senhora - josé de alencar
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SENHORA
Perfil de mulherJosé de Alencar
SUMÁRIO
Características Gerais da Obra
Enredo
Analise dos personagens
Tempo
Espaço
Discurso
Narrador
José de Alencar
Conclusão
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA OBRA
SenhoraAutor José de AlencarNarração 3ª Pessoa, oniscientePublicação 1875, em folhetimDivisão Além da divisão em
capítulos, há também a divisão em 4 partes: Preço, Quitação, Posse e Resgate
ENREDO
A história de Aurélia e Fernando Seixas
ENREDO
Os títulos das quatro partes em que se
divide o romance - O PREÇO,
QUITAÇÃO, POSSE E O RESGATE
– anunciam a problemática da
contradição entre o dinheiro e o amor
desenvolvida no enredo, na medida em
que constituem palavras relacionadas às
fases de uma transação comercial.
ANÁLISE DOS PERSONAGENS
Aurélia Camargo
Fernando Seixas
Mariquinhas e Nicota Seixas
Adelaide Amaral
Dr. Torquato Ribeiro
D. Firmina Mascarenhas
Senhor Lemos
D. Emília Camargo
Pedro Camargo
Emílio Camargo
AURÉLIA CAMARGO Dominadora;
Determinada;
Caprichosa;
Corajosa;
Educada;
Fria;
Elegante;
Delicada;
Informada;
Charmosa;
Bela;
Inteligente;
Experiente;
Controlada;
FERNANDO SEIXAS
Fino;
Nobre;
Elegante;
Educado;
Extremamente inteligente;
Interesseiro;
Iludido;
Ganancioso;
ADELAIDE
Conquistadora
Sedutora
Apaixonada
Segura
Confiante
Falsas aparências
Fútil
Caprichosa
MARIQUINHA E NICOTA SEIXAS
Amorosas;
Cuidadosa;
Ciumenta;
Carinhosa;
Iludida, apesar de consciente.
DR. TORQUATO RIBEIRO
Bom
Desatento
Apaixonado
Amigo
Fiel
Humilde
LEMOS
Interesseiro;
Frio;
Calculista;
Determinado;
Dissimulado;
Conquistador;
Educado;
trabalhador (Ou não).
FIRMINA
Educada
Cuidadosa
Carinhosa
Amorosa
Dedicada
Atenciosa
PEDRO CAMARGO
Covarde;
Amoroso;
Atencioso;
Cuidadoso;
Persistente;
Batalhador;
Companheiro;
Amigo.
EMÍLIA CAMARGO
Corajosa;
Amorosa;
Atenciosa;
Cuidadosa;
Trabalhadora;
Persistente;
Super protetora;
Amiga;
Companheira;
Dedicada
ESPAÇO
Quanto ao presente, podemos relacioná-lo com o lado cosmopolita,
refinado, europeu, do romance, cujo cenário[espaço] é a sociedade
fluminense, em várias passagens criticada, pelo narrador, por sua
submissão aos costumes estrangeiros. O espaço central da narrativa
é o bairro das Laranjeiras, situado no Rio de Janeiro. A história se
passa na segunda metade do século XIX, em que a sociedade vivia
de aparências e o casamento arranjado era muito comum.
ESPAÇO
Podemos ter como exemplo de contextualização de Espaço geográfico
na página 4, da primeira parte.
“Seriam nove horas do dia. Um sol ardente de março esbate-se nas
venezianas que vestem as sacadas de uma sala, nas Laranjeiras. A luz
coada pelas verdes empanadas debuxa com a suavidade do nimbo o
gracioso busto de Aurélia sobre o aveludado escarlate do papel que
forra o gabinete.”
TEMPO
Em termos de tempo, podemos destacar o contraponto, no livro, entre o passado, que corresponde à segunda parte - Quitação - e o presente, ao qual estão mais diretamente ligadas as outras três partes. O passado se associa com a 'cor local', na medida em que nele predomina a pobreza de Aurélia e com ela o provincianismo, o acanhamento, a 'brutalidade' singela, simples.
DISCURSO
Na obra, é usado o discurso indireto livre. Uma prova de que este é o
discurso utilizado, é que não há marcas que indiquem a separação da
fala do narrador da fala da personagem, como os verbos de elocução,
os sinais de pontuação e as conjunções que aparecem nos discursos
direto e indireto. Assim, por vezes é difícil delimitar o início e o fim
do discurso da personagem, uma vez que o mesmo está inserido
dentro do discurso do narrador, confundindo-se com este.
DISCURSOPodemos encontrar o discurso indireto livre na página 4 da primeira parte em
meio a um diálogo de Dona Firmina e Aurélia
“- Franca? Mais do que eu sou, menina? Se é este o meu defeito!... A moça
hesitava.
- Experimente, Senhora! - Quem acha a senhora mais bonita, a Amaralzinha ou
eu? disse afinal Aurélia, empalidecendo de leve.
- Ora, ora! acudiu a viúva a rir. Está zombando, Aurélia. Pois, a Amaralzinha é
para se comparar com você?”
NARRADOR
José de Alencar escreveu o livro em terceira pessoa, com o narrador se permitindo a onisciência, ou seja, narrando os fatos de fora e, ao mesmo tempo, de dentro, quando penetra na interioridade de diferentes personagens.
NARRADORTemos como exemplo este trecho na página 27:
"Opôs-se formalmente Aurélia; e declarou que era sua intenção viver em casa própria, na companhia e D. Firmina Mascarenhas.- Mas atenda, minha menina, que ainda é menor.- Tenho dezoito anos.- Só aos vinte e um é que poderá viver sobre si e governar-se.- É a sua opinião? Vou pedir ao juiz que ele há de atender-me.A vista desse tom positivo, o Lemos refletiu, e julgou mais prudente não contrariar a vontade da menina. Aquela idéia do pedido ao juiz para remoção da tutela não lhe agrada. Pensava ele que às mulheres ricas e bonitas não faltam protetores de influência."
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA
Algumas vezes, José de Alencar utiliza fatos que ocorreram na época para representar datas. Escolhemos dois exemplos desses fatos históricos dentre os quais destaca - se a candidatura de nosso escritor, como é visto neste trecho, da página152:"Por essa época predispuseram-se as coisas para a candidatura que o nosso escritor sonhava desde muito tempo; e coincidindo elas com a partida da tal estrela nortista, lembrou-se Fernando de fazer uma excursão ero-político por Pernambuco, a expensas do Estado."
FATOS HISTÓRICOS
O outro fato histórico usado por José de Alencar nesta narração é a guerra do Paraguai, como é percebido neste outro trecho:"A formosa mulher atravessava a sala pelo braço do General Barão do T que para não desmentir o seu garbo marcial, fazia naquele momento de heroísmo superior ao que mostrava na guerra do Paraguai, onde havia sido um meio bayard."
JOSÉ DE ALENCARJosé de Alencar (1829-1877) foi romancista, dramaturgo, jornalista, advogado e político brasileiro. Foi um dos maiores representantes da corrente literária indianista. O regionalismo presente em suas obras, abriu caminho para outros sertanistas, preocupados em mostrar o Brasil rural. José de Alencar criou uma literatura nacionalista onde se evidencia uma maneira de sentir e pensar tipicamente brasileiras.
CONCLUSÃO
Esse fenômeno devia ter razão psicológica, de cuja investigação nos abstemos; porque o coração, e ainda mais o da mulher que é ela toda, representa o caos do mundo moral. Ninguém sabe que maravilhas ou que monstros vão surgir desses limbos.
Senhora (José de Alencar)
REFERÊNCIASAlencar, J.: Senhora. Brasil, 1875.
_______. Nova Enciclopédia Ilustrada FOLHA, volume 2. Brasil, 1996.
_______. Senhora de José de Alencar (2002). Disponível em: http://vestibular.uol.com.br/resumos-de-livros/senhora.jhtm
_______. Senhora de José de Alencar (2011). Disponível em : http://pt.wikipedia.org/wiki/Senhora_(livro)
COMPONENTES
Regina Gabriela da Ponciuncula Ferreira,
Emylly Camila Ferreira,
Matheus Joabs,
Maria Severina,
Cláudia Kelly.
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