resumo prova 1º bimestre
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A Psiquiatria no Brasil surge, com a chegada da Família Real ao Brasil, com o objetivo de colocar ordem na urbanização e disciplinar a sociedade
O saber e o poder médico, artificialmente, criam uma legitimidade de intervenção da classe dominante sobre os despossuídos através da nova especialidade - a psiquiatria – e da nova instituição.
O objeto dessa intervenção, o sofrimento mental, é reduzido através de um artifício conceitual, a categoria de “doença mental”, subtraindo-se toda a complexidade de fenômenos diversos, singulares e compreensíveis, no contexto da existência humana.
O Manicômio, dentre outros dispositivos disciplinares igualmente complexos, atravessou séculos até os nossos dias, conformando uma sociedade disciplinar.
Manicômios: Asile, madhouse, asylum, hospizio,
denominam as instituições cujo fim é abrigar, recolher ou dar algum tipo de assistência aos "loucos”.
Designa o hospital psiquiátrico, com a função de dar atendimento médico, sistemático e especializado, aos doentes mentais.
Os internados nestas instituições são vítimas da solidão, do abandono e da impessoalidade.
O tempo é considerado morto, os doentes tem como único caminho a seguir aquele determinado pelo hospital.
Seus objetivos são unicamente o bom funcionamento da instituição e acabam por serem responsáveis também pela morte do indivíduo, da pessoa como um ser humano.
Segundo Goffman (1974), os pacientes internados nos manicômios eram submetidos a uma série de rebaixamentos, degradações, humilhações e profanações do “eu”, sendo muitas vezes mortificados.
Ainda segundo Goffman (1974), o indivíduo começava a passar por mudanças radicais que afetavam profundamente sua consciência moral, gerando uma deformação pessoal decorrente do fato de a pessoa perder seu conjunto de identidade.
•O interior destes hospitais era baseado no isolamento e organizado como um espaço asilar, assemelhando-se com instituições prisionais.
• Constituía-se nestes locais uma relação terapêutica baseada na autoridade.
Nenhum critério é, por si só, indicador de conduta anormal.
Nenhum critério é, por si só, suficiente para definir uma conduta como anormal.
A anormalidade deve ser definida por vários critérios.
Um sintoma isolado não é patológico, pois pode ser encontrado em determinadas circunstâncias em pessoas normais (Por exemplo: Alucinações).
Saúde: Estado do indivíduo cujas funções orgânicas,
físicas e mentais se acham em situação normal; estado do que é sadio ou são.
Doença: Denominação genérica de qualquer desvio
do estado normal. Conjunto de sinais e/ou sintomas que têm
uma só causa; moléstia. Dicionário Aurélio
“Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental
e social e não somente a
ausência da doença.”
(OMS)
Doença é o desequilíbrio entre
o físico e o emocional e suas
intercorrências com a realidade
social do paciente.
Saúde: equilíbrio entre os fatores físico, psíquico
e social.
Doença: transtorno de saúde que pode afetar
sentimentos, pensamentos e o comportamento.
“Saúde Mental é o conjunto de ações de promoção, prevenção e tratamento referentes ao melhoramento ou à manutenção ou à restauração da Saúde Mental de uma população” (Saraceno, 1999). Tem correlação com dimensões legislativas, sociais, econômicas, culturais e políticas.
Abordagem holística e pluridisciplinar, abordagem complexa e orientada à comunidade e não exclui a abordagem biológica.
Psiquiatria (modelo biomédico) X Saúde Mental (holismo biopsicossocial)
Há um contínuo entre normal e anormal sem nenhuma linha divisória absoluta
“A SAÚDE é a vida no silêncio dos órgãos.”
“A DOENÇA é aquilo que perturba os homens no exercício normal de sua vida e em suas ocupações e, sobretudo, aquilo que os faz sofrer.”
(René Leriche)
NORMAL como Fato - descritivo (aquilo que se encontra mais
frequentemente ou está na média)
NORMAL como Valor – avaliativo (aquilo que é como deve ser)
* Anomalia (omalos) – variação, diferença* Anormal (nomos) – normas, leis
Importante: Se a anomalia não apresentar
repercussão negativa na funcionalidade do indivíduo, não será considerada anormal.
Patológico:
Qualquer modificação indesejável de uma função , ou mudança negativa na estrutura de um órgão ou sistema do corpo.
Tem qualidade diferente.
Não é encontrado nas pessoas normais
Anormalidade positiva e negativa Inteligência
Toda patologia é anormalidade, mas nem toda anormalidade é patologia.
O doente enquanto vive, está normatizado por uma norma conservadora, que se repete, idêntica a si mesma.
A doença não é uma variação da dimensão da saúde, ela é uma nova dimensão da vida.
DOENÇA MENTAL: Imperativo de
criação e conservação
SAÚDE MENTAL: Margem de
tolerância as infidelidades do meio.
Mulher sentada diante da janela
› Normalidade como ausência de doença.
› Normalidade estatística.
› Normalidade como bem estar.
› Normalidade funcional. (Paulo Dalgalarrondo)
› Normalidade como processo.
› Normalidade subjetiva.
› Normalidade como liberdade.
› Normalidade operacional (Paulo Dalgalarrondo)
Sofrimento:Angústia e ansiedade do indivíduo
Má adaptação: Funcionamento cotidiano prejudicado
Popularmente há uma tendência em se julgar à sanidade da pessoa, de acordo com seu comportamento, de acordo com sua adequação às conveniências sócio-culturais como, por exemplo, a obediência aos familiares, o sucesso no sistema de produção, a postura sexual, etc.
Causas: Internas e externas.
› Internas: resultado de alterações orgânicas e psicológicas no organismo;
› Externas: depende da reação da pessoa e experiência anterior, onde a hereditariedade e o meio ambiente é que determinam qual intensidade e o tipo de tensão que um indivíduo pode suportar e aprender a lidar com situações emocionais durante a vida.
Fatores sócio-econômicos ;
Doença mental prévia;
Desemprego;
Baixa renda;
Tendência a suicídio.
Há duas classificações básicas de doenças mentais, que são as neuroses, e as psicoses.› A - Neurose é chamada neurose toda a
psicopatologia leve, onde a pessoa tem a noção (mesmo que vaga) de seu problema.› Ele tem contato com a realidade, porém há
manifestações psicossomáticas, que são notadas por este, e que servem de aviso para a pessoa procurar um tratamento psicológico, ou psiquiátrico.› É um fator comum a ansiedade exacerbada.
B - Psicose: se caracteriza por uma intensa fuga da realidade. É, como a Filosofia e as artes chamam, a loucura, propriamente dita.› Pode ser classificada de três formas:› A) pela manifestação;› B) pelo aspecto neurofisiológico;› C) pela intensidade.
A reforma psiquiátrica pretende modificar o sistema de tratamento clínico da doença mental, eliminando gradualmente a internação como forma de exclusão social.
Este modelo seria substituído por uma rede de serviços territoriais de atenção psicossocial, visando a integração da pessoa que sofre de transtornos mentais à comunidade.
A rede territorial de serviços proposta na pela Reforma Psiquiátrica inclui centros de atenção psicossocial (CAPS), centros de convivência e cultura assistidos, cooperativas de trabalho protegido (economia solidária), oficinas de geração de renda e residências terapêuticas, descentralizando e territorializando o atendimento em saúde, conforme previsto na Lei Federal que institui o Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil.
Esta rede substituiria o modelo arcaico dos manicômios do Brasil.
Na perspectiva da Reforma Psiquiátrica, e em defesa da humanização da atenção em saúde mental, o papel das emergências psiquiátricas, sobretudo em hospital geral, vem sendo redefinido nas últimas décadas.
A internação deixou de ser a única opção de tratamento.
Segundo a Lei 10.216 no parágrafo único, incisos I e II refere sobre os direitos da pessoa portadora de transtorno mental e diz:
I – ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades;
II – ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade;
A reforma psiquiátrica a desativação gradual dos manicômios, para que aqueles que sofrem de transtornos mentais possam conviver livremente na sociedade.
Ocorre que muitos deles sequer têm nome conhecido, documentos, familiares, dificultando a reinserção social. Também não possuem acesso aos benefícios sociais oferecidos pelo Estado, como a aposentadoria e auxílio-doença.
Redireciona a assistência em saúde mental, privilegiando o oferecimento de tratamento em serviços de base comunitária, dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais, mas não institui mecanismos claros para a progressiva extinção dos manicômios.
Existem em funcionamento hoje no país 689 Centros de Atenção Psicossocial e, ao final de 2004, os recursos gastos com os hospitais psiquiátricos passam a representar cerca de 64% do total dos recursos do Ministério da Saúde para a saúde mental.
ADMISSÃO EM NEUROPSIQUIATRIA
Admissão em Neuropsiquiatria
Atendimento ao Paciente Psiquiátrico: Não despreze ou condene os pacientes pelos seus atos; Demonstre confiança e habilidade profissional; Não se envolva em amizades particulares com os pacientes; Não dê valor demasiado as observações dos pacientes; Manter serenidade; Cultive a paciência que procede da compreensão; Seja sincero; Seja sensível; Os pacientes são seres humanos, trate-os como tais; Atenda os pacientes sem pressa individualmente; Trata com cordialidade; Manifestar interesse cortez; Cultive a paciência; Tenha trato; Estimule a independência; Seja paciente; Elogie quando eles conseguem realizar trabalhos em grupo; Dê atenção a todos, até mesmo a aqueles que não requerem atenção.
Admissão ao Doente Mental
Receber cordialmente; Controle dos sinais vitais e peso
(semanalmente); Observar cicatriz, equimose, manchas,
parasitas; Apresentação de pessoal e planta física; Explicar sobre rotina; Anotações de enfermagem dia e hora da
internação, aceitação da internação: se veio acompanhado e condições do paciente.
Classificação
Uma classificação é um modo
de ver o mundo de um ponto
no tempo.Norman Sartorius Diretor da Divisão de Saúde Mental - OMS -
Responsável pela CID - 10
Doenças Mentais
Causas: Internas e externas.
Internas: Internas: resultado de alterações orgânicas e psicológicas no organismo;
Externas: Externas: depende da reação da pessoa e experiência anterior, onde a hereditariedade e o meio ambiente é que determinam qual intensidade e o tipo de tensão que um indivíduo pode suportar e aprender a lidar com situações emocionais durante a vida.
Seja qual for a causa original, ela deve ser comumente considerada como a manifestação de um disfunção comportamental, psicológica ou biológica na pessoa.
Nem desvio de comportamento, por exemplo, político, religioso ou sexual, nem os conflitos que são primariamente entre o indivíduo e a sociedade são considerados transtornos mentais, a menos que o desvio ou conflito seja um sintoma de uma disfunção na pessoa, conforme descrito acima. (APA 1987)
Doenças Mentais
Fatores de Risco
Fatores sócio-econômicos ;Doença mental prévia;Desemprego;Baixa renda;Tendência a suicídio.
Formas de Manifestações
PsicóticosPsicóticos – perda do teste de realidade
com delírios e alucinações
NeuróticosNeuróticos – sem perda do teste de
realidade; baseado principalmente em
conflitos intrapsíquicos ou acontecimentos
ansiogênicos.
Formas de Manifestações
FuncionaisFuncionais – ausência de um dano
estrutural ou fator etiológico claro que
explique o comprometimento.
OrgânicoOrgânico – Doença causa por um agente
específico que causa uma alteração
estrutural no cérebro
A importância dos diagnósticos
Facilitar a comunicação; Estabelecer a história natural das
doenças; Testarmos tratamentos de tal forma que
seus resultados possam ser extrapolados; Possibilitar pesquisas epidemiológicas
A importância dos diagnósticos
Facilitar a comunicação; Estabelecer a história natural das
doenças; Testarmos tratamentos de tal forma que
seus resultados possam ser extrapolados; Possibilitar pesquisas epidemiológicas
Apresentação dos grupos diagnósticos
1. Transtornos geralmente diagnosticados pela primeira vez na infância ou adolescência
2. Delirium, demências e outros transtornos cognitivos
3. Transtornos devidos a condições médicas gerais
4. Relacionados a substâncias5. Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos6. Transtornos do Humor7. Transtornos de Ansiedade
Transtornos
É conjunto de sintomas ou comportamentos clinicamente reconhecível associado, na maioria dos casos, a sofrimento e interferências com funções pessoais.
Desvio ou conflito social sozinho, sem disfunção pessoal, não deve ser incluído em transtorno mental, como aqui definido-
Obs – não usa-se os termos doença ou enfermidade
Transtornos Alimentares
O comportamento alimentar inclui algumas dimensões complementares: Dimensão fisiológica-nutritiva, Dimensões psicodinâmicas e afetiva (fome e alimentação
vinculam-se à satisfação a ao prazer),
Dimensão Relacional ( no desenvolvimento da criança a boca é o mediador da primeira relação mãe-filho).
Compulsão X Impulsão.
Transtornos Alimentares
1) Compulsão Alimentar Episódica (CAE)
São episódios de compulsão alimentar, com consumo exagerado de calorias.
Dois fatores (restrição alimentar e humores negativos) parecem ser importantes na manutenção da CAE e subseqüente purgação.
2% das mulheres da população geral. Na proporção entre os sexos de 3:2 (M/H).
Transtornos Alimentares
Embora obesidade não seja um pré-requisito, existe uma superposição substancial entre CAE e obesidade.
Obesos com CAE têm mais diagnóstico de depressão maior, Pânico e Transtorno da personalidade (Yanovski el al. 1992).
Dois fatores (restrição alimentar e humores negativos) parecem ser importantes na manutenção da CAE e subseqüente purgação.
Transtornos Alimentares
Bulimia Nervosa:
Preocupação persistente com o comer e um desejo irresistível de comida. Afeta 1 a 2% das mulheres.
Aparecimento no final da adolescência e início da idade adulta. Iniciando com uma preocupação com o peso, insatisfação com o corpo e restrição alimentar importante.
Transtornos Alimentares.
Bulimia Nervosa:
Etiologia: psicológico, neuroquímicos (restrições e serotonina) e sociais (padrão de beleza).
Prevenção: discussão de hábitos alimentares saudáveis, particularmente entre adolescentes. Imposição do padrão de beleza.
Transtornos Alimentares.
Anorexia Nervosa:
Transtorno caracterizado pela acentuada perda de peso auto-induzida(15% abaixo do peso ideal) por abstinência de alimentos ou por comportamento purgativos, uso de anorexígenos ou exercícios físicos, excessivos.
Existe um medo intenso em ganhar peso, um distúrbio na existência da forma do corpo e amenorréia, em mulheres.
Bulimia x Anorexia
São consideradas enfermidades psiquiátricas pela OMS, do grupo de transtornos alimentares.
Os Transtornos Alimentares são definidos como desvios do comportamento alimentar que podem levar ao emagrecimento extremo (caquexia) ou à obesidade, entre outros problemas físicos e incapacidades.
Bulimia x Anorexia
Bulimia Transtorno que leva a
pessoa ingerir grandes quantidades de comida e, logo após provoca emese, por culpa, pelo excesso cometido.
Nem sempre há perda acentuada de peso.
Pode usar diuréticos e laxantes.
Mais comum, mas menos letal
Anorexia Desejo patológico de
emagrecer. Redução drástica da
alimentação Uso de exercícios físicos
intensos, induzir o vômito, jejuar, tomar diuréticos e usar laxantes.
Entre 5% a 18% morrem em decorrência desse transtorno.
Ocorre entre os 14 e 18 anos.
Sintomas
Bulimia Osteoporose, por falta de
nutrientes; Arritmias; Queda do cabelos e
alopecia; Dores abdominais; Inflamações intestinais e
descontrole intestinal; Ansiedade e depressão.
Anorexia Queda do cabelo; Hipotermia; Visão distorcida do corpo; Ressecamento das
unhas; Interrupção do ciclo
menstrual, infertilidade; Depressão, pânico, TOC; Perda de tecidos ósseos; Arritmias
Transtornos Psicóticos.
Caracterizam-se por ter sintomas típicos como delírios e/ou alucinações, distúrbios do pensamento e comportamento bizarro.
Os psiquiatras clássicos dão ênfase a perda de contato com a realidade.
Transtornos Psicóticos.1) ESQUIZOFRENIA.
Aproximadamente 1% da população é afetada pela Esquizofrenia.
Equivalente em ambos sexos (17 a 27 anos homens e 17 a 37 anos nas mulheres).
Sintomas de Primeira Ordem de Kurt Schneider: percepção delirante; alucinação com vozes de comando; eco do
pensamento; roubo do pensamento; difusão do pensamento; vivência de influência.
Existe um perda da relação eu-mundo, imposição do que vem de fora.
Sintomas negativos: distanciamento afetivo, retração social, empobrecimento da fluência
verbal, diminuição da vontade, autonegligência, lentificação psicomotora.
Transtornos Psicóticos.
1)ESQUIZOFRENIA.
Sintomas positivos: alucinação, delírios, comportamento bizarro,agitação
psicomotora, neologismos.
Sintomas negativos: distanciamento afetivo, retração social, empobrecimento da
fluência verbal, diminuição da vontade, autonegligência, lentificação psicomotora.
Classicamente se divide a esquizofrenia em três tipos.
Transtornos Psicóticos.
1)ESQUIZOFRENIA.
Classicamente se divide a esquizofrenia em três tipos:
Forma Paranóide: idéias delirantes de cunho persecutório.
Forma Catatônica: alterações motoras, hipertonia, flexibilidade cerácea, negativismo, mutismo.
Forma hebefrênica: pensamento desorganizado, comportamento bizarro, afeto pueril.
Forma simples: sem sintomas característicos, observa-se um lento empobrecimento psíquico, comportamental, embotamento afetivo e distanciamento social.
Transtornos Delirantes Que Evoluem Sem Déficits.
2) Paranóias:
Caracterizam por delírios sistematizados (encistado ou cristalizado), com preservação da personalidade e da cognição. Após os 35 anos.
3) Parafrenias:
Início tardio, delírios e alucinações de forma “fantasiosa”.
Tratamento dos Transtornos Psicóticos
O tratamento das psicoses é feito através:
1 – Psicofarmacologia; 2- Psicoterapias; 3 – Reabilitação Psicossocial.
O fio condutor é não deixar o paciente perder seus laços sociais e familiares, buscando sua subjetividade, entendendo-se aqui também a criação de aparatos que impeçam a perda de sua cidadania.
Antipsicóticos. Antipsicóticos convencionais. Haloperidol (Haldol). Tioridazina (Melleril). Clorpromazina (Amplictil). Levomepromazina (Neozine).
Transtornos Maníacos. Sintoma central: euforia, exaltação do humor.
Deve estar presente a aceleração de todas as funções psíquicas (taquipsiquismo), apresentando agitação motora.
Aumento da auto-estima; elação (engrandecimento do eu); insônia; logorreia; hipertenaz, hipervigil; irritabilidade; heteroagressividade;desinibição social e sexual; compras exageradas; delírios de grandeza; alucinações; labilidade afetiva.
Transtornos Maníacos.1 )Mania franca e grave.
Sintomas citados acima de forma muito acentuada.
Idosos ou com lesões cerebrais prévias podem se apresentar confusos, consciência rebaixada.
2) Hipomania. Sujeito mais disposto que o normal, fala muito
mas sem fuga de idéias, sem limites. Pouco sono, excessivo nas atividades diárias.
Sem disfunção social.
Transtornos Maníacos.
3) Ciclotimia.
Pacientes que apresentam ao longo da vida freqüentes períodos de leves sintomas depressivos seguidos de períodos de hipomania.
Isto ocorre sem que o indivíduo apresente um episódio completo de mania ou depressão.
4) Mania com sintomas psicóticos.
Sintomas graves de mania acompanhados por delírios de grandeza, perseguição ou místicos, agitação psicomotora, alucinações auditivas.
Transtorno Bipolar tipo I e II
Transtorno bipolar = Psicose Maníaco Depressiva.
Tipo I: episódios depressivos leves a graves, intercalados
com fase de anormalidade e de fases maníacas bem caracterizadas.
Tipo II: episódios depressivos leves a graves intercalados
com períodos de normalidade e seguidos de fase hipomaníacas.
Tratamento dos Transtornos Afetivos.
1- Carbonato de lítio.
Também usado em pacientes violentos ou com raiva impulsiva ou episódica.
Criados nos anos 40.
É necessário a monitorização sérica para o tratamento ser seguro e não causar riscos de intoxicação.
Tratamento dos Transtornos Afetivos.
Apresentação de comprimidos de 300mg ou de liberação longa de 450 mg.
Podem causar irritação gástrica, diarréia e náuseas.
O sintoma colateral mais comum é o tremor, principalmente nos dedos.
Podem também reclamar de esquecimentos.
Tratamento dos Transtornos Afetivos.
Pode ocorrer ganho de peso. Podem ocorrer distúrbios tireoidianos.
Deve-se pedir exames laboratoriais periódicos para avaliar a função renal dos pacientes em litioterapia.
Tratamento dos Transtornos Afetivos.
2- Carbamazepina
É um anticonvulsivante.
Comprimidos de 200 e 400 mg, solução oral.
Sintetizada em 1957, mas só na década de 70 começou ser usada na psiquiatria como estabilizador do humor.
Tratamento dos Transtornos Afetivos.
Podem ser usadas somadas ao lítio.
Melhores para pacientes com ciclos rápidos.
É usada para controle da impulsividade.
Deve ser monitorizada com exames de dosagem sangüínea e hemogramas para evitar distúrbios sangüíneos (agranulocitose e anemia aplástica).
Não devem ser usadas em pacientes grávidas.
Tratamento dos Transtornos Afetivos.
3- Ácido Valpróico (Valproato).
Comprimidos e solução. Também são anticonvulsivantes. Eficaz no controle da mania aguda. Profilático do transtorno bipolar.Distúrbios
gastrointestinais, náusea, vômitos, tremor e sedação.
Teratogêmicos. Monitorização sangüínea.
Tratamento dos Transtornos Afetivos.
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