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FUNDAMENTOS DE HARDWARE

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Apostila Fundamentos de Hardware - por Gelber Xavier de Freitas

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  • 1. FUNDAMENTOS DE HARDWARE

2. ________________________________________________________________________________ NDICE INTRODUO ............................................................................................................................. 1 1. EVOLUO HISTRICA DOS COMPUTADORES................................................................... 2 1.1 baco (aproximadamente 3500 a.c)............................................................................... 2 1.2 Bastes de Napier (1610 - 1614)..................................................................................... 2 1.3 Rguas de Clculo (1621)................................................................................................ 3 1.4 Calculadora de Pascal (1642) .......................................................................................... 3 1.5 Calculadora de Leibnitz (1671)........................................................................................ 4 1.6 Placa Perfurada (1801).................................................................................................... 4 1.7 Arithmometer (1820) ...................................................................................................... 5 1.8 Mquina diferencial de Babbage (1823)......................................................................... 5 1.9 Mquina Analtica ........................................................................................................... 6 1.10 Mquina de Hollerith (1886)........................................................................................... 6 1.11 Mark I .............................................................................................................................. 7 1.12 ABC (Atanasoff Berry Computer) .................................................................................... 7 1.13 ENIAC (Electronic Numeric Integrator and Calculator)................................................... 8 1.14 John Von Newman .......................................................................................................... 8 1.15 ALTAIR 8800 .................................................................................................................... 9 1.16 Apple ............................................................................................................................. 10 2. Hardware Bsico ............................................................................................................... 10 2.1 Definio de computador................................................................................................... 11 2.2 Arquitetura de Von Neumann............................................................................................ 12 3. Conceitos bsicos de eletrnica........................................................................................ 12 3.1 Principais grandezas eltricas ............................................................................................ 12 3.2 Lei de Ohm ......................................................................................................................... 13 3.3 Tipos de corrente ............................................................................................................... 13 3.4 Resistores ........................................................................................................................... 13 3.5 Capacitores......................................................................................................................... 14 3.6 Diodos.................................................................................................................................14 3.7 Transistores........................................................................................................................ 15 3.8 CIs ...................................................................................................................................... 15 3.9 Outros componentes importantes em hardware.............................................................. 15 4. Ferramentas bsicas recomendadas ................................................................................16 4.1 Alguns softwares ................................................................................................................ 17 4.2 Ter um local estruturado para fazer a manuteno essencial........................................17 5. Usando o multmetro digital............................................................................................. 17 5.1 Padronizao de Cores e Tenses da Fonte de Computadores......................................... 19 6. Placa-me.......................................................................................................................... 20 6.1 Tipos de placas ...................................................................................................................20 3. ________________________________________________________________________________ 6.2 Alguns dispositivos contidos na placa................................................................................ 22 6.3 Diagrama em bloco de uma placa-me ............................................................................. 30 6.3.1 Exemplo placa-me Gigabyte.................................................................................... 31 7. Memrias.......................................................................................................................... 32 7.1 MEMRIA VIRTUAL............................................................................................................ 32 7.2 Encapsulamentos ............................................................................................................... 32 7.3 Instalao de memrias .....................................................................................................36 8. Outros dispositivos de hardware...................................................................................... 37 8.1 Hard disk.............................................................................................................................37 8.2 Conector de dados ............................................................................................................. 38 8.3 Drives de CD/DVD............................................................................................................... 39 8.4 Placas e conexes diversas................................................................................................. 40 9. Processadores................................................................................................................... 43 9.1 Arquitetura da CPU ............................................................................................................ 44 9.2 Sinais de controle ............................................................................................................... 44 9.3 Encapsulamentos ............................................................................................................... 45 9.4 Arquitetura RISC, CISC e Hbrida ........................................................................................ 46 10. Montagem..................................................................................................................... 46 10.1 Acabamento do gabinete................................................................................................. 47 10.2 Ventilao do gabinete .................................................................................................... 48 10.3 Ligao do painel frontal do Gabinete ............................................................................. 48 11. Procedimentos para configurao do SETUP................................................................ 49 11.1 O que BIOS ?.................................................................................................................. 49 11.2 O Setup............................................................................................................................. 49 12. Reparao...................................................................................................................... 50 12.1 Cdigos de erro da BIOS...................................................................................................50 12.2 Sintomas de defeitos comuns.......................................................................................... 53 12.2.1 Tela escura, sem sons....................................................................................................53 12.2.2 Tela escura com beeps.................................................................................................. 56 12.2.3 No ROM Basic, System Halted......................................................................................56 12.2.4 Teclado troca caracteres............................................................................................... 59 12.2.5 Keyboard Error durante o boot.................................................................................60 12.2.6 Sistema operacional invlido ........................................................................................ 60 12.2.7 HDD Controller Failure ................................................................................................. 61 12.2.8 Mouse inativo............................................................................................................... 61 12.2.9 Imagem sem sincronismo, desde que o PC ligado....................................................62 12.2.10 Imagem sem sincronismo no Windows ...................................................................... 63 12.2.11 CMOS Ckecksum Error Defaults Loaded ..................................................................63 12.2.12 Cursor do mouse no caminha direito na tela............................................................ 63 12.2.13 Erros na memria durante o uso normal do PC.......................................................... 63 4. ________________________________________________________________________________ 12.2.14 Travamentos e falhas no Windows............................................................................. 66 12.2.15 Erros de leitura no disco rgido ................................................................................... 68 12.2.16 PC reseta sozinho ........................................................................................................ 69 12.2.17 Travamento na finalizao do Windows..................................................................... 70 12.2.18 Windows trava na inicializao................................................................................... 70 12.2.19 Limpeza de contatos ................................................................................................... 72 Limpando a poeira ............................................................................................................ 72 Limpando os contatos ....................................................................................................... 72 Limpeza rpida.................................................................................................................. 74 Mau contato em cabos............................................................................................74 Consertando o cabo........................................................................................................... 76 12.2.20 Problemas com o drive de CD-ROM............................................................................ 76 Limpeza na cabea............................................................................................................ 76 Abrindo o drive de CD-ROM ........................................................................................... 77 13. Referncias.................................................................................................................... 79 COMPLEMENTO: 14. Os principais cuidados com os programas ao montar um PC .................................................. 80 5. ________________________________________________________________________________ 1 INTRODUO AO ESTUDO DE HARDWARE Como tudo funciona? Para um leigo, um computador pode parecer uma mquina misteriosa, uma caixa preta onde de alguma forma mstica so guardadas e processadas informaes. Porm, de misterioso os computadores no tm nada. Tudo funciona de maneira ordenada, e at certo ponto simples. O objetivo principal deste trabalho dar uma viso geral sobre os componentes que formam um microcomputador, e como tudo funciona. No decorrer deste trabalho voc conhecer mais a fundo cada componente, aprender a montar e configurar micros padro PC e a solucionar problemas de funcionamento, estando pronto para resolver seus prprios problemas, ajudar amigos, ou mesmo trabalhar na rea de manuteno. Bons estudos! Gelber Xavier de Freitas Abril 2014 6. ________________________________________________________________________________ 2 1. EVOLUO HISTRICA DOS COMPUTADORES 1.1 baco (aproximadamente 3500 a.c) Um instrumento para auxiliar nos clculos. Conhecido em chins como Suan-pan e em japons como Soroban, ainda muito utilizado nos pases asiticos e em alguns centros de ensino pelo mundo. Fig. 1 baco 1.2 Bastes de Napier (1610 - 1614) Passaram-se sculos sem que qualquer inveno ficasse registrada at que fossem criados tais bastes. Eram tabelas mveis de multiplicao e diviso feitas de marfim. O responsvel foi um nobre escocs chamado John Napier, inventor tambm dos logaritmos. Fig. 2 Bastes de Napier 7. ________________________________________________________________________________ 3 1.3 Rguas de Clculo (1621) As tabelas de Napier influenciaram diretamente a inveno da rgua de clculo, concretizada pelo matemtico ingls William Oughtred com uma forma circular considerada como um dos primeiros dispositivos analgicos de computao. A Rgua de Clculo e as calculadoras mecnicas foram largamente utilizadas at 1970, quando surgiram as calculadoras eletrnicas. Fig. 3 Rgua de clculo 1.4 Calculadora de Pascal (1642) Inventada por Blaise Pascal, matemtico francs; construda com rodas dentadas, seu intuito era simplificar o ofcio do pai, que era contador; Conhecida como Pascaline. Fig. 4- Pascaline 8. ________________________________________________________________________________ 4 1.5 Calculadora de Leibnitz (1671) Inventada pelo filsofo e matemtico alemo de Leipzig, Gottfried Wilhelm von Leibnitz , introduziu o conceito de realizar multiplicaes e divises atravs de adies e subtraes sucessivas. Em 1694, a mquina foi construda e apresentava certa evoluo em relao Calculadora de Pascal. Fig. 5 Calculadora de Leibnitz 1.6 Placa Perfurada (1801) Joseph Marie Jacquard introduziu o conceito de armazenamento de informaes em placas perfuradas, que no eram usadas especificamente em processamento de dados, mas para controlar uma mquina de tecelagem. Esse processo despertou j nessa poca, temor pelo desemprego, provocando uma grande reao popular contra essa espcie de pr-automao. Fig. 6 Mquina perfuradora 9. ________________________________________________________________________________ 5 1.7 Arithmometer (1820) Charles Xavier Thomas, projetou e construiu uma mquina capaz de efetuar as 4 operaes aritmticas bsicas: a Arithmometer. Esta foi a primeira calculadora realmente comercializada com sucesso: at 1850 vendeu-se cerca de 1500 Arithmometers. Ela fazia multiplicaes com o mesmo princpio da calculadora de Leibnitz e com a assistncia do usurio efetuava as divises. Fig. 7 Mquina para operaes matemticas bsicas 1.8 Mquina diferencial de Babbage (1823) Charles Babbage, um matemtico e engenheiro britnico, construiu uma mquina - a mquina de diferenas que baseava se tambm no princpio de discos giratrios e era operada por uma simples manivela. Babbage considerado o precursor dos modernos computadores eletrnicos digitais. Fig. 8 Mquina diferencial 10. ________________________________________________________________________________ 6 1.9 Mquina Analtica Em 1833, Babbage projetou uma mquina bastante aperfeioada (com o auxlio de Ada Lovelace), que chamou de Mquina Analtica. Ada uma das poucas mulheres a figurar na histria do computador. Fig. 9 Mquina analtica 1.10 Mquina de Hollerith (1886) Aproximadamente em 1885, Herman Hellerith, funcionrio do Departamento de Recenseamento dos E.U.A., percebeu que a realizao do censo anual demorava cerca de 10 anos para ser concludo e que a maioria das perguntas tinha como resposta sim ou no. Em 1886 idealizou um carto perfurado que guardaria as informaes coletadas no censo e uma mquina capaz de tabular essas informaes. Construiu ento a Mquina de Recenseamento ou Mquina Tabuladora, perfurando-se cerca de 56 milhes de cartes. Fig. 10 Mquina de Hollerith 11. ________________________________________________________________________________ 7 1.11 Mark I Foi criado entre 1937 e 1944, durante a II Guerra Mundial. Uma calculadora eletromecnica muito grande, idealizada por H. Aiken na Universidade de Harvard, foi considerado o primeiro projeto de computador. Utilizava muitas vlvulas, as operaes internas eram controladas por rels e os clculos eram realizados mecanicamente. Integrava conceitos de computadores digitais e analgicos, pois tinha sistema eletrnico e mecnico na mesma mquina. Media 2,5 m de altura e 18 m de comprimento. Fig. 11 Mark I 1.12 ABC (Atanasoff Berry Computer) Criado em 1939. Foi o primeiro a usar vlvulas para circuitos lgicos e o primeiro a ter memria para armazenar dados, princpio no qual se baseiam os computadores digitais. Fig. 12 Computador ABC 12. ________________________________________________________________________________ 8 1.13 ENIAC (Electronic Numeric Integrator and Calculator) Criado entre 1943 e 1946. Foi considerado o primeiro grande computador digital. No usava um programa de armazenamento interno. Os programas eram introduzidos por meio de cabos, o que fazia sua preparao para clculos demorar semanas. Ocupava 170 m, pesava 30 toneladas, funcionava com 18 mil vlvulas e 10 mil capacitores, alm de milhares de resistores a rel, consumindo uma potncia de 150 kW. Como tinha vrios componentes discretos, no funcionava por muitos minutos seguidos sem que um deles quebrasse. Chega a ser em algumas operaes, mil vezes mais rpido que o MARK I. Fig. 13 - ENIAC 1.14 John Von Newman Matemtico hngaro formula nos Estados Unidos a proposio prtica para computadores universais, que armazenam programas em memrias, melhorando o mtodo inicialmente utilizado pelo ENIAC. Esse princpio utilizado nos computadores at hoje. Em 1951 se inicia a produo em srie de computadores (IBM/UNIVAC). Em 1961 chegou o primeiro computador no Brasil: um UNIVAC 1105, ainda com vlvulas, para o IBGE. 13. ________________________________________________________________________________ 9 Fig. 14 IBM/UNIVAC 1.15 ALTAIR 8800 Na dcada de 80, nasceu a Intel, que comeou a desenvolver o primeiro microprocessador, o Intel 4004 de 4 bits, um circuito integrado com 2250 transistores, equivalente ao ENIAC. O 4004 foi seguido pelo Intel 8008 de 8 bits e, mais tarde, pelo Intel 8080. O primeiro microcomputador da histria foi o Altair 8800, que usava o chip Intel 8088, tornou-se padro mundial da poca para os microcomputadores de uso pessoal, abrindo uma nova era na histria da informtica. Fig. 15 Altair 8800 14. ________________________________________________________________________________ 10 1.16 Apple Sthephen Wozniak e Steve Jobs formaram em 1976 uma pequena empresa, a Apple, onde construram, numa garagem de fundo de quintal, o Apple I. Um ano depois, com um novo e melhor projeto, surge o Apple II, primeiro microcomputador com grande sucesso comercial e, mais tarde, o Apple III. Em 1983 entra no mercado o Lisa e em 1984 o Macintosh, com tecnologia de 32 bits. Fig. 16 Apple I Em 1981, a IBM entrou no mercado de micros, introduzindo o PC, um microcomputador com tecnologia de 16 bits (Intel 8088) que em pouco tempo se tornou um padro. E a partir desta poca, at os dias de hoje, a evoluo constante, com processadores cada vez mais rpidos e eficientes. 2. Hardware Bsico Fig. 17 Perifricos de entrada e sada 15. ________________________________________________________________________________ 11 Conjunto de dispositivos eltricos/eletrnicos que englobam a CPU, a memria e os dispositivos de entrada/sada de um sistema de computador. Composto de objetos tangveis: circuitos integrados, placas de circuito impresso, cabos, fontes de alimentao, memrias, impressoras, monitores, teclados etc. Parte fsica, aquela com a qual temos contato. Fig. 18 Algumas partes fsicas 2.1 Definio de computador Fig. 19 - Estrutura bsica de um processo computacional Conjunto de dispositivos eletrnicos interligados, que conseguem executar um determinado trabalho, orientado por um programa e em grande velocidade. 16. ________________________________________________________________________________ 12 2.2 Arquitetura de Von Neumann Uma unidade central de processamento recebe informaes atravs de uma unidade de entrada de dados, processa estas informaes segundo as especificaes de um programa armazenado em uma unidade de memria, e devolve os resultados atravs de uma unidade de sada de dados. Fig. 20 arquitetura de Von Neumann 3. Conceitos bsicos de eletrnica 3.1 Principais grandezas eltricas - Tenso: a diferena de potencial (d.d.p.) eltrico entre dois pontos de um condutor; unidade de medida: Volts (V) - Corrente eltrica: a carga eltrica em movimento ao longo de um condutor; unidade de medida: Ampre (A) - Resistncia: a dificuldade que um condutor oferece passagem de uma corrente eltrica, ou a perda de energia que uma carga sofre ao atravessar um condutor. unidade de medida: ohms () 17. ________________________________________________________________________________ 13 3.2 Lei de Ohm Quanto maior a tenso maior ser a corrente, e quanto maior a resistncia menor ser a corrente. Podemos traduzir isto na seguinte equao: V = R * I 3.3 Tipos de corrente - alternada: caracterizados pelos plos fase (127 a 220V) e neutro. Exemplo: a tomada - contnua: caracterizado por plos positivo e negativo, e no variam no tempo. Exemplo: baterias, pilhas, sada de fonte Fig. 21 Exemplo de corrente alternada e contnua em uma fonte de PC 3.4 Resistores Componente que tem como caracterstica diminuir a corrente ou tenso para uma determinada aplicao. Fig. 22 Simbologia e aspecto de um resistor 18. ________________________________________________________________________________ 14 Tabela 1 Cdigo de cores dos resistores 3.5 Capacitores Componente eletrnico com capacidade de armazenar cargas. Fig. 23 Tipos de capacitores 3.6 Diodos um componente eltrico que permite que a corrente atravesse-o num sentido com muito mais facilidade do que no outro. O tipo mais comum de diodo o diodo semicondutor, no entanto, existem outras tecnologias de diodo. Fig. 24 Aspecto e smbolo de um diodo 19. ________________________________________________________________________________ 15 3.7 Transistores Fig. 25 smbolo e aspecto de um transistor 3.8 CIs Fig. 26 Aspecto de um circuito integrado 3.9 Outros componentes importantes em hardware - Reguladores de tenso: imagem semelhante ao transistor, veja fig. 25. - Fusvel: utilizado por fontes, estabilizadores e filtros, na maioria dos casos este fusvel de 5A; Fig. 27 Fusvel de vidro 20. ________________________________________________________________________________ 16 4. Ferramentas bsicas recomendadas KIT FERRAMENTAS: - Chaves de fenda pequena e mdia; - Chaves Philips pequena e mdia; - Pinas curvas e retas; - Alicates de bico e de corte; Multmetro digital Estao de solda Sugador de solda Chave teste Lupa pequena ou de bancada 21. ________________________________________________________________________________ 17 Soprador de ar - Pincel pequeno e grande; - Lanterna. Tabela 2 Ferramentas bsicas 4.1 Alguns softwares - Windows (XP, Server, Seven, Vista); - Linux; - CD de testes e drivers; - Office; - E outros softwares. 4.2 Ter um local estruturado para fazer a manuteno essencial - Bancada ou mesa com gavetas; - Ambiente com boa iluminao; - Local para colocar os equipamentos (prateleira, armrio, etc); - Computador; 5. Usando o multmetro digital Um multmetro digital pode ajudar bastante nas atividades de hardware, principalmente em manuteno. Com ele voc pode checar as tenses da fonte de alimentao e da rede eltrica, checar o estado da bateria da placa de CPU, etc. Seu custo menor do que voc pensa. Com cerca de 20 reais, voc compra um modelo simples. 22. ________________________________________________________________________________ 18 Fig. 28 Multmetro digital Um multmetro possui duas pontas de prova, uma vermelha e uma preta. A preta deve ser conectada no ponto do multmetro indicado com GND ou COM (este o chamado terra). A ponta de prova vermelha pode ser ligada em outras entradas, mas para a maioria das medidas realizadas, a ligao feita no ponto indicado com V--mA. Uma chave rotativa usada para selecionar o tipo de medida eltrica a ser feita: V para voltagem, para resistncia e mA para corrente. Uma chave usada para a medio de voltagens em AC (corrente alternada) ou DC (corrente contnua). Por exemplo, para medir as tenses da fonte de alimentao, ou a tenso da bateria, usamos a chave em DC. Para medir as tenses da rede eltrica, utilizamos a escala AC. Para cada grandeza eltrica existem vrias escalas. Por exemplo, entre as vrias posies da chave rotativa, podem existir algumas especficas para as seguintes faixas de voltagem: 200 mV, 2 V, 20 V, 200 V e 2000 V. Se voc pretende medir a tenso da bateria da placa de CPU (em torno de 3 volts), no use a escala de 2V, pois tenses acima de 2V sero indicadas como 1,9999 V. Escolha ento a escala de 20V, pois ter condies de fazer a medida esperada. Da mesma forma, para medir a tenso de uma rede eltrica de 220 volts (use AC, pois trata-se de tenso alternada), no escolha a escala de 200 volts, pois a mxima tenso medida ser de 199,99 volts. Escolha ento a escala de 2.000 volts ou outra para tenses elevadas. Como regra geral, sempre que a leitura indicada tem valor mximo ou outra indicao que esteja fora da escala, devemos utilizar uma escala maior. Quando no temos idia aproximada da tenso que vamos medir, devemos comear com a escala de maior valor possvel, pois se medirmos uma tenso muito elevada usando uma escala baixa, podemos danificar o aparelho. Para medir a tenso entre dois pontos, selecione a escala e encoste as pontas de prova nos terminais nos quais a tenso deve ser medida. Muitas vezes queremos fazer medidas de 23. ________________________________________________________________________________ 19 tenso relativas ao terra (o terminal negativo da fonte de alimentao). Voc pode ento fixar a ponta de prova preta em um ponto ligado ao terra (por exemplo, os fios pretos do conector de alimentao da placa de CPU) e usar a outra ponta de prova para medir a tenso no ponto desejado. 5.1 Padronizao de Cores e Tenses da Fonte de Computadores Antes de tentar medir as tenses da fonte deveremos saber que as tenses e cores dos fios so padronizadas, assim sendo todo o fio vermelho ser 5V, amarelo 12V e assim por diante. Note que os conectores podero ser diferentes, mas as cores nunca. Para ficar mais fcil aqui uma lista com as cores dos fios e suas tenses: Vermelho (+5V) Branco (-5V) Preto (Terra ou GND) Verde (PSO) Azul (-12V) Laranja (3.3 V) Amarelo (+12V) Roxo (+5VSB) Cinza (Power) Fig. 29 conectores de uma fonte ATX 24. ________________________________________________________________________________ 20 Atividade prtica: Vamos medir a fonte de um PC, para isso iremos fazer um jumper no conector da fonte entre o fio verde (PSO) e o preto (GND). Verificar a tenso da tomada Verificar a voltagem da bateria da placa-me OBS.: Somente faa as medies em ambiente claro, sossegado e livre de interferncias tais como crianas ou animais, pois um erro ou esbarro poder danificar seu equipamento irremediavelmente. No invente gambiarras ou ferramentas e sempre tenha ateno ao que esteja fazendo. 6. Placa-me Placa-me, tambm denominada mainboard ou motherboard, uma placa de circuito impresso eletrnico/electrnico. considerado o elemento mais importante de um computador, pois tem como funo permitir que o processador se comunique com todos os perifricos instalados. Na placa-me encontramos no s o processador, mas tambm a memria RAM, os circuitos de apoio, as placas controladoras, os conectores do barramento PCI e os chipset, que so os principais circuitos integrados da placa-me e so responsveis pelas comunicaes entre o processador e os demais componentes. 6.1 Tipos de placas - AT: AT a sigla para (Advanced Technology). Trata-se de um tipo de placa-me j antiga. Seu uso foi constante de 1983 at 1996. Um dos fatos que contriburam para que o padro AT deixasse de ser usado (e o ATX fosse criado), o espao interno reduzido, que com a instalao dos vrios cabos do computador (flat cable, alimentao), dificultavam a circulao de ar, acarretando, em alguns casos danos permanentes mquina devido ao super aquecimento. Isso exigia grande habilidade do tcnico montador para aproveitar o espao disponvel da melhor maneira. Alm disso, o conector de alimentao da fonte AT, que ligado placa-me, composto por dois plugs semelhantes (cada um com seis pinos), que devem ser encaixados lado a lado, sendo que os fios de cor preta de cada um devem ficar localizados no meio. Caso esses conectores sejam invertidos e a fonte de alimentao seja ligada, a placa-me ser fatalmente queimada. Com o padro AT, necessrio desligar o computador pelo sistema operacional, aguardar um aviso de que o computador j pode ser desligado e clicar no boto "Power" presente na parte frontal do gabinete. Somente assim o equipamento desligado. Isso se deve a uma limitao das fontes AT, que no foram projetadas para fazer uso do recurso de desligamento automtico. Os modelos AT geralmente so encontrados com slots ISA, EISA, VESA nos primeiro modelos e, ISA e PCI nos mais novos AT (chamando de baby AT quando a placa-me apresenta um tamanho mais reduzido que os dos primeiros modelos AT). Somente um conector "soldado" na prpria placa-me, que no caso, o do teclado que segue o padro DIN e o mouse utiliza a conexo serial. 25. ________________________________________________________________________________ 21 Posio dos slots de memria RAM e socket de CPU sempre em uma mesma regio na placa- me, mesmo quando placas de fabricantes diferentes. Nas placas AT so comuns os slots de memria SIMM ou SDRAM, podendo vir com mais de um dos padres na mesma placa-me. Fig. 30 -Placa tipo AT (antiga) - AT e ATX: Modelo de transio entre o AT e o ATX uma vez que as duas tecnologias so encontradas simultaneamente. Esta uma estratgia criada pelos fabricantes para obterem maior flexibilidade comercial. - ATX: ATX a sigla para (Advanced Technology Extended). Pelo nome, possvel notar que trata-se do padro AT aperfeioado. Um dos principais desenvolvedores do ATX foi a Intel. O objetivo do ATX foi de solucionar os problemas do padro AT (citados anteriormente), o padro apresenta uma srie de melhoras em relao ao anterior. Atualmente todos os computadores novos vm baseados neste padro. Entre as principais caractersticas do ATX, esto: - o maior espao interno, proporcionando uma ventilao adequada, - conectores de teclado e mouse no formato mini-DIM PS/2 (conectores menores) - conectores serial e paralelo ligados diretamente na placa-me, sem a necessidade de cabos, 26. ________________________________________________________________________________ 22 - melhor posicionamento do processador, evitando que o mesmo impea a instalao de placas de expanso por falta de espao. Quanto fonte de alimentao, encontramos melhoras significativas. A comear pelo conector de energia ligado placa-me. Ao contrrio do padro AT, no possvel encaixar o plug de forma invertida. Cada orifcio do conector possui um formato, que dificulta o encaixe errado. A posio dos slots de memria RAM e socket de CPU variam a posio conforme o fabricante. Nestas placas sero encontrados slots de memria SDRAM, Rambus, DDR, DDR- II, podendo vir com mais de um dos padres na mesma placa-me. Geralmente os slots de expanso mais encontrados so os PCI, AGP, AMR/CNR e PCI-Express. As placas mais novas vm com entrada na prpria placa-me para padres de disco rgido IDE ou Serial ATA. Fig. 31 placa tipo ATX 6.2 Alguns dispositivos contidos na placa - Jumpers Todas as placas de CPU, mesmo as mais modernas, possuem uma grande quantidade de jumpers (tambm chamados de "straps"). Tratam-se de pequenas peas plsticas, medindo alguns milmetros, nas quais existem dois contatos ligados internamente. Esses jumpers so encaixados em pinos metlicos existentes nas placas de CPU e nas placas de expanso, e 27. ________________________________________________________________________________ 23 servem para definir determinadas opes de funcionamento a nvel de hardware. Em cada par de pinos metlicos, existem duas opes: com jumper ou sem jumper. Existem tambm trios de pinos metlicos, nos quais existem trs opes de encaixe: 1-2, 2-3 ou sem conexo. Cada uma delas possui um significado diferente. Para saber o exato significado de cada jumper, preciso consultar as instrues existentes no manual da placa em questo. Fig. 32 - jumpers - CMOS e bateria O chip CMOS possui dupla funo: - Um relgio-calendrio - Uma pequena quantidade de memria RAM Graas presena da bateria que mantm o chip CMOS em funcionamento permanente, mesmo quando o computador est desligado, o relgio-calendrio do chip CMOS passa o tempo todo marcando horas, minutos, segundos, dias, meses e anos. A memria RAM possui uma capacidade muito pequena, em geral apenas 64 bytes, mas suficiente para armazenar as diversas opes de funcionamento a nvel de hardware. Alguns exemplos dessas opes so: - A quantidade de memria RAM - O tipo de microprocessador instalado - O nmero e os tipos dos drivers de disquete - Parmetros do disco rgido - Parmetros relacionados com a velocidade de acesso memria - Parmetros relacionados com a velocidade de acesso aos slots - Senhas - Habilitao das interfaces existentes na placa de CPU - Modos de atuao da memria cache Todos esses itens devem ser programados quando feita a instalao da placa de CPU. 28. ________________________________________________________________________________ 24 Fig. 33 Cmos e bateria - Barramentos Barramentos so conjuntos de sinais digitais com os quais o microprocessador comunica-se com o seu exterior. Isto inclui: - Memria - Chips da placa de CPU (Ex: VLSI) - Placas de expanso A maior parte dos sinais digitais que compem os barramentos so originados no prprio microprocessador, a partir dos seus trs barramentos bsicos: - Barramento de dados - Barramento de endereos - Barramento de controle - ISA Este barramento formado pelos slots de 8 e 16 bits existentes nas placas de CPU, e tambm usado internamente nessas placas, para a comunicao entre o microprocessador e determinados dispositivos da placa de CPU, como a interface de teclado, controladores de interrupo, timers e diversos outros circuitos. Do ponto de vista do usurio, o que interessa a presena dos slots de 8 e 16 bits, conhecidos como "Slots ISA". Fig. 34 placa e slot ISA 29. ________________________________________________________________________________ 25 - PCI Ao desenvolver o microprocessador Pentium, a Intel criou tambm um novo barramento, veloz e muito mais verstil. Trata-se do barramento PCI (Peripheral Component Interconnect), usado j nas primeiras placas de CPU Pentium a serem lanadas no mercado. Possui as seguintes caractersticas: - Opera com 32 ou 64 bits - Apresenta taxas de transferncia de at 132 MB/s, com 32 bits - Possui suporte para o padro PnP (Plug and Play) Fig. 35 placa PCI e slots ISA e PCI - Conector para o teclado (ATX) Placas ATX possuem na sua parte traseira, conectores de suas diversas interfaces. Entre eles, encontramos o conector de teclado, padro PS/2. Caso seja necessrio ligar um teclado com conector DIN (o tradicionalmente usado na maioria dos teclados), ser necessrio utilizar um adaptador, normalmente fornecido junto com o gabinete, mas que tambm pode ser comprado em separado, em lojas que revendem produtos de informtica. Fig. 36 conexo com parte traseira da placa 30. ________________________________________________________________________________ 26 - Conector da fonte de alimentao (ATX) As fontes de alimentao ATX utilizam um nico conector de 20 vias, que deve ser ligado na placa de CPU. A figura 8 mostra o conector existente na placa de CPU. Observe que alm da presena de uma guia plstica na parte lateral, os seus furos possuem formatos diferentes, sendo alguns quadrados e outros pentagonais. Isto evita que o conector da fonte seja ligado de forma invertida. Fig. 37 conexo com fonte ATX - Conectores para o painel do gabinete Trata-se de um grupo de pinos metlicos, nos quais devem ser encaixados pequenos conectores existentes nas extremidades dos fios que partem dos dispositivos do painel frontal do gabinete. Existem conexes para os LEDs, boto RESET, boto Power, alto falante, etc. Fig. 38 conectores com painel frontal gabinete - Chipset So muito importantes esses chips, responsveis por vrias tarefas vitais: controle da memria DRAM, controle dos barramentos ISA e PCI, circuitos que formam as interfaces IDE, controladores de DMA e de interrupes, etc. 31. ________________________________________________________________________________ 27 Chip: pastilha Set: conjunto Um dos circuitos mais importantes da placa-me, e todo seu desenvolvimento feito em paralelo com o processador, ento a cada novo processador lanado no mercado, comum que exista apenas um chipset que o suporte. Ex.: Norte e sul Fig. 39 - chipset - BIOS O BIOS (Basic Input/Output System ou Sistema Bsico de Entrada e Sada) um programa que fica armazenado em um chip de memria ROM, localizado na placa de CPU. Junto com o BIOS, nesta mesma ROM, existe tambm um software para fazer a programao da configurao de hardware, atravs da alterao dos dados do chip CMOS. Este programa chamado de CMOS Setup. Fig. 40 - BIOS 32. ________________________________________________________________________________ 28 - AGP Visando obter maior taxa de transferncia entre a placa de CPU e a placa de vdeo (obtendo assim grficos com movimentos mais rpidos), a Intel desenvolveu um novo barramento, prprio para comunicao com placas de vdeo especiais. Trata-se do AGP (Accelerated Graphics Port). Fig. 41 Slot AGP - Conectores das interfaces Fig. 42 conectores IDE e Disquete 33. ________________________________________________________________________________ 29 Fig . 43 - viso geral da placa me Tabela 3 indicaes da viso geral da placa-me 34. ________________________________________________________________________________ 30 6.3 Diagrama em bloco de uma placa-me Fig. 44 Diagrama em bloco genrico 35. ________________________________________________________________________________ 31 6.3.1Exemplo placa-me Gigabyte Fig. 45 Placa Gigabyte e seu diagrama de bloco 36. ________________________________________________________________________________ 32 7. Memrias A memria principal um local de armazenamento de acesso rpido onde so guardadas as instrues e os dados de que a CPU necessita para a execuo de uma dada tarefa. RAM: Quando o computador ligado, carregada na memria RAM a informao (programas e drivers) necessria ao seu funcionamento. Quanto maior for a memria RAM, mais informaes poder guardar, o que se traduz numa maior otimizao. EX.: DIMM, DDR, ETC. ROM: As memrias ROM tm como funo o armazenamento de instrues bsicas sobre o hardware do computador, tais como as rotinas de arranque, rotinas de teste de dispositivos de hardware e todas as instrues necessrias para que o processador reconhea e interaja corretamente com os dispositivos de entrada e sada. EX.: BIOS. - CACHE: MAIS RPIDA: - - CACHE L1: encontra-se dentro do processador ou cache interna. A sua capacidade pode ir at aos 128 Kbytes, divididos em duas partes (uma para dados e outra para instrues). - CACHE L2: encontra-se na motherboard ou dentro do processador (mais recentemente). Quando externa, a sua capacidade depende do chipset presente na motherboard. Quando interna, a capacidade varia de 128 Kbytes a 2 Mbytes. - CACHE L3: encontra-se dentro do processador, e sua capacidade pode chegar at 8 MB, compartilhado (acessvel a todos os ncleos). 7.1 MEMRIA VIRTUAL uma espcie de simulao de memria ram no hd. Pode ser habilitada ou desabilitada pelo usurio do pc. 7.2 Encapsulamentos o padro fsico da memria ram, isto , seu formato, quantidade de vias e tipo de slot utilizado. - Dip: pcs antigos ( fabricados at 1991), so encaixados em conectores diretamente na placa me, que alm de ocupar muito espao fsico, so difceis de encaixar. Fig. 46 memria DIP 37. ________________________________________________________________________________ 33 - SIPP: esse tipo encapsulamento uma espcie de evoluo do DIP. A principal diferena que esse tipo de memria possui, na verdade, um conjunto de chips DIP que formavam um pente de memria. O padro SIPP foi aplicado em placas-me de processadores 286 e 386. Fig. 47 memria SIPP - SIMM/30: Foi o primeiro tipo a usar um slot (um tipo de conector de encaixe) para sua conexo placa-me. Existiram pentes no padro SIMM com capacidade de armazenamento de 1 MB a 16 MB. Este tipo foi muito usado nas plataformas 386 e 486 (primeiros modelos). Fig. 48 memria SIMM/30 - SIMM/72: Usado principalmente nas placas de CPU Pentium com barramento de dados 64 bits. Fig. 49 comparao entre SIMM/72 e SIMM/30 38. ________________________________________________________________________________ 34 - DIMM/168: Tm um total de 168 terminais, sendo 84 na face frontal e 84 na face posterior. Mdulos DIMM/168 operam com 64 bits simultneos. Fig. 50 memria DIMM - DIMM/184: Tambm conhecido como DDR. Tem o mesmo tamanho que o DIMM/168, porm com um corte. Fig. 51 diferena entre DIMM e DDR - RIMM/184: Encapsulamento RAMBUS, extremamente caras. DESVANTAGEM: Placas que utilizam mdulos RIMMs no podem ficar com slots vazios, sendo necessrio um mdulo de continuidade C-RIMM. 39. ________________________________________________________________________________ 35 Fig. 52 memria RIMM e C-RIMM - DIMM/240: Tambm conhecida como DDR2, sendo 120 contatos de cada lado. Fig. 53 memria DDR2 - DDR3: Os mdulos DDR3 utilizam os mesmos 240 contatos dos mdulos DDR2 e mantm o mesmo formato. A nica diferena visvel (fora etiquetas e cdigos de identificao) a mudana na posio do chanfro, que passou a ser posicionado mais prximo do canto do mdulo. Fig. 54 memria DDR3 40. ________________________________________________________________________________ 36 Fig. 55 comparao entre as 3 DDRs 7.3 Instalao de memrias Os mdulos DIMM/168, DIMM/184, RIMM/184 e DIMM/240 so instalados nos slots de forma idntica. A principal diferena est na quantidade de cortes de cada mdulo, o que impede de ser instalado em um slot no projetado para ele. Veja: 41. ________________________________________________________________________________ 37 Fig. 56 encaixando e soltando a memria 8. Outros dispositivos de hardware 8.1 Hard disk Tambm conhecido como winchester, trata-se de um aparelho responsvel por armazenar informaes permanentemente nos computadores. Fig. 57 HD por dentro 42. ________________________________________________________________________________ 38 Fig. 58 Diviso de trilhas e setores Para armazenar e localizar dados em um HD, um dispositivo chamado controlador (ou controladora) se utiliza de informaes conhecidas por nmero de trilhas, setores e cilindros. Fig. 59 Viso parte de conexes do HD 8.2 Conector de dados Fig. 60 - Cabo Flat IDE de 40 ou 80 Vias 43. ________________________________________________________________________________ 39 - Cabo SATA: trabalha com taxas de transferncia superiores ao IDE Fig. 61 Cabo SATA Antigamente o drive de disquete era de 5 , atualmente o drive utilizado o 3 . Fig. 62 - Cabo flat para conexo do disquete 8.3 Drives de CD/DVD Fig. 63 viso traseira de um drive de CD/DVD com conexo IDE 44. ________________________________________________________________________________ 40 8.4 Placas e conexes diversas - Conector Serial e Paralela: Fig. 64 Porta serial e paralela - Placa de vdeo: Fig. 65 Demonstrao de conexo do cabo VGA a placa 45. ________________________________________________________________________________ 41 - Placa de udio: Fig. 66 placa de udio PCI - Placa de rede: Fig. 67 Placa de rede com BNC e RJ-45 - Conector fonte AT: Fig. 68 ligao de fonte AT a placa-me 46. ________________________________________________________________________________ 42 - Sadas da fonte: Fig. 69 conexes de disquete, CD/DVD e HD - Conexes do cooler: Fig. 70 Conexo do cooler do processador a placa-me - Espaadores e parafusos: 47. ________________________________________________________________________________ 43 Fig. 71 Espaadores e indicao de locais para fixao da placa-me Fig. 72 diferena entre os parafusos do gabinete, placas e drives 9. Processadores Os processadores (ou CPUs, de Central Processing Unit) so chips responsveis pela execuo de clculos, decises lgicas e instrues que resultam em todas as tarefas que um computador pode fazer e, por esse motivo, so tambm referenciados como "crebros" dessas mquinas. 48. ________________________________________________________________________________ 44 9.1 Arquitetura da CPU Fig. 73 CPU internamente ULA: executa todas as operaes aritmticas e lgicas; Registradores: onde os dados so temporariamente armazenados; Deles, a ULA, extra as instrues sobre as operaes especficas a serem realizadas e sobre o segmento da memria RAM onde esvaziar seus resultados depois de executar todas as instrues; Controle: controla o fluxo de informaes e a ordem de execuo do programa; Relgio: sincroniza perfeitamente a execuo das operaes. 9.2 Sinais de controle Cada pino do processador tem uma determinada funo, ou sinal. O mais importante deles o clock, que serve para sincronizar todo o funcionamento do processador, ou seja, todos os circuitos do PC trocaro informaes no momento em que o clock permitir. 49. ________________________________________________________________________________ 45 Exemplo: Plataforma dos processadores QUAD Core da Intel Fig. 74 Comunicao entre CPU e RAM com intermdio do chipset norte 9.3 Encapsulamentos Fig. 75 tipos de CPUs e soquetes 50. ________________________________________________________________________________ 46 9.4 Arquitetura RISC, CISC e Hbrida CISC: computador de conjunto de instrues complexo. Possui muitas instrues e lento. RISC: computador de conjunto de instrues reduzido. So mais simples, menores e rpidos. Hbrido: computador de conjunto complexo e reduzido de instrues, ou seja, a juno da CISC e RISC. Obs.: a arquitetura CISC foi usada at os processadores Pentium e Pentium MMX, a partir do Pentium II usada a arquitetura Hbrida. 10. Montagem Fig. 76 placas e perifricos acoplados a Placa-me 51. ________________________________________________________________________________ 47 10.1 Acabamento do gabinete Ao encaixar a placa-me no gabinete, no esquecer de remover a chapa metlica padro do gabinete e inserir o espelho prprio que acompanha a placa-me, conforme ilustra a figura abaixo: Fig. 77 vista traseira do gabinete 52. ________________________________________________________________________________ 48 10.2 Ventilao do gabinete A temperatura mxima admissvel em um gabinete de 45C. Quando terminar de encaixar todas as placas e cabos deve-se organizar toda a fiao interna de modo a no interromper a renovao de ar, conforme ilustra a figura abaixo: Fig. 78 Processo de refrigerao interna 10.3 Ligao do painel frontal do Gabinete Fig. 79 parte frontal de um gabinete AT 53. ________________________________________________________________________________ 49 11. Procedimentos para configurao do SETUP 11.1 O que BIOS ? Bios (Basic Input/Output System) nada mais que um programa que localiza e identifica os componentes bsicos para o funcionamento do computador e para que o sistema possa ser carregado. 11.2 O Setup J o Setup contm todas as informaes para que o sistema reconhea os componentes instalados no computador: se qualquer dispositivo no for identificado ou localizado pelo BIOS, voc ter problemas para faz-lo funcionar no sistema operacional. Para acessar o Setup do computador, quando o mesmo ligado aparecer uma mensagem semelhante a esta :"Pressione a tecla para rodar o Setup". Pressione-a e aparecer esta tela: (este um Setup do fabricante do BIOS chamado "Award", sendo que cada placa-me tem uma verso de Setup, variando os fabricantes e verses.) Fig. 80 tela principal de uma BIOS AWARD Uma dica: nunca altere mais de uma opo ao mesmo tempo no Setup: altere sempre uma opo de cada vez pois se seu computador apresentar problemas, voc saber onde alterou para que volte a opo anterior. Se voc alterar vrias opes de uma nica vez ficar mais difcil saber onde est o problema... 54. ________________________________________________________________________________ 50 12. Reparao 12.1 Cdigos de erro da BIOS Durante o boot, o BIOS realiza uma srie de testes, visando detectar com exatido os componentes de hardware instalados no micro. Este teste chamado de POST (pronuncia-se poust), acrnimo de "Power-On Self Test". Os dados do POST so mostrados durante a inicializao, na forma da tabela que aparece antes do carregamento do sistema operacional, indicando a quantidade de memria instalada, assim como os discos rgidos, drives de disquetes, portas seriais e paralelas e drives de CD-ROM padro IDE instalados no micro. Alm de detectar o hardware instalado, a funo do POST verificar se tudo est funcionando corretamente. Caso seja detectado algum problema em um componente vital para o funcionamento do sistema, como as memrias, processador ou placa de vdeo, o BIOS emitir uma certa seqncia de bips sonoros, alertando sobre o problema. Problemas menores, como conflitos de endereos, problemas com o teclado, ou falhas do disco rgido sero mostrados na forma de mensagens na tela. O cdigo de bips varia de acordo com a marca do BIOS (Award ou AMI, por exemplo) podendo tambm haver pequenas mudanas de uma placa me para outra. Geralmente, o manual da placa me traz uma tabela com as seqncias de bips usadas. As instrues a seguir lhe serviro como referncia caso no tenha em mos o manual da placa me: AMI BIOS Tone POST Codes Apito Condio de Erro 1 curto Atualizao de DRAM 2 curtos Circuito de Paridade 3 curtos Memria Base 64K RAM 4 curtos Timer do Sistema 5 curtos Processador 6 curtos Controlador de teclado - gate A20 7 curtos Virtual mode exception 8 curtos Teste de memria (read/write) de vdeo 9 curtos ROM BIOS checksum 10 curtos CMOS shutdown read/write 11 curtos Memria Cache 1 longo, 3 curtos Memria Convencional/extendida 1 longo, 8 curtos Teste de Display/retrace AWARD BIOS Tone POST Codes Apito Condio de Erro 1 longo, 2 curtos Erro de Display - no possvel mostrar outras informaes Qualquer outro Erro de memria RAM 55. ________________________________________________________________________________ 51 *Demais problemas ou condies so mostrados na tela Phoenix BIOS Tone POST Codes - Erros Fatais Apito Condio Nenhum teste de registro de CPU Nenhum teste dos 64K RAM iniciais Nenhum Procedimento de carregamento do vetor de interrupo Nenhum falha de fora CMOS/clculo do checksum Nenhum Procedimento de validao de configurao de vdeo Nenhum vdeo funcionando com vdeo ROM Nenhum vdeo funcional Nenhum vdeo Monocromtico funcional Nenhum vdeo CGA funcional 1-1-3 CMOS write/read 1-1-4 ROM BIOS checksum 1-2-1 Timer do Sistema 1-2-2 inicializao do DMA 1-2-3 registro da pgina de DMA (write/read) 1-3-1 verificao da atualizao da memria RAM 1-3-3 chip dos 64K RAM iniciais ou linha de dados 1-3-4 lgica odd/even dos 64K RAM iniciais 1-4-1 endereo de linha dos 64K RAM iniciais 1-4-2 falha de paridade nos 64K RAM iniciais 2-1-1 Bit 0, 64K RAM iniciais 2-1-2 Bit 1, 64K RAM iniciais 2-1-3 Bit 2, 64K RAM iniciais 2-1-4 Bit 3, 64K RAM iniciais 2-2-1 Bit 4, 64K RAM iniciais 2-2-2 Bit 5, 64K RAM iniciais 2-2-3 Bit 6, 64K RAM iniciais 2-2-4 Bit 7, 64K RAM iniciais 2-3-1 Bit 8, 64K RAM iniciais 2-3-2 Bit 9, 64K RAM iniciais 2-3-3 Bit 10, 64K RAM iniciais 2-3-4 Bit 11, 64K RAM iniciais 2-4-1 Bit 12, 64K RAM iniciais 2-4-2 Bit 13, 64K RAM iniciais 2-4-3 Bit 14, 64K RAM iniciais 2-4-4 Bit 15, 64K RAM iniciais 3-1-1 registro de DMA Slave 56. ________________________________________________________________________________ 52 3-1-2 registro de DMA Master 3-1-3 Registrador da interrupo Master 3-1-4 Registrador da interrupo Slave 3-2-4 controlador de teclado 3-3-4 inicializao do vdeo 3-4-1 retrace do vdeo 3-4-2 procura por ROM de vdeo em processamento 4-2-1 teste da interrupo do Timer 4-2-2 teste de Shutdown 4-2-3 falha na porta A20 4-2-4 interrupo inesperada em modo protegido 4-3-1 teste de RAM (endereo da falha >FFFFh) 4-3-3 Intervalo do timer canal 2 4-3-4 relgio do sistema 4-4-1 porta Serial 4-4-2 porta Paralela 4-4-3 teste do co-processador matemtico 1-1-2* seleo da placa de sistema 1-1-3* Extender CMOS RAM *cdigo de udio precedido por tom mais grave IBM POST Tone Codes Apito Condio Nenhum placa me, fonte 1 curto Sistema passou por todos os testes 2 curtos Erro de display contnuo Placa me, fonte 1 longo, 1 curto placa mes 1 longo, 2 curtos placa de vdeo 1 longo, 3 curtos EGA 3 longos carto 3270 Tabela 4 cdigos de erro da BIOS 57. ________________________________________________________________________________ 53 12.2 Sintomas de defeitos comuns Vejamos agora alguns sintomas de problemas tpicos que podem ocorrer com um PC. Para cada sintoma, sero indicadas as causas provveis e as suas solues: 12.2.1 Tela escura, sem sons Voc liga o computador e a tela fica apagada. Nenhum som emitido pelo alto falante. Parece que o computador est completamente inativo. Faa o seguinte: 1) Cheque se o monitor est ligado e conectado corretamente 2) Verifique se a chave 110/220 na parte traseira da fonte est correta 3) Confira as conexes da fonte 4) Veja se as placas de expanso esto bem encaixadas nos slots 5) Verifique o cabo flat IDE 6) Teste a fonte 7) Verifique os jumpers da placa de CPU 8) Verifique as memrias 9) Desmonte o PC e monte-o por partes 10) Use uma placa de diagnstico Monitor - A ausncia de POST pode ter uma causa bastante simples, um erro gros- seiro, mas tambm pode ser causada por um problema bastante srio. Comece verificando se o monitor est ligado e se seus cabos esto conectados. Se possvel teste o monitor em outro computador. Placa de vdeo - A placa de vdeo pode estar defeituosa ou mal conectada. Quando a placa de vdeo no funciona, no aparece imagem no monitor, e o alto falante emite beeps para indicar o erro. Entretanto, tambm possvel que durante o teste da placa de vdeo reali- zado no POST, o BIOS apresente um travamento causado pela placa de vdeo defeituosa. No conseguiria portanto informar o erro atravs de beeps. Verifique ento se a placa de vdeo est encaixada corretamente. Depois de testar a fonte, voc pode ainda experimentar colocar uma outra placa de vdeo no PC, apenas para efeito de teste. Observe que se a placa antiga estiver defeituosa, a nova placa enviar imagem ao monitor, voc poder executar um boot no modo 58. ________________________________________________________________________________ 54 MS-DOS, mas a placa no funcionar corretamente no Windows, pois estar sendo usado o driver de vdeo da placa original. Conexo da fonte - Tambm possvel que a fonte de alimentao no esteja cor- retamente conectada na placa de CPU. Verifique se esta conexo est correta. Placas de expanso Quando uma placa de expanso est mal encaixada pode causar travamentos quando o PC ligado. Verifique se todas elas esto corretamente encaixadas nos seus slots. As placas devem ser aparafusadas no gabinete, caso contrrio podem soltar com muita facilidade. Cabo flat IDE - Se o PC ficou com tela escura e inativo logo depois que voc fez alguma alterao nas conexes dos dispositivos IDE, provavelmente a est a razo do problema. Voc pode ter encaixado o cabo flat IDE de forma invertida, ou na interface IDE, ou em algum dos dispositivos IDE. Fonte - A fonte de alimentao sempre suspeita em quase todas as anomalias que ocorrem em um PC. preciso verificar se suas tenses esto dentro da faixa de tolerncia permitida, e tambm se existe ripple. Processador - O processador pode estar programado com clocks errados, ou pode ter sido danificado por configurao de clocks e voltagens erradas, ou pelo fato do cooler ter pa- rado ou ficado solto. Se o cooler estiver parado ou solto, possvel que isto tenha causado o superaquecimento do processador, danificando-o. Ser preciso trocar o processador. A configurao de voltagem do processador importantssima. Quando um pro- cessador est programado com uma voltagem errada, ou no funcionar, ou travar depois de poucos minutos, ou ento poder ficar aquecido e queimar. Em PCs que utilizam overclock (processador operando com clock mais elevado que o permitido), o processador poder ter queimado, ou simplesmente ter deixado de aceitar o clock elevado, devido ao desgaste. Confira portanto se o clock interno e o externo esto corretamente configurados. Memrias - Falha nas memrias tambm pode causar este problema. Quando existe pelo menos uma quantidade mnima de memria RAM em boas condies, o POST pode funcionar, pelo menos a ponto de emitir um cdigo de beeps para indicar que a memria est ruim. Entretanto, quando no existe memria alguma disponvel, o POST no consegue operar e o processador fica paralisado. Uma memria DRAM instalada no primeiro banco, ao estar mal encaixada, com mau contato, defeituosa, ou mesmo sendo do tipo errado (tempo de acesso inadequado, mistura de FPM com EDO, por exemplo) pode causar este problema. Placas de diagnstico - Muito valiosa a ajuda de placas de diagnstico como a PC Sentry e a Omni Analyzer (www.spider.com.br). Essas placas possuem um display hexadecimal que exibe um cdigo atravs do qual podemos identificar em qual etapa o POST foi paralisado. Podemos ento direcionar os testes para aquele componente. 59. ________________________________________________________________________________ 55 Desmontar para testar - Em casos de ausncia de POST, possvel que algum componente esteja causando um curto-circuito ou outro efeito que resulte em travamento. Desta forma o processador pode no funcionar, ou o POST pode travar nas suas etapas iniciais. O procedimento recomendvel neste caso desconectar todos os mdulos do PC, e conect-los por partes. Comece retirando todas as placas de expanso. Desconecte todos os cabos flat que estiverem ligados na placa de CPU. Desfaa as conexes do painel frontal do gabinete, deixando apenas o Reset e o PC Speaker. No caso de gabinetes ATX, deixe tambm conectado o Power Switch. Desconecte o teclado, mouse, impressora, caixas de som e demais dispositivos externos. O PC ficar apenas com a fonte ligada na placa de CPU, que por sua vez estar ligada no Reset e Speaker (e Power Switch no caso de gabinetes ATX). Ligue agora o computador e espere alguns minutos at a emisso de beeps. Se os beeps no ocorrerem, tudo indica que existe um defeito, ou na placa de CPU ou na fonte. Caso voc tenha medido as tenses da fonte e esteja tudo OK, muito provvel que o problema esteja na placa de CPU. O ideal nesse caso substituir a fonte por uma em bom estado, para ter a certeza absoluta de que a fonte original no a causadora do problema. Voc dever ento fazer o conserto da placa de CPU, e se no for possvel, fazer a sua troca. Mais adiante neste captulo mostraremos que tipos de conserto podem ser feitos na placa de CPU. Se depois de deixar o PC quase todo desmontado, voc finalmente conseguir ouvir beeps emitidos pelo PC Speaker, temos um bom sinal. Significa que o componente causador do problema um daqueles que voc retirou. O PC est melhor que antes, pois nem estava conseguindo emitir beeps. Consulte a tabela de Beep error codes no manual da placa de CPU para identificar o problema detectado. Monte o PC aos poucos, adicionando os componentes originais, at o problema se manifestar novamente. Recomendamos a seguinte ordem: 1) Conecte a placa de vdeo e o monitor, ligue para testar 2) Conecte o teclado, ligue para testar 3) Conecte o drive de disquetes, tente executar um boot por disquete 4) Conecte o disco rgido, tente executar um boot limpo pelo disco rgido 5) Conecte o mouse e tente executar um boot limpo 6) Conecte a impressora tente executar um boot limpo 7) Conecte cada uma das placas de expanso e tente executar um boot limpo Tabela 5 Sequncia de montagem do PC 60. ________________________________________________________________________________ 56 Em um desses testes, voc ver que o problema retornou. Se no retornar, significa que alguma conexo estava errada, e ao desmontar e montar, o problema foi solucionado. Pode ter sido uma conexo errada, ou ento algum mau contato. Se as placas estiverem com poeira, possvel que a oxidao e a prpria poeira estejam causando mau contato. Faa ento uma limpeza geral de contatos. 12.2.2 Tela escura com beeps Tela escura com emisso de beeps pelo PC Speaker um defeito menos ruim que tela escura sem emisso de beeps. Voc deve consultar a tabela de cdigos de erro existente no manual da sua placa de CPU. Voc poder desta forma investigar a causa do problema. Este problema recai portanto no problema anterior (tela escura sem beeps) que acabamos de apresentar. Certas placas de CPU emitem beeps indefinidamente ao serem ligadas com um mdulo de memria defeituoso ou incompatvel, ou ento quando o cooler do processador no est conectado corretamente. Normalmente a conexo do cooler na placa de CPU chamada CPU FAN. O BIOS d a partida em baixa velocidade, e ao detectar que no existe rotao no cooler (pode estar desligado ou ligado no conector errado), produz a seqncia de beeps e paralisa o sistema, evitando que o uso do clock normal sobreaquea e danifique o processador. A tela escura com beeps tambm pode ocorrer quando a placa de vdeo est mal encaixada no seu slot, o que costuma ocorrer muito em gabinetes de preciso mecnica ruim. 12.2.3 No ROM Basic, System Halted Essa mensagem de erro indica que o PC no conseguiu realizar o boot, nem pelo disco rgido, nem por disquete. Como a seqncia de boot normal primeiro tentar o drive A, para em caso de falha, tentar o disco rgido, esta mensagem sempre indicar que existe algo de errado com o disco rgido. Os problemas possveis so: O disco rgido, ou a interface IDE, ou o cabo flat est defeituoso O disco rgido no est declarado no CMOS Setup O disco est com parmetros errados no CMOS Setup Existe erro na configurao de jumpers do disco rgido A partio primria do disco rgido no est ativa O disco rgido foi atacado por vrus O disco rgido no est particionado O disco rgido no est formatado O cabo flat IDE de 80 vias est ligado de forma errada. A mensagem No ROM Basic, System Halted pode trazer a m notcia de que existe um componente defeituoso. Pode ser um defeito no disco rgido, o que seria um grande 61. ________________________________________________________________________________ 57 transtorno. Pode ser um defeito na interface IDE, o que tambm dar trabalho e ter um custo para solucionar, mas pelo menos os dados do disco estaro a salvo. O cabo flat tambm pode estar defeituoso, o que representa um prejuzo mnimo. Mas antes de colocar esses componentes sob suspeita, outras verificaes devem ser feitas. Conferir as conexes - Devemos checar se as conexes do cabo flat na sua interface e no disco rgido esto perfeitas. possvel ainda que um outro dispositivo ligado na mesma interface IDE onde est ligado o disco rgido esteja com a conexo frouxa. Tambm preciso conferir a ligao da fonte de alimentao no disco rgido. Tome cuidado com o cabo flat IDE de 80 vias. Os conectores das duas extremidades no so iguais, como ocorre com os cabos de 40 vias. O conector mais afastado dos outros dois (muitas vezes este conector azul) o que deve ser ligado na interface IDE. Fonte - Tambm neste caso preciso checar as tenses da fonte de alimentao, j que quando a fonte no est em perfeitas condies, vrios defeitos podem ocorrer em diversos componentes do PC. Interferncia da fonte - Muitos gabinetes possuem um local para a instalao do disco rgido, acima ou abaixo da fonte de alimentao. Se o disco rgido est instalado deste forma, procure remanej-lo para outro local. Se no for possvel, faa com que a carcaa do disco fique voltada para a fonte. Quando a placa de circuito do disco rgido fica voltada para a fonte (quando o HD est prximo da fonte), comum ocorrerem interferncias que prejudicam o funcionamento do disco rgido. Confira tambm se os jumpers Master/Slave do disco rgido esto configurados de forma correta. Parmetros no Setup - O prximo passo verificar se o disco rgido est declarado corretamente no Standard CMOS Setup: nmero de cabeas, nmero de setores e nmero de cilindros. Em caso de problemas, comece simplificando outros parmetros, como: IDE block mode : desabilitar IDE 32 bit transfers : desabilitar PIO Mode : programe com zero IDE Ultra DMA : desabilitar Procure descobrir os parmetros corretos do disco rgido. Muitas vezes essas infor- maes esto impressas na sua carcaa. Pode tambm ser usado o comando Auto Detect IDE. Se tiver o manual do disco rgido, l tambm esto indicados esses parmetros. Feita a programao, tente executar um boot pelo disco rgido. Seqncia de boot Verifique no CMOS Setup como est definida a seqncia de boot. Por exemplo, quando deixamos na opo CD-ROM / C: e fazemos a instalao do Windows XP, o boot ser feito pelo CD-ROM mesmo depois que o sistema estiver instalado. Se retirarmos o CD-ROM e no alterarmos a seqncia para C: / CD-ROM, o sistema poder apresentar erro no boot. 62. ________________________________________________________________________________ 58 Problemas nas parties - Se mesmo assim a mensagem de erro persistir, execute um boot atravs de um disquete. Acesse agora o disco rgido, usando por exemplo o comando DIR C:. Se o disco rgido for acessado normalmente com este comando, e mesmo assim o boot por ele no for possvel, provavelmente falta declarar a sua partio primria como ativa. Execute o programa FDISK, da mesma verso do sistema operacional existente no disco rgido, e use o comando 2 Definir partio ativa. Declare ento que a partio primria (partio 1) deve ser ativa. Depois de sair do FDISK, o boot j poder ser executado pelo drive C. Formatao lgica e vrus - Talvez o problema no seja causado pelo fato da partio no estar ativa. Pode ser que ao usar o comando DIR C: ocorra algum tipo de erro, como: Unidade invlida Tipo de mdia invlido lendo a unidade C- O problema ento mais srio, e provavelmente ser preciso usar o programa FORMAT e/ou o FDISK, com perda dos dados que estavam no disco rgido. possvel que o disco rgido no esteja sendo acessado por no estar formatado, ou no estar particionado. Se o disco rgido estava funcionando perfeitamente e passou a apresentar este problema, significa que reas vitais localizadas no seu incio (tabela de parties, setor de boot, FAT e diretrio raiz) foram afetadas, ou por um vrus, ou por um transiente na rede eltrica. Para recuperar o disco rgido sem perder os dados que anteriormente estavam no disco rgido, ser preciso usar o programa Image do Norton Utilities. Tambm ser preciso que o programa Image seja executado a cada boot, tornando possvel uma eventual recuperao em um caso como este. No ser possvel recuperar dados de um disco com o programa Image se ele no tiver sido previamente utilizado para fazer uma cpia das reas vitais do disco. Se o disco rgido estava vazio, ou se por algum outro motivo podemos descartar os seus dados, podemos resolver o problema usando os programas FDISK e FORMAT. Se o programa Image do Norton Utilities no foi previamente utilizado, provavelmente no ser possvel recuperar os dados. O disco rgido, depois de reparado, ficar vazio. Comece ento fazendo uma verificao de vrus no disco rgido. Para isto ser preciso executar um boot com um disquete contendo um programa anti-vrus. Suponha que no foram detectados vrus, mas ao executarmos o boot com um disquete e usarmos o comando DIR C:, a mensagem de erro apresentada tenha sido: Tipo de mdia invlido lendo a unidade C Significa que a formatao lgica est ausente ou errada, pois o tipo de mdia (Media Type) uma das informaes gravadas pelo programa FORMAT.COM. Usamos ento o comando: FORMAT C: /S 63. ________________________________________________________________________________ 59 Depois desta formatao lgica, o boot poder ser realizado pelo drive C. Entretanto, este drive estar vazio, seus dados tero sido apagados. Suponha que ao tentar acessar o drive C depois de um boot pelo drive A, a mensagem de erro tenha sido: Unidade invlida Tente ento usar, a partir do disquete, o comando: FDISK /MBR Tente agora realizar um boot pelo drive A e a seguir usar o comando DIR C:. Isto dever trazer de volta o drive, ou pelo menos mudar a mensagem de erro para Tipo de mdia invlido. Se for desta forma, use agora o comando FORMAT C: /S Se o comando FDISK /MBR no resolver, ser preciso usar o FDISK para criar e ativar a partio primria. Execute ento outro boot com o disquete e use o programa FORMAT. OBS: O Windows ME e o Windows XP no executam boot pelo disco rgido no modo MS-DOS, somente no modo Windows. Nesses sistemas, o boot no modo MS-DOS s pode ser feito atravs de disquete. Defeito de hardware - Se tudo isso foi feito e o disco rgido no funcionou, possvel que exista um defeito de hardware. Ser preciso usar o mtodo do troca-troca para descobrir se o problema est no disco rgido, ou na interface IDE, ou no cabo flat. Note ainda que nesse caso, apesar de poder aparecer a mensagem No ROM Basic, tambm comum ocorrerem durante o POST, mensagens como: HDD Controller Failure Primary Master Error Atravs de substituies voc fatalmente descobrir onde est o defeito. 12.2.4 Teclado troca caracteres O problema pode ser um defeito no teclado, e a substituio por um novo ser a soluo. Se o problema persistir mesmo com um teclado bom, ento provavelmente est localizado na interface de teclado. Nos PCs atuais esta interface est localizada no Super I/O, portanto em caso de defeito na interface a placa de CPU estar perdida. Uma soluo utilizar um teclado USB, deixando de lado a interface de teclado comum. Em PCs antigos, esta 64. ________________________________________________________________________________ 60 interface formada pelo chip 8042, sobre o qual existe normalmente uma etiqueta com a indicao Keyboard BIOS. Experimente instalar no seu lugar, o 8042 retirado de uma outra placa de CPU. Este chip pode ser obtido em sucatas de peas para PC. Uma placa de CPU estragada chega a custar de 10 a 20 reais, e dela podemos extrair algumas peas, inclusive o 8042. Solues paliativas para problemas com o teclado: Se o seu teclado s vezes fica maluco e troca caracteres mas voc ainda no teve tempo para resolver o problema, existe um pequeno macete. Pressione simultaneamente as duas teclas SHIFT, e o teclado voltar ao normal (pelo menos por enquanto). Se o seu PC fica aparentemente travado no incio do boot, logo depois do teste de memria, pressione a barra de espao. 12.2.5 Keyboard Error durante o boot Ao ser ligado o computador, logo depois do POST e antes do carregamento do sistema operacional, pode aparecer a mensagem: Keyboard Error Press to continue Esta mensagem pode ocorrer pelo fato do teclado estar defeituoso, mas normalmente ocorre quando a rotina de teste de teclado do POST feita antes que o microprocessador existente dentro do teclado realize a sua inicializao. Para evitar este problema, procuramos no Standard CMOS Setup o comando Keyboard e o programamos como Disabled. Isto significa que o teclado no ser testado durante o POST, e desta forma o erro ser eliminado. Outra forma de evitar este problema comandar um teste de memria mais demorado. Habilite a opo Above 1 MB Memory Test e desabilite a opo Quick Boot ou Quick Power on Self Test. Isto dar tempo ao chip do teclado para fazer sua inicializao, eliminando o problema. 12.2.6 Sistema operacional invlido Esta uma mensagem de erro que ocorre quando alguns dos arquivos envolvidos no boot esto em falta, ou quando existe algum problema no setor de boot. Quando isto ocorre, conseguimos executar um boot atravs de um disquete e acessar o drive C, porm o boot pelo drive C no funciona. Para resolver este problema preciso executar um boot com um disquete contendo o programa SYS.COM. Deve ser da mesma verso que a existente no disco rgido. Use o comando: SYS C: Os arquivos necessrios para o boot sero copiados do disquete para o drive C. Feito isto, j ser possvel executar um boot pelo drive C. 65. ________________________________________________________________________________ 61 Este problema tambm ocorre quando os parmetros do disco rgido no CMOS Setup so alterados depois que o sistema operacional j est instalado. 12.2.7 HDD Controller Failure Significa Falha na controladora do disco rgido. Esta mensagem de erro ocorre durante o POST quando detectado algum problema no acesso ao disco rgido. Ao contrrio do que muitos pensam, este problema no est necessariamente na interface IDE. Pode estar no prprio disco rgido. As suas causas possveis so: O disco rgido, ou a interface IDE, ou o cabo flat est defeituoso O disco rgido no est declarado no CMOS Setup O disco est com parmetros errados no CMOS Setup Existe erro na configurao de jumpers do disco rgido No item 3 desta seo j apresentamos os procedimentos a serem usados para checar cada um desses pontos. Se mesmo com essas checagens o problema persistir, existe grande chance do disco rgido, ou a sua interface, ou o cabo flat estar defeituoso. A melhor coisa a fazer tentar substituies at descobrir a causa do problema. 12.2.8 Mouse inativo Muitos so os problemas que podem levar o mouse a no funcionar. Essa inatividade representada pela ausncia do cursor do mouse na tela, ou ento por um cursor imvel. Aqui esto algumas causas possveis. Mouse defeituoso Interface para mouse defeituosa Fonte de alimentao defeituosa (sem tenses de +12 e 12 volts) A interface do mouse pode estar desabilitada Erro na conexo entre a placa de CPU e o conector da interface do mouse Uso de conectores de outra placa Conflito de hardware Mouse ligado na COM2, no modo MS-DOS Troca simples - Muitos modelos de mouse tm baixa qualidade, e podem realmente apresentar defeito com relativa facilidade. Como o mouse muito suspeito, aconselhvel tentar antes substitu-lo por um mouse em boas condies, ou ento instalar o mouse suspeito em outro computador para verificar o seu funcionamento. Software de diagnstico - A interface na qual o mouse est conectado (COM1, COM2 ou interface para mouse PS/2) pode estar defeituosa. Podemos checar o seu funcionamento usando um programa de diagnstico. Devemos acoplar o conector loopback na 66. ________________________________________________________________________________ 62 porta serial para fazer o teste completo. Quando um erro apresentado, possvel que no seja exatamente na interface serial, mas no cabo que liga a interface serial at o seu conector na parte traseira do PC. No caso de placas AT, o conector do mouse separado da placa, e ligado atravs de um cabo auxiliar. Este cabo pode estar mal conectado, ou ento conectado de forma invertida, ou mesmo defeituoso. possvel ainda que esteja sendo usado o cabo de uma outra placa de CPU, incompatvel com a placa atual. Esses cabos no so padronizados, e o cabo que acompanha uma placa no necessariamente funcionar com outras placas. Teste em outra porta - Para verificar se o problema est na porta serial, podemos tentar ligar o mouse em outra porta. Se o mouse est na COM1, ligue-o na COM2. O Windows reconhecer automaticamente a porta onde o mouse est ligado e aceitar os seus comandos. Tome cuidado com o caso do mouse padro PS/2. A maioria das placas de CPU atuais possuem uma interface para mouse padro PS/2. Essa interface no uma COM1 nem COM2, e normalmente utiliza a IRQ12. Precisa ser habilitada no CMOS Setup para que funcione. Procure no Peripheral Configuration o item Mouse function e habilite-o. Conflito de hardware - Quando a interface na qual est ligado o mouse entra em conflito de hardware com outra interface, o mouse apresentar funcionamento errtico, ou simplesmente travar. O caso mais comum quando o mouse est usando COM1/IRQ4 e o modem est configurado como COM3/IRQ4. preciso reconfigurar os endereos e IRQs dos dispositivos envolvidos para desfazer o conflito de hardware. Observe que a interface para mouse padro PS/2 tambm pode apresentar conflito, caso outra interface esteja tambm usando a IRQ12. Use o Gerenciador de Dispositivos para verificar possveis conflitos de hardware. Driver para MS-DOS - Se o mouse funciona no Windows e no funciona no modo MS-DOS, temos aqui outro problema tpico. Para que o mouse funcione em modo MS-DOS preciso que seja executado o seu driver, normalmente um programa com o nome MOUSE.COM, GMOUSE.COM, MMOUSE.COM ou similar. Outra questo a ser verificada a ligao do mouse na COM2. No Windows o mouse funciona automaticamente, tanto na COM1 como na COM2. No caso do modo MS-DOS, preciso avisar ao driver do mouse, qual a porta serial usada. Use o programa de driver do mouse com o parmetro /? ou /H e sero apresentadas instrues para que o mouse funcione na COM2. 12.2.9 Imagem sem sincronismo, desde que o PC ligado A imagem do monitor fica rolando na tela, totalmente distorcida e na maioria das vezes impossvel de ler. Quando este problema ocorre apenas no Windows ou quando ativado algum modo grfico de alta resoluo, no se trata de um defeito, mas de um erro na programao da placa de vdeo. Por outro lado, quando desde o instante em que o PC ligado a imagem fica instvel, provavelmente temos um problema srio: Monitor defeituoso Cabo de vdeo defeituoso 67. ________________________________________________________________________________ 63 Placa de vdeo defeituosa Voc pode fazer substituies usando outro computador, e fatalmente encontrar a causa do problema. Se o defeito estiver no cabo voc poder consert-lo, ou ento adquirir um cabo novo, o que d muito menos trabalho. O monitor defeituoso deve ser enviado a uma assistncia tcnica especializada neste tipo de conserto. Uma placa de vdeo defeituosa poder ser simplesmente trocada. 12.2.10 Imagem sem sincronismo no Windows Quando o monitor apresenta imagens perfeitas durante o processo de boot, mas fica fora de sincronismo quando iniciado o Windows, ou ento quando executado algum programa grfico que use imagens de alta resoluo, no existe defeito algum, nem no monitor, nem no cabo, nem na placa de vdeo. O problema est nas freqncias horizontais usadas pela placa de vdeo, por estarem acima dos valores permitidos pelo monitor. preciso portanto ajustar as freqncias da placa de vdeo para que se tornem compatveis com as do monitor. Com este pequeno ajuste, o problema de falta de sincronismo estar solucionado. O ajuste feito atravs do quadro de configuraes de vdeo. 12.2.11 CMOS Ckecksum Error Defaults Loaded Esta mensagem indica que ocorreu um alterao indevida nos dados do CMOS Setup. Quando isto ocorre, normalmente o BIOS faz o carregamento automtico de valores default. Em geral indica um problema no chip CMOS, ou mais provavelmente na bateria, que pode estar fraca, descarregada, danificada ou desabilitada. 12.2.12 Cursor do mouse no caminha direito na tela O cursor do mouse aparece na tela e caminha conforme os movimento feitos pelo usurio, mas esses movimentos so errticos, na forma de saltos, ou ento ficando limitados ao sentido horizontal ou vertical. Esses so sintomas de sujeira no mouse. Se voc quiser, pode confirmar isso instalando outro mouse. Se o outro mouse funcionar, fica comprovado que o problema sujeira. 12.2.13 Erros na memria durante o uso normal do PC Se as memrias do PC no possuem bits de paridade, ento a checagem de paridade deve ser desabilitada no CMOS Setup. Desta forma a mensagem Parity Error no ocorre nunca, nem no POST, nem depois do boot. Digamos ento que tenha ocorrido o seguinte: a) As memrias possuem paridade b) A checagem de paridade est habilitada no CMOS Setup c) Apareceu a mensagem Parity Error em uso normal do PC 68. ________________________________________________________________________________ 64 A mensagem de erro pode ter aparecido depois do POST, durante o processo de boot, ou mesmo durante o uso normal de programas no PC. Nessas condies, significa que existem posies de memria defeituosas. Ou ento, as memrias podem estar boas e ter ocorrido um mau contato. Ou ainda, as memrias e os contatos podem estar bons, mas pode ter ocorrido um problema na fonte, ou uma interferncia na rede eltrica, ou ainda pode ser o resultado de uma programao mal feita no Advanced Chipset Setup. At mesmo o aquecimento do processador ou uma falha na placa de CPU pode causar este erro. Quando a memria no possui paridade, ou ento quando possui e est desabilitada a sua checagem, eventuais erros na memria sero manifestados atravs de travamentos e operaes ilegais no Windows. Podemos citar as seguintes causas possveis para o os erros na memria: Fonte defeituosa Transientes na rede eltrica Mau contato nos mdulos de memria Envenenamentos no CMOS Setup Defeito na memria Aquecimento do processador Falha na placa de CPU Software de diagnstico - Na pesquisa de problemas na memria, muito til exe- cutar os testes de memria dos programas de diagnstico. Se durante o teste de memria forem apresentados erros, significa que realmente existe algo de errado, ou na memria ou em outro componente que causa o seu mau funcionamento. A cada tentativa de soluo, devemos testar novamente as memrias para verificar se os erros continuam. Por exemplo, digamos que sempre ocorra erro no teste de memria, e que faamos a troca dos mdulos de memria. Se depois desta troca, o teste de memria deixar de apresentar erros, significa que a troca resolveu o problema. Se voc trocar a fonte, teste as memrias. Se voc instalar um estabiliza- dor, teste as memrias. Se voc fizer uma limpeza nos contatos, ou se fizer ajustes no CMOS Setup, teste as memrias. Reinstalao de software - Um critrio errado para saber se as memrias ficaram boas verificar se os travamentos e operaes ilegais no Windows cessaram. Isso errado, pois mesmo com as memrias j boas, arquivos de programas podem estar corrompidos, causando as anomalias. Nessa situao, muito provvel que uma reinstalao do Windows e dos aplicativos resolva o problema. Fonte - O erro na memria pode estar sendo causado por uma fonte de alimentao defeituosa. Quando as tenses esto fora das especificaes, ou quando existe ripple, vrios circuitos podem no funcionar corretamente. necessrio portanto testar a fonte de alimentao, e em caso de suspeita, substitu-la. 69. ________________________________________________________________________________ 65 Rede eltrica - A rede eltrica problemtica tambm pode causar erros nas memrias. Transientes na rede eltrica resultam em quedas e picos nas tenses fornecidas pela fonte. Essas imperfeies chegam s memrias, o que resulta em erros. Para evitar esses erros, no ligue eletrodomsticos na mesma tomada onde est o PC, e utilize um estabilizador de voltagem. Maus contatos - Mdulos de memria e seus soquetes podem apresentar maus contatos. O mesmo pode ocorrer com os seus soquetes. Tomando muito cuidado para no tocar nas partes metlicas do mdulo de memria e dos seus soquetes, limpe a poeira dos soquetes, limpe os contatos do mdulo usando uma borracha, retire os resduos de borracha usando um pincel e aplique spray limpador de contatos nos mdulos de memria e nos seus soquetes. Espere secar e instale novamente os mdulos de memria. CMOS Setup - No chegou ainda a hora de condenar os mdulos de memria. possvel que o problema seja causado por ajustes indevidos no CMOS Setup. Dentro do Advanced Chipset Setup existem vrios itens que controlam a velocidade de acesso s memrias. Se essa velocidade estiver exageradamente alta, podem realmente ocorrer erros na memria. Experimente programar todos os itens relacionados com a velocidade de acesso s memrias usando os maiores valores possveis, ou seja, usando os tempos de acesso mais longos. Troque as memrias - Se depois de todas essas tentativas os erros na memria per- sistirem, possvel que o problema seja realmente um dos mdulos de memria. Faa ento a substituio desses mdulos e teste o funcionamento usando um programa de diagnstico. Tome muito cuidado para no danificar as memrias e a placa de CPU com sua eletricidade esttica. Problemas no processador - Os erros na memria podem no ser originados na memria. Os bits podem sair da memria em perfeitas condies e ao passarem pelo chipset sofrerem erros. Tambm podem chegar ao processador e dentro dele serem adulterados. Esses erros so manifestados atravs de travamentos e operaes ilegais no Windows. O aquecimento do processador um dos principais causadores de problemas. Pode ocorrer nas seguintes situaes: Processador usando overclock Voltagem do processador errada Cooler danificado ou mal instalado Ventilao do gabinete deficitria Processador sem pasta trmica Muitos usurios aumentam atravs de jumpers da placa de CPU, o clock interno e/ou o clock externo do processador. Este procedimento chamado de overclock. A programao errada das voltagens do processador tambm causa mau funcionamento ou aquecimento, o 70. ________________________________________________________________________________ 66 que resulta em travamentos e outras anomalias. Verifique a programao dos clocks e da voltagem da placa de CPU e corrija os valores. Se o cooler do processador estiver danificado, parado ou solto, o processador ir aquecer e certamente ocorrero travamentos e outros problemas. Pior ainda, o processador pode ser danificado. Mesmo quando o cooler estiver funcionando, a ventilao do gabinete pode ser deficitria. Providencie para que o sistema de ventilao do gabinete opere com mxima, o que resulta em melhor refrigerao do processador. Verifique se o cooler est instalado na posio correta ou se est invertido (giro de 180 graus). Finalmente, faa a aplicao de pasta trmica entre o processador e o cooler. A pasta trmica recomendada pelos fabricantes de processadores, e reduz bastante a sua temperatura, aumentando a sua confiabilidade. Muitos travamentos e falhas no Windows j foram resolvidos com a simples aplicao de pasta trmica. O chipset - A memria e o processador podem estar em boas condies, mas entre eles, o chipset pode estar introduzindo erros pelos dados que nele trafegam. Isto tem maior chance de ocorrer quando a placa de CPU opera com overclock externo. Ajuste o valor do clock externo atravs dos jumpers da placa de CPU ou do CMOS Setup. Placa de CPU danificada - Finalmente, os travamentos, falhas no Windows e erros na memria pode estar sendo causados por uma placa de CPU danificada. A placa pode ter sofrido maus tratos durante a sua instalao (eletricidade esttica) ou durante a sua vida til (aquecimento excessivo). A soluo a troca por uma nova. No esquea de reinstalar o software - Se voc fizer vrias tentativas de solucionar os problemas de hardware e os travamentos e falhas no Windows continuarem, no desanime. O hardware poder se tornar 100% confivel depois do seu conserto, mas arquivos do Windows e dos demais softwares podem estar corrompidos. Depois de checar todos os pontos de hardware que ensinamos, reinstale o Windows e os softwares, pois agora dever funcionar tudo. 12.2.14 Travamentos e falhas no Windows A maior parte da atividade do computador ocorre entre a memria e o processador. Os circuitos de paridade monitoram constantemente a integridade dos dados transmitidos e recebidos da memria. Ao detectar um erro, imediatamente apresentada a mensagem Parity Error. Quando o PC no utiliza paridade (ou porque o chipset da placa de CPU no tem circuitos de paridade, ou porque as memrias no tm bits de paridade, ou porque a checagem de paridade est desabilitada no CMOS Setup), um eventual erro no ser detectado. O PC continuar trabalhando mesmo com o erro. Se este erro fizer parte de um arquivo que est sendo gravado, este arquivo ficar corrompido. Se for uma instruo a ser executada pelo processador, esta ser considerada uma instruo invlida. O Windows pode detectar certas instrues ilegais, apresentando mensagens como: 71. ________________________________________________________________________________ 67 Este programa executou uma operao ilegal Pior ainda, o Windows pode no detectar que se trata de uma instruo invlida. Um bit errado pode fazer o que deveria ser uma adio ser executado como uma subtrao. O programa realiza sua tarefa de forma errada, e pode gerar dados inconsistentes e arquivos corrompidos. Portanto, travamentos e falhas no Windows podem ser causados pelo mesmo tipo de erro que resulta na mensagem Parity Error. Para solucion-los voc precisa pesquisar todos os pontos discutidos no item 19 Erros na memria durante o uso normal do PC. Os mesmos problemas que causam os erros de paridade tambm causam travamentos nos PCs que operam sem paridade. As falhas no Windows podem ter outras causas: Memria cache defeituosa ou mal configurada no Setup Conflitos de hardware Arquivos corrompidos Programas com bugs Conflitos entre programas e drivers Conflitos na memria superior Conflitos gerados por progra