antibiÓticos i

48
ANTIBIÓTICOS I Profa. Carlota Rangel Yagui [email protected]

Upload: moifarmrj

Post on 24-Jul-2015

136 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: ANTIBIÓTICOS I

ANTIBIÓTICOS IProfa. Carlota Rangel Yagui

[email protected]

Page 2: ANTIBIÓTICOS I

Antibióticos Inibidores da Síntese de Parede Celular

Page 3: ANTIBIÓTICOS I

Parede celular de bactérias

Gram-negativas

Gram-positivas

Page 4: ANTIBIÓTICOS I

� Etapa final da rede de peptideoglicano é a ligação cruzada catalizada por uma transpeptidase que é uma PBP.

� Antibióticos inibidores de parede impedem esta etapa

� São bactericidas mais eficientes contra G+

Page 5: ANTIBIÓTICOS I
Page 6: ANTIBIÓTICOS I

NO

O

O

N

O

R

SEMELHANÇA ESTRUTURAL ENTRE SEMELHANÇA ESTRUTURAL ENTRE DD--ALAALA--DD--ALA E PENICILINASALA E PENICILINAS

NO

S

O

O

N

O

R

Page 7: ANTIBIÓTICOS I

R

O

NH

N

SCH3

CH3

H H

H

H

HCOOH

O

1,481,38

1,25

1,461,52

1,17

1,40

PENICILINA

H

O

NH

NH CH3

H H

H

COOH

O

CH3

H

1,53

1,24

1,32 1,471,53

1,24

1,32

N-ACETIL-D-ALANIL-D-ALANINA

COMPARAÇÃO DE DISTÂNCIASCOMPARAÇÃO DE DISTÂNCIASINTERATÔMICASINTERATÔMICAS

Page 8: ANTIBIÓTICOS I

PENICILINAS

N

S

O

HH

NH

R

O

OH

O

N

S

O

HH

NH

R

O

OH

O

N

S

O

HH

NH

R

O

OH

O

� Estrutura ββββ-lactâmica condensada

� Carboxila livre

� 1 ou + grupos amino na cadeia lateral

� Anéis são dobrados no eixo C-5 N-4

12

34

56

7

� Obtidas por fermentção de P. chrysogenum e P. notatum

Page 9: ANTIBIÓTICOS I

PENICILINAS

N

S

O

HH

NH

R

O

OH

O

N

S

O

HH

NH

R

O

OH

O

N

S

O

HH

NH

R

O

OH

O

12

34

56

7

� Penicilinas = susceptíveis a ataques núcleo e eletrofílicos

ligação amídica → tensão

� Penicilinas ácidas (pKa ~ 2,65)

anfóteras (ampicilina - pKa = 7,4)

Page 10: ANTIBIÓTICOS I

Instabilidade frente a nucleófilos

NH

SNH H

OOH

OOH

H

O

R

Page 11: ANTIBIÓTICOS I

Instabilidade frente a ácido

Page 12: ANTIBIÓTICOS I

Penicilinas obtidas por fermentação

N

SNH H

O

OOH

O

H

benzilpenicilina (penicilina G)

� Primariamente contra cocos G+

� Baixo custo, baixa toxicidade

� Atualmente – muitos microrganismos resistentes

� Instabilidade ácida – baixa absorção oral

� sensibilidade à ββββ- lactamases

Page 13: ANTIBIÓTICOS I

Penicilinas obtidas por fermentação

N

SNH H

O

OOH

O

H

O

fenoximetillpenicilina (penicilina V)

� Maior resistência à hidrólise ácida – 1a penicilina de uso oral

� Incorporação de ác. fenóxiacético na fermentação

� Também alergênica e sensível à ββββ- lactamases

Page 14: ANTIBIÓTICOS I

Método enzimático:

N

SNH H

O

OOH

O

H

Penicilinas semi-sintéticas� Obtidas do ácido 6-aminopenicilânico (6-APA)

� Processos de obtenção do 6-APA:

N

S

O

HH

NH 2

OH

O6-APA

N

S

O

HH

NH 2

OH

O6-APA(benzilpenicilina)

penicilinamidase

Método químico:� Não envolve manipulação de microrganismos� 4 etapas: esterificação - cloração - metilação - hidrólise� > rendimento ( ~ 90% )

Page 15: ANTIBIÓTICOS I

Obtenção das penicilinas semi-sintéticas

6-APA

+ ácido carboxílico

+ cloretos de acila

+ anidridos de ácidos (cíclicos)

Modificações

Moleculares

Penicilinas

ácido - resistentes

Penicilinas

ββββ-lactamase resistentes

Penicilinas

ácido e ββββ-lactamase resistentes

Penicilinas

de amplo espectro

Page 16: ANTIBIÓTICOS I

O

X

NH2

X = H

X = OH

ampicilina

amoxicilina

O

X

NH2

X = H

X = OH

ampicilina

amoxicilina

N

S

O

HH

NH

R

O

OH

O

N

S

O

HH

NH

R

O

OH

O

O

fenoximetilpenicilina

O

fenoximetilpenicilina

R =

R

Penicilinas ácido-resistentes

� Grupo eletrofílico ligado à cadeia lateral aminada - ↓ a densidade eletrônica da carbonila

Page 17: ANTIBIÓTICOS I

-Penicilinas ββββ-lactamase resistentes

� Hidrólise catalisada por ββββ-lactamase ou meio básico

Page 18: ANTIBIÓTICOS I

-

Penicilinas ββββ-lactamase resistentes

O

nafcilina

O

nafcilina

O

O

meticilina

O

O

meticilina

N

S

O

HH

NH

R

O

OH

O

N

S

O

HH

NH

R

O

OH

OR =

R

� Grupo volumoso ligado à cadeia lateral aminada

Page 19: ANTIBIÓTICOS I

-

Penicilinas ββββ-lactamase resistentes

� 1a penicilina ββββ- lactamase resistente

� sofre hidrólise ácida

� desenvolvimento de resistência – captação reduzida do antibiótico e alterações nas PBPs

MRSA

Page 20: ANTIBIÓTICOS I

� Grupo volumoso e eletrofílico ligado à cadeia lateral aminada

oxacilina X = Y = H

cloxacilina X = H, Y = Cl

dicloxacilina X = Y = Cl

Penicilinas ácido e ββββ-lactamase resistentes

ON

X

Y

ON

X

Y

ON

X

Y

N

S

O

HH

NH

R

O

OH

O

N

S

O

HH

NH

R

O

OH

O

R

� Menos ativas que a penicilina frente aos microrganismos quenão apresentam resistência.

Page 21: ANTIBIÓTICOS I

N

S

O

HH

NH

R

O

OH

O

N

S

O

HH

NH

R

O

OH

O

R

Penicilinas de amplo espectro

� Caráter hidrofílico da cadeia lateral →→→→ > atividade contra G-

R X

Y

X = H

X = OH

ampicilina

amoxicilina

Y = NH2

R X

Y

X = H

X = OH

ampicilina

amoxicilina

Y = NH2

Page 22: ANTIBIÓTICOS I

Penicilinas de amplo espectro

ticarcilinaticarcilina

carbenicilina

Page 23: ANTIBIÓTICOS I

NH

O

N

N

S

O

OOH

hetacilina

N

S

NH2

NH

OO

OOH

in vivo

ampicilina

Penicilinas latentes

� Penicilinas semi-sintéticas de ação prolongada

� Administração intramuscular ou oral

� Sais pouco solúveis em água

� Penicilinas latenciadas (amidas e ésteres)

Page 24: ANTIBIÓTICOS I

N

S

NH2

NH

OO

OO

O

O

N

S

NH2

NH

OO

OO

O

Opivampicilina bacampicilina

in vivo in vivo

N

S

NH2

NH

OO

OOH

ampicilina

O

OH

H

HO

+

++

HO

OH

+

+CO

2

Penicilinas latentes

Page 25: ANTIBIÓTICOS I

N

S

O

NH

O

OO

NH2

O

O

NH(C2H

5)2

+

procaína

benzilpenicilina

Penicilinas latentes

(Benzetacil)

++NH

NH2 2

benzatina

N

S

O

NH

O

OO

benzilpenicilina 2

Page 26: ANTIBIÓTICOS I

Inibidores de ββββ-lactamase

N

OH

O

OOH

CH2OH

Ácido clavulânico

� Produto de fermentação

� Fraca atividade antibacteriana

� Inibidor irreversível de ββββ-lactamase

Sulbactam

� Síntese química a partir de penicilina

� Oxidação do enxofre à sulfona →→→→ ↑↑↑↑potênciapotênciapotênciapotência

� Inibidor irreversível de ββββ-lactamaseN

SH

O

OOH

OO

Page 27: ANTIBIÓTICOS I

Inibidores de ββββ-lactamase

Page 28: ANTIBIÓTICOS I

CEFALOSPORINAS

� ββββ-lactâmicos clássicos

� Carboxila livre

� 1 ou + grupos amino na cadeia lateral

� Anéis são dobrados no eixo C-6 N-5

� cefalosporinas = susceptíveis a ataques núcleo e eletrofílicos

� Sais hidrossolúveis ou compostos anfóteros

N

S

O

NH

O

R

O OH

R´N

S

O

NH

O

R

O OH

R´N

S

O

NH

O

R

O OH

1 2

3

1

45

678

Page 29: ANTIBIÓTICOS I

CEFALOSPORINAS� Cephalosphorium sp. → Cefalosporina C

Modificações moleculares cefalosporinas melhoradas

Page 30: ANTIBIÓTICOS I

Instabilidade de cefalosporinas no grupo acetila

Page 31: ANTIBIÓTICOS I

CEFALOSPORINAS DE 1ª GERAÇÃO

� Ativas contra bactérias G + (cocos)

� Sem atividade significativa frente a G –

� Sem atividade frente a MRSA

Page 32: ANTIBIÓTICOS I

CEFALOSPORINAS DE 1ª GERAÇÃO

Page 33: ANTIBIÓTICOS I

CEFALOSPORINAS DE 2ª GERAÇÃO

� Ativas contra bactérias G +

� Melhor atividade frente a G – (cepas de Klebsiella, Cinetobacter,

Enterobacter, E. Coli )

� Atividade frente a Haemophilus influenzae

Page 34: ANTIBIÓTICOS I

CEFALOSPORINAS – 2ª GERAÇÃO

cefuroxima cefaclor

Uso parenteralResitência à ββββ-lactamases

Uso oral

Uso oralMais ativo frente a G -

cefprozil

Page 35: ANTIBIÓTICOS I

CEFALOSPORINAS DE 3ª GERAÇÃO

� Menos ativas frente a Staphylococcos que a 1a geração

� Muito mais ativas frente a G –

� Particularmente úteis em infecções nosocomiais por cepas

hospitalares multi-resistentes

� Antibióticos mais caros

Page 36: ANTIBIÓTICOS I

NOME OFICIAL R R´

cefoperazona

NN NH

OH

O

C2H

5

NN

NN

CH3

S

cefotaxima

S

N

NH2

NOCH3

CH

2OCOCH

3

ceftazidima

S

N

NH2

NO CH

3

CH3

COOH

N+

ceftriaxona

S

N

NH2

NOCH3

N

NN

O

CH3

S

OH

N

S

O

NH

O

R

O OH

CEFALOSPORINAS3ª GERAÇÃO

Resistência a ββββ-lactamases

Page 37: ANTIBIÓTICOS I

CEFALOSPORINAS 3ª GERAÇÃOuso oral

cefopoxima proxetil

ceftibuteno

Page 38: ANTIBIÓTICOS I

CEFALOSPORINAS DE 4ª GERAÇÃO

� Espectro de ação semelhante aos agentes de 3a geração

� Atividade frente a Pseudomonas aeruginosas e algumas

enterobactérias resistentes aos agentes de 3a geração

� Mais ativos que os de 3a geração frente a bacterias G +

Page 39: ANTIBIÓTICOS I

QUARTA GERAÇÃO

N

S

O

NH

O

R

O OH

NOME OFICIAL R R`

cefepima

S

N

NH2

NOCH3

N+

CH3

cefpiroma

S

N

NH2

NOCH3

N+

CEFALOSPORINAS 4ª GERAÇÃO

Resistência a ββββ-lactamases

Penetração em G-

Page 40: ANTIBIÓTICOS I

Antibióticos ββββ-lactâmicos não-clássicos

Carbapenemas

meropenem

NH

NO

O

OH

S

CH3

OH

H

CH3 H

H

H

O

S

O

OH

NO

O

OH

S

CH3

OH

H

NH

NH

imipenem

meropenem

� Boa penetração através de porinas

� Estáveis e até inibitórios de ββββ-lactamase

� Amplo espectro

Page 41: ANTIBIÓTICOS I

Antibióticos ββββ-lactâmicos não-clássicos

MonobactâmicosO

S

N

NH2

NO SO

3-Na+

NH

O

NO

CH3

CH3

CO2-Na+ aztreonam

� Praticamente exclusivos contra G –

� Capaz de inativar certas ββββ-lactamases

� Demonstrou que o anel fundido não é essencial para atividade

Resitência à ββββ-lactamases

Page 42: ANTIBIÓTICOS I

NO

H

COOH

O

O

NH2

O

NH2

H carbacefema

loracarbacefe

Núcleo cefalosporânico não-clássico

Antibióticos ββββ-lactâmicos não-clássicos

� Cefalosporina quimicamente mais estável

� 2a geração

Page 43: ANTIBIÓTICOS I

ANTIBIÓTICOS POLIPEPTÍDICOS� Resistentes a proteases vegetais e animais

� Presença de peptídeos cíclicos e aminoácidos incomuns ou com estereoquímica D

mesmo antibiótico produzido por organismos diferentes

um organismo pode sintetizar vários antibióticos

muitos contém grupos lipídicos

atividade muito específica – dificulta modificações

� Podem ser ácido, básico ou neutros

Page 44: ANTIBIÓTICOS I

Desorganização da estrutura das membranas

Perdem a propriedade de semi-permeabilidade

Mecanismo de ação dos polipeptídicos

� Tóxicos em humanos – uso restrito

� Difícil desenvolvimento de resistência

(nefro e neurotoxicidade)

Page 45: ANTIBIÓTICOS I

ANTIBIÓTICOS POLIPEPTÍDICOS

� Contra G - em casos graves (P. aeruginosas, Shigella sp., E.coli)

� Neuro e nefrotóxicos

polimixina B

colicistina (D-leu no lugar de D-Phe)

Page 46: ANTIBIÓTICOS I

ANTIBIÓTICOS POLIPEPTÍDICOS

� Uso contra G + →→→→ particularmente MRSA

vancomicina

teicoplanina

� Atua na síntese de parede

Page 47: ANTIBIÓTICOS I

ANTIBIÓTICOS POLIPEPTÍDICOS

bacitracina

� Uso contra G +

� Tópico e IM contra Staphylococcus aureus

Page 48: ANTIBIÓTICOS I

ANTIBIÓTICOS POLIPEPTÍDICOS

quinupristina + dalfopristina

Streptograminas

� Uso IV contra Enterococcus faecium resistentes à vancomicina e infeções cutâneas por S. aureus

� São bacteriostáticas ���� combinação bactericida

� Atuam inibindo a síntese protéica – ligação no ribossomo 70S