resumo microbiologia
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-
Microbiologia
Taxonomia a disciplina acadmica que define os
grupos de organismos biolgicos, com base em
caractersticas comuns e d nomes a esses grupos.
Txon: unidade que pode indicar qualquer
nvel de um sistema de classificao (reino, gnero,
espcie, etc).
Cepa: constituda de descendentes com um
mesmo ancestral comum.
Txon bsico: espcie (coleo de cepas com
caractersticas semelhantes).
Caractersticas que permitem agrupar organismos em
espcies: morfologia, gentica e exigncias
nutricionais.
Espcie Gnero Famlia Ordem Classe Filo Reino (ReFiCOFaGE)
Em 1969, Robert Whittaker props um sistema de
classificao dos organismos em 5 reinos, de acordo
com o modo de obteno de nutrientes.
- Reino Monera (procariotos)
- Reino Protista (microrganismos eucariticos
unicelulares algas fotossintticas, protozorios e
fungos inferiores)
- Reino Plantae
- Reino Animalia
- Reino Fungi (organismos que tem parede
celular, mas no apresentam clorofila, portanto
absorvem nutrientes).
At 1977, os cientistas achavam que os procariotos
eram os ancestrais de eucariotos mais complexos.
Carl Woese descobriu que nenhum grupo tinha se
desenvolvido a partir de outro. Essa descoberta se
deu atravs da analise do rRNA contido nas
mitocndrias dos organismos, que, quando ancestrais,
possuem sequencias semelhantes de
ribonucleotdeos. Com isso, Woese descobriu que os
eucariotos possuem um tipo geral de sequncia e os
procariotos, um segundo tipo. Mas ele tambm
descobriu que alguns procariotos tem um terceiro tipo
de rRNA e o arranjo desse rRNA difere dos outros
procariotos e dos eucariotos. Assim, existem dois tipos
de bactrias: as eubactrias e as arqueobacterias, que
so diferentes umas das outras e tambm dos
eucariotos.
Teoria da endossimbiose: Evidencias indicam que os
cloroplastos e mitocndrias so alteraes de um
derivado de uma eubactria, j que possuem o
mesmo material gentico. Essa eubactria teria
invadido uma clula eucaritica. Em vez de causar
prejuzo, a bactria forneceu habilidades respiratrias
e fotossintticas que previamente estavam ausentes
nessas celulas.
- Procariotos:
- Bactrias
- Arqueobactrias
- Eucariotos:
- Fungos
- Protozorios: unicelulares, alimentam-se por
ingesto, so aclorofilados, portanto no fazem
fotossntese e se locomovem por clios, flagelos ou
pseudpodes. Tambm podem ser esporozorios,
porque formam corpos de repouso, os esporos,
durante uma fase de seu ciclo vital.
- Algas
Procariotos
Bactrias:
Eubactrias: apresentam-se de varias formas,
especialmente esfricas, bastonetes e espirilos.
Frequentemente aparecem aos pares, em cadeias,
formando ttrades, ou agrupadas. Algumas
apresentam flagelos.
Assumem vrias formas:
- Cocos: forma arredondada.
- Bacilos: forma de bastonete.
- Espirilos: forma de um bastonete recurvado.
Os espirilos propriamente ditos formam filamentos
helicoidais.
- Vibrio: forma de vrgula.
-
Arqueobactrias: sobrevivem em locais no usuais
(elevada acidez, altas temperaturas, alta salinidade,
etc).
Fungos:
Microrganismos eucariticos no
fotossintticos.
Possuem parede celular, com algumas raras
excees.
Reproduo sexuada ou assexuada.
Obteno de alimento por absoro, j que
no possuem clorofila.
Muitos so unicelulares (leveduras), enquanto
alguns so multicelulares e macroscpicos.
Formam esporos.
- Fungos benficos: participam da decomposio de
vegetais mortos, da simbiose com plantas, da
produo de alimentos e de drogas (lcool e
penicilina).
- Fungos malficos: causadores de doenas.
Caractersticas:
- Maioria aerbico, levedura aerbico
facultativo.
- Temperatura tima: 25 a 30C.
- pH: entre 4 a 7
- alguns apresentam dimorfismo: pseudo-hifas,
pseudo-miclio.
Nutrio, cultivo e cultura de microrganismos
Bactrias gram negativa: possuem membrana externa,
pobre camada de peptidioglicano e membrana
citoplasmtica.
Bactria gram positiva: no tem membrana externa,
possui camada espessa de peptidioglicano e
membrana citoplasmtica.
O mecanismo da colorao de Gram se refere
composio da parede celular, sendo que as Gram-
positivas possuem uma espessa camada de
peptideoglicano e cido teicico, e as Gram-negativas,
uma fina camada de peptideoglicano, sobre a qual se
encontra uma camada composta por lipoprotenas,
fosfolipdeos, protenas e lipopolissacardeos. Durante
o processo de colorao, o tratamento com lcool-
acetona extrai os lipdeos, da resultando uma
porosidade ou permeabilidade aumentada da parede
celular das bactrias Gram-negativas.
Assim, o complexo cristal violeta-iodo (CVI) pode
ser retirado e as bactrias Gram-negativas so
descoradas. A parede celular das bactrias gram-
positivas, em virtude de sua composio diferente,
torna-se desidratada durante o tratamento com lcool-
acetona, a porosidade diminui, a permeabilidade
reduzida e o complexo CVI no pode ser extrado.
Outra explicao baseia-se tambm em diferenas
de permeabilidade entre os dois grupos de bactrias.
Nas Gram-positivas, o complexo CVI retido na
parede aps tratamento pelo lcool-acetona, o que
causa, provavelmente, uma diminuio do dimetro
dos poros da camada de glicopeptdeo ou
peptideoglicano da parede celular. A parede das
bactrias Gram-negativas permanece com porosidade
suficientemente grande, mesmo depois do tratamento
com lcool acetona, possibilitando a extrao do
complexo CV-l.
Meio de cultura: material nutriente preparado para o
crescimento de microrganismos em um laboratrio. Os
microrganismos introduzidos em um meio de cultura
para iniciar o crescimento so chamados de inculo.
Os microrganismos que crescem e se multiplicam
dentro ou sobre um meio de cultura so denominados
cultura.
Deve conter: os nutrientes adequados para o
microrganismo especfico; gua suficiente; pH
apropriado; nvel conveniente de oxignio ou talvez
nenhum; o meio deve ser estril.
-
Quando se deseja o crescimento de microrganismos
em meio slido, um agente solidificante como o gar
pode ser adicionado ao meio.
- Elementos qumicos principais: carbono, nitrognio,
oxignio, enxofre, fosforo (ATP)
- Podem ser usados produtos naturais: extratos de
leveduras, de carnes ou de plantas, ou produtos de
digesto destas ou de outras fontes.
Meios de cultura seletivos: so elaborados para
impedir o crescimento de bactrias indesejadas e
favorecer o crescimento dos microrganismos de
interesse.
Meios diferenciais: facilitam a diferenciao de
colnias de um microrganismo desejado em relao a
outras colnias crescendo na mesma placa.
Obs: algumas bactrias no crescem em meio de
cultura e, portanto, devem ser cultivadas in vivo.
Meios seletivos:
- GAR SABOURAUD: Meio com nutrientes que
favorece o crescimento de diversos fungos leve
duriformes e filamentosos.
- GAR VERDE BRILHANTE: Selecionar e isolar
espcies de Salmonella e Shigella, em amostras de
fezes, alimentos e gua. Inibem bactrias Gram +.
- GAR FENILETANOL: Inibe Gram e favorece
Gram +.
- GAR MC CONKEY: Inibe Gram + e permite Gram -.
Meios de cultura para fungos:
- Concentrao > de acar
- pH menor (3,8 a 5,6) que o bacteriano.
Fatores ambientais:
Temperatura: a maioria cresce bem nas temperaturas
ideais para os seres humanos. Contudo, certas
bactrias so capazes de crescer em extremos de
temperatura.
Temp. mnima de crescimento: a menor
temperatura na qual a espcie pode crescer.
Temp. tima de crescimento: a temperatura
na qual a espcie cresce melhor.
Temp. mxima de crescimento: a maior
temperatura na qual o crescimento possvel.
- Classificao dos microrganismos quanto a sua faixa
preferida de temperatura:
-Psicrfilos: -10 a 20C
- Psicrotrficos: 0 a 30C
- Mesfilos: 10 a 50C
- Termfilos: 40 a 72C
- Hipertermfilos: 68 a 110C
Atmosfera: gases na atmosfera influenciam o
crescimento
- Aerbicos estritos: sobrevivem somente na
presena de oxignio
- Aerbicos facultativos: sobrevivem na
presena ou no de oxignio.
- Anaerbicos estritos: so prejudicados pela
presena de oxignio.
- Anaerbicos facultativos: podem crescer sem
oxignio, mas o utilizam quando est presente.
pH: certos microrganismos sobrevivem melhor em
certos valores de pH.
- Acidfilos
- Neutrfilos
- Basfilos
Eliminao de microrganismos:
- Controle: destruio, inibio ou remoo.
- Destruio: esterilizao
- Inibio: por exemplo, refrigerao ou
congelamento
- Esterilizao: Este termo refere-se
ausncia total ou destruio de todos os
microrganismos.
- Desinfeco: utilizao de substancias,
normalmente de natureza qumica, que mata as
formas vegetativas, mas no necessariamente, as
formas esporuladas, de microrganismos patognicos.
- Antissepsia: uma substncia que previne o
crescimento ou ao de microrganismos, pela
destruio dos mesmos ou pela inibio de seu
crescimento ou atividade.
- Sanitizao
-
Introduo Virologia
1880: Postulados de KOCH: 1 doena especfica
causada por um microrganismo especfico.
1. Associao constante do patgeno-
hospedeiro: o patgeno deve ser encontrado
associado em todas as plantas doentes
examinadas
2. Isolamento do patgeno: o patgeno deve ser
isolado e crescido em meio de cultura nutritivo
e suas caractersticas descritas (parasitas
no-obrigatrios) ou em planta hospedeira
suscetvel (parasitas obrigatrios) e sua
aparecia e sintomas registrados.
3. Inoculao do patgeno e reproduo dos
sintomas: o patgeno vindo de uma cultura
pura deve ser inoculado em plantas sadias de
mesma espcie ou variedade na qual
apareceu, e deve provocar a mesma doena
nas plantas inoculadas.
4. Reisolamento do patgeno: o patgeno deve
ser isolado novamente em cultura pura e suas
caractersticas devem ser exatamente as
mesmas observadas anteriormente.
Dimitri Ivanowsky: isolou o agente causador da
doena do mosaico do tabaco atravs de um filtro de
porcelana que possui a capacidade de reter bactrias,
e esse filtrado continuou causando a doena. A
importncia desse experimento proporcionou a
primeira definio de vrus: vrus so partculas
filtrveis.
Martin Beijerick: fez diluies seriadas de filtrados de
tabacos infectados e demonstrou que, mesmo em
diluies muito baixas, os sumos ainda eram capazes
de manter a infecciosidade, com a mesma fora de
destruio daquele original, mas somente em tecidos
vivos de plantas, nunca em meio sintticos.
1940: a inveno do microscpio eletrnico
possibilitou evidenciar a estrutura e composio
qumica do vrus.
Classificao viral ICVT: a taxonomia formal dos
vrus estabelecida, principalmente, nas propriedades
estruturais:
- Morfologia: tamanho e forma do vrion;
presena ou no de glicoprotenas; presena ou no
de envelope e simetria estrutural do capsdeo.
- Propriedades fsico-qumicas: massa
molecular do vrus; estabilidade a variaes de pH e
calor; tipo e tamanho do cido nuclico (DNA ou
RNA); tipo de fita do cido nucleico (dupla ou simples,
circular ou linear).
- Protenas: numero, tamanho e atividade de
protenas estruturais e no-estruturais.
- Lipdios e carboidratos: composio e teor de
lipdios e acares existentes.
- Replicao viral: estratgias de replicao.
- Propriedades biolgicas: hospedeiro natural,
modo de transmisso, vetores, distribuio geogrfica,
patogenicidade, tropismo, patologias e histopatologias.
Ordem viral: agrupamento de famlias de vrus que
compartilham caractersticas comuns. Sufixo: Virales
Famlia e subfamlia viral: grupamento de gneros.
Sufixo: Viridae. A maioria das famlias compartilha
morfologias virais, estrutura genmica e/ou estratgias
de replicao distintas, indicando existir uma grande
separao filogentica. Com isso, foram introduzidas
as subfamlias, cujo sufixo Virinae.
Gnero viral: grupamento de espcies que
compartilham caractersticas comuns. Sufixo: Virus.
Espcie viral: classe constituda de uma estirpe de
replicao com um nicho ecolgico particular. O nome
do acompanhado do termo vrus, como a espcie
Poliovrus 1.
Definio de vrus: so estruturas subcelulares, com
um ciclo de replicao exclusivamente intracelular,
sem nenhum metabolismo ativo fora da clula
hospedeira. composto de uma molcula de acido
nucleico circundado por uma capa de protena,
podendo conter lipdios e acares.
Tipos de estruturas virais e suas caractersticas:
Cerne: material gentico + protenas de
replicao
Capsdeo: envoltrio proteico que envolve o
material gentico dos vrus. responsvel
pela forma do microrganismo. Podem ser
helicoidais ou icosadricos.
Envelope: derivado das membranas
celulares (contm lipdios, protenas e
glicoprotenas) e adquirida atravs de um
processo denominado brotamento. Protege da
defesa imunolgica do hospedeiro.
cido nucleico: DNA ou RNA, fita simples ou
fita dupla, circular ou linear.
Espculas: responsveis pela interao do
vrus com o hospedeiro.
Nucleocapsdeo: conjunto capsdeo de cido
nucleico.
Vrion: partcula viral madura.
Infeces subvirais: agentes infecciosos que so
ainda mais simples e menores que os vrus.
-
- Vrus satlites: possui acido nucleico
incompleto, necessitando de um outro vrus para
completar seu ciclo replicativo.
- Virusides: esto situados em um nvel
abaixo dos vrus satlites, esto associados aos vrus
de plantas e, at o momento, no foram encontrados
em seres humanos.
- Virides: geralmente apresentam genomas
maiores que Virusides e causam doenas em
plantas. No codificam protenas, mas podem replicar
seu genoma independentemente de outro vrus.
- Prons: so compostos somente de
protenas, sem nenhum resqucio de cido nucleico e
so muito resistentes inativao por processos
fsicos e qumicos. Tem capacidade de modificar
protenas celulares saudveis em protenas doentes,
fazendo o crebro infectado tornar-se esponjoso e
cheio de vacolos. A destruio dessa protenas s
ocorre se o material infectado for incinerado. So
agentes das encefalopatias espongiformes, tanto em
humanos como em animais (doena da vaca louca).
Relao Vrus-Hospedeiro
Mecanismos de patogenicidade viral:
- Capacidade de romper barreiras naturais
- Tropismo com tecidos alvo: afinidade com a clula
com que ele vai infectar.
- Causar lise celular
- Desencadear respostas imunolgicas: inicialmente, a
resposta imune inata e, posteriormente, a resposta
imune adaptativa
- Desencadear respostas inflamatrias que pode ser
destrutivas
Esses mecanismos so influenciados pela condio
do hospedeiro (estado nutricional e imunolgico) e
condies do microrganismo (carga viral, stios de
infeco e tropismo tecidual).
Respostas o organismo: produo de muco, produo
de anticorpos IgG e IgM, ativao de macrfagos
alveolares.
Pele: importante barreira fsica
Transpirao fornece umidade e nutrientes
para os microrganismos. Contem sal, que
inibe o microrganismo e lisozimas, que
rompem paredes bacterianas.
Erupes cutneas: nem sempre indicam infeces de
pele, mas, em grande parte dos casos, elas esto
associadas presena de microrganismos
(manifestaes virais e bacterianas).
- Exantema: erupes cutneas
generalizadas, normalmente simtricas, circunscritas,
circulares: eritema (mancha avermelhada causada
pela dilatao dos vasos prximos pele), vesculas
(leses circunscritas, elevadas, com presena de
liquido dentro), ppula (manchas circunscritas com
aspecto em alto relevo) e mculas (manchas
circunscritas de aspecto plano).
Receptores virais: esto diretamente relacionados
com o tropismo e a especificidade do hospedeiro.
Receptores celulares: receptores com funes
fisiolgicas, mas que so reconhecidos pelos
receptores virais.
Para que uma infeco seja produtiva (aquela que
resulta na gerao de prognie viral reproduo viral
dentro da clula do hospedeiro) no basta que a
Rotas de entrada Via respiratria
Via Gastrointestinal Via soluo de continuidade
Via mucosa genital Arbovirose
Zoonose Via Parenteral
Multiplicao em clulas e tecidos especficos
Estratgias de multiplicao viral X Resposta do Hospedeiro
Apoptose: Linfcitos TCD8
so ativados para induzir a
morte da clula infectada
pelo vrus por apoptose
Inflamao Leso
Liberao e sada
GP120
HIV
CD4
Linfcito T
-
clula tenha o receptor celular compatvel, mas ela
tambm deve ser permissiva replicao.
- Caractersticas dos receptores que
influenciaro na capacidade do vrus: estado
fisiolgico celular, presena de fatores de transcrio
e presena de fatores de crescimento celular.
Se a clula permissiva e o vrus pode iniciar uma
infeco produtiva, ele comea a utilizar os recursos
biossintticos da clula, gerando efeitos citopticos
(alteraes na fisiologia e morfologia das celulas,
decorrentes do processo de infeco e multiplicao
viral).
Lise celular
Apoptose (pode ocorrer mediada pela
resposta imunolgica ou pelo prprio vrus)
Formao de sinccio
Interrupo do ciclo mittico
Transformao celular/proliferao celular
Bloqueio do transporte pelas membranas
- Infeco localizada: o vrus se multiplica no stio de
entrada e ocorre a disseminao clula clula. Ex:
Rinovirus, rotavirus, etc.
- Infeco sistmica: alm da disseminao clula
clula, ele capaz de se disseminar para outros
rgos atravs do sistema circulatrio, linftico ou
nervoso perifrico.
Vrus infeccioso: pode ser liberado para outros
hospedeiros ou para o meio ambiente atravs dos
seus stios mais produtivos de infeco ou durante os
episdios de viremia.
Ao antiviral do hospedeiro humano
Resposta imune inata: depende da produo de anticorpos, tem produo independente do tipo de microrganismo, no melhora a partir de mltiplas exposies e no h reteno de memria imunolgica (agentes: macrfagos). Reposta imune adaptativa/adquirida: proteo dependente do tipo de espcie de microrganismos, se intensifica atravs de mltiplas exposies e h reteno de memoria imunolgica. Apoptose: Linfcitos TCD8 (CTL)
A clula infectada mostra o fragmento antignico atravs do MHCI para o linfcito T CD8, que
reconhece atravs do TCR. O linfcito, ento, produz uma citotoxina que induzir a morte celular da clula infectada. Evoluo da infeco multifatorial:
Fatores do vrus: varia de acordo com a espcie, a cepa, a variabilidade gentica, a carga viral, a rota de entrada, etc.
Fatores do hospedeiro: determinadas populaes so mais susceptveis que outras determinadas infeces virais:
- Idade - Estado Nutricional - Imunidade
Princpios da multiplicao viral
Etapas da multiplicao viral:
1. Adsoro: interao entre o receptor do vrus com o receptor da clula do hospedeiro.
2. Penetrao: o vrus internaliza dentro do citoplasma, pelo processo de fuso de membranas.
3. Desnudamento: perda do capsdeo e liberao
do material gentico do vrus dentro da clula.
4. Biossntese: produo do material gentico do vrus utilizando a maquinaria gentica da clula infectada.
5. Morfognese: formao dos novos vrus (produo do capsdeo e outros componentes).
6. Liberao: liberao das microrganismos para fora da clula.
Vrus exantemticos
Paramyxovridae: Famlia bastante heterognea,
associada a diferentes tipos de doenas.
- Parainfluenza 1, 2, 3 e 4
- Sarampo
- Caxumba
Estruturas virais:
- RNA viral de fita simples
- HN (hemaglutinina neuraminidase
espculas): responsvel pela adsoro do vrus
clula a ser infectada.
- Protena F (de fuso): promove a fuso
celular, hemlise e entrada do vrus na clula a ser
infectada fuso do envelope membrana plasmtica
-
e posterior liberao por brotamento pela membrana
plasmtica.
- Bicamada lipdica envelope
Estruturas do genoma:
- RNA de fita simples
- No segmentados (apenas uma cpia)
- Tamanho entre 15 a 19 kb
Ciclo de multiplicao:
- Ocorre exclusivamente no citoplasma da
clula infectada.
Patologia:
- Transmisso por via area: gotculas de
secrees e saliva.
- Perodo de incubao: 7-13 dias.
Sarampo: Patologia: caractersticas clnicas
Infeco viral aguda, que altamente
transmissvel.
Sintomas:
- Febre alta, conjuntivite, tosse, coriza;
- Manchas de Koplic: leses esbranquiadas
que geralmente acontecem na mucosa bucal; podem
ser encontradas nas fases iniciais da doena e so
consideradas sinais patognomnicos.
- Exantemas maculopapular generalizados:
resultantes da resposta imune mediada por linfcitos T
s celulas endoteliais infectadas.
Complicaes:
- 20% dos casos apresentam complicaes
(principalmente menores de 5 anos).
- Diarreias, otites, pneumonia, encefalites,
convulses, morte.
- Infeces secundrias devido a um estado
de imunossupresso gerado pela infeco do vrus
sarampo.
- Perodo de incubao: 7 a 13 dias. A fase
onde inicia-se o prdomo a mais infecciosa.
Vacina: SCR Trplice Viral
Suspenso de vrus vivos atenuados e veiculados em
um meio estril, destinada aplicao por via
intramuscular ou subcutnea.
- Dose nica: 12 meses evita a inativao
da vacina por anticorpos maternos.
- Reforo: 4 a 6 anos.
- Efeitos colaterais raros, mas podem incluir:
febre e rash cutneo (manchas na pele).
- Contraindicada para gestantes e
imunossuprimidos.
- Pessoas com condies alrgicas graves e
com sensibilidade a componentes da vacina (ovo,
neomicina e gelatina) no devem tomar realizar a
vacinao.
- Indivduos com febre ou que tenham
recebido derivados de sangue nos ltimos 12 meses
devem adiar a vacinao.
Multiplicao no
epitlio respiratrio e
expanso para o
sistema linftico
Infeco Sistmica
Clulas epiteliais,
endoteliais,
linfcitos, moncitos
e macrfagos.
Trato urinrio
Vasos sanguneos
SNC
Hemograma
- Leucopenia
- Eosinopenia
- Linfocitopenia
Leso maculopapular
Resposta imune mediada por linfcitos
T nas clulas endoteliais infectadas
-
- OMS: 700.000 crianas morrem por ano
vtimas da doena, principalmente em pases pobres.
- Sarampo no Brasil: ultimo caso ocorreu no ano de
2000.
Diagnstico clnico laboratorial:
- Clnico: manchas de Koplic; presena de
leses maculopapulares.
- Laboratorial:
- tcnicas sorolgicas: pesquisa de
antgenos virais (hemaglutinao,
imunofluorescncia, ELISA) e tcnica
molecular (RT-PCR - reao em cadeia da
polimerase com transcriptase reversa)
- amostras biolgicas: secrees do
trato urinrio, secrees respiratrias e
sangue.
Tratamento: hidratao, alimentar, diminuir a
hipertermia, uso de analgsicos.
- Imunossuprimidos: administrao de
imunoglobulinas para reduzir a severidade da doena.
Rubola: Togavrus (famlia) e Rubivrus (gnero).
Patologia: transmisso por gotculas de saliva
replicao no epitlio nasofarngeo e pulmes vrus
alcana os linfonodos regionais e se multiplica em
leuccitos viremia leses em stios secundrios
epitlio.
- Complicaes: bao e fgado.
- Perodo de incubao: 2 a 3 semanas.
- Maioria assintomtica.
- Linfadenopatia
- Febre leve
- Cefaleia
- Artropatia leve em adultos
- Exantema
Infeco congnita: o vrus capaz de cruzar a
placenta; infeco grave se ocorrer no 1 trimestre de
gravidez; m formao e aborto em 20% dos casos.
Sndrome da rubola congnita: defeitos
organognicos severos comprometimento
cardaco e cerebral (microcefalia); defeitos
oftlmicos e auditivos. Outros problemas:
baixo peso; trombocitopenia neonatal
(diminuio da concentrao de plaquetas);
anemia e hepatite.
Diagnstico:
- ELISA: deteco de anticorpos IgM e IgG
anti-rubola.
- Tcnica molecular: RT PCR
Tratamento: analgsicos.
Preveno: trplice viral.
Catapora / Varicela:
-Vrus: Herpes Vrus Humanos 3 HHV 3 (Varicela
Zoster Vrus)
- Catapora (varicela): primria individuo tem
o primeiro contato com o vrus.
- Herpes Zoster (cobreiro): secundrio uma
diminuio do sistema imunolgico permite a
reativao do vrus HHV 3, que estava em estado de
latncia em gnglios sensoriais cranianos ou
torcicos.
Transmisso: secrees respiratrias.
Tratamento: Aciclovir.
Varicela:
- Resulta da infeco primria, normalmente durante a
infncia, pelo vrus VZV (varicela zoster ou HHV - 3).
- Leses no corpo e cabea: orofarngeas.
- Doena febril, caracterizada pela infeco dos
linfcitos T. e surgimento de vesculas pruriginosas na
pele.
- O vrus pode estabelecer latncia em gnglios
nervosos.
- Normalmente auto-limitada e os sintomas
comeam a desaparecer 7 dias aps o inicio dos
sintomas da infeco.
Sintomas: febre e mal estar seguido de leses
maculopapulares no tronco, rosto, membros, mucosa
bucal e farngea; evoluo para vesculas no dia
-
seguinte; aps 2 a 4 dias so formadas as crostas,
que se desprendem 4 a 6 dias depois, sem deixar
cicatriz.
Herpes Zoster:
- Trata-se de uma reativao aps latncia do vrus
que havia causado, inicialmente, a varicela.
- Tpico de pessoas idosas e indivduos
imunossuprimidos.
- Ocorre a formao de vesculas com distribuio
dermatomal (em um local especfico).
- Ocorrncia de dor aguda intensa a severa.
- Reativao associada a debilitao do sistema
imune.
- Leses unilaterais comumente ocorrem em regies
torcicas e cervicais.
- Pacientes imunodeprimidos podem apresentar
leses difusas.
- Casos mais graves podem ser observados em
pacientes com cncer e HIV.
Complicaes: disseminao para o fgado, crebro e
pulmes podendo ser fatal.
Diagnstico clnico: manifestaes clnicas e dados
epidemiolgicos.
Diagnstico laboratorial: pesquisa de antgenos em
raspagem das leses de pele e tcnica molecular
PCR.
Tratamento:
- Crianas: doena branda e no necessita de
tratamento.
- Adultos e imunodeprimidos: antiviral
Aciclovir.
- Imunodeprimidos: administrao de
imunoglobulinas.
Infeces virais do trato respiratrio
Picornavrus Rhinovrus: - Estrutura da partcula: vrus no envelopado; RNA de
fita simples; 80 dos rhinovrus se ligam molcula de
adeso intercelular 1 (CAM-1), um receptor celular,
expressa em celulas epiteliais, fibroblastos e celulas
endoteliais. Eles se ligam atravs de seus receptores
virais VP1, VP2, VP3 e VP4.
- So agentes mais comuns de infeces
respiratriasresfriados.
- So mundialmente responsveis por 50 a
80% dos resfriados, dependendo da regio geogrfica.
- Diferente do outros picornavrus, os rhinovrus so
incapazes de multiplicar no trato gastrointestinal
devido a sua sensibilidade a pH cidos.
- Crescem 33C: predileo por ambientes mais frios
da mucosa nasal.
- Transmisso: gotculas de aerossis e fomites (mos
ou objetos contaminados).
Patologia:
Perodo de incubao: 1 a 3 dias.
90% das infeces geram doena sintomtica
com baixa mortalidade e alta morbidade.
Sintomas: espirros, rinorria, obstruo nasal,
tosse, rouquido, dores de garganta branda,
cefaleia e mal estar.
Sintomas podem durar de 7 dias a 2 semanas.
Idades extremas (crianas e idosos) so mais
susceptveis as doenas e complicaes.
Rhinovrus podem gerar exacerbao de
episdios severos de asma devido
obstruo das vias pulmonares e dificuldade
de ventilao.
Diagnstico clnico: a partir de sintomas do paciente.
Tratamento: ar umidificado, vapor da sopa de galinha
para drenagem nasal; antivirais no so efetivos.
No candidato vacina devido aos inmeros
sorotipos, transitoriedade da resposta humoral
(mediada por anticorpos) e variaes
antignicas (mutaes).
Infeco Produo de citocinas
aumento da produo de neutrfilos pela
medula ssea neutrfilos liberados para o
sangue neutrfilos recrutados para o trato
respiratrio superior e inferior aumento da
resposta imune nos locais em questo
-
Controle: lavagem de mos e desinfeco de objetos
contaminados.
OBS: mtodos de controle de infeces hospitalares e
a adoo de medidas de biossegurana (uso de EPIs,
lavagem de mos) podem diminuir os riscos de
contaminao no ambiente hospitalar.
Parainfluenza 1 a 4:
- Tipos 1, 2 e 3 esto associados a casos mais
severos como LTB (laringotraqueobronquite), sendo
30% dos casos especialmente em crianas e bebes.
- Tipo 4: infeco mais branda no trato respiratrio
superior em crianas e adultos.
- A infeco geralmente ocorre nos primeiros anos de
vida e geram proteo contra o vrus do mesmo
sorotipo.
- No existe vacina para sorotipos mltiplos.
- Curta durao da imunidade e imunidade
parcial so fatores que impossibilitam a
produo da vacina.
Transmisso: gotculas respiratrias.
- Infectam celulas epiteliais do trato respiratrio
superior, podendo causar formao de celulas
gigantes e lise celular. Raramente causa viremia.
Diagnstico: sorolgico (imunofluorescncia,
hemaglutinina); biologia molecular.
- Amostra preferencial: secrees respiratrias.
Tratamento: nebulizao, monitoramento das vias
areas e no existe antiviral especfico.
Vrus respiratrio sincicial:
Estrutura do SRV (vrus respiratrio sincicial):
Nucleocapsdeo, envelope e espculas (glicoprotenas
F e G), responsveis pela interao do vrus com a
clula que ser infectada.
Patologia:
- Principal agente causador de bronquiolites em
crianas com menos de 2 anos.
- Associado a pneumonias e bronquites.
- O vrus induz a formao de sinccios (conjunto de
celulas juntas que perdem a membrana; formada por
uma massa citoplasmtica).
- RSV esta associado a resfriados comuns.
- Invaso direta do trato respiratrio.
- Danos s celulas devido resposta imune.
- Necrose nos brnquios e bronquolos gera
tampo mucoso e de material necrtico
(extravasamento do material celular para o
tecido, contribuindo para a obstruo).
Sintomas: resfriado (corrimento nasal); pneumonia;
bronquiolite.
Diagnstico: PCR; imunofluorescncia, tcnica
imunoenzimtica.
Tratamento: oxigenoterapia, nebulizao; antivirais
(ribavarina); imunoglobulinas em bebs.
Controle: isolamento de crianas infectadas; lavagem
de mos e uso de jaleco.
Bactrias Patognicas
Interao entre agente biolgico-hospedeiro:
Fatores de virulncia (caractersticas dos
microrganismos que o possibilitam desenvolver
a doena)
Aderncia, invaso e colonizao (promovem
condies ideais para o microrganismo iniciar o
processo patolgico).
Multiplicao (local ou no)
Danos ao hospedeiro (por conta prpria ou por
mecanismos de inflamao ou resposta
imunolgica)
MORTE
Mecanismo de defesa
-
Sintomas: vo ser determinados pela funo do tecido
afetado.
Gravidade: dependente da importncia do rgo
afetado. Depende tambm da resposta imune, do
tamanho do inculo e da concentrao do
microrganismo.
Portas de entrada: ingesto de alimentos
contaminados, inalao, penetrao direta
(traumatismo), picada de agulhas, vetores,
transmisso sexual, transmisso transplacentria.
1. Mecanismo de aderncia:
- Fmbrias (pili): apresentam protenas adesinas
nas extremidades que se ligam a acares no
tecido alvo.
- Cpsula: escape da resposta imune. Composta
de polissacardeos. Tem funo na ao
antifagocitria, inibio da destruio no interior de
macrfagos e leuccitos.
- cido lipoteicico e protena F: estruturas
acopladas membrana da bactria que servem
para ligao s celulas epiteliais.
- Biofilme (Streptococus mutans) unio de
bactrias encapsuladas entre si e com a
superfcie. Deste modo, as bactrias podem
colonizar instrumentos cirrgicos, valvas e
cateteres.
2. Mecanismo de invaso, colonizao e
multiplicao:
E
As aes destrutivas no tecido podem ser
diretas ou indiretas
2.1 Enzimas:
- Hialuronidase: degrada o cido hialurnico,
promovendo condies a disseminao do
microrganismo.
- Colagenase: destri o colgeno que sustenta
o tecido.
- Enzimas fibrinolticas: destri as fibrinas que
esto envolvidas na coagulao do sangue.
- Coagulase: formam cogulos de fibrina
protegendo o microrganismo.
2.2 Toxinas:
- Exotoxina: secretadas medida que o
patgeno cresce.
- Enterotoxina: afeta o intestino delgado
provocando secrees de fluido.
- Endotoxina: lipopolissacarideos de bactrias
gram negativas.
- Toxinas citolticas:
- Hemolisinas: lise de eritrcitos e
tambm de outras celulas
(lecitinases/fosfolipases um tipo de
hemolisina que ataca fosfolipdios lecitina na
membrana).
- Estreptolisina O: podem causar lise
de hemcias e de celulas do hospedeiro.
- Leucocidinas
- -toxinas estafiloccica
Tuberculose
- Espcie Mycobacterium tuberculosis (bastonete
semelhante a fungo). Refere-se formao de
tubrculos nos pulmes de pacientes infectados.
Transmisso: vias areas atravs de gotculas de
aerossis formadas pela saliva do portador. Fluidos
biolgicos podem conter o Mycobacterium
tuberculosis. Pode ocorrer a tuberculose pelo
Mycobacterium tuberculosis osis pela ingesto de leite
contaminado.
- Contato direto com o portador.
- Entrada na regio naso-farngea.
- rgo primrio: pulmes.
- Fagocitose por macrfagos.
- Atinge os alvolos pulmonares.
Toxicidade
Causa doena devido
toxina pr-formada
(Clostridium tetani)
Invasividade
Crescem intensamente
no tecido (Streptococus
pneumoniae)
-
- Grupos de risco: indigentes, alcoolatras, usurios de
drogas, presidirios, portadores de HIV, profissionais
da sade, entre outros.
Estruturas morfolgicas:
- Bastonetes aerbios
- Imveis
- No esporulados
- Parede celular complexa e rica em cido
miclico, que compe cerca 60% da parede
celular.
- fracamente gram +
- fortemente lcool-cido-resistente (BAAR).
Patognese:
- Penetra nas vias areas.
- Caracterizada pela Invasividade.
- Patgeno intracelular.
- Atinge macrfagos alveolares.
- Metaboliza cataliticamente os agentes
oxidantes produzidos pelos macrfagos.
- Lesoes teciduais como inflamaes e
possveis necroses.
- Toxicidade da resposta imune (alta
concentrao de citocinas, isquemia, exposio s
enzimas hidrolticas liberadas de macrfagos) gerando
leso no tecido necrose tecidual que depende da
capacidade de invaso.
Macrfagos alveolares infectados pelo Mycobacterium
disseminao para as celulas mononucleares dos
vasos sanguneos macrfagos infectados recrutam
outros macrfagos para tentar realizar a resposta
imunolgica formao de granuloma (celulas
multinucleadas gigantes que vo circundar os outros
macrfagos infectados formando uma inflamao
granulomatosa, que pode gerar uma necrose
caseosa).
Caracteristicas patolgicas: inflamao
granulomatosa e necrose caseosa.
- Sistema imune:
-linfcitos T CD4: liberam citocinas como o
interferom que ir ativar macrfagos.
- macrfagos
- Clulas T. citotxicas tambm podem lisar
celulas fagocticas contendo o Mycobacterium que
est se replicando em seu interior, permitindo a
fagocitose e destruio dessas celulas.
Macrfago alveolar infectado apresenta um fragmento
antignico para uma clula T, que ir liberar citocinas
para ativao de outras celulas. Esse processo pode
positivar um teste chamado tuberculnico (PPD),
formando uma zona de endurecimento no local onde
foi aplicado o teste.
Tuberculose primria: caracteriza-se o primeiro
contato com o M. tuberculosis.
- podem apresentar duas formas clnicas:
indolente/assintomtica em pacientes
imunocompetentes ou sintomtica.
- Formas agressivas em imunossuprimidos e
crianas com idade inferior a 5 anos.
- Sintomas incluem febre, perda de peso,
fadiga, suores noturnos, hemoptise, secrees
purulentas e hemorrgicas.
Tuberculose secundria: reativao do
Mycobacterium tuberculosis nos granulomas. Em
circunstancias de:
- Quimioterapias
- AIDS
- Idade avanada
- Cncer
Diagnstico: Clnico + fsico + laboratorial
- Histrico clnico
- Manifestaes clnicas
- Evidncias radiolgicas da doena
- Teste cutneo positivo
- Deteco laboratorial: cultura do BAAR
-
Colorao de Ziehl-Nelson Baciloscopia
direta:
Pesquisa do Mycobacterium (BAAR Bacilo
lcool-cido-resistente Se coram de vermelho).
Essa colorao utilizada para diagnstico da
tuberculose e hansenase, atravs da coleta de
amostras biolgicas de 3 dias consecutivos, pela
manh, em jejum.
Se o Bacilo for lcool-cido-resistente, ele no vai
descorar quando adicionada a soluo de lcool-
cido, permanecendo ento com a cor vermelha. Se o
microrganismo no for um BAAR, ele ir descorar pela
soluo de lcool-cido e ir se corar com o novo
corante, se tornando azul.
Tratamento/preveno:
- Prolongado (6 meses). A interrupo do tratamento
pode levar seleo de bactrias resistentes.
- Imunizao (BCG): at os 4 anos de idade.
- Diagnstico precoce.
- Antibiocoterapia: Isoniazida, pirazinamida, rifampim,
etambutol.
Hansenase
- Doena infecto-contagiosa, crnica e granulomatosa.
- Ag. Etiolgico: Mycobacterium leprae.
- Conhecida como lepra, morfeia, mal da pele e
doena lazarina.
- Mycobacterium leprae:
- Temperatura tima de crescimento: 30C.
- Parasita intracelular obrigatrio, tendo
preferencia por macrfagos, celulas cutneas e
nervos perifricos.
- Alta infectividade.
- Baixa patogenicidade.
- Fracamente gram +.
- Confirmao da doena: tcnica de Ziehl-Nelson
(Coleta das amostras no lbulo da orelha ou no
cotovelo).
- BAAR.
- Transmisso: contato direto, ntimo e prolongado
com o portador.
transmitida somente na forma multibacilar
e sem tratamento.
Saliva, secrees nasais, ar, tosse.
- Mecanismos de patogenicidade:
- Os bacilos so captados pelas as fibras
neurais sensitivas, at atingir as celulas de Schwann,
pelas quais tem afinidade, j que estas no possuem
enzimas lizossomais capazes de digerir o bacilo,
conseguindo uma sobrevida longa dentro da clula
infectada.
- o desenvolvimento da doena depende do
hospedeiro (condies nutricionais e estado
imunolgico).
- Classificao clnica:
Paucibacilar: poucos bacilos, at 5 leses.
Multibacilar: muitos bacilos, mais de 5 leses.
A forma da doena define o tipo de tratamento que
ir ser utilizado.
Soluo de Fucsina de Ziehl-Nelson
fenicada concentrada quente
(CORANTE)
Soluo lcool-cido
(DESCORANTE)
Soluo de azul de metileno
(CORANTE)
Portanto:
Microrganismos vermelhos: TESTE POSITIVO
para tuberculose/hansenase
Microrganismos azuis: TESTE NEGATIVO
para tuberculose/hansenase
-
Hansenase tuberculide paucibacilar:
Ocorre quando h forte resposta imunolgica
celular (linfcitos TCD4/ TCD8, macrfagos) e fraca
resposta imune humoral (pouca produo de
anticorpos).
Melhor prognstico.
Leso nica ou poucas leses cutneas
maculares bem delimitadas, anestsicas.
Nos granulomas, h presena de muitos
linfcitos e poucas bactrias no tecido
infectado.
Hansenase Virchowiana (Lepromatosa -
Multibacilar):
- Ocorre quando h forte resposta imune humoral e
fraca resposta celular, permitindo que os bacilos se
multipliquem.
- Evoluo progressiva e maligna caracterizada por
leses cutneas nodulares com presena de inmeros
bacilos lcool-cido-resistentes nessas leses.
- Acometimento simtrico e lento dos nervos.
- Anestesia nos ps e nas mos.
- Atrofia muscular.
Diagnstico:
- Histria de vida: contato com portadores nos
ltimos 5 anos; condies sociais e de moradia;
- Condies nutricionais.
- Condies imunolgicas.
- Sinais e sintomas.
- Teste de sensibilidade: avaliar a
sensibilidade dor, ao calor, entre outros.
Tratamento:
- poliquimioterpico (rifampicina, dapsona,
clofazamida).
- tratamento paucibacilar: 6 a 9 meses
superviso mdica mensal; dapsona e rifampicina;
auto-administrao.
- tratamento multibacilar: 12 18 meses;
superviso mdica mensal; rifampicina, dapsona,
clofazamida; auto-administrao.
- Vacinao BCG: Mycobacterium bovinos
atenuados; no pode ser usada em
imunocomprometidos.
Preveno: diagnstico e tratamento so importantes.
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