 3 anos INDICADO PARA: todos os gneros de orqudeas cultivados no

    Brasil. RETM UMIDADE? SIM ADUBAO: quinzenal ONDE ENCONTRADO: norte. 9) COCO DESFIBRADO O QUE : produto feito a partir de cocos que sobram da

    comercializao da gua e so vendidos em estado rstico. VANTAGENS: contm macro e micro nutrientes importantes para o

    crescimento e desenvolvimento da planta. Possui vrias opes em vasos e outros formatos a venda. H verses vendidas sem o excesso de tanino, substncia que pode queimar as razes.

    DESVANTEGENS: no retm muito adubo e carente de nitrognio. No recomendado para regies frias e midas porque retm muita gua e as razes podem apodrecer.

    DURABILIDADE: mais de 3 anos. INDICADO PARA: MILTONIAS, ONCIDIUM e micro-orqudeas. RETM UMIDADE? SIM ADUBAO: semanal ONDE ENCONTRADO: em supermercados e lojas de jardinagem de

    todo o Brasil.

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    10) FIBRA DE COCO PRENSADA O QUE : produto industrializado feito a partir do coco desfibrado.

    Pode ser encontrado em forma de vasos, pequenos cubos, bastes, placas ou fibras. Um dos mais conhecidos o COXIM, que tem causado muita polmica entre os orquidfilos. Alguns acham que o substituto ideal para o xaxim, j para outros ele no recomendvel porque encharca. O nome uma referncia ao material utilizado (coco + xaxim)

    VANTAGENS: conserva a acidez num nvel bom e necessita de poucas regas, pois muito absorvente. Demoram mais para aparecer crostas verdes (uma espcie de musgo) comuns nos xaxins e que, em excesso, podem prejudicar a planta. ideal para regies mais secas e quentes.

    DESVANTEGENS: no retm muito adubo e carente de nitrognio. Ao absorver a gua, o coxim aumenta um pouco de tamanho e se expande.

    Ao secar, volta ao seu volume original. Por esta razo, os cubos devem ser colocados de forma desarrumada e no socados em vasos, para no estoura-los.

    O excesso de tanino pode queimar as razes. No recomendado para regies frias e midas porque retm muita gua e as razes podem apodrecer.

    DURABILIDADE: mais de 5 anos (em regies de clima seco) INDICADO PARA: MILTONIA, PHALAENOPSIS e Vanda. RETM UMIDADE? SIM ADUBAO: quinzenal ONDE ENCONTRADO: mais comum no nordeste. 11) TUTOR VIVO O QUE : rvores de casca rugosa, como o ABIU, o MARMELO, a

    JAQUEIRA, a ROMZEIRA, a FIGUEIRA, a GABIROBEIRA, o LIMO CRAVO, entre outras.

    VANTAGENS: o substrato que melhor imita as condies naturais das florestas. excelente para compor situaes de paisagismo e cultivo.

    DESVANTEGENS: torna invivel transportar as orqudeas para outros lugares, como exposies, por exemplo.

    DURABILIDADE: enquanto a rvore estiver viva. INDICADO PARA: todas as orqudeas epfitas (que crescem em

    rvores), como a CATTLEYA labiata, a CATTLEYA aclandiae, a LAELIA purpurata e a DENDOBRIUM nobile, entre outras. S preciso levar em considerao o clima do lugar. No adianta colocar uma orqudea que gosta de umidade numa rvore em pleno cerrado, por exemplo.

    RETM UMIDADE? SIM ADUBAO: mensal ONDE ENCONTRADO: nas matas 12) CASCA DA CAJAZEIRA O QUE : casca da rvore frutfera cajazeira (SPNODIAS venulosa).

    As indicadas so as grossas e duras que evitam os cupins e as brocas. VANTAGENS: os vos nas cascas seguram a umidade que ajuda no

    enraizamento. A casca renovvel, o que a torna ecologicamente correta.

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    DESVANTEGENS: difcil de encontrar. Decompe-se facilmente por causa da umidade, do calor e das bactrias. Uma outra preocupao o tanino. Elemento prejudicial que precisa ser eliminado.

    DURABILIDADE: mais de 5 anos. INDICADO PARA: CATTLEYA walkeriana e CATTLEYA nobilior. RETM UMIDADE? NO ADUBAO: semanal ONDE ENCONTRADO: em quase todo o litoral nordestino e no

    sudeste. A retirada da casca no prejudica a rvore por que ela renovvel. 13) CASCA DE SAMBAIBA O QUE : casca da CURATELLA americana, uma arvoreta de 3 m de

    altura parecida com o cajueiro, mas que no d frutos. VANTAGENS: a casca renovvel, o que a torna ecologicamente

    correta. DESVANTEGENS: na hora da coleta, pode gerar acidentes pois

    dentro da casca vivem animais peonhentos como escorpies. DURABILIDADE: mais de 3 anos. INDICADO PARA: CATTLEYA RETM UMIDADE? NO ADUBAO: quinzenal ONDE ENCONTRADO: em todo o cerrado brasileiro e alguns

    estados do NORDESTE. 14) ESFAGNO - FIQUE DE OLHO Apesar de serem apontados como substitutos para o xaxim, estas

    opes apresentam alguns problemas. um musgo retirado da beira dos rios, usado para cultivar mudas de orqudeas a partir de sementes. Apesar de ser encontrado em lojas especializadas, sua coleta proibida pelo IBAMA e ainda no h cultivadores desse tipo de substrato no Brasil. Quem compra esfagno est contribuindo para uma ao extrativista no controlada, igual que ocorre com o xaxim.

    15) PIAAVA FIQUE DE OLHO Obtida da sobra na fabricao de vassouras, um dos substratos que

    muitos orquidfilos esto olhando com desconfiana. Quem j usou, gostou enquanto ela era nova, mas com menos de um ano, surgiram problemas. Por isso, por enquanto bom evita-la, recomenda ERWIN BOHNKE.

    O problema a que ele se refere foi o aparecimento de um fungo que destri as razes da planta. Apesar dessa primeira experincia negativa, ela ainda est em estudo e no foi descartada. No caso da piaava, falta mais pesquisa. Talvez algum pr-tratamento transforme-a em um substrato eficiente, diz BOHNKE.

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    OS PR-REQUISITOS NECESSRIOS

    Para substituir com eficincia o xaxim, o substrato alternativo deve ter as seguintes qualidades:

    - Reter bem os nutrientes depois de cada adubao para libera-lo aos poucos.

    - Ser facilmente encontrado no mercado. - No possuir substncias que sejam txicas para a planta. - Sustentar a planta com firmeza. - Permitir uma boa aerao para razes. - Reter gua na quantidade ideal, sem encharcar. - Manter o pH equilibrado. - Durar de 2 a 3 anos, pelo menos. Como difcil encontrar uma opo que rena todas estas

    caractersticas, a soluo unir um substrato que retenha muita umidade com outro que retenha pouca umidade. Assim, mais fcil produzir um equilbrio para a planta.

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    PRINCIPAIS CRITRIOS NA ESCOLHA DA PLANTA PERFEITA

    Laelias e Cattleyas

    Dendrobiuns

    Cymbidiuns

    Convencionou-se que uma orqudea quase perfeita aquela que se

    encaixa dentro de uma circunferncia imaginria. As suas peas florais (spalas, ptalas e labelo) enquadram-se perfeitamente dentro de dois tringulos eqilteros inversamente sobrepostos, e devem ser o mais redonda possvel, as ptalas sobrepondo-se e as spalas largas e simtricas, evitando vazios. O labelo deve ser proporcional, com o lbulo arredondado, bem plano e de coloridos intensos.

    A FORMA ARREDONDADA NO JULGAMENTO DAS ORQUDEAS

    As formas circulares tambm fazem parte, atualmente, dos critrios

    para julgamento de orqudeas, e foram estabelecidas as seguintes tcnicas: Os segmentos da flor devem se encaixar dentro de uma circunferncia imaginria, Suas ptalas e labelo devem formar um triangulo eqiltero e suas spalas tambm devem estar dispostas de maneira a formar outro triangulo inversamente superposto; As ptalas devem ser as mais redondas possveis. E que se superponham. As spalas devero ser largas e simtricas, evitando vos; O labelo deve ser proporcional, com lbulo frontal arredondado, bem plano; A flor, quando vista de lado, deve ser razoavelmente plana; O labelo deve curvar-se para baixo e no em salincia, em ngulo reto com o plano das ptalas e das spalas.

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    NUTRIO DAS ORQUDEAS Veja como as orqudeas mantm-se sadias nos habitats e como

    podem, com facilidade, adaptar-se s mudanas de substratos. EXEMPLO 1 - Uma touceira de ONCIDIUM varicosum, que

    normalmente uma planta epfita, foi deixada sobre a pedra e a se desenvolveu, adaptando-se ao novo substrato (rupcola).

    Nota-se que as razes, formando uma rede aderente pedra, que tem como funo absorver a umidade e nutrientes. Vemos a um dos mais perfeitos laboratrios de transformaes bioqumicas em que os aparelhos utilizados so os fungos, bactrias e insetos e os reagentes qumicos so os detritos orgnicos (folhas, gravetos, poeiras, etc) e gua proveniente do orvalho da madrugada, da umidade ambiente e eventualmente das chuvas, tendo como catalisador das reaes, a luminosidade e o calor do sol.

    EXEMPLO 2 No topo de um pinheiro, um ponto estratgico para

    distribuio das sementes pelo vento, vemos a pleno sol, uma bela chuva-de-ouro ONCIDIUM varicosum que tem suas flores polinizadas por beija-flor e borboletas. O desenvolvimento destas plantas em rvores (epfitas) o mais normal de ser encontrado nos habitats nativos. realmente impressionante nestas plantas, a resistncia s longas estiagens que temos tido nos ltimos anos.

    EXEMPLO 3 Em um galho com uma planta adulta e muitas

    pequenas mudas desenvolvendo-se aps germinao das sementes. Observamos tambm o acmulo de detritos no meio dos pseudobulbos

    e razes. Muita matria-prima para reserva de umidade e ser transformada em nutrientes que sero transformados desde as razes at as folhas (pelos vasos internos) e, a vamos ter as reaes fsico-qumicas (fotossntese) pela ao do calor e luminosidade do sol. Os nutrientes absorvidos pelas folhas e tambm os transformados pela fotossntese, em especial os sais minerais, faro agora um caminho inverso, dirigindo-se para a planta toda. Todo este transporte feito pela gua absorvida.

    EXEMPLO 4 Uma orqudea nativa em varias regies do pas e que

    gosta muito de alojar-se em troncos de coqueiros e palmeiras CATASETUM fimbriatum. uma planta de grande porte e que requer muito nutriente para seu ciclo de desenvolvimento anual. Em um tronco de coqueiro que no tem galhos laterais difcil entender como poderia acumular detritos orgnicos apenas com razes que lhe permitem a fixao ao tronco. Mas a natureza prpria em recursos. Parte das razes garantem a fixao da planta ao tronco e em grande quantidade, outras crescem para cima, formando um ninho para reter detritos que caem do coqueiro ou que so levados pelo ar. E a planta vive a muito bem nutrida e o melhor: sem pragas ou doenas, comprovando que em plantas bem nutridas, no ocorre ataque de patgenos.

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    EXEMPLO 5 Se percorrermos outras regies podemos encontrar uma planta que normalmente epfita passando para rupcola. Com facilidade, esta mudana ocorre na natureza e, assim tambm, as orqudeas terrestres podem passar a epfitas. E as alteraes funcionais destas plantas so muito pequenas.

    Uma orqudea CYTOPODIUM no meio de troncos de arbusto e com as razes na terra. Esta planta pode ser tambm epfita e com grande desenvolvimento. comum encontra-las tambm em pedras (rupcolas), vegetando a pleno sol. difcil imagina-la vivendo em regies de cerrado com um sol escaldante, e altas temperaturas tpicas destas regies. Temos relatos de que resiste ao fogo de queimadas em cerrados.

    NUTRIO E RESISTNCIA PRAGAS E DOENAS Nos habitats nativos temos um equilbrio entre patgenos e

    predadores. Como as plantas esto livres dos nocivos agentes defensivos qumicos e ene, pe, kas (NPK), aplicados maciamente nos orquidrios amadores e comerciais, elas podem viver e evoluir sem problemas. Em nossos orquidrios, como diz CHABOUSSOU, citado por PRIMAVESI, nossas orqudeas esto doentes de remdios.

    Quando aplicamos defensivos qumicos altamente txicos para as plantas e meio-ambiente, os primeiros a serem atingidos so os fungos e bactrias que as plantas precisam para transformar a matria-prima (detritos orgnicos) em nutrientes e, assim, precisamos constantemente suprir com adubos as deficincias nutricionais que vo aparecendo.

    Como os nutrientes ainda esto sendo aplicados de maneira muito emprica, as plantas vo sendo cada vez mais atacadas por pragas e doenas. E, conseqentemente, vo exigindo cada vez mais pesticidas numa ciranda que no acaba nunca.

    Na natureza, os nutrientes so produzidos pela prpria planta e na quantidade exata de cada elemento. Sem excessos ou deficincias.

    CUIDADOS ESSENCIAIS PARA MANTER A SADE DAS PLANTAS NOS ORQUIDARIOS

    As orqudeas, cultivadas em orquidrios caseiros ou comerciais,

    precisam receber com regularidade suplementao de nutrientes muito bem equilibrada.

    Em todos os habitats de orqudeas que temos visitado, sempre ficamos impressionado com o rigor e exuberncia das plantas. Sejam elas epfitas, rupcolas ou terrestres, o que vemos so plantas sadias e muito bem nutridas. Espcies que, em nossos orquidrios, procuramos dar sombreamento adequado com telas especiais, irrigao e adubao controladas, uma ventilao que julgamos ideal, observao e controle de pragas e doenas, enfim, um cultivo muito bem orientado. Mas, mesmo com tudo isso, nem

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    sempre conseguimos nos aproximar da beleza encontrada nos locais nativos de nossas orqudeas.

    Vejamos agora se no estamos cometendo alguns enganos:

    A NUTRIO DAS ORQUDEAS NOS ORQUIDARIOS CASEIROS E COMERCIAIS

    Conceitos empricos no meio orquidfilo sobre adubao. muito comum encontrar nas exposies de orqudeas adubos sem

    certificao de rgos oficiais controladores na qualidade dos produtos. So composies ou misturas de ingredientes feitas por produtores, que nem sempre entendem de qumica agrcola, da maneira mais emprica possvel.

    Assim, misturam torta de mamona com farinha de osso que, hoje sabemos, resultam em produtos fitotxicos, e estes com outros componentes sem definio correta de elementos nutritivos, como esterco de galinha.

    Quando perguntamos qual a quantidade de cada componente, a resposta sempre revela o desconhecimento do que uma correta adubao: um punhado de cada componente ou metade deste em relao ao outro, e da em diante.

    Se perguntamos, ento, como que ele sabe que estes componentes so bons, mais uma vez observamos o empirismo com que fazem os adubos: porque fulano, que um produtor muito experiente, orientou fazer assim. E como vendem estes saquinhos de adubo nas exposies! E como existem orquidfilos inexperientes que do qualquer comida s suas orqudeas!

    CONCEITOS DE CULTIVO ORGNICO SOBRE ADUBAO

    Na natureza, como vimos anteriormente, as orqudeas acumulam

    grande quantidade de detritos orgnicos em suas touceiras, e com a simbiose de fungos, bactrias, insetos e a ao da umidade, calor e luz do sol, ocorre a decomposio e transformao destes componentes orgnicos em alimentos essenciais para as plantas.

    Nos orquidrios caseiros, onde temos uma boa variedade de espcies, e tambm uma densidade ou acumulo de plantas em pequeno espao, praticamente impossvel pensar em conseguir um cultivo exclusivamente orgnico, como ocorre na natureza.

    Ainda com a aplicao peridica de defensivos qumicos, no temos a necessria ajuda de microorganismos para as transformaes bioqumicas de matria orgnica. Somos, assim, obrigados a suprir a falta de nutrientes com adubos qumicos aplicados com pulverizao folicular ou asperso.

    ADUBAO FOLIAR

    A aplicao de adubos qumicos solveis em gua hoje uma

    realidade que possibilitou o cultivo comercial de grandes quantidades de plantas. Com os equipamentos de irrigao automticos, pela asperso,

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    gotejamento ou nebulizao, podemos simultaneamente irrigar e adubar um orquidrio inteiro em poucos minutos. As folhas das plantas tm possibilidade de absorver a gua pelos estmatos que existem em sua superfcie, em maior quantidade na parte traseira ou adorsal. A abertura destas pequenas bocas depende sempre do equilbrio hdrico da planta.

    Plantas desidratadas absorvem pouco ou nenhum nutrientes. ADUBAO COM IRRIGAO POR GOTEJAMENTO Tambm como a adubao foliar, o gotejamento favorece a aplicao

    de adubos solveis em gua e permite de adubao de nutrientes pelas razes.

    COMPOSIO BSICA DOS ADUBOS Uma composio equilibrada de adubo deve conter os nutrientes

    indispensveis para o bom desenvolvimento da planta em suas diversas fases vegetativas. Podemos dividir estes nutrientes em:

    MACRONUTRIENTES: so aqueles que as plantas necessitam em maior quantidade e temos os principais como NITROGNIO, FSFORO e POTSSIO.

    SECUNDRIOS: CLCIO, MAGNSIO, ENXOFRE, FERRO. MICRONUTRIENTES: so essenciais, porm exigidos em menor

    quantidade. So eles: BORO, CLORO, COBRE, ZINCO, MANGANS, MOLIBDNIO, COBALTO, SILCIO.

    REGULADORES DE CRESCIMENTO: so os hormnios que controlam o desenvolvimento vegetal: CITOCININAS, ALCINAS e GIRBERELINAS.

    OUTROS FATORES QUE FAVORECEM NA ADUBAO ORGNICA:

    1- Regularidade na aplicao 2- Luminosidade 3- Umidade 4- Temperatura 5- Ventilao 6- Nvel de acidez 7- Concentrao das solues: para as orqudeas, sempre prefervel

    uma concentrao baixa, fazendo-se diluies em doses homeopticas e com adubaes mais freqentes do que concentraes maiores e adubaes mais espaadas.

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    ADUBAO Dicas prticas e um pouquinho de teoria, para voc no ter mais

    dvidas sobre este assunto. Toda planta necessita de 14 a 17 elementos qumicos para ter uma

    vida saudvel. Trs destes elementos elas dependem bem mais. So o nitrognio, o fsforo e o potssio. Clcio, magnsio e enxofre ela tambm precisa em quantidade razoveis. Por isso, o grupo destes 6 elementos qumicos chamado de macro-nutrientes. Outros elementos so tambm necessrios, mas em proporo bem menores. Da serem denominados micronutrientes. Entre eles citamos o boro, o zinco, o ferro, o magnsio e o cobre.

    As plantas obtm estes elementos qumicos fundamentalmente do solo, que uma autentica e poderosa fbrica de fertilizantes. Certo. Mas voc perguntaria: e as plantas epfitas, as orqudeas, por exemplo, que vivem sobre as rvores? Bem, elas tm de usar de um estratagema todo especial. Se voc reparar direito, vai ver que, na natureza, na maioria das vezes elas costumam desenvolver-se nas proximidades de forquilhas e axilas de galhos. A razo disso que, nestes locais, sempre acaba se acumulando um pouco de detritos de origem vegetal (sementes, casca, pequenos frutos, folhas, etc.) e de origem animal (penas, excrementos, cartilagens, cascas de ovos, insetos mortos, etc.). Que depois de algum tempo se decompe e se transformam em nutrientes. Em outras palavras, embora vivam por sobre as rvores sem se alimentar delas, de um jeito ou de outro as epfitas sempre encontram os nutrientes que precisam.

    Em vasos, plantadas em substrato inerte (xaxim ou casca de rvores, por exemplo) isso no acontece. Elas ficam privadas deste recurso. Vem da a importncia das fertilizaes.

    REGRA N. 1 Orqudeas devem ser adubadas sim, mas s nos meses quentes ou

    quando esto em pleno desenvolvimento vegetativo. REGRA N. 2 Como o crescimento dessas plantas bastante lento, tolice dar s

    orqudeas doses grandes de fertilizantes de uma s vez. Elas simplesmente no usam, e voc desperdia o fertilizante e joga o seu dinheiro no lixo.

    REGRA N. 3 A luz indispensvel no processo de absoro de fertilizantes atravs

    das folhas. A umidade do substrato tambm fundamental. Quando a planta est desidratada, a absoro foliar diminui drasticamente.

    REGRA N. 4 Evite fazer a adubao nas horas mais quentes do dia. A temperatura

    ideal gira em torno de 20 C. Regar as orqudeas na vspera da adubao foliar tambm muito recomendvel.

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    Genericamente falando, fertilizante qualquer substncia, natural ou manufaturada que, acrescentada ao substrato, incremente o desenvolvimento das plantas. Em outras palavras, qualquer coisa que possa ser aproveitada pela planta como alimento. Quanto origem dos nutrientes, existem dois tipos de fertilizao: a orgnica e a inorgnica.

    ADUBO ORGNICO

    aquele cujos elementos qumicos so provenientes da

    decomposio de matria de origem animal ou vegetal. o caso dos estercos, compostos, farinhas e tortas, como a torta de mamona, por exemplo.

    Antigamente, a adubao orgnica era a nica possibilidade. No caso das orqudeas cultivadas em vaso, no entanto, estes adubos, quando em estado slido, tm o inconveniente de entupirem parcialmente os espaos entres as fibras de xaxim (ou similar), prejudicando a aerao das razes da planta.

    Alm disso, costumam alterar o ndice de pH do substrato e transmitir fungos.

    DICA N. 1

    Se voc quiser fazer adubaes orgnicas nas suas orqudeas, o ideal usar calda de esterco (veja adiante) ou doses mnimas de torta de mamona. Esta

    substncia um subproduto da fabricao do leo de mamona, e muito rica em nitrognio, fsforo e potssio.

    ADUBO ORGNICO (VIAGRA) 70% de torta de mamona 10% de farinha de osso 10% de cinza vegetal 10% de esterco de aves (bem curtido) misture tudo e coloque a quantidade de uma colher de ch sobre o

    substrato, na parte traseira da planta, a cada 3 meses.

    ADUBOS INORGNICOS A partir do smbolo qumico dos 3 elementos mais exigidos por

    qualquer planta, generalizou-se o nome do mais famoso adubo qumico: NPK. So obtidos a partir da extrao mineral ou do refino de petrleo. o

    caso dos fosfatos, cloretos, sulfatos, salitres-do-chile e do famoso NPK. NPK, alis, nada mais do que a representao qumica dos trs

    componentes principais destes adubos. N de nitrognio, P de fsforo e K de potssio os trs elementos qumicos que, como j vimos, as plantas mais dependem para viver.

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    Nitrognio o elemento qumico do qual as plantas necessitam em maior

    quantidade. Estimula a brotao e o enfolhamento, e o responsvel pelo verde sade das folhas.

    DICA N. 2

    Uma dose bem aplicada de nitrognio deixa as folhas das orqudeas mais carnudas e com um verde mais intenso. A falta desse elemento inibe os

    processos vegetativos, reduzindo o tamanho das folhas e dando-lhes uma cor verde-amarelada. A aplicao de nitrognio em excesso, no entanto, acaba

    estimulando demais o crescimento, tornando os tecidos vegetais flcidos e sem resistncia para enfrentar o ataque de pragas e doenas.

    Fsforo outro elemento bsico na vida vegetal. Junto ao nitrognio, fator de

    precocidade e qualidade. Sua ao principal relaciona-se com a florada e a frutificao, com o desenvolvimento de razes e o enrijecimento dos rgos vegetativos.

    DICA N. 3

    As plantas bem nutridas de fsforo so altamente resistentes s doenas. A

    falta deste elemento qumico pode ser notada pela cor avermelhada das folhas, pelo crescimento lento demais e pela pouca exuberncia da florao.

    Potssio um macronutriente com um importante papel na vida vegetal. Sua

    presena na seiva das plantas indispensvel, principalmente para maximizar os efeitos da adubao nitrogenada. Alm de contribuir muito para o desenvolvimento e a sade do sistema radicular.

    DICA N. 4

    Quando o teor de potssio aumenta na seiva, ocorre uma economia de gua nos tecidos das plantas. que este elemento qumico tem a propriedade de regular o fechamento dos estmatos, os poros vegetais, reduzindo as perdas de gua pela transpirao e, portanto, conferindo planta maior resistncia

    falta dgua e baixas temperaturas.

    DICA N. 5

    Durante a fase de crescimento, adube as suas orqudeas a cada 15 dias com adubos foliares, mas deixe para regar 48 aps a aplicao.

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    DICA N. 6

    Evite o uso de gua clorada para misturar com os fertilizantes.

    DICA N. 7

    No esquea que a diferena entre o remdio que cura e o veneno que mata s vezes est apenas na dosagem. Concentraes altas de fertilizantes so

    altamente txicas para as plantas.

    FRMULAS DE ADUBOS QUMICOS MAIS RECOMENDADOS

    PLANTAS ADULTAS Fertilizante lquido NPK 18-18-18 ou 20-20-20, diludo em gua nas

    propores indicadas pelo fabricante e pulverizado sobre as folhas. PLANTAS NOVAS Fertilizante lquido NPK 30-10-10, diludo em gua nas propores

    indicadas pelo fabricante e pulverizao sobre as folhas. NA POCA DA FLORADA Fertilizante lquido NPK 30-10-10, ou 10-30-20, a ser diludo em gua

    nas propores indicadas pelo fabricante, e pulverizado nas folhas a partir do surgimento das espatas (botes) at o final da florao.

    CALDA DE ESTERCO Num balde de 20 litros de gua, deixe em infuso cerca de 1 litro de

    esterco (5% do volume do balde), por 10 dias. Use a calda resultante para diluir na gua das regas das orqudeas,

    numa proporo de mais ou menos 10% de calda para 90% de gua.

    PRAGAS E DOENAS Medidas preventivas so sempre mais eficientes e econmicas que as

    curativas. Contudo, se algum mal acontecer, veja aqui como remediar. Sabe aquele velho ditado popular que diz sempre melhor prevenir do que remediar? Pois . Pelo menos no cultivo de plantas, ele est 100% correto. A exemplo de ns mesmo, dois fatores so fundamentais para evitar pragas e doenas nas plantas: nutrio adequada e higiene.

    Quanto nutrio, no captulo anterior foram dadas todas as informaes necessrias. Sobre higiene, vale as seguintes dicas:

    DICAS