anÁlise financeira de empresas jbs s.a....

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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Administração Daiane Barbosa da Silva Fabrício José Vieira Leandro Alves Lima Ulisses Moreira de Souza ANÁLISE FINANCEIRA DE EMPRESAS JBS S.A. Lins/SP LINS – SP 2013

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Administração

Daiane Barbosa da Silva

Fabrício José Vieira

Leandro Alves Lima

Ulisses Moreira de Souza

ANÁLISE FINANCEIRA DE EMPRESAS

JBS S.A.

Lins/SP

LINS – SP

2013

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DAIANE BARBOSA DA SILVA

FABRÍCIO JOSÉ VIEIRA

LEANDRO ALVES LIMA

ULISSES MOREIRA DE SOUZA

ANÁLISE FINANCEIRA DE EMPRESAS

LINS – SP

2013

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário católico Salesiano Auxilium, curso de Administração sob a orientação do Prof. Me. Irso Tófoli e orientação técnica da Profª Ma. Heloisa Helena Rovery da Silva.

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Silva Daiane Barbosa da; Vieira, Fabricio José; Lima, Leandro Alves; Souza, Ulisses Moreira de

Análise financeira de empresas. JBS S.A. / Daiane Barbosa da Silva; Fabricio José Vieira; Leandro Alves Lima; Ulisses Moreira de Souza – – Lins, 2013.

120p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Administração, 2013.

Orientadores: Irso Tófoli; Heloisa Helena Rovery da Silva

1 Análise Financeira. 2. Necessidade de Capital de Giro. 3. Valor Econômico Agregado. 4. Custo e Retorno de Capital. I Título.

CDU 658

S579a

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DAIANE BARBOSA DA SILVA

FABRÍCIO JOSÉ VIEIRA

LEANDRO ALVES LIMA

ULISSES MOREIRA DE SOUZA

ANÁLISE FINANCEIRA DE EMPRESAS

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção de titulo de Bacharel em Administração.

Aprovada em ___ / ___ / ___

Banca Examinadora:

Professor Orientador: Irso Tófoli

Titulação: Mestre em Administração pela CNEC / FACECA – MG

Assinatura: ______________________

1°Profº (a):______________________________________________________

Titulação:_______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura:______________________

2°Profº (a):______________________________________________________

Titulação________________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura: ______________________

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Dedico está monografia primeiramente a Deus, que iluminou o meu

caminho durante esta caminhada, a meus pais: Francisco e Natalia e aos

demais Familiares que me deram força e coragem, me apoiando nos

momentos de dificuldades, a meus amigos que através deste trabalho

agregamos mais conhecimentos para a nossa vida profissional.A professora

Heloisa e Irso Tofóli pela paciência na orientação e incentivo que tornaram

possível a conclusão desta monografia. Aos amigos e colegas, pelo incentivo e

pelo apoio constantes.

Daiane Barbosa da Silva

Dedico este trabalho em primeiro lugar a Deus, aos meus pais Lucineide

Barbosa e Jose Luiz Vieira, ao meu irmão Fabio Luiz Vieira que estiveram

presentes comigo e lutaram por mais essa conquista, não medindo esforços

diante desse desafio.

Aos integrantes dessa equipe que lutaram bravamente para este

trabalho acontecer, Daiane Barbosa da Silva, Leandro Alves Lima e Ulisses

Moreira de Souza juntamente aos nossos orientadores Prof. Me. Irso Tófoli e

Profª Ma. Heloisa Helena Rovery da Silva.

A empresa JBS S/A, por abrir as portas para pesquisa e dando suporte

necessário para elaboração deste trabalho. Toda equipe Docente do

Unisalesiano, que me lapidou durante minha formação Acadêmica. A toda

equipe e ao Programa Escola da Família que fez esse sonho acontecer.

Aos demais familiares, amigos que sempre estiveram do meu lado me

apoiando, dando força sempre e as demais pessoas que contribuíram

diretamente e indiretamente durante esta jornada.

E por fim a mim Fabricio Jose Vieira, pelo entusiasmo, dedicação e

obstinação durante este tempo de Graduação, e espero retribuir sempre, ser o

melhor para um objetivo maior.

Os meus sinceros agradecimentos.

Fabrício José Vieira

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Dedico este trabalho primeiramente a Deus, aos meus pais, João e

Lucineide, meus irmãos, Willian e Diego, minha namorada Natalia, todos os

meus amigos em especial Bruno e Ulisses, e a todos os professores, em

especial Prof. Me. Irso Tófoli e Profª Ma. Heloisa Helena Rovery da Silva, pela

força, conhecimento e incentivo que me deram nesses anos de muito trabalho

e estudo. Sendo apenas o inicio de uma nova etapa e perspectivas que virão

conforme o tempo, agradeço também a empresa JBS S.A que abriu as portas

para essa pesquisa, fazendo com que eu adquira mais conhecimento e valor

ao desenvolvimento profissional.

Leandro Alves Lima

Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por que com toda certeza,

sempre esteve comigo ao longo do caminho. A minha mãe Elena Alves em

especial que jamais mediu esforços, me apoiando e sempre do meu lado

enfrentando todas as dificuldades no decorrer desses quatro anos, a minha

irmã Luana Moreira, a minha noiva amada Denise Natalia, minha inspiração,

que sempre esteve ao meu lado independente das dificuldades, a minha vó

Luzia Alves, ao meu pai José Francisco de Souza que independente do lugar

aonde estiver sei que está muito feliz por mais essa conquista. Ao Me. Irso

Tófoli um exemplo de pessoa e de Administrador que sempre compartilhou

todo seu conhecimento e sua bagagem comigo e com todo o grupo, a

professora Heloísa Helena por todos os seus ensinamentos passados este ano,

a instituição Unisalesiano e sua equipe por toda a bagagem que me foi

atribuída e para todos que de uma forma geral contribuirão e participaram para

mais essa conquista. Obrigado a todos e um forte abraço nos coração e que

Deus sempre esteja olhando e intercedendo por nós.

Ulisses Moreira de Souza

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus, porque com certeza, sempre

esteve conosco ao longo desses quatro anos, nos dando força e não nos

deixando desanimar nos momentos difíceis, sempre nos mostrando o caminho,

agradecemos ao Grupo JBS S.A. que nos abriu as portas para a elaboração

desse trabalho, agradecemos a todos nossos familiares e entes queridos que

de alguma forma contribuirão para o alcance desse objetivo, agradecemos ao

Centro Universitário Unisalesiano, por toda equipe que a compõe e por todos

os ensinamentos e aprendizados que nos foi atribuído. Mais uma vez obrigado

a todos que contribuirão para o alcance de mais essa etapa de nossas vidas.

Um forte abraço e fiquem com Deus.

Daiane, Fabricio, Leandro e Ulisses.

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RESUMO

Em tempos onde a Competitividade Empresarial está cada vez mais acirrada, diretores e gestores devem buscar ferramentas que os auxiliem em suas rotinas, facilitando a extração e mensuração de números e resultados visando satisfazer as necessidades das empresas. Desse modo, a Análise Financeira de Empresas passa a ser uma ferramenta indispensável para todas as organizações. Os Indicadores Financeiros são os grandes responsáveis pela mensuração, avaliação e levantamento da situação econômico-financeira real das empresas, e essa avaliação tem por finalidade detectar os pontos fortes e os pontos fracos do processo operacional e financeiro da companhia, objetivando propor alternativas de curso futuro a serem tomadas e seguidas pelos gestores da empresa. A pesquisa teve como objetivo avaliar a situação econômico-financeira da empresa JBS S.A., uma empresa considerada a maior no ramo de processamento de proteína animal do mundo, que vem expandindo suas receitas consideravelmente no decorrer dos anos. Com base nas informações obtidas através dos relatórios financeiros cedidos pela empresa, foram aplicados três grupos de análise financeira: Análise dos Indicadores Tradicionais: no qual se verifica os índices de liquidez, rentabilidade, endividamento, retorno de investimento, retorno do ativo e retorno do patrimônio liquido; Necessidade de Capital de Giro: no qual se verifica o capital de giro líquido, capital circulante próprio e sua necessidade de capital de giro e o Valor Econômico Agregado: no qual se verifica se a empresa está agregando ou desagregando valor econômico. Através da análise dos indicadores tradicionais foi possível visualizar que a empresa se encontra em uma situação financeira favorável, porém o uso desses indicadores não é suficiente para avaliar a empresa financeiramente de forma ampla. A partir dessas informações obtidas, surgiu a necessidade de avaliar a empresa com dois indicadores financeiros que complementam da análise tradicional, sendo eles, Necessidade de Capital de Giro e o Valor Econômico Agregado, identificando que a empresa necessita de mais capital do que detém, acarretando em um Saldo Tesouraria negativo, consequentemente, ocasionando o Risco do Efeito Tesoura e indicando a desagregação de valor. Demonstrou-se que é necessário, a realização dos 3 grupos de análise financeira para se conseguir uma visualização ampla da saúde econômico-financeira da empresa.

Palavras-chave: Análise Financeira. Necessidade de Capital de Giro. Valor Econômico Agregado. Custo e Retorno de Capital.

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ABSTRACT

Once the business competition is very fierce directors and managers must seek for resources that supports them in their routine. That way would be easier to extract the numbers and the results aiming to satisfy the needs of the company. With that the financial analysis of the company becomes an indispensable tool for all organizations. The financial indicators are largely responsible for the measurement, evaluation and uplift of the real economic situation of the company. The real goal of that evaluation is to detect strengths and weaknesses of the operational and financial process of the company, throughout, to offer different future alternatives to be taken and followed by the company managers. The company aims to evaluate the economic and financial situation of the JBS Company, considered the largest company in the processing of animal protein in the world which has been expanding its revenue considerably though the years. With based on the information obtained from the financial reports assigned by the company was applied three types of financial analysis: Analysis of Traditional Indicators: which verifies the liquidity index, profitability, indebtedness, return on investments, return on assets and return on net worth; Need of Working Capital: which verifies the net working capital, the own current working capital and its need on the working capital, and the Economic Value Aggregated: which verifies the aggregation or the disaggregation of the economic value. By analyzing the traditional indicators was possible to see that the company is in a favorable financial position, however, the use of these indicators are not enough to evaluate the financial part of the company broadly. Through all those information reached, arises the need to assess the company with two financial indicators that complement the traditional analysis, the Need of Working Capital and The Economic Value Aggregated. Identifying that the company needs more capital than holds Treasury resulting in a negative balance thus causing the Risk Effect Scissors and aggregation or disaggregation of value. Demonstrating that is necessary to implement 3 groups of financial analysis to get a broad view of the economic and financial health of the company. Keywords: Financial Analysis. Need of Working Capital. Economic Value Aggregated. Cost and Return of Capital.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AC: Ativo Circulante

AP: Ativo Permanente

CE: Composição do Endividamento

CCL: Capital Circulante Liquido

CCP: Capital Circulante Próprio

CGL: Capital De Giro Líquido

CMV: Custo das Mercadorias Vendidas

CF: Ciclo Financeiro

CO: Ciclo Operacional

ELP: Exigível a Longo Prazo

ET: Efeito Tesoura

GA: Giro do Ativo

GDR: Giro Duplicatas a Receber

GE: Giro de Estoque

GF: Giro Fornecedores

IECP: Índice de Endividamento Curto Prazo

IEG: Índice de Endividamento Geral

ILC: Índice de Liquidez Corrente

ILG: Índice de Liquidez Geral

ILI: Índice de Liquidez Imediata

ILS: Índice de Liquidez Seca

IIPL: Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido

IPCT: Índice de Participação de Capital de Terceiros

IIRnC: Índice de Imobilização Recursos não Correntes

LPA: Lucro Por Ação

MB: Margem Bruta

ML: Margem Líquida

MOP: Margem Operacional

NCG: Necessidade de Capital de Giro

PC: Passivo Circulante

PL: Patrimônio Líquido

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PMPC: Prazo Médio de Pagamento das Compras

PMRE: Prazo Médio de Renovação de Estoque

PMRV: Prazo Médio de Recebimento das Vendas

PP: Pontos Percentuais

RA: Rentabilidade do Ativo Total

RLP: Realizável em Longo Prazo

RPL: Retorno Sobre o Patrimônio Líquido

ROA: Retorno Sobre Ativo Total

ROI: Retorno Sobre Investimento

RPL: Rentabilidade do Patrimônio Líquido

ST: Saldo Tesouraria

TRI: Taxa de Retorno do Investimento

VEA: Valor Econômico Agregado

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Vista aérea JBS S.A. ......................................................................... 21

Figura 2: Organograma JBS S.A. ..................................................................... 23

Figura 3: Escola Germinare .............................................................................. 25

Figura 4: Tratamento de Efluentes .................................................................... 27

Figura 5: Reaproveitamento de água ................................................................ 28

Figura 6: Reaproveitamento as água ................................................................ 29

Figura 7: Usina Termoelétrica ........................................................................... 30

Figura 8: Unidade Produtora de Biodiesel ........................................................ 31

Figura 9: Pecuária Sustentável ......................................................................... 32

Figura 10: Carnes ............................................................................................. 33

Figura 11: Lácteos ............................................................................................ 34

Figura 12: Couros ............................................................................................. 34

Figura 13: Latas ................................................................................................ 35

Figura 14: Colágeno ......................................................................................... 35

Figura 15: Biodiesel .......................................................................................... 36

Figura 16: Transporte ........................................................................................ 36

Figura 17: Vegetais ........................................................................................... 37

Figura 18: Oleoquímica ..................................................................................... 37

Figura 19: Envoltórios ....................................................................................... 38

Figura 20: Beef Jerky ........................................................................................ 38

Figura 21: Biolins .............................................................................................. 39

Figura 22: Reciclagem ...................................................................................... 39

Figura 23: Confinamentos ................................................................................. 40

Figura 24: Confinamentos ................................................................................. 40

Figura 25: Trade ................................................................................................ 41

Figura 26: Gráfico Efeito Tesoura ..................................................................... 66

Figura 27: Parcelas do Ativo Total. .................................................................... 77

Figura 28: Parcelas do Passivo Total. ............................................................... 78

Figura 29: Capitais ............................................................................................ 80

Figura 30: Índices Rentabilidade e Lucratividade. ............................................ 81

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Figura 31: Retorno do Patrimônio Líquido e Retorno do Ativo. ......................... 82

Figura 32: Índices de Estrutura. ........................................................................ 83

Figura 33: Índice de Liquidez. ........................................................................... 84

Figura 34: Índices de Atividades. ...................................................................... 85

Figura 35: Ciclo Operacional............................................................................. 86

Figura 36: Ciclo Financeiro 2012. ..................................................................... 86

Figura 37: Índices de Endividamento. ............................................................... 87

Figura 38: Proporção dos Capitais. ................................................................... 88

Figura 39: Saldo Tesouraria e Efeito Tesoura. .................................................. 89

Figura 40: Retorno sobre Investimento. ............................................................ 91

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Investimentos Ambientais ................................................................ 27

Quadro 2: Estrutura básica do Balanço ............................................................ 46

Quadro 3: Estrutura reduzida do DRE .............................................................. 51

Quadro 4: Exemplo de uma análise vertical do ativo do Balanço Patrimonial

onde se calcula o percentual de cada conta em relação ao total do ativo. ....... 53

Quadro 5: Exemplo de 3 contas para a aplicação da analise horizontal. .......... 54

Quadro 6: Exemplo da Análise Horizontal aplicada em 3 contas. ..................... 55

Quadro 7: Exemplo de calculo custo médio ponderado (WACC). .................... 71

Quadro 8: Estrutura básica de calculo do VEA. ................................................ 73

Quadro 9: Cálculo dos Custos de Capitais, ROI e ROA. (milhares de reais) .... 90

Quadro 10: Demonstração do cálculo: (milhares de reais) ............................... 92

Quadro 11: ROI x Custo de Capital ................................................................... 92

Quadro 12: Valor Econômico Agregado - VEA. (milhares de reais) .................. 92

Quadro 13: Net Operating Profit after Taxes – NOPAT. (milhares de reais) ...... 93

Quadro 14: Percentuais das participações do Patrimônio Liquido. (em milhares)

.......................................................................................................................... 93

Quadro 15: Percentuais das participações dos Capitais Exógenos. (milhares de

reais) ................................................................................................................. 93

Quadro 16: Análises. (milhares de reais) .......................................................... 94

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................. 17

CAPÍTULO I A EMPRESA JBS S.A. ................................................................ 20

1 HISTÓRIA .............................................................................................. 20

1.2 Missão .................................................................................................... 22

1.3 Visão ...................................................................................................... 22

1.4 Valores ................................................................................................... 23

1.5 Cultura .................................................................................................... 23

1.6 Política de Qualidade ............................................................................. 23

1.7 Organograma ......................................................................................... 23

1.8 Responsabilidade Social ........................................................................ 24

1.8.1 Instituto Germinare ................................................................................. 24

1.8.2 JBS e Cia Brasileira de Ballet ................................................................ 25

1.9 Responsabilidade Ambiental .................................................................. 26

1.9.1 Investimentos Ambientais ....................................................................... 26

1.9.2 Tratamento de Efluentes ........................................................................ 27

1.9.3 Otimização no uso da Água ................................................................... 28

1.9.4 Gestão de Emissão de Gases de Efeito Estufa ..................................... 28

1.9.5 Resíduos Sólidos ................................................................................... 29

1.9.6 JBS Ambiental ........................................................................................ 29

1.9.7 Energia ................................................................................................... 30

1.9.7.1 Usina Termoelétrica .............................................................................. 30

1.9.7.2 Biodiesel ............................................................................................... 30

1.9.8 Reciclagem de Óleos ............................................................................. 31

1.9.9 Pecuária Sustentável e Treinamento para os Fornecedores.................. 31

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1.9.10 As parcerias sustentáveis do JBS S.A ................................................... 32

1.10 Divisão de Negócios .............................................................................. 33

1.10.1 Carnes ................................................................................................... 33

1.10.2 Lácteos .................................................................................................. 33

1.10.3 Couros ................................................................................................... 34

1.10.4 Fábrica de Latas .................................................................................... 35

1.10.5 Colágeno ................................................................................................ 35

1.10.6 Biodiesel ................................................................................................. 36

1.10.7 Transportadora ....................................................................................... 36

1.10.8 Vegetais ................................................................................................. 36

1.10.9 Oleoquímica ........................................................................................... 37

1.10.10 Envoltórios ........................................................................................... 37

1.10.11 Beef Jerky ............................................................................................ 38

1.10.12 Biolins .................................................................................................. 39

1.10.13 Reciclagem .......................................................................................... 39

1.10.14 Confinamentos ..................................................................................... 39

1.10.15 Insumos Agropecuários........................................................................ 40

1.10.16 Trade .................................................................................................... 40

CAPÍTULO II ANÁLISE FINANCEIRA DE EMPRESAS .................................. 42

2 CONCEITO DA ANÁLISE FINANCEIRA DE EMPRESAS .................... 42

2.1 Importância da Análise Financeira de Empresas ................................... 42

2.2 Demonstrações Contábeis ..................................................................... 44

2.2.1 Balanço Patrimonial ............................................................................... 45

2.2.1.1 Ativo ...................................................................................................... 46

2.2.1.1.1 Ativo Circulante .................................................................................. 46

2.2.1.1.2 Ativo Não Circulante........................................................................... 47

2.2.1.2 Passivo ................................................................................................. 48

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2.2.1.2.1 Passivo Circulante ............................................................................. 48

2.2.1.2.2 Passivo Não Circulante ...................................................................... 49

2.2.1.3 Patrimônio Líquido ................................................................................ 49

2.2.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) .................................. 50

2.3 Análises Vertical e Horizontal ................................................................. 52

2.3.1 Análise Vertical (AV) .............................................................................. 52

2.3.2 Análise Horizontal (AH) ......................................................................... 54

2.4 Índices Econômico-Financeiros de Análise ............................................ 55

2.4.1 Índices de Liquidez .................................................................................. 56

2.4.1.1 Índice de Liquidez Geral ....................................................................... 56

2.4.1.2 Índice de Liquidez Corrente .................................................................. 56

2.4.1.3 Índice de Liquidez Seca ........................................................................ 57

2.4.1.4 Capital de Giro Líquido ......................................................................... 58

2.4.1.5 Capital Circulante Próprio ..................................................................... 58

2.4.2 Índices de Endividamento ........................................................................ 58

2.4.2.1 Índice de Endividamento Geral ............................................................. 59

2.4.2.2 Índice de Endividamento Curto Prazo ................................................... 59

2.4.3 Índice de Rentabilidade............................................................................ 60

2.4.3.1 Margem Bruta ....................................................................................... 60

2.4.3.2 Margem Operacional............................................................................. 60

2.4.3.3 Margem Líquida .................................................................................... 60

2.4.3.4 Retorno sobre Ativo Total ...................................................................... 61

2.4.3.5 Retorno sobre Patrimônio Líquido ........................................................ 61

2.4.4 Índice de Estrutura ................................................................................... 61

2.4.4.1 Índice de Participação de Capital de Terceiro ....................................... 62

2.4.4.2 Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido ....................................... 62

2.4.4.3 Índice de Imobilização dos Recursos não Correntes ............................ 62

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2.4.5 Análise da Taxa de Retorno Esquema Margem e Giro .......................... 63

2.5 Capital de Giro ....................................................................................... 63

2.5.1 Necessidade de Capital de Giro ............................................................. 65

2.5.2 Saldo de Tesouraria ............................................................................... 65

2.5.3 Efeito Tesoura .......................................................................................... 66

2.5.4 Índices de Atividade ............................................................................... 67

2.5.4.1 Prazo Médio de Renovação de Estoque ............................................... 67

2.5.4.2 Prazo Médio de Recebimento de Vendas ............................................. 67

2.5.4.3 Prazo Médio de Pagamento de Compras ............................................. 68

2.5.4.4 Giro de Estoques .................................................................................. 68

2.5.4.5 Giro de Duplicatas a Receber ............................................................... 69

2.5.4.6 Giro de Fornecedores ........................................................................... 69

2.5.4.7 Giro do Ativo ......................................................................................... 69

2.5.4.8 Ciclo Operacional .................................................................................. 69

2.5.4.9 Ciclo Financeiro .................................................................................... 70

2.6 ROI ......................................................................................................... 70

2.7 Custo de Capital ..................................................................................... 71

2.8 Valor Econômico Agregado (VEA).......................................................... 72

2.9 Conclusão .............................................................................................. 73

CAPÍTULO III PESQUISA DE CAMPO ............................................................ 75

3 ANÁLISE FINANCEIRA DA EMPRESA JBS S.A. ................................ 75

3.1 Introdução .............................................................................................. 75

3.2 Demonstrações Financeiras ................................................................... 76

3.2.1 Balanço Patrimonial ............................................................................... 77

3.2.2 Análise da DRE ...................................................................................... 79

3.2.3 Análise de Capitais ................................................................................ 80

3.3 Análise dos Indicadores Financeiros ...................................................... 81

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3.3.1 Rentabilidade e Lucratividade ................................................................ 81

3.3.2 Estrutura ................................................................................................. 83

3.3.3 Liquidez .................................................................................................. 84

3.3.4 Índices de Atividades ............................................................................. 84

3.3.5 Endividamento ....................................................................................... 87

3.3.6 Margem e Giro ....................................................................................... 88

3.4. Análise da Necessidade de Capital de Giro - NCG ................................ 88

3.4.1 Saldo Tesouraria .................................................................................... 89

3.5 Custo e Retorno de Capital .................................................................... 89

3.5.1 Análise do Custo de Capital (Ki) ............................................................ 90

3.5.2 Análise do retorno sobre investimento - ROI .......................................... 91

3.6 Valor Econômico Agregado – VEA ......................................................... 92

3.7 Discussão e Parecer final ....................................................................... 95

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ..................................................................... 97

CONCLUSÃO ................................................................................................... 98

REFERÊNCIAS .............................................................................................. 100

APÊNDICES ................................................................................................... 102

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INTRODUÇÃO

Diante de um cenário onde a competitividade empresarial está cada vez

mais acirrada as organizações devem buscar ferramentas que as auxiliem na

mensuração de seus resultados a fim de conseguir uma melhor análise para

sua tomada de decisão, para alcançar seus objetivos e ter vantagem

competitiva no mercado.

Os gestores necessitam de ferramentas e instrumentos cada vez mais

assertivos e com acuracidade confiável, de modo que tenham cada vez mais

sucesso em suas tomadas de decisão, possam desenvolver novas estratégias,

traçar objetivos e ter melhor visão de seu negócio e ramo de atuação no

mercado em que estão inseridos. Os investidores e acionistas também se

utilizam dessas ferramentas para decidir sobre a viabilidade de investir ou não

nas organizações.

A Análise Financeira Tradicional das Demonstrações Contábeis,

composta pelos indicadores, é uma importante ferramenta para a tomada de

decisão. Os indicadores financeiros são os grandes responsáveis pela

mensuração, avaliação e levantamento da situação econômica financeira real

das empresas e essa avaliação tem por finalidade detectar os pontos fortes e

os pontos fracos do processo operacional e financeiro da companhia,

objetivando propor alternativas de curso futuro a serem tomadas e seguidas

pelos gestores da empresa.

Com isso, a importância de realizar uma Análise Financeira, também

conhecida como Análise das Demonstrações Contábeis ou Análise de

Balanços, dentro de uma empresa é de avaliar ou estudar a viabilidade,

estabilidade e a lucratividade de um negócio, ou seja, avaliar a eficiência, as

oportunidades e os riscos de cada negócio, tornar-se cada vez mais importante

nos ambientes organizacionais.

Além dessas análises é conveniente que as empesas trabalhem também

constantemente as avaliações das Necessidades de Capital de Giro e Valor

Econômico Agregado.

O Valor Econômico Agregado (Economic Value Added - EVA) é uma

medida de criação de valor identificada do desempenho operacional da própria

empresa, conforme retratado pelos relatórios financeiros. Indicam se a

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empresa está sendo capaz de cobrir todos os seus custos e despesas,

inclusive o custo de capital próprio, e, com isso, de gerar riquezas aos seus

acionistas. (ASSAF NETO, 2011).

Conforme Tófoli (2012, p.45):

O capital de Giro Bruto compreende o Ativo Circulante, mais precisamente pelos itens de estoque, valores a receber e recursos disponíveis no momento e o Capital de Giro Líquido, a diferença entre o Ativo Circulante e o Passivo circulante

Weighted Average Cost of Capital (WACC), em português Custo Médio

Ponderado de Capital, reflete o valor mínimo de retorno obtido em cima de um

determinado investimento, demonstrando qual foi o custo do investimento de

Capital Próprio (Patrimônio Líquido) e de terceiros (Passivo Circulante oneroso

e Exigível a Longo Prazo). (GITMAN, 2004)

Ainda, de acordo com Gitman:

Custo médio ponderado de capital (CMePC), reflete o futuro custo médio esperado de fundos da empresa a longo prazo; é encontrado ponderando-se o custo de cada tipo especifico de capital por sua proporção na estrutura de capital da empresa. (GITMAN, 1997, p. 395)

Sendo assim, foi traçado como objetivo avaliar a saúde econômico-

financeira da empresa JBS S.A. que abriu as suas portas para a elaboração da

pesquisa. O conteúdo deste trabalho traz conceitos, importância e aplicação

das principais ferramentas para uma ótima análise. O que determinou a

elaboração do presente trabalho foi buscar maior conhecimento sobre o tema

abordado e aplicação dos instrumentos de análises econômicos financeiras dos

segmentos do grupo JBS S.A., um conglomerado de empresas que conta com

mais de 10 segmentos de negócios. Para demonstrar na prática foi realizado

um estudo de caso de fevereiro a outubro de 2013, no Complexo Industrial,

localizado na Estrada de Acesso Lins/Getulina s/n Distrito Industrial Lins – SP,

em busca de responder a seguinte pergunta problema: A Análise Financeira

Tradicional reflete na situação real da empresa?

Em resposta a esse questionamento propôs-se a seguinte hipótese: A

Análise Financeira Tradicional não reflete a situação real da empresa, pois não

contempla a necessidade de capital de giro e se houve valor agregado, bem

como análise do Custo do Retorno de Capital.

Para sequenciar esse trabalho, o conteúdo foi dividido em três capítulos

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assim estruturados:

Capítulo I – Relata todo contexto histórico da empresa, ramo de atividades,

marcas, expansão dos negócios e cenário atual.

Capítulo II – É apresentada uma revisão bibliográfica sobre os 3 principais

grupos de Análise Financeira: Análise Tradicional, Necessidade de Capital de

Giro e Valor Econômico Agregado, com objetivo de dar estrutura e

fundamentos para serem aplicados nos relatórios Financeiros disponibilizados

pela empresa.

Capítulo III – Demonstra a aplicação dos 3 principais grupos de Análise

Financeira: Análise Tradicional, Necessidade de Capital de Giro e Valor

Econômico Agregado, com o objetivo de levantar informações sobre a situação

financeira econômica na qual a empresa se encontra nos períodos de 2010,

2011 e 2012.

Em conclusão desse trabalho, é apresentada uma proposta de Intervenção

e a Conclusão.

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CAPÍTULO I

A EMPRESA JBS S.A.

1 HISTÓRIA

Em 1953, na cidade de Anápolis - GO, o empresário José Batista

Sobrinho abriu um açougue chamado Casa de carne Mineira, onde começou

suas operações.

Em 1968 obteve aquisição da primeira planta de abate em Planaltina-DF

e em 1970, surgiu a Friboi, que apresentava um forte crescimento e expansão

ao decorrer dos anos. Em 1982 a 2002 a planta de abate e aquisições com a

produtividades expandiam-se com seu desenvolvimento, atingindo a marca de

5,8mil cabeças/dia. Em 2005, com a reestruturação do grupo Friboi, surgiu a

JBS S.A., com sede à Avenida Marginal Direita do Tietê, 500. Vila Jaraguá -

São Paulo - SP - Brasil.

1.1 Expansão do Negócio

A JBS S.A. é a maior empresa em processamento de proteína animal do

mundo e atua nas divisões de negócios com o segmento de Carne Bovina,

Suína, Ovina de Aves, lácteos e derivados, confinamento, produção e

comercialização de couros, latas, colágeno, biodiesel, transporte, tranding e

vegetáveis.

Em 2007, a JBS consolidou-se como a maior empresa do mundo no

setor de carne bovina, com a aquisição da Swift & Company nos Estados

Unidos e na Austrália. Com a nova aquisição, a JBS ingressou no mercado de

carne suína, apresentando um expressivo desempenho, também nesse

segmento, ao encerrar o exercício como o terceiro maior produtor e

processador desse tipo de carne nos Estados Unidos da América. A aquisição

aumentou o portfólio da companhia ao incluir os direitos sobre a marca Swift

em nível mundial.

Em 19 de Setembro de 2009 com a compra do grupo Bertin, a empresa

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pode entrar no segmento de Lácteos e Biodiesel.

A JBS consolidou a sua plataforma de produção de proteína animal no

mundo e diversificou a sua atuação. Com a compra da Pilgrim’s Pride, a JBS

ingressou no segmento de frangos.

Em junho de 2013, a JBS anunciou a compra de unidades da Marfrig em

uma operação que movimentou cerca de R$ 5,85 bilhões. Com isso, seu

Faturamento atualizado para os próximos anos poderá se aproximar dos

R$ 100 bilhões. Com a Compra da Seara, a empresa elevou sua presença

mundial do mercando de carnes suínas e se tornou a maior companhia no

mercando global de aves.

A gestão da JBS busca a modernização, qualidade dos produtos e

matérias primas, construção de melhores relações com parceiros clientes,

colaboradores, sociedade e satisfação de acionistas e com um compromisso

de responsabilidade socioambiental.

Figura 1: Vista aérea JBS S.A.

Fonte: JBS S.A., 2013.

A companhia está presente em todos os continentes, com 286

instalações incluindo as plataformas de produção e escritórios espalhados pelo

Brasil, Argentina, Itália, Austrália, Estados Unidos da América, Uruguai,

Paraguai, México, China, Rússia, entre outros países, e conta com uma equipe

com mais 140 mil colaboradores.

O grupo JBS é considerado a maior produtora de carne bovina do

mundo, uma das maiores exportadoras de carnes e embutidos, a maior

processadora de couro do mundo, a maior produtora de frango em nível

mundial, após a compra da Seara, a terceira maior produtora de suíno nos

Estados Unidos e a maior produtora mundial, de cordeiro, gerando empregos

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diretos e indiretos e, já foi considerada, a maior empresa do mundo em

números de exportações nacionais e internacionais.

1.2 Missão

A JBS tem como missão ser a melhor em tudo aquilo que se propuser a

fazer, e seu maior foco são garantir os melhores produtos e satisfação a seus

clientes, uma absoluta solidez a seus fornecedores, rentabilidade satisfatória a

seus acionistas e estabilidades a seus colaboradores. Tendo como principais

objetivos: excelência, planejamento, obstinação e disciplina.

De Acordo com Parente: Uma missão bem elabora, compartilhada e absorvida pelos dirigentes e empregados proporciona um alinhamento de propósitos, de direção, de valores e de oportunidades. Para uma empresa de varejo, como muitas lojas e equipes espalhadas em várias regiões, uma boa declaração de missão estimula e assegura que a filosofia empresarial da empresa seja praticada de forma independente, porém com consistência e uniformidade, visando atingir os objetivos da empresa. (PARENTE, 2000, p. 54)

1.3 Visão

A JBS é uma empresa bem conceituada em sua excelência de produtos

e serviços agregando conhecimento tecnologia e os valores na empresa, fruto

de grande visão de negócios.

Conforme Costa: Uma visão compartilhada tem valor inestimável para a organização, pois sua função é explicitar o que a empresa quer ser, unificar as expectativas; dar um sentido de direção; facilitar a comunicação; ajudar o envolvimento e o comprometimento das pessoas; dar energia às equipes de trabalho; inspirar as grandes diretrizes; e balizar as estratégias e demais ações da empresa. (COSTA, 2004, p.36).

A JBS vem trabalhando para obter liderança em todas as áreas de

atuação e procurando aumentar o seu Valor Econômico Agregado, com espírito

empreendedor necessário para tornar-se um parceiro confiável dos seus

clientes, melhorando a cada dia mais a qualidade de seus produtos,

minimizando o tempo de Lead Time e diminuindo seus custos em segmentos

agregados.

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1.4 Valores

Os valores da empresa são: planejamento, determinação, disciplina,

disponibilidade, franqueza e simplicidade.

1.5 Cultura

A empresa JBS tem como fatores predominantes em sua cultura, sua

missão visão e valores e seus aprendizados complementares, tendo a

confiança e como prioridade o bem comum. A sua cultura é mantida como um

pilar com sua gente, seus produtos e seus clientes.

1.6 Política de Qualidade

A JBS S.A. tem como política de qualidade, a melhoria contínua da

qualidade dos seus processos e produtos, o perfeito atendimento às

necessidades de seus clientes e acionistas, o investimento na capacitação de

seus colaboradores, a garantia da segurança dos consumidores, respeitando

os requisitos legais, comunidade e o meio ambiente, com foco no

desenvolvimento sustentável.

1.7 Organograma

Figura 2: Organograma JBS S.A.

Fonte: JBS, 2013.

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Conforme Chiavenato:

O organograma permite a visualização da estrutura do organismo de forma simples e direta. Ele é estático por definição sendo uma espécie de retrato do esqueleto organizacional da empresa (CHIAVENATO, 2001, p. 251)

1.8 Responsabilidade Social

A JBS acredita que ser uma empresa sustentável é uma parte essencial

da sua missão. A Companhia reconhece que, além do impacto econômico por

meio da geração global de mais de 135 mil empregos, também tem um papel

positivo nas comunidades onde opera e assim contribuí para o

desenvolvimento social e econômico muito além dos impactos diretos e

indiretos das suas operações.

Essa empresa acredita que um forte relacionamento com as

comunidades locais é fundamental para o sucesso de seus negócios. Cada

uma das suas unidades procura atuar ativa e positivamente nas comunidades

onde opera, promove suporte financeiro para algumas instituições de caridade

e apoia eventos locais no entorno de suas unidades produtoras, como

campanhas para prevenção de câncer, doação de alimentos e projetos de

educação. Adicionalmente, em 2009, a JBS fundou o Instituto JBS, que

recentemente mudou seu nome para Instituto Germinare, com foco em

iniciativas sociais.

1.8.1 Instituto Germinare

Criado em 2009, o Instituto Germinare tem como sua principal ação e

iniciativa a Escola Germinare. Estabelecida em fevereiro de 2010, a escola,

localizada próxima à matriz da JBS em São Paulo, oferece gratuitamente

educação primária e secundária para jovens talentos, com o objetivo de

preparar melhores cidadãos para enfrentar os desafios da vida, através de

rigorosa formação acadêmica e ampla exposição cultural. Atualmente, 800

estudantes estão matriculados recebendo gratuitamente material escolar,

alimentação e uniformes.

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A JBS acredita que, o investimento nas futuras gerações irá capacitar

essa juventude com valores morais e éticos que permitirão contribuir

positivamente com a sociedade em sua volta. A Escola Germinare representa o

que a JBS acredita ser o principal instrumento para a transformação social: a

educação.

Figura 3: Escola Germinare

Fonte: JBS S.A., 2013.

1.8.2 JBS e Cia Brasileira de Ballet

A JBS apoia o Conservatório Brasileiro de Dança, pois acredita que esta

seja uma forma de divulgar a cultura brasileira no mundo.

O Conservatório Brasileiro de Dança foi idealizado para que os

bailarinos tivessem um espaço exclusivo para aprender e se aperfeiçoar. Em

seu quarto ano de existência tornou-se uma das maiores referências nacionais

no ensino de dança clássica, e a cada ano a busca por um trabalho de

excelência é intensificada.

O Conservatório mantém a ONG – Ciranda Carioca e a Cia. Brasileira de

Ballet que conta com o trabalho de profissionais altamente especializados para

ensinar, treinar e profissionalizar bailarinos de várias classes sociais e de

diversas partes do Brasil e da América Latina.

Eleita a melhor escola no Festival de Dança de Joinvile – SC, a maior

competição de dança do Brasil, em 2008 e 2009, ganhou reconhecimento

internacional participando hoje do Mônaco Dance Fórum, do International Ballet

Festival of Miami, festivais na China, entre outros convites para brilhar e

encantar públicos de vários países.

Para a JBS o incentivo às artes e projetos sociais é de extrema

importância, pois acredita que o Brasil se desenvolve com o compromisso de

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todos, investindo em talentos e crescendo com o país.

1.8.3 JBS e CRER - Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique

Santillo

O crescimento da JBS está associado às iniciativas sociais em todas as

regiões onde atua. Em Goiás, a JBS tem orgulho de apoiar o CRER - Centro de

Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo, que tem como desafio

oferecer tratamento multiprofissional de reabilitação aos portadores de

deficiências físicas e auditivas. Diferentes clínicas prestam o apoio necessário

ao tratamento terapêutico disponibilizado a cada paciente, visando sua

reabilitação.

Além da doação de equipamentos médicos importantes para o

atendimento dos pacientes e apoio mensal na alimentação do Centro, a JBS

firmou uma parceria para encaminhamento e seleção de pessoas com

necessidades especiais no mercado de trabalho para as unidades da Empresa

em Goiás.

1.9 Responsabilidade Ambiental

Com 286 unidades e escritórios em cinco continentes, a JBS assume a

obrigação de gerir responsavelmente seus recursos naturais, mitigar o impacto

ambiental e agir eticamente com seus fornecedores de matéria prima. Para

realizar esses objetivos, a JBS tem adotado um sistema de gestão ambiental

para melhorar o desempenho em áreas críticas, como consumo de água e

energia, redução de resíduos e redução de emissões de gases de efeito estufa.

Adicionalmente, a JBS desenvolveu um sistema de aquisição de gado para

auxiliar na luta contra o desmatamento ilegal do Bioma Amazônico.

1.9.1 Investimentos Ambientais

Adicionado ao Sistema de Gestão Ambiental (SGA), a JBS adotou um

plano de investimento ambiental que apoia financeiramente todas suas

operações em projetos específicos como:

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a) reduzir o consumo de água;

b) tratar efluentes líquidos;

c) gerir e controlar emissões de gases de efeito estufa;

d) adequar o armazenamento e descarte de resíduos sólidos.

Quadro 1: Investimentos Ambientais

INVESTIMENTOS AMBIENTAIS 2012 – JBS DIVISÃO CARNES

Por tipo de investimento

Efluentes líquidos 74,52%

Emissões atmosféricas 12,49%

Resíduos sólidos 8,59%

Outros 4,40%

Fonte: JBS S.A., 2013.

1.9.2 Tratamento de Efluentes

Cada unidade da JBS Brasil tem sistema de tratamento de efluentes

líquidos que cuidam adequadamente dessas descargas. Essas instalações

combinadas têm capacidade total de tratar 125.400,91 metros cúbicos de

efluentes por dia.

A JBS tem feito investimentos significativos para modernizar suas

estações de tratamento com o objetivo de garantir um alto nível de eficiência na

remoção de resíduos, subprodutos e poluentes.

Figura 4: Tratamento de Efluentes

Fonte: JBS S.A., 2013.

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1.9.3 Otimização no uso da Água

A JBS tem adotado metas para consumo de água em todas as unidades.

Como parte de sua política para buscar o uso eficiente dos recursos naturais,

alguns projetos foram implementados para otimizar o uso de água. Como

resultado do projeto, em suas unidades frigoríficas, em aproximadamente seis

meses, a JBS foi capaz de reduzir seu consumo de água em 6%.

Figura 5: Reaproveitamento de água

Fonte: JBS S.A., 2013.

1.9.4 Gestão de Emissão de Gases de Efeito Estufa

A JBS desenvolve ferramentas para medir e reduzir emissões de gases

de efeito estufa relacionados à sua atividade. Desde 2009, a Companhia tem

produzido um Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa. Esse

diagnóstico permite à companhia identificar e priorizar ações para reduzir as

emissões desse tipo de gás através da implementação de projetos de baixo

carbono.

A fim de manter a transparência sobre essas emissões, desde 2010 a

JBS é membro da Carteira ICO2 (Bovespa), um índice que inclui o grau de

eficiência relacionado a emissões e a receita da companhia. A Companhia

juntou-se ao Carbon Disclosure (CDP) Project em 2009, onde é divulgada a

gestão e as estratégias relacionadas à mitigação das mudanças climáticas.

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1.9.5 Resíduos Sólidos

A JBS implementou em todas as suas unidades de negócios um

programa para a Gestão de Resíduos Sólidos que regula o armazenamento,

processamento e disposição desse tipo de resíduos produzidos nas suas

instalações. O Programa também apoia a estratégia de longo prazo para a

redução do impacto dos resíduos sólidos.

1.9.6 JBS Ambiental

JBS Ambiental oferece soluções de gerenciamento de resíduos sólidos

por meio de tratamento, transformação, reaproveitamento e/ou destinação

adequada de materiais e resíduos industriais, recicláveis, não recicláveis e

perigosos. A unidade industrial implantada na cidade de Lins – SP desenvolve,

a partir de resíduos industriais plásticos, produtos reciclados, como resinas de

Polietileno de Alta Densidade (PEAD), Polietileno de Baixa Densidade (PEBD),

Polietileno Linear de Baixa Densidade (PEBDL) e Polipropileno (PP), que são

usados na geração de novos produtos.

Com capacidade instalada para reciclar 500 ton./mês de resíduos

plásticos, dispõe de equipamentos modernos e inovadores que mantêm as

características técnicas dos insumos próximas às originais A Unidade também

gerencia mais de 1.000 ton./mês de outros resíduos (como papel/ papelão e

resíduos metálicos ferrosos e não ferrosos) destinados à reciclagem. A JBS

está em processo de implantação de outras unidades em suas operações com

o objetivo ampliar seu gerenciamento de resíduos sólidos.

Figura 6: Ambiental (Reciclagem)

Fonte: JBS S.A., 2013.

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1.9.7 Energia

A JBS possui ações que visam à introdução de fontes renováveis de

energia em suas caldeiras industriais, bem como em sua frota de veículos e

caminhões com a utilização do Biodiesel como seu combustível principal. Em

2012, o consumo de energia direta proveniente de fontes renováveis foi de

89%, com aumento de 11% em relação a 2011.

1.9.7.1 Usina Termoelétrica

A Biolins, unidade da JBS, produz energia elétrica a partir do vapor

gerado por meio da cogeração, onde utiliza o bagaço de cana-de-açúcar como

combustível. Sua capacidade instalada é de 28.000 KW, o suficiente para

abastecer o complexo industrial da JBS de Lins, e comercializar o excedente

com outras empresas da região.

Figura 7: Usina Termoelétrica

Fonte: JBS S.A., 2013.

1.9.7.2 Biodiesel

A JBS Biodiesel tem capacidade para produzir o combustível a partir de

óleos vegetais e gordura animal em fábricas totalmente automatizadas, com

um moderno sistema de produção e análises laboratoriais.

A JBS Transportadora realizou testes com o uso do combustível B20 e

B100 (20% e 100% de biodiesel, respectivamente) em sua frota de caminhões,

e constatou que houve redução na emissão de poluentes. Deste modo, busca

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incentivar a indústria automobilística no desenvolvimento de novas tecnologias

que possam melhorar ainda mais a performance dos veículos e mitigar as

emissões de poluentes.

Figura 8: Unidade Produtora de Biodiesel

Fonte: JBS S.A., 2013.

1.9.8 Reciclagem de Óleos

Desde 2009, a JBS possui um projeto de coleta e reciclagem de óleo

vegetal de cozinha usado em diversos municípios brasileiros. O projeto tem por

objetivo a conscientização ambiental e o incentivo à reciclagem. Em 2011, a

Companhia coletou o volume de 313.450 litros de óleo vegetal usado. Todo

este produto foi reaproveitado e transformado em biodiesel.

1.9.9 Pecuária Sustentável e Treinamento para os Fornecedores

A JBS tem o compromisso de comprar gado apenas de fazendas

regulares que respeitam e cumprem a legislação brasileira. Para garantir a

adesão a esta política e ter o mais alto nível de transparência, a JBS investe

continuamente num sistema de monitoramento com a mais alta tecnologia que

permite averiguar o cumprimento dos critérios legais de cada fornecedor antes

da compra do gado, o que garante a origem legal de todo gado abatido.

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Figura 9: Pecuária Sustentável

Fonte: JBS S.A., 2013.

O sistema de monitoramento da JBS para o bioma amazônico utiliza

imagens de satélite e uma série de ferramentas e procedimentos para a análise

dos dados de cada propriedade para identificar e determinar se atende os

critérios legais para o fornecimento de gado a empresa.

1.9.10 As parcerias sustentáveis do JBS S.A

O compromisso Sustentável da JBS é evidenciado pela maneira que cria

e estabelece seus relacionamentos com parceiros que buscam uma agenda

positiva de trabalho. A JBS tem estabelecido diálogo com Organizações Não

Governamentais (ONGs), como a WWF (World Wildlife Fund), Solidaridad,

Aliança da Terra, TNC (The Nature Conservancy) e NWF (National Wildlife

Federation), e participa do GTPS (Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável),

do qual é membro do Conselho Diretor.

Adicionalmente, a JBS é membro fundador e compõe o Comitê

Executivo e o Conselho Executivo da Global Roundtable for Sustainable Beef

(GRSB), em um fórum multisetorial onde participam indústrias, ONGs,

organizações de produtores e varejistas, os quais têm a missão de promover a

melhoria contínua em sustentabilidade para a cadeia global de valor da carne

através de liderança, ciência e engajamento e colaboração de todos os agentes

do setor.

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1.10 Divisão de Negócios

A Empresa JBS S.A atua em 16 segmentos sendo; Carnes, Lácteos,

Couros, Latas, Colágeno, Biodiesel, Transportes, Vegetais, Oleoquimica,

Confinamentos, Envoltórios, Biolins, Reciclagem, Beef Jerky, Insumos

Agropecuários e Trade.

1.10.1 Carnes

Como a maior produtora de proteína animal do mundo a JBS S.A

trabalha com “in natura” e industrializados, sendo carnes bovinas, suína, ovina

e de aves com matérias primas como: carnes enlatadas, Beef Jerky,

Surpergelados e pratos prontos entre outros que levam o nomes e marcas de

Swift, Maturatta, Apeti, Bertin, Friboi , Organic Beef, Cabaña las lilás, Bordon,

Anglo entre outros.

Todo o seu processo de produção é inspecionado com o serviço de

inspeção federal (SIF), sendo emitido um certificado Sanitário Internacional

(CSI), para as exportações de matérias primas.

Figura 10: Carnes

Fonte: JBS, 2013.

1.10.2 Lácteos

O Segmento de Lácteos na JBS S.A é concentrado nos produtos como

cream Cheese e requeijão, que hoje estão sendo exportados para a Europa,

Angola, Egito, Rússia e Cabo Verde. A empresa tem total segurança alimentar

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contendo boas praticas de fabricação (BRF),e possui o ISSO 9001 e a

certificação de Analise de Perigo e Pontos Críticos de controle(HACCP).

Figura 11: Lácteos

Fonte: JBS, 2013.

1.10.3 Couros

A JBS é a maior empresa exportadora de couros e conta com 14

unidades no Brasil e uma unidade na China, possui vários centros de

distribuição sendo na Itália, Republica Checa e China. Produz couros nos

estágios de wet-blue, semiacabado e acabado para os setores de calçados,

automobilístico, artefatos e moveleiro.

Sendo a primeira empresa da América Latina a adquirir o certificado

internacional do Centro de Tecnologia SATRA, organização inglesa de prestígio

mundial, que analisa e certifica a padronização dos itens fornecidos a grandes

indústrias de calçados e acessórios. Possuindo também o ISO 9001:2000,

fazendo com que tenha uma ótima qualidade dos seus produtos.

Figura 12: Couros

Fonte: JBS, 2013.

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1.10.4 Fábrica de Latas

A fábrica de latas iniciou suas operações em 1994, essas foram criadas

para atender a necessidade da divisão de carnes para o acondicionamento da

carne industrializada, e, conforme a demanda, a fabrica passou por avanços

tecnológicos passando a ser uma das cinco maiores produtoras do país e pelo

segmento, são fabricadas latas cilíndricas e trapezoidais para alimentos em

geral. Além de tudo as latas são de ultima tecnologia sendo biodegradável e

100% reciclável não contendo conservantes, garantindo a característica do

produto.

Figura 13: Latas

Fonte: JBS, 2013.

1.10.5 Colágeno

A JBS S.A produz e comercializa fibra natural de colágeno com a marca

Novaprom sendo pioneira no Brasil e líder mundial na fabricação de fibra

natural de colágeno. Com forte capacidade de produção mensal, sendo

comercializada no Brasil e exportada para os maiores países, atendendo

principalmente as indústrias alimentícias para a utilização em produtos

cárneos, lácteos, em bebidas preparadas, panificação e alimentos funcionais.

Figura 14: Colágeno

Fonte: JBS, 2013.

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1.10.6 Biodiesel

A empresa JBS S.A tem capacidade de produzir 235 milhões de litros de

biodiesel anualmente com apenas duas unidades de produção sendo

localizada nos Municípios de Lins (SP) e Colider (MT). Tendo uma produção

totalmente automatizada e com uma ótima qualidade, contendo o ISO 9001-

2008 e buscando a certificação do ISO 17025.

Figura 15: Biodiesel

Fonte: JBS, 2013.

1.10.7 Transportadora

A JBS S.A contém uma grande estrutura logística para a sua própria

demanda, fazendo a busca de gado com caminhões de dois pavimentos,

distribuição geral dos seus produtos e transporte de containers para os portos

para exportação de produtos.

Figura 16: Transporte

Fonte: JBS, 2013.

1.10.8 Vegetais

Em 1991 a JBS S.A iniciou-se no segmento de vegetais na unidade de

Uberlândia (MG), podendo produzir atualmente 3 milhões de latas por mês

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entre milho verde em conserva ervilha e seleta de legumes, assim produzindo e

comercializando vegetais enlatados prontos para o consumo, com as

respectivas marcas Swift, anglo e Bordon.

Figura 17: Vegetais

Fonte: JBS, 2013.

1.10.9 Oleoquímica

A Empresa JBS S.A atua no segmento de Oleoquímica com produção

de produtos através de óleos vegetais, gordura animais e produtos químicos. A

Empresa atual no Brasil e no exterior com o fornecimento de produtos no

segmento de química fina, lubrificantes, ceras, material escolar, tintas,

plásticos, pneus, borrachas, têxtil, metais, mineração, fertilizantes, agrícolas,

química em geral e alimentos.

Com uma grande parceria realizada em 2010 com a empresa Dupont,

iniciou-se a produção de metilato de Sódio, principal catalisador para a

produção de Biodiesel, na unidade de Pirapozinho (SP), Primeira fabrica a

produzir catalisador no País.

Figura 18: Oleoquímica

Fonte: JBS, 2013.

1.10.10 Envoltórios

A empresa JBS S.A é reconhecida mundialmente no segmento de

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envoltórios, as unidades de produção é localizada nos municípios de Goiânia

(GO), Ituiutaba (MG), Cáceres (MT), Maringá (PR) e em Lins (SP).O envoltório

é produzido através de tripas resultantes de abate de bovinos ,atendendo o

mercado de invólucros e embutidos como mortadela, salames, salsichas,

linguiças entre outros.

As maiores partes dos produtos são para atender a demanda

internacional, pois a JBS S.A atua nas instituições internacionais do setor como

INSCA (International Natural Casing Association) e ENSCA (European Natural

Casing Association), assim obtendo ótimo reconhecimento no mercado.

Figura 19: Envoltórios

Fonte: JBS, 2013.

1.10.11 Beef Jerky

A JBS S.A atua no segmento de Beef Jerky com a Meat Snacks Parthers

uma das maiores produtoras de Beef Jerky e Sancks do mundo, a produção é

realizada através da carne bovina, tendo as unidades de produção localizada

nos municípios de Santo Antônio de Posse (SP) e Lins (SP).

Na produção do Beef Jerky utiliza-se o método de rastreabilidade, assim

garantindo a qualidade da matéria prima dos produtos, sua comercialização

atualmente é destinada apenas para o mercado internacional.

Figura 20: Beef Jerky

Fonte: JBS, 2013.

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1.10.12 Biolins

A Biolins é localizada na unidade industrial de Lins (SP), a Biolins gera

vapor e energia através da queima do bagaço de cana de açúcar, assim com

sua própria geração de energia atende a todas as unidades fabris da JBS S.A.

Comercializando também a energia para outras empresas da região do

município de Lins (SP).

Figura 21: Biolins

Fonte: JBS, 2013.

1.10.13 Reciclagem

A JBS S.A atua também no segmento de reciclagem de materiais, utiliza

se os resíduos industriais para produzir produtos reciclados como resinas de

PEAD, PEBD, PEBDL e PP. Com tecnologia de ponta as matérias pós-

industriais são processadas e mantem suas características próximas as

originais, dando também destino correto para os resíduos não aproveitáveis.

Figura 22: Reciclagem

Fonte: JBS, 2013.

1.10.14 Confinamentos

A JBS S.A atua também no segmento de Confinamento disponibilizando

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a pecuaristas que desejam aumentar sua produção de bovinos, atualmente são

3 plantas de confinamento com ótimas estruturas com tecnologia avançada em

nutrição, manejo, técnicas de comercialização e capacidade de 200mil bois/ano

e com diversas condições de pagamento.

Figura 23: Confinamentos

Fonte: JBS, 2013.

1.10.15 Insumos Agropecuários

A JBS S.A atua no segmento de insumos agropecuários para fortalecer a

cadeia produtiva dos confinamentos assim melhorando a vida dos pecuaristas

disponibilizando serviços de alta qualidade, nutrição, sanidade e manejo

animal.

Figura 24: Confinamentos

Fonte: JBS, 2013.

1.10.16 Trade

A JBS S.A atua no segmento de Trade desde 2005 para atender a

demanda de compra de matéria prima. Atualmente comercializa um grande

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volume de produtos importados como óleos vegetais, químicos e gordura

animal, para a própria JBS S.A e outras empresas no mercado interno.

Figura 25: Trade

Fonte: JBS, 2013.

A JBS S.A. é considerada a maior empresa em nível mundial no ramo da

proteína animal, pelo o presente fato de obter uma unidade no município de

Lins-SP, sendo o maior empregador da região, foi escolhida para a realização

da pesquisa de Trabalho de Conclusão de Curso, cujo tema abordado é a

Análise Financeira tradicional de empresas e análises avançadas. O grupo JBS

S.A é um conglomerado de empresas que conta com mais de 10 segmentos de

negócios, portanto as análises foram efetuadas através dos relatórios

consolidados de todas as suas unidades.

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CAPÍTULO II

ANÁLISE FINANCEIRA DE EMPRESAS

2 CONCEITO DA ANÁLISE FINANCEIRA DE EMPRESAS

De acordo com Silva (2008), a Análise Financeira é uma ferramenta que

auxilia na Avaliação Econômico-Financeira da empresa, consiste em um

exame detalhado dos dados financeiros disponíveis da empresa, bem como as

condições internas e externas.

Segundo Padoveze:

A avaliação sobre a empresa tem por finalidade detectar os pontos fortes e os pontos fracos do processo operacional e financeiro da companhia, objetivando propor alternativas de curso futuro a serem tomadas e seguidas pelos gestores da empresa. (PADOVEZE, 2008, p. 190)

2.1 Importância da Análise Financeira de Empresas

Historicamente, a Análise Financeira sempre esteve muito ligada à

necessidade de identificação da solidez a do desempenho das empresas. A

partir de meados do século XIX, fatos como o surgimento das grandes

corporações nos Estados Unidos levaram à separação das funções de

proprietário e de administrador da empresa, o que efetivamente passou a exigir

um sistema de avaliação formal do desempenho da própria administração. Ao

mesmo tempo, banqueiros e credores também começaram a usar formas de

avaliação baseadas nas demonstrações contábeis. Por volta de 1980, já era

procedimento rotineiro dos bancos comerciais solicitarem demonstrações

contábeis para avaliação de seus clientes (tomadores de recursos) nos

Estados Unidos. (SILVA, 2005)

Com o passar do tempo, outros tipos de demonstrações contábeis,

principalmente das empresas de capital aberto, passaram a ser exigidas, e a

Análise Financeira tornou se um instrumento de grande importância, utilizada

com o objetivo de adquirir conhecimentos sobre a empresa. (MARION, 2006)

A Análise Financeira consiste em um processo de averiguação e de

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reflexão com determinado fim. Para se proceder à análise é necessário

decompor um todo em partes, examinando com minúcia cada uma das partes

em busca de explicações ou do entendimento do todo, da parte, ou de alguma

característica ou anormalidade que se pretende identificar. No caso de análise

de empresas, as razões mais frequentes que levam ao desenvolvimento

tendem a ser de caráter econômico financeiro. Geralmente, a análise financeira

de uma empresa é baseada em suas demonstrações financeiras, resultando os

balanços publicados em uma das principais fontes de informações para os

analistas. (SILVA, 2005)

A Análise Financeira de Empresas pode atender diferentes públicos e

objetivos. Segundo Marion (2006, p. 25). “[...] ela é muito importante para quem

está interessado em relacionar-se com uma empresa [...]”.

Segundo Silva (2005), uma análise desenvolvida com base em dados

contábeis confiáveis reduz o grau de incerteza que ocorrem da ausência de

referenciais quantitativos, ela analisa os resultados e possibilita a correção da

rota da empresa, sendo, portanto, uma ferramenta que auxilia na avaliação da

empresa.

Segundo Padoveze:

A avaliação sobre a empresa tem por finalidade detectar os pontos fortes e os pontos fracos do processo operacional e financeiro da companhia, objetivando propor alternativas de curso futuro a serem tomadas e seguidas pelos gestores da empresa. (PADOVEZE, 2008, p. 190)

Conforme Silva (2005), a análise financeira de uma empresa envolve as

seguintes atividades:

a) Coleta: obtenção das demonstrações contábeis e outras

informações, como as relativas ao mercado de atuação da empresa,

seus produtos, seu nível tecnológico, seus administradores e seus

proprietários;

b) Conferência: Consiste em uma pré-análise para verificar se a

informações estão completas, se são compreensíveis e confiáveis;

c) Preparação: fase de reclassificação das demonstrações contábeis

para adequá-las aos padrões internos da instituição que vai efetuar a

análise;

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d) Processamento: processamento das informações e emissão dos

relatórios no formato interno da instituição;

e) Análise: fase de análise das informações disponíveis, principalmente

dos relatórios e indicadores já obtidos, compreendendo a

consistência das informações, as observações das tendências

apresentam pelos números e todas as demais conclusões que

possam ser extraídas do processo;

f) Conclusão: consiste em identificar, ordenar, destacar e escrever

sobre os principais pontos levantados através da análise, afim de

facilitar na tomada de decisão.

De acordo com Assaf Neto e Lima:

A análise das Demonstrações Financeiras visa fundamentalmente ao estudo do desempenho econômico-financeiro de uma empresa em determinado período passado, para diagnosticar sua posição atual e produzir resultados que sirvam de base para previsão de tendências futuras. (ASSAF NETO; GUASTI LIMA, 2011, p. 216)

Para o desenvolvimento da análise, existem algumas técnicas que são

instrumentos essenciais: os Indicadores Econômicos (Análise de Atividade,

Análise de Endividamento, Análise de Lucratividade e Análise de Liquidez),

Análise Vertical e Horizontal.

Segundo Gitman (2004), a análise por meio de Índices é usada para

comparar o desempenho e a situação de uma empresa com outras empresas,

ou consigo mesma ao longo do tempo, envolve métodos de cálculo e

interpretação.

O objetivo final da análise econômico-financeira é auxiliar os

administradores a realizarem um planejamento consistente, pois agir sob

tentativas de erros e acertos, por suposições, pode resultar em graves

consequências.

2.2 Demonstrações Contábeis

De acordo com Assaf Neto; Guasti Lima (2011), as Demonstrações

Contábeis correspondem a um conjunto de informações apuradas e divulgadas

pelas empresas, demonstra os vários resultados de seu desempenho em um

exercício ou período. Através das Demonstrações Contábeis, é possível obter

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conclusões sobre a saúde econômico-financeiro da empresa.

Segundo Assaf Neto; Guasti Lima (2011), as Demonstrações Contábeis

brasileiras são basicamente regidas pela Lei n° 6.404/76, e complementos a

Lei n° 11.638, promulgada em dezembro de 2007e a Medida Provisória 449/08

que determina a estrutura básica das quatro demonstrações principais: Balanço

Patrimonial; Demonstração das Mutações Patrimoniais ou Demonstração dos

Lucros ou Prejuízos Acumulados; Demonstração do Resultado do Exercício; e

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos. Além dessas quatro

demonstrações, existe a complementação obrigatória por meio de Notas

Explicativas e se for o caso, outros quadros analíticos ou demonstrações

contábeis necessárias para esclarecimento da situação patrimonial e dos

resultados do exercício.

A importância dos relatórios contábeis é fundamental para toda a análise

de balanços.

De acordo com Assaf Neto:

Somente pelo entendimento da estrutura contábil das demonstrações é que se podem desenvolver avaliações mais acuradas das empresas. Mais especificamente, todo processo de análise requer conhecimentos sólidos da forma de contabilização e apuração das demonstrações contábeis, sem os quais ficam seriamente limitadas as conclusões extraídas sobre o desempenho da empresa. (ASSAF NETO, 2008b, p. 65)

2.2.1 Balanço Patrimonial

Balanço Patrimonial é a demonstração contábil que apresenta todos os

bens e direitos da empresa (Ativo Circulante e não Circulante) e sua

obrigações (Passivo Circulante e não Circulante), em determinado momento.

Segundo Tófoli (2012), cada empresa está livre para determinar a data de

encerramento de seu balanço, porém, a maioria das empresas brasileiras

encerra seus balanços no final de cada exercícios.

De acordo com Tófoli (2012), o Balanço Patrimonial é formado por três

grandes grupos: o Ativo, o Passivo e o Patrimônio Líquido. No Ativo encontra-

se o conjunto de contas que representam os recursos aplicados em bens e

direitos enquanto no Passivo encontra-se as fontes de recursos e no

Patrimônio Líquido representa o valor contábil pertencente aos sócios.

Logo abaixo, demonstração do Balanço Patrimonial:

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Quadro 2: Estrutura básica do Balanço

ATIVO PASSIVO

CIRCULANTE CIRCULANTE

Caixas e Bancos Fornecedores

Estoques Salários e Encargos a Pagar

Clientes ou Duplicatas a Empréstimos Bancários

ATIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE

REALIZÁVEL EM LONGO PRAZO EXIGÍVEL EM LONGO PRAZO

Empréstimos a Coligadas Financiamentos Bancários

INVESTIMENTOS Patrimônio Líquido

Investimentos em Coligadas Capital Social

IMOBILIZADO Reserva de Capital

Imóveis Ações em Tesouraria

Móveis e Utensílios Prejuízos Acumulados

INTANGÍVEL

Marcas e Patentes

ATIVO TOTAL PASSIVO TOTAL

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

2.2.1.1 Ativo

No ativo encontra-se o conjunto de contas que representa os recursos

aplicados em bens e direitos, tais como: caixa e bancos, estoques, aplicações

de liquidez imediata, entre outras. (TOFOLI, 2012)

Segundo Iudícibus (2008), para ser um ativo é necessário que qualquer

item preencha os requisitos: constituir bem ou direito para a empresa, ser de

propriedade, posse ou controle de longo prazo da empresa, se mensurável

monetariamente e trazer benefícios presentes ou futuros.

Os recursos aplicados na empresa e alocados no Ativo são distribuídos

em dois grupos: Ativo Circulante e Ativo Não Circulante.

2.2.1.1.1 Ativo Circulante

O Ativo Circulante engloba, além das disponibilidades, créditos,

estoques e despesas antecipadas realizáveis no exercício social subsequente.

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O que caracteriza o Circulante é sua realização em até um ano. (ASSAF

NETO; GUASTI LIMA, 2011, p. 188)

Conforme Tófoli (2012), as contas do Ativo Circulante estão agrupadas

nos seguintes subgrupos:

a) Disponibilidades: são os recursos disponíveis em caixa, em bancos

ou em aplicações financeiras de curtíssimo prazo, disponíveis a

empresa e de alta conversibilidade em dinheiro;

b) Direitos realizáveis em curto prazo: são aqueles recursos aplicados

em diretos que se converterão em dinheiro, em curto prazo (até o

final do exercício seguinte ou até o final do ciclo operacional, caso

seja maior que um ano);

c) Estoques: são bens agrupados de acordo com sua finalidade, tais

como mercadorias para revenda, matérias-primas, produtos em

elaboração e produtos acabados;

d) Despesas antecipadas: são os recursos aplicados num exercício que

geram benefícios no exercício seguinte. São exemplos prêmios de

seguros, assinaturas de jornais e revistas, dentre outros.

2.2.1.1.2 Ativo Não Circulante

No Realizável a Longo Prazo (RLP) são agrupados as contas que

representam os direitos da empresa que serão realizáveis (convertidos em

dinheiro) após o término do exercício seguinte ou até o final do ciclo

operacional, caso seja maior que um ano. São os depósitos judiciais, impostos

a recuperar em longo prazo, empréstimos concedidos às empresas coligadas

ou controladas.

Conforme Tófoli (2012), as contas do Ativo Não Circulante estão

agrupadas nos seguintes subgrupos:

a) Ativo Realizável a Longo Prazo: inclui as contas que representam os

direitos da empresa que serão realizáveis (convertidos em dinheiro)

após o término do exercício seguinte ou após o final do ciclo

operacional, caso seja maior que um ano;

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b) Investimentos: referem-se às contas que não se destinam

especificamente às manutenções operacionais, tais como:

participação acionária em controladas e coligadas, obras de arte;

c) Imobilizado: é composto dos bens e direitos necessários à

manutenção das atividades da empresa, tais como: terrenos,

edifícios, instalações, máquinas e equipamentos, móveis e utensílios,

ferramentas, marcas e patentes etc.

d) Intangível: refere-se aos gastos de implantação, pesquisas e

desenvolvimento, gastos de reorganização, ou seja, são despesas

incorridas num exercício que se estenderão por mais de um exercício

social.

2.2.1.2 Passivo

O Passivo é composto pelas obrigações que a empresa tem com

terceiros, identifica as exigibilidades e obrigações da empresa, cujos valores

encontram-se investidos nos ativos. (ASSAF NETO, 2008a)

“O Passivo representa as fontes de recursos utilizados pela empresa,

podendo tais recursos ser proveniente de terceiros (dívidas) ou dos sócios, por

meio de aporte de capital ou de lucro pela própria empresa”. (SILVA, 2005, p.

134)

Os recursos do Passivo são classificados como curto e longo prazo,

definidos respectivamente, como Passivo Circulante e Passivo Não Circulante.

2.2.1.2.1 Passivo Circulante

No Passivo Circulante estão relacionados às obrigações de curto prazo

da empresa, cujos vencimentos acontecerão até o final do próximo exercício ou

até o final do ciclo operacional, caso seja maior que um ano. (TÓFOLI, 2012)

Conforme Tófoli (2012), as contas do Passivo Circulante estão

agrupadas nos seguintes subgrupos:

a) Empréstimos e Financiamentos: é composto pelas contas relativas

aos financiamentos bancários, títulos a pagar e empréstimos,

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49

originalmente tomados a longo prazo que se transformam em curto

prazo na medida em que se aproximam do vencimento;

b) Fornecedores: representa as compras a prazo feitas pela empresa;

c) Obrigações Fiscais: representa os impostos a recolher, tais como

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS),

Impostos de Produtos Industrializados (IPI), Imposto de Renda, entre

outros;

d) Outras Obrigações: refere-se às contas: Salários a Pagar, Encargos

Sociais a Recolher, Adiantamentos de Clientes, entre outros;

e) Provisões: são encargos e riscos que não têm datas de pagamento

fixadas ou com valores não conhecidos com exatidão, mais que são

calculáveis, mesmo que seja por estimativa, tais como Dividendos

Propostos, Gratificações e Participações de Administradores e

Empregados, Provisões de Férias, Provisões de 13° Salários e

outros.

2.2.1.2.2 Passivo Não Circulante

“O Passivo Não Circulante é composto pelas obrigações vencíveis após

o término do exercício social ou após o ciclo operacional da empresa, tais

como empréstimos e financiamentos, debêntures a pagar, entre outros”.

(TÓFOLI, 2012, p. 29)

2.2.1.3 Patrimônio Líquido

Segundo Tófoli (2012), o Patrimônio Líquido é formado pelos Capitais

Endógenos, ou seja, os recursos próprios dos acionistas ou proprietários.

Conforme Tófoli (2012), as contas do Patrimônio Líquido estão

agrupadas nos seguintes subgrupos:

a) Capital Social: representa valores efetivamente integralizados pelos

sócios ou proprietários. É demonstrado pelo capital subscrito

deduzido pela conta devedora que representa o Capital a Integralizar.

b) Reservas de Capital: são valores recebidos pela empresa que não

são receitas e não são exigíveis, como: ágio na emissão de ações,

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50

prêmio de emissão de debêntures, valorização do capital etc. Podem

ser utilizada para o aumento do capital Social, absorção dos

prejuízos (quando superiores aos valores de Lucros Acumulados e

das Reservas de Lucros) etc.

c) Reservas de Reavaliação: são os aumentos dos valores de ativos

reavaliados por laudos técnicos emitidos por profissionais

especializados.

d) Reservas de Lucros: são formadas para fins específicos. É composto

por Reserva Legal (5% do lucro, limitado a 20% do capital); Reservas

Estatutárias (em conformidade com o estatuto da empresa);

Reservas de Contingência (para compensar alguma perca ou

prejuízo futuro); Reserva para Expansão (destinadas a financiar

investimentos planejados); Reserva de Lucros a Realizar (lucros já

contabilizados, mas ainda não realizados financeiramente, com

realização prevista para longo prazo).

e) Prejuízos Acumulados: são os lucros ou prejuízos remanescentes

dos exercícios sociais atuais e anteriores ainda sem destinação

específica. Poderá ser distribuído aos acionistas (sócios), destinado

às Reservas, incorporadas ao Capital Social ou cobrir prejuízos nos

exercícios seguintes. Quando o prejuízo for maior que o saldo dos

lucros acumulados existentes, a conta apresentará um saldo

negativo.

2.2.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

Demonstração do resultado do exercício é um relatório contábil

elaborado em conjunto com o balanço patrimonial, que fornece uma síntese

financeira dos operacionais da empresa durante determinado período, fazendo

com que tenha uma visualização acumulada das receitas, custos e despesas

relativas a um determinado período de tempo. (SILVA, 2008).

De acordo com Iudicíbus:

A Demonstração do Resultado do Exercício é um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado período. É apresentada de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se as despesas e em seguida, indica-se o resultado (lucro ou prejuízo). (IUDICÍBUS, MARION, 2004, p.194)

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51

De acordo com Assaf Neto (2008, p.101), o DRE “engloba as receitas,

as despesas, os ganhos e as perdas do exercício, apurados por regime de

competências, independentemente, portanto, de seus pagamentos e

recebimentos”.

Apresentação normal reduzida do DRE é a seguinte:

Quadro 3: Estrutura reduzida do DRE

Receita Bruta de Venda ou Serviços

(-) Deduções da Receita Bruta

(-) Impostos sobre vendas

(+) Receita Líquida

(-) Custos da Mercadoria Vendida ou Custo do Serviço Prestado

(=) Lucro Bruto

(-) Despesas de Vendas

(-) Despesas Gerais Administrativas

(-) Outras Despesas

(+) Outras receitas

(=) Resultado antes das despesas e receitas financeiras

(+-) Despesas Financeiras Líquidas (deduzidas as Receitas Financeiras)

(=) Resultado antes dos tributos sobre o lucro

(-) Provisão para o imposto de Renda e Contribuição Social

(=) Resultado Líquido das operações continuadas

(-) Resultado Líquido das operações descontinuadas

(=) Lucro Líquido do Período

Fonte: Tófoli, 2012, p.30.

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52

A Demonstração do resultado de exercício é de suma importância para

avaliar a saúde financeira da empresa e ajudar nas tomadas de decisões.

2.3 Análises Vertical e Horizontal

Os métodos de análise vertical e horizontal prestam valiosa contribuição

na interpretação dos balanços patrimoniais e DRE de uma empresa, assim

avaliando a evolução econômico-financeira a partir de certa posição no

passado ate o presente, podendo ate mesmo inferir futuro da empresa. (SILVA,

2008; TÓFOLI, 2012)

As Análises Horizontal e Vertical são técnicas simples de aplicação e, ao

mesmo tempo, mais importante no que se refere à riqueza das informações

geradas para a avaliação do desempenho Financeiro empresarial. (ASSAF

NETO, 2008a)

Segundo Matarazzo (2003), os métodos de Análise Vertical e Horizontal

prestam valiosa interpretação da estrutura e da tendência dos números do

balanço de uma empresa.

A análise vertical e horizontal aponta com fácil visualização as contas

que mais se alteraram, facilitando as tomadas de decisão do administrador.

2.3.1 Análise Vertical (AV)

“A Análise Vertical dos demonstrativos financeiros corresponde ao

estudo das alterações das composições dos principais conjuntos de contas, ao

longo do tempo”. (TÓFOLI, 2012, p.35)

Ela visa à comparação das contas para facilitar a visualização das

alterações ocorrida.

Conforme Silva (2008, p.204):

O primeiro propósito da análise vertical (AV) é mostrar a participação relativa de cada item de uma demonstração contábil em relação a determinado referencial. No balanço, por exemplo, é comum determinarmos quanto por cento representa cada rubrica (e grupo de rubricas) em relação ao ativo total.

Conforme Matarazzo (2003, p.243), ”A análise Vertical baseia-se em

valores percentuais as demonstrações financeiras. Para isso se calcula o

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percentual de cada conta em relação a um valor-base”.

Para se calcular utiliza-se a regra de 3 simples.

Exemplo:

O Ativo Total está para 100%

A conta analisada está para x%

Ativo Total 10.200

Caixa e Bancos 150

10.200 100% Índice AV: 15.000=1,47%

150 x% 10.200

Quadro 4: Exemplo de uma análise vertical do ativo do Balanço Patrimonial onde se calcula o percentual de cada conta em relação ao total do ativo.

Contas Valores em reais Análise Vertical

Ativo

Caixa e Bancos 150 1,47%

Duplicatas a Receber 2.000 19,60%

Estoques 4.000 39,21%

Ativo Circulante 6.150 60,29%

Empréstimos a coligadas 50 0,49%

Ativo Realizável em LP 50 0,49%

Veículos 1.000 9,80%

Imóveis 3.000 29,41%

Ativo Imobilizado 4.000 39,22%

Ativo Total 10.200 100%

Fonte: Tófoli, 2012, p.36.

“No balanço Patrimonial, ao analisarmos pela análise vertical podemos

observar indicadores que facilitam a avaliação da estrutura do Ativo e do

Passivo.” (TÓFOLI, 2012, p.35)

A análise Vertical é simples e complexa, pois facilita a visualização das

contas de uma empresa para os administradores.

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2.3.2 Análise Horizontal (AH)

Análise Horizontal aplica-se nas contas das demonstrações financeiras

avaliando as contas e suas mudanças em certo período de tempo.

Conforme Assaf Neto (2008a, p.111), “Permite que se avalie a evolução

dos vários itens de cada demonstração financeira em intervalos sequenciais de

tempo”.

Contendo duas análises, sendo analise horizontal base e análise

horizontal anterior, a análise horizontal base é aplicada nos resultados das

contas do primeiro ano que é considerado o ano base e a análise horizontal

anterior é aplicada no resultado das contas do ano anterior.

“O Propósito da analise horizontal (AH) é permitir o exame da evolução

histórica de cada uma das contas que compõem as demonstrações contábeis”.

(SILVA, 2008, p. 210)

Exemplo:

“(Ano Base está para 100%,assim como o ano analisado está para X%)

menos 100% ou (ano anterior está para 100%,assim como o ano analisado

está para X%) menos 100%”. (TÓFOLI, 2012, p.36)

Quadro 5: Exemplo de 3 contas para a aplicação da analise horizontal.

Contas ANO1 ANO2 ANO3

Estoques 5.000 6.000 6.500

Fornecedores 3.000 4.000 4.100

Vendas líquidas 20.000 36.000 25.200

Fonte: Tófoli, 2012, p.37.

Estoques ano 15.000 100%

Estoques ano 2 6.000 x%

5.000x=60.000 x=600.000 x=120.000-100 x=20%

5.000

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Quadro 6: Exemplo da Análise Horizontal aplicada em 3 contas.

Contas ANO1 ANO2 AHb AHa ANO3 AHb AHa

Estoques 5.000 6.000 +20% +20% 6.500 +30% +8,3%

Fornecedores 3.000 4.000 +33% +33% 4.100 +36,6% +2,5%

Vendas líquidas 20.000 36.000 +80% +80% 25.200 +26% - 30%

Fonte: Tófoli, 2012, p.37.

Percebe-se que com a análise horizontal, do ano base e do ano anterior

pode-se ter uma melhor visualização da situação econômica das contas de

uma empresa, fazendo com que facilite as tomadas de decisões do

administrador.

2.4 Índices Econômico-Financeiros de Análise

Conforme Matarazzo (2003, p. 147) descreve: “Índice é a relação entre

contas ou grupos de contas das Demonstrações Financeiras, que visa

determinado aspecto da situação econômica ou financeira de uma empresa”.

Os índices englobam em uma técnica de análise mais aplicada, tem

como característica principal fornecer visão ampla as situação econômico-

financeiro da empresa.

Os indicadores econômico-financeiros são elementos que tradicionalmente representam o conceito de análise de balanço. São cálculos matemáticos efetuados a partir do balanço patrimonial e da demonstração de resultados, procurando números que ajudem no processo de classificação do entendimento da situação da empresa, em seus aspectos patrimoniais, financeiros e de rentabilidade. (PADOVEZE, 2008, p. 205)

Para um estudo mais eficiente sobre o desempenho de uma empresa, é

importante que os indicadores sejam comparados historicamente considerando

períodos diferentes com padrões estabelecidos pela gerência e com índices de

empresas que atuam no mesmo ramo e padrões do setor de atividade e da

economia geral. (ASSAF NETO, 2008b)

Os indicadores básicos de análise estão classificados em quatro grupos,

ou seja: liquidez e atividade, endividamento e estrutura, rentabilidade e análise

de ações. Os indicadores devem estar de acordo com a visão da

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administração, sendo escolhidos pela gestão para a implementação e

elaboração da análise.

Ao analisar a empresa, o analista deve levar em conta alguns fatores fundamentais, como segmento que a empresa opera, política interna, alterações nos procedimentos contábeis, pois esses fatores poderão influir e afetar nos resultados do período. Para que a análise aconteça de forma proveitosa, devem-se comparar os resultados dos índices com índices de períodos anteriores, com padrões previamente determinados ou com índices de concorrentes do mercado. (TÓFOLI, 2008, p. 55)

2.4.1 Índices de Liquidez

De acordo com Gitman (2004) e Assaf Neto (2008a), a Liquidez de uma

empresa é medida de acordo com sua capacidade de cumprir suas obrigações

(folga financeira), ou seja, sua habilidade de realizar suas obrigações passivas

assumidas de acordo com seus vencimentos, o que corresponde à solvência

da posição financeira geral da empresa.

2.4.1.1 Índice de Liquidez Geral

Este índice mostra se a empresa tem capacidade de pagar todas suas

dividas, e ainda mostra se tem uma folga financeira, mas segundo Tófoli (2012,

p.67): “[...] nem sempre retrata uma situação fiel, tendo em vista que

compreende contas ativas e passivas que podem apresentar prazos muito

diferenciados”.

Conforme Tófoli (2012, p. 66): “É a relação entre os grupos patrimoniais

do Ativo Circulante e Realizável em Longo Prazo e o Passivo Circulante e

Exigível em Longo Prazo”.

Logo o cálculo:

Liquidez Geral= Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo

Passivo Circulante +Passivo Não Circulante

2.4.1.2 Índice de Liquidez Corrente

Este índice mostra a relação entre os bens e direitos a curto prazo e as

obrigações de curto prazo.

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Segundo Assaf Neto:

Refere-se à relação existente entre o ativo circulante e o passivo circulante, ou seja, de $1,00 aplicado em haveres e direitos circulantes (disponível, valores a receber e estoques, fundamentalmente), a quando a empresa deve a curto prazo (duplicatas a pagar, dividendos, impostos e contribuições sociais, empréstimos a curto prazo etc.). (ASSAF NETO, 2008a, p.119)

Logo o cálculo:

Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante

Em geral, quanto mais alto for seu valor, mais a empresa é considerada

liquida, se seu resultado for maior que um significa que a empresa tem um

capital circulante positivo bom, se igual a um entende-se que há uma

inexistência, e por último se menor que um significa um Capital Circulante

menor que o Passivo Circulante. (ASSAF NETO, 2008a; GITMAN, 2004)

2.4.1.3 Índice de Liquidez Seca

O Índice de Liquidez Seca mede a capacidade de a empresa cumprir

com suas obrigações de curto prazo sem considerar o estoque, logo que, ele

não tem liquidez compatível com o grupo patrimonial que pertence também se

exclui a conta de Despesas Antecipadas por não representar um valor a

receber.

“Visando, dessa maneira, extrair da análise de curto prazo da empresa a

baixa liquidez dos estoques e das despesas antecipadas, criou–se o índice de

liquidez seca”. (ASSAF NETO, 2008a p.119)

Logo o cálculo:

Liquidez Seca = Ativo Circulante -Estoques – Despesas antecipadas

PC

Este índice mede melhor a liquidez geral da empresa, pois exclui as

contas do Ativo Circulante de menor liquidez, assim, mostra o percentual dos

compromissos a curto prazo que pode ser cumprido com contas de maior

liquidez.

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58

2.4.1.4 Capital de Giro Líquido

Basicamente é a diferença entre os ativos circulantes e passivos

circulantes e suas relações entre esses grupos patrimoniais, onde se pode ver

melhor a capacidade de liquidez da empresa, quanto maior for melhor será sua

liquidez, porém isso depende muito do ramo em que atua. Segundo Tófoli

(2012, p. 48): “Capital de giro líquido é aquela porção dos ativos circulantes de

uma empresa, financiada com fundos de longo prazo”.

Logo o cálculo:

Capital de Giro Líquido = Ativo Circulante – Passivo Circulante

2.4.1.5 Capital Circulante Próprio

O indicador de Capital Circulante Próprio mostra o quanto de capital

próprio existe aplicado no ativo circulante, basicamente é a diferença entre o

Patrimônio Líquido e o Ativo não Circulante. Segundo Tófoli (2012, p. 50): “O

capital Circulante Próprio, revela basicamente, os recursos próprios da

empresa que estão financiando suas atividades correntes - o ativo Circulante.”

Uma vez que a impossibilidade de casar as operações de captação e aplicação

da empresa.

Logo o cálculo:

Capital Circulante Próprio= Patrimônio Líquido – Ativo Não Circulante

2.4.2 Índices de Endividamento

Este índice revela o grau de endividamento da empresa. A análise desse

indicador por períodos diferentes mostra a política de obtenção de recursos da

empresa. Isto é, se a empresa vem financiando o seu Ativo com Recursos

Próprios ou de Terceiros e em que proporção.

Segundo Assaf Neto:

Esse indicador Ilustra a forma pela qual os recursos de terceiros são usados pela empresa e sua participação relativa em relação ao capital próprio. Fornecem, ainda, elementos para avaliar o grau de comprometimento financeiro de uma empresa perante seus credores (principalmente instituições financeiras) e sua capacidade de cumprir os compromissos financeiros assumidos a longo prazo. (ASSAF

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59

NETO, 2008a, p. 122)

2.4.2.1 Índice de Endividamento Geral

O Índice de Endividamento Geral – IEG, mede o nível de endividamento

da empresa de curto e longo prazo.

Gitman descreve:

"O índice de endividamento geral mede a proporção dos ativos totais da empresa financiada pelos credores. Quanto maior esse índice, maior será o montante de capital de terceiros que vem sendo utilizado para gerar lucro”. (GITMAN, 1997, p. 117)

De forma geral, quanto maior for este índice, maior será o montante de

capital de terceiros, que vem sendo utilizado para gerar lucros o que

apresenta a redução na rentabilidade da empresa, em função dos custos

desses capitais externos.

Logo o cálculo:

IEG = (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo) / Ativo Total

2.4.2.2 Índice de Endividamento Curto Prazo

Esse indicador mostra a dependência de recursos de terceiros de curto

prazo nos financiamentos do Ativo. (TÓFOLI, 2012)

Através desse índice é possível identificar o percentual da dívida da

empresa de curto prazo que deverá ser paga com prazo de pagamento de até

um ano, em relação ao capital próprio investido no Patrimônio Líquido.

Logo o cálculo:

IECP = Passivo Circulante / Ativo Total

Quanto menor for esse índice melhor será para empresa, porque o

crescimento desse indicador demonstra redução na rentabilidade da empresa,

em função de seus altos custos, sendo de muita importância observar a relação

entre taxas envolvidas, taxas de captação e de retorno desses capitais

(TÓFOLI, 2012).

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60

2.4.3 Índice de Rentabilidade

Tófoli (2012, p. 69) descreve: “[...] mostra a rentabilidade do capital

investido, isto é, em quanto rederam os investimentos, portanto, qual o grau de

êxito econômico da empresa. Avaliam os resultados auferidos pela empresa

[...]”.

Segundo Assaf Neto:

As principais bases de comparação adotadas para o estudo dos resultados empresariais são o ativo total, o patrimônio líquido e as receitas de vendas. Os resultados normalmente utilizados, por sua vez, são o lucro operacional (lucro gerado pelos ativos) e o lucro líquido (após imposto de renda). Todos esses valores financeiros devem estar expressos em moeda de mesmo poder de compra (ASSAF NETO, 2008a, p. 124)

2.4.3.1 Margem Bruta

Segundo Tófoli (2012), Margem Bruta é o indicador que mede o quanto

foi o percentual de lucro bruto em relação às vendas líquidas. Compreende o

resultado das vendas líquidas decrescidas dos custos das mercadorias

vendidas.

Logo o cálculo:

MB = Lucro Bruto / Vendas Líquidas

2.4.3.2 Margem Operacional

De acordo com Tófoli (2012), a Margem Operacional é o indicador que

mede o quanto foi o percentual de lucro operacional sobre as vendas líquidas.

“O lucro operacional compreende o resultado das vendas líquidas

decrescidas dos custos das mercadorias vendidas e das despesas

operacionais.” (TÓFOLI, 2012, p.70)

Logo o cálculo:

MOp = Lucro Operacional / Vendas Líquidas

2.4.3.3 Margem Líquida

A Margem Líquida representa o quanto foi o percentual de lucro líquido

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sobre as vendas líquidas em um determinado período. O lucro líquido (após

imposto de renda) compreende o resultado das vendas líquidas decrescidas

todos os custo e despesas ocorridas naquele período. (TÓFOLI, 2012)

Logo o cálculo:

ML = Lucro Líquido / Vendas Líquidas

2.4.3.4 Retorno sobre Ativo Total

Segundo Assaf Neto (2008a), o Retorno Sobre o Ativo Total representa o

retorno produzido pelo total das aplicações realizadas pela empresa em seu

ativo.

Silva (2001, p. 237) descreve: “O Índice de retorno sobre Ativo indica a

lucratividade que a empresa propicia em relação aos investimentos totais

representados pelo ativo total [...]”.

Logo o cálculo:

ROA = Lucro Líquido / Ativo Total

2.4.3.5 Retorno sobre Patrimônio Líquido

Assaf Neto (2008a, p. 126) descreve: “Este índice mensura o retorno dos

recursos aplicados na empresa por seus proprietários [...]”.

Segundo Tófoli (2012), o Retorno sobre o Patrimônio Líquido mede o

retorno dos investimentos aplicados na empresa, por seus proprietários, assim

através da fórmula a seguir, resultara na medida percentual de lucro auferiram

os sócios.

Logo o cálculo:

RPL = Lucro Líquido / Patrimônio Líquido

2.4.4 Índice de Estrutura

De acordo com Assaf Neto (2008a), esses índices são utilizados, para

medir a composição (estrutura) das fontes passivas de recursos de uma

empresa, ilustram a forma que os recursos de terceiros são utilizados pela

empresa e sua participação relativa em relação ao seu capital, fornecem ainda

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62

elementos para avaliar o grau financeiro de comprometimento com seus

credores e sua capacidade de cumprir seus compromissos financeiros que

foram assumidos a longo prazo.

2.4.4.1 Índice de Participação de Capital de Terceiro

Tófoli (2012, p. 55) afirma: “[...] dentro da estrutura da empresa, qual a

participação de capital de terceiros em relação ao capital próprio [...]”.

Revela o quanto a empresa está tomando de capital de terceiros em

relação ao seu financiamento por meio de seus próprios recursos.

Logo o cálculo:

IPCT = (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo) / PL

2.4.4.2 Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido

Silva (2001, p. 254) descreve: “[...] o índice de imobilização do

patrimônio líquido indica quanto do patrimônio líquido da empresa está aplicado

no ativo não Circulante [...]”.

Esse índice indica quantas unidades monetárias à empresa retirou do

Patrimônio Líquido e aplicou no Ativo Permanente. (TÓFOLI, 2012)

Logo o cálculo:

IIPL = Ativo não Circulante / Patrimônio Líquido

De Acordo com Tófoli:

Quanto mais a empresa investir em Ativo Permanente com recursos do Patrimônio Líquido, menos recursos próprios sobrarão para o Ativo Circulante, logo, maior a dependência dos capitais de terceiros para financiamentos do Ativo Circulante. O ideal, em termos financeiros, é a empresa dispor de Patrimônio Líquido suficiente para cobrir o Ativo Permanente, e ainda sobrar uma parcela de Capital Circulante Próprio. (TÓFOLI, 2012, p. 56)

2.4.4.3 Índice de Imobilização dos Recursos não Correntes

Conforme Assaf Neto (2008a, p. 124) descreve: “[...] revela a

porcentagem dos recursos passivos a longo prazo (permanentes) que se

encontra imobilizada em itens ativos, ou seja, aplicados no ativo permanente”.

De acordo com Tófoli (2012), esse índice mostra o percentual de

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recursos não correntes que foram aplicados no Ativo não Circulante, sendo ele

quanto menor, melhor, levando em consideração que, um alto grau de

imobilização vem a comprometer elevada mente a liquidez da empresa.

Logo o cálculo:

IIRñC = (Ativo Permanente + Realizável a Longo Prazo) / (Exigível a

Longo Prazo+ Patrimônio Líquido)

2.4.5 Análise da Taxa de Retorno Esquema Margem e Giro

Segundo Marion:

Retorno é o lucro obtido pela empresa e Investimento é toda aplicação realizada pela empresa com o objetivo de obter Lucro (retorno). As aplicações estão evidenciadas no Ativo. Assim, as aplicações da empresa se demonstram nos Disponíveis, Estoques, Imobilizado e Investimentos. (MARION, 2006, p. 164)

A Análise de Giro e Margem possibilita o conhecimento dos itens do

balanço que não tiveram desempenho satisfatório.

“É uma ferramenta que possibilita ao analista, um conhecimento mais detalhado da taxa de retorno das empresas, de sua composição, e dos elementos que interferiram para que ela tivesse aquele desempenho”. (TÓFOLI, 2008, p. 111)

Segundo Tófoli (2012), a Análise da Taxa de Retorno Margem e Giro envolve

duas fórmulas, sendo elas: Giro do Ativo e Margem Operacional.

Logo o cálculo:

ML = Lucro Líquido GA = Vendas

Vendas Ativo Total

As empresas que ganham no giro visam e dão prioridade no volume de

vendas, já as empresas que ganham na margem, normalmente ganham no

preço. Sendo assim, o bom desempenho de uma empresa se faz através de

uma boa aplicação e determinação do preço e da quantidade de seus produtos

e serviços.

2.5 Capital de Giro

A análise de Capital de Giro avalia a empresa em funcionamento ao

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64

contrario da Análise Financeira Tradicional que avalia como se a empresa fosse

encerrar as suas atividades.

O objetivo do capital de giro é garantir que a empresa tenha capital para

administrar suas necessidades. Conforme Assaf Neto (2008a, p.515) “A

administração do capital de giro (circulante) envolve basicamente as decisões

de compra e venda tomadas pela empresa, assim como suas mais diversas

atividades operacionais e financeiras”.

Percebe-se que ao administrar o capital de giro líquido é necessário

gerenciar os ativos e passivos circulantes da empresa, pois se o ativo

circulante for maior que o passivo circulante a empresa terá um capital de giro

líquido positivo e se o passivo circulante for maior que o ativo circulante a

empresa terá um capital de giro negativo, consequentemente necessitara de

um capital de giro para sua administração. (TÓFOLI, 2012)

Conforme Tófoli (2012, p.45):

O capital de Giro Bruto compreende o Ativo Circulante, mais precisamente pelos itens de estoque, valores a receber e recursos disponíveis no momento e o capital de giro Líquido, a diferença entre o Ativo Circulante e o Passivo circulante.

Logo, a fórmula:

CGL= Ativo Circulante – Passivo Circulante

Ao aplicar a fórmula percebe-se que a empresa necessita ou não de

mais capital de giro, para financiar seu ciclo operacional, que consiste em

estoque, compra de materiais, produção, venda de produtos e mercadorias e

prazo de recebimento, para a sua administração. (ASSAF NETO, 2008a)

A Gestão de capital de Giro compreende um processo contínuo de tomada de decisões envolvendo a liquidez (risco) e a rentabilidade da empresa e busca administrar de forma coerente as atividades compreendidas desde a compra de matéria-prima, sua produção (ou mercadorias, no caso de empresas comerciais), a venda e o recebimento correspondente, incluindo a administração dos compromissos gerados pela atividade. (TÓFOLI, 2012, p.46)

Percebe-se que o objetivo de Capital de giro é sustentar o ciclo

operacional da empresa podendo dar continuidade nos seus processos e com

a boa gestão do capital de giro, a empresa terá uma ótima saúde financeira,

pois com a análise de capital de giro o administrador visualizara melhor sua

saúde econômica financeira. (TOFOLI, 2012; ASSAF NETO, 2008a)

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65

2.5.1 Necessidade de Capital de Giro

Segundo Tófoli (2012), há necessidade de se conceituar capital de giro

como ferramenta financeira para melhor desempenho dos negócios, resulta em

recursos que a empresa necessita para financiar as operações, ou seja, pagar

seus fornecedores no prazo de vencimentos certo e não tendo nenhuma

preocupação, e essas necessidades são supridas pelo Patrimônio Líquido e

Passivo não Circulante (PNC).

De acordo com Assaf Neto:

A necessidade de Capital de Giro, ou simplesmente em giro, reflete o volume líquido e recursos demandado pelo ciclo operacional da empresa, determinado em função de suas políticas de compras, vendas e estocagem. É essencialmente uma necessidade de capital de longo prazo, que deve alastrar financeiramente os investimentos cíclicos que se repetem periodicamente em cada capital de giro. (ASSAF NETO, 2008a, p. 537)

A utilização em curto prazo é para ajudar as necessidades cíclicas ou

permanentes de um capital circulante para manter a liquidez, e contrair maior

dependência no passivo, causando um risco financeiro. (ASSAF NETO, 2008a,

p.537)

2.5.2 Saldo de Tesouraria

O Saldo de Tesouraria identifica se há necessidade de capital de

terceiros de curto prazo para financiar as necessidades de capital de giro. O

saldo de Tesouraria é a diferença entre o ativo circulante errático e o passivo

circulante errático, que é o mesmo que ACF e PCF, onde o ACF é constituído

das contas financeiras como caixas e bancos, aplicações financeiras, etc. E o

PCF é constituído por empréstimos bancários de curto prazo, dividendos a

pagar, imposto de renda a pagar e títulos a pagar.

Conforme Fleuriet; Kenhdy e Blane (2003, p.13), “o saldo de tesouraria

define-se como a diferença entre o ativo e passivo erráticos”.

Logo o cálculo:

T = ACE – PCE

Onde:

T = Tesouraria

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66

ACE = Ativo Circulante Errático

PCE= Passivo Circulante Errático

Segundo Santi Filho e Olinquevitch (2009, p. 61), “a variável tesouraria é

o resultado da reclassificação das contas do ativo e passivo circulantes,

especificamente aquelas cujos saldos não se relacionam com a atividade

operacional da empresa”.

Considerando também que um saldo de tesouraria muito bom pode

considerar que a empresa esta conseguindo ter um bom capital próprio, mas

por outra visão pode-se dizer que não esta valorizando suas oportunidades de

investimento.

Conforme Fleuriet ; Kenhdy e Blane.(2003, p.14)

Um Saldo de Tesouraria positivo e elevado não significa necessariamente uma condição desejável para as empresa, pelo contrário, pode significar que a empresa não esteja aproveitando a oportunidades de investimento propiciadas por sua estrutura financeira, caso em que o Saldo de Tesouraria “engorda” por falta de

uma estratégia dinâmica de investimentos.

2.5.3 Efeito Tesoura

Figura 26: Gráfico Efeito Tesoura

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

O Efeito Tesoura é analisado através do saldo de tesouraria, para

verificar se na empresa ocorreu o efeito tesoura deve-se visualizar o capital de

giro liquido e a necessidade de capital, se a necessidade de capital de giro

aumentar e o capital de giro líquido diminuir o saldo de tesouraria será negativo

2009 2010 2011 2012

CGL 0 5.971.583 7.535.582 7.845.826

NCG 0 6.908.953 7.597.410 8.845.098

ST 0 (937.370) (61.828) (999.272)

0

-2.000.000

0

2.000.000

4.000.000

6.000.000

8.000.000

10.000.000

milh

are

s

CGL

NCG

ST

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67

assim ocorrendo o efeito tesoura na empresa, conforme o gráfico

acima.(FLEURIET; KENHDY; BLANE,2003)

2.5.4 Índices de Atividade

Conforme Tófoli (2012, p.53), “Os Índices de Atividade medem a

velocidade com que as contas são convertidas em vendas ou em entradas e

saídas de caixa”.

Os Índices de Atividade envolvem todas as fases operacionais padrões

de uma empresa, que vão de aquisições de insumos básicos utilizadas no

processo produtivo, mercadorias em geral até o recebimento das vendas

realizadas. (ASSAF NETO, 2008a)

As empresas utilizam prazos de pagamentos de estoques adquiridos de

operações bancárias para redução desse período e consequentemente das

necessidades de investimentos.

2.5.4.1 Prazo Médio de Renovação de Estoque

Indica o prazo médio para renovação completa dos estoques em dias,

ele é obtido a partir do CMV e seus estoques médios.

De Acordo com Assaf Neto:

Quanto maior esse índice, maior será o prazo em que os diversos produtos permanecerão estocados e consequentemente, mais elevados serão as necessidades de investimentos em estoques. Esse indicador afere, na realidade, a eficiência com que os estoques são administrados e a influência que exercem, sobre o retorno global da empresa. (ASSAF NETO, 2008a, p. 121)

Logo o cálculo:

Prazo Médio de Renovação de Estoque = Estoques /CMV x 360

2.5.4.2 Prazo Médio de Recebimento de Vendas

Este indicador revela o prazo médio que a empresa leva para receber

suas vendas a prazo.

Para Assaf Neto (2008a, p.122): “O Prazo Médio de cobrança revela o

tempo médio (meses ou dias) que a empresa despende em receber suas

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68

vendas realizadas a prazo”.

Logo o cálculo:

Prazo Médio de Recebimento de Vendas = Duplicadas a Receber /

vendas líquidas x 360

2.5.4.3 Prazo Médio de Pagamento de Compras

Revela o tempo médio em dias que a empresa tarda para pagar seus

fornecedores.

Conforme Padoveze (2008, p. 215): “A finalidade desse indicador é

mostrar o prazo médio que a empresa consegue pagar seus fornecedores de

matérias ou serviços. Nesse caso, a empresa é dependente da política de

crédito que os fornecedores conseguem adotar”.

Logo o cálculo:

Prazo Médio de Pagamento de Compras = Fornecedores / CMV x 360

O ideal é que a empresa pague os seus fornecedores muito antes de

receber de seus clientes, pois compromete sua operacionalidade passando a

financiar suas operações até receber suas vendas.

2.5.4.4 Giro de Estoques

Este indicador mostra quantas vezes o estoque gira no período, é a

relação entre o CMV e Estoques, quanto maior esse indicador, melhor, pois

apresenta maior rotatividade de mercadorias. (TÓFOLI, 2012).

Segundo Gitman (2004, p.47): “O giro de estoques mede a atividade ou

liquidez do estoque de uma empresa”.

Logo o cálculo:

Giro de Estoques = CMV

Estoques

Conforme Gitman (2004, p.47) afirma: “O giro resultante só tem algum

significado quando comparado ao de outras empresas pertencentes ao mesmo

setor ou então ao valor passado do giro de estoques da própria empresa”.

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69

2.5.4.5 Giro de Duplicatas a Receber

Tófoli (2012, p.59) descreve: “Mede o número de vezes que os valores a

receber (Duplicatas a Receber ou Clientes) são recebidos, em média, na

empresa. É a relação entre as vendas liquidas e as contas a receber”.

Logo o cálculo

Giro de Duplicatas a Receber = Vendas Liquidas / Duplicatas a receber

2.5.4.6 Giro de Fornecedores

Conforme Tófoli (2012, p, 59): “Indica o número de vezes, em media,

que as contas a pagar giram nesse período. É a relação entre o custo das

mercadorias vendidas e fornecedores”.

Logo o cálculo:

Giro de Fornecedores = Custo da Mercadoria Vendida

Fornecedores

Quanto menor for o giro melhor.

2.5.4.7 Giro do Ativo

Segundo Tófoli (2012, p.60): “Expressa quantas vezes, em média, o

Ativo Total se renovou pelas vendas; indica a eficiência com a qual a empresa

usa seus ativos para gerar suas vendas”.

Logo o cálculo:

Giro do Ativo = Vendas Liquidas

Ativo Total x 360

Em geral quanto maior o giro da empresa, mais eficiente seus ativos

estão sendo utilizados, indicando se suas operações tem sido eficientes ou

não. (GITMAN, 2004)

2.5.4.8 Ciclo Operacional

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70

O prazo médio de investimentos a curto prazo, onde não são investidos

recursos, e necessita-se de capital para financiar esse período (TÓFOLI,2012)

Logo o cálculo:

Ciclo Operacional = PMRE + PMRV

“O ciclo operacional total é composto de todas as fases operacional da

empresa, iniciando-se no momento do recebimento dos materiais a serem

utilizados no processo de produção encerrando-se na cobrança das vendas

realizadas”. (ASSAF NETO, 2005, p.456)

2.5.4.9 Ciclo Financeiro

O tempo decorrido em que a empresa paga seus fornecedores e recebe

suas contas, esse período decorrido do fluxo de caixa e do ciclo operacional

define o Ciclo Financeiro ou Ciclo de Caixa. (TÓFOLI; 2012)

Logo o cálculo:

Ciclo Financeiro = PMRE + PMRV – PMPC

“O ciclo de caixa inicia-se quando as compras de matérias primas são

pagas e termina quando recebe o pagamento das contas a receber. A linha do

tempo do fluxo de caixa compreende um ciclo operacional e um ciclo de caixa”.

(ROSS; WESTERFIELD; JAFFE, 2002, p. 603)

2.6 ROI

Return on investment (ROI) traduzido para o português, retorno sobre o

investimento, retrata o retorno do investimento equivalente aos recursos

levantados pela empresa e aplicados em seus negócios, contempla os

recursos de empréstimos e financiamentos (Recursos Onerosos) e os recursos

próprios da empresa caracterizados pelo o patrimônio Liquido (Passivos

Onerosos). (TÓFOLI, 2012)

Conforme Assaf Neto:

O ROI é o retorno sobre o investimento formado pelo produto do giro do investimento e margem operacional; e investimento o total dos recursos próprios e de terceiros deliberadamente levantados pela

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71

empresa e aplicados em seu negócio (Capital de Giro mais Capital Fixo). (ASSAF NETO, 2008a, p.187)

Logo o cálculo:

ROI = Lucro Antes Juros e depois Imposto de Renda

Investimentos

2.7 Custo de Capital

Weighted Average Cost of Capital (WACC), em português Custo Médio

Ponderado de Capital, reflete o valor mínimo de retorno obtido em cima de um

determinado investimento, demonstrando qual foi o custo do investimento de

Capital Próprio (Patrimônio Líquido) e de terceiros (Passivo Circulante e

Exigível a Longo Prazo). (GITMAN, 2004)

De acordo com Gitman:

Custo médio ponderado de capital (CM e PC), reflete o futuro custo médio esperado de fundos da empresa a longo prazo; é encontrado ponderando-se o custo de cada tipo especifico de capital por sua proporção na estrutura de capital da empresa. (GITMAN, 1997, p. 395)

Exemplo:

Quadro 7: Exemplo de calculo custo médio ponderado (WACC).

MONTANTE ($) PROPORÇÃO DE CADA FONTE CUSTO

Capital ordinário 800.000 ações x $ 1,00:

$800.000,00 40% 25% a.a.

Capital preferencial 500.000 ações x $ 1,00:

$500.000,00 25% 22% a.a.

Financiamento $700.000,00 35% 18% a.a.

Total: $2.000.000,00 100% (após IR)

Fonte: Assaf Neto, 2008 p.424.

WACC = (25% X 0,40) + (22% x 0,25) + (18% x 0,35)

WACC= 10,0% + 5,5% + 6,3%

WACC= 21,8%

Logo a fórmula:

N

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72

WACC = ∑ w j x K j

J=1

Onde:

WACC= Custo médio ponderado de capital; também identificado na literatura

financeira por Weighted Average Cost of Capital (WACC);

K j = Custo especifico de cada fonte de financiamento (próprio e de terceiros);

wj= participação relativa de cada fonte de capital no financiamento total.

Percebe-se que o custo médio ponderado (WACC) é analisado para

poder ter uma média da taxa mínima de retorno desejada pela empresa em

seus investimentos, pois se o retorno de capital for menor que o WACC,

consequentemente a empresa esta destruindo o seu valor de mercado.

(ASSAF NETO, 2008a)

2.8 Valor Econômico Agregado (VEA)

O Valor Econômico agregado (VEA), é o mesmo que Economic Value

Added (EVA) ,marca registrada de propriedade da Stern Stewart & Co. Mostra

o desempenho que ela obteve em um determinado exercício. (ASSAF NETO,

2008a)

Conforme Assaf Neto (2008, p.186), “O valor econômico Agregado (VEA)

é uma medida de criação de valor identificada no desempenho operacional da

própria empresa, conforme retratado pelos relatórios financeiros”.

Conforme Stewart:

O valor econômico agregado (EVA) é à medida que contabiliza de forma apropriada todas as complexas transações envolvidas na criação de valor. É computado tomando-se a diferença entre a taxa de retorno sobre o Capital R e o Custo do Capital C. (STEWART, 2005, p.131 )

Para analisar o VEA é necessário saber seu custo médio ponderado

(WACC) e seus investimentos, ou de uma forma mais analítica necessita-se do

seu custo médio ponderado (WACC), retorno sobre o investimento (ROI) e

seus investimentos. (ASSAF NETO, 2008a)

Conforme Assaf Neto:

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73

O Calculo do VEA exige o conhecimento do custo total de capital da empresa, o qual é determinado pelo custo de cada fonte de financiamento (Próprio e de Terceiros) ponderando pela participação do respectivo capital no total do investimento realizado (fixo e de giro). (ASSAF NETO, 2008a, p186)

Exemplo:

Quadro 8: Estrutura básica de calculo do VEA.

Lucro Operacional (líquido do IR)

(-) Custo total de capital

(WACC x Investimento)

(=) Valor econômico Agregado (VEA)

Fonte: Assaf Neto, 2008, p.186.

Logo, uma das Fórmulas para analisar o Valor Econômico Agregado é:

VEA=NOPAT – (WACC x Investimento)

Onde, VEA= Valor Econômico Agregado ou Adicionado.

NOPAT=Net Operating Profit After Taxes, cuja tradução é Lucro

operacional após os Impostos.

O Valor Econômico Agregado é de suma importância para avaliar o

desempenho de uma empresa. É um indicador que visualiza se a empresa esta

criando ou destruindo valor por meio de um resultado, pois só com as análises

de medidas financeiras tradicionais (lucro e rentabilidade), é impossível

identificar se uma empresa esta criando ou destruindo valor. (ASSAF NETO,

2008a)

2.9 Conclusão

Com base nas informações vistas anteriormente, pode se dizer que a

Análise Financeira de Empresas é uma ferramenta indispensável para todas as

organizações, em um século onde a Competitividade Empresarial esta cada

vez mais acirrada, as empresas devem buscar ferramentas que auxiliem em

suas tomadas de decisões.

Os Indicadores Financeiros são os grandes responsáveis pela

mensuração, avaliação e levantamento da situação econômica financeira real

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74

das empresas e essa avaliação tem por finalidade detectar os pontos fortes e

os pontos fracos do processo operacional e financeiro da companhia,

objetivando propor alternativas de curso futuro a serem tomadas e seguidas

pelos gestores da empresa.

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75

CAPÍTULO III

PESQUISA DE CAMPO

3 ANÁLISE FINANCEIRA DA EMPRESA JBS S.A.

3.1 Introdução

Com a finalidade de demonstrar que a correta utilização da análise

financeira tradicional de empresas, da Necessidade de Capital de Giro, Custo

Médio Ponderado de Capital (WAAC) e, Valor Econômico Agregado (VEA),

juntos, permitem verificar o desempenho econômico-financeiro da empresa

JBS S.A. de forma mais apurada, foi realizada uma pesquisa de campo, no

período de fevereiro a outubro de 2013.

No estudo de caso realizado na empresa JBS S.A. foram analisados os

aspectos relacionados ao negócio e sua relação com as Demonstrações

Contábeis.

Nos métodos de Observação Sistemática, foram verificadas as formas

de avaliação financeira, como: Análise Tradicional, Custos de Capitais, Valor

Econômico Agregado (VEA) e Necessidade de Capital de Giro (NCG),

permitindo embasamento para desenvolver o estudo de caso.

Para desenvolvimento do Método Histórico, foram analisados os dados

dos demonstrativos contábeis como, evolução e expansão da empresa e do

assunto pesquisado, como suporte para o Estudo de Caso.

Foram utilizados como técnicas: Roteiro de Estudo de Caso (Apêndice

B), Roteiros de Observação Sistemática (Apêndice C), Roteiro do Método

Histórico (Apêndice D), Roteiro de entrevista para o Gerente Financeiro

(Apêndice E) e Roteiro de entrevista para os profissionais da área (Apêndice

F).

A empresa JBS S.A., inscrita no CNPJ: 02.916.265/0001-60 e IE:

116.625.121.118 com sede à Avenida Marginal Direita do Tietê, 500. Vila

Jaraguá - São Paulo/SP – Brasil, começou suas operações no ano de 1953 em

uma pequena planta de abate na cidade de Anápolis-GO. Em 1968, adquiriu

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76

aquisição da primeira planta de abate em Planaltina-DF. Em 2005, com a

reestruturação do grupo Friboi, surgiu a JBS S.A..

A companhia está presente em todos os continentes, com plataformas

de produção e escritórios no Brasil, Argentina, Itália, Austrália, EUA, Uruguai,

Paraguai, México, China, Rússia, entre outros países. Com acesso a 100% dos

mercados consumidores, a companhia está presente em todos os continentes,

com 286 instalações incluindo as plataformas de produção e escritórios

espalhados pelo Brasil, Argentina, Itália, Austrália, Estados Unidos da América,

Uruguai, Paraguai, México, China, Rússia, entre outros países e conta com

uma equipe com mais 140 mil colaboradores.

Em tempos onde a Competitividade Empresarial esta cada vez mais

acirrada, diretores e gestores devem buscar ferramentas que auxiliem em suas

rotinas facilitando a extração e mensuração de números e resultados visando

satisfazer as necessidades das empresas. Com isso a Análise Financeira de

Empresas passa a ser uma ferramenta indispensável para todas as

organizações. Os Indicadores Financeiros são os grandes responsáveis pela

mensuração, avaliação e levantamento da situação econômica financeira real

das empresas e essa avaliação tem por finalidade detectar os pontos fortes e

os pontos fracos do processo operacional e financeiro da companhia,

objetivando propor alternativas de curso futuro a serem tomadas e seguidas

pelos gestores da empresa.

Com base nos Relatórios Financeiros e Demonstrações Contábeis

fornecidos pela empresa, foi possível avaliar a sua situação Econômico-

financeira no decorrer dos períodos analisados, levantando sua Rentabilidade e

Lucratividade, sua Estrutura e Capitais, Liquidez e Endividamento, Atividade e

Margem e Giro, também foram analisados seus Custos de Capitais, sua

Necessidade de Capital de Giro e o Valor Econômico Agregado (VEA),

observando se a empresa está criando ou destruindo valor.

3.2 Demonstrações Financeiras

No Apêndice A, são apresentados os Balanços Patrimoniais e a

Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) consolidados dos últimos três

anos com as suas respectivas Análises Vertical e Horizontal. A fim de facilitar a

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77

Análise, foram utilizadas planilhas elaboradas pelos próprios integrantes do

grupo.

3.2.1 Balanço Patrimonial

Com a Análise Vertical e Horizontal foi possível identificar os percentuais

de aumentos e reduções das contas do Balanço Patrimonial, nos três

exercícios analisados, como por exemplo, o Caixa e Equivalente de Caixa que

apresentou um crescimento de 2010 para 2011, na ordem de 29,79% e um

crescimento de 1,79% em 2012. Analisando as distribuições dos valores do

Ativo no Balanço Patrimonial, é possível observar a seguinte estrutura:

Figura 27: Parcelas do Ativo Total.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

É possível identificar um aumento no Ativo Circulante de 2010 para 2011

na ordem de 16,53% e um crescimento na ordem de 8,10% em 2012,

demonstrando um forte potencial de aumento no Ativo Circulante. Os Ativos

-

10.000.000

20.000.000

30.000.000

40.000.000

50.000.000

60.000.000

2010 2011 2012

Ativo Circulante 15.388.068 17.931.281 19.383.399

Realizável a Longo Prazo 1.397.851 1.568.270 2.198.322

Ativo não Circulante 28.447.551 29.479.603 30.372.794

Milh

are

s

Ativo Circulante

Realizável aLongo Prazo

Ativo nãoCirculante

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78

Realizáveis a Longo Prazo de 2010 para 2011 contaram com aumento na

ordem de 12,19% e crescimento ainda maior em 2013 na ordem de 40,17%. O

Ativo Não Circulante apresentou crescimento de 2010 para 2011 de 3,63% e

em 2012 apresentou uma leve redução para 3,03%.

Analisando as distribuições dos valores do Passivo no Balanço

Patrimonial, é possível observar a seguinte estrutura:

Figura 28: Parcelas do Passivo Total.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

Na análise do Passivo Circulante foi possível identificar um aumento de

2010 para 2011 de 10,40% e um aumento na ordem de 10,98% em 2012

demonstrando relativo crescimento em suas obrigações de curto prazo. O

Passivo Não Circulante apresentou uma queda de 2010 para 2011 na ordem

de (1,96%) e crescimento em 2012 na ordem de 8,88% demonstrando maior

uso de recursos de terceiros a longo prazo no 3° período. O Patrimônio Líquido

apresentou crescimento de 2010 para 2011 na ordem de 15,54% e leve queda

0

5.000.000

10.000.000

15.000.000

20.000.000

25.000.000

30.000.000

35.000.000

40.000.000

45.000.000

50.000.000

2010 2011 2012

Passivo Circulante 9.416.485 10.395.699 11.537.573

Exigível a Longo Prazo 15.724.285 15.415.997 16.785.310

Patrimônio Líquido 18.694.849 21.599.188 21.433.306

Milh

are

s

PassivoCirculante

Exigível aLongoPrazo

PatrimônioLíquido

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79

em 2012 na ordem de (0,77%).

3.2.2 Análise da DRE

Através da Análise Horizontal feita na DRE, foi possível verificar o

comportamento da Receita Líquida que apresentou crescimento de 2010 para

2011 na ordem de 12,24% e crescimento ainda maior em 2012 na ordem de

22,49% em relação ao ano anterior. Isso indica uma forte evolução em suas

vendas no decorrer dos períodos.

Com a Análise Vertical, identificou-se uma variação do Custo da

Mercadoria Vendida em 2010 na ordem de 87,72% para 89,16% em 2011

atingindo valores na ordem de 88,52% em 2012, isso indica que o CMV variou

aumentando o custo em relação ao 1° ano. De 2010 para 2011 o CMV

aumentou seu percentual na ordem de 14,09% enquanto as receitas apontarão

para um crescimento de 12,24%, Porém, de 2011 para 2012, identificou-se um

aumento das receitas na ordem de 22,49% que foram maiores que o

crescimento do CMV, que cresceu 21,61%, reduzindo o custo dos produtos

industrializados.

Analisando as Despesas Financeiras, através da Analise Horizontal foi

possível identificar uma queda de 2010 para 2011 na ordem de 21,53% e em

2012 apresentou um aumento na ordem de 18,01%. Observando que as

Despesas Financeiras da empresa reduziram de 2010 para 2012 em valores de

R$ 233.543.000,00, foi possível identificar que a empresa pagou menos juros.

Avaliando os lucros da empresa, identificou-se que a empresa

apresentou prejuízo em 2010 em valores de (R$ 264.000.000,00). Em 2011

apresentou novo prejuízo em valores de (R$ 322.885.000,00). Através da

Análise Horizontal é possível identificar que o CMV e as Despesas

Operacionais com Vendas da empresa variaram em percentuais maiores que

as Receitas Líquidas de 2011 na ordem 14,09% e 18,90% respectivamente

enquanto as receitas aumentaram em uma ordem de 12,24%. Isso indica que o

aumento dessas contas que cresceram mais que as Receitas, contribuíram

para o resultado negativo do período de 2011. De 2011 para 2012 a empresa

apresentou lucros em valores de R$ 762.890.000,00 crescendo 336,27%

comparado ao exercício de 2011. A redução do CMV comparados as Receitas

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80

variou na ordem de 21,61% em quanto as Receitas cresceram 22,49%. O

aumento das Receitas Financeiras colaborou para o resultado positivo do ano

de 2012 crescendo em uma ordem de 240,41%.

3.2.3 Análise de Capitais

Figura 29: Capitais

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

Conforme as análises do Balanço Patrimonial, o Capital de Giro Líquido

da empresa JBS S.A., no ano de 2010 para 2011 variou na ordem de 26,19%,

e em 2012 alcançou na ordem de 4,11%. Comparando os anos de 2010 para

2011 nota-se um aumento de R$ 1.563.999.000,00, e do ano de 2011 para o

ano de 2012 teve um aumento de R$ 310.244.000,00. Isso Indica que a

empresa aumentou a cada ano seu CGL, diminuindo o risco de insolvência de

mercado.

Analisando o Capital Circulante Próprio foi possível verificar um aumento

na ordem de 19,19% em 2010 para 2011, alcançando o percentual de 13,43%

em 2012.

(10.000)

(8.000)

(6.000)

(4.000)

(2.000)

-

2.000

4.000

6.000

8.000

2010 2012 2013

CGL 5.971.583 7.535.582 7.845.826

CCP (9.752.702) (7.880.415) (8.939.488)

Milh

are

s

CGL

CCP

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81

3.3 Análise dos Indicadores Financeiros

Conforme descrito no Capítulo II, item 2, a análise dos Indicadores

Financeiros permite elaborar uma avaliação econômico-financeira da empresa,

que consiste em um exame detalhado dos dados financeiros disponíveis da

empresa.

3.3.1 Rentabilidade e Lucratividade

Figura 30: Índices Rentabilidade e Lucratividade.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

Analisando a margem bruta, é possível identificar uma queda nos

períodos analisados, isso se dá devido ao aumento do Custo da Mercadoria

Vendida, que apresentou um aumento de 14,09% de 2010 para 2011 e de

21,61% de 2011 para 2012, mesmo com um aumento nas vendas o custo

elevado impactou no lucro bruto, que refletiu na queda de 6,51% da margem

bruta de 2010 para 2012. Observando a margem operacional é possível

identificar uma variação entre os períodos analisados decorrente das variações

das despesas com vendas que representam 23,33% das receitas liquidas no

-2,00%

0,00%

2,00%

4,00%

6,00%

8,00%

10,00%

12,00%

14,00%

2010 2011 2012

MB 12,28% 10,84% 11,48%

MOp 4,15% 2,88% 3,59%

ML -0,48% -0,52% 1,01%

MB

MOp

ML

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82

ano de 2012. Na análise da margem liquida identificou-se um aumento de

(0,52%) em 2011 para 1,01% em 2012, reflexo do aumento das Receitas

líquidas e receitas financeiras.

Figura 31: Retorno do Patrimônio Líquido e Retorno do Ativo.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

Na análise do Retorno do Patrimônio Líquido observa-se um grande

aumento saindo de um resultado negativo nos períodos de 2010 e 2011,

passando para 3,56% em 2012. Este aumento corresponde a um crescimento

de 252,05% de 2011 para 2012, reflexo do lucro do período, e também

demonstra que a empresa está tendo retorno no capital próprio investido, ou

seja, para cada R$ 100,00 de unidade monetária de recursos próprios

investidos na empresa, houve um retorno de R$ 3,56. O Retorno Sobre o Ativo

demonstra que a empresa estava com um resultado negativo em 2010 e 2011

na ordem (0,60%) e (0,68%) aumentando para 1,53% em 2012. Esse aumento

é reflexo do aumento das receitas liquidas e lucro líquido, ou seja, que para

cada R$ 100,00 de unidade monetária na organização dos investimentos, a

empresa obteve um retorno de R$ 1,53.

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83

3.3.2 Estrutura

Em análise do Índice de Participação de Capital de Terceiro, é possível

observar uma queda de 1,74% de 2010 para 2012, como reflexo do aumento

do capital de terceiros, composto pelas contas do PC e PNC. Em 2012

observe-se que, para cada unidade monetária de capital próprio a empresa

dispõe de R$ 1,32 de capital de terceiros para aplicar em seus ativos,

indicando quanto a empresa está utilizando de capital de terceiros em relação a

seu capital próprio, destacando o aumento das contas passivas de

Empréstimos e Financiamentos (de curto e longo prazo) que juntas

representam 41,18% do Passivo total em 2012.

Figura 32: Índices de Estrutura.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

Observando o Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido identifica-se

uma redução de 10,46 pontos percentuais de 2010 para 2012 devido ao

aumento de 6,77% de 2010 para 2012 do ANC, contra um crescimento do PL

na ordem de 14,6%, no mesmo período, isso significa que a empresa não

consegue financiar todo seu ANC, com recursos próprios necessitando de

capital de terceiros. Já o IIRnC teve uma queda de 3,18 pontos percentuais de

2010 para 2012, isso revela que a empresa tem financiado menos seus ANC,

134,48%

119,50%

132,14%

152,17%

136,48% 141,71%

82,65% 79,64% 79,47%

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%

140,00%

160,00%

2010 2011 2012

IPCT

IIPL

IIRnC

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84

com recursos de longo prazo.

3.3.3 Liquidez

Analisando o índice de liquidez corrente, percebe-se que a empresa

apresenta uma folga financeira em todos os anos analisados, na média de

168%. Este resultado mostra que a empresa tem a capacidade de cumprir com

todas suas obrigações de curto prazo com recursos também de curto prazo,

significando que para 1 real de contas do passivo, a empresa dispõe de R$1,68

de recursos para cumprir com suas obrigações, no último período analisado

(2012). Já o ILG, aponta a dependência de capital de terceiro de longo prazo,

com uma evolução de 14% de 2010 para 2012, assim a empresa tem

competência técnica de 76,2% para com suas obrigações em 2012.

Figura 33: Índice de Liquidez.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

3.3.4 Índices de Atividades

Conforme visto no Capítulo II, item 2.5.2, os Índices de Atividade medem

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%

140,00%

160,00%

180,00%

2010 2011 2012

ILC 163,42% 172,49% 168,00%

ILG 66,77% 75,55% 76,20%

ILC

ILG

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85

a velocidade com que as contas são convertidas em vendas ou em entradas e

saídas de caixa.

Analisando as contas da empresa JBS S.A, do ano de 2010 para 2011,

o Prazo Médio de Renovação de Estoques – PMRE apresentou aumento de 2

dias, e redução de 7 dias no ano de 2012 em relação a 2011, passando para

28 dias, isso indica que a empresa passou a renovar seus estoques com mais

rapidez no decorrer dos períodos analisados.

Já o indicador de Prazos Médio de Recebimentos de Vendas - PMRV

apresentou variação de 1 dia de 2010 para 2011, fato ocasionado pelo

aumento de suas duplicatas que variou de 2010 para 2011 em uma ordem de

15,95%, de 2011 para 2012 a empresa não sofreu alterações nesse indicador.

Portanto, a empresa não sofreu com atrasos de pagamento de seus clientes,

enquanto que o Prazo Médio de Pagamentos de Compras – PMPC, não

apresentou variação de 2010 para 2011 e em 2012 apresentou redução de 3

dias.

Figura 34: Índices de Atividades.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

-

10

20

30

40

50

60

70

2010 2011 2012

PMRE 33 35 28

PMRV 26 27 27

PMRC 22 22 19

Ciclo Operacional 60 63 55

Ciclo de Caixa ou Financeiro 38 41 36

Dia

s PMRE

PMRV

PMRC

CicloOperacional

Ciclo deCaixa ouFinanceiro

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86

O quadro abaixo demonstra o Ciclo Operacional da empresa:

Figura 35: Ciclo Operacional.

Fonte: Elaborado pelos Autores, 2013.

O Ciclo Operacional da empresa apresentou um aumento de 3 dias de

2010 para 2011, necessitando de 62 dias para financiar seu Ciclo Operacional

em 2011. Analisado o COP de 2011 para 2012 é possível identificar que a

empresa necessita de 55 dias para financiar o seu Clico Operacional com

redução de 7 dias de 2011 para 2012, ou seja, o intervalo de tempo que não

ocorreram ingressos de recursos financeiros na empresa, foi de 55 dias em

2012.

O quadro a seguir, demonstra o ciclo financeiro da empresa em 2012

indicando quando a empresa necessitará de recurso de terceiros.

Figura 36: Ciclo Financeiro 2012.

Fonte: Elaborado pelos Autores, 2013.

2010 - PMRE=33 dias + PMRV = 26 dias = 59 dias (Ciclo Operacional)

2011 - PMRE = 35 dias + PMRV = 27 dias = 62 dias (Ciclo Operacional)

2012 - PMRE = 28 dias + PMRV = 27 dias = 55 dias (Ciclo Operacional)

Compra Venda Recebimento

PMRE = 28 dias + PMRV = 27 dias = 55 dias (Ciclo Operacional)

Compra Venda Recebimento

PMPC = 19 dias ___________________________…...................................

COMPRA PAGAMENTO

Período que a empresa necessita de outros Financiamentos ou Recursos de terceiros.

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87

O Ciclo Financeiro apresenta um aumento de 3 dias de 2010 para 2011

variando de 38 para 41 dias. De 2011 para 2012 a empresa reduziu seu Ciclo

Financeiro em 5 dias variando de 41 para 36 dias, resultado positivo, ao

contrario do dois primeiros anos analisados, indicando que a empresa

necessitará de Capital de Giro por menos tempo, influenciando na menor

dependência de Capital de Terceiros de curto prazo.

3.3.5 Endividamento

Ao analisar os índices de endividamento percebe-se que a empresa vem

equilibrando o seu Índice de Endividamento de Curto Prazo – IECP no decorrer

dos períodos variando em uma ordem de 21,48% para 23,19% de 2010 para

2012 apresentando crescimento de 1,71%. Na análise do Índice de

Endividamento Geral – IEG nota-se uma redução na ordem 2,91% de 2010

para 2011 e em 2012 apresentou crescimento de 2,48 pontos percentuais

comparado a 2011. Através dessas informações percebe-se que a empresa

vem utilizando mais de recursos de terceiros do que seus próprios recursos,

uma vez que o IEG mostra que a empresa utilizou em média de 56,23% de

Capitais Exógenos de curto e longo prazo nos três períodos e os restantes

43,76% foram utilizados de seu Patrimônio Líquido.

Figura 37: Índices de Endividamento.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

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88

3.3.6 Margem e Giro

Analisando o diagrama de margem e giro que se encontra nos Anexos,

nota-se um aumento na taxa de retorno na ordem de (0,60%) em 2010,

passando para 1,53% em 2012, reflexo do lucro líquido verificado em 2012.

Pela análise, percebe-se que em 2012, o resultado final poderia ser melhor se

as contas do CMV, Despesas com Vendas e Duplicatas a Receber não

apresentassem crescimento superior ao crescimento das Vendas Líquidas.

3.4. Análise da Necessidade de Capital de Giro - NCG

Figura 38: Proporção dos Capitais.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

Na análise da Necessidade de Capital de Giro - NCG foi possível

identificar uma maior dependência da necessidade desse, variando na ordem

de 9,96% de 2010 para 2011 e atingindo 16,42% em 2012, indicando que a

empresa necessita de mais capital de giro no decorrer dos períodos analisados

para manter o giro de seus negócios, sendo ruim para sua saúde financeira,

(10.000.000)

(8.000.000)

(6.000.000)

(4.000.000)

(2.000.000)

-

2.000.000

4.000.000

6.000.000

8.000.000

10.000.000

2010 2011 2012

CGL 5.971.583 7.535.582 7.845.826

CCP (9.752.702) (7.880.415) (8.939.488)

NCG 6.908.953 7.597.410 8.845.098

Milh

are

s

CGL

CCP

NCG

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89

pois quanto maior for sua NCG maior será sua necessidade de capital de

terceiros para financiar suas operações em curto prazo, ou seja, pagar seus

fornecedores no prazo de vencimentos certo, sem interferir no seu ciclo

operacional.

3.4.1 Saldo Tesouraria

Através das análises foi possível identificar no Saldo Tesouraria um

crescimento na ordem de 93,40% de 2010 para 2011 motivado pelo aumento

do CGL, e em 2012 sofreu uma redução alcançando percentuais na ordem de

(1516,21%), pelo aumento da NCG na ordem de 16,42% e redução do CCP na

ordem de (13,44%) de 2011 para 2012. Consequentemente foi possível

identificar uma NCG maior que o CGL, fato que acarretou em um Saldo de

Tesouraria negativo no decorrer nos períodos analisados, conforme demonstra

o gráfico, ocasionando o Efeito Tesoura e indicando que o Capital Giro Líquido

está sendo insuficiente para financiar a Necessidade Capital de Giro.

Figura 39: Saldo Tesouraria e Efeito Tesoura.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

3.5 Custo e Retorno de Capital

Conforme visto no Capítulo II, item 2.7, o Custo de Capital (Ki) e o Custo

2009 2010 2011 2012

CGL 0 5.971.583 7.535.582 7.845.826

NCG 0 6.908.953 7.597.410 8.845.098

ST 0 (937.370) (61.828) (999.272)

0

-2.000.000

0

2.000.000

4.000.000

6.000.000

8.000.000

10.000.000

milh

are

s

CGL

NCG

ST

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90

Médio Ponderado de Capital (WACC) refletem os valores mínimos de retornos

obtidos em cima de um determinado investimento, demonstrando qual foi o

custo do investimento de Capital Próprio (Patrimônio Líquido) e de terceiros

(Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo).

3.5.1 Análise do Custo de Capital (Ki)

Na avaliação do custo de capital nota-se uma variação na ordem de

7,86% para 7,03% de 2010 para 2011 e em 2012 atingiu um percentual na

ordem de 4,31%, enquanto o ROA variou na ordem de (0,60%) para (0,68%) de

2010 para 2011 e em 2012 atingiu uma ordem de 1,53% indicando não

conformidade nos dois primeiros períodos analisados, observando-se que os

custos de capital de terceiros supera os retornos dos Investimentos do Ativo da

empresa nos dois primeiros exercícios e no 3 período o ROA encontra-se maior

que o Custo de Capital indicando conformidade.

Quadro 9: Cálculo dos Custos de Capitais, ROI e ROA. (milhares de reais)

Itens 2010 2011 212 Fórmulas

Capital de Ter. Curto Prazo

4.966.198 5.339.433 6.098.898 Empréstimos e Financiamentos

Capital de Ter. Longo Prazo

13.679.368 13.532.761 14.390.046 Empréstimos e Debêntures

Total de capital de terceiro

18.645.566 18.872.194 20.489.156

Despesas Financeiras 3.155.228 2.475.882 2.921.685

Receitas Financeiras 936.046 465.154 1.583.442

Alíquota de Imposto de Renda

34,00% 34,00% 34,0%

Despesas Fin. Líq. Do IR.

1.465.320 1.327.080 883.240 (Despesas Financeiras Líq. x (1- % IR))

Custo do Capital de Terceiro

7,86% 7,03% 4,31% (Desp. Fin. Líq. do IR / Total do Cap. De Ter)

ROI 6,12% 4,40% 6,49% LLAJIR / INVEST.

ROA (0,60%) (0,68%) 1,53% LLAJIR / ATIVO TOTAL

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

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91

3.5.2 Análise do retorno sobre investimento - ROI

Conforme visto no Capítulo II, item 2.6 traduzido para o português,

Retorno sobre o Investimento, retrata o retorno do investimento equivalente aos

recursos levantados pela empresa e aplicados em seus negócios.

Analisando o ROI é possível identificar que os retornos foram positivos

no decorrer dos exercícios analisados variando na ordem de 6,12% para 4,40%

de 2010 para 2011 com uma queda de 1,72 pontos percentuais nesse período

e em 2012 apresentou um retorno de 6,49%, indicando que os investimentos

equivalentes aos recursos levantados pela empresa e aplicados em seus

negócios deram retorno financeiro no decorrer dos períodos. Porém se

comparado aos custos de capitais, o ROI não traz o retorno esperados pelos

sócios uma vez que os custos de capitais encontram-se maiores que o ROI nos

períodos analisados.

Figura 40: Retorno sobre Investimento.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

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92

Quadro 10: Demonstração do cálculo: (milhares de reais)

Exercícios LLAJIR Investimento ROI

2010 2.286.482 37.340.415 6,12%

2011 1.780.620 40.471.382 4,40%

2012 2.720.529 41.922.250 6,49% Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

Quadro 11: ROI x Custo de Capital

Exercícios ROI Custo de Capital

2010 6,12% 7,86%

2011 4,40% 7,03%

2012 6,49% 4,31% Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

Observe-se assim, que os custos do capital de terceiros supera os

retornos dos investimentos da empresa, nos 2 primeiros exercícios e no 3

período encontra-se em conformidade.

Logo o cálculo:

ROI = LLAJIR

Investimentos

3.6 Valor Econômico Agregado – VEA

No Capítulo II, item 2.8, observa-se que o VEA é uma medida de criação

de valor identificada no desempenho operacional da própria empresa,

conforme retratado pelos relatórios financeiros, ou seja, mostra se a empresa

está criando ou destruindo valor em cima de seus produtos e serviços.

Analisando a empresa JBS S.A., foi possível identificar as seguintes

situações conforme demonstrado nos cálculos.

Quadro 12: Valor Econômico Agregado - VEA. (milhares de reais)

Exercícios NOPAT WACC Investimentos WACC x

Inv. VEA

2010 1.509.078 8,93% 37.340.415 3.334.805 (1.825.727)

2011 1.175.209 8,62% 40.471.382 3.486.999 (2.311.790)

2012 1.795.549 7,22% 41.922.250 3.026.571 (1.231.022) Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

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93

Logo o cálculo:

VEA = NOPAT – (WACC x Investimentos)

Demonstrações dos cálculos:

Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro, calculado com

base no percentual utilizado pela empresa, conforme demonstra quadro:

Quadro 13: Net Operating Profit after Taxes – NOPAT. (milhares de reais)

Exercícios Res. Ant. Desp. Financeiras (1 - %Imp. renda) NOPAT

2010 2.286.482 (1 - 0,34) 1.509.078

2011 1.780.620 (1 - 0,34) 1.175.209

2012 2.720.529 (1 - 0,34) 1.795.549 Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

Para o cálculo do WACC, é necessário efetuar os cálculos para

identificar os percentuais das participações do Patrimônio Liquido e capitais

Exógenos sobre os Investimentos.

Participações do Patrimônio Líquido sobre os Investimentos.

Quadro 14: Percentuais das participações do Patrimônio Liquido. (em milhares)

Exercícios Patrimônio Líquido Investimento Participação

2010 R$ 18.694.849 37.340.415 50,07%

2011 R$ 21.599.188 40.471.382 53,37%

2012 R$ 21.433.306 41.922.250 51,13% Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

Participações dos Capitais Exógenos sobre os Investimentos.

Quadro 15: Percentuais das participações dos Capitais Exógenos. (milhares de reais)

Exercícios Capitais Exógenos

(externos) Investimento Participação

%

2010 18.645.566 37.340.415 49,93%

2011 18.872.194 40.471.382 46,63%

2012 20.488.944 41.922.250 48,87% Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

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94

Cálculo dos WACCs (Custo Médio Ponderado de Capitais) e Ki (Custo

de Capitais):

Ki 2010 = (3.155.228, 00 – 935.046, 00) / (4.966.198, 00 + 13.679.368,

00) x (1 – 0, 34) = 7, 86%

WACC 2010 = (50, 06% x 10, 00%) + (49, 93% x 7, 86%) = 8, 93%

Ki 2011 = (2.475.882, 00 – 465.154, 00) / (5.339.433, 00 + 13.532.761,

00) x (1 – 0, 34) = 7, 03%

WACC 2011 = (53, 37% x 10, 00%) + (46, 63% x 7, 03%) = 8, 62%

Ki 2012 = (2.921.685, 00 – 1.583.442) / (6.098.898, 00 + 14.390.046, 00)

x (1 – 0, 34) = 4,31%

WACC 2012 = (51, 13% x 10, 00%) + (48, 87% x 4,31%) = 7,22%

Considerando não obter-se de uma taxa de retorno exigida pelos

proprietários, foi atribuída uma taxa de retorno de 10,00% aleatoriamente, uma

vez que a taxa de retorno aos sócios deve ser maior que a remunerações de

captais pagas aos terceiros conforme dados da análise presente no quadro a

seguir.

Quadro 16: Análises. (milhares de reais)

Exercícios

Itens 2010 2011 2012

Patrimônio Líquido 18.694.849 21.599.188 21.433.306

Cap. Terceiro curto prazo 4.966.198 5.339.433 6.098.898

Cap. Terceiro longo prazo 13.679.368 13.532.761 14.390.046

Total Capital de terceiro 18.645.566 18.872.194 20.488.944

Capital Total 37.340.415 40.471.382 41.922.250

% PL sobre Invest. 50,07% 53,37% 51,13%

% Capit. Exóg. Sobre Invest. 49,93% 46,63% 48,87%

Despesas Financeiras 3.155.228 2.475.882 2.921.685

Receitas Financeiras 935.046 465.154 1.583.442

Ki 11,91% 10,65% 6,53%

Ki - ir (34%) 7,86% 7,03% 4,31%

Ke 10,00% 10,00% 10,00%

Ke em R$ 1.869.485 2.159.919 2.143.331

Lucro Operacional 2.286.482 1.780.620 2.720.529

NOPAT 1.509.078 1.175.209 1.795.549

WACC 8,93% 8,62% 7,22%

WACC * INV 3.334.805 3.486.999 3.026.531

VEA (1.825.727) (2.311.790) (1.231.022)

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

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95

3.7 Discussão e Parecer final

Como já citado no corpo desse trabalho, a JBS S.A. é a maior empresa

em processamento de proteína animal do mundo e atua nas divisões de

negócios com o segmento de Carne Bovina, Suína, Ovina de Aves, lácteos e

derivados, confinamento, produção e comercialização de couros, latas,

colágeno, biodiesel, transporte, tranding (compra, industrialização e venda de

matéria prima) e vegetais. A companhia está presente em todos os continentes,

com 286 instalações incluindo as plataformas de produção e escritórios

espalhados pelo Brasil, Argentina, Itália, Austrália, Estados Unidos da América,

Uruguai, Paraguai, México, China, Rússia, entre outros países e conta com

uma equipe com mais 140 mil colaboradores.

O objetivo desse trabalho foi de traçar uma comparação entre três

grupos de indicadores de Análise Financeira: Indicadores Tradicionais,

Necessidade de Capital de Giro e Valor Econômico Agregado.

Após a análise final dos dados da empresa, constatou-se que, embora a

empresa tenha apresentado prejuízo nos dois primeiros anos e lucro no

terceiro, apresentou os resultado a seguir:

O ILC supera o 100% sendo possível saldar todas as obrigações de

curto prazo com recursos de curto prazo. No ILG nota-se que a empresa tem

capacidade de pagar 76,20% de suas dívidas de curto e longo prazo com

recursos de curto e longo prazo.

O IECP com 23,19% e o IEG com 56,00%, encontram-se razoáveis,

devido a capitação de recursos de terceiros de curto e longo prazo.

O RPL e o ROA encontram-se negativos nos dois primeiros anos devido

aos prejuízos e no terceiro ano encontram-se positivos devido ao lucro

apresentado. O indicador ROI apresenta-se positivo nos três períodos, porém

se comparado aos custos de capital o ROI não traz retorno esperado nos dois

primeiros anos, uma vez que os custos de capital encontram-se maiores que o

ROI nesses períodos, porém no terceiro período o retorno encontra-se em

conformidade devido ao lucro auferido em 2012.

Apesar de a empresa apresentar CCL positivo no decorrer dos períodos

analisados, está necessitando de Capital de Giro, pois em 2012 apresenta CCL

R$ 7.845.826.000,00 e sua Necessidade de Capital de Giro é de

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96

R$ 8.845.098.000,00.

Na análise do VEA foi possível identificar que a empresa não está

agregando valor em nenhum dos períodos analisados.

Através da Análise Tradicional nota-se que a empresa apresenta

resultados satisfatórios nos índices analisados mesmo que apresentando

prejuízos nos dois primeiros anos.

No tocante ao capital, percebe-se que a empresa está necessitando de

mais capital do que detém, uma vez que essa diferença de CCL para a NCG

sendo negativa traz um Saldo de Tesouraria (ST) negativo acarretando

consequentemente o risco de Efeito Tesoura (ET).

O VEA da empresa encontra-se negativo nos três períodos analisados,

ou seja, não conseguiu arcar com retorno total esperado pelos acionistas

desagregando o valor econômico da empresa, porém o mercado não reage

negativamente pelo o fato da empresa desagregar valor, pois a empresa

encontra-se em constante crescimento alavancando suas receitas e realizando

múltiplas aquisições.

Logo, se a análise se restringisse apenas à análise tradicional,

apresentaria resultados satisfatórios, porém utilizando a análise conjunta, foi

possível identificar oportunidades de melhoria financeira.

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97

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Considerando os resultados obtidos através da pesquisa bibliográfica

realizada e das análises financeira procedidas, propomos que os executivos da

JBS S.A. responsáveis pelo acompanhamento e análise financeira da empresa

executem a análise contemplando os 3 grupos aplicados neste trabalho:

Análise Financeira tradicional, a Necessidade de Capital de Giro e o Valor

Econômico Agregado.

A partir do momento que a empresa utilizar esses 3 grupos de análises,

será capaz de visualizar sua Necessidade de Capital de Giro, confrontando a

mesma com o Capital Circulante Líquido identificando o seu Saldo Tesouraria,

consequentemente visualizará se ocorre ou não o Risco de Efeito Tesoura

(RET) e se a empresa está agregando ou destruindo seu valor econômico

(VEA).

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98

CONCLUSÃO

Como já foi exposto, em tempos onde a competitividade empresarial

está cada vez mais acirrada, diretores e gestores devem buscar ferramentas

que auxiliem em suas rotinas facilitando a extração e mensuração de números

e resultados visando satisfazer as necessidades das empresas. Através da

Análise Financeira pode-se avaliar o desempenho histórico da empresa tendo

por finalidade detectar os pontos fortes e fracos dos processos operacionais e

financeiros da companhia. Uma análise avançada deve avaliar a rentabilidade

empresarial, tendo em vista, em função das condições atuais e futuras, verificar

se os capitais investidos são remunerados e reembolsados de modo que as

receitas geradas superem as despesas de investimento e de funcionamento

realizadas num dado período de tempo. As informações precisam demonstrar

de forma eficiente os pontos críticos da empresa para que os gestores possam

buscar soluções imediatas para seus problemas.

A base dos estudos realizados sustentou-se nas demonstrações

financeiras da empresa JBS S.A., uma companhia que está presente em todos

os continentes, com plataformas de produção e escritórios no Brasil, Argentina,

Itália, Austrália, EUA, Uruguai, Paraguai, México, China, Rússia, entre outros

países. Com acesso a 100% dos mercados consumidores, a JBS possui 140

unidades de produção no mundo e mais de 135 mil colaboradores focados no

sucesso da companhia.

O objetivo da pesquisa foi de avaliar a situação econômico financeira da

empresa nos períodos de 2010, 2011 e 2012, através do uso dos 3 grupos de

Análise Financeira, tendo em vista que somente a análise dos indicadores

tradicionais não é suficiente para identificar a real situação financeira da

empresa de forma ampla, pois não contempla a Necessidade de Capital de

Giro e o Valor Econômico Agregado. A Análise Financeira Tradicional avalia

como se a empresa fosse encerrar as suas atividades e a análise de Capital de

Giro avalia a empresa em funcionamento.

Conclui-se que o ILC da empresa é capaz de saldar todas as obrigações

de curto prazo com recursos de curto prazo e no ILG, nota-se que a empresa é

capaz de pagar 76,20% de suas dívidas de curto e longo prazo com recursos

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99

de curto e longo prazo. Nos indicadores de endividamento IECP e IEG foi

possível identificar que se encontram em uma situação razoável na ordem de

23,19% o IECP e 56,92% o IEG respectivamente. Os prejuízos ocorridos nos

períodos de 2010 e 2011 fizeram com que os indicadores de rentabilidade RPL

e ROA apresentassem resultados negativos. Já em 2012, os indicadores

apresentaram resultados positivos e satisfatórios por consequência do lucro

auferido no período. O indicador ROI apresenta-se positivo nos três períodos,

porém se comparado aos custos de capital, não traz retorno esperado uma vez

que os custos de capital encontram-se maiores que o mesmo nos dois

primeiros períodos, e no terceiro período apresentou conformidade devido ao

lucro auferido. Nota-se que apesar de a empresa apresentar CCL positivo no

decorrer dos períodos, necessita de mais capital do que detém, trazendo um

Saldo Tesouraria negativo, ocasionando o risco do Efeito Tesoura (ET). No

tocante à análise do Valor Econômico Agregado, nota-se que a empresa não

está agregando valor em nenhum dos períodos analisados, deixando de arcar

com a totalidade de retorno exigida pelos sócios.

Observou-se também que os objetivos traçados pelo grupo foram

plenamente alcançados, e a pesquisa nos trouxe um grande conhecimento e

oportunidades de crescimento profissional relacionado aos métodos distintos

de avaliação financeira de empresas ficando aberto o espaço para pesquisas

futuras e aprofundamento no tema.

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100

REFERÊNCIAS

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Corporate Finance, Tradução: Antônio Zoratto Sanvicente. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002. SANTI FILHO. Armando de; OLINQUEVITCH. José Leônidas. Análise de Balanços para Controle Gerencial. 5º ed. São Paulo: Atlas, 2009. SILVA, J. P. Análise Financeira das Empresas. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2001. ______Análise Financeira das Empresas. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2005. ______Análise Financeira das Empresas. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2008. STEWART III, G. Bennett. Em busca de valor: O guia do EVA para estrangeiros. Tradução: Otavio Ribeiro de Medeiros et al. Porto Alegre:Bookman,2005. TÓFOLI, I. Administração Financeira Empresarial: Uma tratativa prática.Campinas: Arte Brasil Editora / Unisalesiano – Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, 2008. ______Administração Financeira Empresarial: Raízes gráfica e Editora / Unisalesiano – Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, 2012.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Balanço Ativo Passivo e DRE

Balanço Patrimonial - Ativo (em milhares de Reais)

Ativo 2010 AV 2011 AV AH 2012 AV AH

Circulante

Caixas e

Equivalentes de Caixa

4.074.574 9,30% 5.288.194 11,15% 29,79% 5.383.087 10,82% 1,79%

Contas a

Receber de Clientes

4.036.104 9,21% 4.679.846 9,87% 15,95% 5.688.648 11,43% 21,56%

Estoques 4.476.934 10,21% 5.405.705 11,40% 20,75% 5.182.187 10,42% -4,13%

Ativos Biológicos

417.028 0,95% 209.543 0,44% -49,75% 849.624 1,71% 305,47%

Impostos a Recuperar

1.419.784 3,24% 1.690.311 3,57% 19,05% 1.676.267 3,37% -0,83%

Despesas Antecipadas

107.825 0,25% 131.033 0,28% 21,52% 142.961 0,29% 9,10%

Outros Invest. e operações

descontinuadas

504.002 1,15% - 0,00% -100,00%

- 0,00% 0,00%

Outros Ativos Circulantes

351.817 0,80% 526.649 1,11% 49,69% 460.625 0,93% -12,54%

TOTAL DO ATIVPO

CIRCULANTE

15.388.068 35,10% 17.931.281 37,82% 16,53% 19.383.399 38,96% 8,10%

Não Circulante

Realizável a Longo Prazo

Créditos com

Empresas Ligadas

332.679 0,76% 552.197 1,16% 65,98% 548.909 1,10% -0,60%

Depósitos, Cauções e

Outros.

448.875 1,02% 389.947 0,82% -13,13% - 0,00% -

100,00%

Impostos a Recuperar

616.297 1,41% 626.126 1,32% 1,59% 673.346 1,35% 7,54%

Ativo Biológico - 0,00% - 0,00% 0,00% 304.309 0,61% 0,00%

Outros Ativos

Não Circulantes

- 0,00% - 0,00% 0,00% 671.758 1,35% 0,00%

Total do

Realizável a Longo Prazo

1.397.851 3,19% 1.568.270 3,31% 12,19% 2.198.322 4,42% 40,17%

Investimentos

em Controladas e

Coligadas

- 0,00% - 0,00% 0,00% 258.620 0,52% 0,00%

Imobilizado 14.624.201 33,36% 15.378.714 32,44% 5,16% 16.207.640 32,57% 5,39%

Intangível 12.425.499 28,35% 12.532.619 26,43% 0,86% 11.708.212 23,53% -6,58%

TOTAL ATIVO

NÃO CIRCULANTE

28.447.551 64,90% 29.479.603 62,18% 3,63% 30.372.794 61,04% 3,03%

TOTAL DO ATIVO

43.835.619 100,00% 47.410.884 100,00% 8,16% 49.756.193 100,00% 4,95%

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Balanço Patrimonial - Passivo (em milhares de Reais)

Passivo 2010 AV 2011 AV AH 2012 AV AH

Circulante

Fornecedores 2.962.395 6,8% 3.323.886 7,01% 12,20% 3.564.270 7,16% 7,23%

Empr. e Finan. 4.966.198 11,3% 5.339.433 11,26% 7,52% 6.098.898 12,26% 14,22%

Imp. de Renda e Contr. Social a

Pagar.

14.251 0,0% 211.528 0,45% 1384,30% 8.886 0,02% -95,80%

Obrigações Fiscais,

Trabalhistas e Sociais.

1.095.687 2,5% 1.167.163 2,46% 6,52% 1.276.009 2,56% 9,33%

Dividendos Declarados

- 0,0% - 0,00% 0,00% 170.749 0,34% 0,00%

Débito com

Terceiros para Invest.

45.746 0,1% 10.589 0,02% -76,85% 112.712 0,23% 964,43%

Outros Passivos Circulantes

332.208 0,8% 343.100 0,72% 3,28% 306.049 0,62% -10,80%

TOTAL PC 9.416.485 21,5% 10.395.699 21,93% 10,40% 11.537.573 23,19% 10,98%

Não Circulante

Exig. a Longo Prazo

Empr. e Finan. 10.217.156 23,31% 13.532.761 28,5% 32,45% 14.390.046 28,92% 6,33%

Debêntures Conversíveis

3.462.212 7,90% - 0,0% -100,00% - 0,00% 0,00%

Obrigações Fiscais,

Trabalhistas e Sociais.

317.633 0,72% 683.812 1,4% 115,28% 524.230 1,05% -23,34%

Débito com

Terceiros pares Investimentos

5.144 0,01% 2.048 0,0% -60,19% 95.142 0,19% 4545,61%

Imp. de Renda e Contr. Social

Diferido.

1.003.050 2,29% 678.372 1,4% -32,37% 1.276.752 2,57% 88,21%

Provisão para Riscos Processuais

321.660 0,73% 251.560 0,5% -21,79% 203.361 0,41% -19,16%

Outros Passivos não Circulantes

397.430 0,91% 267.444 0,6% -32,71% 295.779 0,59% 10,59%

Total PNC 15.724.285 35,87% 15.415.997 32,5% -1,96% 16.785.310 33,74% 8,88%

PL

Capital Social 18.046.067 41,17% 21.506.247 45,4% 19,17% 21.506.247 43,22% 0,00%

Transações de Capital

(9.949) -0,02% (10.212) 0,0% 2,64% 77.374 0,16% -857,68%

Reserva de Capital 985.944 2,25% 985.944 2,1% 0,00% 211.879 0,43% -78,51%

Reserva de Reavaliação

106.814 0,24% 101.556 0,2% -4,92% 96.847 0,19% -4,64%

Reserva de Lucros 1.511.246 3,45% 1.440.799 3,0% -4,66% 1.993.697 4,01% 38,37%

Ações em Tesouraria

(485.169) -1,11% (610.550) -1,3% 25,84% (776.526) -1,56% 27,18%

Ajustes de Avaliação

Patrimonial

(1.719) 0,00% 127.071 0,3% -

7492,15%

92.999 0,19% -26,81%

Ajustes

Acumulados de Conversão

(2.558.863) -5,84% (2.877.033) -6,1% 12,43% (2.591.970) -5,21% -9,91%

Partic. dos

Acionistas não Controladores

1.100.478 2,51% 935.366 2,0% -15,00% 822.759 1,65% -12,04%

TOTAL DO PL 18.694.849 42,65% 21.599.188 45,56% 15,54% 21.433.306 43,08% -0,77%

TOTAL DO PASSIVO E PL

43.835.619 100,00% 47.410.884 100,0% 8,16% 49.756.189 100,00% 4,95%

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Demonstração do Resultado do Exercício – DRE (em milhares de Reais)

Exercícios

2010 AV 2011 AV AH 2012 AV AH

Receita Liquida de Vendas 55.055.802 100,00% 61.796.761 100,00% 12,24% 75.696.710 100,00% 22,49%

Custo da Mercadoria Vendida - (CMV) (48.296.810) 87,72% (55.100.207) 89,16% 14,09% (67.006.886) 88,52% 21,61%

Lucro Bruto 6.758.992 12,28% 6.696.554 10,84% -0,92% 8.689.824 11,48% 29,77%

(DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS (4.472.510) -8,12% (4.915.934) -7,96% 9,91% (5.969.295) -7,89% 21,43%

Despesas Administrativas e Gerais (1.650.075) -3,00% (1.739.198) -2,81% 5,40% (2.057.415) -2,72% 18,30%

Despesas Com Vendas (2.644.309) -4,80% (3.144.069) -5,09% 18,90% (3.877.714) -5,12% 23,33%

Resultado de Equivalência Patrimonial - 0,00% - 0,00% 0,00% 836 0,00% 0,00%

Outras Receitas (Despesas) (178.126) -0,32% (32.667) -0,05% -81,66% (35.002) -0,05% 7,15%

Resultado antes do Resultado Financeiro e dos Tributos 2.286.482 4,15% 1.780.620 2,88% -22,12% 2.720.529 3,59% 52,79%

Resultado Financeiro (2.220.182) -4,03% (2.010.728) -3,25% -9,43% (1.338.243) -1,77% -33,44%

Despesas Financeiras (3.155.228) -5,73% (2.475.882) -4,01% -21,53% (2.921.685) -3,86% 18,01%

Receitas Financeiras 935.046 1,70% 465.154 0,75% -50,25% 1.583.442 2,09% 240,41%

Resultado antes dos Tributos sobre o Lucro 66.300 0,12% (230.108) -0,37% -447,07% 1.382.286 1,83% 700,71%

Imposto de Renda e Contribuição Social do Período (361.594) -0,66% (520.711) -0,84% 44,00% (176.742) -0,23% -66,06%

Imposto de Renda e Contribuição Sociais Diferidos 31.294 0,06% 427.934 0,69% 1267,46% (442.654) -0,58% -203,44%

IR e CSSL (330.300) -

0,60% (92.777) -

0,15% -

71,91% (619.396) -

0,82% 567,62%

Lucro Líquido (prejuízo) do Exercício (264.000)

-0,48% (322.885)

-0,52% 22,30% 762.890 1,01% 336,27%

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APÊNDICE B – Roteiro de Estudo de Caso

1 INTRODUÇÃO

Serão descritos os objetivos do estudo de caso, os métodos e técnicas

utilizados na pesquisa, assim como as dificuldades e facilidades encontradas na coleta

de dados.

1.1 Relato do trabalho realizado ao assunto estudado

Descrever as técnicas, e ferramentas utilizadas pela empresa no tocante a

Análise Econômica Financeira.

Entrevista com o Gerente Financeiro e demais profissionais da área.

1.2 Discussão

Será Realizado um confronto entre a teoria e a prática utilizada pela empresa.

1.3 Parecer Final sobre o caso e sugestões sobre manutenção ou modificações de

procedimentos.

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APÊNDICE C – Roteiro de Observação Sistemática

I Identificação da Empresa

Razão Social:

CNPJ:

Cidade: Estado:

Atividade Econômica:

Ramo de Atividade:

II Aspectos a serem observados

1 Técnicas utilizadas para Análise das Demonstrações Financeiras.

2 Evolução Financeira

3 Balanço e Demonstrações

4 Análise Financeira

5 Valor Econômico Agregado

6 Necessidade de Capital de Giro

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APÊNDICE D – Roteiro do Histórico da Empresa

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Razão Social:

CNPJ:

Cidade:

Atividade Econômica:

Início da Atividade:

Porte:

Número de Empregados:

II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS

1 Início das Atividades da Empresa

2 Porte da Empresa

3 Evoluções Econômico-Financeiras

4 Expansão com Aquisições e/ou Abertura de Filiais

5 Situação Atual

6 Perspectivas

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APÊNDICE E – Roteiro de entrevista para o Gerente Financeiro

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Qualificação Profissional:

Tempo de Participação na Sociedade:

Formação Acadêmica:

Experiências Profissionais:

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1) Qual a importância da Análise das Demonstrações Financeiras para a

empresa?

2) A empresa utiliza a Análise das Demonstrações Financeiras antes de tomar

suas decisões?

3) Qual a periodicidade da Análise das Demonstrações Financeiras na empresa?

4) Como os resultados obtidos pela Análise das Demonstrações Financeiras são

discutidos nas reuniões de planejamento?

5) Quais as estratégias adotadas ao se perceber pontos negativos na empresa?

6) Como é analisada a necessidade de Capital de Giro da empresa?

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APÊNDICE F – Roteiro de entrevista com profissionais da área

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Qualificação Profissional:

Formação Acadêmica:

Profissão:

Experiências Profissionais:

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

As Técnicas de Análise Financeira das Demonstrações Contábeis são de fácil

aplicação?

2) Quanto às etapas da Análise Financeira, é necessário que todas sejam

respeitadas para obter um diagnóstico preciso sobre a situação da empresa?

3) Como é a aceitação da de novas formas de análise no mercado atual?

4) É possível obter um diagnóstico preciso sobre a situação da empresa sem a

utilização da Análise das Demonstrações Financeiras das Demonstrações Contábeis?

5) Qual a importância da Análise Financeira das Demonstrações Contábeis para

as empresas?

6) Quais os pontos mais importantes a serem analisados para a compreensão da

situação financeira das empresas?

7) Quais as vantagens de se Analisar Financeiramente o desempenho de uma

empresa?

8) O que acha sobre as análises do Valor Econômico Agregado (VEA) e

Necessidade de Capital de Giro (NCG)?

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Anexo A – Marcas JBS S.A.

JBS Carnes.

JBS Lácteos.

JBS diversos.

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JBS Higiene e Limpeza e Cosméticos.

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Anexo B - Balanço Patrimonial 2010/2011/2012 – Ativo

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Balanço Patrimonial 2010/2011/2012 – Passivo

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Anexo C - Demonstração do Resultado do Exercício 2010/2011/2012

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Anexo D - Indicadores de Análises

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Anexo E - Diagrama Margem e Giro