tutorial qgis
Post on 19-Jan-2016
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ANALISE ESPACIAL A PARTIR DE JUNÇÃO DE TABELAS NO QGIS.
Daniel B. S. Triumpho - danielbond2@gmail.com
Para a realização desta prática vamos utilizar o software QGIS, este é um
sistema de informação geográfica (SIG) de licença livre que tem se apresentado
atualmente uma ótima alternativa aos softwares pagos, realizando diversas funções que
eram exclusivamente dos softwares pagos.
Nossa prática pretende realizar o calculo da taxa de homicídios e morte em
acidente de transito e apresentar estes dados de forma especializada, ou seja, em um
mapa. Os resultados serão os mesmos que em softwares que geram gráficos, no
entanto, o mapa é uma variável visual mais chamativa que um gráfico, entretanto a
presença não exclui a necessidade do outro, na verdade a presença dos dois garante a
um trabalho um aspecto mais refinado.
Iniciando:
Primeiramente adquirimos os dados de homicídios, população e de acidentes de
transito para o estado de Minas Gerais junto ao site dos SUS no endereço:
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=02
Figura 1: Tela de dados DATASUS
Os arquivos foram baixados no formato CSV separados por vírgulas, por ser um
dos formatos de tabela que o programa entende, apesar de que o arquivo de tabela
padrão para SIG é o DBF.
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Posteriormente Adquirimos, de forma gratuita, junto o site do IBGE a base
cartográfica da dos municípios de Minas Gerais, no endereço:
ftp://geoftp.ibge.gov.br/malhas_digitais/municipio_2010/
Figura 2: Pagina do IBGE que contêm as malhas digitais dos estados brasileiros,
divididos em estado, mesorregião, microrregião e municípios que são baixados em um
pacote ZIP.
De posse das bases de dados vamos editá-la para que atenda nosso objetivo, para
isso vamos abrir nossos dados no ambiente QGIS, para tal vamos iniciar o programa no
ícone na área de trabalho.
Note que existem dos ícones
idênticos, no entanto para nossas
análises vamos utilizar o QGIS Desktop
Após aberto vamos navegar pela opção
“add Vector layer” ou adicionar camada
vetorial.
Figura 3: ícones do programa.
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Figura 4: Tela inicial do programa
Após aberto vamos até a pasta onde os arquivos foram salvos, como eles estão em
formatos diferentes precisamos selecionar na caixa ao lado de nome a opção All Files,
para que todos os arquivos sejam apresentados.
Figura 5: navegação pelo menu Add Vector Layer
Após adicionarmos os dados devemos observar que a tabela de atributos dos
municípios apresenta um campo chamado CD_GEOCODM esse campo representa os
códigos de identificação dos municípios elaborados pelo IBGE e que é utilizado por
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todos os órgãos públicos, se observarmos agora as tabelas do DATASUS, notaremos
que esses mesmos dados estão presentes, entretanto percebe-se que nestas tabelas existe
um número a menos e a presença dos nomes dos municípios em um único campo, essas
informações adicionais poderão atrapalhar nosso trabalho, sendo assim necessários suas
retiradas e o isolamento dos códigos idênticos à tabela do IBGE.
Figura 6: Tabelas contendo os códigos.
Sendo assim, necessitamos retirar um numero da tabela do IBGE e o nome da tabela do
DATASUS, para isso, utilizará uma função, a qual todos devem estar familiarizados, o
Substring, clique com botão direito no nome do arquivo, inicie a edição, navegue até
propriedades, navegue posteriormente a tabela do arquivo do IBGE, clique na
calculadora de campo .
Dentro desta selecione a caixa para atualizar um campo existente, selecione o campo
contendo o código dos municípios, em seguida vá à opção String, Substrig e digite a
seguinte formula (substr( "CD_GEOCODM" ,1,6).
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Figura 7: tabela do IBGE
Note a mudança na tabela, após o processo finalizado.
Figura 8: Campo limpo
Faça o mesmo processo para a tabela do DATASUS, eliminando o nome dos
municípios, pois esses foram já obtidos na tabela do IBGE.
Posteriormnete para poupar tempo, vamos primeiramente unir as tabelas de homicídios
e população. Para isso clicamos na tabela de crimes – propriedades – união (Join).
O resultado é uma tabela o aumento dos atributos na tabela de crimes acoplando
também os atributos da tabela de população.
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Figura 9: atributos unidos em uma única tabela
Agora podemos unir as tabelas do arquivo Shapefile e do DATASUS, o processo
é similar o anterior, o resultado esperado deve ser aproximadamente igual a esse.
De posse dessa tabela agora conseguimos visualizar os atributos do DATASUS
espacialmente como a imagem abaixo:
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Figura 10: distribuição dos acidentes de transito
Para conseguirmos tal resultado temos de clicar com botão direito – propriedades –
estilos (Style) abrirá a seguinte janela:
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No campo onde se encontra a Símbolo simples (Single symbol), podemos mudar para
outras formas de apresentação, sendo que nessa opção os municípios são representados
igualmente, para visualizarmos a diferença em cada cidade utilizamos a opção categoria
e se quisermos visualizar agrupamentos utilizamos a opção graduação.
Agora que visualizamos a possibilidade de inserção de atributos externos a uma base de
dado, vamos calcular os índices de mortalidade para cada município do estado através
da calculadora de campo. Para tal, é necessário criar novos campos onde serão
calculados os índices, para isso iniciamos a edição da tabela através do ícone de um
lápis, como apresenta a figura a seguir
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Com a edição iniciada clique no ícone, Nova coluna , ou digite o atalho Ctrl+W,
escolha o tipo inteiro e digite uma amplitude do campo para 10 números ou mais.
Repita esse passo colocando os nomes Ind_Hom e Ind_trans.
Agora com os campos já criados vamos calcular os índices, para o de transporte vamos
utilizar a formula de transporte/ população* 100000 e para homicídios vamos utilizar
homicídio/ população* 100000. Entretanto para esse cálculo vamos utilizar a
calculadora de campo da tabela de atributos , que pode ser acessada pelo atalho
Ctrl +L.
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Os campos calculados ficam aproximadamente desta forma:
Agora o próximo passo é finalizar e salvar a edição. Depois amostrar os resultados das
equações no mapa.
Representação do Ind_trans
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Representação do Ind_trans
Conclusões:
O método de trabalho com sistema de informação geográfica se mostra uma ferramenta
com grandes possibilidades no ramo de segurança publica, pois a possibilidade de
observar os dados distribuídos no espaço contribui efetivamente para a tomada de
decisão, alem de podermos trabalhar em diferentes escalas dimensionais e temporais.
Toda via, percebe-se a necessidade de tem um domínio de algumas noções para o
trabalho com a ferramenta, atualmente existem diversos sites e blogs que tratam do
assunto disponibilizado diversos materiais e exercícios, particularmente recomendamos
os seguintes:
Anderson Medeiros (ClickGeo) - http://andersonmedeiros.com
Jorge Santos (Processamento Digital) - http://www.processamentodigital.com.br
Comunidade brasileira sobre o QGIS - http://qgisbrasil.org
GeoSaber - http://www.geosaber.com.br
Esse processo apresentado pode ser realizado em outros softwares de GIS ou SIG livres
que estão disponíveis na internet. A seguir segue um link para uma lista com esses e
outros softwares: http://www.geosaber.com.br/2008/06/lista-de-programas-de-sig-gis-
software.html
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