súmario - blob.contato.io · jonny silva em tempos de crise, ... tudo, as pessoas. ... forma geral...
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Súmario
Claudio Tomanini
Que lições devemos aprender com a crise econômica e a
insatisfação da população?.....................................................4
João Rached
RECEITA DE UM MUNDO MELHOR………………….…………………….….……13
João Proença
O Vício da Ganância………………………………………………….…………..………..19
Leila Navarro
A CONFIANÇA contra a CRISE………………………………………………………...25
Márcio Gaba
Liderança no Século 21……………………………………………………………….…..31
Prof. Gretz
Os cinco macacos…………………………………………………………………………….36
Rafael Baltresca
Esse bichinho chamado crise………………………………………………………...39
Jonny Silva
Em tempos de crise, por que não considerar um período
sabático?...........................................................................43
1
2
Claudio Tomanine
Quem é Claudio Tomanine?
Ø 30 anos atuando como executivo de marketing e vendas em
grandes empresas
3
Ø 20 anos como professor de escolas como ESPM, IBMEC,
Fundação Dom Cabral e FGV
Ø 18 anos como professor de do MBA da FGV
Ø 16 anos como Presidente da New Marketing Estratégias em
Gestão de Vendas
Ø 20 anos como Palestrante
Ø 15.000 alunos já assistiram a suas aulas
Ø 5 livros publicados
Ø Centenas de artigos publicados
Ø Mais de 1.000.000 pessoas já assistiram a suas palestras
É professor do MBA da FGV (Fundação Getúlio Vargas) dos
cursos de Gestão Estratégica de Negócios, Gestão de
varejo, Gestão Empresarial e Marketing para Organizações
de Saúde. Pós-graduado em Marketing e Comunicação
Dirigida pela ESPM e curso de extensão pela Wharton
School.
São mais de 30 anos de atuação em Trabalho em equipe;
Liderança; Motivação; Planejamento estratégico;
Superação de desafios; Desenvolvimento de equipes;
Gestão estratégica de marketing e vendas, durante os
quais ocupou cargo de Diretoria e membro do conselho em
grandes companhias. Premiado inúmeras vezes por
superação de objetivos e alta performance em vendas.
4
Consultor de marketing e gestão de vendas de grandes
empresas como Cargill, Bradesco, Samsung, Fenabrave,
Bayer, Citroën, Valle, Mangels, MSD, Sulamérica, SEBRAE,
Bunge entre outras.
Cláudio ministra palestras, treinamentos e workshops em
Gestão Estratégica, Gestão Empresarial, Marketing e
Vendas.
É articulista e entrevistado convidado em diversos
programas, sites e publicações do setor de negócios,
vendas, RH e varejo.
Autor do Livro “Venda Muito Mais”(Editora Gente, 2010).
Co-autor dos livros “Gestão de Vendas” (Editora FGV,
2004); “Gigante de Vendas” (Editora Landscape, 2008);
“Os 30 mais Atendimento e Vendas” (Editora 3C, 2006);
“Dominando Estratégias de Mercado” (Editora Pearson,
2006).
Tomanini atende empresas dos mais variados segmentos,
tendo se apresentado para mais de 3.000 empresas.
Comanda a New Marketing Estratégias e Resultados de
Mercado.
Já se apresentou para mais de 1.000.000 pessoas no
Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, México, Angola e Estados
Unidos.
5
Que lições devemos aprender com a crise econômica e a
insatisfação da população?
“Quando escrito em chinês a palavra crise compõe-se de dois
caracteres: um representa perigo e o outro representa
oportunidade.” (John Kennedy)
As empresas estão com o farol vermelho ligado, diante de tanta
incerteza com o atual governo, nada pior para o mercado do que
ambiente ruim, um clima desfavorável e ações geradas pelo medo.
E o que você vai fazer? Se encolher de medo também ou aproveitar
este momento e ser diferente? É a hora de mudar, de escolher
“vender os lenços ao invés de derrubar as lágrimas”.
Pesquisando sobre o assunto e de como devemos proceder,
encontrei um texto publicado pelo CEF (Centro de Estudos
Financeiros) que é muito pertinente e diz o que NÃO DEVE SER
FEITO DE FORMA ALGUMA
Dez coisas que as empresas não devem fazer em época de crise:
1) Negar o impacto da crise: Mesmo se a sua empresa parece
não estar sendo afetada pela crise financeira mundial, fique atento.
Ainda que a crise passe apenas por áreas secundárias do negócio é
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provável que ela atinja todas as empresas.
2) Não exagerar na cautela: Mantenha as contas a curto e médio
prazo na ponta do lápis. É importante acompanhar cada passo do
mercado e das finanças da empresa para saber a real necessidade
de tomar determinadas medidas.
3) Descuidar da comunicação: Em momentos de crise, é
especialmente importante administrar adequadamente a
comunicação da empresa, seja com clientes, fornecedores ou
funcionários. É imprescindível manter as pessoas informadas sobre
os fatos que afetam a empresa, bem como sobre as medidas que
estão sendo tomadas. Só assim consegue-se neutralizar os
impactos negativos de rumores e informações imprecisas.
4) Não ponderar os custos e os ingressos para cada cenário:
É importante estimar situações de máximo e mínimo risco, a fim de
prever as possíveis ações que serão necessárias em cada uma
delas.
5) Passar dos orçamentos para os endividamentos: É preciso
ajustar os gastos com os ganhos previstos pela empresa e
esforçar-se para cumprir as metas. Amargar prejuízo em períodos
de crise pode fazer com que a empresa afunde mais facilmente.
Concentre seus esforços em conseguir os financiamentos ou
refinanciamentos necessários para alcançar o equilíbrio do negócio.
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6) Descuidar da delegação de decisões: Frente à tanta
incerteza, muitas decisões delegadas anteriormente ou
automatizadas devem ser reexaminadas e, talvez, centralizadas de
novo.
7) Continuar com projetos e investimentos sem reavaliá-los:
Reconsidere os projetos previstos ou em andamento e congele
aqueles que não vão melhorar a curto prazo os resultados da
empresa. Como estamos em um cenário diferente, deve-se revisar
a validade das estimativas feitas antes do período de crise.
8) Não atender as mudanças de mercado: As mudanças
constantes nesse cenário de crise obrigam os empresários a estar
em permanente vigilância em relação às variações de vendas e aos
concorrentes. Quanto mais rápida for a resposta de uma empresa
para as mudanças do mercado, melhor ela poderá planejar as
estratégias que permitam restabelecer o negócio.
9) Ter uma reação exagerada: A crise é uma situação delicada e
não se deve tomar decisões com pressa. Deve-se impor a
moderação. Tão desaconselhável é a redução massiva de pessoal
como fazer contratações indiscriminadamente.
10) Não prever os possíveis cenários uma vez superada a
crise: Existe um depois da crise e é preciso pensar nele. O
empresário tem que imaginar como pode ficar o setor e planejar a
busca de novos mercados e produtos para quando a crise terminar.
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Pois bem, depois disso tudo você vai fazer o que?
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João Rached
Quem é João Rached ?
João Rached , experiente executivo , por muitos anos na primeira
linha de comando , em corporações globais , viveu crises estruturais
e internas com a responsabilidade de conduzir a força de trabalho
em momentos complexos , onde a incerteza era fator
preponderante ,Sua carreira na área de Recursos Humanos foi
construída ao longo de 35 anos de experiência profissional no Brasil
e no exterior .
De 1983 a 1997, ele trabalhou na ALCOA, em funções de recursos
humanos em diferentes localidades
Foi diretor de RH da Alpargatas, Brasil Telecom , e também foi
vice-presidente de RH da Volkswagen do Brasil, assumiu a diretoria
de Recursos Humanos no HSBC no Brasil em 2005 e posteriormente
em 2009 na America Latina , em 2013 tornou se Diretor Executivo
de Relações Institucionais.
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Rached é formado em Administração de Empresas e em Recursos
Humanos pela Universidade de Sorocaba (SP)., ,com inúmeros
cursos no exterior também outorgado com a comenda da ordem do
trabalho pelo TST.
RECEITA DE UM MUNDO MELHOR
Sou um capitalista. Assumo essa condição sem problema, pois
acredito que esse é o melhor sistema para evolução da sociedade,
desde que utilizado de maneira responsável, respeitando, acima de
tudo, as pessoas. A Revolução Industrial, embora no seu começo
tenha sido permeada por abusos trabalhistas, com operários
trabalhando mais de 12 horas por dia, foi o início da retirada de
muita gente da linha da pobreza. Tanto que um inglês nascido no
final do século 17 tinha como expectativa de vida 36 anos, dado
que mudou drasticamente no século 18 e, principalmente, no início
do 19. De lá para cá, o direito dos operários e trabalhadores de
forma geral evoluiu e o respeito às pessoas também tem
gradativamente ganhado espaço dentro das corporações, embora,
claro, ainda há muito a ser alcançado, como a eliminação do
trabalho escravo, exploração de mão de obra barata, etc.
Na minha carreira, participei da implementação de mudanças em
larga escala, com impacto na cultura e transformação da liderança
das empresas. Comandei diversos projetos de melhoria de negócio,
quando o que estava em jogo era até a sua própria sobrevivência.
Para direcionar esses projetos, algumas ações estratégicas foram
tomadas, mesmo considerando crises de escala relevante e riscos
significativos.
Aprendi que a complexidade desses processos e seu sucesso eram
dependentes de muita sensibilidade e precisão nas decisões, pois
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envolviam pessoas de todos os escalões da organização, incluindo
acionistas.
Tive experiências variadas e muitas delas envolviam situações
críticas e de alto risco. Aliás, sempre fui considerado louco ou
inconsequente por aceitar desafios impossíveis.
Boa parte dos desafios eu aceitei porque, em princípio, não havia
avaliado as consequências ou os riscos de me associar a
determinado projeto. O profissional sempre quer um desafio, mas
antes tem que fazer a avaliação se é um risco. Para minha sorte, ter
feito parte de projetos complicados foi extremamente bom para
minha carreira.
Mas qual a diferença de risco e desafio? Desafio tem metas a serem
atingidas, possibilidades de melhorias imensas e, se não der certo,
o que está em jogo é o seu sucesso. Já no risco, há a possibilidade
de, se a coisa falhar, você “morrer”. Esse morrer podemos entender
como ser demitido ou ter um arranhão sério na sua carreira. O que
está em jogo é sua vida, sua caminhada, sua pele. Embora a
possibilidade de sucesso seja comum nos dois casos, tem que se
avaliar muito mais antes de se correr um risco. Ou contar com a
sorte.
Quando fui trabalhar na Volkswagen, por exemplo, um alto
executivo chegou para mim e falou, quando eu acabara de fazer a
entrevista de emprego: “Espero que você venha trabalhar com a
gente, mas você é um maluco”. Isso porque as condições eram
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totalmente adversas, conflitivas. Era o ano de 2001, pré-eleições
presidenciais, quando o ambiente tinha mais impacto trabalhista do
que nunca, uma época de reestruturação que remetia a negociações
difíceis com os sindicatos, sujeitas a greves. Mas no final, tudo deu
certo e saí com uma bagagem muito maior em saber lidar com
crises.
Trabalhei em diversos projetos importantes, como o turnaround da
Alpargatas, a reestruturação da Volkswagen, além de comandar
processos de mudança na Brasil Telecom (que hoje é Oi, após a
fusão com a Telemar) e HSBC Brasil e América Latina, empresas
que estão entre as maiores do país. Também fui consultado para
trabalhar em pelo menos o dobro desse número de grandes
empresas.
Mas o interessante é que grande parte dos presidentes e CEOs
dessas empresas não tinham a menor ideia do que pedir para mim
ou do que exigir da área de RH. Isso, por um lado, me ajudou, pois
tive mais liberdade de implementar meu método de trabalho. Mas
ao mesmo tempo, me atrapalhou, já que meus chefes não tinham
parâmetros para avaliar meu desempenho e minhas propostas.
Não acredito que haja uma estratégia geral para a área de Recursos
Humanos, que se aplicaria para o profissional de qualquer empresa.
Pelo contrário, existem ferramentas de RH que podem ser usadas
em boa parte das empresas e adaptadas à estratégia de pessoas
daquele negócio específico. Um presidente de um grande banco
chegou a conversar comigo para eu trabalhar em sua empresa.
Perguntei a ele: “Com tantos funcionários, por que eu, que estou
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fora, sou o candidato?” Ele me respondeu: “Como você tem
experiência em diversos tipos de empresas, não vem com uma
receita de bolo”. Ou seja, o fato de eu não ter um modelo padrão,
fez com que eu me tornasse atraente para aquele executivo.
O papel do líder da área de Recursos Humanos é encampar a
estratégia da empresa e dar subsídios para que ela seja bem
sucedida. É definir o caminho e como se dará o processo de
fidelização das pessoas ao projeto da empresa. Hoje em dia, esse
processo se dá mais por meio de uma causa do que de outros
fatores, como oferecer uma remuneração melhor e benefícios.
Tampouco pelo fascínio da grife. Hoje os jovens não têm mais o
orgulho de trabalhar em uma empresa “de nome” e podem trocá-la
por uma menor, mas com um propósito mais atraente. Pois as
marcas podem ruir, cair no ostracismo, serem atacadas. Agora uma
causa é mais sólida, relevante e dá sentido à vida das pessoas.
Por isso, meu propósito é proporcionar-lhes uma reflexão sobre
todas as fases de um projeto estratégico, para que esse tenha
grande chance de sucesso. Quero compartilhar situações e
conceitos que colecionei durante minha carreira com gestores que
acreditam que as pessoas vão fazer a diferença. Não faço
abordagem acadêmica, por não ter esse direcionamento, mas sim
trago experiências em situações reais de uma carreira de mais de
40 anos. Convivi e compartilhei decisões com altos executivos que
eram responsáveis por projetos cruciais, e acertos e erros acabaram
sendo sempre meus inspiradores.
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Acredito que é possível buscar o melhor para a sociedade através
das organizações. A ideia é levar líderes de todos os níveis –
diretores, gerentes e todos que tem hierarquicamente algum poder
de decisão sobre outras pessoas – a pensar sobre suas causas e
projetos.
Não tenho uma receita de bolo , mas ideias de como as gestão de
pessoas feita de forma correta pode se tornar parte importante da
estratégia que guiará boa parte das decisões mais importantes dos
negócios, sendo responsável direto pelos resultados. No fundo, não
deixa de ser uma receita de um mundo melhor.
João Rached
Jorge Proença
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Quem é Jorge Proença?
● Atua na área de tecnologia da informação há 27 anos,
na área de Responsabilidade Social há 14 anos e na
área de educação há 12 anos;
● É Fundador do Projeto Pérola e Plataforma Educacional
Kiduca;
● É vice-presidente da ACIGAMES;
● Recebeu o título de Cidadão emérito de Sorocaba em
2012;
● É autor dos livros: Códigos e Enigmas da Felicidade e
Administração do tempo.
● É graduado em Análise de Sistemas na Fatec Sorocaba
(1989) e pós-graduado em Educação na UFF -
Universidade Federal Fluminense (2012); Concluiu
curso de Responsabilidade Social Empresarial no Banco
Mundial em (2004).
O Vício da Ganância
O que leva as pessoas a ganhar dinheiro sem objetivo? Qual é o
nível de consciência dessas pessoas em relação ao dinheiro? Algum
escrúpulo envolve o ato de ganhar muito dinheiro? Por que elas têm
esse comportamento?
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Depois de pesquisar e pensar sobre o assunto, acredito que cheguei
a uma conclusão, no mínimo, muito inquietante.
Através de analogia, acredito que encontrei uma boa explicação
sobre o motivo de algumas pessoas terem, como forma de
comportamento, o objetivo de acumular riquezas sem o menor
propósito. Muitas vezes prejudicam a comunidade em que estão
inseridas e, conseqüentemente, o mundo todo.
Cheguei à conclusão que o acúmulo de riquezas trata-se de uma
doença, um vício: O vício da Ganância.
O maior e mais alto grau do Vício da Ganância é análogo à
dependência química da heroína e/ou cocaína, onde estão inseridos
os corruptos, traficantes, terroristas, e outros perfis semelhantes.
Se você perguntar para qualquer um deles, por que estão fazendo
isso, receberá a seguinte resposta: Eu já atingi o nirvana, estou em
outro nível de sabedoria, você nunca irá entender isso, etc. e tal.
Nesses casos, a situação é quase irreversível e dificilmente ambos
aceitam um tratamento. Assim, encontramos corruptos que já têm
milhões de dólares num paraíso fiscal, sem saber quando, quanto,
onde ou como gastá-los e, mesmo assim, continuam corrompendo e
roubando, corrompendo e roubando, corrompendo e roubando...
Em um grau inferior, mas também complicado, localizamos os
muito ricos, que acumulam riquezas passando por cima dos outros,
não pagando impostos, pagando mal aos seus funcionários e
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sempre buscando algum jeitinho para obter vantagens.
Analogamente, comparo esses muito ricos, ao dependente químico
em maconha, que quando indagado do porquê do vício responde:
Faço uso apenas pelo prazer ... Isto nem chega a ser uma droga ...
Largo quando quiser ... Tenho controle sobre o que estou fazendo
.... Neste grau, o Vício da Ganância leva os ganhadores de dinheiro
a acumularem muitas riquezas, justificando-se, como objetivo, ser
esse um ato generoso, uma forma de deixar sua fortuna para seus
herdeiros, como garantia de um futuro melhor desta e das futuras
gerações. Muitas vezes estas gerações de herdeiros irão gastar de
forma tão errada quanto a maneira com que essas riquezas foram
acumuladas.
Em outro estágio, no qual a droga é legalizada, encontramos os
ricos, novos ricos e os da classe média alta. Estes, também
acumulam riquezas para, dentre outros motivos, garantir seus
padrões socioeconômicos. Padrões estes perfeitamente aceitos pela
nossa sociedade, ou seja, têm uma empresa e/ou emprego muito
bom, ou receberam uma boa herança. Seguindo a analogia, estes
são os alcoólatras, que, apesar de estarem tomados pela
dependência, podem encontrar a sua droga vendida em bares e
restaurantes, com liberação do governo e, se indagados do porquê
do seu vício, eles respondem: Eu só bebo socialmente ... Tenho
total controle sobre o meu consumo ... Se eu quiser eu largo
imediatamente ...
No estágio mais leve dos vícios, encontramos os representantes da
classe média, alguns de baixa renda e os avarentos (pão-duro).
Eles não geram um grande problema na distribuição de renda, pois
suas riquezas afetam, proporcionalmente, pouco, mas, em
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compensação, geram mau exemplo e incentivam o acúmulo de
riquezas de forma indiscriminada. Poderia, por analogia,
compará-los aos fumantes que, embora sejam socialmente mais
aceitos que os consumidores de álcool, causam males terríveis a si
próprios e incomodam aos seus pares com este vício. Se indagados
sobre a dependência eles respondem: Não estou fazendo mal a
ninguém ... Largo quando quiser ... Só fumo em lugares permitidos
... Tem muita gente que fuma e vive bastante ...
Neste último estágio o viciado pela ganância, vive em função do
acúmulo de bens para deixarem para seus herdeiros. Muitas vezes
abdicam do ato de viver e contribuir para um mundo melhor, pois
ganhar dinheiro transforma-se em um meio e não em um fim em
suas vidas.
Concluindo: nos dois primeiros casos (cocaína e maconha), a
maioria dos viciados (analogamente, é claro!) faz parte dos 10%
mais ricos do planeta, que, cada vez mais, aumenta sua proporção
no bolo de distribuição das riquezas e agravam a situação da
pobreza no mundo.
Nos outros casos, alcoólatras e fumantes, o vício também leva as
pessoas ao egoísmo e à irresponsabilidade perante os problemas do
mundo, que, na verdade, são de todos nós. Cada vez mais os
viciados estão dependentes e isolados em suas prisões de luxo
(mansões com alta segurança, carros blindados, etc.) e incapazes
de viver em comunidade.
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Não excluo o governo de minha análise! Suas ações, ou ausência
delas, acabam incentivando o vício, seja através de políticas de
juros inadequadas ou programas sociais assistencialistas e pouco
sustentáveis, principalmente atacando os efeitos e ignorando as
causas.
Será que pode haver alguma solução para essa doença moderna?
Poderíamos pensar no desenvolvimento de uma Clínica de
Recuperação de Gananciosos, incentivar a criação da AGA -
Associação de Gananciosos Anônimos, onde poderíamos ver os
seguintes depoimentos: Esta semana distribui mais riquezas do que
na semana passada ... Estou muito feliz comigo mesmo por estar
distribuindo as minhas riquezas ... Com meu exemplo transformei a
vida do meu filho e a minha família está muito mais feliz.... A cada
dia que passa, estou me sentindo mais saudável compartilhando
minha riqueza .... e assim por diante.
Através de soluções viáveis e criativas podemos ter um mundo
muito melhor para se viver, com diferenças de competências,
porém, com mais justiça e amor entre as pessoas, pois, no fundo é
isto que importa.
Antes de terminar, porém, gostaria de enaltecer os grandes
geradores de riquezas que, através de suas idéias, conhecimento,
trabalho e determinação, fazem com que nossa vida tenha cada vez
mais conforto, prazer e longevidade.
20
Jorge A.F. Proença
Consultor de Riquezas e Empreendedor Social
jorge@vmm.org.br
Leila Navarro
Quem é Leila Navarro?
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Há mais de 15 anos no mercado de palestras, Leila
Navarro conquistou sólida carreira no Brasil e no
exterior. Suas palestras já foram assistidas na
Espanha, Chile, Uruguai, Panamá, Japão, México, Peru,
Paraguai, Colômbia, Angola e Portugal. No Brasil,
segundo a Revista Veja, integra o ranking dos 20 mais
notáveis palestrantes brasileiros.
Leila Navarro é palestrante pioneira no lançamento de
recurso moderno, tecnológico e inovador, o APP Motive-se,
um aplicativo motivacional completo! Além dos constantes
convites para entrevista em programas de tevê, rádio e
mídias virtuais e impressas, ela é colunista do Programa
Tribuna Independente, da Rede Vida, e do Programa Palavras
Amigas, da Rádio Globo BH.
Em 2014 e 2015, como líder-coach, Leila Navarro levou um grupo
de pessoas para uma Viagem Sabática na Índia, uma experiência
para vivenciar a diversidade. Em 2013 foi eleita Top5, na categoria
palestrante, do Prêmio Top of Mind Estadão RH, o Oscar do RH, o
mais prestigiado e desejado prêmio do mercado. No mesmo ano foi
homenageadaEmpreendedora em RH, em cerimônia de
Certificação e Premiação dos Melhores Fornecedores para
RH, realizada pela Gestão RH. Entre os prêmios que conferem
destaque à sua carreira também está o Prêmio de 100
fornecedores de RH – Categoria palestrante do ano (2005 e
2009).
Leila Navarro é idealizadora do Projeto EscolHa da Felicidade,
um conceito inovador para todos os segmentos organizacionais e
níveis hierárquicos que traz à luz a felicidade como atitude
interior. Constante pesquisadora e estudiosa sobre o
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comportamento humano, a profissional tem quinze livros
publicados, entre eles, “Talento para ser Feliz”, “Autocoaching de
Carreira e de Vida”, “Talento a prova de crise”, “O poder da
superação”, “Confiança, a chave para o sucesso pessoal e
empresarial” e “Confiança, o diferencial do líder”, os dois últimos
desenvolvido a quatro mãos com o consultor espanhol José
MaríaGasalla, Leila Navarro mantém como base da sua carreira a
inovação, a confiança, a sustentabilidade, o comprometimento e a
capacidade de manter todos esses quesitos em altos níveis de
satisfação e felicidade.
Minicurrículo
· Graduada na área da saúde pela Universidade de
São Paulo (USP)
· Especialista em Medicina Comportamental
(UNIFESP)
· Habilitada na Metodologia CPS -
CreativeProblemSolving (CPSI – Buffalo – USA)
· Participou do Training Course of Solving Human &
Organizational Problems for Brazil, no Japão.
· Tem diversas certificações nacionais e
internacionais em Programação Neurolinguistica (PNL) e
DevelopmentalBehaviouralModelling (DBM)
· É habilitada em Gestão de Talentos pelo ESADE
· Especializada em Coaching Efectivo com Modelado
DBM pela AECOP (Associação Espanhola de Coaching e
Consultoria de Processos).
23
· Na Espanha é colaboradora acadêmica na ESADE
Business School e, professora convidada na Universidade
de Barcelona (UB).
A CONFIANÇA contra a CRISE
A pior crise que pode se instalar em uma empresa não é a
externa. É a falta de confiança dentro das organizações que
gera uma crise crônica, difícil de ser dissipada. Mais que um
sentimento ou indicador, a confiança será cada vez mais um
pilar essencial para a sustentabilidade individual, das
relações e dos resultados empresariais
Confiar e inspirar confiança constituem-se a única possibilidade de
sobreviver nesse "mundo de gente infiel e não-ética”. Em
momentos de crise externa a maior força, o maior diferencial é a
confiança. Portanto este velho ditado de que a união faz a força é
verdadeiro e só existe união onde existe confiança. Você sabia que
nas penitenciárias os carcereiros provocam a desconfiança entre os
detentos porque se eles confiarem um nos outros, não há muros,
nem forças policiais que os detenham?
Em minhas palestras, quando contextualizo a confiança nos
negócios, confiança no produto, confiança no líder, confiança nas
pessoas, digo que se tiver que perder algumas destas “confianças”
que seja nos negócios, porque daí inovamos. Em seguida que seja
no produto porque aí mudamos. Se perdemos a confiança no líder é
trágico, mas podemos substituí-lo, mas se as pessoas perdem a
confiança nas pessoas e forem cada um por si, daí não temos mais
nada, nem empresa. O pensador de ciências políticas econômicas
Francis Fukuyama, afirmou que a confiança é um componente do
capital social que chega a ser mais importante que o capital
financeiro da empresa.
24
A confiança se constrói e se inspira. Mas como fazer isso acontecer?
A confiança tem duas importantes equações. Na primeira C X C =
C, onde Confiança por Controle = Constante. Isso significa que
quanto mais confiança menos controle e quanto mais controle
menos confiança. Por aí já se pode ter um panorama de como
caminham os relacionamentos em uma equipe, em uma
organização e até no país. No Brasil, o cenário é de total
desconfiança em quase todos os setores. Somos rigorosamente
controlados e burocratizados. Em uma ocasião precisei abrir uma
conta em um banco na Espanha e quando disse o que gostaria a
atendente apenas me pediu o passaporte e o dinheiro que queria
depositar. Em cinco minutos eu tive o meu caso resolvido. Fiquei
espantada, admirada mesmo. Quando perguntei à atendente se era
apenas aquilo, ela simplesmente respondeu: “sim, só isso”. Eu não
tive que provar nada, eu mesma era a prova. Como eu me senti
respeitada!
A outra equação da confiança é C= A + 7 Cs e compreende a
confiança em vários níveis organizacionais e de mão-dupla, onde se
lê: C, de confiança é igual a A, de autoconfiança, o que abrange
autoconceito, autoestima, autocrítica, autoeficiência,
autodisciplina. Os 7Cs implicam competência profissional
somado a seis comportamentos que são consciência, clareza,
cumprimento, coerência, consistência, coragem. Essa equação
nas empresas e nos relacionamentos corporativos faz total
diferença. É preciso apenas aprender a equacioná-la.
Quanto mais desenvolvido é um país, mais confiança existe entre as
pessoas, entre os líderes, entre as organizações. Quanto mais
poderosa é uma empresa, mais alto deve ser o seu nível de
confiança e isso tem início nas pessoas, nos líderes, no produto e no
negócio. Isso faz com que aumente o grau de comprometimento
das pessoas e o grau de confiança do mercado. É preciso atrever-se
25
a nadar contra a corrente, embora não se possa ter a ilusão de que
fazer isso será fácil. Os resultados para os que ousarem, no
entanto, são altamente compensadores.
Confúcio dizia que para governar um país são necessários armas,
comida e confiança. Se tiver que abdicar de algum desses
elementos que seja primeiro as armas, segundo a comida e, por
último, a confiança. Nesses tempos de incertezas, mudanças e
intensa luta pela sobrevivência, as pessoas se sentem inseguras e
adotam um comportamento defensivo. Apegam-se ao conhecido e
ao rotineiro. Fecham-se em si mesmas e relutam em compartilhar
conhecimentos e competências com os demais, que são adversários
em potencial no ambiente altamente competitivo das organizações.
Têm medo de experimentar e errar, pois não confiam nas possíveis
reações dos outros – nem em sua própria capacidade de tomar as
melhores decisões.
Diante desse cenário o que fazer? Como implantar a confiança em
uma organização e manter as equipes alinhadas com os objetivos e
resultados empresariais? Neste contexto, o meu trabalho tem sido
conduzir equipes de pequenas, médias e grandes empresas a
desenvolverem a confiança a partir das equações C=A+7Cs e C x
C = C. O resultado tem feito dissipar os ventos da crise e levado
muitas empresas à abertura de novos rumos.
Para saber mais sobre a palestra “Confiança contra a crise”, solicite
uma proposta!
26
Márcio Gaba
Quem é Márcio Gaba ?
Licenciado Máster para o Brasil da LMI, empresa líder mundial
em desenvolvimento profissional e Diretor Executivo do Instituto
YouCap USA - Las Vegas, EUA, implementando programas nas
áreas de Liderança, Produtividade, Comunicação para o mundo
Corporativo.
Responsável por Atendimento e Acompanhamento de clientes como
Corte Federal dos Estados Unidos, Laboratórios Alcon, Grupo
27
Odebrecht, Gemalto, Roche, Embraer, Johnson & Johnson, Rede
Globo, entre outros.
Especialista em Desenvolvimento e Apresentações de Workshops e
Palestras em áreas estratégicas como Liderança, Comunicação,
Gestão de Pessoas e Inovação em Vendas.
Graduado em Comunicação Social, com diploma de Proficiência no
Ensino da Língua Inglesa pela Universidade de Cambridge
(Inglaterra). Master em Programação Neurolinguística pela
Sociedade Brasileira de PNL.
Participação em vários Congressos em Treinamento e Educação,
destacando-se:
LMI – Reuniões Estratégicas, Seminários de Treinamento e
Desenvolvimento e Convenções Mundiais anualmente nos Estados
Unidos desde 2000, sendo a mais recente em San Antonio - Texas,
abril de 2015.
Seminário Técnicas de Apresentação em Público – Bogotá,
Colômbia.
Seminário Técnicas de Apresentação em Público – Cidade do
México, México.
Seminário Exponegócios 2011 “Liderança Transformadora” –
Assunção, Paraguai.
28
Seminário “Enfoque como Diferencial de Alta Performance” –
Assunção, Paraguai.
Oitavo Seminário de Treinamento CETSESP – Liderança de Alta
Performance.
Seminário – The High Performance Professional – Fort Lauderdale,
USA.
Braz-Tesol 7th International Conference - Tema: Programação
Neolinguística aplicada a grupos de trabalho.
Liderança no Século 21
Imagine uma equipe em que todos sabem claramente o que devem
fazer, estão comprometidos com os resultados desejados,
planejam, buscam alternativas para atingir esses resultados e, para
completar, demonstram equilíbrio entre a vida profissional e
pessoal. Se sua equipe é assim, parabéns! Você possui uma equipe
de líderes. Se não é, você deve trabalhar para desenvolver seu time
com o objetivo de chegar lá.
No mundo do século 21 informação e tecnologia tornam-se cada vez
mais acessíveis e apesar de serem fundamentais, deixam de ser
diferenciais. Já se foi o tempo em que as pessoas se
impressionavam com isso e faziam escolhas baseadas em “essa tem
um site na internet”, “tem computadores”, etc.
É claro que não vamos abrir mão da tecnologia, nem de uma boa
estrutura. Mas, o que vemos é que os diferenciais estão de volta ao
que, felizmente, são o mais importante – as pessoas.
Pense comigo... A maioria das empresas hoje estão usando
ferramentas como Facebook, Twitter, Smartphones e Tablets para
atingir seu público. Seu desafio não está em como abrir uma conta
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ou como postar uma foto ou vídeo. Seu desafio é: O que é
interessante colocar? Qual linguagem irá atingir meu público?
Por isso, precisamos de pessoas que pensem como líderes, desde o
contato inicial com o cliente até as interações dentro da empresa,
passando por todas as áreas e gestão da organização.
Como chegar lá?
Antes de mais nada devemos entender que liderança não é
uma posição, mas uma maneira de pensar. Sendo assim,
podemos ter líderes em todas as posições.
A partir daí, começamos nosso trabalho.
Todo processo de liderança passa por alguns passos em comum: o
líder tem uma performance destacada e naturalmente atrai
seguidores. Isso, apesar de ser um passo natural do processo, pode
se tornar uma armadilha. Afinal, o que fazem os seguidores?
Seguem!
Em pouco tempo o líder se vê em uma situação em que tudo tem
que passar por ele, as pessoas não tomam decisões, e no final, tem
sua vida pessoal afetada por longas horas de trabalho, o celular
tocando a todo momento, mesmo em períodos de férias, etc.
O desafio do líder, portanto, é criar novos líderes. Se você não
estiver trabalhando nisso, vai cair nessa armadilha.
Para ter uma equipe de líderes de alta performance, coloque alguns
pilares sobre uma base sólida – integridade, desejo de servir e
compromisso com os resultados.
Comece com o estabelecimento e comunicação de uma visão clara,
que todos entendam e compartilhem. Sem compartilhar, nenhum
profissional estará comprometido. Devemos entender que nosso
foco deve estar nos resultados que desejamos, não somente em
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cumprir tarefas! Seja claro, específico, em relação ao que espera.
Fomente o planejamento de ações de melhoria e realização de
resultados específicos no dia a dia. O papel do líder é, então, criar
uma “rede de segurança” para que os membros de sua equipe
sintam que podem errar na busca de melhores resultados e que
terão apoio nessa busca. Assim, teremos pessoas que sempre
buscam alternativas de melhoria. Passe uma boa parte do seu
tempo trabalhando para desenvolver pessoas, com conhecimento,
mas também apoiando uma maneira de pensar e agir que leve a
crescimento.
As pessoas de sucesso no mundo do século 21 trabalham para
atingir realização pessoal. Quem não tem objetivos para si, nunca
será um profissional de alta performance. São pessoas que pensam:
“melhorar pra que? Estou contente assim...”
Finalmente, entenda que líderes eficazes são pessoas completas,
que lideram pelo exemplo. Isso passa pelo equilíbrio nas diferentes
áreas da vida de uma pessoa. Quando estamos bem fora do
ambiente de trabalho estamos mais preparados para enfrentar os
desafios dentro do ambiente de trabalho.
Colocar os pilares da liderança para trabalhar em suas vidas
pessoais, focando em objetivos de melhoria na área familiar, na sua
vida social, tendo boa saúde, buscando novos aprendizados fará
com que você esteja cada vez mais capacitado para atingir seus
objetivos.
Então, mãos à obra, e sucesso!
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Prof. Gretz
Os cinco macacos
Prof. Gretz
Um grupo de cientistas colocou uma escada dentro de uma jaula
onde havia cinco macacos. Sobre a escada, deixaram um cacho de
bananas.
Quando algum macaco subia a escada para apanhar as bananas, os
cientistas lançavam um forte jato de água fria nos que estavam no
chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada,
os outros o enchiam de pancadas. Isso fez com que nenhum
macaco tivesse ânimo de subir a escada, apesar da tentação das
bananas.
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Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos. A primeira
coisa que o macaco novato fez foi subir a escada, de onde foi
rapidamente retirado pelos outros, que o surraram. Depois de
algumas surras, o novo integrante do grupo também desistiu de
subir a escada.
Um segundo macaco foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o
primeiro substituto participado, com entusiasmo, da surra ao
novato. Um terceiro macaco foi trocado e o fato se repetiu. Um
quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi substituído.
Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que,
mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo
naquele que tentasse chegar às bananas.
Se fosse possível perguntar a algum deles, e ouvir dele a resposta,
sobre o motivo de estarem batendo em quem tentasse subir a
escada, com certeza a resposta seria:
"Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui..."
* * *
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Que conclusão nós podemos tirar dessa curiosa experiência
científica?
Também os seres humanos frequentemente agem como os macacos
dessa história, fazendo coisas sem refletir sobre a razão ou o
objetivo do que fazem. As pessoas agem às vezes movidas somente
por costumes arraigados e dessa forma não exercem o mais
precioso atributo de Deus para a raça humana: a inteligência. Esse
dom nos permite avaliar uma situação e encontrar a melhor
maneira de nos conduzirmos em cada circunstância, superando
dificuldades e mudando paradigmas, em vez de nos acomodarmos
às limitações com desculpas do tipo “o mundo é assim mesmo” e
“as coisas sempre foram assim”.
Nos tempos atuais, em que a cada dia nos deparamos com novos
desafios, mais do que nunca precisamos estar sempre refletindo,
aprendendo, compreendendo, questionando, e criando soluções
para problemas até então insolúveis e conquistando maior
qualidade de vida.
E para que você consiga seguir adiante, vencendo os desafios e
construindo uma vida melhor, é fundamental cultivar um sonho de
vida. Para chegar a um bom lugar você precisa saber aonde quer ir.
Veja o que disse, há mais de dois mil anos, o filósofo Sêneca: “A
vida sem uma meta é completamente vazia”.
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Rafael Baltresca
Quem é Rafael Baltresca?
· Professor e palestrante desde 1999;
· Graduado em Engenharia Eletrônica;
· Especialista em Programação Neurolinguística [PNL];
· Hipnoterapeuta;
· Pesquisador de Psicologia Social e Psicanálise aplicada a
negócios;
· Facilitador e treinador da ABTD desde 2012;
· Ilusionista profissional desde 2001;
· Atuação como conferencista nos Estados Unidos, Espanha,
Portugal, Argentina, Uruguai, Peru, Colômbia,
Venezuela e Chile;
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ESSE BICHINHO CHAMADO crise
Fiz questão de escrever crise assim, pequeno, em minúsculo.
Creio que esta deveria ser a importância psicológica que
deveríamos ter dado a ela no início, mas, já que este bichinho está
assustando tanta gente, vamos tratá-lo como um bichão e discutir
formas de acabar com ele.
Falar de solução seria muita pretensão, mas algumas dicas
que diferem do agir igual são sempre bem-vindas. E é este o tema
que quero discutir: Mudanças de perspectiva.
Há uma frase famosa de Albert Einstein que diz: “A solução de
um problema está num nível superior ao que ele foi criado”. Ouso
modificar esta afirmação: “A solução de um problema pode estar
num lugar diferente do que ele foi criado”.
Fazendo uma analogia: Será que encontraremos respostas
para aumentar nossas vendas apenas em livros de vendas? Será
que aprenderemos tudo de gestão de pessoas apenas em livros de
administração? Será que encontraremos fôlego para nosso negócio
nesses tempos de crise afundando mais a cabeça no nosso próprio
negócio?
No momento em que decidi abandonar a carreira de
engenheiro elétrico e partir para a profissão de palestrante,
consultor e mágico, tive a impressão que jogaria pela janela cinco
anos de engenharia. Engano puro! É impressionante como
habilidades em áreas totalmente distintas podem gerar idéias
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originais. A própria palavra “original” nos ensina: A originalidade
depende da origem.
Concluo com a seguinte provocação: Como o seu negócio vai
se destacar nesta época sem ter uma pitada de originalidade? E
como ser original sem ousar na escolha da origem? Talvez um curso
de teatro, marketing, oratória, dança, mágica, pintura, psicologia,
matemática, karatê possa mudar suas perspectivas e fazer você
olhar com outros olhos para o seu negócio, acabando de vez com
esse bichinho chamado crise. Pense nisso!
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Jonny Silva
Quem é Jonny Silva ?
Engenheiro mecânico pela UFPB, mestre, doutor em engenharia,
Professor Titular na UFSC.
Pós-doutorado junto à NASA.Tem mais de 50 artigos publicados
entre periódicos, congressos internacionais e nacionais nas áreas
de Projeto e Inteligência Artificial.
Co-autor do livro: Projeto integrado de produtos: planejamento,
concepção e modelagem. Master coach e palestrante.
Em tempos de crise, por que não considerar um período
sabático?
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Na conjuntura atual, tanto nacional quanto internacional, com
cenário de incertezas, volatilidade dos mercados e crescente taxa
de desemprego, seguindo a orientação de que o melhor
investimento que se pode fazer é em si mesmo, cabe a reflexão:
você já considerou um período sabático?
Talvez você esteja passando por período de incerteza em sua
carreira, onde a visão de futuro está, por assim dizer, meio turva.
Outra possibilidade é você ser um líder e se deparar com a
necessidade de cortar custos, tendo como uma das práticas da
empresa, a demissão de pessoal. A título de exemplo, pesquisa
apresentada na Você S/A aponta que a faixa de trabalhadores que
mais sofre na crise é a média gerência. Neste cenário, proponho
esta reflexão, tanto para líderes como para colaboradores.
Segundo matéria da revista Forbes, quase um quarto das cem
melhores empresas para se trabalhar nos Estados Unidos oferecem
a licença sabática como bônus. No Brasil, esta prática é mais
aplicada às universidades, onde professores conseguem licença,
tipicamente de seis meses a um ano, como período sabático. Mas,
afinal de contas, o que é isto?
Uma prática originada nas universidades americanas, no século XIX,
a licença sabática tem como propósito a reciclagem profissional.
Diferente do período das férias, em que o profissional se “desliga”
do trabalho, ou pelo menos deveria, no sabático o profissional
busca atuar sobre sua carreira de forma mais profunda, e para isto
tem este “descolamento estratégico” da organização.
Vários são os casos em que grandes insights são originados de um
período como este, levando o profissional a expandir seus
horizontes na carreira, ou até mesmo a mudar de carreira. Além
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deste benefício, pesquisa publicada no Journal of Applied
Psychology, envolvendo profissionais de Israel, Nova Zelândia e
Estados Unidos, aponta que pessoas que realizam período sabático
não só experimentam redução do nível de stress durante a licença,
mas isto se mantém após o término da licença, em comparação aos
níveis anteriores de stress.
E para o líder, quais os benefícios de pensar em um sabático para
seu colaborador?
Como exemplo, o grupo britânico John Lewis Partnership, setor de
loja de departamentos, oferece programa de sabático dos mais
conhecidos do país, permitindo que colaboradores de mais longa
data, possam usufruir seis meses de licença remunerada.
A questão que coloco aqui é, antes de simplesmente demitir seu
colaborador, e talvez ter de contratar alguém para mesma função
quando “as coisas melhorarem”, vale a pena pensar nesta
possibilidade e definir, junto ao colaborador, alta chefia e setor de
RH, um programa sabático com projeto definido, negociando
remuneração e compromisso do colaborador.
No grupo LinkedIn da Revista Você S/A, existe postagem sobre este
tema com várias inserções publicadas. Visite o grupo, deixe lá sua
opinião ou apresente aqui seu comentário.
Pessoalmente, me identifico com o tema devido à experiência que
compartilho em várias ocasiões. Como dito acima, meu sabático
trouxe insights muito além do esperado.
Pense nisto e sucesso em sua carreira!
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