relatório de gestão e contas consolidado 2010
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Relatório de Gestão e
Contas Consolidado
2010
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Acrónimos e Abreviaturas
AAC – Associação Académica de Coimbra
ADSE – Direção-Geral de Proteção Social aos Funcionários e Agentes da Administração Pública
AUC – Arquivo da Universidade de Coimbra
BCSUC – Biblioteca Ciências da Saúde da Universidade de Coimbra
BGUC – Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra
CD25A – Centro de Documentação 25 de Abril
CGA – Caixa Geral de Aposentações
CSC – Centro de Serviços Comuns
CSE – Centro de Serviços Especializados
ED.UC – Ensino a Distância da Universidade de Coimbra
ETI – Equivalente a Tempo Inteiro
EUC – Estádio Universitário de Coimbra
FC – Fundação Cultural
FCDEFUC – Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra
FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia
FCTUC – Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
FDUC – Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra
FEUC – Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra
FFUC – Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra
FLUC – Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
FMC – Fundação Museu da Ciência
FMUC – Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
FPCEUC – Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra
GPUC – Grupo Público da Universidade de Coimbra
I&D – Investigação e Desenvolvimento
ICNAS – Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde
IES – Instituição de Ensino Superior
III – Instituto de Investigação Interdisciplinar
IPN – Instituto Pedro Nunes
N.º – Número
OE – Orçamento de Estado
OEx – Orientação Estratégica nº x (x=1, 2, …, 12)
P. – Programa
PIDDAC – Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central
RO – Receita Orçamental
SASUC – Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra
SIBUC – Sistema Integrado das Bibliotecas da Universidade de Coimbra
TAGV – Teatro Académico de Gil Vicente
TSU – Taxa Social Única
TUJE – Tribunal Universitário Judicial Europeu
UC – Universidade de Coimbra
UECAF – Unidades de Extensão Cultural e de Apoio à Formação
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Índice
Mensagem do Reitor .............................................................................................................................................................................. 4
Introdução e destaques ......................................................................................................................................................................... 5
1. Perfil identitário .................................................................................................................................................................................. 9
1.1 Missão, fins e valores ................................................................................................................................................................ 9
1.2 Estrutura e âmbito de consolidação ................................................................................................................................... 10
1.3 Órgãos do governo e de gestão .......................................................................................................................................... 11
2. Principais indicadores de atividade .............................................................................................................................................. 15
2.1 Ensino ......................................................................................................................................................................................... 15
2.2 Investigação ............................................................................................................................................................................... 17
3. Orientações estratégicas ................................................................................................................................................................ 19
4. Atividades desenvolvidas ................................................................................................................................................................ 22
4.1 Ensino a distância .................................................................................................................................................................... 22
4.2 Apoio a estudantes com deficiência ................................................................................................................................... 22
4.3 Mobilidade e internacionalização ........................................................................................................................................ 23
4.4 Saídas profissionais .................................................................................................................................................................. 27
4.5 Inovação, empreendedorismo e transferência do conhecimento .............................................................................. 27
4.6 Iniciativas culturais .................................................................................................................................................................. 30
4.7 Rede UC .................................................................................................................................................................................... 31
4.8 Comunicação e imagem ........................................................................................................................................................ 32
4.9 Circuito turístico ..................................................................................................................................................................... 32
4.10 Sistema de Gestão da Qualidade ...................................................................................................................................... 33
4.11 Observatórios ........................................................................................................................................................................ 35
4.12 Candidatura à Unesco ......................................................................................................................................................... 36
4.13 Novas instalações ................................................................................................................................................................. 36
4.14 Auditoria e controlo interno ............................................................................................................................................. 37
5. Ação social ......................................................................................................................................................................................... 39
5.1 Serviços de Ação Social ......................................................................................................................................................... 39
5.2 Outros apoios sociais concedidos a estudantes ............................................................................................................. 41
6. Organização e reestruturação ...................................................................................................................................................... 43
6.1 Centro de Serviços Comuns ................................................................................................................................................ 43
6.2 Centro de Serviços Especializados ..................................................................................................................................... 45
6.3 Tecnologias de informação e comunicação ...................................................................................................................... 46
7. Síntese de atividades por unidade ................................................................................................................................................ 49
7.1 Unidades Orgânicas de Ensino e Investigação ................................................................................................................. 49
7.2 Unidades Orgânicas de Investigação .................................................................................................................................. 58
7.3 Unidades de Extensão Cultural e de Apoio à Formação .............................................................................................. 59
7.4 Fundações ................................................................................................................................................................................. 63
7.5 Centro de Estudos Superiores da UC em Alcobaça ..................................................................................................... 66
7.6 ICNAS Produção, Lda ............................................................................................................................................................ 66
8. Recursos humanos ........................................................................................................................................................................... 68
9. Contas ................................................................................................................................................................................................. 73
9.1 Contas da execução orçamental ......................................................................................................................................... 73
9.2 Demonstrações financeiras .................................................................................................................................................. 79
9.3 Emissão das Demonstrações financeiras ........................................................................................................................... 92
10. Anexos às contas ........................................................................................................................................................................... 94
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Mensagem do Reitor
O ano de 2010, a que o presente Relatório se reporta, assinala temporalmente o fim de um ciclo, fechando o arco
de algumas mudanças determinadas pela aprovação dos novos Estatutos da Universidade e decorrentes, em última
análise, da entrada em vigor do RJIES. Da criação/início de atividade das Fundações – Fundação Museu da Ciência e
Fundação Cultural da Universidade de Coimbra – à preparação da integração de todas as Faculdades numa única
entidade com autonomia administrativa e financeira, passando pelo complexo e exigente processo de montagem
do sistema de avaliação dos docentes, foi este essencialmente um ano de reorganização e readaptação, pleno de
iniciativas cujas repercussões ainda é cedo para aferir na totalidade, mas cujo alcance e potencial permitem
alimentar muito justificadas expectativas.
Não sendo, de modo nenhum, exaustivo, o Relatório contempla no entanto as realizações mais salientes e de
impacto previsivelmente mais profundo. Será este o caso do desenvolvimento do projeto do Centro de Serviços
Comuns, projeto exigente de uma mudança necessária, como será, em diferentes frentes, o início da UCv, montra
do vigor criativo e da vontade de transformação e de melhoria que diariamente fazem mover esta Universidade e
aqueles que a servem. No plano da cultura é justo referir o plurifacetado contributo da UC para as
Comemorações do Centenário da República, e os passos dados no sentido da formalização da candidatura da
Universidade de Coimbra a Património Mundial da Humanidade, um esforço ímpar de afirmação cultural e cívica
entretanto complementado pela constituição da rede WHPO, rede de cooperação no âmbito do património
mundial de origem ou influência portuguesas. É forçoso mencionar o início do Programa de Licenciaturas
Internacionais, um programa pioneiro que nos abre caminhos ímpares na decisiva aproximação ao Brasil lançada
pelo Reitor Seabra Santos.
No Relatório dá-se também conta do reconhecimento nacional e internacional de que, através de prémios e
outras distinções várias, foram objeto entidades diversas da nossa Universidade, desde o IPN que fechou o ano de
2010 com o prémio internacional da melhor Incubadora de Base Tecnológica do mundo, ao Museu da Ciência,
reconhecido pela Associação Portuguesa de Museologia, com os prémios para melhor Serviço Educativo e para
melhor aplicação de gestão multimédia, passando por inúmeras individualidades contempladas em função do
respetivo mérito académico e científico.
Tal como em relação ao apreciável elenco de realizações enumeradas no Relatório, das quais nos podemos, com
toda a propriedade, orgulhar, é bom que entendamos esse reconhecimento e essas distinções como um
redobrado incentivo para enfrentar os incontáveis desafios futuros – quer os que nos são inexoravelmente
lançados de fora, quer aqueles que a nós mesmos nos vamos propondo com constante exigência e saudável
insatisfação. Com mobilização e empenhamento a todos os níveis não deixaremos, estou certo, de estar à altura
dos exigentes desafios que sentimos no presente e adivinhamos no futuro próximo.
O Reitor,
João Gabriel Silva
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Introdução e destaques
O presente relatório, para além de dar cumprimento às disposições legais1 e estruturais, procura espelhar a
atividade desenvolvida pela Universidade de Coimbra durante o ano de 2010, produzindo informação para
avaliação, interna e externa, do desempenho do Grupo Público UC.
O ano de 2010 ficou marcado por ser o último ano de autonomia administrativa e financeira das Faculdades de
Medicina e de Ciências e Tecnologia, conforme disposto nos novos estatutos, com a inerente fusão das diversas
administrações existentes, em janeiro de 2011. Como tal, o presente relatório é também o último com
consolidação das contas destas duas unidades com o restante Grupo Público.
Foi um ano de profundas alterações no modelo de gestão, com a criação do Centro de Serviços Comuns e do
Centro de Serviços Especializados, em plenas funções em 2011, na sequência das alterações estatutárias e do novo
regulamento da Administração. A preparação da sua entrada em funcionamento mobilizou um considerável volume
de recursos, designadamente humanos, com a criação de múltiplas equipas em diversas áreas, desde a definição de
procedimentos aos sistemas de informação.
Tratou-se também do primeiro ano de pleno funcionamento da Fundação Cultural e da Fundação Museu da
Ciência, bem como do ICNAS Produção - Unipessoal, Lda., todos constituídos no decurso de 2009.
No âmbito da oferta educativa, podem destacar-se o início das atividades letivas do Colégio das Artes, o arranque
do ED.UC – Ensino a Distância da Universidade de Coimbra, com oferta de cursos em regime de e-learning e a
consolidação da oferta de programas de doutoramento interdisciplinares organizados pelo Instituto de Investigação
Interdisciplinar.
O reforço da internacionalização, nomeadamente, em 2010, com o Brasil, traduziu-se no desenvolvimento do
Programa de Licenciaturas Internacionais (PLI), com apoio do Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras
(GCUB), tendo por objetivo estimular o intercâmbio de estudantes de graduação através da abertura e conclusão
dos estudos na universidade brasileira e uma etapa intermédia, em campo temático específico, a realizar na UC.
A Universidade de Coimbra posicionou-se em 396.º a nível mundial e 180.º a nível europeu no QS World University
Rankings, publicado anualmente desde 2004, e liderado, em 2010, pelas Universidades de Cambridge, Harvard e
Yale. Comparativamente a outras universidades portuguesas, a UC obteve a 2.ª posição a seguir à Universidade
Nova de Lisboa.
Foi também a universidade portuguesa com maior visibilidade e presença na Internet, a 11.ª a nível europeu e a
39.ª do mundo, segundo o ranking do International Educational Directory of Colleges and Universities (4ICU) para 2010,
que lista as instituições mundiais de Ensino Superior mais vistas e procuradas na Internet, tendo melhorado a sua
posição relativamente a 2009.
Iniciaram-se as emissões da UCV, a televisão Web da Universidade de Coimbra, que passou assim a fazer parte do
clube restrito das grandes Universidades do mundo com capacidade de produzir programas regulares de televisão
com conteúdos próprios e de os difundir através dos sistemas mundiais de distribuição por Internet.
Durante todo o ano, decorreu todo um vasto trabalho de preparação de disponibilização de conteúdos na
plataforma iTunes, o que permitiu que, no início de 2011, a UC fosse a primeira universidade portuguesa a fazê-lo.
Sendo a mais antiga das universidades portuguesas (e uma das mais antigas do mundo), reconhecida
internacionalmente e um ex-libris nacional, é neste contexto que se realça a conclusão e entrega, junto da
Comissão Nacional da UNESCO, da candidatura da Universidade de Coimbra a Património Mundial da
Humanidade, ―Universidade de Coimbra – Alta e Sofia‖, que não se limita a uma mera pretensão contemplativa,
significando acima de tudo um desejo de transformação do espaço físico e valorização do património intangível e
uma profunda determinação na mudança das mentalidades e atitudes.
No âmbito do 2.º Encontro Internacional WHPO - World Heritage of Portuguese Origin | Património Mundial de
Origem Portuguesa, organizado pela UC, com o alto patrocínio da Presidência da República, foi formalizada a
1 Portaria 794/2000 de 20 de Setembro e Estatutos da Universidade de Coimbra.
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
constituição da Rede WHPO - rede de cooperação para o património mundial entre países com património
cultural de influência portuguesa, composta por parceiros de países da Europa, África, Ásia e América do Sul.
A UC participou ativamente nas Comemorações do Centenário da República, com um vasto programa de
atividades, destacando-se o lançamento do repositório eletrónico ―República Digital‖, a exposição ―Ver a
República‖, a edição de diversas obras integradas na coleção República ou um ciclo de cinema, para além de
dezenas de colóquios e conferências. No âmbito do programa de comemorações, a Universidade recebeu a visita
do Presidente da República, que presidiu à sessão de abertura do colóquio "Da virtude e fortuna da República ao
Republicanismo pós-nacional".
No final do ano, a UC recebeu uma visita de estudo de universidades europeias, no âmbito de um projeto da EUA
– European Universities Association, que contou com a participação de mais de 40 universidades oriundas de 20
países, para aprofundar práticas de implementação do sistema de custos totais numa universidade considerado pela
EUA um exemplo de boas práticas nesta matéria.
No âmbito de um estudo de benchmarking europeu, com o objetivo de avaliar a relevância, a eficiência, a eficácia e
a sustentabilidade dos apoios concedidos no âmbito do Fundo Social Europeu, a Comissão Europeia considerou o
projeto de simplificação e modernização administrativa implementado na UC entre 2005 e 2007, financiado pelo
Programa Operacional da Administração Pública, como um exemplo de boas práticas, transformando-o em ―project
case study‖.
Foi o ano em que a IPN Incubadora, criada por iniciativa da Universidade de Coimbra e com mais de 140 empresas
incubadas, foi considerada a melhor incubadora de base tecnológica do mundo (Best Science Based Incubator),
durante a 9.ª Conferência Anual sobre Boas Práticas em Incubadoras de Base Tecnológica.
O Museu da Ciência foi distinguido pela Associação Portuguesa de Museologia como ―Melhor serviço de extensão
cultural‖ dado o trabalho de divulgação desenvolvido pelo seu serviço educativo, recebendo ainda o galardão para
a ―Melhor aplicação de gestão e multimédia‖, In Patrimonium.
Jorge Sampaio recebeu o Doutoramento Honoris Causa na Sala dos Capelos, por ser reconhecido como uma
personalidade de grande relevo não apenas no nosso país mas também além-fronteiras, tendo exercido com
dignidade várias funções públicas. Também o historiador John Pocock recebeu o Doutoramento Honoris Causa,
pelo papel central que tem desempenhado nas ciências sociais e humanas, sendo considerado um dos mais
influentes pensadores do último meio século.
O Prémio Universidade de Coimbra 2010 (7.ª edição), entregue no dia 1 de março, durante a sessão solene
comemorativa do 720.º aniversário da Universidade de Coimbra, foi atribuído, ex-aequo, ao escritor Almeida Faria
e ao cineasta Pedro Costa, sendo pela primeira vez distinguidas as áreas da Literatura e do Cinema.
Aminatu Haidar foi distinguida com a Medalha da Universidade de Coimbra, numa cerimónia decorrida na
Biblioteca Joanina, como reconhecimento da ativista de origem sarauí pela sua postura e atuação cívicas em defesa
dos direitos humanos no Sara Ocidental.
António Meliço Silvestre, Professor Catedrático da UC, foi condecorado pelo Presidente da República, na sessão
comemorativa do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, com a Medalha de Grande Oficial
da Ordem do Mérito.
Sucedendo ao neurocirurgião João Lobo Antunes, Manuel Antunes foi eleito por unanimidade presidente da
Academia Nacional de Medicina, e Lino Gonçalves foi agraciado com a medalha de prata da Sociedade Europeia de
Cardiologia.
O European Research Council atribuiu a Boaventura Sousa Santos uma Advanced Grant, uma das mais prestigiadas
bolsas internacionais, para a realização do projeto ―Alice – espelhos estranhos, lições importantes: definindo para a
Europa um novo modelo de partilhar as experiências do mundo‖.
Maria Helena da Rocha Pereira, Professora Catedrática Jubilada, foi distinguida com o Prémio Vida Literária,
atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores e Angelina Pena foi distinguida com o prémio ―Valormed-
Investigação 2010‖ pelo seu trabalho na avaliação ambiental de resíduos de medicamentos.
O projeto Smart Medicine, que se baseia numa tecnologia para transporte de fármacos direta e exclusivamente a
células cancerígenas e vasos sanguíneos que irrigam o tumor, desenvolvido por investigadores da Universidade de
Coimbra e do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC), vencedor do Arrisca Coimbra’09, foi
distinguido com o segundo lugar na competição Idea to Product (I2P) organizada pela COTEC Portugal, Associação
Empresarial para a Inovação. O projeto Leaserleap, também desenvolvido por investigadores da UC, e que consiste
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
na aplicação de técnicas laser à saúde com o intuito de administrar fármacos através da pele sem utilização de
seringas tradicionais, foi galardoado com o prémio AVCRI, atribuído pela REDEmprendia – Rede Universitária
Iberoamericana de Incubadoras de Empresas.
Na maior feira de computação gráfica do mundo (SIGGRAPH), um estudante da UC distinguiu-se ao ganhar um
prémio para melhor trabalho, sendo este selecionado para o Festival de Animação para Computadores. No
Campeonato do Mundo de Robótica – Robocup Júnior 2010 foram atribuídos dois prémios a equipas da UC.
Numa universidade reconhecida pelo seu trabalho na área da inovação, podemos referir alguns projetos sobre os
quais recaiu maior visibilidade pública no ano de 2010, como a parede interativa Sensewall, o OncoAlert (teste para
deteção do cancro colorectal), o Spotfire (na área de prevenção de incêndios), o sistema de previsão de crises de
epilepsia ou o Ecoveículo, que detém o recorde ibérico em provas de economia de combustível e que ganhou, em
2010, o primeiro lugar no Shell Eco-marathon Youth Challenge.
Espera-se que a candidatura INOV.C, aprovada em 2010 e a desenvolver em parceria com outras entidades, seja
um marco crucial para o desenvolvimento das atividades de inovação e transferência do conhecimento da UC,
sendo igualmente de realçar a contínua e permanente criação de empresas spin-off da UC, destacando-se a Luzitin,
SA, que lidera o desenvolvimento de um fármaco na área das doenças oncológicas.
A EUSA – Associação Europeia de Desporto Universitário atribuiu o prémio ―Best University Award 2010” à
Universidade de Coimbra por ter atingido o 1.º lugar no seu ranking, após uma época de grande sucesso
desportivo da Associação Académica de Coimbra.
A ligação aos antigos estudantes, através da Rede UC, continuou a ser uma aposta, destacando-se o primeiro
projeto de fundraising com recurso à Rede: a Campanha Torre UC, para recuperação deste ex-libris.
Esta pequena síntese de acontecimentos que marcou o ano de 2010, apresentada sob a forma de destaques, ilustra
a vitalidade da Universidade de Coimbra e assinala um dinamismo que é condição absolutamente necessária numa
Universidade que pretende posicionar-se no topo da Qualidade.
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
1. Perfil identitário
1.1 Missão, fins e valores
A Universidade de Coimbra, fundada por D. Dinis e confirmada por Bula do Papa Nicolau IV em 9 de agosto de
1290, é uma pessoa coletiva de direito público que goza, nos termos da Constituição e da Lei, de autonomia
estatutária, científica, pedagógica, cultural, patrimonial, administrativa, financeira e disciplinar, conforme previsto no
artigo 3.º dos respetivos Estatutos, homologados pelo Despacho Normativo n.º 43/2008, de 1 de setembro.
“A Universidade de Coimbra é uma instituição de criação, análise crítica, transmissão e difusão de cultura, de ciência e de
tecnologia que, através da investigação, do ensino e da prestação de serviços à comunidade, contribui para o
desenvolvimento económico e social, para a defesa do ambiente, para a promoção da justiça social e da cidadania
esclarecida e responsável e para a consolidação da soberania assente no conhecimento”.
(Estatutos da Universidade de Coimbra, art. 2.º)
No cumprimento da sua missão, a Universidade de Coimbra deve contribuir para a difusão e transferência do
conhecimento nos mais diversos domínios, em interligação com a sociedade, não só a nível nacional, mas também
internacional. Para tal, prossegue os seguintes fins:
a) A formação humanística, filosófica, científica, cultural, tecnológica, artística e cívica;
b) A promoção e valorização da língua e da cultura portuguesas;
c) A realização de investigação fundamental e aplicada e do ensino dela decorrente;
d) A contribuição para a concretização de uma política de desenvolvimento económico e social sustentável, assente na
difusão do conhecimento e da cultura e na prática de atividades de extensão universitária, nomeadamente a prestação
de serviços especializados à comunidade, em benefício da cidade, da região e do país;
e) O intercâmbio cultural, científico e técnico com instituições congéneres nacionais e estrangeiras;
f) A resposta adequada à necessidade de aprendizagem ao longo da vida;
g) A preservação, afirmação e valorização do seu património científico, cultural, artístico, arquitetónico, natural e
ambiental;
h) A contribuição, no seu âmbito de atividade, para a cooperação internacional e para a aproximação entre os povos,
com especial relevo para os países de expressão oficial portuguesa e os países europeus, no quadro dos valores
democráticos e da defesa da paz.”
(Estatutos da Universidade de Coimbra, art. 5.º)
Sendo a mais antiga das universidades portuguesas e uma das mais antigas do mundo, conjugam-se valores de
tradição, contemporaneidade e da inovação. Os mais de sete séculos da sua história demonstram a sua abertura ao
mundo, a cooperação, a interação de culturas, a independência, a tolerância, o diálogo, alguns dos valores da sua
matriz identitária. A estes juntam-se outros como a valorização das pessoas, o rigor intelectual, a liberdade de
opinião, a ética, a humildade científica e o estímulo à criatividade e o reconhecimento e promoção do mérito.
A Universidade de Coimbra assume-se como referência nacional tanto ao nível da qualificação tecnológica e
profissional dos seus estudantes, docentes, investigadores e funcionários, como ao nível da produção e difusão do
próprio conhecimento, constituindo-se um pólo dinamizador e mobilizador do desenvolvimento cultural e
económico do país.
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1.2 Estrutura e âmbito de consolidação
A Universidade de Coimbra integra, na sua estrutura, dez unidades orgânicas de ensino e investigação (oito
faculdades – entre as quais a FMUC e a FCTUC, ainda com autonomia administrativa e financeira em 2010 – o
Instituto de Investigação Interdisciplinar e o Colégio das Artes) e duas unidades orgânicas de investigação (o
Tribunal Universitário Judicial Europeu e o Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde), bem como um
conjunto de Unidades de Extensão Cultural e de Apoio à Formação não integradas em fundações (Biblioteca
Geral, Arquivo, Imprensa, Centro de Documentação 25 de Abril e Biblioteca Ciências da Saúde).
A Administração é o serviço de apoio central à governação da UC e os Serviços de Ação Social, dotados de
autonomia administrativa e financeira, prosseguem os objetivos de apoio aos estudantes.
Os serviços de apoio direto aos órgãos do governo e as estruturas de caráter temporário – como é o caso dos
Observatórios ou dos projetos especiais – dependem diretamente do Reitor.
Figura 1: Organograma
Podendo a UC constituir entidades de natureza pública ou privada, nomeadamente fundações, associações e
sociedades, ou nelas participar, com vista à prossecução dos seus objetivos, foram criadas, em 2009, a Fundação
Cultural (englobando as UECAF Teatro Académico de Gil Vicente e Estádio Universitário de Coimbra, bem como
o Auditório da Reitoria e o Palácio de São Marcos), a Fundação Museu da Ciência e o ICNAS Produção, Lda.
Destacam-se ainda as mais de 40 unidades de investigação integradas, bem como uma diversidade de estruturas
constituída por diversos museus, o Jardim Botânico e o Observatório Astronómico.
A Universidade constitui assim uma estrutura complexa de grande dimensão, englobando dezenas de unidades e
serviços, fisicamente distribuídas pela cidade, em diversos pólos, e ainda com um pólo em Alcobaça (Centro de
Estudos Superiores da UC em Alcobaça), participando ainda em centenas de organismos, públicos ou privados,
com intervenção em domínios que vão da investigação ao empreendedorismo, passando pelo fomento da cultura,
organização de fóruns internacionais de ensino e de investigação, entre vários outros.
O âmbito de consolidação do presente relatório abrange as seguintes entidades autónomas do Grupo Público UC.
UC.Reitoria Fundação Cultural
FMUC
ICNAS - Produção, Lda
FCTUC
SASUC
Fundação Museu da Ciência
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1.3 Órgãos do governo e de gestão
De acordo com os Estatutos da Universidade de Coimbra, o Governo da Universidade de Coimbra é exercido
pelo Conselho Geral, pela Equipa Reitoral, pelo Conselho de Gestão. O Senado é um órgão de natureza consultiva
e o Provedor do Estudante tem como funções a defesa e promoção dos direitos dos estudantes.
As unidades orgânicas dispõem dos seus órgãos de governo e de direção, cabendo a gestão corrente da
Administração e dos Serviços de Ação Social aos respetivos administradores.
I.3.1 Órgãos do governo
a) Conselho Geral
O Conselho Geral tem, na sua constituição atual, 35 membros: dezoito representantes dos professores e
investigadores, cinco representantes dos estudantes, dois representantes dos trabalhadores não docentes e não
investigadores e dez personalidades de reconhecido mérito externas à Universidade de Coimbra, sendo
atualmente presidido pelo Dr. Artur Santos Silva.
Das competências do Conselho Geral destacam-se a eleição do Reitor (e, bem assim, em situação de gravidade
para a vida da Universidade, a sua substituição, suspensão ou destituição), a apreciação dos atos do Reitor e do
Conselho de Gestão, a proposta das iniciativas que considere necessárias ao bom funcionamento da Universidade
e a aprovação das alterações dos Estatutos da Universidade, ouvido o Senado.
Sob proposta do Reitor, compete ao Conselho Geral aprovar os planos estratégicos de médio prazo e o plano de
ação para o quadriénio do mandato do Reitor; aprovar as linhas gerais de orientação da Universidade nas diversas
áreas; aprovar o plano anual de atividades bem como o relatório anual de atividades, a proposta de orçamento e
fixar as propinas a pagar pelos estudantes relativamente aos cursos conferentes de grau. as contas anuais
consolidadas, acompanhadas do parecer do fiscal único. Pronuncia-se ainda sobre outros assuntos que o Reitor
submeta à sua apreciação.
Durante o ano de 2010, o conselho Geral reuniu 47 vezes, em plenário, em comissões ou para processos
eleitorais.
Quadro 1: Reuniões Realizadas pelo Conselho Geral
Assunto N.º
Plenário 6
Membros Externos 1
Comissão de Auditoria e Controlo 2
Comissão de Ensino e Investigação 4
Comissão dos Recursos da Universidade 6
Comissão de Reestruturação dos Saberes 14
Processos Eleitorais 14
Total 47
Dos assuntos analisados e deliberações tomadas destacam-se:
regulamentos eleitorais (nomeadamente para o cargo de reitor);
Relatório de Gestão e Contas Consolidadas;
Plano de Atividades, Mapa de Pessoal e Orçamento para 2011;
fixação de propinas de 21 cursos de 2.ºCiclo e de 26 cursos de 3.ºCiclo;
considerações sobre o processo de criação do Centro de Serviços Comuns;
processo de reestruturação dos saberes na instituição.
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b) Equipa Reitoral
O Reitor é o órgão superior de governo e de representação externa da Universidade. Entre as suas competências
estão, para além da elaboração e apresentação ao Conselho Geral das propostas referidas na alínea anterior,
tomar as medidas necessárias à garantia da qualidade do ensino, da investigação, do desenvolvimento e da
inovação, superintender na gestão dos assuntos académicos e pedagógicos e dos recursos humanos, bem como na
gestão administrativa e financeira da Universidade e nos SASUC, além de exercer o poder disciplinar, entre outras.
Para o apoiarem no cumprimento do seu cargo, o Reitor pode nomear Vice-Reitores e, para o coadjuvarem no
exercício de funções específicas, Pró-Reitores. A equipa reitoral ao longo de 2010 teve a composição do quadro 2.
Quadro 2: Equipa Reitoral
Cargo Membros
Reitor Prof. Doutor Fernando Seabra Santos
Vice - Reitores
Prof. Doutora Cristina Robalo Cordeiro
Prof. Doutor António Gomes Martins
Prof. Doutor Henrique Madeira
Pró - Reitores
Prof. Doutor José António Bandeirinha
Prof. Doutor Raimundo Mendes da Silva
Prof. Doutor Pedro Ramos (até setembro de 2010)
Prof. Doutor José Gabriel Saraiva da Cunha (até março de 2010)
Prof. Doutora Margarida Mano
Prof. Doutor Fernando Guerra (desde maio de 2010)
c) Conselho de Gestão
O Conselho de Gestão tem a responsabilidade de condução da gestão administrativa, patrimonial, financeira e dos
recursos humanos da Universidade, assim como de fixação de taxas e emolumentos. Este órgão pode ainda, nos
termos dos Estatutos da Universidade de Coimbra, delegar nos órgãos próprios das unidades orgânicas e nos
dirigentes dos serviços as competências consideradas necessárias a uma gestão descentralizada e eficiente.
É constituído pelo Reitor, que preside, por um Vice-Reitor por ele designado e pelo Administrador da
Universidade. O Reitor pode ainda designar até mais dois elementos, podendo ser convocados para participar nas
reuniões do Conselho de Gestão, sem direito de voto, os Diretores das Faculdades e de outras unidades
orgânicas, os responsáveis pelos serviços da Universidade e representantes dos estudantes e do pessoal não
docente e não investigador.
Quadro 3: Membros do Conselho de Gestão em 2010
Cargo Membros
Reitor Prof. Doutor Fernando Seabra Santos
Vice-Reitor Prof. Doutor António Gomes Martins
Administradora Dra. Célia Maria Ferreira Tavares Cravo
O Conselho de Gestão reuniu mensalmente, tendo-se realizado 12 reuniões, onde se procedeu ao
acompanhamento da receita arrecadada (nomeadamente de propinas), da despesa e dos pagamentos executados,
analisando a sua evolução e os desvios face ao orçamento. Procedeu ainda à ratificação de atos praticados entre
reuniões pelos seus membros, e à aprovação de deliberações sobre diversos temas, desde taxas e emolumentos
(destacando-se a aprovação da nova tabela de taxas e emolumentos da UC), delegações de competências,
passando pelos assuntos relacionados com recursos humanos (mapas de pessoal), balanço social, alteração do
posicionamento remuneratório e prémios de desempenho) ou com o processo de matrículas e inscrições.
13
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
I.3.2 Senado
O Senado é um órgão de natureza consultiva que coadjuva o Reitor na gestão da Universidade de Coimbra, em
especial no que se refere à coordenação das atividades de investigação científica, de oferta educativa, de
desenvolvimento e inovação, à gestão da qualidade, à mobilidade de professores e estudantes no seio da
Universidade, às relações internacionais e à gestão dos recursos financeiros e dos espaços pertencentes à
Universidade.
Fazem parte do Senado, o Reitor, que preside, os Diretores de todas as unidades orgânicas, um estudante por
cada unidade orgânica de ensino e investigação e dois trabalhadores não docentes e não investigadores.
Durante o ano de 2010, o Senado reuniu 13 vezes, dando pareceres, nomeadamente sobre as seguintes matérias:
distribuição orçamental;
contrato de confiança celebrado entre o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, os Reitores das
Universidades Públicas Portuguesas e os Presidentes dos Institutos Politécnicos;
programas de doutoramentos internacionais;
calendário escolar;
convénio com o Banco Santander Totta;
regulamentos: académico; de propinas, emolumentos e prémios; de estudante atleta; de avaliação do
desempenho (SIADAP) e de avaliação de desempenho dos docentes.
I.3.3 Provedor do Estudante
Ao Provedor do Estudante cabe a função de defender e promover os direitos e os interesses legítimos dos
estudantes da Universidade de Coimbra. O Prof. Doutor Rogério Augusto da Costa Pereira Leal foi designado
pelo Conselho Geral, sob proposta do Reitor, depois de ouvido o Senado, para um mandato de três anos, de
entre pessoas de comprovada reputação, credibilidade e integridade pessoal junto da comunidade universitária e
designadamente junto dos estudantes.
No ano de 2010 registaram-se 147 comunicações à Provedoria do Estudante. Como cada comunicação pode ser
de mais do que um tipo e abordar mais do que um assunto, estas 147 comunicações originaram participações de
178 tipos, essencialmente reclamações (39%) e pedidos de apoio (37%), referentes a 191 assuntos.
Quadro 4: Comunicações à Provedoria do Estudante, por assunto
Assunto N.º de
comunicações Percentagem
Ação Social 14 7,3%
Órgãos 86 45,0%
Pedagogia 39 20,4%
Secretaria 49 25,7%
Outro 3 1,6%
Total 191 100,0%
Os utentes da provedoria são essencialmente do 1.º Ciclo (36,1%) e de mestrado integrado (19,7%) e são
provenientes maioritariamente da FCTUC e da FLUC.
A maioria das comunicações foi apresentada por via eletrónica, existindo algumas que o foram por telefone ou por
correio postal. Muitas dessas participações deram origem a reuniões na Provedoria, para confirmação e discussão
dos fatos expostos.
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
2. Principais indicadores de atividade
A Universidade de Coimbra é uma instituição de referência nacional e internacional, quer no ensino, quer na
investigação.
No desenvolvimento da sua oferta, a Universidade de Coimbra, abrange as mais diversas áreas de formação e
investigação desde as artes e humanidades, às ciências de engenharia e tecnologia, passando pela ciências sociais,
ciências jurídicas, ciências da saúde e ciências exatas. Não obstante esta multiplicidade, os dados deste capitulo são
apresentados numa perspetiva global, sem diferenciação por área do saber.
Em complemento, para obter informação disponibilizada mais detalhada e desagregada, poderá ser consultada a
publicação ―UC em números‖.
2.1 Ensino
Quadro 5: Número de cursos, por grau
Grau 2008/2009* 2009/2010* 2010/2011**
Licenciaturas 84 36 39
Pós-Graduações/Especializações 18 12 14
Mestrados 125 104 11
Mestrados Integrados 11 11 118
Doutoramentos 56 68 88
Total 294 231 270
* UC em Números - inclui os cursos adequados ou criados ao abrigo do DL 74/2006 e os
cursos antigos (pré Bolonha) com estudantes inscritos
** Relatórios de Gestão das Entidades (inclui os cursos do III e do Colégio das Artes)
Gráfico 1: Evolução do número de vagas e dos candidatos colocados na 1.ª fase do concurso geral
3.052 3.076 3.102 3.123 3.124
2.386
2.911 2.935 3.0433.102
0
1000
2000
3000
4000
2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011
Vagas Colocados na 1.ª fase
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Quadro 6: Número de alunos inscritos, por grau
Quadro 7: Número de alunos diplomados, por grau
Grau 2007/2008* 2008/2009* 2009/2010**
Licenciatura 2.455 1.545 1.296
Pós-graduação 105 87 117
Mestrado 536 1.068 1.203
Mestrado Integrado 349 1.057 890
Doutoramento 124 136 130
Total 3.569 3.893 3.636
* UC em números; ** Relatórios de Gestão das Entidades
Realizaram-se ainda 14 provas de agregação, destinadas à titulação para fins de progressão na carreira de docente universitário.
Quadro 8: Número de estudantes admitidos através de regimes especiais
Tipo de curso 2010/2011
Concursos Especiais 370
Maiores de 23 anos 108
Regime de Reingresso 371
Mudança de curso 213
Transferência de curso 335
Total 1.397
Grau 2008/2009* 2009/2010* 2010/2011**
Licenciatura 9.046 9.490 9.507
Pós-graduação 160 197 292
Mestrado 2.743 3.253 6.763
Mestrado Integrado 7.232 7.158 4.549
Doutoramento 1.090 1.412 1.762
Total 20.271 21.510 22.873
* UC em números ** Relatórios de Gestão das Entidades (inclui os cursos do III e do Colégio das Artes)
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
2.2 Investigação
Quadro 9: Número de unidades e projetos de I&D por família
N.º Financiamento
Contratualizado Executado
Centros e Unidades de I&D 31 7.279.031,55 € 2.927.059,39 €
Projetos nacionais 242 25.346.681,07 € 5.371.383,84 €
Projetos internacionais 45 10.838.624,44 € 2.145.474,86 €
Total 318 43.464.337,06 € 10.443.918,09 €
De realçar que nos centros e unidades de I&D estão apenas consideradas os integrados na UC com financiamento contratualizado com a Fundação para a Ciência e Tecnologia, não estando portanto consideradas as 4 unidades que obtiveram ―regular‖ na última avaliação
Quadro 10: Avaliação dos centros e unidades de investigação
Classificação N.º % % acum.
Excelente 7 20,00% 20,00%
Muito Bom 10 28,57% 48,57%
Bom 14 40,00% 88,57%
Regular 4 11,43% 100,00%
Fraco 0 0,00% 100,00%
Total 35 100,00%
A estas 35 unidades acrescem ainda mais 5 unidades não avaliadas, totalizando assim 40 centros e unidades de I&D integrados
Quadro 11: Número de bolseiros de investigação
Nacionais Estrangeiros Total
Bolseiros de Investigação 262 60 322
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3. Orientações estratégicas
Para 2010, foi definido um conjunto de orientações estratégicas, integradas no plano de atividades aprovado em
Conselho Geral a 23 de outubro de 2009:
OE1 - Reorganizar e alargar a oferta educativa, combater o insucesso escolar, aumentar a empregabilidade e
melhorar o desempenho de docentes e discentes.
OE2 - Reforçar o lugar central das atividades de investigação científica e a componente de formação pós-
graduada nomeadamente ao nível dos doutoramentos, incluindo o apoio às unidades e centros de excelência e
à interdisciplinaridade.
OE3 - Desenvolver projetos emblemáticos que promovam a centralidade da Universidade na cidade, na região,
no País e no mundo.
OE4 - Reforçar a internacionalização.
OE5 - Procurar a qualidade, promover a formação permanente dos nossos profissionais, avaliar, aferir e
estimular o bom desempenho.
OE6 - Dotar todas as unidades orgânicas e serviços da Universidade de infraestruturas e equipamento
adequadas às suas necessidades, estimular a sustentabilidade ambiental, garantir a higiene, a segurança e a saúde
no trabalho.
OE7 - Assumir o papel de Casa de Cultura e de Cidadania, assegurar aos seus membros o acesso a atividades
culturais e desportivas e proporcionar-lhes uma integral formação nestas áreas.
OE8 - Aumentar a atratividade da Universidade e a captação de novos públicos, melhorar o apoio social aos
estudantes e alargar a capacidade de alojamento para professores visitantes.
OE9 - Melhorar a comunicação interna e externa, reforçar a coesão institucional, a eficácia da decisão e a
participação.
OE10 - Valorizar o passado da Universidade, a ligação aos antigos alunos e o papel central desempenhado pela
Universidade de Coimbra no mundo, como forma de a consolidar no presente e de a projetar no futuro.
OE11 - Prosseguir a estratégia de abertura ao meio, de prestação de serviços especializados e inovação, de
formação em empreendedorismo, de apoio à criação de novas empresas e de aproximação ao mundo
empresarial e à sociedade.
OE12 - Racionalizar a mobilização interna de recursos e aprofundar as metodologias de gestão.
Estas 12 orientações estratégicas foram, por sua vez, concretizadas em 20 programas, que por sua vez se
desagregaram em ações concretas a implementar, detalhadas por Unidade:
Programa 1 – Reforma Institucional
Programa 2 – Planeamento
Programa 3 – Investimento e novas instalações
Programa 4 – Projetos institucionais
Programa 5 – Acompanhamento das novas Unidades Orgânicas
Programa 6 – Acompanhamento das Fundações da Universidade
Programa 7 – Colaboração interna e racionalização de custos e recursos
Programa 8 – Reforma de Bolonha / Espaço Europeu do Ensino Superior
Programa 9 – Consolidação da oferta educativa
Programa 10 – Programa cultural e desportivo
Programa 11 – Apoio à investigação científica
Programa 12 – Novos públicos
Programa 13 – Empregabilidade, empreendedorismo e inovação
Programa 14 – Internacionalização da UC
Programa 15 – Ação social
Programa 16 – Gestão académica
Programa 17 – Gestão de recursos
Programa 18 – Manutenção das infraestruturas, ambiente, segurança e saúde
Programa 19 – Comunicação e identidade
Programa 20 – Avaliação
20
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Quadro 12: Correlação entre as orientações estratégicas e os programas
OE1 OE2 OE3 OE4 OE5 OE6 OE7 OE8 OE9 OE10 OE11 OE12
P.1 P.1 P.2 P.4 P.2 P.3 P.3 P.3 P.1 P.4 P.5 P.1
P.3 P.3 P.3 P.5 P.10 P.4 P.4 P.4 P.2 P.6 P.7 P.2
P.5 P.4 P.4 P.6 P.11 P.17 P.6 P.5 P.7 P.7 P.10 P.7
P.7 P.5 P.5 P.8 P.14 P.18 P.10 P.6 P.13 P.10 P.11 P.16
P.8 P.7 P.7 P.9 P.17
P.13 P.7 P.17 P.12 P.12 P.17
P.9 P.8 P.10 P.10 P.18
P.14 P.10 P.18 P.17 P.13 P.18
P.12 P.9 P.11 P.11 P.20
P.15 P.11 P.19 P.19 P.14 P.19
P.13 P.11 P.13 P.12
P.18 P.13 P.20
P.17 P.20
P.14 P.13 P.14 P.13
P.14
P.19
P.15 P.14 P.17 P.14
P.15
P.16 P.17 P.18 P.19
P.18
P.17 P.18
P.20 P.20
Feita a análise nesta perspetiva, as orientações estratégicas 1 e 2 são as que recebem contributos de mais
programas, o que se pode considerar natural, uma vez que dizem respeito, grosso modo, ao ensino e à
investigação, respetivamente.
Para acompanhar a execução das atividades, aferir a sua realização face ao previsto e analisar as causas das
discrepâncias identificadas nas taxas de execução apresentadas, quer ao nível dos programas, quer ao nível das
Unidades Orgânicas e outros Serviços, foi desenvolvido um sistema de monitorização.
Sendo o capítulo 7 uma perspetiva das atividades realizadas pelas Unidades durante o ano de 2010, nesta secção é
apenas efetuada uma breve síntese da execução do Plano de Atividades por programa e da sua contribuição para a
execução global da UC.
Na avaliação da execução física e do peso de cada atividade no global da UC, foram aplicadas as linhas orientadoras
emanadas pelo referido sistema de monitorização, aplicando-se o princípio de que ―o peso relativo de cada
atividade será calculado com base na importância relativa que a mão de obra afeta a essa atividade apresenta no
total da mão de obra do plano‖.
Decorrente da aplicação deste princípio, o peso dos programas no Plano de Atividades foi calculado com base no
número de ETI’s alocados a cada programa, face ao número total de ETI’s na UC, pelo que os programas com mais
peso são a consolidação da oferta formativa e a gestão académica, logo seguidos da gestão de recursos, da ação
social e do apoio à investigação científica.
Terminado o ano de 2010, constatou-se que os programas que apresentaram maior execução foram o
planeamento, a consolidação da oferta educativa, a empregabilidade, o empreendedorismo e inovação, a
internacionalização, a gestão de recursos humanos e a comunicação (ordenação pelo número de programa).
Destes, destacam-se a consolidação da oferta educativa e a gestão de recursos que registaram um maior
contributo para a execução global, dado o seu peso relativo muito significativo. Ponderando o peso relativo,
destacam-se ainda a gestão académica e a ação social com um forte contributo para a execução final.
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
4. Atividades desenvolvidas
4.1 Ensino a distância
O projeto de Ensino a Distância da Universidade de Coimbra (ED.UC), criado em 2010, tem como objetivo
―reforçar a oferta formativa para responder aos desafios da formação ao longo da vida e à necessidade crescente de
requalificação de diplomados e de cidadãos no ativo‖ e assenta na vontade estratégica de avançar com uma
modalidade que representa um desafio e ao mesmo tempo uma oportunidade, tendo inclusivamente sido integrado
no Programa de Desenvolvimento elaborado no âmbito do Contrato de Confiança firmado entre a Universidade
de Coimbra e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
O ED.UC, revendo e reestruturando a estratégia definida para a captação de novos públicos, em parceria com
elementos das Unidades Orgânicas da Universidade, identificou um conjunto de cursos com temática de elevado
interesse para o mercado, tendo a equipa multidisciplinar especializada em e-learning iniciado desenvolvido o
trabalho de conceção e desenho pedagógico de 4 cursos.
Foi ainda desenvolvido o Portal de Ensino a Distância (www.ed.uc.pt) que potencia a comunicação com o público e
que permite, no seu backoffice, a gestão da formação, e que conta já com 125 utilizadores registados.
Resultado de um protocolo com o Ministério da Educação, desenvolveu a primeira edição, de cinco, do curso
Violência e Gestão de Conflitos na Escola, com 15 formandos, docentes do Ensino Básico e Secundário. Em
novembro, iniciou a primeira edição, também de cinco, do curso Gestão de Conflitos na Escola, com 30
formandos, igualmente docentes do Ensino Básico e Secundário.
Foram ainda desenvolvidos instrumentos de aferição da qualidade para os cursos do ED.UC, os quais foram
aplicados pela primeira vez nestes cursos.
4.2 Apoio a estudantes com deficiência
A UC presta apoio ao estudante com deficiência ou com necessidades educativas especiais com o objetivo de
contribuir para a integração escolar e social do estudante dentro da instituição, potenciando o máximo as suas
capacidades. Proporciona a estes estudante três tipos de intervenção:
acolhimento e acompanhamento
acompanhamento de 86 estudantes com um leque muito diversificado de deficiências/doenças
(maioritariamente deficiência orgânico-funcional e deficiência motora), tendo sido realizadas 163 entrevistas
e 60 reuniões/sessões de trabalho;
inserção no mercado de trabalho dos estudantes diplomados com necessidades educativas especiais, em
articulação com as Saídas Profissionais e com empresas e instituições de solidariedade social;
divulgação da Biblioteca Aberta do Ensino Superior (BAES), junto dos estudantes e das bibliotecas da UC;
seminário ―Ensino Superior e Diversidade – Práticas Inclusivas‖, em novembro;
ação de sensibilização relativamente ao Sistema Braille;
Centro de Produção de Materiais (incluindo um Centro de Documentação)
foram produzidos documentos de apoio ao estudo e às aulas nos formatos áudio, relevo, Braille (3033
folhas A4 produzidas e 2192 folhas transcritas de braille para negro), ampliações (1849) e digital (58 CD-
ROM produzidos), para 30 disciplinas de diversos cursos e ainda para a AAC e Provedoria Municipal das
Pessoas com Incapacidade da Lousã, Museu da Ciência, Jardim Botânico e SASUC;
realçam-se ainda 21matrizes de obras integrais e 217 obras depositadas na Biblioteca Aberta do Ensino
Superior (BAES);
foi dada continuidade à recuperação do espólio áudio, com a recuperação de 100 obras.
Centro de Formação nas Novas Tecnologias da Informação
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
disponibilizou 5 módulos de formação para deficientes visuais (leitor de ecrã Jaws, Pacmate, Word, Excel,
Outlook), nos quais participaram 5 estudantes, tendo sido lecionadas 350 horas.
4.3 Mobilidade e internacionalização
A UC orgulha-se de acolher estudantes de todo o mundo, que a escolhem para realizar os seus estudos superiores
ou que, em situação de mobilidade, optam por a frequentar durante um período de tempo.
Quadro 13: Estudantes estrangeiros, por origem
Países 2008/2009 2009/2010
CPLP 1.140 1.211
União Europeia 597 768
Outros 260 312
Total 1.997 2.291
A análise desta vertente pode ser dividida em quatro grandes áreas: mobilidade, cooperação em redes, acordos de
cooperação e projetos e programas.
Mobilidade
Mobilidade estudantil outgoing e incoming
A mobilidade estudantil é uma das prioridades da estratégia de internacionalização da UC. No ano letivo de
2009/2010, registou-se um acréscimo de estudantes em programas de mobilidade incoming e um pequeno
decréscimo em mobilidade outgoing, tendo-se verificado, no global, um aumento de estudantes em mobilidade.
Gráfico 2: Evolução do n.º de candidatos e efetivos em programas de mobilidade - outgoing
Gráfico 3: Evolução do n.º de candidatos e efetivos em programas de mobilidade - incoming
636
725 738647
737871
482521 505
399489
469
300
400
500
600
700
800
900
2004/2005 2005/2006 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010
Estudantes candidatos a programas de mobilidade
Estudantes efectivos que fizeram programas de mobilidade
582782 729
10321233
1461
539 572 663801
958
1108
0200400600800
1000120014001600
2004/2005 2005/2006 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010
Estudantes candidatos a programas de mobilidade
Estudantes efectivos que fizeram programas de mobilidade
24
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Na mobilidade outgoing, o principal programa de mobilidade foi o Erasmus (66% do total), seguido dos
programas de cooperação com o Brasil (10%) e o programa Leonardo da Vinci (10%). No programa Erasmus,
os principais países de destino foram a Espanha e a Itália.
Gráfico 4: Distribuição dos estudantes Erasmus, por país
No âmbito da mobilidade incoming, o programa Erasmus representou 58% do total da mobilidade verificada em
2009/2010.
Olhando para os países de origem de todos os estudantes recebidos na UC, destaca-se claramente o Brasil.
Gráfico 5: Distribuição dos estudantes, por país de origem
Mobilidade pós-graduada
A evolução do número de registos no Centro de Mobilidade é o reflexo das iniciativas empreendidas no
sentido de divulgar os seus serviços junto das Universidades parceiras, bem como de difundir a oferta pós-
graduada da UC junto de potenciais estudantes de 2.º e 3.º Ciclos. Em 2010, a principal iniciativa a este nível foi
a publicação do Guia de Estudos Pós-Graduados da UC, enviado a mais de 50 Universidades Brasileiras
identificadas como parceiras estratégicas. Na qualidade de membro da rede europeia EURAXESS, o Centro de
Mobilidade Pós-Graduada colaborou em diversas iniciativas e sessões de informação promovidas pela rede ao
longo do ano.
121213
476
315
1045
671
423
1834
62
1
Alemanha
Bélgica
Eslováquia
Eslovénia
Espanha
Estónia
França
Holanda
Húngria
Irlanda
Itália
Letónia
Noruega
Polónia
Reino Unido
República Checa
Suécia
Suíça
Turquia
766
24377
623
144
1838
52
426
197
1129
1611
6111
425
2936
152165
26
AlemanhaÁustriaBélgica
BrasilBulgáriaCanadá
DinamarcaEslováquiaEslovéniaEspanha
Estados Unidos da AméricaEstónia
FinlândiaFrançaGrécia
HolandaHungria
IrãoItáliaJapão
LetóniaLituânia
LuxemburgoMéxico
NoruegaNova Zelândia
PolóniaPortugal
Reino UnidoRepública Checa
RoméniaRussia
SenegalSuéciaSuíça
Turquia
25
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Gráfico 6: N.º de pessoas registadas no Centro de Mobilidade, por grau de Ensino e Investigação
Mobilidade de pessoal
Realizaram-se 70 missões de ensino de pessoal docente, tendo-se registado um decréscimo de cerca de 13,5%
em 2009/10, justificada pela diminuição em cerca de 12% do financiamento da Agência Nacional para esta
atividade e pela própria diminuição dos valores de tabela das bolsas Erasmus.
Gráfico 7: Evolução do n.º de docentes candidatos e efetivos a programas de mobilidade
A mobilidade de pessoal para formação tem como objetivo a realização, pelo pessoal não docente da UC, de
pequenos períodos de formação em universidades parceiras, com o intuito da partilha de boas práticas e troca
de experiências profissionais na área das relações internacionais. Em 2009/10, a Agência Nacional atribuiu 3
bolsas neste âmbito (mais 1 que no ano anterior), tendo-se ainda registado mais 6 mobilidades, com recurso a
outras verbas.
Cooperação em redes
A cooperação em rede constituiu um dos pilares de internacionalização da UC, destacando-se a participação em
diversos grupos de trabalho, nomeadamente no âmbito do Grupo de Coimbra e da Rede Utreque.
Quadro 14: Cooperação institucional
N.º Universidades Área Geográfica N.º Países
Redes Nacionais
Programa Almeida Garret 14 Portugal 1
Redes Internacionais
AEN (Australian European Network) 38 Austrália e Europa 28
Associação Grupo de Coimbra de Universidades Brasileiras 51 Brasil 1
CUM (Comunità Università Mediteranee) 159 Mediterrâneo 21
Grupo de Coimbra 38 Europa 21
Grupo de Tordesilhas 39 Portugal, Espanha e Brasil 3
MAUI 43 EUA e Europa 27
140
77
71
15 8 Investigação
Doutoramento
Mestrado
Pós-Graduação
Pós-Doutoramento
106
133
114 120
154
115
7161 65
81 79 70
0
20
40
60
80
100
120
140
160
2004/2005 2005/2006 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010
docentes que se candidataram a programas de mobilidade
docentes que efectuaram missões de ensino ERASMUS
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Pólo Transfronteiriço 13 Portugal e Espanha 2
Rede de Utrecht 33 Europa 27
SYLFF (Sasakawa Young Leaders Fellowship Fund) 87 Mundo 44
The EURAXESS Services Network 200 Europa 35
Acordos de cooperação
Foram promovidos, ao longo do ano de 2010, 792 acordos bilaterais no âmbito do Programa Erasmus LLP, que
compreendem cerca de 3.000 acordos em áreas de estudos específicas. Relativamente a acordos de cooperação
com outras instituições, foram celebrados 164 acordos.
Gráfico 8: Distribuição dos acordos institucionais Erasmus, por países
Projetos e programas
No ano de 2010, estiveram em curso, no âmbito da internacionalização, um conjunto de projetos e programas,
distribuídos de acordo com o quadro 15.
Quadro 15: Projetos e programas
Erasmus Mundus
ISAC (Europa e Brasil)
BAPE (Europa e Bolívia, Argentina e Peru)
MONESIA (Europa e Brasil, Paraguai e Uruguai)
EADIC (Europa e Argentina)
LLP/Erasmus
Organização e Gestão
Mobilidade de Docentes para Missões de Ensino
Mobilidade de Estudantes para Estágios Profissionais
Mobilidade de Pessoal para Formação
Mobilidade de Estudantes Outgoing (Bolsas SMS e Bolsas SOC)
LLP/EILC Cursos Intensivos Erasmus de Língua
LLP/Leonardo da Vinci Projeto POG-UC - Estágios em Empresas no Estrangeiro
SYLFF Bolsas de Mestrado em Geografia e Economia
11,429%1,361%
3,265%1,224%
,136%1,088%
,816%,680%
18,367%,816%
1,633%14,286%
1,633%3,673%
1,088%,952%
,136%14,014%
,680%,680%
,408%,680%
5,034%3,810%
2,449%1,633%
2,177%1,497%
4,354%
AlemanhaÁustriaBélgica
BulgáriaChipre
DinamarcaEslováquiaEslovéniaEspanhaEstónia
FinlândiaFrançaGrécia
HolandaHungriaIrlandaIslândia
ItáliaLetóniaLituânia
LuxemburgoNoruega
PolóniaReino Unido
República ChecaRoménia
SuéciaSuíça
Turquia
27
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
UC/Grupo de Coimbra Bolsas de mobilidade para investigadores da AL e ACP
ALBAN Bolsas de Mestrado e Doutoramento para estudantes provenientes da AL
Academia de verão Curso de verão "Conflict, Culture, Cooperation and Development"
ALFA III - Vertebralcue Criação Unidades ALCUE
Programa de Bolsas UC-USAL Bolsas de mobilidade para Docentes e Investigadores
Bolsas Santander Universidades Bolsas Mobilidade para o Brasil
Bolsas Santander Totta Bolsas Mobilidade UC - AL e PALOP e AL e PALOP - UC
IMPI Indicators for Mapping and Profiling Internationalization
Foi ainda apresentada, no âmbito da mobilidade de pessoal docente nos 1.º, 2.º e 3.º Ciclos, uma candidatura ao
Erasmus Mundus.
4.4 Saídas profissionais
A Universidade de Coimbra presta apoio na resolução dos problemas de inserção profissional dos seu finalistas ou
diplomados, através da parceria constituída com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), da qual
nasceu o Centro de Orientação e Emprego para Licenciados (COEL).
Neste âmbito, a Universidade:
promoveu 907 estágios de curta duração, quer em entidades públicas, quer privadas;
divulgou 768 ofertas de emprego através do seu portal, onde se encontram registadas 129 entidades
empregadoras;
organizou estágios profissionais (15 estágios e acompanhamento dos 12 processos que transitaram de 2009);
criou parcerias, a vários níveis, com vista ao estabelecimento de intercâmbios que contribuam para a promoção
do emprego e estágios de estudantes e diplomados;
proporcionou toda a logística necessária à vinda de algumas entidades/empresas às faculdades para
recrutamento e seleção de diplomados (BIAL, Jason Associates, Prime Soft, RHM, ZON,…);
realizou 7 ações de formação sobre técnicas e métodos de procura de emprego, envolvendo 115 formandos;
realizou 17 sessões temáticas/workshops sobre temas do emprego para estudantes/diplomados, envolvendo
636 estudantes/diplomados;
participou em feiras de formação e emprego, designadamente na VI e VII Feira Virtual ―Bolsa Virtual de
Emprego‖;
procedeu ao contacto sistemático com potenciais entidades empregadoras de recursos humanos
superiormente qualificados para recolha de ofertas de emprego/estágio;
realizou sessões de aconselhamento de carreira / consultas de desenvolvimento vocacional;
procedeu a atendimento no âmbito da obrigatoriedade de apresentação quinzenal dos diplomados
desempregados a receber subsídio de desemprego;
organizou o encontro ―Inserção Profissional de Diplomados: Encontros de Estruturas de Ensino Profissional‖
com a participação de 9 instituições de ensino superior;
organizou ações de jobshadowing ―Cursos e Percursos‖, abordando-se questões que mais preocupam os
estudantes finalistas e os recém-diplomados nas suas primeiras abordagens ao mercado de trabalho.
4.5 Inovação, empreendedorismo e transferência do conhecimento
A inovação e o empreendedorismo, bem como a transferência de conhecimentos através da ligação à comunidade
empresarial, assumem um papel crucial na Universidade de Coimbra, destacando-se em 2010:
28
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
elaboração de candidaturas nas áreas da inovação, empreendedorismo e transferência de conhecimento
Das candidaturas elaboradas, destaca-se, pela sua natureza complexa, a candidatura INOV-C, uma candidatura
QREN de cerca de 50M€ já aprovada, que será crucial ao desenvolvimento das atividades de inovação e
transferência de conhecimento na região do eixo Coimbra-Leiria, e que financiará grande parte das operações
materiais e imateriais neste domínio até 2013, incluindo 2 parques de ciência e tecnologia, uma aceleradora de
empresas, a expansão do Biocant, uma incubadora e uma unidade de investigação aplicada na área da energia.
apoio à criação de empresas e à angariação de oportunidades de licenciamento e/ou de colaboração com
entidades externas
A UC tem envidado esforços consideráveis no estímulo da comunidade científica em relação à proteção de
resultados de I&D passíveis de serem protegidos e na valorização comercial destes ativos. Patentear a
produção científica tem já expressão na UC e deve ser entendida como uma das primeiras iniciativas para
assegurar a investigação de um projeto, transformando-as em tecnologias e/ou produtos industriais. No ano de
2010, foi analisado o potencial de 18 Invention Disclosures e submeteu-se o registo de novas patentes, mantendo
a Universidade, no final de 2010, 39 patentes ativas no seu portfólio.
Gráfico 9: Número acumulado de patentes ativas no portfólio da UC
* UC em Números
O esforço de valorização destes ativos intelectuais deu origem a várias spin offs universitárias, sendo de
destacar a empresa Luzitin, SA., que conta com o apoio financeiro da Inov Capital e que licenciou duas das
patentes da sua carteira.
garantia de contato permanente e pró-ativo com parceiros externos à Universidade
O desenvolvimento de projetos conjuntos é um dos fatores estratégicos importantes neste desiderato e o
resultado conseguido de 39 projetos de colaboração encontra-se ao nível dos objetivos propostos, bem como
do desempenho do ano transato.
promoção de vários eventos
A realização de eventos que entram na rotina da comunidade académica e da cidade e a sua originalidade tem
permitido à UC afirmar-se. Foram realizados 31 eventos, que têm projetado a nível nacional a imagem de uma
Universidade inovadora, criativa e estimulante, de onde se distinguem:
Arrisca Coimbra ’10, um concurso de ideias de negócio, onde foram realizados workshops de estímulo ao
empreendedorismo;
TedxCoimbra;
Cre@tiveC;
Empreend.C;
Bolsas de ignição;
Prémio Bluepharma-Universidade de Coimbra;
Ineo Weekend.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
2005* 2006* 2007* 2008* 2009* 2010
711
15
22
34
39
29
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
organização de cursos de empreendedorismo
A UC promoveu mais uma edição do Curso de Empreendedorismo de Base Tecnológica, bem como dois
cursos de empreendedorismo gerais, estando em fase de preparação os conteúdos para o curso de
empreendedorismo b-learning.
Quadro 16: Evolução do n.º de formandos do Curso de Empreendedorismo de Base Tecnológica
2005/2006 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010
N.º de participantes 109 126 85 63 65
N.º de Unidades de I&D envolvidas 17 20 15 13 14
N.º de empresas/empresários envolvidos, enquanto mentores 18 22 17 16 15
N.º de planos de negócio elaborados 15 20 15 13 13
Quadro 17: N.º de formandos do Curso de Empreendedorismo (não tecnológico)
2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010
N.º de participantes 15 23 56 40
projetos de colaboração e outras atividades
INOV.C: projeto estruturante para a UC e para a região, tendo por visão contribuir de forma decisiva para
colocar a região centro entre as 100 regiões mais inovadoras da Europa em 2017, de acordo com o
Regional Innovation Scoring da EU.
Projeto GAPI 2.0: procura dinamizar a rede de agentes na região que dão apoio à gestão da propriedade
intelectual e valorização da mesma, definindo boas práticas e desenvolvendo conteúdos para apoio à gestão
de gabinetes desta natureza, bem como para os seus potenciais clientes. Procura ainda sensibilizar as
empresas para a questão da inovação e colaboração com entidades do Sistema Científico e Tecnológico
Nacional. No âmbito do GAPI2.0, uma equipa da Universidade de Coimbra, promotora do projeto Smart
Medicines, ganhou o 2.º lugar no concurso nacional Idea2Product.
Projeto DHMS: visa dinamizar os agentes da Região Centro no setor específico das Ciências da Saúde,
promovendo o encontro entre procura e oferta de saber neste domínio, com vista à realização de projetos
conjuntos.
Redempredia: associação iberoamericana, catalisada pelo Grupo Santander, que visa estimular as
universidades do espaço ibero-americano no cumprimento da 3.ª missão universitária. Através desta Rede,
têm sido desenvolvidos projetos importantes, como sejam o fundo e apoio à realização de Provas de
Conceito (ganho pela UC, através do projeto Laserleap), a definição de um manual de boas práticas entre as
universidades associadas, a realização de estudos de benchmarking entre as entidades e um programa de
landing empresarial entre as incubadoras associadas às Universidades participantes.
UTEN Intership: enquanto membro da rede UTEN - rede formalizada ao abrigo do programa Universidade
Texas-Austin-Governo Português para apoio às atividades de transferência do saber -, foi realizado um
estágio de curta duração (10 dias) em Austin que possibilitou uma imersão no ecossistema regional, para
identificação de boas práticas a serem alvo de análise mais detalhada e transposição para a realidade da UC
e da região.
30
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
4.6 Iniciativas culturais
A Universidade de Coimbra desenvolve um extenso programa de atividades culturais, quer no âmbito das suas
unidades, nomeadamente das Unidades de Extensão Cultural e Apoio à Formação, com um papel primordial nesta
vertente, quer através de outras iniciativas desencadeadas pela reitoria, e todas elas com impactos que vão muito
para além da Universidade e da cidade de Coimbra.
Quanto às primeiras, são detalhadamente analisadas no âmbito das atividades de cada UECAF; de entre as
restantes iniciativas, coordenadas diretamente pela reitoria, destacam-se:
Comemorações do Centenário da República
Inserem-se no vasto programa de atividades desenvolvidas pela Universidade de Coimbra e organizadas pelas
suas UECAF:
o lançamento dos repositórios eletrónicos ―Alma Mater‖, biblioteca digital de fundo antigo da Universidade
de Coimbra, e ―República Digital‖, no âmbito das bibliotecas digitais (ver capítulo 7.3.1);
a exposição ―Ver a República‖, constituída por três núcleos temáticos, que mantêm entre si relações de
complementaridade: a Galeria Republicana, a Galeria Ripublicana e a Galeria Universidade;
a exposição itinerante ―Estórias Republicadas. Impressões que fazem história‖, que pretende ser um roteiro
dos momentos mais marcantes da história da Imprensa da Universidade de Coimbra, desde a sua fundação
até à atualidade;
exposição ―O património da FLUC‖, exposição inserida nas Comemorações do Centenário da Faculdade de
Letras;
a edição de duas obras, pela Imprensa da UC, integradas na coleção República, estando prevista a edição de
mais três;
na área do cinema, o ―Ciclo no Centenário da República‖, sessões quinzenais seguidas de mesa-redonda,
organizadas pelo CEIS20;
a organização de 3 ciclos de conferências pelo CEIS20 e um pela FLUC;
a organização de 11 colóquios, congressos, seminários, tendo a Universidade recebido a visita do Presidente
da República, para presidir à sessão de abertura do colóquio internacional "Da virtude e fortuna da
República ao Republicanismo pós-nacional".
Atribuição do Prémio Universidade de Coimbra
O Prémio da Universidade de Coimbra é um dos mais valiosos prémios nacionais nos campos da cultura e da
ciência. Este prémio é atribuído anualmente a uma individualidade de nacionalidade portuguesa que se tenha
distinguido por uma intervenção particularmente relevante e inovadora nas áreas da cultura ou ciência, sendo
constituído por um diploma e por uma dotação em dinheiro no valor de 25.000 euros.
Em 2010 foram distinguidos em ex-aequo, Almeida Faria, ensaísta e escritor, e Pedro Costa, cineasta, tendo o
prémio sido entregue no dia 1 de março, na sessão solene Comemorativa do 720.º aniversário da UC.
XII Semana Cultural
A Semana Cultural da Universidade de Coimbra é um evento cultural sem paralelo no nosso país, desde logo
pela dimensão, envolvendo toda a universidade e diversas estruturas culturais não universitárias. A estrutura é
simples – um núcleo coerente de eventos, inspirado por um tema comum - mas os objetivos são ambiciosos:
uma grande ligação com a cidade, a descoberta da Universidade e uma programação para todos os tipos de
público.
No ano em que o país celebrou o Centenário da Implementação da República Portuguesa, foi incontornável a
escolha do tema da XII Semana Cultural da Universidade de Coimbra: ―CAUSA PÚBLICA – o Público e o
Mediático‖.
A iniciativa, que decorreu entre 1 e 6 de março, procurou estimular uma reflexão crítica que visasse
compreender e servir o presente bem como prever antecipar e burilar o futuro, tendo sido para isso
convidado membros da comunidade universitária para exprimirem a sua opinião no âmbito do mote Causa
Pública. Foi assim possível dar a conhecer as múltiplas ações desenvolvidas pela UC. Através de exposições,
concertos e outros eventos que no total ultrapassaram as sete dezenas, foi possível evidenciar um espectro
alargado de áreas do conhecimento, refletor dos saberes e da capacidade da UC.
31
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
―Órgão +‖
Ciclo de concertos que pretende divulgar o órgão da Capela de São Miguel, instrumento histórico e raro. Em
2010 realizaram-se 8 concertos, que decorreram de janeiro a agosto, tendo-se registado uma crescente adesão
do público, com uma média de 90 espectadores por concerto.
Distribuição de 4 exemplares da revista Rua Larga
A Rua Larga é uma revista institucional da Universidade, que contém artigos de divulgação científica, cultural e
da própria atividade da UC. A Rua Larga está aberta ao trânsito das ideias que circulam na Universidade de
Coimbra desde junho de 2003, data da publicação da primeira edição. A Rua Larga, revista, é esse espaço ao
mesmo tempo simbólico e efetivo por onde passa o que se vai passando na Universidade. E como a Rua se
quer Larga, nela cabem também a cidade e a região que a abrigam, numa relação assente na cultura da
colaboração. Para além da edição em papel, está também disponível no sítio da UC, em
http://www.uc.pt/rualarga.
Publicação de 5 exemplares da brochura de divulgação da atividade cultural com lugar no seio da UC.
4.7 Rede UC
Da análise da evolução do número de membros, constata-se que a rede tem mantido o seu crescimento e
abrangência, embora com um ritmo menos acentuado do que verificado nos primeiros anos.
Gráfico 10: Evolução do número de membros da Rede UC
Seguindo a estratégia de eventos levada a cabo até aqui, decorreu a IV Gala da Rede UC, que contou com
atuações de antigos estudantes de áreas culturais distintas, como Pedro Tochas, o grupo Anaquim, e a
performance exclusiva do Conjunto Orfeon, onde a reunião de ilustres como Daniel Proença de Carvalho, José
Manuel Pedrosa, José Cid, Luis Sá Pereira, Joaquim Caixeiro e José Niza foi o momento alto da noite.
Por outro lado, em parceria com a AAC, foi organizado o I (Re)Queima das Fitas, um evento dedicado para
antigos estudantes inserido no programa oficial da maior festa académica do país.
No entanto, a iniciativa mais emblemático foi a Campanha Torre UC, cujo objetivo passou por apoiar a angariação
de fundos para as obras de valorização do ex-libris da universidade e da cidade. Tendo sido o primeiro projeto
assumidamente de fundraising do passado recente da UC, e não havendo um histórico comparável, cumpriu as
expetativas iniciais no que diz respeito aos montantes angariados junto dos alumni, e marcou um importante passo
na implementação futura de outras iniciativas do género, transversais à instituição.
Após um período para sustentação de boas práticas na gestão de bases de dados, a Rede UC avançou
significativamente na implementação de itens de comunicação a título regular tendo como público-alvo os antigos
alunos da UC, nomeadamente através de novas rubricas que pretendem comunicar com e para antigos estudantes,
de forma a aumentar a credibilidade e notoriedade da Rede e da própria Universidade junto deste vasto público.
(entrevistas, reportagens, livro da semana e ―1290‖).
Reconhecendo a importância da empregabilidade nesta área em particular, a Rede lançou um serviço de divulgação
segmentada de ofertas de recrutamento e de progressão de carreira a todos os seus membros.
3.108
7.860
14.404
19.897
24.167
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
2006 2007 2008 2009 2010
N.º de adesões à Rede N.º de membros da Rede
32
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Além desta aposta, também é de destacar a Agenda Cultural, onde constam todos os eventos culturais da cidade, e
a título regular, a divulgação das Tipologias de Relacionamento Rede UC, como forma de dar a conhecer alguns
serviços e descontos exclusivos disponíveis para todos os que passaram pela UC.
Por último destaca-se a remodelação do sítio www.uc.pt/antigos-estudantes e a continuação da estreita relação de
cooperação com 9 associações de Antigos Estudantes de Coimbra espalhadas pelo país e pelo mundo.
4.8 Comunicação e imagem
Nesta área, destaca-se o lançamento, no dia mundial da televisão, da UCV, a televisão Web da Universidade de
Coimbra, possibilitando a divulgação, de uma forma inovadora, do que de melhor se faz na nossa instituição. A UC
passou assim a fazer parte do clube restrito das grandes Universidades do mundo com capacidade de produzir
programas regulares de televisão com conteúdos próprios e de os difundir através dos sistemas mundiais de
distribuição por Internet.
Realça-se ainda a presença da Universidade de Coimbra no iTunes U, sendo a UC a primeira organização de língua
portuguesa na área dedicada a conteúdos de instituições de ensino superior do iTunes, a maior loja online do
mundo.
Mas foram desenvolvidas muitas outras iniciativas nesta área:
presença oficial da UC no Facebook, no Tweeter e no YouTube;
presença da Universidade na Qualific@ 2010, na Exponor, que garantiu a participação num evento de projeção
nacional sobre formação, ensino superior e empreendedorismo;
preparação da Somos UC 2011 - Mostra de Ensino, Inovação e Serviços da Universidade de Coimbra;
distribuição de brochura para pré-universitários junto de mais de 400 escolas secundárias nacionais;
dinamização e promoção de novos programas temático-vocacionais, inseridos no serviço educativo de visitas
orientadas à Universidade de Coimbra, ―Um Dia na UC‖, especialmente dirigido para o público pré-
universitário, com a participação de mais de 1000 estudantes do ensino secundário;
desenvolvimento do Kit de Acolhimento aos Novos Estudantes;
desenvolvimento e atualização de sub-sítio web sobre Informação para Membros da Comunidade Universitária;
lançamento de uma nova Newsletter da Universidade dirigida a todos os membros da comunidade universitária
(Estudantes, Docentes e Investigadores, Funcionários e Antigos Estudantes), dando lugar a uma estratégia de
comunicação partilhada e de maior proximidade, ainda que institucional.
4.9 Circuito turístico
O ano de 2010 ficou marcado pelo aumento de espaço visitável do Circuito, do qual se destaca a abertura do piso
intermédio da Biblioteca Joanina, e que permitiu também uma ligação direta e cómoda entre o piso nobre da
Joanina e a Prisão Académica.
Ao mesmo tempo, procedeu-se à preparação da abertura da Torre da Universidade ao público, para que todas as
condições de visita e segurança estivessem prontas no momento da reinauguração, algo que viria a acontecer já em
2011. Enquanto decorreram as obras de conservação e restauro na ―mais velha das torres horárias escolares
europeias", durante o ano de 2010, a Torre esteve protegida com painéis que reproduziam a sua imagem, com o
objetivo de atenuar o efeito das obras nas visitas turísticas e permitir que todos os visitantes pudessem continuar a
ter uma visão de conjunto do Paço das Escolas.
Quadro 18: Evolução do número de visitantes ao Paço das Escolas
2006 2007 2008 2009 2010
N.º de visitantes ao Paço das Escolas 179.139 207.824 192.265 176.499 195.720
33
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Por outro lado, a UC destacou-se no panorama da gestão turística em Portugal, ao organizar o I Workshop para
Guias, em novembro. Enquanto entidade responsável pela formação e disseminação de conhecimento, a UC tem
responsabilidades acrescidas na transmissão dos dados que fazem os nossos mais de 700 anos de existência
relevantes, junto de um grupo que consigo traz milhares de visitantes à Universidade de Coimbra. Esta iniciativa
contou com especialistas e professores da casa, que apresentaram dados importantes sobre edifícios e estórias, que
podem ajudar a complementar o conhecimento que estes profissionais já detinham sobre a instituição, e assim
ajudá-los a ajudar-nos. O evento contou com a presença de cerca de 50 guias nacionais, tendo a procura
suplantado largamente a oferta possível de lugares, pelo que está já prevista a realização de uma segunda edição
em 2011.
4.10 Sistema de Gestão da Qualidade
Sistema de Gestão
Em 2009, face às alterações decorrentes da revisão dos estatutos, foi considerado desadequado proceder à
renovação da certificação da Administração da Universidade de Coimbra, considerando-se ser prioridade
concentrar esforços no projeto de conceção e implementação do Centro de Serviços Comuns, envolvendo os
trabalhadores na participação em grupos de reflexão e grupos de trabalho. Pelo facto, a UC solicitou a suspensão
da certificação em final de outubro de 2009, tendo sido feito, durante o ano de 2010, um esforço no sentido de
manter o atual sistema em funcionamento, dado constituir o suporte à atividade das diversas áreas envolvidas.
Foram feitas as diligências necessárias no sentido de tentar manter o cumprimento dos requisitos mínimos
facilitadores do funcionamento da atividade da Administração, passando para um segundo plano as questões
diretamente ligadas à melhoria contínua que requereriam um empenho adicional, quer por parte da equipa
associada à manutenção e dinamização do sistema, quer por outros trabalhadores, cuja capacidade de resposta
estaria igualmente diminuída devido à participação no projeto de reorganização da Administração.
Assim, como principais dados da atividade, destacam-se:
160 desenhos de processos;
521 impressos de apoio aos processos;
elaboração do novo Manual do Sistema de Gestão;
mapeamento dos processos da Universidade de Coimbra:
Figura 2: Mapa de processos
34
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
auditorias internas ao Sistema de Gestão, com a deteção de 2 oportunidades de melhoria, 7 correções de
procedimentos/instruções de trabalho/impressos, e 1 não conformidade;
abertura de 14 Boletins de Melhoria (10 não conformidades – 8 de origem externa e 2 de origem interna; 1
ação preventiva e 3 oportunidades de melhoria), tendo sido encerrados 10;
identificação e classificação das partes interessadas e análise poder/interesse;
realização de 7 inquéritos no âmbito do Sistema de Gestão.
Quadro 19: Inquéritos no âmbito do Sistema de Gestão
Segmento Alvo
N.º de Inquéritos
Disponibilizados/ enviados
N.º de
Inquéritos Respondidos
Grau de Satisfação Global
Clientes
Individuais
Estudantes Incoming 1108 786 71,75% (escala 1 a 5)
Estudantes Outgoing 469 317 72,56% (escala 1 a 5)
Atividades Erasmus 70 70 92,3% (escala 1 a 5)
Clientes da Tesouraria 546 546 89,3% (escala 1 a 5)
Clientes do GSHST 198 198 91% (escala 1 a 5)
Questionário de satisfação dos
trabalhadores – ONRH 1112 (UC) 481 (UC) 55,1% (UC)
Clientes do Secretariado (GTA) 240 84 78,10% (escala 1 a 5)
Gestão da Qualidade Pedagógica
Em 2010, procedeu-se à integração do Sistema de Gestão da Qualidade Pedagógica no Sistema de Gestão, no
âmbito da reestruturação deste, tendo os processos relacionados com a Gestão da Qualidade Pedagógica sido
aprovados em novembro.
Destacam-se as seguintes atividades neste âmbito:
criação de nova interface para disponibilização dos resultados dos inquéritos (estudantes, 1.º e 2.º
semestres 2009/2010), divulgada em novembro;
revisão do inquérito aos estudantes e reflexão dos docentes sobre cursos/ciclos de estudos e unidades
curriculares e sua integração no NÓNIO, tendo sido iniciada a aplicação do inquérito aos estudantes em
NÓNIO em dezembro;
projeto-piloto de extensão da Gestão da Qualidade Pedagógica ao 3.º Ciclo;
levantamento de requisitos ECTS Label, DS Label e outros definidos internamente para definição da
informação necessária na caracterização de cursos/ciclos de estudos e unidades curriculares, no âmbito do
projeto SILVA/NÓNIO.
Acreditação de ciclos de estudos
No âmbito da acreditação de ciclos de estudos junto da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior
(A3ES), destacam-se:
submissão de 201 Pedidos de Acreditação Preliminar de Ciclos de Estudos em Funcionamento:
Quadro 20: Pedidos de Acreditação Preliminar de Ciclos de Estudo em Funcionamento
Licenciatura Mestrado Mestrado Integrado Doutoramento Total
37 107 11 46 201
35
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
submissão de 11 Pedidos de Acreditação Prévia de Novos Ciclos de Estudos para funcionamento em
2011/2012:
Quadro 21: Pedidos de Acreditação Prévia para Novos Ciclos de Estudos
Mestrado Doutoramento Total
6 5 11
Para apoiar estes processos de acreditação, foi criada a página web http://www.uc.pt/acreditacaocursos.
4.11 Observatórios
Os Observatórios são estruturas flexíveis, de reflexão, integrando docentes de diferentes Unidades Orgânicas, e
cuja missão é contribuir criticamente para o desenvolvimento de temáticas específicas de interesse para a
Universidade. Atualmente encontram-se em funcionamento dois observatórios.
4.11.1 Observatório de Bolonha
É importante referir o trabalho realizado pelo Observatório de Bolonha, estrutura de acompanhamento da
concretização das reformas, de reflexão estratégica e de constante interrogação sobre o sentido da mudança e a
construção de um futuro. A sua atividade orientou-se para três missões específicas:
congregação do maior número possível de informações: para se obter a missão de conjunto são necessários
inquéritos minuciosos e inventários de pormenor feitos com espírito de objetividade científica;
reflexão sobre as primeiras conclusões retiradas destes inquéritos: determinar se os meios são adequados aos
fins definidos, interrogar o valor dos instrumentos utilizados e os modos de concretização; em suma, passar da
perceção à avaliação do processo em curso;
ação através de medidas concretas: é à iniciativa do Observatório que se deve a elaboração do Regulamento
Pedagógico e do calendário escolar, do documento orientador sobre Unidades Curriculares e Tipologias de
Avaliação, distribuído por todos os professores, bem como a organização de um encontro de reflexão -
Jornadas sobre ―Espaço Europeu de Ensino Superior. Bolonha Ano II. Para lá das Aparências‖, com mais de 120
participantes.
4.12.2 Observatório do Desporto
Este observatório tem por função realizar o controlo e a monitorização dos atos previstos no regulamento do
estudante-atleta, aprovado pelo Senado em 2008, de forma a assegurar a correta aplicação dos direitos e dos
deveres de todos os estudantes que praticam desporto de competição defendendo as cores da AAC e da UC.
Neste sentido, o Observatório atribuiu o estatuto de estudante-atleta a um total de 306 estudantes, 95 durante o
ano letivo de 2009/2010 (60 com estatuto anual e 35 com estatuto relativo apenas ao 2º semestre) e 211 durante
o ano letivo de 2010/2011 (160 com estatuto anual e 51 com estatuto relativo apenas ao 2º semestre).
O Observatório tem igualmente refletido quanto à aplicabilidade do regulamento do estatuto-atleta, tendo
realizado uma proposta de alteração, aprovada pelo Senado, no sentido de o tornar mais claro e adequado às
necessidades e aos interesses dos estudantes, bem como de clarificar alguns aspetos relativos à sua aplicação.
De salientar a boa cooperação existente com o Conselho Desportivo da AAC, bem como o papel muito positivo
que o Regulamento tem desempenhado na promoção e no desenvolvimento da prática desportiva competitiva na
UC, uma vez que promove o reconhecimento do esforço realizado por todos os estudantes [atletas] que,
praticando desporto de competição, elevam bem alto o bom nome da Associação Académica de Coimbra, da
Universidade de Coimbra, da Cidade de Coimbra e de Portugal.
36
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
4.12 Candidatura à Unesco
A 15 de novembro, a Universidade de Coimbra entregou, junto da Comissão Nacional da UNESCO, a sua
Candidatura a Património Mundial, constituída por um dossiê, de duas mil páginas, organizado em sete volumes, e
que o governo português apresentou à UNESCO, em Paris, para formalização da candidatura.
A candidatura ―Universidade de Coimbra – Alta e Sofia‖ não se limita a uma mera pretensão contemplativa,
significando acima de tudo um desejo de transformação do espaço físico e valorização do património intangível e
uma profunda determinação na mudança das mentalidades e atitudes.
É de relevar o papel da Universidade na defesa da preservação do património cultural, ajudando a consolidar uma
estratégia de valorização de um bem cuja relevância o País reconhece e que dele constitui, no estrangeiro, uma das
suas mais prestigiadas marcas. Importa, também, referir que Governo Português reconhece o interesse nacional da
Candidatura da Universidade de Coimbra a Património da UNESCO e considera o Programa de Requalificação da
Alta Universitária de Coimbra um instrumento essencial na concretização e no êxito desta candidatura.
De realçar o início dos trabalhos para a requalificação da Torre da Universidade financiada, em parte, por
donativos de antigos estudantes. As obras de conservação e restauro na ―mais velha das torres horárias escolares
europeias" visaram dotá-la de condições para reabrir ao público em segurança e restituir a sua ―dignidade visual".
Incluiu limpeza e restauro da pedra, substituição de caixilharias, iluminação, proteções e correção dos degraus,
tendo sido preparada por especialistas de diversas áreas e validada por instituições nacionais que tutelam aquele
Monumento Nacional, estatuto adquirido em 1910.
Decorreu ainda um "estaleiro pedagógico", que consistiu na realização de visitas especializadas ao local da obra,
organizadas e com acompanhamento técnico.
4.13 Novas instalações
A Universidade de Coimbra, pela sua dimensão e diversidade das suas unidades, encontra-se fisicamente dispersa
pela cidade, concentrada essencialmente em 3 pólos.
Figura 3: Mapa de localização das instalações
A sede do Grupo UC situa-se no Paço das Escolas – Pólo I, mas dispõe de um total de 124 edifícios com uma área
bruta de 459,947 m2.
Quadro 22: Dados globais dos edifícios
Edifícios N.º Área Bruta (m2) Área Útil (m2)
Total 124 459.947 220.463
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Ao nível das novas instalações, destaca-se o desenvolvimento dos seguintes projetos:
edifício da Subunidade 2 e 4 da Faculdade de Medicina do Pólo das Ciências da Saúde: conclusão do
procedimento de concurso público internacional relativo à prestação de serviços para a elaboração do projeto
do edifício e acompanhamento das fases de estudo prévio e projeto base;
reabilitação do Colégio da Trindade para instalação do TUJE: execução física e financeira da empreitada para a
execução das fundações e estruturas do edifício;
edifício da Subunidade 3 da Faculdade de Medicina do Pólo das Ciências da Saúde: execução física e financeira
da empreitada para a execução das fundações e estruturas do edifício e lançamento e acompanhamento do
procedimento concursal da empreitada para a execução dos acabamentos do edifício;
construção da 2.ª fase do Museu da Ciência: conclusão do procedimento de concurso público internacional
relativo à prestação de serviços para a elaboração do projeto do edifício e acompanhamento das fases de
estudo prévio e projeto base;
reabilitação do edifício do Colégio da Graça, destinado à instalação do CD25A e do Centro de Estudos Sociais:
organização e acompanhamento do procedimento concursal da empreitada para a execução dos desmontes,
demolições, fundações, estruturas e drenagens do edifício; acompanhamento do procedimento concursal
relativo à prestação de serviços de direção da construção do edifício; e início da execução física e financeira
dos serviços atrás descritos;
requalificação do Pátio da Universidade: organização e acompanhamento do procedimento concursal da
empreitada para a requalificação do Pátio da Universidade, Escadas de Minerva e acessibilidades do Paço das
Escolas, início da execução física e financeira da empreitada e contratação dos trabalhos arqueológicos e
geotécnico.
4.14 Auditoria e controlo interno
As ações de auditoria e controlo interno desenvolvidas decorreram principalmente em Unidades Orgânicas,
embora também se tivessem realizado trabalhos de auditoria em serviços da Administração. De um modo geral,
face ao plano de ação de 2010 para auditoria e controlo interno, atingiu-se uma taxa de execução de cerca de 93%.
Das atividades desenvolvidas neste âmbito, destacam-se 8 auditorias programadas, 6 auditorias realizadas, 7
pareceres emitidos e 8 relatórios de acompanhamento, para além de outros relatórios e ações avulso, dos quais se
realça a colaboração prestada na Consolidação de Contas do Grupo Público Universidade de Coimbra do ano de
2009. Foram ainda efetuadas 5 ações de acompanhamento a relatórios de auditoria produzidos anteriormente.
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5. Ação social
5.1 Serviços de Ação Social
Os Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra (SASUC) prosseguem os objetivos que a lei lhes atribui, apoiando os
estudantes: com medidas de apoio social direto: bolsas de estudo e auxílios de emergência; e com medidas de apoio social
indireto: acesso à alimentação e ao alojamento, acesso a serviços de saúde, apoio a atividades culturais e desportivas, e
acesso a apoio psicopedagógico e a outros apoios de caráter educativo.
Os SASUC gozam de autonomia administrativa e financeira nos termos da lei e estatutos da Universidade de Coimbra.
(Estatutos da Universidade de Coimbra, art. 28.º)
Para um controlo mais efetivo das atividades desenvolvidas, os SASUC encontram-se estruturados em centros de
responsabilidade. Esta estruturação distribui os principais tipos de apoio pelos seguintes centros de
responsabilidade: alimentação; alojamentos; bolsas de estudo e outros, englobando este último os serviços médico-
universitários e o apoio à infância, composto por uma creche para crianças até aos 3 anos e um jardim de infância
para crianças até aos 6 anos de idade.
Além destes centros de responsabilidade, existem dois transversais a todos eles: estrutura e aprovisionamento,
constituindo-se como centros de apoio, respetivamente na área administrativa e financeira e na área do apoio às
aquisições de bens e sua distribuição pelos setores consumidores, em especial a alimentação e o alojamento.
Neste contexto, e seguindo a estrutura definida, destacam-se os seguintes dados do apoio social em 2010:
Bolsas de estudo (bolsas concedidas pelos SASUC)
atribuição de 5118 bolsas, entre 6441 processos de candidatura. Importa referir que só no mês de
setembro esteve disponível toda a legislação necessária à atribuição das bolsas de estudo referentes ao ano
letivo de 2009/2010, o que implicou um atraso na análise dos processos;
Quadro 23: Bolsas concedidas pelos SASUC
Bolsas 2008/2009 2009/2010 ∆
Candidatos 6.182 6.441 259
Bolseiros 4.827 5.118 291
Bolsas pagas (€) 9.082.208 11.137.492 2.055.284
Bolsas pagas - Fundo de Apoio Social (€)* 172.745 125.810 -46.935
* apoio a alunos carenciados não bolseiros com dificuldades económicas atribuído através do Fundo de
Apoio Social, com recurso apenas a receitas próprias da Universidade de Coimbra
realização de 15 ações de formação de acompanhamento psicopedagógico, pelo Gabinete de
Aconselhamento Psicopedagógico, o qual funciona junto do Serviço de Bolsas.
Alimentação
monitorização da qualidade e da rapidez do serviço prestado através da auscultação da opinião dos seus
principais utentes, sendo reconhecida a melhoria global dos processos e métodos adotados, bem como dos
resultados alcançados;
recuperação, remodelação e abertura das cantinas ―Vermelhas‖ (antigo ISCA), que veio beneficiar
principalmente a população universitária da Faculdade de Economia.
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Quadro 24: Dados relativos à alimentação
Alimentação 2009 2010 ∆
n.º de unidades de alimentação 17 17 0
n.º de refeições servidas 1.498.691 1.510.295 11.604
n.º de lugares sentados 3.714 3.714 0
Alojamento
abertura de uma nova unidade residencial (passando a 14), a Residência do Observatório Astronómico,
enquanto unidade distinta de todas as restantes, dado oferecer a opção de apartamentos (T0 e T1)
integrados numa única unidade residencial;
promoção da divulgação da oferta de alojamentos junto das escolas secundárias do país, tendo sido
estabelecidos contatos com 176 escolas (em 476 referenciadas pelo Ministério da Educação);
garantia da continuidade da oferta de alojamento no período das férias do verão, com disponibilização de
308 camas em permanência nesse período.
Quadro 25: Dados relativos ao alojamento
Alojamento 2008/2009 2009/2010 ∆
N.º de camas (capacidade) 1.354 1.349* -5
Candidatos 1.322 1.371 49
Alojados com caráter permanente 955 1.152 197
Alojados ocasionais (regime rotativo) 946 1.491 545
* o reflexo da abertura da nova residência apenas se fará sentir no ano letivo 2010/2011.
Outros
Apoio à Infância
o acréscimo de aproximadamente 11% na ocupação média do jardim infantil (dos 3 a 6 anos) e decréscimo
de 3,6% na utilização média do infantário (até aos 3 anos);
o avaliação da satisfação dos utilizadores deste serviço, Creche e Jardim de Infância, através do lançamento
de inquérito específico, conseguindo-se resultados de 93% e 95%, respetivamente;
Serviços Médicos
o realização de 12.899 consultas médicas, distribuídas por 17 especialidades, 1721 atos de enfermagem e
493 exames complementares;
o concretização de duas ações de rastreio junto dos estudantes da Universidade de Coimbra: Carcinoma do
Colo do Útero (359 Citologias, em consultas de Planeamento Familiar), e Fatores de Risco
cardiovasculares na população estudantil (248 inquéritos completos).
os Serviços de Textos e Reprografia foram encerrados, por se ter concluído que não eram necessários e
acarretarem custos de exploração demasiado elevados relativamente à concorrência.
Por último, é de destacar a alteração da atividade do Centro Cultural D. Dinis, que, a partir de maio passou a ter
programação cultural própria de segunda a sexta-feira.
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
5.2 Outros apoios sociais concedidos a estudantes
De acordo com o regulamento de Propinas, Emolumentos e Prémios a Universidade de Coimbra promove um
apoio complementar às bolsas de estudo que são atribuídas pelos seus Serviços de Ação Social, nomeadamente
através da concessão de benefícios de redução do valor de propina a suportar, bem como a concessão de prazos
de pagamento específicos, permitindo assim diminuir os encargos coma a educação dos estudante e suas famílias.
Quadro 26: Benefícios concedidos a estudantes
Tipo de benefícios concedidos a estudantes da UC
2010/2011
N.º de
Estudantes
Valor do
Benefício (€)
100% do valor da propina máxima com prazo de pagamento diferente 2.062 0,00
100% do valor da propina mínima com prazo de pagamento diferente 244 91.807,65
30% do valor da propina máxima 143 105.334,11
50% do valor da propina máxima 339 231.801,52
60% do valor da propina máxima 336 55.473,78
Desc. 20% sobre o valor da propina máxima a abater na última prestação 49 48.357,12
Inscrição anulada com isenção da 1ª, 2ª, 3ª e 4ª Prestações de Propinas 2 1.973,76
Inscrição anulada com isenção da 2ª, 3ª e 4ª Prestações de Propinas 6 3.267,20
Inscrição anulada com isenção da 3ª e 4ª Prestações de Propinas 3 1.697,50
Propina a pagar posteriormente por terceira entidade 122 0,00
Total 3.306 539.712,64
Foram ainda atribuídas, diretamente pela Universidade de Coimbra, 40 bolsas de estudo por mérito aos estudantes
com aproveitamento escolar excelente, de acordo com as listas seriadas já homologadas pelo Senhor Reitor. Os
critérios de atribuição são definidos por cada instituição de ensino superior e são independentes da situação
económica dos alunos.
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6. Organização e reestruturação
O ano de 2010 foi fortemente marcado pelo processo de reestruturação da Administração da Universidade de
Coimbra e consequente implementação de um Centro de Serviços Comuns (CSC) e de um Centro de Serviços
Especializados (CSE).
Trata-se de um projeto pioneiro, uma vez que a UC foi a primeira instituição de ensino superior em Portugal a
avançar para a implementação de uma estrutura deste género, e extremamente ambicioso, implicando a
participação de um número elevado de trabalhadores, que além de assegurarem o normal funcionamento da
instituição, participam paralelamente nas atividades conducentes à implementação desta nova estrutura.
6.1 Centro de Serviços Comuns
Nos termos a fixar em regulamento, a Administração organiza e dirige um centro de serviços comuns a toda a
Universidade, podendo funcionar de forma desconcentrada, à luz dos princípios de eficiência e de eficácia do serviço público.
(Estatutos da Universidade de Coimbra, art. 27.º)
O CSC constitui uma alteração significativa na relação da Administração com as Unidades Orgânicas e outras
Unidades e Serviços da UC.
Figura 4: Modelo de relacionamento do CSC
O CSC pressupõe a utilização de métodos comuns e a partilha de recursos e dados, numa lógica de gestão por
processos, de eficiência e de orientação para os resultados. A filosofia que se encontra subjacente à sua
implementação centra-se num modelo organizacional integrado e coerente, dotado de flexibilidade de atuação,
agilidade e capacidade de ajustamento, numa perspetiva de desenvolvimento centralizado de atividades comuns. Em
termos globais, pretende-se:
uniformizar os Sistemas de Informação utilizados, os procedimentos e os métodos de trabalho;
reduzir custos, através de economias de escala, da standardização e da concentração;
aumentar a qualidade, a eficiência e a produtividade, através da automatização e aplicação de melhores práticas;
aumentar a especialização, através do incremento de competências;
otimizar a utilização de recursos (materiais, humanos e financeiros);
incrementar o controlo financeiro e operacional;
estabelecer acordos de nível de serviço;
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
permitir que as Unidades foquem a sua atividade no ensino e investigação;
promover a monitorização dos resultados e desempenho.
O CSC apresenta-se como um modelo de gestão que oferece suporte corporativo, combinando e consolidando
serviços das diversas unidades orgânicas numa entidade eficiente e orientada para os resultados, tendo como
âmbito os processos transacionais com elevado potencial de economias de escala e com reduzido impacto
estratégico, nomeadamente:
Gestão de Recursos Humanos;
Gestão Académica;
Gestão de Aprovisionamento, Logística e Património;
Gestão Financeira;
Gestão do Edificado, Segurança, Ambiente, Segurança e Saúde no Trabalho;
Gestão de Sistemas e Infraestruturas de Informação e Comunicação.
O projeto de implementação do CSC foi dividido em 4 grandes etapas:
Figura 5: Cronograma do CSC
Assim, no decurso de 2010 procedeu-se ao desenho detalhado e à implementação dos primeiros serviços desta
nova estrutura.
Na fase de planeamento do projeto considerou-se que, até ao momento de entrada em funcionamento de cada um
dos Serviços do CSC, deveriam ser definidos:
os processos (descritivo das atividades e fluxograma; splits das atividades);
a estrutura orgânica;
os recursos humanos (levantamento de competências; definição de competências necessárias; proposta de
constituição de equipas; identificação de necessidades de formação);
os espaços físicos;
os sistemas de informação de suporte (parametrização e implementação);
os níveis de serviço a assegurar.
Em termos globais, e de modo a cumprir os pressupostos anteriormente mencionados, garantindo as condições
necessárias à entrada em funcionamento das novas estruturas, as principais atividades realizadas no ano de 2010
foram as seguintes:
definição da Missão, Visão e Valores da Administração, na ótica da nova estrutura;
definição da estrutura orgânica e competências para cada um dos Serviços;
preparação da normação necessária à concretização de instrumentos legais, estatutários e regulamentares com
impacto relevante no processo de reestruturação, através do Gabinete Técnico de Apoio;
desenho detalhado de cerca de 90% dos processos (incluindo fluxogramas, instruções de trabalho, guias de
orientação e templates de impressos);
levantamento das competências técnicas, estratégicas e comportamentais dos trabalhadores da UC;
definição do n.º de trabalhadores necessários por Serviço e posterior constituição das novas equipas;
Estudo de viabilidade2008
Início do desenho2009
Desenho detalhado e
implementação2010
Migração, estabilização e
optimização
2010/
2011
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ações de formação em ―Gestão de Projetos‖;
workshops em ―Gestão da Mudança‖;
participação em eventos no âmbito das tecnologias da informação, considerados relevantes no âmbito da
implementação do novo serviço de gestão de sistemas e infraestruturas de informação e comunicação;
medição e estudo da satisfação dos trabalhadores da UC e análise comprada com outras instituições;
realização de Change Survey – questionário à mudança;
ações de Teambuilding para as novas equipas do CSC;
preparação das instalações dos novos Serviços;
reestruturação das tecnologias de informação e comunicação utilizadas na UC, detalhadas no ponto 6.3;
definição e negociação de Acordos de Nível de Serviço e respetivos indicadores, para cada uma dos Serviços;
evento de divulgação do projeto e da nova estrutura da Administração - preenchimento de mapas conceptuais
de aprendizagem significativa, no âmbito da Reunião Geral de Estrutura semestral;
criação e manutenção de um repositório Web, com toda a informação relevante no âmbito do projeto.
Realça-se ainda que foi um projeto que contou com o apoio da Agência para a Modernização Administrativa no
âmbito de uma candidatura ao Sistema de Apoios à Modernização Administrativa.
6.2 Centro de Serviços Especializados
O CSE tem como missão prestar serviços estruturados enquanto suporte à definição, promoção e concretização
das políticas da Universidade, contribuindo para o seu desenvolvimento estratégico. Encontra-se estruturado em 5
divisões e presta serviços comuns a toda a Universidade, funcionando numa lógica de gestão por processos e com
acompanhamento direto por parte de membros da Equipa Reitoral. A sua plena entrada em funcionamento
ocorreu também em 2010.
Figura 6: Organograma do CSE
Divisão de Planeamento, Gestão e Desenvolvimento: presta serviços de apoio ao desenvolvimento e tomada
de decisão contribuindo para a definição e promoção do planeamento estratégico e operacional da
Universidade de Coimbra;
Divisão de Avaliação e Melhoria Contínua: promove e dinamiza o Sistema de Gestão, a Avaliação e os projetos
de Inovação Organizacional que contribuam para a melhoria da qualidade dos serviços prestados e
desenvolvimento estratégico da Universidade de Coimbra;
Divisão de Relações Internacionais: promove a internacionalização da UC, através da dinamização de projetos e
iniciativas, a participação em redes, o apoio à mobilidade e diálogo intercultural;
Divisão de Inovação e Transferências do Saber: presta serviços de apoio à definição, promoção e dinamização
das políticas da Universidade, nas áreas da economia do conhecimento, bem como do empreendedorismo,
integrado num ecossistema de inovação e contribuindo para o seu desenvolvimento estratégico;
Divisão de Identidade, Imagem e Comunicação: presta serviços de apoio à definição, promoção e concretização
das políticas da Universidade, nas áreas da Comunicação e Imagem, contribuindo para a consolidação da sua
notoriedade e desenvolvimento estratégico.
Centro de Serviços Especializados
DPGD DAMC DRI DITS DIIC
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
6.3 Tecnologias de informação e comunicação
A reestruturação em curso, com a implementação do CSC e do CSE, envolve uma componente de tecnologias de
informação e comunicação extremamente forte, visto ser um dos pilares em que assenta. Assim, no ano de 2010, a
UC desenvolveu, concretamente nesta área, um conjunto de projetos dos quais se destacam:
restruturação das infraestruturas e serviços de redes e comunicação
integração de sistemas, com atualização técnica da plataforma de suporte ao ERP SAP e parametrização do
ERP SAP para suporte da atividade do CSC, com desenvolvimento e integração de novos módulos e a
migração/importação de dados de outras plataformas;
desenvolvimento de um sistema de modelação de processos do CSC, com implementação da plataforma
informática de apoio à gestão LUGUS;
aplicações e serviços de rede, designadamente com a integração dos sistemas de autenticação de todas as
faculdades no sistema central de gestão de identidades e dos sistemas de correio eletrónico de todas as
faculdades no sistema central de correio eletrónico e reforço dos vários serviços de rede (autenticação,
DNS, correio eletrónico, alojamento web);
ao nível das infraestruturas:
o aquisição de equipamentos informáticos e de softwares essenciais para o arranque do CSC;
o integração de data centres, envolvendo a migração de equipamentos e data centres através das ligações
dedicadas em fibra ótica;
o virtualização de servidores de suporte a serviços de rede e aplicações;
o instalação de unidade de armazenamento (SAN) no Polo II com integração das existentes;
o instalação de equipamento para suporte ao ERP SAP;
o reforço das plataformas de suporte aos serviços de DNS, correio eletrónico e autenticação;
o aquisição, instalação e reconfiguração de infraestruturas de rede para reforçar os sistemas existentes de
modo a suportar toda a comunidade da UC.
Balcão Virtual @ UC
Em 2009 teve início o projeto Balcão Virtual@UC, tendo como principal objetivo disponibilizar a estudantes,
colaboradores da UC e à sociedade em geral, uma interface coerente, de utilização simples e acessível, para
acesso a um conjunto de recursos suportados por diversos sub-sistemas em produção na Universidade de
Coimbra.
Ao longo do ano decorreram as tarefas de desenvolvimento do projeto, que, sempre que possível, foram
coordenadas e integradas com as atividade do CSC. Por exemplo, no âmbito da tarefa ―Implementação do
portal de acesso‖, foram desenvolvidas diversas funcionalidades adicionais anteriormente disponibilizadas no
portal SAP, designadamente as consulta de dados pessoais e marcações, assim como o acesso a recibos de
vencimento e respetivo arquivo de anos anteriores.
Foi também integrado o portal de candidaturas on-line, que permite a concretização de todo o processo, desde
o preenchimento do formulário, o pagamento da taxa de candidatura, bem como o envio de documentos, o
que se veio a revelar uma mais valia na aproximação com os estudantes dada a agilização de procedimentos.
Também a extensão do procedimento de matrículas / inscrição on-line aos cursos de 2.º e 3.º ciclos, evitando
deslocações supérfluas dos estudantes aos serviços, trouxe visíveis melhorias na qualidade do serviço
prestado.
O projeto, que envolve também o sistema de autenticação através do cartão do cidadão, foi prolongado até ao
final de abril de 2011, com o objetivo de integrar desenvolvimentos adicionais para suporte de medidas do
Projeto Simplex 2010, por solicitação da Âgencia para a Modernização Administrativa (AMA).
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Projeto NONIO
Procedeu-se à consolidação da plataforma de gestão académica NONIO, no acolhimento dos processos de
matrícula dos estudantes ingressados no ano letivo de 2010/2011, em todas as Unidades Orgânicas (exceção
feita aos cursos da FDUC, que se espera sejam integrados ao longo do ano letivo 2011/2012), para além da
gestão do processo de inscrição dos estudantes nos vários ciclos de ensino, com a consequente exportação
dos dados curriculares da plataforma SIGES para NONIO.
Assim, o processo de acolhimento e matrícula dos novos estudantes decorreu já todo on-line sobre a referida
plataforma, ainda que a UC tenha providenciado um serviço de suporte de apoio presencial para suprir
dificuldades de acesso próprio a meios informáticos por parte dos estudantes.
Loja Virtual
A UC desenvolve um conjunto de atividades complementares, designadamente congressos, conferências,
seminários ou equiparados que visam potenciar a participação da comunidade académica divulgando resultados,
envolvendo os diferentes níveis da estrutura organizativa do corpo docente e não docente, promovendo a
interdisciplinaridade e a difusão do conhecimento e da tecnologia. A loja virtual (https://lojas.ci.uc.pt/uc/) é mais
uma ferramenta ao dispor da comunidade universitária e de agentes externos, contribuindo para o registo e a
gestão informatizada de grande parte destas ações, assegurando a integração de informação financeira
necessária ao completo acompanhamento de determinado evento.
VoIP@UC
No contexto do projeto nacional VoIP@RCTS, foi continuado em 2010 o projeto VoIP@UC, com o objetivo
de tirar partido da infraestrutura de rede local existente na Universidade de Coimbra, bem como da sua ligação
à Rede Ciência Tecnologia e Sociedade, para suporte de comunicações de voz, tendo em vista uma forte
redução dos encargos com telecomunicações.
No contexto deste projeto, que ainda decorre, foram executadas e concluídas a configuração e entrada em
produção de iPBXs nos três Pólos da Universidade e a instalação de telefones IP e de software de gestão de
configuração de telefones IP (ProvisionPro) no Pólo I.
Na sequência da entrada em produção da infraestrutura instalada em 2009, os dados de contabilização
disponíveis confirmam uma redução de custos de comunicações da ordem dos 60%.
Novo cartão universitário
O novo cartão universitário, emitido no âmbito do protocolo com o Santander Totta, oferece um conjunto
funcionalidades que potenciam a sua utilização par além da simples identificação física. Entre estas, a leitura de
por proximidade (RFID) dos dados do cartão, permite a sua utilização em cenários de controlo de acesso a
recursos como parques de estacionamento, recursos de impressão e cópia e áreas reservadas (por exemplo a
bibliotecas). Estas aplicações foram consideradas prioritárias entre outras, igualmente possíveis com o novo
cartão, cujos dados devem ser integrados com o sistema de gestão de identidades atualmente utilizado na UC.
Em 2010, procedeu-se à análise de áreas de utilização e levantamento de condicionantes infraestruturais, ao
levantamento de equipamentos de controlo de acesso e impressão existentes no campus, à definição de uma
arquitetura funcional integrada com o sistema de gestão de identidades, à recolha de informação de utilizadores
para emissão dos novos cartões e à instalação de pilotos de controlo de acesso a sistema de impressão e cópia
e de controlo de acesso a parques de estacionamento.
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7. Síntese de atividades por unidade
Neste capítulo, far-se-á uma súmula das principais atividades desenvolvidas por cada uma das unidades da
Universidade de Coimbra.
7.1 Unidades Orgânicas de Ensino e Investigação
A estrutura orgânica da Universidade de Coimbra assenta fundamentalmente nas seguintes unidades orgânicas de
ensino e investigação: Faculdade de Letras, Faculdade de Direito, Faculdade de Medicina, Faculdade de Ciências e
Tecnologia, Faculdade de Farmácia, Faculdade de Economia, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação e
Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física.
Para além das Faculdades, a Universidade de Coimbra dispõe ainda de mais duas unidades de ensino e de
investigação, o Instituto de Investigação Interdisciplinar e o Colégio das Artes.
7.1.1 Faculdade de Letras
No ano de 2010, deu-se início às comemorações do Centenário da Faculdade de Letras, tendo também a faculdade
participado ativamente nas comemorações do Centenário da República Portuguesa. Mas a atividade foi muito mais
vasta, destacando-se:
Ensino e Investigação
conclusão do trabalho de acreditação dos cursos de 1.º, 2.º e 3.º ciclos;
alargamento da oferta formativa em cursos conferentes de grau (2.º e 3.º ciclo) e em outro tipo de
formações, nomeadamente a formação à distância (e-learning), isoladamente ou em parceria com outras
instituições, públicas ou privadas;
ampliação da oferta de cursos livres, no âmbito do Centro de Línguas, e concretização do investimento no
Laboratório de Línguas;
integração plena dos Centros de Investigação na vida da Faculdade e prosseguimento do diálogo com as
unidades de I&D, que não têm a FLUC como unidade de acolhimento, mas que integram número
considerável de docentes seus;
fomento do intercâmbio de investigadores e da colaboração de investigadores estrangeiros.
Reestruturação
consolidação do processo de autonomia relativa dos Departamentos, em especial nos aspetos pedagógicos
e científicos, dotando-se com meios indispensáveis à prossecução dos seus objetivos;
localização, no mesmo espaço, dos serviços de que mais depende a administração da Faculdade;
criação do Gabinete de Gestão e Programação de Espaços Culturais e do Gabinete de Apoio à Organização
de Congressos e Eventos.
Produção de Ciência
estímulo a todas as propostas que visaram trazer para a FLUC a realização de reuniões científicas de grande
dimensão e prestígio internacional;
manutenção, dentro dos condicionalismos financeiros do momento, o apoio às revistas existentes, no
respeito pela identidade e especificidade de cada uma delas e manutenção do ritmo de publicação de dois
títulos por ano da coleção ―Estudos – Humanidades‖.
Internacionalização
aumento dos alunos e docentes participantes no programa Erasmus;
recurso regular à figura do Professor Visitante;
celebração de novos acordos, nomeadamente com instituições de ensino superior de Macau;
reforço de parcerias com universidades estrangeiras (Wisconsin-Madison – EUA, Kyoto - Japão);
reforço do papel da FLUC nos projetos concebidos em torno do Mediterrâneo (Marrocos, Síria, Líbia);
rede de Praga de Faculdades de Letras;
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
protocolos com a Fundação Calouste Gulbenkian, com a Universidade Eduardo Mondlane, de Maputo e
com a Academia Militar de West Point, nos EUA.
Intervenção Cultural
realização de conferências e colóquios abertos à comunidade;
articulação estreita com a Semana Cultural da UC.
Infraestruturas e equipamentos
instalação de equipamento audiovisual e multimédia nas salas que dele não dispunham ainda e criação e
instalação de uma nova Sala de Informática, bem como a instalação de pontos de rede wireless nos espaços
até agora mais desprotegidos;
recuperação (parcial) do Teatro Paulo Quintela, de forma a torná-lo um espaço de realizações regulares;
prosseguimento de obras de manutenção e reparação do edifício da Faculdade e de melhoria das condições
de conforto dos espaços letivos e dos demais espaços de apoio ao ensino e investigação.
Divulgação e Visibilidade:
definição de uma estratégia concertada e eficaz na promoção externa dos cursos, de determinados serviços
específicos e de excelência que a Faculdade disponibiliza e das suas publicações, em feiras, eventos,
instituições, comunicação social e outros ambientes e suportes adequados.
7.1.2 Faculdade de Direito
Apesar das dificuldades, a Faculdade de Direito manteve o seu dinamismo, de que constituem exemplos os
diversos eventos, de que se destacam o Dia da Faculdade e a reativação do protocolo que liga a FDUC à Faculdade
de Direito da Universidade de Santiago de Compostela.
Salientam-se as atividades mais proeminentes no decorrer do ano 2010:
Apoio aos alunos
cooperação com as iniciativas promovidas pelos Núcleos de Estudantes, bem como empenho no reforço
dos laços de cooperação;
aumento das entidades de acolhimento, através da assinatura de protocolos para a realização de estágios.
InfraEstruturas e Equipamentos
utilização de espaços de outras faculdades, com o intuito de proporcionar as melhores condições na
lecionação e no estudo;
realização de obras necessárias em espaços das faculdades, bem como a compra de acumuladores de
energia;
aquisição/reformulação de equipamentos e sistemas informáticos (parque de impressão, videoprojetores,
quadro interativo, servidor, computadores, novo sistema de backup, sistema de acesso remoto).
Biblioteca
Constituindo a Biblioteca o ―laboratório‖ da Faculdade, foi realizado um esforço considerável no sentido de
organizar, tratar e difundir a informação científica e técnica nas áreas do Direito e da Administração Pública a
todos os membros da comunidade académica e científica da Faculdade, bem como à comunidade em geral. Nesse
sentido concretizaram-se várias ações:
promoção da atualização do fundo documental, pela aquisição de novas obras impressas e de bases de
dados jurídico-documentais e tratamento técnico de todos os recursos bibliográficos e informativos
recebidos, com inserção das respetivas referências na base de dados bibliográficos da UC;
afetação do Centro de Documentação Europeia (CDE) à Biblioteca da FDUC, com a reorganização de
serviços necessários ao seu funcionamento;
publicação de algumas das revistas mais importantes do panorama jurídico português, como o Boletim da
Faculdade de Direito, o Boletim de Ciências Económicas e a Revista de Legislação e Jurisprudência.
Imagem da Faculdade e Cooperação Internacional
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
interessada em atrair os futuros alunos, a FDUC procurou fazer chegar junto do público pré-universitário
informações atualizadas, sem descurar uma referência à nossa história (realça-se a presença na Feira
QualiQualific@, da EXPONOR e a participação no programa ―Universidade de verão‖).
envolvimento na cooperação internacional em que a Universidade se tem empenhado, quer através da
execução do programa Grupo de Coimbra da América Latina e da celebração de protocolos (Faculdade de
Direito da Universidade Agostinho Neto, Faculdade de Direito da Universidade José Eduardo dos Santos,
Universidade de Macau), quer através da continuação da participação na Universidade de Timor e da
presença nas sessões do grupo das Universidade Europeias a que a FDUC está associada.
Conferências, Prémios e Outras Atividades
no âmbito das conferências destacam-se as relações com a Faculdade de Direito da Universidade de
Santiago e as integradas nas cerimónias do Dia da Faculdade;
organização de Colóquios, Congressos, Simpósios e prossecução da lecionação de pós-graduações que
atraem à Faculdade um público diferenciado, elementos muito importantes na dinamização da nossa
atividade;
curso de especialização académica para mestrandos e doutorandos, visando a elaboração de dissertações e
pesquisa em bases de dados;
atribuição de prémios escolares, recordando alguns Professores e distinguindo os melhores alunos nas
diversas áreas do saber jurídico.
7.1.3 Faculdade de Medicina
A Faculdade de Medicina assumiu promover a investigação científica em Ciências da Saúde, indissociável, quer de
um ensino, quer de uma prestação de serviços à comunidade que se querem exemplares. Deste modo, o ano de
2010 reflete a prioridade dada às áreas da investigação, do ensino e do desenvolvimento tecnológico e
modernização administrativa, em articulação com o processo de perda de autonomia administrativa e financeira da
faculdade, a ocorrer a janeiro de 2011.
Neste contexto, denotam-se as atividades mais relevantes:
aposta em programas de doutoramento que se revelem como modelos de formação avançada de excelência,
determinou um elevado investimento, quer ao nível da estruturação, quer da qualidade de conteúdos, mas
resultou na atração de alguns dos melhores alunos e a concretização de interfaces de colaboração entre os
diversos domínios do saber na área das ciências da saúde;
promoção da captação de financiamento externo, revelando-se crucial para incremento da produção científica
disseminada pelos diferentes núcleos de investigação, elevando a excelência da investigação;
investimento orientado para a dotação e reequipamento das plataformas tecnológicas e para a implementação
de novos modelos médicos e cirúrgicos no ensino, permitindo um retorno positivo no sucesso formativo, na
investigação científica e na prestação de serviços à comunidade;
celebração de protocolos de colaboração, consórcios e outros acordos com vista ao fomento de investigação,
desenvolvimento de cursos de formação contínua, ações pedagógicas e atividades de pós-graduação e cursos de
especialização, todos contribuindo para criar sinergias em áreas de investigação já existentes e estimulando a
cooperação inter institucional pública e privada;
auditorias aos procedimentos administrativos, aos sistemas de informação e ao processo contabilístico,
permitindo avaliar a adequação dos sistemas de controlo interno e a conformidade dos registos contabilísticos,
bem como proporcionar recomendações e propostas de adoção de medidas adequadas à melhoria da
qualidade, produtividade e eficácia;
prestação de serviços à comunidade, nomeadamente nas áreas das análises clínicas, avaliação de riscos
ambientais, físicos e químicos (através do Laboratório de Higiene Ocupacional) e no controlo de qualidade de
águas, que compreende os ensaios bacteriológicos (Laboratório de Microbiologia de Águas);
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
no quadro da prestação de serviços à comunidade no âmbito da saúde, por respeito a princípios enformadores
tais como a gestão de sistemas de qualidade, a partilha de informação e o estrito cumprimento de requisitos
legalmente aplicáveis, constituiu-se como prioritário o investimento num estudo sério e profundo da realidade
da FMUC. Do diagnóstico dai resultante, das conclusões e das propostas de intervenção, concretizaram-se
duas candidaturas ao Sistema de Apoio à Modernização Administrativa (SAMA) / QREN - AVISO 01/2010 e
Aviso 02/2010. Este último, aprovado em 2011, permitirá melhorar, credibilizar, modernizar e procedimentar
as práticas laboratoriais, dirigidas para o aumento do nível de garantia dos serviços prestados, a
certificação/acreditação de alguns laboratórios que ainda não o são e a sua integração no sistema da qualidade
da saúde, reduzir custos administrativos, por via da desmaterialização de processos, e reafectar recursos
humanos por via da reorganização de serviços;
atribuição de prémios e distinções em variados domínios, a alunos, professores ou investigadores da FMUC;
participação, de forma ativa e exaustiva, no processo de reestruturação administrativa da Universidade de
Coimbra.
7.1.4 Faculdade de Ciências e Tecnologia
Com o fim da autonomia administrativa e financeira da FCTUC, inicia-se um novo ciclo, cuja preparação a
faculdade se empenhou fortemente durante o ano de 2010.
Foi um ano de reestruturação, com alteração ao nível das unidades que constituem a faculdade. Assim, dos
anteriores 14 Departamentos passou-se para 11, em resultado da fusão dos anteriores Departamentos de
Antropologia, de Bioquímica, de Botânica e de Zoologia no novo Departamento de Ciências da Vida. Ganharam
importância os centros de investigação e o Museu de Física e o Museu de História Natural mantêm-se até à
passagem para a gestão da Fundação do Museu da Ciência da UC das coleções museológicas à sua guarda.
Evidenciam-se as atividades que se destacam, nas áreas de ensino e investigação:
Ensino
na área académica é relevante registar que os números globais de alunos traduzem o reconhecimento
externo da qualidade da oferta educativa proporcionada pela FCTUC e dão uma sólida perspetiva de
futuro;
todos os cursos disponibilizados para o acesso através do concurso nacional (19 cursos) foram adequados
ao modelo de Bolonha, dos quais 12 são licenciaturas (1.º ciclo) e 7 mestrados integrados (1.º+2.º ciclo);
a percentagem de colocados que, em 2010/2011, escolheram como 1.ª opção o curso no qual foram
colocados é de 54%, na média das três fases;
em 2010/2011, a FCTUC preencheu por completo as vagas disponibilizadas em concurso nacional, tendo
sido 1263 os novos matriculados em cursos de 1.ºciclo e de mestrado integrado;
a estes acresceram ainda 564 novos alunos de 2.º ciclo, independentemente de serem já alunos da FCTUC
ou serem novos alunos;
a idade média de conclusão de licenciatura, mestrado e mestrado integrado é de 25, 29 e 26 anos,
respetivamente, sendo a média de classificação final para os mesmos cursos de 13, 16 e 13 valores,
respetivamente;
em termos globais, a faculdade contou com 13,4 alunos para cada docente (rácio aluno/docente em
2009/2010);
os docentes doutorados representavam, em 2010, 88% do corpo docente, o que dá uma excelente ideia da
qualidade dos docentes da FCTUC.
Investigação
Neste domínio, regista-se o acréscimo do número de atividades de investigação e de transferência de
conhecimento financiadas por entidades externas (projetos de investigação, unidades de I&D e contratos de
prestação de serviços), numa clara demonstração de vitalidade institucional e de uma crescente internacionalização
das atividades:
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
das 16 unidades de investigação avaliadas pela Fundação para a Ciência e Tecnologia em 2007 e 2008, 62,5%
foram avaliadas com a apreciação global de Excelente e Muito Bom, sendo as restantes 37,5% avaliadas com
a apreciação de Bom;
para além das unidades de investigação, a FCTUC acolhe ainda largas dezenas de projetos de investigação
levados a cabo pelos seus docentes/investigadores, tendo contado, em 2010, com 200 projetos distribuídos
por 16 entidades financiadoras;
a faculdade participa em 22 associações sem fins lucrativos, com ou sem utilidade pública, das quais de
destaca a incubadora de empresas associada ao Instituto Pedro Nunes, instituição com intensa ligação à
faculdade, tendo sido reconhecida no estrangeiro como a melhor incubadora a nível mundial.
A FCTUC promove um vastíssimo conjunto de outras atividades complementares, designadamente congressos,
conferências, seminários ou equiparado que visam potenciar a participação da comunidade académica e
universitária difundindo conhecimento científico especializado, divulgando resultados, partilhando objetivos,
envolvendo assim os diferentes agentes da Faculdade numa esfera de movimento contínuo que pretende ser
apelativa à participação e entusiasmante para o corpo dos alunos, docentes e não docentes. Estas outras atividades
reúnem em si perfis tão diversos como oficinas de trabalho, jornadas e cursos não conferentes de grau académico
ou mesmo grandes encontros científicos nacionais e internacionais.
7.1.5 Faculdade de Farmácia
Analisando a execução do plano de atividades de 2010, ano em que a Faculdade de Farmácia procedeu à mudança
definitiva de instalações do Pólo I para o Pólo das Ciências da Saúde, é visível o esforço relevante para aumentar os
índices de qualidade da faculdade.
Assim, é possível destacar as seguintes atividades no ano de 2010:
implementação de 5 novos mestrados, conseguindo atrair cerca de 100 novos estudantes, 4 dos quais iniciaram
adotando pela primeira vez um horário pós-laboral na Faculdade;
consolidação das áreas de Doutoramento da Faculdade, no que diz respeito ao ajustamento aos requisitos de
Bolonha;
realização de 2 cursos de pós-graduação e de 2 cursos livres;
reforço da colaboração com empresas e/ou empresas da área das ciências da Saúde, através da celebração de
contratos, protocolos ou parcerias de colaboração pedagógica, científica e de prestação de serviços, assim
como o reforço da colaboração com outras entidades congéneres, nacionais e internacionais;
aumento do número de publicações em revistas científicas com arbitragem e fator de impacto (108 publicações
comparativamente a 82 no ano de 2009), também impulsionado pelo aumento de projetos e bolsas de
doutoramento financiados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia;
realização de atividades de divulgação científica e cultural com intervenção da faculdade;
duplicação do número de clientes do Laboratório de Análises Clínicas, que se encontra em fase de
implementação de certificação;
aumento exponencial da faturação da Unidade de Controlo da Qualidade (UCQFarma), primeiro laboratório a
obter acreditação na Universidade de Coimbra, no qual está a ser efetuada uma importante reorganização;
promoção de ações de divulgação e consolidação da imagem da Faculdade junto de públicos alvo (por exemplo,
Curso de verão farmácia@UC 2010, integrado na iniciativa Universidade de verão);
abertura de um posto de colheitas nos Serviços Médico-Sociais, fruto de um protocolo com os SASUC, e que
em muito veio beneficiar a comunidade universitária no acesso a um serviço de qualidade e a custos
controlados;
promoção da reestruturação orgânico/funcional dos diversos serviços e setores da Faculdade, sendo de realçar
que as transformações operadas no âmbito da UC foram bem acolhidas pela FFUC;
apresentação pública do Clube de Antigos Estudantes da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra,
que contou com a participação de mais de 150 ex-estudantes da faculdade.
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Por último, uma referência ao projeto empreendedor Smart Medicines, que arrecadou o segundo prémio do
concurso nacional I2P.
7.1.6 Faculdade de Economia
Num ano em que ficou demonstrado um acréscimo de atividade científica e uma boa dinâmica de
internacionalização, efetuando uma análise resumo da execução do ano de 2010 e das atividades desenvolvidas,
realça-se:
Atividade Pedagógica
oferta de dois novos cursos de 2.º ciclo, não conferentes de grau (Pós-Graduação em Economia Social-
Cooperativismo, Mutualismo e Solidariedade e Pós-Graduação People Management and Organisational
Performance) e de um novo curso de 3.º ciclo (Doutoramento em Sociologia);
preenchimento das vagas oferecidas nos quatro cursos de 1.º ciclo, o que mostra o elevado nível de
procura nos quatro cursos de licenciatura (2350 candidatos a 320 vagas no regime geral);
elevada taxa de procura dos cursos de 2.º e 3.º ciclos;
aumento das notas dos últimos colocados, bem como as notas médias dos estudantes que se matricularam,
tanto na 1.ª como na 2.ª fase, o que denuncia um aumento da qualidade média dos alunos admitidos;
no âmbito da monitorização da qualidade pedagógica da oferta formativa da faculdade, os resultados indicam
que a satisfação com as condições de funcionamento dos cursos apresentam uma taxa superior á média da
UC;
realização de 8 visitas a escolas, visita de 5 escolas secundárias à FEUC, e participação em 2 feiras de
educação/orientação vocacional, com vista à captação de novos alunos;
boa dinâmica de internacionalização (96 alunos outgoing e 233 incoming no 1.º ciclo).
Atividade Científica
mais de 450 publicações em que foram autores ou coautores docentes da FEUC, destacando-se o aumento
das apresentações em artigos de artigos em conferências (124 apresentações em atas de congresso);
desenvolvimento de 72 projetos de investigação no ano de 2010, que envolviam um total de 56
docentes/investigadores;
reforço da atividade da biblioteca, traduzido no registo de 2973 novas entradas (entre ofertas, compras e
permutas) e na promoção de uma lógica de rede entre instituições que permitiu igualmente a consolidação
da boa oferta que caracteriza a biblioteca da Faculdade;
aumento do número de publicações pela rede de centros de investigação da FEUC, com destaque para as
duas publicações de caráter periódico: Notas Económicas (editada pelo Grupo de Estudos Monetários e
Financeiros) e Revista Crítica de Ciências Sociais (editada pelo Centro de Estudos Sociais), registando-se,
no ano de 2010, um total de 63 publicações pelos vários centros da faculdade.
Extensão e Transferência de Saber
realização de 28 projetos de consultoria, promovidos por investigadores da FEUC, bem como a assinatura
de diversos protocolos de cooperação, designadamente aqueles que enquadram o desenvolvimento de
ações com vista à promoção da empregabilidade (acolhimento de estágios, ações de recrutamento e de
consultoria junto de autarquias locais);
ligação entre as atividades da FEUC e a comunidade, através da Associação para a Extensão Universitária
(APEU), com especial destaque para a realização de ações de formação e a elaboração de estudos aplicados
no domínio das áreas de ensino e investigação da FEUC. Realizaram-se 16 cursos de formação avançada
e/ou pós-graduações que contaram com um total de 296 participantes.
Gestão Universitária
Alterações nos serviços da FEUC;
Investimentos na renovação do parque informático das salas de aulas, dos gabinetes de trabalho dos
docentes e da infraestrutura de rede no Bloco de Investigação, bem como em intervenções nas instalações
e na requalificação dos espaços exteriores.
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
7.1.7 Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
A atividade científico-pedagógica e de prestação de serviços à comunidade na FPCEUC foi intensa em 2010, ano
em que comemorou o seu 30.º aniversário. Realça-se:
Ensino
alargamento do quadro formativo, com o 2.º ciclo em Serviço Social (especialização de Gestão de Caso);
preenchimento de 100% das vagas iniciais para os cursos do 1.ºciclo e Mestrado Integrado e crescimento do
número de alunos, essencialmente ao nível do 2.º e 3.º ciclos, com incrementos na ordem dos 21% e 75%,
salientando-se que dos 25% dos alunos que concluíram a sua licenciatura nesta Faculdade, cerca de 54.8%
permaneceu no ano letivo seguinte, ingressando num dos 2.º ciclos.
aumento do número de alunos em mobilidade em cerca de 13,5% relativamente ao ano anterior, com um
aumento de 29,2% na mobilidade incoming e um decréscimo de alunos outgoing;
privilegiando o intercâmbio de saberes entre as diferentes instituições, a FPCEUC estabeleceu e consolidou,
várias parcerias quer com outras Unidades Orgânicas da UC, quer com instituições nacionais e estrangeiras;
de entre um conjunto diversificado de atividades desenvolvidas pelo Gabinete de Apoio ao Estudante,
evidenciam-se o Apoio Psicológico, o Aconselhamento Vocacional e de Carreira e o Atendimento e
Aconselhamento na área da sexualidade - XPTO seXualidades;
alargamento da oferta educativa, ao integrar-se no projeto ED.UC, com 2 cursos de curta duração;
os resultados dos inquéritos pedagógicos semestrais no âmbito do Sistema de Gestão da Qualidade
Pedagógica foram objeto de análise e discussão, para implementação de medidas propostas pelos alunos,
tendo-se registado, de acordo com os resultados mais recentes, uma clara melhoria na satisfação;
no âmbito do Programa de Licenciaturas Internacionais, a FPCEUC ministrou unidades curriculares da área
científica em Ciências da Educação.
Investigação e Desenvolvimento
aprovação, em Conselho Científico, de seis Grupos de Investigação;
continuação da expansão multidisciplinar dos seus temas de investigação, consequência, em grande parte, da
produção científica efetuada nas suas unidades de Investigação e Desenvolvimento: o Centro de
Investigação do Núcleo de Estudos e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC) e o Instituto de
Psicologia Cognitiva, Comportamental, Vocacional e Social (IPCDVS);
aprovação de 18 projetos de investigação financiados, uma parte dos quais desenvolvido em interação com
equipas de investigação de outras instituições nacionais e estrangeiras, facto que evidencia a inserção dos
investigadores da FPCEUC em redes de conhecimento alargadas.
Organização e Gestão
numa ótica de melhoria contínua, foi implementado um sistema para avaliação dos serviços prestados,
através do uso de questionários direcionados aos seus utilizadores, cuja análise dos resultados possibilite a
melhoria das futuras prestações de serviço, tendo-se constatado um balanço muito positivo, com todos os
serviços avaliados com ponderações médias superiores a 3,25 (escala de 1 a 5).
Logística e Infraestruturas
Centro de Informação e Documentação: inicio do funcionamento da Mediateca, um fundo documental
constituído por documentos audiovisuais e em formato digital, que tem como missão a divulgação de
informação técnica, pedagógica e científica de suporte às diversas atividades e início do funcionamento da
Testoteca, uma nova estrutura de apoio técnico-científico com um conjunto de instrumentos de medida e
avaliação psicológica, para apoio nas atividades pedagógicas e investigacionais;
reforço das intervenções na área de reabilitação e requalificação de edifícios, particularmente dando
continuidade à programação das obras do antigo edifício da Farmácia;
grande acréscimo de novos recursos bibliográficos e informativos, fato que se deve, em parte, ao cessar das
atividades dos Núcleos de Investigação e da deslocação do seu acervo documental para a biblioteca.
Ligação à Sociedade
início de funções do Centro de Prestação de Serviços à Comunidade, estrutura que pretende potenciar a
articulação entre a comunidade académica e a sociedade civil, prestando serviços de excelência,
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
designadamente ao nível da investigação externamente solicitada, formação não graduada, consultadoria e
consultas de psicologia.
7.1.8 Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física
Examinando o plano estratégico da Faculdade de Desporto e Educação Física para o ano de 2010, ano em que a
faculdade comemorou o seu 18.º aniversário, é possível destacar:
preenchimento das vagas oferecidas nos 1.º, 2.º e 3.º ciclos de estudos;
implementação do SGQP em todos os ciclos, com a aplicação de inquérito aos docentes e estudantes;
otimização da ferramenta Web on Campus (WoC), com uma taxa de utilização, pelos docentes, de 100% das
funcionalidades disponíveis;
reforço da internacionalização, através do ensino de duas unidades curriculares lecionadas em inglês (por
semestre), do apoio à mobilidade de estudantes, dos três ciclos de estudos, quer incoming quer outgoing, e do
convite a 25 docentes incoming;
desenvolvimento de 11 trabalhos de investigação de 2.ºciclo e de 11 linhas de investigação de doutoramento
com entidades parceiras da economia real;
definição das linhas gerais e curriculum da candidatura ao Programa Erasmus Mundus em Treino Desportivo;
aumento da oferta educativa e de aprendizagem ao longo da vida, fruto da realização de 8 cursos de
especialização ou de pós-graduação e da organização de um curso em e-learning (Pós-graduação em Exercício e
Saúde em Populações Especiais);
atualização semanal da documentação científica na Biblioteca virtual;
realização de 6 ações de formação para os utilizadores da biblioteca, com vista à promoção da qualidade
pedagógica e dos recursos;
desmaterialização dos processos de natureza académica, através da implementação das funcionalidades
disponíveis no NÓNIO;
aumento do rácio de artigos anuais publicados por investigador (2 publicações por docente);
crescimento do número de iniciativas de investigação enquadradas em protocolos e contratos programa com
entidades externas (6 projetos protocolados);
com vista ao fomento da transferência dos conhecimentos foram realizados 8 eventos científicos com a
participação de especialistas convidados nacionais e estrangeiros;
candidatura, com sucesso, para um novo Intensive Programme on Sport Performance: A Lifespan Challenge,
integrando um consórcio composto por universidades europeias e dos Estados Unidos;
aumento das receitas próprias relativamente ao valor de 2009, graças à prestação de serviços no Centro de
Estudos Biocinéticos, da realização das provas físicas de pré-requisitos e da prestação de serviços
interbibliotecas;
com o intuito de aumentar os níveis de reconhecimento, realizaram-se dois eventos de estudantes Erasmus e
aplicou-se um inquérito de satisfação de stakeholders;
realização de 2 ações de reflexão organizacional, de forma a melhorar a comunicação interna e a implementar
valores corporativos.
7.1.9 Instituto de Investigação Interdisciplinar
O Instituto de Investigação Interdisciplinar é uma unidade orgânica que congrega unidades de investigação públicas e
privadas da Universidade, com vista a favorecer e valorizar as atividades de investigação de natureza interdisciplinar e a
assegurar a sua representação nos órgãos da Universidade.
(Estatutos da Universidade de Coimbra, art. 17.º)
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
O III promove investigação e formação avançada interdisciplinares, fomentando o cruzamento fértil entre áreas de
saber e a agregação de equipas, no sentido de garantir capacidade de afirmação internacional da investigação
científica da UC, sendo atualmente composto por 34 Unidades de Investigação da UC, cujo trabalho de
investigação produzido se situa nas áreas das Ciências e da Tecnologia, das Ciências Sociais e das Humanidades. De
realçar que a primeira reunião de diretores de Unidade de I&D e Conselho Cientifico do III se realizou em 2010.
Também com o objetivo de promover investigação e formação avançada interdisciplinares, o III promove a
organização de cursos de doutoramento com vocação interdisciplinar, tendo colocado à disposição, no ano letivo
2010-2011, três doutoramentos, com um total de 41 alunos inscritos:
Doutoramento em Território, Risco e Políticas Públicas, com 12 alunos inscritos;
Doutoramento em Biologia Experimental e Biomedicina, com 17 alunos inscritos;
Doutoramento em Patrimónios de Influência Portuguesa, com 12 alunos inscritos.
Durante o ano de 2010, destacam-se:
regulamentação dos critérios de interdisciplinaridade de atividades sediadas no III;
definição e aprovação dos procedimentos para a aceitação de uma unidade como membro ou como
observadora do III;
integração de estudantes em atividades de investigação;
acompanhamento de todos os projetos de I&D em curso no III, com uma execução financeira próxima de
100% em quase todos os projetos;
organização de sessões públicas de divulgação de oportunidades de financiamento de projetos de I&D;
início da recolha de informação sobre os equipamentos científicos existentes nos centros de investigação para
construção de uma base de dados, para promover e facilitar a utilização comum e manutenção de
equipamentos;
Workshops de demonstração ―Investigue na UC e publique no Mundo‖, pretendendo auxiliar os investigadores
da UC a inserirem os seus curricula na plataforma DeGóis e a sua plataforma científica na plataforma Estudo
Geral.
7.1.10 Colégio das Artes
O Colégio das Artes é uma Escola de Estudos Avançados que dá coesão institucional à reflexão científica interdisciplinar nos
domínios artísticos e desenvolve o espírito criativo, em diálogo permanente com o conjunto dos saberes cultivados nas várias
Faculdades.
(Estatutos da Universidade de Coimbra, art. 17.º)
O Colégio das Artes opera no campo da arte contemporânea, na sua relação com a arquitetura, o cinema e as
artes performativas numa ótica transdisciplinar, tendo passado a dispor de instalações físicas em julho de 2010.
Iniciou as suas atividades letivas no corrente ano, processo que vinha sendo preparado de modo mais intenso no
2.º semestre do ano letivo 2009-2010. As aulas tiveram início no mês de outubro com dois cursos:
curso de 3.º Ciclo em Arte Contemporânea, com 23 doutorandos;
Mestrado em Crítica de Arte e Arquitetura, com 7 alunos.
O Colégio começou por marcar presença na XII Semana Cultural da Universidade de Coimbra, coorganizando o
colóquio ―Bauhaus: arquitetura e causa pública‖, juntamente com a Secção de Artes do Departamento de História,
Arqueologia e Artes da FLUC, com o CEISXX, com o Centro de Estudos Arqueológicos das Universidades de
Coimbra e Porto (CEAUCP), e a Trienal de Arquitetura de Lisboa.
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Paralelamente, o Colégio das Artes foi responsável pela montagem da exposição ―O modernismo alemão na
coleção Paulo Parra – Peter Behrens, Bauhaus e Ulm‖, patente ao público na Galeria de Exposições Temporárias
do Museu de Antropologia entre os dias 3 e 19 de março. Este foi um marco importante na afirmação do Colégio,
uma vez que esta exposição foi visitada por largas dezenas de pessoas.
Integrado no programa do Curso de Doutoramento, o Colégio das Artes organizou um conjunto de conferências:
19 de novembro – Abílio Hernandez Cardoso | O cinema e a cidade: de La Ciotat a Hiroshima e Sarajevo,
como se constrói uma memória, como se esquece uma cidade...;
3 de dezembro – António Olaio | A universidade segundo Marcel Duchamp; Jorge Figueira | Os arranha-céus e
Dali;
10 de dezembro – Delfim Sardo e João Queiroz | Pintura, Protocolo e Representação.
7.2 Unidades Orgânicas de Investigação
A Universidade de Coimbra dispõe de duas Unidades Orgânicas de Investigação, o Instituto de Ciências Nucleares
Aplicadas à Saúde (ICNAS) e o Tribunal Universitário Judicial Europeu (TUJE).
7.2 .1 Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde
O ICNAS é uma unidade orgânica de investigação com caráter multidisciplinar, que tem como objetivo desenvolver novas
técnicas de investigação básica e clínica, bem como prestar serviços especializados de saúde no domínio das aplicações
biomédicas das radiações.
(Estatutos da Universidade de Coimbra, art. 18.º)
Das atividades desenvolvidas em 2010 pelo ICNAS, destacam-se:
Investigação
20 artigos publicados (artigos completos publicados em revistas indexadas internacionais ou em revistas
nacionais; artigos publicados em revistas indexadas ou em revistas nacionais sob a forma de resumos e
resumos em ―proceedings‖ de conferências);
26 comunicações científicas (comunicações orais ou posters em eventos nacionais e internacionais;
edição de 3 livros;
participação em 4 projetos de investigação;
orientação de 6 teses de doutoramento, 4 de mestrado, 1 de pós-graduação e 1 de estágio;
transferência e valorização do conhecimento, designadamente, ações de formação, palestras, cursos,
conferências, num total de 5 iniciativas;
organização de duas reuniões científicas do ICNAS: Tumores Neuroendócrinos e PET em oncologia.
Acordos e protocolos de colaboração
acordo de colaboração com instituições de ensino superior, nas áreas do ensino, investigação, inovação e
transferência de tecnologia e no desenvolvimento científico e técnico dos recursos materiais e humanos
(Instituto Politécnico de Leiria e Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra);
acordos de prestação de serviços na área da Medicina Nuclear, com o CHC de Coimbra, o Hospital
Distrital de Santarém e o Centro Hospitalar da Cova da Beira.
Prestação de Serviços
realização de um total de 6449 exames realizados, o que representa um acréscimo de 20% em relação ao
ano anterior.
Instalações e equipamento
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
aquisição e instalação de equipamentos necessários à atividade do ICNAS, designadamente equipamento de
radioproteção individual e coletivo, equipamento de PET (estudos da Patologia tumoral da mama) e Câmara
Gama (para investigação nas áreas básica e clínica);
recuperação da antecâmara do Ciclotrão e da Radiofarmácia;
realização de ações de formação no âmbito da segurança radiológica, bem como a aprovação do plano de
emergência do ICNAS.
Outros
início de funções da Comissão de Ética, após aprovação da sua constituição.
7.2.2 Tribunal Universitário Judicial Europeu
O TUJE é uma unidade orgânica de investigação com caráter multidisciplinar que convoca vários saberes relacionados com a
atuação de um Tribunal e aproveita e estimula as competências de várias Faculdades com o objetivo de ajudar a melhorar o
ensino do Direito e a prestação de serviços de Justiça, junto da qual funcionará, sob a responsabilidade do Ministério da
Justiça, segundo os esquemas de competência constitucional e legalmente instituídos, um Tribunal de 1.ª instância nos
mesmos moldes dos tribunais judiciários normais.
(Estatutos da Universidade de Coimbra, art. 18.º)
O TUJE, criado em 2007, surge após o desafio lançado pela sociedade de inovação/Agenda de Lisboa, aos
estabelecimentos de ensino superior no sentido de contribuírem para a criação e sustentação de uma sociedade
de conhecimento no espaço europeu. Não dispõe ainda de espaço físico, o que condiciona a sua atividade, mas
futuramente terá a sua sede no edifício do antigo Colégio da Trindade, recuperado e adaptado para o efeito.
No âmbito das suas atribuições (Tribunal Universitário, Judicial e Europeu) e no quadro da construção de uma
sociedade de inovação e de conhecimento, o TUJE visa constituir-se como participante de referência no esforço
nacional de melhoria permanente de serviços de justiça prestados aos cidadãos. Na programação e execução das
suas atividades, orienta-se por diretrizes de contínua contenção integradora das dimensões universitária, judicial e
de investigação.
Como instância modernizadora de ensino, pretende proporcionar, em articulação com Tribunais integrados na
organização judiciária, condições de formação completa aos estudantes da Universidade, designadamente do 2.º
ciclo, de forma que o serviço de justiça se aproxime do ensino e este da prática judiciária.
Empenhado na construção da sociedade de conhecimento, enquadrará um centro de investigação multidisciplinar
que, de modo articulado com os tribunais instalados junto do TUJE e com as unidades orgânicas de ensino e de
investigação da Universidade de Coimbra cultoras dos vários saberes coenvolvidos, desenvolva projetos de
investigação proporcionadores de uma reflexão crítica sobre as estruturas, as decisões e as práticas dos Tribunais.
7.3 Unidades de Extensão Cultural e de Apoio à Formação
Estas unidades são as estruturas universitárias responsáveis pela coordenação dos meios e dos recursos que asseguram a
gestão racional do espólio bibliográfico e documental, arquivístico, da atividade editorial, bem como pela concretização da
estratégia de coordenação definida nestas matérias pelos órgãos competentes da Universidade.
(Estatutos da Universidade de Coimbra, art. 26.º)
7.3.1 Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra
A BGUC tem como atribuições fundamentais a preservação, o enriquecimento, o tratamento técnico e a difusão
do seu património bibliográficos e documental, o apoio ao ensino e à investigação, através da disponibilização de
informação bibliográfica. Compete-lhe ainda a gestão da Biblioteca Joanina, que pela sua riqueza arquitetónica e
decorativa, é monumento nacional, albergando um riquíssimo conjunto bibliográfico constituído por obras
impressas do séc. XVI aos finais do séc. XVII.
Destacam-se as seguintes atividades no âmbito dos objetivos definidos:
60
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
crescimento do tratamento técnico bibliográfico para os documentos impressos, quer de monografias
(acréscimo de 13,6%), quer de publicações em série (aumento de 7,2%);
aumento das exposições bibliográficas realizadas, com a realização de 3 grandes exposições bibliográficas e de
16 mostras mais pequenas realizadas seja na Biblioteca Joanina seja nas vitrinas da Sala do Catálogo;
realização de anúncios públicos de atividades ou resultados, de onde se recordam apenas os 5 anúncios a que
se atribui maior importância:
apresentação da obra Tesouros da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, dando a conhecer algumas
das preciosidades guardadas na BGUC;
marca do património europeu atribuída à Biblioteca Geral;
obras da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra incluídas na Europeana;
abertura total do edifício da Biblioteca Joanina ao público;
acordo entre as bibliotecas da Universidade de Coimbra e a Biblioteca Nacional de Portugal.
desenvolvimento do sítio web, com a disponibilização de 62 novos ficheiros na homepage da BGUC e com a
tradução para inglês do site da Biblioteca Joanina;
implementação do inquérito aos estudantes da Biblioteca, pela Área de Leitura, Referência e Apoio ao
Utilizador, no sentido de preparar e dinamizar a auscultação dos utentes da BGUC relativamente à satisfação
do serviço.
A BGUC acolhe o Sistema Integrado das Bibliotecas da Universidade de Coimbra (SIBUC), coordenado também
pelo seu diretor, apesar de organicamente dependente da Reitoria. Tem como missão principal a criação de
sinergias com a BGUC e com as diversas bibliotecas universitárias, procedendo à gestão de tarefas comuns a todas
as bibliotecas da UC, por forma a garantir que o acesso à informação seja o mais adequado às necessidades dos
seus utilizadores. Fomenta, por isso, a cooperação entre elas, promovendo o seu desenvolvimento e
funcionamento em rede.
Diversos foram os projetos desenvolvidos, sendo exemplo a Biblioteca Digital de Fundo Antigo da Universidade de
Coimbra (Alma Mater), inaugurada em julho e que resultou da execução de diversos processos de digitalização e
encadernação digital levados a cabo nas bibliotecas da UC, congregando, valorizando e aumentando várias
bibliotecas digitais já existentes bem com outras novas.
Outro dos projetos é a República Digital, inaugurada juntamente com a Alma Mater (de que é parte integrante),
com o patrocínio da Comissão das Comemorações do Centenário da República e que integra um conjunto
diversificado de documentação relacionada com a afirmação das ideias e das instituições republicanas em Portugal
e com a oposição republicana ao Estado Novo.
Durante o ano de 2010, foram efetuados 101.532 empréstimos e 70.189 devoluções no conjunto das bibliotecas
que integram o SIBUC, verificando-se um aumento em relação ao ano anterior.
Quadro 27: Empréstimo domiciliário do SIBUC
Empréstimo domiciliário 2009 2010*
Empréstimo Devolução Empréstimo Devolução
Total 94.681 65.583 101.532 70.189
* no ano de 2010, a Biblioteca da Faculdade de Letras passou também a integrar o SIBUC.
Em 2010, destacaram-se:
projetos Catálogo Científico do Doutor Luís de Albuquerque e Organização do Espólio de Carolina Michaëlis
de Vasconcelos e catalogação do respetivo epistolário, financiados pela Fundação Calouste Gulbenkian;
61
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
conversão e integração dos registos dos fundos bibliográficos da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra;
apoio à Biblioteca da Faculdade de Letras, encontrando-se já a funcionar o empréstimo automatizado e as
reservas de documentos on-line;
desenvolvimento do Estudo Geral (EG), tendo sido disponibilizada, aos respetivos júris, a produção científica de
cada candidato a Provas de Agregação;
participação nas reuniões do Grupo de Trabalho Open Acess – RCAAP, que decorrem desde 2009;
parceiro no projeto European Local, disponibilizando conteúdos da Biblioteca Geral de Fundo Antigo;
organizações diversas de ações de formação no âmbito do software Millenium e ao Estudo Geral e ainda à
plataforma DeGóis.
7.3.2 Arquivo da Universidade de Coimbra
O Arquivo da Universidade de Coimbra é o depositário da riquíssima documentação produzida e recebida pela
Universidade de Coimbra, ao longo da sua história, incluindo o diploma do Rei D. Dinis considerado como a carta
de fundação da UC, e integrando ainda os fundos documentais do Arquivo Distrital, e tem como missão principal a
sua preservação, enriquecimento e tratamento técnico.
Em conformidade com a execução do plano de atividades, o AUC acabou por cumprir os objetivos mais
diretamente ligados quer à atividade arquivística quer aos aspetos que de forma genérica caracterizam esta unidade
– de cultura e de apoio à formação – expressas nos Estatutos da UC. Assim, apresenta-se de seguida uma breve
síntese das ações desenvolvidas pelo AUC:
dinamização de atividades:
aumento do n.º de eventos culturais organizados pelo AUC ou em que colabora (colóquios, conferências,
debates, palestras), destacando-se, a título de exemplo, a exposição subordinada ao tema 450 anos da
Confraria da Rainha Santa Isabel;
divulgação da disponibilidade para receber visitas de estudo, junto de entidades educativas, o que resultou
em 5 visitas de estudo;
aumento do número de media contactados para divulgação de atividades do AUC;
realização de uma exposição documental com catálogo na Semana Cultural da UC.
promoção do intercâmbio com as Faculdades no apoio à formação, através do intercâmbio e colaboração com
2 entidades externas à UC e com o acolhimento de 8 estudantes/ recém-licenciados em estágios profissionais;
gestão dos espaços disponíveis com a transferência de documentação para o ―arquivo automático‖;
implementação da melhoria dos processos de gestão quotidiana, com a promoção de ações de formação aos
colaboradores e satisfação dos pedidos de informação em 48h (quando indicados os elementos essenciais
mínimos);
angariação de receitas próprias/ apoios, fruto de protocolo com uma entidade externa;
tratamento dos fundos arquivísticos (2 fundos com a aplicação Digitarq, 6 fundos documentais e reconversão
de 2 instrumentos de pesquisa dos fundos arquivísticos);
modernização das atividades administrativas, fruto da concretização da aplicação do sistema de comunicação de
informação desmaterializada ao setor de digitalização do AUC.
7.3.3 Imprensa da Universidade
A Imprensa da Universidade de Coimbra (IUC) é uma instituição com uma história que honra a Universidade, a
cujo serviço está desde finais do século XVIII, cabendo-lhe essencialmente definir e executar a política editorial da
UC e programar coordenar e orientar a publicação de obras de interesse cultural, científico e pedagógico.
Relativamente às atividades desenvolvidas pela evidenciam-se:
edição de 70 novas obras;
lançamento de 24 livros, em múltiplos espaços da cidade e também em Lisboa e na Figueira da Foz;
62
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
exposição itinerante ―Estórias Republicadas. Impressões que fazem história‖, patente em 24 instituições
(bibliotecas escolares, bibliotecas municipais);
colóquio sobre ―Gestão Editorial‖, em abril, no Instituto de Coimbra;
workshop sobre ―Marketing do Livro‖, em abril, na Fundação Cultural da UC;
colóquio internacional ―As Três Religiões do Livro‖, em novembro, na FLUC;
projeto ―10 Paixões em forma de Romance‖ (organização da votação eletrónica aberta a toda a UC, reunião de
júri para seleção das obras finalistas e primeiras 2 tertúlias literárias sobre os livros eleitos);
primeira edição do Prémio Joaquim de Carvalho;
participação na Feira do Livro de Coimbra, durante duas semanas, em abril / maio, na Praça da República;
dinamização da APEES (alargamento para 13 sócios; apresentação no MCTES, DGLB e APEL; parceria com a
Wook; projeto de livro conjunto sobre o Ensino Superior);
projeto de migração das revistas universitárias de Coimbra para plataforma digital – 1.ª fase (em colaboração
com a FLUC e a BGUC);
primeira fase da composição do Catálogo Comum de publicações da UC (desde 1999);
coleção documental Eng.º José Neves dos Santos (movimentos estudantil em Coimbra, década de 1970): início
da catalogação e estudo, em parceria com o CD 25 de Abril e o CES.
7.3.4 Centro de Documentação 25 de Abril
O Centro de Documentação 25 de Abril visa recuperar, organizar e pôr à disposição da investigação científica o
valioso material documental disperso pelo país e estrangeiro, sobre a transição democrática portuguesa: o 25 de
Abril de 1974, os acontecimentos preparatórios e as suas principais consequências.
O ano de 2010 caracterizou-se por um intenso trabalho interno, em que se procurou fazer confluir os recursos
disponíveis para a organização do acervo arquivístico e documental, com vista a uma difusão de informação
histórica e científica mais célere e alargada, dando especial atenção ao enriquecimento da oferta de acesso à
informação e documentação em linha, a partir da página do CD25A na Internet. Assim, destacam-se:
Educativa e extensão cultural
colaboração nas Comemorações Oficiais do 25 de abril no Palácio de Belém, com a seleção e digitalização
de iconografia variada para projeção nos muros do Palácio;
colaboração na produção do espetáculo ―FireWorks‖, realizado na Casa da Música, através do apoio à
seleção de documentos sonoros e iconográficos;
colaboração na organização de exposições comemorativas do 25 de abril, com cerca de 40 instituições
(escolas câmara municipais, associações), através do empréstimo e da cedência de material pedagógico;
colaboração no repositório da UC ―República Digital‖ e no portal das Comemorações Nacionais dos Cem
Anos da República através da catalogação e digitalização de 15 documentos raros que incluímos numa
página online especial a que chamámos ―Dossier 5 de outubro‖;
colaboração no projeto ITunes University (UC) através da organização de documentos vídeo e
iconográficos sobre o 25 de abril de 1974.
Investigação
parceria e colaboração ativa com o Centro de Estudos Sociais em 3 projetos financiados, dois deles na área
dos estudos sobre a Guerra Colonial e o Pós Colonialismo;
realização de pesquisa documental e reprodução de imagens de arquivo para uma instituição e uma
exposição.
Desenvolvimento de suportes de apoio ao conhecimento
projeto ―O processo SAAL em fotografias‖, com preservação de cerca de 2500 imagens do arquivo
fotográfico do CD25A, com apoio da Fundação Calouste Gulbenkian;
atualização da página on-line e guia de Fundo de Arquivo com mais de 20 novos inventários de espólios;
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
entrada, por oferta, de 5 arquivos e espólios documentais, bem como 16GB de páginas de documentos
oficiais;
colocação de mais de 5000 páginas de documentos digitalizados no ―Arquivo Digital – Estudo Geral‖;
colaboração na edição de 3 obras.
Instalações e Infraestruturas
obras de reabilitação do Colégio da Graça, na Rua da Sofia, no âmbito do QREN nacional, com o propósito
da partilha de espaços de leitura com o Centro de Estudos Sociais (CES);
transferência de cerca de 3000 volumes para a biblioteca norte/sul no CES;
reforço e renovação de parte da rede informática interna para possibilitar a instalação de mais postos de
trabalho e para apoio ao incremento da disponibilização, aos utilizadores, de reprodução digital de
documentos.
7.3.5 Biblioteca Ciências da Saúde
A Biblioteca das Ciências da Saúde é uma unidade que resulta da fusão das anteriores Bibliotecas das Faculdades de
Medicina e de Farmácia, no âmbito da concretização da estratégia de racionalização da gestão dos espaços e
espólio bibliográfico, disponibilizando o acesso dos seus fundos documentais a toda a comunidade universitária
bem como à restante comunidade científica nacional e internacional.
Durante o ano de 2010, a BCSUC desenrolou a sua atividade de acordo com as práticas inerentes a um serviço de
biblioteca, destacando-se:
realização de 59 sessões de formação com utilizadores discentes, agendadas, com pesquisa em bases de dados
e recuperação dos artigos pesquisados;
sessões de acompanhamento a docentes para recuperação de documentos e elaboração de listas a partir do
Science Citation Index;
empréstimo de 1253 monografias ao domicílio;
manuseamento de todos os exemplares dos livros da BCSUC, para alteração do registo informatizado e novo
processo de etiquetagem, devido à fusão das bibliotecas predecessoras;
tratamento técnico, cotação dos livros novos adquiridos por ambas as Faculdades e sua disponibilização em
acesso livre;
criação e alteração de mais de 10.000 registos bibliográficos;
atualização do processo de registo de existências e da Coleção de Publicações Periódicas;
aumento do número de lugares de estudo na Biblioteca, através do uso do mobiliário da esplanada, equipando
com a Sala do Catálogo com um número extra de 44 lugares;
inquérito de satisfação aos seus utilizadores presenciais onde se avaliaram vários parâmetros – qualidade do
atendimento, dos fundos documentais, do ambiente de trabalho, das infraestruturas e do espaço;
participação na Conferência Europeia de Bibliotecas da Área da Saúde (EAHIL), que decorreu em Lisboa e no
Estoril de 14 a 18 de junho, com intervenção a nível de Comissões Científica e Organizadora e moderação de
sessões.
7.4 Fundações
Na prossecução dos seus objetivos, a Universidade de Coimbra é apoiada por duas Fundações por si criadas:
A Fundação Museu da Ciência, para a gestão e valorização do património de museologia científica da
Universidade e respetivos espaços;
A Fundação Cultural da Universidade de Coimbra, para a coordenação de atividades culturais de iniciativa
universitária.
(Estatutos da Universidade de Coimbra, art. 15.º)
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
7.4.1 Fundação Museu da Ciência
A Fundação tem por fim a administração e exploração do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, como
pólo educativo e centro interdisciplinar de produção e divulgação científica e cultural.
Em 2010, ano da obtenção do Prémio APOM para o melhor serviço educativo de museus portugueses, o Museu
da Ciência manteve um elevado nível de atividade, à semelhança de anos anteriores, o que lhe permitiu alcançar
um destaque nacional e internacional na divulgação da ciência que importa sublinhar:
exposições, conferências, lançamentos de livros, visitas de grupo e escolares, atividades pedagógicas para
crianças e famílias, concursos, teatro, música, formação para professores, fizeram parte das mais de 50
atividades concretizadas, que se traduziram em mais cerca de 200 eventos;
as atividades desenvolvidas foram muito diversificadas e abrangentes, tendo envolvido 173
cientistas/investigadores da Universidade de Coimbra, além de outras Universidades e Centros de Investigação
de Lisboa e Porto;
acolheu 28 331 visitantes, dos quais 1726 estrangeiros, e foi visitado por 9 237 estudantes, correspondendo a
200 grupos escolares de todo o país;
manteve e alargou as parcerias e colaborações com diversos centros de investigação como o Centro de
Neurociências e Biologia Celular (CNC), o IMAR-Instituto do Mar, o Centro de Ecologia Funcional, o Jardim
Botânico, o Centro de Física Computacional, entre outros.
Foram muitas as iniciativas e atividades com grande afluência e impacto públicos:
programação centrada no Ano Internacional da Biodiversidade:
realização de um ciclo internacional de conferências de elevado nível que reuniu cientistas e investigadores
nacionais e estrangeiros;
lançamento do concurso ―Diários da Biodiversidade‖, dirigido a escolas e famílias;
realização da iniciativa ―Planta uma árvore com a tua escola‖, um desafio que mobilizou escolas de todo o
país;
participação na Semana Polar Internacional que reuniu no Museu da Ciência muitos cientistas polares;
concretização do projeto ―Os Bichos‖ que permitiu a recolha de histórias tradicionais;
lançamento do desafio de conhecer melhor ―A Biodiversidade à minha volta‖, com as Férias no Chimico;
participação intensa nas Comemorações do Centenário da República, através da organização da exposição ―Ver
a República‖;
Noite Europeia dos Investigadores, um projeto financiado pela União Europeia, que colocou os cientistas a
interagirem diretamente com os outros cidadãos, num ambiente de grande festa da ciência;
Noite dos Morcegos, uma colaboração com o Paço das Escolas e a Biblioteca Joanina, que contou igualmente
com a participação de centenas de pessoas;
programa Trilhos, que trouxe muitos participantes à procura da ciência surpreendente que podemos encontrar
nas ruas e nos jardins;
projeto Homem, cidade e ciência, em parceria com a Câmara Municipal de Coimbra, visando desenvolver o
diálogo entre a comunidade científica, a sociedade civil e as autoridades locais;
possibilidade de visita ao Gabinete de Física para quem visite o Paço das Escolas e adquira o bilhete geral que
inclui a visita ao Museu da Ciência.
O ano de 2010 foi ainda marcado pelo alargamento da oferta dos espaços museológicos, uma vez que passou a ter
a responsabilidade da gestão dos espaços e coleções museológicas de Zoologia, Física, Astronomia, Geologia e
Mineralogia, Botânica e Antropologia.
7.4.2 Fundação Cultural da Universidade de Coimbra
A Fundação Cultural da Universidade de Coimbra, entidade de direito privado e de interesse público desenvolve a
sua atividade através da gestão das seguintes unidades: Auditório da Reitoria, Estádio Universitário de Coimbra,
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Teatro Académico de Gil Vicente e da administração do Palácio de São Marcos. A sua estratégia consiste em
promover, apoiar e dinamizar iniciativas no âmbito da atividade científica, cultural e social da Universidade, tendo
em vista a preservação e beneficiação do património e a sua utilização eficiente na prestação de serviços à
comunidade académica e à sociedade em geral, que contribuam para o desenvolvimento social e cultural.
No cumprimento destes objetivos, decorreram em 2010 um conjunto de iniciativas que representaram 268.362
pessoas distribuídas por eventos culturais e desportivos, entre outros.
Quadro 28: Públicos da Fundação Cultural
Públicos
Auditório da Reitoria Participantes 10.530
Estádio Universitário de Coimbra Utilizadores 181.081
Palácio de São Marcos Participantes/ Utilizadores 2.174
Teatro Académico de Gil Vicente Audiências 74.577
Total 268.362
Ao nível orgânico, procedeu-se a um reorganização da estrutura da fundação, com a criação dos Serviços Comuns
às diversas áreas que a compõem. Iniciou-se também o processo de criação da imagem institucional da fundação e
foi finalizado o registo do domínio e alojamento do sítio na internet.
7.4.2.1 Auditório da Reitoria
O Auditório da Reitoria é um espaço de confluências ideal para eventos de caráter científico, cultural, empresarial
e social. O anfiteatro, espaço com uma lotação de 470 lugares e um conjunto de estruturas de apoio e meios
técnicos, acolheu 10.530 pessoas em 42 iniciativas – congressos, conferências, reuniões e workshops – com
manifesto interesse para a Universidade de Coimbra e para a comunidade em geral.
7.4.2.2 Estádio Universitário de Coimbra
O Estádio Universitário de Coimbra é um complexo desportivo que proporciona a prática desportiva à população
universitária e à comunidade em geral, quer na área da iniciação, quer nas áreas da formação e da especialização
desportiva. Paralelamente a estas, o EUC proporciona ainda a realização de atividades de lazer e de manutenção,
organizadas ou casuais, e de eventos de referência através de um conjunto de estruturas (mini-pavilhão, 3
pavilhões e um polidesportivo, campo pelado, campo rugby, campo principal relvado e pista de atletismo, campos
de ténis - piso sintético -, pista de radiomodelismo e sala de cultura física, sala de musculação e cardiofitness, e
circuito de manutenção).
Durante o ano de 2010, foram contabilizados 181.081 praticantes, dos quais 155.384 associados a atividades/
modalidades da AAC, sem contabilizar os utilizadores da FCDEFUC, da Escola Secundária Jaime cortesão e os
utilizadores das áreas livres (comunidade em geral). Olhando por modalidade, destaca-se a atividade de Cultura
Física, com aproximadamente 59.000 utilizadores em 2010.
Ao nível dos eventos refira-se a realização do 7.º Campeonato Europeu Universitário de Ténis, o Campeonato de
Portugal em Boccia e o XX Torneio "Cidade de Coimbra" em Patinagem.
De realçar que está em funcionamento, desde dezembro, uma comissão de gestão, integrando os organismos que
têm interesses e obrigações no EUC, e que tem como funções não só a gestão corrente, mas também a
apresentação, no final de 2011, de um Plano de Desenvolvimento.
7.4.2.3 Palácio de São Marcos
O Palácio de São Marcos, localizado nos arredores de Coimbra (S. Silvestre), foi cedido à Universidade de
Coimbra pelo Estado Português, em 1981. Constituído por um palácio, espaços naturais envolventes e Igreja –
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
classificada como monumento nacional desde 1910 –, esta estrutura reúne as condições ideais para realizações de
atividades científicas, culturais e sociais potenciando e valorizando a componente patrimonial e paisagística.
No âmbito das atividades desenvolvidas em 2010, o Palácio de São Marcos recebeu 2.174 pessoas em 22 eventos
de caráter social e empresariais (congressos, reuniões, jantares, entre outros) ligados à Universidade de Coimbra,
entidades públicas locais, e outros de índole privada.
Para além da vertente de acolhimento de eventos, o Palácio de São Marcos presta ainda o serviço de visitas guiadas
à Igreja, mesmo que de forma casual, totalizando, no decurso do ano, cerca de 300 pessoas (a título privado ou
organizadas em grupo).
7.4.2.4 Teatro Académico de Gil Vicente
Ao Teatro Académico de Gil Vicente incumbe a promoção da realização de espetáculos e de outras manifestações
de índole cultural ou artística. Enquanto espaço de serviço público, oferece uma programação diversa através de
parcerias, intercâmbios e coproduções/coorganizações. O exercício da atividade do TAGV resulta da promoção,
dinamização e divulgação artística e cultural no âmbito de compromissos estabelecidos, através de parcerias –
partilha de receitas de bilheteira com as produtoras/organizações acolhidas (73 eventos) – ou através da cedência
de utilização da sala de espetáculos (52 eventos).
Em 2010 acolheu 74.577 pessoas em eventos distribuídos por 290 sessões de diversas áreas performativas (teatro,
dança, música e áreas multidisciplinares), cinema, e ainda workshops, exposições e debates.
Especial destaque para as iniciativas coproduzidas ou coorganizadas com outras entidades, como é o caso da Festa
do Cinema Francês e a Semana Cultural da Universidade de Coimbra. O TAGV foi ainda palco da digressão
internacional dos Nouvelle Vague (França) e do início dos concertos nacionais dos Belle Chase Hotel. Refira-se ainda
que acolheu 2 estreias absolutas e o projeto em residência da Companhia Paulo Ribeiro para o espetáculo
Paisagens… Onde o negro é cor.
7.5 Centro de Estudos Superiores da UC em Alcobaça
O Centro de Estudos Superiores da Universidade de Coimbra em Alcobaça apresenta uma oferta formativa
orientada para o aprofundamento do conhecimento e valorização profissional.
No âmbito da formação contínua de professores, tem vindo a ser ministrado o Curso de Formação Especializada
em Administração Escolar (5.ª edição em 2009/10 e 6.ª edição em 2010/11), que constitui um espaço de formação
interdisciplinar inovador (articulando saberes da área das ciências da educação com a da gestão administrativa),
capaz de potenciar a valorização da integração de saberes técnicos no desenvolvimento de um pensamento
educacional adequado aos desafios do presente - futuro.
Em 2009/10, arrancou o Mestrado em Gestão Escolar, parceria entre a FEUC e a FPCEUC, cujo 2.º ano se
encontra atualmente a decorrer. Decorre ainda, em 2010/11, a 6.ª edição do Mestrado em Lazer e
Desenvolvimento Local, da responsabilidade da FCDEFUC.
7.6 ICNAS Produção, Lda
A ICNAS Produção-Unipessoal, Lda foi constituída em maio de 2009, com o objetivo de operação do ciclotrão,
tendo em vista a produção, controlo de qualidade e disponibilização de radionuclídeos e radiofármacos. Encontra-
se sediada no mesmo espaço do ICNAS, no Pólo das Ciências da Saúde e entre as duas entidades existe um
protocolo de utilização do edifício, do ciclotrão e demais imobilizado.
O ano de 2010 foi um ano de aplicação de conhecimento, de investigação e de testes de qualidade, tendo
desenvolvido vários projetos de investigação e desenvolvimento, nomeadamente nos radiofármacos com 18F e
carbono 11, e tendo obtido de licenças sem as quais era possível a laboração e a evolução da empresa:
licença de Fabricação Industrial emitida pelo Ministério da Economia;
autorização de Fabrico, emitida pelo INFARMED;
licença de Boas Práticas de Fabrico emitida pelo INFARMED.
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Re
curs
os
hu
man
os
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
8. Recursos humanos
A Universidade de Coimbra, no final de 2010, contava com 3.334 efetivos, maioritariamente do sexo feminino.
Efetuando a desagregação por pessoal docente/investigador e não docente, constata-se, contudo, que tal já não é
verdade no grupo do pessoal docente/investigador, maioritariamente do sexo masculino.
Quadro 29: Efetivos por género
H M Total
Pessoal Docente e Investigador 951 622 1573
Pessoal Não Docente 595 1166 1761
Total por Género 1.546 1.788 3.334
Convertendo o número de efetivos de pessoal docente/investigador em Equivalente a Tempo Inteiro (ETI)
passamos a 1.296,74, em virtude da existência de docentes a tempo parcial.
Quadro 30: Distribuição dos docentes e investigadores (ETI), por grau
Grau Doutorados Não Doutorados Total
Total 1044,3 252,44 1296,74
No que respeita ao pessoal não docente, assiste-se a uma maior representatividade do grupo assistente
operacional, justificado essencialmente pelo pessoal afeto aos SASUC (cerca de 60% do total de assistentes
operacionais do grupo público UC).
Quadro 31: Distribuição do pessoal não docente por grupo profissional
H M Total
Dirigente 24 18 42
Técnico Superior 114 274 388
Assistente Técnico 148 381 529
Assistente Operacional 224 373 597
Outro 85 120 205
Total 595 1.166 1.761
O pessoal da Universidade de Coimbra tem, na sua maioria, entre 40 e 49 anos (32,7%) e entre 50 e 59 anos
(30,5%).
Gráfico 11: Estrutura etária dos recursos humanos
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100
mais de 60
50 - 59
40 - 49
30 - 39
menos 30
mais de 60
50 - 59
40 - 49
30 - 39
menos 30
2010 2009
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Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Desagregando por pessoal docente/investigador e pessoal não docente, verifica-se que o primeiro grupo tem
maioritariamente entre 40 e 49 anos, enquanto que o pessoal não docente apresenta-se maior concentrado na
faixa etária 50-59. De referir ainda que no geral as mulheres são mais jovens do que os homens.
Gráfico 12: Estrutura etária dos pessoal docente/Investigador e do pessoal não docente
Quanto à movimentação de pessoal, o número de admissões foi superior ao número de saídas, em todos os
grupos e géneros.
Quadro 32: Movimentos de pessoal – admissões / saídas
Admissões Saídas
H M H M
Pessoal Docente 141 75 121 37
Pessoal Não Docente 113 206 112 194
Total por género 254 281 233 231
Total global 535 464
Relativamente ao motivo das saídas, podemos referir que a aposentação justifica apenas 20,91% das saídas, sendo a
maioria dos casos justificados por outros motivos.
Quadro 33: Movimentos de pessoal – motivo das saídas
Motivo das Saídas
Falecimento 3
Aposentação 97
Limite de idade 10
Demissão 4
Mútuo Acordo 20
Mobilidade 12
Outros Motivos 318
O investimento na formação e na qualificação dos recursos humanos é essencial, trazendo benefícios, quer ao nível
de qualidade, quer de eficiência. Em 2010, realizaram-se 110 formações internas, maioritariamente de curta
duração (menos de 30 horas). Realça-se que o processo de reestruturação da Universidade e dos seus serviços
exigiu uma maior aposta em formações direcionadas para a gestão da mudança ou para os novos contextos de
mais de 60; 147
50 - 59; 432
40 - 49; 573
30 - 39; 346
menos 30; 75
mais de 60; 147
50 - 59; 574
40 - 49; 495
30 - 39; 402
menos 30; 143
Pessoal Docente/Investigador Pessoal Não Docente
70
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
trabalho, designadamente ao nível das novas ferramentas informáticas (quer com o seu desenvolvimento, quer com
a extensão de algumas – como é o caso do SAP – a unidades que não as utilizavam anteriormente).
Quadro 34: Número de ações de formação profissional
Menos de 30 horas De 30 a 59 horas De 60 a 119 horas 120 horas ou mais Total
Ações Internas 108 2 0 0 110
Ações Externas 33 1 2 0 36
Total 141 3 2 0 146
A análise da escolaridade dos efetivos da UC mostra que mais de 70% dos docentes são doutorados, existindo
ainda cerca de 15% que possuem o grau de licenciado.
Gráfico 13: Distribuição percentual do pessoal docente, por nível de escolaridade
Cerca de 36% dos trabalhadores não docentes detêm habilitações académicas de nível superior. Contudo, a
percentagem de trabalhadores que detém habilitações até ao 6.ºano é de 29%. No entanto, a tendência será no
sentido de diminuir esta percentagem, dada a aposentação de trabalhadores com níveis habilitacionais inferiores e a
exigência de habilitação superior no ingresso de novos trabalhadores.
Gráfico 14: Distribuição percentual do pessoal não docente, por nível de escolaridade
Licenciatura; 15,702%
Mestrado; 13,032%
Doutoramento;
71,265%
4-6 anos de escolaridade;
29,074%
9 anos de escolaridade;
16,184%11-12 anos de
escolaridade;
17,263%
Bacharelato ou Curso Médio;
1,590%
Licenciatura; 31,175%
Mestrado; 4,089%
Doutoramento; ,625%
71
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Observando a correspondência entre os efetivos por nível de escolaridade segundo o género, constata-se que o
doutoramento é o grau que contém o maior número de efetivos, sobretudo do sexo masculino, enquanto que o
menor número de efetivos se encontra no bacharelato ou curso médio, logo seguido da escolaridade ao nível do
9.º ano, onde predomina o sexo feminino.
Gráfico 15: Efetivos por nível de escolaridade e por género
Doutoramento
Mestrado
Licenciatura
Bacharelato ou Curso
Médio
11-12 anos de escolaridade
9 anos de escolaridade
4-6 anos de
escolaridade
72
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Co
nta
s
9
73
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
9. Contas
9.1 Contas da execução orçamental
O Grupo UC, representado pelas entidades que dispõem de uma contabilidade orçamental ao abrigo dos planos
de contas aplicáveis (UC.Reitoria, FCTUC, FMUC e SASUC), dispôs em 2010 de uma dotação orçamental
consolidada no montante de 210.641.806€, representando uma expectativa de acréscimo do seu funding de 6,0%
face ao ano anterior para financiar as suas atividades de Ensino, atividades Estruturais e de Suporte, Investigação,
Prestação de Serviços à Comunidade, Atividades para a UC (incluem as atividades realizadas no âmbito de
protocolos celebrados com entidades para fins determinados e projetos institucionais desenvolvidos), Outras
Atividades (incluem atividades complementares tais como congressos, seminários ou equiparados) e Ação Social.
9.1.1 Origem de fundos
Ao nível da execução, as origens de fundos ascenderam ao montante consolidado de 196.509.219€, tendo-se
verificado no ano de 2010 um crescimento global do funding do Grupo UC em 4,9% face ao ano transato. As
origens de fundos do ano (excluindo saldos) ascenderam a 165.206.940€, traduzindo um crescimento anual de
6,1%. Face ao orçamento corrigido, verificou-se um grau de execução da receita de 93,3%.
Quadro 35: Origem de Fundos – Atividades
ORIGEM DE FUNDOS 2010 2009 Variação 2010 / 2009
RECEITA POR ACTIVIDADES Orçamento Corrigido
[OC] Execução [€]
Execução
[%]
Orçamento Corrigido
[OC] Execução [€]
Execução
[%]
ΔOC
[%]
Δ Execução
[%]
ENSINO, ACTIVIDADES ESTRUTURAIS E DE SUPORTE 126.080.282€ 123.037.692€ 62,6% 114.978.249€ 109.930.947€ 58,7% 9,7% 11,9%
INVESTIGAÇÃO 34.109.924€ 29.233.373€ 14,9% 28.477.040€ 28.396.096€ 15,2% 19,8% 2,9%
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE 11.986.441€ 10.820.961€ 5,5% 10.974.760€ 10.717.521€ 5,7% 9,2% 1,0%
ACTIVIDADES PARA A UC 4.092.768€ 1.887.610€ 1,0% 2.025.529€ 1.899.212€ 1,0% 102,1% -0,6%
OUTRAS ACTIVIDADES 3.796.471€ 2.935.999€ 1,5% 8.329.033€ 7.134.717€ 3,8% -54,4% -58,8%
INVESTIMENTO 6.747.260€ 5.272.625€ 2,7% 12.321.495€ 8.296.399€ 4,4% -45,2% -36,4%
ACÇÃO SOCIAL 23.828.660€ 23.340.959€ 11,9% 21.688.127€ 20.964.464€ 11,2% 9,9% 11,3%
Total Origens de Fundos - Atividades 210.641.806€ 196.529.219€ 100,0% 198.794.234€ 187.339.355€ 100,0% 6,0% 4,9%
Por atividades, o funding do Grupo UC tem a sua principal origem na atividade de Ensino, atividades Estruturais e
de Suporte [62,6%], para as quais contribuem maioritariamente os fundos requisitados do OE e de Propinas. A
atividade de Investigação contribui com 14,9% do financiamento obtido, seguida da atividade de Ação Social com
11,9% e das Prestações de Serviço à Comunidade que representam 5,5% do total da origem de fundos. Com
valores menos significativos surgem as atividades de Investimento, Outras Atividades e as Atividades para a UC
com pesos de 2,7%, 1,5% e 1,0% respectivamente.
A atividade de ensino, atividades Estruturais e de Suporte registaram um crescimento do seu funding [+11,9%] face
ao ano anterior, para o qual contribuiu em grande medida, por um lado, o reforço da dotação proveniente do
Orçamento de Estado (OE) ao abrigo do Contrato de Confiança para o Ensino Superior, e por outro o
crescimento da receita relativa a Propinas. A atividade de Ação Social registou um crescimento significativo do seu
funding [+11,3%], essencialmente por via das transferências correntes relativas a financiamento de bolsas a
estudantes da UC.
O financiamento com origem nas atividades de Investigação e de Prestação de Serviços à Comunidade manteve-se
estável face ao ano anterior, registando um ligeiro crescimento, [+2,9%] e [+1,0%], respectivamente. Por seu lado,
as Outras Atividades [-58,8%] e o Investimento [-36,4%] registaram um forte decréscimo no seu funding devido à
escassez na captação de fundos externos e à diminuição dos saldos de gerência no caso da primeira e da redução
das transferências relativas ao PIDDAC no caso da segunda. O financiamento das Atividades para a UC apesar do
74
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
crescimento da captação de financiamento externo registou um ligeiro decréscimo [-0,6%] em virtude da
diminuição dos seus saldos de gerência.
Quadro 36: Origem de Fundos - Fundos
ORIGEM DE FUNDOS 2010 2009 Variação 2010 / 2009
RECEITA POR FUNDOS Orçamento
Corrigido [OC] Execução [€] Execução [%] Orçamento Corrigido [OC] Execução [€] Execução [%] ΔOC [%] Δ Execução [%]
Requisitado OE 98.093.306€ 98.093.306€ 49,9% 86.965.533€ 86.965.533€ 46,4% 12,8% 12,8%
Requisitado PIDDAC 2.054.594€ 1.854.478€ 0,9% 10.063.843€ 6.346.343€ 3,4% -79,6% -70,8%
Projetos de Investimento 3.506.034€ 2.231.515€ 1,1% 2.257.652€ 1.950.056€ 1,0% 55,3% 14,4%
Receitas Mobilidade 3.297.827€ 3.292.827€ 1,7% 4.426.951€ 4.424.703€ 2,4% -25,5% -25,6%
Outras Atividades 1.937.567€ 1.834.516€ 0,9% 2.897.921€ 2.879.782€ 1,5% -33,1% -36,3%
Receitas Próprias 18.339.496€ 16.303.324€ 8,3% 22.468.231€ 20.135.128€ 10,7% -18,4% -19,0%
Prestação de Serviços 3.360.960€ 2.944.213€ 1,5% 2.949.238€ 2.886.166€ 1,5% 14,0% 2,0%
Projetos Institucionais 4.231.220€ 2.022.410€ 1,0% 1.427.930€ 1.304.462€ 0,7% 196,3% 55,0%
Projetos de Investigação 25.216.841€ 20.917.098€ 10,6% 18.982.600€ 19.838.651€ 10,6% 32,8% 5,4%
Unidades I&D 8.530.478€ 7.956.630€ 4,0% 9.061.219€ 8.125.225€ 4,3% -5,9% -2,1%
Propinas 30.476.278€ 27.481.696€ 14,0% 28.202.505€ 23.392.695€ 12,5% 8,1% 17,5%
Ação Social - Bolsas 11.597.205€ 11.597.205€ 5,9% 9.090.613€ 9.090.613€ 4,9% 27,6% 27,6%
Total Origens de Fundos - Fundos 210.641.806€ 196.529.219€ 100,0% 198.794.234€ 187.339.355€ 100,0% 6,0% 4,9%
O fundo Requisitado OE, que reflete as transferências provenientes do Orçamento do Estado, assume-se
naturalmente como o core funding do Grupo UC com um peso de 49,9% [98.093.306€].
O fundo Propinas representa 14,0% do total, seguindo-se o fundo Projetos de Investigação com um peso de 10,6%,
das Receitas Próprias com 8,3%, do fundo Ação Social – Bolsas com 5,9% e das Unidades de I&D cujo
financiamento representa 4,0% do funding total do Grupo. Com pesos marginais, no total de 7,2%, surgem as
restantes origens de fundos apresentadas no quadro supra.
Face ao ano de 2009, o fundo Requisitado OE registou um crescimento de [+12,8%] em valores relativos e de
[+11.127.773€] em valores absolutos, em virtude do reforço da dotação proveniente de OE ao abrigo do
Contrato de Confiança para o Ensino Superior.
Da mesma forma, e como já referido anteriormente, a variação da origem de fundos Propinas [+17,5% |
+4.099.001€] resulta do aumento da receita cobrada relativa a Propinas [+5,8% | +1.183.364€] por via do
crescimento do número de alunos inscritos, enquanto que, na origem Ação Social – Bolsas o crescimento [+27,6%
| +2.506.592€] verificou-se por via das transferências correntes relativas a financiamento de bolsas a estudantes da
UC.
No domínio da I&D, o financiamento de Projetos de Investigação cresceu [+5,4% | +1.078.447€], ao passo que nas
Unidades de I&D verificou-se uma contração do financiamento em [-2,1% | -168.594€]. As Prestações de Serviço
mantiveram-se estáveis face ao ano transacto [+2,0% | 58.047€].
De salientar ainda a contração do financiamento com origem em Receitas Próprias [-19,0% | -3.831.804€] em
virtude do cenário macroeconómico desfavorável vivido em 2010 que originou uma queda significativa nas receitas
relativas a Vendas e prestações de Serviços, Rendimentos de Juros que concorrem para este fundo. De igual
forma, o financiamento PIDDAC também registou uma contração do seu financiamento no montante de [-70,8% |
-4.491.865€].
75
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Quadro 37: Origem de Fundos – Agrupamento Económico
ORIGEM DE FUNDOS 2010 2009 Variação 2010 / 2009
RECEITA POR AGRUPAMENTO ECONÓMICO Orçamento Corrigido
[OC] Execução [€] Execução [%]
Orçamento Corrigido
[OC] Execução [€]
Execução
[%] ΔOC [%]
Δ Execução
[%]
Taxas de Ensino 1.233.178€ 1.243.974€ 0,6% 1.304.687€ 1.091.269€ 0,6% -5,5% 14,0%
Propinas 24.368.431€ 21.449.832€ 10,9% 25.066.439€ 20.266.468€ 10,8% -2,8% 5,8%
Rendimento de Juros 415.873€ 75.423€ 0,0% 649.823€ 237.789€ 0,1% -36,0% -68,3%
Dividendos 0€ 0€ 0,0% -€ -€ 0,0% - -
Rendimentos Propriedade Intelectual 0€ 0€ 0,0% 833€ 833€ 0,0% -100,0% -100,0%
Transferências Correntes [R] 26.345.398€ 22.276.201€ 11,3% 21.168.132€ 20.847.870€ 11,1% 24,5% 6,9%
Transferências Correntes | OE-MCTES 97.559.490€ 97.559.490€ 49,6% 86.351.878€ 86.351.878€ 46,1% 13,0% 13,0%
Vendas e Prestações de Serviços 13.792.663€ 11.920.563€ 6,1% 13.615.997€ 12.184.061€ 6,5% 1,3% -2,2%
Outros Rendimentos 566.817€ 622.004€ 0,3% 897.037€ 829.870€ 0,4% -36,8% -25,0%
Transferências de Capital [R] 14.892.791€ 9.945.815€ 5,1% 17.976.354€ 13.839.229€ 7,4% -17,2% -28,1%
Transferências de capital | OE-MCTES 0€ 0€ 0,0% -€ -€ 0,0% - -
Rendimentos de Investimentos Financeiros 0€ 0€ 0,0% 22.638€ 22.638€ 0,0% -100,0% -100,0%
Outros Rendimentos de Capital 1.838€ 0€ 0,0% 1.838€ -€ 0,0% 0,0% -
Rendimentos de Reposições 143.122€ 113.639€ 0,1% 174.521€ 103.452€ 0,1% -18,0% 9,8%
Saldo de Gerência 31.322.204€ 31.322.280€ 15,9% 31.564.058€ 31.564.001€ 16,8% -0,8% -0,8%
Operações Extraorçamentais [R] 0€ 0€ 0,0% -€ -€ 0,0% - -
Total Origens de Fundos - Agrupamento Económico 210.641.806€ 196.529.219€ 100,0% 198.794.234€ 187.339.355€ 100,0% 6,0% 4,9%
9.1.2 Aplicação de fundos
As aplicações de fundos do Grupo UC ascendem ao montante consolidado de 168.622.648€, correspondendo a
um crescimento no ano de 2010 da despesa efetiva de 8,1% em valores relativos e de 12.645.445€ em valores
absolutos. Face ao orçamento corrigido, o grau de execução da despesa fixou-se em 80,1%.
Quadro 38: Aplicação de Fundos – Atividades
APLICAÇÃO DE FUNDOS 2010 2009 Variação 2010 / 2009
DESPESA POR ACTIVIDADES Orçamento Corrigido
[OC] Execução Execução [%] Orçamento Corrigido [OC] Execução Execução [%] ΔOC [%]
Δ Execução
[%]
ENSINO, ATIVIDADES ESTRUTURAIS E DE SUPORTE 119.293.151€ 109.170.059€ 64,7% 112.616.751€ 103.215.023€ 66,2% 5,9% 5,8%
INVESTIGAÇÃO 32.182.986€ 14.423.988€ 8,6% 28.285.938€ 11.369.204€ 7,3% 13,8% 26,9%
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE 14.306.311€ 10.736.812€ 6,4% 15.787.003€ 12.731.435€ 8,2% -9,4% -15,7%
ATIVIDADES PARA A UC 5.067.257€ 2.564.348€ 1,5% 1.517.589€ 775.360€ 0,5% 233,9% 230,7%
OUTRAS ATIVIDADES 8.262.177€ 4.483.754€ 2,7% 5.710.783€ 3.482.156€ 2,2% 44,7% 28,8%
INVESTIMENTO 7.301.264€ 4.255.233€ 2,5% 12.927.335€ 4.074.913€ 2,6% -43,5% 4,4%
AÇÃO SOCIAL 24.228.660€ 23.028.454€ 13,7% 21.948.835€ 20.369.112€ 13,1% 10,4% 13,1%
Total Aplicação de Fundos - Atividades 210.641.806€ 168.662.648€ 100,0% 198.794.234€ 156.017.203€ 100,0% 6,0% 8,1%
O Ensino, atividades Estruturais e de Suporte, como core activity do Grupo UC, são as atividades que registam o
maior peso no consumo de fundos [64,7%], seguida da Ação Social [13,7%], Investigação [8,6%], Prestação de
Serviços à Comunidade [6,4%], Outras Atividades [2,7%], Investimento [2,5%] e Atividades para a UC [1,5%].
Face ao ano anterior, a atividade de Ensino, atividades Estruturais e de Suporte registam um crescimento do nível
de despesa em [+5,8% | €], influenciado pelo aumento dos encargos com CGA e TSU [+5.526.321€], despesas de
funcionamento (aquisição de bens e serviços) [+783.000€] e investimento em bens de capital [+1.135.689€].
Na atividade de Investigação verifica-se uma variação da despesa em [+26,9% | 3.054.783,88€] em resultado do
crescimento do número de projetos de I&D em fase de start-up que implicam um maior investimento em meios
materiais, técnicos e humanos.
A despesa da atividade de Ação Social regista igualmente um crescimento de [+13,1% | +2.008.352€],
essencialmente por via do aumento das transferências correntes relativas à concessão de bolsas de estudo e das
despesas de funcionamento (aquisição de bens e serviços).
As Atividades para a UC apresentam uma variação de [+230,7%] face ao ano anterior, o que em valores absolutos
representa um acréscimo de despesa de [+1.788.988€], influenciado em grande medida pelo investimento
necessário à implementação dos vários projetos de modernização administrativa (implementação do Centro de
Serviços Comuns – CSC@UC, Nonio, Balcão Virtual, Biblioteca Digital, entre outros). Quanto à atividade de
76
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Investimento, registou um ligeiro crescimento na ordem dos [+4,4% | +180.320€], onde apesar da redução do
financiamento de despesas de funcionamento por PIDDAC verificada em 2009, a despesa cresceu por via do
aumento das aquisições de bens de capital necessárias à conclusão da Subunidade 3 do polo III e da conservação da
Torre da UC.
Em sentido inverso surge a atividade de Prestação de Serviços à Comunidade que apresenta uma contração da
despesa realizada em [-15,7%] e [-16,3%].
Quadro 39: Aplicação de Fundos – Fundos
APLICAÇÃO DE FUNDOS 2010 2009 Variação 2010 / 2009
DESPESA POR FUNDOS Orçamento
Corrigido [OC] Execução Execução [%]
Orçamento Corrigido
[OC] Execução Execução [%] ΔOC [%]
Δ Execução
[%]
Requisitado OE 98.564.998 € 97.901.168 € 58,0% 86.965.533 € 85.732.491 € 55,0% 13,3% 14,2%
Requisitado PIDDAC 2.054.594 € 1.197.612 € 0,7% 10.208.172 € 2.996.735 € 1,9% -79,9% -60,0%
Projetos de Investimento 3.506.034 € 1.781.614 € 1,1% 2.253.549 € 787.559 € 0,5% 55,6% 126,2%
Propinas [Investimento] 1.740.636 € 1.276.007 € 0,8% 465.614 € 290.620 € 0,2% 273,8% 339,1%
Receitas Mobilidade 3.241.575 € 1.210.445 € 0,7% 4.426.022 € 2.772.352 € 1,8% -26,8% -56,3%
Outras Atividades 1.647.914 € 755.020 € 0,4% 1.882.991 € 645.247 € 0,4% -12,5% 17,0%
Receitas Próprias 29.044.060 € 18.800.451 € 11,1% 23.608.995 € 19.631.652 € 12,6% 23,0% -4,2%
Prestação de Serviços 2.904.214 € 1.507.479 € 0,9% 3.053.579 € 1.502.332 € 1,0% -4,9% 0,3%
Projetos Institucionais 4.624.356 € 2.706.501 € 1,6% 1.664.417 € 814.970 € 0,5% 177,8% 232,1%
Projetos de Investigação 20.200.186 € 10.501.742 € 6,2% 18.064.733 € 7.840.334 € 5,0% 11,8% 33,9%
Unidades I&D 7.984.835 € 3.858.107 € 2,3% 9.798.266 € 3.404.437 € 2,2% -18,5% 13,3%
Propinas 23.381.199 € 15.903.200 € 9,4% 27.036.706 € 20.343.525 € 13,0% -13,5% -21,8%
Ação Social - Bolsas 11.747.205 € 11.263.302 € 6,7% 9.365.658 € 9.254.950 € 5,9% 25,4% 21,7%
Total Aplicação de Fundos - Fundos 210.641.806 € 168.662.648 € 100,0% 198.794.234 € 156.017.203 € 100,0% 6,0% 8,1%
A despesa com pessoal do Grupo UC no ano de 2010 ascende a 109.600.107€, representando um aumento de
[+1,2% | +1.258.586€] face ao ano de 2009.
As Remunerações Certas e Permanentes representam 54,7% da despesa total do Grupo, tendo atingido o
montante de 92.213.246€, o que representa um decréscimo de [-1,5%] face ao ano transacto, ao passo que as
Remunerações Contingentes, com um peso de 1,7% da despesa total, evidenciaram uma variação de [+6,1%] para
o montante de 2.872.615€.
Os Encargos com ADSE, representativos de 0,4% da despesa global, evidenciam uma contração de [-33,9%], em
resultado da diminuição dos encargos a suportar pelas IES relativos a RO’s (Receita Orçamental da ADSE).
Os Encargos com CGA cresceram [+29,4%] para o montante de 10.645.239€, assumindo um peso relativo de
6,3%. Esta variação resulta, por um lado, do aumento da taxa contributiva de 11% para 15% e da sua base de
incidência (em valor e em número), e por outro, do desfasamento temporal na entrega / pagamento das
contribuições do mês de Dezembro, que no ano de 2009 foram pagas no primeiro mês de 2010, ao passo que no
ano de 2010 foram entregues no período complementar, facto que afecta a comparabilidade desta rúbrica entre os
dois exercícios.
Relativamente aos Encargos com TSU, a variação de [+17,8%] é afectada pelo desfasamento temporal das entregas
nos exercícios de 2009 e 2010.
Quadro 40: Aplicação de Fundos – Agrupamento Económico
APLICAÇÃO DE FUNDOS 2010 2009 Variação 2010 / 2009
DESPESA POR AGRUPAMENTO ECONÓMICO Orçamento Corrigido [OC] Exec. Exec. [%] Orçamento Corrigido
[OC] Exec. Exec. [%] ΔOC [%] Δ Exec. [%]
Remunerações Certas e Permanentes 92.970.109 € 92.213.246 € 54,7% 97.562.080 € 93.646.737 € 60,0% -4,7% -1,5%
Remunerações Contingentes 3.705.121 € 2.872.615 € 1,7% 4.075.640 € 2.706.578 € 1,7% -9,1% 6,1%
Encargos da UC com a ADSE 773.628 € 716.815 € 0,4% 1.129.322 € 1.085.121 € 0,7% -31,5% -33,9%
Encargos da UC com a CGA 10.956.279 € 10.645.239 € 6,3% 8.495.044 € 8.228.178 € 5,3% 29,0% 29,4%
Encargos da UC com TSU 3.404.935 € 3.152.192 € 1,9% 2.869.609 € 2.674.908 € 1,7% 18,7% 17,8%
Funcionamento | Bens 8.945.618 € 6.386.897 € 3,8% 7.628.483 € 5.354.324 € 3,4% 17,3% 19,3%
Funcionamento | Serviços 45.563.231 € 20.174.193 € 12,0% 39.216.269 € 18.026.640 € 11,6% 16,2% 11,9%
Transferências Correntes [D] 27.699.690 € 20.654.749 € 12,2% 22.034.804 € 17.449.890 € 11,2% 25,7% 18,4%
Investimento | Capital 16.544.986 € 11.770.085 € 7,0% 15.681.707 € 6.743.652 € 4,3% 5,5% 74,5%
Transferências de Capital [D] 0 € 0 € 0,0% - € - € 0,0% - -
Investimentos Financeiros 78.210 € 76.617 € 0,0% 101.275 € 101.176 € 0,1% -22,8% -24,3%
Operações Extraorçamentais [D] 0 € 0 € 0,0% - € - € 0,0% - -
Total Aplicação de Fundos - Agrupamento Económico 210.641.806 € 168.662.648 € 100,0% 198.794.234 € 156.017.203 € 100,0% 6,0% 8,1%
77
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
9.1.3 Resultado orçamental
O Saldo Orçamental consolidado do Grupo UC fixou-se no montante de 27.866.571€ no exercício de 2010,
resultando de uma variação de [-11,0% | -3.455.581€] face ao saldo consolidado do exercício de 2009.
Quadro 41: Saldos Orçamentais - Atividades
SALDO ORÇAMENTAL 2010 Variação 2010 / 2009 2009
ACTIVIDADES Saldo Orçamental [SO %
OCR] Saldo do Exercício
Δ Saldo
Orçamental [€]
Δ Saldo
Orçamental
[%]
Saldo Orçamental
Acumulado
[SO %
OCR] Saldo do Exercício Saldo Inicial
ENSINO, ACTIVIDADES ESTRUTURAIS E DE SUPORTE 13.867.633€ 6,6% 7.151.709€ 7.151.709€ 106,5% 6.715.924€ 3,4% 1.208.917€ 5.507.007€
INVESTIGAÇÃO 14.809.385€ 7,0% -2.217.507€ -2.217.507€ -13,0% 17.026.892€ 8,6% 2.960.568€ 14.066.324€
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE 84.149€ 0,0% 2.098.063€ 2.098.063€ -95,8% -2.013.914€ -1,0% -5.103.193€ 3.089.279€
ATIVIDADES PARA A UC -676.738€ -0,3% -1.800.589€ -1.800.589€ -160,2% 1.123.852€ 0,6% -173.230€ 1.297.082€
OUTRAS ATIVIDADES -1.547.755€ -0,7% -5.200.316€ -5.200.316€ -142,4% 3.652.561€ 1,8% -2.527.779€ 6.180.340€
INVESTIMENTO 1.017.392€ 0,5% -3.204.093€ -3.204.093€ -75,9% 4.221.485€ 2,1% 3.603.558€ 617.928€
AÇÃO SOCIAL 312.505€ 0,1% -282.847€ -282.847€ -47,5% 595.352€ 0,3% -210.689€ 806.041€
Saldo do Exercício por Atividades 27.866.571€ 13,2% -3.455.581€ -3.455.581€ -11,0% 31.322.152€ 15,8% -241.849€ 31.564.001€
Por atividades, realça-se os Saldos do Exercício acumulado em 2010 pelas atividades de Ensino, Atividades
Estruturais e de Suporte e das Prestações de Serviço à Comunidade [7.151.709€ e 2.098.063€], permitindo
aumentar os excedentes de tesouraria no caso da primeira e corrigir o deficit que transitou de 2009 no caso das
Prestações de Serviço à Comunidade.
Inversamente, a Investigação, as Atividades para a UC e as Outras Atividades apresentam saldos do exercício
deficitários [-2.217.507€ | -1.800.589€ | -5.200.316€], o que significa que estas atividades foram financiadas no
decurso do exercício de 2010 pelos excedentes provenientes das restantes atividades. O deficit destas atividades
decorre essencialmente do acréscimo de novos projetos de I&D em fase de arranque, bem como de projetos
institucionais em curso, para os quais foi necessário garantir a execução das atividades programadas antes de obter
o respectivo cofinanciamento contratualizado.
Quadro 42: Saldos Orçamentais - Fundos
SALDO ORÇAMENTAL 2010 Variação 2010 / 2009 2009
FUNDOS Saldo Orçamental
Acumulado [SO % OCR] Saldo do Exercício
Δ Saldo Orçamental
[€]
Δ Saldo
Orçamental
[%]
Saldo Orçamental
Acumulado [SG % OCR] Saldo do Exercício Saldo Inicial
Requisitado OE 192.137€ 0,1% -1.040.904€ -1.040.904€ -84,4% 1.233.041€ 0,6% 619.387€ 613.655€
Requisitado PIDDAC 656.866€ 0,3% -2.692.742€ -2.692.742€ -80,4% 3.349.608€ 1,7% 2.780.786€ 568.822€
Projetos de Investimento 449.901€ 0,2% -712.595€ -712.595€ -61,3% 1.162.497€ 0,6% 1.113.391€ 49.105€
Propinas [Investimento] -1.276.007€ -0,6% -985.388€ -985.388€ -539,1% -290.620€ -0,1% -290.620€ -€
Receitas Mobilidade 2.082.382€ 1,0% 430.031€ 430.031€ 26,0% 1.652.351€ 0,8% -496.273€ 2.148.624€
Outras Atividades 1.079.496€ 0,5% -1.155.038€ -1.155.038€ -51,7% 2.234.534€ 1,1% 183.620€ 2.050.915€
Receitas Próprias -2.497.127€ -1,2% -3.000.603€ -3.000.603€ -596,0% 503.476€ 0,3% -6.837.252€ 7.340.728€
Prestação de Serviços 1.436.734€ 0,7% 52.900€ 52.900€ 3,8% 1.383.833€ 0,7% 268.920€ 1.114.913€
Projetos Institucionais -684.091€ -0,3% -1.173.584€ -1.173.584€ -239,8% 489.493€ 0,2% 6.625€ 482.868€
Projetos de Investigação 10.415.356€ 4,9% -1.582.961€ -1.582.961€ -13,2% 11.998.317€ 6,0% 3.249.427€ 8.748.891€
Unidades I&D 4.098.523€ 1,9% -622.265€ -622.265€ -13,2% 4.720.788€ 2,4% -465.356€ 5.186.144€
Propinas 11.578.497€ 5,5% 8.529.326€ 8.529.326€ 279,7% 3.049.170€ 1,5% -1.193€ 3.050.363€
Ação Social - Bolsas 333.903€ 0,2% 498.241€ 498.241€ 103,2% -164.337€ -0,1% -373.311€ 208.974€
Saldo do Exercício por Fundos 27.866.571€ 13,2% -3.455.581€ -3.455.581€ -11,0% 31.322.152€ 15,8% -241.849€ 31.564.001€
A atividade de Investimento regista igualmente um deficit no ano de 2010 derivado das restrições na requisição de
verbas financiadas por PIDDAC, pelo que, e de forma a garantir a conclusão das atividades em curso foi necessário
recorrer aos excedentes acumulados nos fundos de Requisitado PIDDAC, Projetos de Investimento e Propinas
[Investimento].
Os saldos finais de 2010 do Grupo UC, apresentam separadamente a seguinte estrutura por naturezas, que
evidencia o desempenho financeiro das atividades de caráter estrutural, de desenvolvimento e de investimento.
78
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Gráfico 16: Saldos de Orçamentais – Naturezas
A receita normal decorrente da atividade corrente e permanente do Grupo UC, ou seja, a sua Receita Estrutural,
fixou-se no ano de 2010 em 146,38 M€, representando um incremento de [+15,98 M€].
A Receita de Desenvolvimento no montante de 44,88 M€, destinada ao financiamento de projetos de investigação
e outras atividades de caráter extraordinário, assumiu um decréscimo de -3,27 M€. Contrariamente, a execução
de despesa apresenta uma aumento de 5,84 M€, o que induz um consumo em 2010 dos excedentes acumulados
num montante de [-9,11 M€].
No Investimento, como já referido anteriormente, verificou-se um decréscimo do financiamento e
consequentemente dos saldos na ordem dos 3,20 M€.
79
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Desta forma, por naturezas e tipologia de despesa obtém-se o seguinte desenvolvimento:
Gráfico 17: Saldos de Gerência – Naturezas e Tipologia de Despesa
9.2 Demonstrações financeiras
9.2.1 Situação financeira
Na ótica patrimonial, o Ativo Líquido do Grupo UC situou-se no valor de 458.247.778€ e apresenta uma
rendibilidade de 0,4%, encontrando-se financiado por Fundos Próprios [324.389.472€] em 70,8%, traduzindo este
valor o grau de cobertura dos compromissos financeiros através dos seus capitais próprios, ou seja, a Autonomia
Financeira do Grupo.
No curto prazo, o Ativo Circulante situou-se nos 62.630.891€, ao passo que os Capitais Alheios em 2010
ascenderam a 5.322.293€. O crescimento em [+0,6%] do grau de endividamento, induziu uma contração da
liquidez em cerca de [-50%], embora o Grupo UC ainda detenha um elevado índice de Liquidez [Geral: 11,8;
Reduzida: 12,3; Imediata: 6,5]. Apesar do crescimento do endividamento, verificou-se um crescimento mais do que
proporcional do Ativo Circulante, o que conferiu um ganho [+39,8 dias] no Prazo de Segurança da Liquidez,
podendo o Grupo UC manter, em média, o pagamento dos compromissos assumidos sem que se verificasse
atividade durante 136 dias.
80
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Gráfico 18: Estrutura Patrimonial
As Origens de Fundos são fortemente influenciadas pelos Acréscimos e Diferimentos Passivos [128.535.313€],
decompostos em Acréscimos de Custos [14.692.241€] decorrentes da especialização do exercício relativa a
custos com pessoal e a Proveitos Diferidos [113.843.072€] relativos à especialização do exercício de propinas e de
financiamentos obtidos destinados à investigação e investimento, que em respeito do normativo contabilístico
vigente, apenas incorporam os Fundos Próprios à medida da ocorrência das amortizações dos bens financiados e
que, em rigor, respondem a Fundos Próprios.
Quadro 43: Estrutura do Balanço
Composição do Activo
Activo 2010 Estrutura 2009
Imobilizado 387.508.976 € 84,6% 385.856.126 €
Investimentos Financeiros 4.903.180 € 1,1% 4.777.343 €
Existências 1.247.557 € 0,3% 1.097.684 €
Dívidas de Terceiros 28.888.275 € 6,3% 9.674.309 €
Títulos Negociáveis - € 0,0% - €
Disponibilidades 32.495.059 € 7,1% 32.958.519 €
Acréscimos e Diferimentos 3.204.031 € 0,7% 1.464.028 €
Total 458.247.078 € 435.828.010 €
Composição dos Fundos Próprios e Passivo
Fundos Próprios e Passivo 2010 Estrutura 2009
Fundos Próprios 324.389.472 € 70,8% 321.183.828 €
Património 342.383.960 € 74,7% 342.383.960 €
Reservas 1.107.361 € 0,2% - 14.746.078 €
Resultados Transitados - 23.203.782 € -5,1% 4.075.994 €
Resultado Líquido do Exercício 4.101.933 € 0,9% - 10.530.048 €
Passivo 133.857.606 € 29,2% 114.644.182 €
Provisões 333.860 € 0,1% 333.860 €
Dividas a Terceiros 4.988.433 € 1,1% 1.962.733 €
Acréscimos e Diferimentos 128.535.313 € 28,0% 112.347.589 €
Total 458.247.078 € 435.828.010 €
81
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
O Ativo Fixo (Imobilizações Corpóreas e Investimentos Financeiros) representa a maior componente do Ativo
Total, conforme se pode observar no quadro supra. As Existências [1.247.557€] e Dívidas de Terceiros
[28.888.275€] representam 6,6% do Ativo Total. O crescimento das Dívidas de Terceiros face ao período
homólogo, resulta essencialmente de uma alteração da política contabilística onde se passou a reconhecer como
dívida de alunos a totalidade das propinas em dívida do ano lectivo em curso, ao invés de apenas se considerar a
parte relativa aos meses (4/12) do ano de 2010.
As Disponibilidades totalizam [32.495.059€], e em conjunto com as Existências e Dívidas de Terceiros, confirmam
a capacidade do Grupo UC em reagir a situações adversas no contexto de financiamento das suas atividades.
Os Fundos Próprios apresentam uma rendibilidade de 1,3% e correspondem a 70,8% do total de balanço,
devendo-se o seu crescimento face ao ano anterior aos efeitos do Resultado Líquido do Exercício positivo no ano
de 2010.
O Passivo ascende a [133.857.606€] e representa 29,2% do total de balanço. O aumento do Passivo está
diretamente relacionado, por um lado, com as alterações contabilísticas relativas ao reconhecimento da dívida de
alunos referente a propinas que induziram um crescimento dos Proveitos Diferidos, que passam agora a
representar 24,8% do total de balanço, e por outro, pelo aumento da dívida a terceiros de curto prazo em
[+3.025.700€] em resultado da dilação ocorrida ao nível dos pagamentos.
Gráfico 19: Estrutura Funcional
Em termos funcionais o balanço do Grupo UC assume graficamente a forma acima representada, após os devidos
ajustamos introduzidos face à ótica patrimonial.
Em termos globais verifica-se que as Origens de Fundos são excedentárias nos ciclos de investimento e de
exploração, o que permitiu financiar as atividades do Grupo nestes ciclos de operações e ainda gerar um
excedente financeiro (Working Capital). Desta forma a estrutura do Grupo UC na perspectiva funcional encontra-
se equilibrada, existindo garantia da sustentabilidade das atividades em caso de rupturas não estruturais.
82
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Quadro 44: Estrutura Balanço Funcional
Rúbricas 2010 2009
(1) Capital Próprio 421.006.994 € 416.931.297 €
(2) Capital Alheio Estável 333.860 € 333.860 €
(3) CAPITAIS PERMANENTES (1+2) 421.340.854 € 417.265.157 €
(4) ACTIVO FIXO 394.890.325 € 391.682.926 €
(5) FUNDO DE MANEIO (3-4) 26.450.529 € 25.582.231 €
(6) Clientes 4.923.331 € 3.459.530 €
(7) Alunos 21.856.637 € 4.418.869 €
(8) Existências 1.247.557 € 1.097.684 €
(9) Adiantamentos a Fornecedores 51.460 € 11.984 €
(10) Estado e Outros Entes Públicos (a receber) 343.636 € 87.631 €
(11) Outros Devedores de Exploração 1.713.211 € 1.696.295 €
(12) NECESSIDADES CÍCLICAS (6+7+8+9+10+11) 30.135.832 € 10.771.993 €
(13) Fornecedores 1.486.615 € 640.375 €
(14) Adiantamentos de Clientes e Alunos e Cauções 67.707 € 80.369 €
(15) Estado e Outros Entes Públicos (a pagar) 2.308.545 € 1.080.817 €
(16) Outros Credores de Exploração 32.300.607 € 16.346.719 €
(17) RECURSOS CÍCLICOS (13+14+15+16) 36.163.475 € 18.148.280 €
(18) NECESSIDADES EM FUNDO DE MANEIO [WORKING CAPITAL] (12-17) - 6.027.643 € - 7.376.287 €
(19) Tesouraria Activa 33.220.921 € 33.373.092 €
(20) Tesouraria Passiva 742.749 € 414.573 €
(21) TESOURARIA LÍQUIDA (5-18) 32.478.172 € 32.958.518 €
Assim, no ano de 2010, ao nível do ciclo de investimento, os Capitais Permanentes são excedentários face ao
Ativo Fixo em [26.450.529€], valor que corresponde ao superavit de origens de fundos de capital ou Fundo de
Maneio.
No ciclo de exploração, as Necessidades Cíclicas ascenderam a [30.135.832€], ao passo que os Recursos Cíclicos
cresceram para os [36.163.475€], o que resulta num superavit de liquidez no financiamento das atividades
operacionais no valor de [6.027.643€], correspondendo este valor ao Working Capital. Daqui resulta que as origens
de fundos de exploração (Recursos Cíclicos) permitiram não só garantir o financiamento das atividades de
exploração do Grupo, mas também ainda gerar uma liquidez adicional. De referir que a alteração da política
contabilística do reconhecimento de dívidas de propinas, que vem refletir de forma mais realista a estrutura de
financiamento das operações do Grupo UC.
No ciclo das operações de tesouraria, a Tesouraria Ativa é excedentária face às necessidades (Tesouraria Passiva),
o que resulta, num ano de 2010, numa Tesouraria Líquida de 32.478.172€, disponível para aplicação em operações
financeiras e no financiamento de atividades deficitárias do ciclo de exploração.
Quadro 45: Mapa de Cash-Flows
Mapa de Cash-Flows 2010 2009
Meios Libertos Operacionais 14.540.211 € 948.193 €
+ ∆ Provisões para Outros Riscos e Encargos - € - 109.029 € + Resultados Financeiros 90.324 € 216.184 €
= Meios Libertos Líquidos 14.630.535 € 1.055.348 € - CAPEX 29.976.727 € - 30.418.474 € - Investimentos Financeiros 4.903.180 € 4.777.343 €
- Investimento em Fundo de Maneio 1.348.644 € - 1.647.379 € - Efeitos Extraordinários 2.013.223 € 1.523.356 € = Fluxo Gerado de Tesouraria - 23.611.240 € 26.820.502 € + Variação de Capital 3.205.644 € - 1.961.257 €
+ Variação de Proveitos Diferidos 16.916.436 € - 23.500.427 € + Variação da Dívida 3.025.700 € 715.812 € = Fluxo Líquido de Tesouraria - 463.460 € 2.074.630 €
Saldo Inicial de Tesouraria 32.958.519 € 30.883.889 €
Saldo Final de Tesouraria 32.495.059 € 32.958.519 €
83
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
A atividade operacional do Grupo UC gerou um cash-flow de [14.540.211€], o que após as operações financeiras
originaram Meios Libertos Líquidos de [14.630.535€]. As operações de investimento resultaram num Fluxo
Gerado de Tesouraria de [-23.611.240€], fortemente influenciado pelo Capital Expenditure (CAPEX), que reflete o
investimento realizado em bens de capital.
Desta forma, o Cash-Flow Líquido de Tesouraria foi deficitário em [-463.460€]. Embora traduzindo-se num
decréscimo no mesmo valor das Disponibilidades do Grupo UC, evidencia um certo equilíbrio na gestão dos
fundos de tesouraria, tendo um conta as necessidades de financiamento e de investimento originadas pelo
crescimento de novas atividades emergentes na I&D, a conclusão das infraestruturas do Polo III e execução dos
vários projetos de modernização administrativa a serem implementados da UC.
9.2.2 Situação económica
No ano de 2010 os Proveitos e Ganhos do Grupo UC ascenderam a 171.136.897€, registando-se um crescimento
de [+17.369.978€] em termos absolutos e de [+11.3%] em termos relativos.
Quadro 46: Estrutura e Evolução de Proveitos e Ganhos
Variação 2010-2009
Proveitos e Ganhos 2010 Peso (%) Absoluta % 2009 Peso (%)
Operacionais 166.757.945 € 97,4% 17.306.340 € 11,6% 149.451.605 € 97,2%
Vendas 4.488.514 € 2,6% - 44.377 € -1,0% 4.532.891 € 2,9%
Prestações de Serviços 7.179.582 € 4,2% 1.189.886 € 19,9% 5.989.696 € 3,9%
Impostos e Taxas 23.086.453 € 13,5% 903.768 € 4,1% 22.182.685 € 14,4%
Proveitos Suplementares 696.783 € 0,4% - 82.930 € -10,6% 779.713 € 0,5%
Transferências e Subsídios Correntes 129.636.022 € 75,7% 15.329.721 € 13,4% 114.306.301 € 74,3%
Trabalhos para a Própria Entidade 156.950 € 0,1% 127.549 € 433,8% 29.401 € 0,0%
Outros Proveitos e Ganhos
Operacionais 1.513.641 € 0,9% - 117.277 € -7,2% 1.630.918 € 1,1%
Financeiros 165.823 € 0,1% - 148.220 € -47,2% 314.043 € 0,2%
Extraordinários 4.213.130 € 2,5% 211.858 € 5,3% 4.001.272 € 2,6%
Total de Proveitos e Ganhos 171.136.897 € 100,0% 17.369.978 € 11,3% 153.766.919 € 100,0%
Os Proveitos Operacionais situaram-se nos [166.757.945€] e representam 97,4% do total de proveitos. Para a
atividade operacional contribui em especial as Transferências e Subsídios Correntes com 75,7% dos proveitos
totais, onde se registou uma variação global de [+15.329.721€ | +13,4%], para a qual contribui o reforço da
dotação do Orçamento de Estado ao abrigo do Contrato de Confiança para o Ensino Superior. Os Impostos e
Taxas, representam 13,5% dos proveitos do Grupo e registaram um aumento de [+903.768€ | +4,1%]
essencialmente decorrente do crescimento do número de alunos que ingressaram nos cursos ministrados na UC.
Tendo em conta o difícil contexto económico vivido no ano de 2010, as Prestações de Serviços e Vendas
cresceram [+1.189.886€ | +19,9%], ao passo que as Vendas caíram [-1,1%], bem como os Proveitos Suplementares
[-10,6%] pelo decréscimo registado no aluguer e compensação de encargos de instalações.
Os Proveitos Financeiros situaram-se em [165.823€], representando 0,1% do total de proveitos. Face ao ano
transacto diminuíram [-148.220€ | -47,2%], em resultado das menores taxas de juro praticadas pelos mercados no
ano de 2010 e que afectaram a performance das aplicações de fundos, mas também pela diminuição do valor em
aplicações financeiras em detrimento do autofinanciamento de atividades do ciclo de investimento e exploração.
84
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Os proveitos Extraordinários ascenderam a [4.213.130€] e representam 2,5% da estrutura de proveitos do Grupo
UC. Face ao ano transacto registou-se uma variação de [+211.858€] em termos absolutos e de [+5,3%] em,
termos relativos, os quais foram afectados pela variação do reconhecimento de proveitos no âmbito da
especialização do exercício decorrente dos ajustamentos das políticas contabilísticas como já foi referido
anteriormente.
Gráfico 20: Estrutura e Evolução de Proveitos e Ganhos
Relativamente aos Custos e Perdas do Grupo UC, no exercício de 2010 ascenderam a [167.034.964€] verificando-
se um ligeiro crescimento dos mesmos de [+2.737.998€] em termos absolutos e de [+1,7%] em termos relativos.
Quadro 47: Estrutura e Evolução de Custos e Perdas
Variação 2010-2009
Custos e Perdas 2010 Peso (%) Absoluta % 2009 Peso (%)
Operacionais 164.759.558 € 98,6% 3.038.367 € 1,9% 161.721.191 € 98,4%
Custo das Mercadorias Vendidas e Mat. Cons. 3.113.065 € 1,9% - 204.651 € -6,2% 3.317.716 € 2,0%
Fornecimentos e Serviços Externos 20.922.807 € 12,5% 2.009.244 € 10,6% 18.913.563 € 11,5%
Custos com Pessoal 109.512.385 € 65,6% 511.858 € 0,5% 109.000.527 € 66,3%
Transferências Correntes Concedidas e Prest.
Soc. 17.046.392 € 10,2% 792.562 € 4,9% 16.253.830 € 9,9%
Amortizações do Exercício 12.541.824 € 7,5% - 675.957 € -5,1% 13.217.781 € 8,0%
Provisões do Exercício 1.365.019 € 0,8% 548.410 € 67,2% 816.609 € 0,5%
Outros Custos e Perdas Operacionais 258.067 € 0,2% 56.902 € 28,3% 201.165 € 0,1%
Financeiros 75.499 € 0,0% - 22.360 € -22,8% 97.859 € 0,1%
Extraordinários 2.199.907 € 1,3% - 278.009 € -11,2% 2.477.916 € 1,5%
Total de Custos e Perdas 167.034.964 € 100,0% 2.737.998 € 1,7% 164.296.966 € 100,0%
0 €
25.000.000 €
50.000.000 €
75.000.000 €
100.000.000 €
125.000.000 €
150.000.000 €
Vendas
Pre
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ões
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Impost
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Gan
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Opera
cionai
s
Fin
ance
iros
Extr
aord
inár
ios
2010
2009
85
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Os Custos Operacionais cresceram [+3.038.367€ | +1,9%] e ascenderem a [164.759.558€], pelo que representam
98,6% do total de custos. No ano de 2010, verificou-se uma estabilização dos Custos com Pessoal [109.512.385€]
que detêm tradicionalmente um peso decisivo na estrutura de custos [65,6%]. Não se tendo verificado aumento
salarial no ano de 2010, a variação registada [+511.858€ | +0,5%] resulta da subida da taxa com a CGA de 11%
para 15% contraposta com um saldo movimentações de saída do quadro de pessoal superior às entradas. Os
Fornecimentos e Serviços Externos ascenderam a [20.922.807€] e cresceram [+2.009.244€ | +10,6%], bem como
as Transferências Correntes Concedidas cresceram [+792,562€ | +4,9%] em resultado do aumento do número de
bolseiros de investigação recrutados e das transferências para ISFL. Em sentido contrário seguem as Amortizações
do Exercício que registam um decréscimo de [-675.957€ | -5,1%], em resultado do término da vida útil do
imobilizado que foi objecto de regularização em anos anteriores. As Provisões do Exercício registam um reforço
das para situações de cobrança duvidosa no montante de [+548.410€ | +67,2%] e ascendem a [1.365.019€].
Os Custos Financeiros registaram uma contração de [-22,8%] para os [75.499€], bem como os Outros Custos e
Perdas Extraordinários que diminuíram em [-11,2%] para o valor de [2.199.907€].
Gráfico 21: Estrutura e Evolução de Custos e Perdas
Gráfico 22: Peso Relativo da Estrutura de Custos 2010 - 2009
0 €
20.000.000 €
40.000.000 €
60.000.000 €
80.000.000 €
100.000.000 €
120.000.000 €
Cust
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erd
as
Opera
cionai
s
Fin
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iros
Extr
aord
inár
ios
2010
2009
1,8
64%
12,5
26%
65,5
63%
10,2
05% 7,5
09%
,817%
1,3
17% 1
1,5
12%
66,3
44%
9,8
93%
8,0
45%
,497%
,122%
1,5
08%
86
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
9.2.3 Resultados
O Grupo UC apresentou um Resultado Líquido do Exercício de 2010 positivo, no montante de [4.101.933€],
correspondente a uma Rendibilidade Líquida de Exploração de 2,5%, traduzindo uma performance positiva face aos
resultados atingidos nos anos anteriores.
Quadro 48: Demonstração de Resultados Sintética
Rúbricas 2010 2009
Proveitos Operacionais (turnover) 164 482 367 € 147 177 159 €
Custos Operacionais 150 594 648 € 147 485 636 €
Outros Proveitos/Custos Operacionais 652 492 € 1 256 670 €
EBITDA [Meios Libertos Operacionais] (1+2+3) 14 540 211 € 948 193 €
EBITDA [% do turnover] (4/1) 8,84% 0,64%
Amortizações 12 541 824 € 13 217 781 €
EBIT [Resultado Operacional] (4-6) 1 998 387 € -12 269 588 €
EBIT [% do turnover] (7/1) 1,21% -8,34%
Resultados Financeiros 90 324 € 216 184 €
Resultados Extraordinários 2 013 223 € 1 523 356 €
Resultado Líquido do Exercício (7+9+10) 4 101 933 € -10 530 048 €
Da análise da performance do Grupo UC, ressalta o crescimento dos proveitos que permitiu gerar uma EBITDA
positiva montante de [14.540.211€]. Estes Meios Libertos gerados pela atividade operacional permitiram ainda
cobrir os custos relativos às Amortizações, traduzindo-se assim num Resultado Operacional (EBIT) de
[1.998.387€], correspondente a uma Rendibilidade Operacional de 1,2% e a uma Rendibilidade do Investimento
Total de 0,4%.
Os Resultados Financeiros situaram-se no valor de [90.324€], registando uma diminuição face aos anos transactos
decorrentes da diminuição dos proveitos financeiros anteriormente explicitada.
Os Resultados Extraordinários contribuíram no valor de [2.013.233€] para a melhoria da performance financeira
do Grupo UC.
87
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Quadro 49: KPI’s Económico-Financeiros
Indicadores 2010 2009 Observações
Rendibilidade Operacional 1,2% -8,3% [Resultado Operacional / Volume Negócios]
Rendibilidade Líquida de Exploração 2,5% -7,2% [Resultado Líquido / Volume de Negócios]
Rendibilidade do Activo 0,4% -2,8% [Resultados Operacionais / Activo Líquido]
Rendibilidade dos Fundos Próprios 1,3% -3,3% [Resultados Líquidos / Fundos Próprios]
Rendibilidade do Investimento Total 0,4% -2,8% [Resultado Operacional / Capital Investido]
Cobertura do Imobilizado 108,7% 108,1% [Recursos Estáveis / Imobilizado Líquido]
Rotação do Activo 36,8% 33,8% [Volume de Negócios / Activos Médios]
Autonomia Financeira 70,8% 73,7% [Fundos Próprios / Activo Líquido]
Endividamento 1,1% 0,5% [Capitais Alheios / Capitais Totais]
Debt to Equity Rate 1,5% 0,6% [Capitais Alheios / Fundos Próprios]
Solvabilidade 2,4 2,8 [Fundos Próprios / Passivo]
Liquidez Geral 11,8 22,3 [Activo Circulante / Passivo Circulante]
Liquidez Reduzida 12,3 21,7 [(Activo Circulante- Existências)/Passivo Circulante]
Liquidez Imediata 6,5 16,8 [Disponibilidades/Passivo Circulante]
Prazo de Segurança da Liquidez (dias) 136,0 96,2 [(Activo Circulante- Existências)/Custos Operacionais Diários]
Valor Bruto da Produção 164.482.366,51 € 147.177.159,00 € [Turnover]
Valor Acrescentado Bruto 140.188.428,08 € 124.744.715,00 € [VBP - CMVMC - FSE - Outros Custos Operacionais]
Grau de Valorização 85,2% 84,8% [VAB/VBP]
Produtividade Global do Trabalho 1,28 € 1,14 € [VAB/Custos com Pessoal]
88
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
9.2.4 Balanço
2010 2009
AB AP AL AL
Ativo
Imobilizado
Bens de domínio público:
Bens Património Histórico, Art. 0 0 0 0
Imobilizações incorpóreas:
Despesas de instalação 2.099.303 927.173 1.172.130 1.057.647
Propriedade industrial e outros direitos 0 0 0 0
Imobilizações em curso de imobilizações incorpóreas 0 0 0 0
Diferenças de consolidação 0 0 0 0
2.099.303 927.173 1.172.130 1.057.647
Imobilizações corpóreas:
Terrenos e recursos naturais 93.807.509 0 93.807.509 93.807.509
Edifícios e outras construções 272.228.583 38.494.749 233.733.834 238.523.850
Equipamento e material básico 66.958.838 49.097.313 17.861.525 18.133.766
Equipamento de transporte 715.247 506.945 208.302 248.386
Ferramentas e utensílios 418.486 385.043 33.443 55.155
Equipamento administrativo 16.595.778 13.489.770 3.106.008 2.505.264
Taras e vasilhame 3.014 870 2.144 2.641
Bens Baixo Valor / Bens Próprios 2.605.764 2.604.925 839 182
Outras imobilizações corpóreas 13.740.868 4.895.972 8.844.896 7.767.227
Imobilizações em curso de imobilizações corpóreas 28.445.726 0 28.445.726 23.754.499
Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas 292.620 0 292.620 0
495.812.433 109.475.587 386.336.846 384.798.479
Investimentos financeiros:
Partes de capital 897.413 0 897.413 831.403
Obrigações e títulos de participação 1.056.445 125.332 931.113 871.393
Investimentos em imóveis 2.219.047 0 2.219.047 2.219.047
Outras aplicações financeiras 855.607 0 855.607 855.500
Imobilizações em curso de investimentos financeiros 0 0 0 0
5.028.512 125.332 4.903.180 4.777.343
Circulante
Existências:
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 640.408 0 640.408 582.126
Produtos e trabalhos em curso 0 0 0 0
Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos 0 0 0 0
Produtos acabados e intermédios 532.798 0 532.798 453.364
Mercadorias 74.351 0 74.351 62.195
Adiantamentos por conta de compras 0 0 0 0
1.247.557 0 1.247.557 1.097.684
Dívidas de terceiros - médio e longo prazo 0 0 0 0
Dívidas de terceiros - curto prazo:
Empréstimos concedidos 0 0 0 0
Clientes 4.923.331 0 4.923.331 3.459.530
Alunos 21.718.917 0 21.718.917 4.268.210
Utentes 0 0 0 0
Clientes, alunos e utentes de cobrança duvidosa 6.355.920 6.218.200 137.720 150.659
Devedores pela execução do orçamento 0 0 0 0
Adiantamentos a fornecedores 22.419 0 22.419 3.275
Adiantamentos a fornecedores Imobilizado 29.041 0 29.041 8.709
Estado e outros entes públicos 343.636 0 343.636 87.631
Outros devedores 1.713.211 0 1.713.211 1.696.295
35.106.475 6.218.200 28.888.275 9.674.309
Títulos negociáveis: 0 0 0 0
Conta no Tesouro, depósitos em instit. financeiras e caixa:
Depósito caução 10.000 0 10.000 0
Conta no Tesouro 14.156.760 0 14.156.760 10.442.832
Depósitos em instituições financeiras 18.182.862 0 18.182.862 22.372.410
Caixa 145.437 0 145.437 143.278
32.495.059 0 32.495.059 32.958.519
Acréscimos e diferimentos:
Acréscimos de proveitos 3.072.184 0 3.072.184 1.331.743
Custos diferidos 131.847 0 131.847 132.286
3.204.031 0 3.204.031 1.464.028
Total de amortizações
110.528.092
Total de provisões
6.218.200
Total do ativo 574.993.370 116.746.292 458.247.078 435.828.010
89
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
2010 2009
Fundos próprios e passivo
Fundos próprios:
Património 342.383.960 342.383.960
Diferenças de consolidação 0 0
Ajustamento de partes de capital em empresas ou entidades 0 0
Reservas de reavaliação 0 0
342.383.960 342.383.960
Reservas:
Reservas legais 131 0
Reservas estatutárias 0 0
Reservas contratuais 0 0
Reservas livres 0 0
Subsídios 613.159 588.126
Doacções 494.071 494.071
Reservas decorrentes da transferência de activos (0) (15.828.275)
1.107.361 (14.746.078)
Resultados transitados (23.203.782) 4.075.994
Resultado líquido do exercício 4.101.933 (10.530.048)
(19.101.849) (6.454.054)
Total dos fundos próprios 324.389.472 321.183.828
Passivo:
Provisões para Riscos e Encargos 333.860 333.860
Dívidas a terceiros - Médio e longo prazo 0 0
Dívidas a terceiros - Curto prazo:
Empréstimos por dívida titulada 0 0
Empréstimos por dívida não titulada 0 0
Adiantamentos por conta de vendas 0 0
Fornecedores c/c 1.457.721 577.725
Fornecedores - Fact. Recepç. Confer. 17.089 15.162
Fornecedores de Locação Financeira 0 47.488
Cauções de Fornecedores 67.707 72.895
Fornecedores Títulos a Pagar 0 0
Credores pela Execução de Orçamentos (0) 0
Adiantamentos de clientes, alunos e utentes 0 7.474
Fornecedores de Imobilizado c/c 11.804 0
Estado e Outros Entes Públicos 2.308.545 1.080.817
Outros Credores 1.125.565 161.173
4.988.433 1.962.733
Acréscimos e diferimentos:
Acréscimos de Custos 14.692.241 15.420.953
Proveitos Diferidos 113.843.072 96.926.636
128.535.313 112.347.589
Total dos fundos próprios e do passivo 458.247.078 435.828.010
90
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
9.2.5 Demonstração de Resultados
2010 2009
Custos e perdas
Custo das mercad. Vendidas e matérias consumidas
Mercadorias 34.517
43.877
Matérias 3.078.548 3.113.065 3.273.839 3.317.716
Fornecimentos e serviços externos 20.922.807
18.913.563
Custos com o pessoal 109.512.385 130.435.191 109.000.527 127.914.090
Transferências correntes concedidas e prestações sociais 17.046.392 17.046.392
16.253.830
Amortizações do exercício 12.541.824
13.217.781
Provisões do exercício 1.365.019 13.906.843 816.609 14.034.390
Outros custos perdas operacionais 258.067 258.067 201.165 201.165
(A)
164.759.558
161.721.191
Custos e perdas financeiras
75.499
97.859
(C)
164.835.057
161.819.050
Custos e perdas extraordinárias
2.199.907
2.477.916
(E)
167.034.964
164.296.966
Interesses Minoritários
0
0
Resultado líquido do exercício
4.101.933
(10.530.048)
171.136.897 153.766.919
Proveitos e ganhos
Vendas e prestações de serviços
Vendas 4.488.514
4.532.891
Prestação de serviços 7.179.582
5.250.114
Protocolos e acordos 0 11.668.095 739.582 10.522.587
Impostos, taxas e outros 23.086.453 23.086.453
22.182.685
Variação da Produção 91.796 91.796
165.586
Trabalhos para a própria entidade 156.950 156.950
29.401
Proveitos suplementares 696.783 696.783
779.713
Transferências e subsídios correntes obtidos:
Transferências – Tesouro e outras 129.636.022 129.636.022
114.306.301
Outros proveitos e ganhos operacionais 1.421.845 1.421.845 1.465.332
(B)
166.757.945
149.451.605
Proveitos e ganhos financeiros 165.823 165.823
314.043
(D)
166.923.768
149.765.648
Proveitos e ganhos extraordinários 4.213.130 4.213.130
4.001.272
(F) 171.136.897 153.766.919
Resultados operacionais (B-A) 1.998.387 (12.269.587)
Resultados financeiros (D-B)-(C-A) 90.324 216.183
Resultados correntes (D-C) 2.088.711 (12.053.403)
Resultado líquido do exercício (F-E) 4.101.933 (10.530.048)
Res. líq. consolidado do exercício c/ interesses minoritários (F-E) 4.101.933 (10.530.048)
91
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
9.2.6 Demonstração de Fluxos de Caixa
Recebimentos Pagamentos
Saldo da Gerência Anterior Despesas de Fundos Próprios
Execução Orçamental - Fundos Próprios Dotações Orçamentais
Dotações Orçamentais 311 - Orç Estado 104.036.141
311 - Orç Estado 4.725.657 312 - OE - Projectos 7.031.729 111.067.870
312 - OE - Projectos 6.337.277 11.062.934
De Receitas Próprias
De Receitas Próprias 510 - Autofinanciamento 36.072.259 36.072.259
510 - Autofinanciamento 11.276.533 11.276.533
Outras Receitas
410 (FEDER) 170.803 Outras Receitas
Fonte Financiamento 411 - Financiamento U.E. FEDER 2.664.885 410 (FEDER) 170.803
412 - Feder - PO Factores de Competitividade 286.694
Fonte Financiamento 411 - Financiamento U.E.
FEDER 1.672.116
413 - Feder - PO Valorização do Território 118.234 412 - Feder - PO Factores de Competitividade 1.904.846
415 - Feder - PO Regional Centro 30.696 413 - Feder - PO Valorização do Território 1.440.045
441 - Fundo Social Europeu - QCA III 2.338.602 415 - Feder - PO Regional Centro 43.653
442 - Fundo Social Europeu - Potencial Humano 31.340 441 - Fundo Social Europeu - QCA III 429.992
451 - Feoga - Orientação 1.466 442 - Fundo Social Europeu - Potencial Humano 9.693.774
480 - Financiamento U.E. - Outras 3.714.432 451 - Feoga - Orientação 78
610 - Financiamento no Subsector 130.383 480 - Financiamento U.E. - Outras 3.550.786
620 - Financiamento de Outros Subcectores 678.403 10.165.940 610 - Financiamento no Subsector 2.939.372
620 - Financiamento de Outros Subcectores 616.759 22.462.226
De Receita do Estado - Fundos alheios 161.957
De Operações de Tesouraria - Fundos Alheios 266.006 427.962 VI. Total da Despesa do Exercício 169.602.354
I. Total Saldo de Gerência na posse do serviço 32.933.370
Regularizações
Importâncias Entregues ao Estado ou Outras Entidades
- Fundos Alheios
Diferença, na UC, relativa a despesas incorrectamente
contabilizadas (2009) -18.746 Receitas do Estado 20.106.623
Ajustamento de Consolidação de 2009 43.896 25.150 Operações de Tesouraria 19.329.909 39.436.532
VII. Total da Despesa de Fundos Alheios 209.038.885
Receitas de Fundos Próprios
Dotações Orçamentais Saldo para a Gerência Seguinte:
311 - Orç Estado 104.033.948 Execução Orçamental - Fundos Próprios
312 - OE - Projectos 3.944.208 107.978.156 Dotações Orçamentais
311 - Orç Estado 4.723.464
De Receitas Próprias 312 - OE - Projectos 3.249.756 7.973.221
510 - Autofinanciamento 38.660.395 38.660.395
De Receitas Próprias
510 - Autofinanciamento 13.864.669 13.864.669
Outras Receitas Outras Receitas
411 - Financiamento U.E. FEDER 1.294.555 411 - Financiamento U.E. FEDER 2.287.324
412 - Feder - PO Factores de Competitividade 1.307.484 412 - Feder - PO Factores de Competitividade -310.667
413 - Feder - PO Valorização do Território 1.449.287 413 - Feder - PO Valorização do Território 127.477
415 - Feder - PO Regional Centro 57.754 415 - Feder - PO Regional Centro 44.796
441 - Fundo Social Europeu - QCA III 266.487 441 - Fundo Social Europeu - QCA III 2.175.097
442 - Fundo Social Europeu - Potencial Humano 9.884.610 442 - Fundo Social Europeu - Potencial Humano 222.176
451 - Feoga - Orientação 0 451 - Feoga - Orientação 1.388
480 - Financiamento U.E. - Outras 5.422.220 480 - Financiamento U.E. - Outras 5.585.865
610 - Financiamento no Subsector 25.032 19.707.430 610 - Financiamento no Subsector -2.783.956
620 - Financiamento de Outros Subcectores 61.644 7.411.144
II. Total de Receitas de Fundos Próprios 166.345.980
De Receita do Estado - Fundos alheios 232.940
III. Total das Receitas do Exercício 199.279.350 De Operações de Tesouraria - Fundos Alheios 1.148.398 1.381.337
Importâncias Retidas p/ Entregar ao Estado ou Outras Entidades -
Fundos Alheios VIII. Total de Saldo Gerência na Posse do Serviço 30.630.371
Receitas do Estado 20.177.605
Operações de Tesouraria 20.212.301 40.389.906 Regularizações
Saldos de 2009, não expressas na contabilidade
orçamental em 2010 -25.150 -25.150
IV. Total das Retenções de Fundos Alheios 40.389.906
V. Total Geral de Fluxos de Caixa 239.669.256 IX. Total Geral de Fluxos de Caixa 239.669.256
92
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
9.3 Emissão das Demonstrações financeiras
O Grupo UC tem desenvolvido as medidas necessárias para que as suas demonstrações financeiras reflitam uma
imagem verdadeira e apropriada da sua posição financeira e transmitam aos interessados a informação relevante.
Apesar disto subsistem situações, nomeadamente as referidas na Nota 2 e Nota 45, alínea b), que serão resolvidas
no exercício de 2011.
As contas consolidadas do Grupo UC, relativas ao ano de 2010, obtiveram autorização para emissão pelo
Conselho de Gestão da Universidade de Coimbra a 30 de Junho de 2011.
O Conselho de Gestão
93
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
An
exo
s às
co
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s
10
94
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
10. Anexos às contas
As notas que se seguem respeitam o número de ordem definido no POC-Educação, no entanto, aquelas em que se
considera não existir informação que justifique a sua divulgação não serão apresentadas.
I. Informações relativas às entidades incluídas na consolidação e a outras
A Universidade de Coimbra procedeu a 1 de Janeiro de 2011 à fusão por incorporação das entidades
contabilísticas Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT), com o NIF 502971142, e Faculdade de Medicina (FM),
com o NIF 506450198, na entidade contabilística Universidade de Coimbra (UC), com o NIF 501617582. Em
relação a ambas as entidades contabilísticas incorporadas foi cessada a atividade, por fusão, junto da Administração
Fiscal.
A 1 de Março de 2011 tomou posse o Reitor eleito para o quadriénio 2011-2015, bem como a nova equipa
Reitoral.
As contas consolidadas do Grupo Público UC incluem as contas de todas as Faculdades e Departamentos, dos
Serviços de Ação Social e de entidades participadas e associadas controladas pela Universidade.
A responsabilidade pela preparação e apresentação de demonstrações financeiras cabe ao Conselho de Gestão em
exercício que tem a seguinte composição:
Reitor, Prof. Doutor João Gabriel Monteiro de Carvalho e Silva.
Vice-Reitora, Prof.ª Doutora Margarida Isabel Mano Tavares Simões Lopes Marques de Almeida
Administradora, Dr.ª Célia Maria Ferreira Tavares Cravo
Nota 1 Entidades incluídas na consolidação
O Grupo Público Universidade de Coimbra identifica-se como se segue:
a) Denominação: Grupo Público UC - Universidade de Coimbra.
b) Número de Contribuinte: 501 617 582.
c) Código Repartição Finanças: 3050 – Coimbra 2
d) Sede: Palácio dos Grilos • Rua da Ilha • 3004-531 Coimbra
e) Instalações: Palácio dos Grilos • Rua da Ilha • 3004-531 Coimbra
f) Classificação Orgânica:
Ministério 1 5 Ciência Tecnologia e Ensino Superior
Secretaria 0 1 Funcionamento - SFA
Capítulo 0 4 Estabelecimento de Ensino Superior e Serviços de Apoio - Funcionamento
Divisão 0 5 Universidade de Coimbra
Subdivisão 0 1 UC
g) CAE: 85420 – Ensino Superior
h) Tutela(s): Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
i) Regime Financeiro: Serviço e Fundo Autónomo com autonomia administrativa e financeira.
95
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
As entidades que integram o perímetro de consolidação são as seguintes:
UC.Reitoria
A Universidade de Coimbra é uma Pessoa Colectiva de Direito Público que goza, nos termos da Constituição, da
Lei e Estatutos, de autonomia estatutária, científica, pedagógica, cultural, patrimonial, administrativa, financeira e
disciplinar, conforme previsto no n.º 1 do artigo 3.º dos respectivos Estatutos, homologados pelo Despacho
Normativo n.º 43/2008, de 1 de Setembro.
A UC é uma universidade pública com sete séculos de existência. De acordo com os seus estatutos, é uma
instituição dedicada à criação, transmissão, crítica e difusão da cultura, ciência e tecnologia, através do estudo, da
docência e da investigação. A UC considera o ensino e a investigação como os elementos fundamentais da sua
atividade, reconhece a importância da interdisciplinaridade e afirma o princípio de que a docência é indissociável da
pesquisa científica.
O órgão responsável pela gestão financeira e patrimonial da UC.Reitoria foi no ano de 2010 o Conselho de Gestão
compostos pelos seguintes elementos:
Reitor, Fernando Jorge Rama Seabra Santos
Vice-Reitor, António Manuel de Oliveira Gomes Martins
Administradora, Célia Maria Ferreira Tavares Cravo
Faculdade de Ciência e Tecnologia
A Faculdade de Ciências e Tecnologia, tem a sua sede no Polo II da Universidade de Coimbra, é constituída de
autonomia administrativa e financeira desde 01-01-1994, nos termos dos artigos 24º e 25º, n.º 2, dos Estatutos da
Universidade de Coimbra (Despacho Normativo n.º 79/89, de 28 de Agosto), revogado pelos novos Estatutos da
UC (Despacho Normativo n.º 43/2008, de 21 de Agosto, DR, 2.ª, n.º 168, de 1 de Setembro de 2008). A Faculdade
rege-se pelo disposto nos Estatutos e na Lei n.º 62/2007, de 10 de Setembro (RJIES).
A FCT como instituição de ensino superior é, por excelência, um centro de criação, transmissão e difusão de
cultura, ciência e tecnologia, cujos propósitos se centram:
a) Na formação humana, cultural, científica e técnica;
b) Na realização de investigação fundamental e técnica;
c) Na prestação de serviços à comunidade numa perspectiva de valorização recíproca;
Perímetro de Consolidação
Universidade de
Coimbra
UC.Reitoria
Faculdade de
Ciências e
Tecnologia
Faculdade de
Medicina
FE
FPCE
FDFL
FCDEF
FF
Fundação Museu
da Ciência
Fundação Cultural
UC
ICNAS, produção,
Lda
Dendropharma,
Lda
Associações
Privadas Sem
Fins Lucrativos
Serviços de Ação
Social
Entidades de Direito PúblicoEntidades de Direito
Privado
96
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
d) No intercâmbio cultural, científico e técnico com instituições públicas ou privadas, nacionais e
estrangeiras, bem como na participação ou criação de associações com ou sem fins lucrativos;
e) Na contribuição no seu âmbito de atividade para a cooperação internacional e para a aproximação entre
os povos, em especial os países de expressão portuguesa e os países europeus.
Desta forma, a FCT tem por missão desenvolver a formação e o progresso do conhecimento nos domínios das
ciências exatas, naturais, de engenharia, de arquitetura das tecnologias, promover a prestação de serviço à
sociedade, divulgar o conhecimento e a cultura científica, e ainda, a contribuir para a cooperação internacional.
O órgão responsável pela gestão financeira e patrimonial da FCT foi no ano de 2010 o Conselho Administrativo
composto pelos seguintes elementos:
Diretor, Prof. Doutor João Gabriel Monteiro de Carvalho e Silva
Subdiretor, Prof. Doutor Luís José Proença de Figueiredo Neves
Licenciada Maria da Conceição Pereira Girão
Rosa Maria Gaspar André
Faculdade de Medicina
A Faculdade de Medicina, localizada na Rua Larga, junto a Paço das Escolas – Coimbra, considera o ensino, a
investigação científica e o desenvolvimento tecnológico como elementos fundamentais da sua atividade, tendo
como principal objectivo a formação graduada e pós -graduada nas áreas da saúde e das ciências biomédicas,
nomeadamente através de cursos de licenciatura, mestrado e doutoramento, programas de pós-doutoramento,
cursos não conferentes de grau académico e outras atividades de especialização e aprendizagem.
Esta instituição para além de fomentar e privilegiar a investigação científica e o desenvolvimento tecnológico nos
domínios da medicina, medicina dentária, biomedicina e outros domínios das áreas das ciências da saúde, promove
também a criação, transmissão e divulgação da ciência e da cultura médica à comunidade em geral e aos seus
alunos em particular.
Nos termos do seu Regulamento, publicado no diário da República IIª série, de 5 de Setembro de 2007, as
unidades fundamentais da Faculdade de Medicina são os Institutos, as Clínicas Universitárias, Institutos
Multidisciplinares de investigação e os Departamentos, que são apoiadas para o seu bom funcionamento por
serviços centrais e unidades especializadas de suporte e desenvolvimento.
O órgão responsável pela gestão financeira e patrimonial da FM foi no ano de 2010 o Conselho Administrativo
composto pelos seguintes elementos:
Diretor, Prof. Doutor Manuel Amaro de Matos Santos Rosa
Chefe de Divisão Administrativa, Dra. Maria Graça Vicente Simões Melo
Técnica Superior, Dra. Ana Sofia Silva Coimbra Martins
Serviços de Ação Social
Os Serviços de Ação Social, localizados na Rua Guilherme Moreira n.º 12 – Coimbra, gozam de autonomia
administrativa e financeira nos termos da lei e dos Estatutos da Universidade de Coimbra, dispõem de orçamento
privativo e estão sujeitos à fiscalização do fiscal único.
Nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 28.º dos Estatutos da Universidade de Coimbra, os, os Serviços de
Ação Social prosseguem os objectivos que a Lei lhes atribui, apoiando os estudantes:
a) Com medidas de apoio social direto: bolsas de estudo e auxílios de emergência;
b) Com medidas de apoio social indireto: acesso à alimentação e ao alojamento, acesso a serviços de
saúde, apoio às atividades culturais e desportivas, acesso ao apoio psicopedagógico e ainda outros
tipos de apoios de carácter social, cultural e educativo.
97
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
O órgão responsável pela gestão financeira e patrimonial do SAS no ano de 2010 foi composto pelos seguintes
elementos:
Reitor, Fernando Jorge Rama Seabra Santos
Administrador, Dr. Jorge Gouveia Monteiro
Fundação Museu da Ciência
A Fundação Museu da Ciência, tem sede no Laboratório Chímico, Largo Marquês de Pombal em Coimbra e foi
formalmente constituída em 03 de Julho de 2007, tendo iniciado a sua atividade em 6 de Fevereiro de 2009.
Conforme estipulado no nº1 do artº.4º dos Estatutos da Fundação Museu da Ciência, cabe-lhe ―a administração e
exploração do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, como polo educativo e centro interdisciplinar de
produção e divulgação científica e cultural, instalado no edifício do Laboratório Chímico e em parte do Colégio de
Jesus, ao qual cabe a gestão integrada das coleções e peças de museologia científica pertencentes à Universidade de
Coimbra‖.
A responsabilidade pela gestão financeira e patrimonial da FMC foi no ano de 2010 dos seguintes elementos:
Presidente da Direção do Museu da Ciência - Professor Paulo Gama da Mota
Vice-presidente – Professora Carlota Simões
Vogal – Professor Pedro Casaleiro
Fundação Cultural
A Fundação Cultural é uma entidade de direito privado e de interesse público, dotada de personalidade jurídica e
autonomia financeira, com duração de funcionamento indeterminado. Constituída estatutariamente em 28 de
Setembro de 2007, com publicação em Diário da República, 2.ª Série, n.º 235, de 6 de Dezembro de 2007, iniciou
as suas atividades a 11 de Fevereiro de 2009. A Fundação tem a sua Sede no Palácio Sacadura Botte (Rua dos
Coutinhos, 23).
No âmbito da sua ação, a Fundação Cultural desenvolve a sua atividade através da gestão das seguintes unidades:
Auditório da Reitoria, Estádio Universitário de Coimbra, Teatro Académico de Gil Vicente e a administração do
Palácio de São Marcos (no âmbito dos poderes de utilização reconhecidos pelos Estado Português à Universidade
de Coimbra em 1981).
A Fundação tem como estratégia de afirmação promover, apoiar e dinamizar iniciativas no âmbito da atividade
científica, cultural e social da Universidade de Coimbra, tendo em vista a preservação e beneficiação do património
e a sua utilização eficiente na prestação de serviços à comunidade académica e à sociedade em geral, que
contribuam para o desenvolvimento social e cultural da Região e do País.
A responsabilidade pela gestão financeira e patrimonial da FC foi no ano de 2010 dos seguintes elementos:
Presidente do Conselho de administração – Professora Cristina Robalo Cordeiro
Vogal – Professora Isabel Vargues
Vogal – Eng. Dinis Vieira (até Setembro 2010)
Vogal - Eng.ª Maria Aguiar (desde Setembro 2010)
ICNAS, Produção
O ICNAS Produção, sociedade unipessoal, foi constituída em 25 de Maio de 2009 e tem ―por objecto a operação
do ciclotrão sediado no ICNAS – Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde, tendo em vista a produção,
controlo de qualidade e disponibilização de radionuclídeos e radiofármacos.‖
Está sediada no Edifício do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS), no Polo das Ciências da
Saúde da Universidade de Coimbra.
98
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
A responsabilidade pela gestão financeira e patrimonial do ICNAS Produção foi no ano de 2010 dos seguintes
elementos:
Gerente – Professor Adriano José Carvalho Rodrigues
Gerente – Professor Antero José Pena Afonso de Abrunhosa
Gerente – Professor António José Avelã Nunes
Nota 2 Entidades excluídas da consolidação
Para o ano de 2010 o perímetro de consolidação exclui as Associações Privadas Sem Fins Lucrativos (APSFL) com
as quais a Universidade de Coimbra tem relações de participação ou associação. Esta exclusão é motivada pela
necessidade que a Universidade tem de desenvolver um estudo aprofundado sobre a existência de controlo ou
influência significativa ou qualquer outra das condições de consolidação, pelo que são relevadas nas contas como
―investimentos financeiros – Partes de capital‖ e mensuradas ao custo histórico. A sociedade Dendropharma é
excluída da consolidação pelo facto do início de atividade ter ocorrido no início do ano 2011.
Nota 3 Pessoal ao serviço
O número de trabalhadores efetivos do Grupo Universidade de Coimbra, a 31 de Dezembro de 2010 é de 3.219,
discriminado da seguinte forma:
(A) - Os membros dos órgãos de gestão/dirigentes são considerados, também, nos efetivos da respectiva carreira
A - Gestão
B - Ensino, Investigação e Prestação de
Serviços
Postos trabalho a 31-12-201010 44 37 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 93
Postos trabalho previstos para 201010 75 38 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 123
Previsão, fundamentada, de novos postos
trabalho em 2011 0 0 21 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 21
Postos de trabalho a extinguir0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2
Postos trabalho a 31-12-20100 0 0 1451 63 20 0 0 29 0 0 0 0 0 1563
Postos trabalho previstos para 20100 0 0 1551 97 23 0 0 35 0 0 0 0 0 1706
Previsão, fundamentada, de novos postos
trabalho em 2011 0 0 0 70 13 0 0 0 6 0 0 0 0 0 89
Postos de trabalho a extinguir0 0 0 16 0 3 0 0 5 0 0 0 0 0 24
Postos trabalho a 31-12-20100 0 0 0 0 0 34 21 367 35 493 29 15 569 1563
Postos trabalho previstos para 20100 0 0 0 0 0 41 23 397 48 519 31 15 614 1688
Previsão, fundamentada, de novos postos
trabalho em 2011 0 0 0 0 0 0 2 0 31 1 20 2 0 6 62
Postos de trabalho a extinguir0 0 0 0 0 0 0 10 10 3 25 0 0 41 89
0 0 0 13 0 0 2 0 17 0 10 1 0 3 46
10 44 37 1451 64 20 34 21 397 35 493 29 15 569 3219
Totais Cargos / Carreiras / Categorias (Postos
trabalho a 31/12/2010)
Ou
tras
Sit
uaç
ões
En
carr
egad
o
Op
erac
ion
al
Ass
iste
nte
Op
erac
ion
al
Atividade
A
Atividade
B
Atividade
C
Postos de trabalho previstos para trabalhadores em
Mobilidade/Com. Serv./Etc.
Dia
gn
óst
ico
e
Ter
apêu
tica
Pes
soal
de
Info
rmát
ica
Téc
nic
o
Téc
nic
o
Su
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ior
Co
ord
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or
Téc
nic
o
Ass
iste
nte
Téc
nic
o
Atividades
Cargos / Carreiras / Categorias
Total de
postos de
trabalhoC - Serviços de Suporte
Eq
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te
Do
cen
te
Un
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sitá
rio
Inv
esti
gad
or
99
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
III. Informações relativas aos procedimentos de consolidação
Nota 6 Discriminação da rubrica «Diferenças de consolidação»
Em 31 de Dezembro de 2010 não existem diferenças de consolidação em categorias de ativos ou de passivos
identificáveis das entidades incluídas no perímetro de consolidação.
Nota 9 Acontecimentos que tenham ocorrido entre a data do balanço e a data do balanço
consolidado
Não se registaram acontecimentos relevantes entre a data das demonstrações financeiras e a data da sua emissão.
Nota 13 Contabilização das participações em associadas
Em 31 de Dezembro de 2010 as participações financeiras do Grupo Público UC encontram-se valorizadas ao custo
histórico, sendo a sua composição a seguinte:
Identificação da Participação 31 de Dezembro 2010 Capital próprio
Volume de
Negócios
Resultado Líquido
Denominação social Sede Valor da participação Montante Exercício
AEMITEQ-Assoc. Inov. Tecnol.
Qualidade
Rua Coronel Júlio Veiga Simão,
Loreto, 3020-053 Coimbra 4.988,00 155.180,45 328.324,10 -20.452,12 2009 a)
LEDAP - Lab. De Energética e
Detónica
Av. da Universidade de
Coimbra, 3150-277 Condeixa-a-
Nova
99.759,57 129.453,71 41.396,53 -8.429,44 2009 a)
Exploratório Infante D. Henrique
Rotunda das Lajes, Santa Clara,
Apartado 5111, 3041-901
Coimbra
101.496,99 2.191.440,05 131.935,32 1.035,43 2010
IDARC - Inst. Desenv. Agrário
Reg. Centro
Almegue - Vale Gemil, 3040-322
Coimbra 2.493,99 -130.442,06 - -52.444,26 2006 a)
Centro de Neurociências e
Biologia Celular
Departamento de Zoologia da
UC, Largo Marquês de Pombal,
3004-517 Coimbra
59.855,75 952.007,69 320.846,46 90.159,42 2008 a)
Associação Tecnopólo de
Coimbra
Rua Pedro Nunes - Quinta da
Nora, 3030-199 Coimbra 4.987,98 307.561,83 - 9.497,67 2009 a)
Fundação das Universidades
Portuguesas
Rua Pinheiro Chagas nº 27,
3000-333 Coimbra 49.879,79 4.098.554,91 - 7.714,10 2009 a)
INESC - Instituto de Eng.
Sistemas Computadores
Rua Alves Redol, nº 9, 1000-029
Lisboa 520.000,00 - - - - b)
IGAP - Instituto de Gestão e
Administração Pública
Rua Belos Ares, 160, 4100-108
Porto 498,8 - 526.414,28 78.443,48 2009 a)
Poolnet Portuguesa Tooling
Network
Av. D. Dinis, 17, 2430-263
Marinha Grande 500 37.837,00 46.500,00 379 2010
IPN - Instituto Pedro Nunes Rua Pedro Nunes - Quinta da
Nora, 3030-199 Coimbra 174.579,26 500.787,16 801.955,45 54.563,16 2009 a)
Instituto de Formação p/
Executivos 351,82 - - - - b)
Centro de Biomassa p/ Energia Apartado 49, 3221-909 Miranda
do Corvo 2.493,99 1.110.869,47 36.418,10 61.198,87 2009 a)
IPN Incubadora Rua Pedro Nunes - Quinta da
Nora, 3030-199 Coimbra 112.500,00 274.868,41 289.016,66 23.526,46 2009 a)
INESC Coimbra Rua Antero de Quental, 199,
3000-033 Coimbra 16.558,80 467.981,33 188.006,17 145.664,31 2009 a)
OPEN - Assoc. Oportunidades
Específicas de Negócio
Zona Industrial - Rua de
Espanha, lote 8, 2431-901
Marinha Grande
5.000,00 1.372.891,00 106.156,00 2.925,00 2010
Willuso - Associação de
Investigação, Longevidade e
Saúde
Rua Emídio Navarro, nº 18,
3050-224 Luso 500,00 b)
ATC - Associação Tecnopolo de
Coimbra
Rua Pedro Nunes - Quinta da
Nora, 3030-199 Coimbra 259.975,96 307.561,83 - 9.497,67 2009
IteCons - Inst. de Inv. e Desenv.
Tecnológico em Ciências de
Construção
Rua Pedro Hispano, Polo II da
UC, 3030-289 Coimbra 100.000,00 3.677.875,00 1.174.731,00 190.423,68 2010
IPN - Incubadora Des. Atividades
Inc. Ideias e Empresas
Rua Pedro Nunes - Quinta da
Nora, 3030-199 Coimbra 27.500,00 274.868,41 289.016,66 23.526,46 2009 a)
IT - Instituto de
Telecomunicações
Av. Rovisco Pais, 1, 1049-001
Lisboa 299.278,75 1.454.837,97 1.032.516,90 -276.683,72 2009 a)
RAIZ - Instituto de Investigação
da Floresta e do Papel
Quinta de São Francisco –
Apartado 15 – 3801-501 Eixo 70.000,01 3.855.997,00 3.289.204,00 -17.787,00 2008 a)
CENTROHABITAT-Plataforma
para a Construção Sustentável Curia Tecnoparque 500,00 133.734,47 88.876,98 33.544,89 2010
a) Último relatório de contas facultado.
b) Relatório de contas não facultado.
100
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Partes de capital
Identificação da Participação 31 de Dezembro 2010 Capital
próprio
Volume de
Negócios
Res. Líquido
Tipo Denominação social Sede Quant. Valor
unitário
Valor
Global Montante Exercício
Ações Odabarca
Urbanização MADEFIL-
Lote 13-19, Sargento-Mor, 3021-901 Coimbra
20 249,4 4.998,00 240.065,04 135.325,62 11.184,89 2010
Ações Coimbravita ADR Rua Capitão Luís Gonzaga,
nº 74, 3000-095 Coimbra 2000 4,99 9.980,00 416.585,86 21.355,33 86.255,40 2005 a)
Fundo Patrimonial
Associação para a
Internacionalização
Empresarial
Praça das Indústrias, 1300-
307 Lisboa n.a 24.939,89 b)
Quota
Relacre - Associação de
Laboratórios Acreditados
de Portugal
Rua Filipe Folque, nº 2 - 6º
Dto, 1050-113 Lisboa 50 5 250 750.900,67 793.584,00 34.148,60 2010
a) Último relatório de contas facultado
b) Relatório de contas não facultado
IDENTIFICAÇÃO DOS ACTIVOS
VALOR NOMINAL DOS
ACTIVOS EM 31.12.2010
Natureza Transmissão
Capital Tipo Entidade devedora/emitente Base legal Data
Valor à data da
transmissão
Depósito a prazo Prof. Doutor Geraldes Freire - Prémio
Latim Medieval Protocolo 1999 24.939,89 31.131,16
Títulos Fundação Sasakawa Protocolo 2000 1.091.766,10 816.271,64
Títulos Certificado de renda perpétua DL34549,28 Abril 1945 2006 249 249
Títulos Certificado de renda perpétua DL 23865, 17 Maio 1934 e Lei 1933, de
13 Fevereiro 1936 2006 7.955,20 7.955,20
As participações financeiras encontram-se provisionadas em 125.332 euros, sendo a sua composição a seguinte:
Investimentos Financeiros Saldo inicial Aumento/Redução Saldo final
LEDAP - Lab. De Energética e Detónica 99.760 0 99.760
Fundo J.P. Morgan Lux - Fundação Sasakawa 69.816 -59.219 10.597
OPEN - Assoc. Oportunidades Específicas de Negócio 5.000 0 5.000
Centro de Biomassa p/ Energia 2.494 0 2.494
IDARC - Inst. Desenv. Agrário Reg. Centro 2.494 0 2.494
Odabarca 4.988 0 4.988
Total 184.551 -59.219 125.332
IV. Informações relativas a compromissos
Nota 16 Montante global dos compromissos financeiros que não figurem no balanço consolidado
Existem encargos assumidos que terão reflexo orçamental nos anos económicos futuros. As contas 04
«orçamento – exercícios futuros» e 05 «compromissos – exercícios futuros» refletem as responsabilidades futuras
da que se desagregam como se segue:
Natureza da responsabilidade Compromissos para o ano de 2011 Compromissos para anos seguintes
SASUC FCTUC FMUC UC SASUC FCTUC FMUC UC
Aquisição de Bens e Serviços 369.996 1.135.845
Aquisição Serviços 530.973
Bolsas Investigação 1.052.457
Aquisição Imobilizado 19.906
Aquisições de Bens 29.306 21.064
Empreitada de Obras Públicas 2.135.911
Honorários 112.879
Locação por Natureza Económica 38.043 54.396
Prestação de Serviços 1.863.653 242.244
Totais 369.996 1.603.336 1.135.845 4.179.792 0 0 0 317.703
101
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
A Universidade por força de acordos quadro celebrados com as seguintes entidades possui os encargos assumidos,
nos montantes especificados no quadro seguinte:
Entidade Obrigações contratualizadas Despesa paga no ano Compromissos anos seguintes
Fundação Cultural da Universidade de Coimbra 1.150.000 1.223.808 996.377
Fundação Museu da Ciência 377.000 620.000
Associação Académica de Coimbra 255.000 255.000 255.000
SAS – Fundo de Apoio Social 150.000 150.000 350.000
Total 1.555.000 2.005.808 2.221.377
V. Informações relativas a políticas contabilísticas
Nota 18 Critérios de valorimetria aplicados e métodos utilizados no cálculo dos ajustamentos de
valor
As demonstrações financeiras foram preparadas em harmonia com os princípios contabilísticos definidos no Plano
Oficial de Contabilidade Pública para o Sector da Educação (POC-Educação) - Portaria n.º 794/2000, de 20 de
Setembro, da Lei 62/2007, de 10 de Setembro e na Portaria 474/2010, de 1 de Julho que aprova a Orientação
n.º1/2010.
As demonstrações financeiras cumprem ainda as Normas Internacionais de Contabilidade do Sector Público,
foram preparadas numa base de continuidade das operações e as políticas contabilística foram aplicadas de forma
consistente durante o exercício económico. Foram preparadas a partir dos registos contabilísticos das entidades
incluídas na consolidação, tendo-se utilizado os procedimentos de consolidação a seguir descritos:
a) Procedimentos de consolidação
As contas da UC.Reitoria, da Faculdade de Ciências e Tecnologia, da Faculdade de Medicina, dos Serviços de Ação
Social e da Fundação Museu da Ciência foram consolidadas pelo método da simples agregação, que consiste em
adicionar item a item as demonstrações financeiras destas entidades. Embora a Universidade de Coimbra não
disponha de participação nos capitais próprios destas entidades, detém controlo exclusivo sobre elas.
As entidades Fundação Cultural e ICNAS, Produção, foram consolidadas pelo método de consolidação integral. A
Universidade de Coimbra detém o controlo exclusivo da participação nos capitais próprios destas entidades. Este
método de consolidação consiste na integração no balanço e demonstração de resultados da Universidade de
Coimbra dos respectivos elementos dessas entidades.
As principais transações e os saldos de maior significado ocorridos entre as entidades foram eliminados no
processo de consolidação, nomeadamente:
As dívidas entre as entidades incluídas na consolidação;
Os custos e perdas, os proveitos e ganhos relativos às operações efectuadas entre entidades incluídas na
consolidação;
As operações de transferências de subsídios entre entidades incluídas na consolidação.
b) Imobilizado corpóreo e incorpóreo
Terrenos e recursos naturais, edifícios e outras construções e imobilizado em curso:
A avaliação do património imobiliário da UC tem sido efetuada com base no valor de mercado, exceto nas
situações em que se conhece o respectivo custo histórico na sua totalidade, sendo nessas circunstâncias o bem
registado pelo correspondente valor de aquisição.
Os bens em relação aos quais o valor não é conhecido foram registados nas demonstrações financeiras pelo valor
resultante da avaliação efetuada por um perito independente.
102
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
O património da UC integra bens imóveis cuja avaliação técnica efectuada determinou a sua valorização pelo valor
de 1€. Tratam-se de imóveis de valor histórico significativo cuja valorização é de difícil apuramento, como seja o
Jardim Botânico, a Torre da Universidade a Biblioteca Joanina.
Equipamento básico, equipamento de transporte, ferramentas e utensílios, equipamento administrativo e outras
imobilizações corpóreas:
As imobilizações corpóreas foram valorizadas pelo respectivo custo de aquisição.
c) Depreciações e amortizações
As depreciações e amortizações são calculadas segundo o método das quotas constantes, pelo regime duodecimal
atendendo à data de início de disponibilidade do bem para utilização, com uma vida útil atribuída em função da
classificação do bem de acordo com o previsto no classificador geral (Portaria n.º 671/2000, de 17 de Abril). De
acordo com o mesmo normativo os bens de imobilizado cuja vida útil é inferior a um ano ou que o seu valor de
aquisição é inferior a 80% do índice 100 da tabela de remunerações da Administração Pública que no ano foi de
274,58€, são totalmente depreciados no próprio ano.
A amortização dos edifícios objecto de avaliação independente é efectuada ao longo da vida útil remanescente,
estimada pelos avaliadores independentes.
Apesar do critério prevalecente ser o da Universidade de Coimbra como entidade mãe, relativamente às
entidades, Fundação Cultural, Fundação Museu da Ciência e ICNAS, Produções, as depreciações e amortizações
do exercício, foram determinadas de acordo com o Decreto Regulamentar nº 25/2009, de 14 de Setembro, tendo
sido adoptado o método de linha recta, previsto nesse Diploma Legal, pelo facto de se ter procedido ao recálculo
e se ter concluído que não revelavam diferenças significativas.
d) Ativos intangíveis
Os ativos intangíveis referentes a patentes estão mensurados ao custo de aquisição e incorporam todas as
despesas associadas à sua valorização. A amortização é efectuada à taxa de 5% por adopção do critério previsto no
decreto-lei n.º 16/95, de 24 de Janeiro, correspondente ao número de anos permitido para o registo de patentes.
e) Investimentos financeiros
Os investimentos financeiros apresentados no balanço estão mensurados ao respectivo custo de aquisição. O
Grupo UC ainda não procedeu à adopção do método de equivalência patrimonial procedendo ao ajustamento
anual do valor correspondente à participação nos resultados líquidos das suas associadas por contrapartida de
ganhos ou perdas do exercício. As perdas de valor consideradas permanentes em participadas, quando existam,
são provisionadas.
f) Provisão para cobranças duvidosas
Foram constituídas provisões para cobranças duvidosas de acordo com o critério económico, tendo por base os
riscos de cobrabilidade identificados no final do exercício.
A constituição de provisões para cobrança duvidosa foi efectuada de acordo com a política descrita no ponto 2.7
do POC — Educação. Foram constituídas para os créditos, que não do Estado (sentido lato), em mora há mais de
12 meses desde a data do respectivo vencimento e para as quais existiam diligências para o seu recebimento.
g) Existências ou inventários
As existências foram mensuradas ao custo de aquisição. A fórmula de custeio utilizada é o custo médio ponderado
para todos os itens de existências. Relativamente às entidades Fundação Cultural, Fundação Museu da Ciência e
ICNAS Produção, o método de custeio utilizado é o FIFO, por na fase de homogeneização se ter concluído que,
atendendo ao valor das existências ou inventários, as diferenças eram materialmente pouco relevantes.
103
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
h) Especialização de proveitos e custos
Em geral, os custos diferidos, acréscimos de custos e proveitos diferidos são reconhecidos de acordo com o
princípio de especialização dos exercícios no momento em que são obtidos ou incorridos independentemente do
momento em que o recebimento ou pagamento ocorre, bem como transferidos para os exercícios em que devem
ser reconhecidos.
As receitas com origem no Orçamento de Estado são reconhecidas como proveito do exercício (Subsídio à
Exploração) no momento da sua entrada, por débito da conta do ativo «Depósitos em instituições financeiras -
Conta no Tesouro».
As dívidas a receber de clientes correspondem ao valor da venda-a-dinheiro ou factura emitidas relativo a vendas e
prestações de serviços e o proveito é reconhecido no momento da emissão das mesmas.
No que se refere a receitas não facturáveis o reconhecimento do proveito ocorre somente com o depósito da
receita, com a exceção das propinas de cursos de Licenciatura e de Mestrado Integrado, que são reconhecidas
como proveito de acordo com o princípio da especialização de exercícios. As propinas relativas aos restantes
cursos de Pós-graduação são apenas reconhecidas quando recebidas.
h) Subsídios
A UC recebeu subsídios para imobilizações com origem no PIDDAC e em programas de cofinanciamento
referentes a Fundos Estruturais para o Ensino e Formação no âmbito do Quadro Comunitário de Apoio, tendo a
contabilização sido efectuada no momento do recebimento e relevada a proveito à medida que ocorrem as
depreciações.
No âmbito de projetos institucionais e de projetos de investigação, com origem na União Europeia e na Fundação
para a Ciência e Tecnologia e outros organismos públicos e privados os subsídios são reconhecidos como proveito
no momento em que são recebidos.
i) Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira
As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor
na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, foram registadas
como proveitos e custos na demonstração dos resultados do exercício.
j) Operações extraorçamentais
Sempre que o Grupo UC atua como entidade líder em projetos de Investigação e Desenvolvimento em parceria
com outras Instituições, é de sua responsabilidade o pagamento a essas mesmas Instituições dos subsídios
atribuídos pelas entidades financiadoras, na quota-parte que estas têm no projeto. Em todas as circunstâncias em
que a UC atua como entidade responsável pelo pagamento a terceiros de subsídios recebidos de outras entidades,
essas operações, enquanto de pura intermediação, apenas deviam ter reflexo em contas de balanço e em termos
orçamentais em operações extraorçamentais a reconhecer no classificador económico da receita 17.02.00 «outras
operações de tesouraria» e de despesa 12.02.00 «outras operações de tesouraria», que inclui os montantes
provenientes de fundos alheios que deverão constituir posteriormente fluxos de entrega às entidades a quem
respeitam. Este procedimento não foi adoptado no ano económico em análise tendo os fluxos monetários sido
relevados em receita e em despesa orçamentais.
k) Enquadramento fiscal
As entidades objecto de consolidação, UC.Reitoria, FCT, FM e SAS gozam de isenção parcial do Imposto sobre o
Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC), uma vez que se encontram sujeitas a este imposto apenas por via da
retenção na fonte relativamente aos seus rendimentos de aplicação de capitais. Não estão obrigadas a entregar a
declaração anual de rendimentos. As entidades FC, FMC e ICNAS sujeitos passivos de IRC de acordo com o
disposto no Código do Imposto sobre o rendimento das Pessoas Colectivas.
104
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Nota 19 Cotações utilizadas para conversão dos elementos expressos em moeda estrangeira
Os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para euros utilizando as taxas de câmbio
vigentes à data da operação. As diferenças de câmbio realizadas no exercício, bem como as potenciais, apuradas
nos saldos existentes na data do balanço por referência às paridades vigentes nessa data, integram os resultados
correntes do exercício.
A Universidade detém um investimento financeiro em dólares, Fundo Sasakawa, reconhecido no ano económico
de 2000 pelo valor de mercado à data de 31 de Dezembro de 1999, de 1.096.788,26 USD, com cotação à mesma
data.
O Fundo Sasakawa foi contratualizado com a Fundação Sasakawa, organização sem fins lucrativos, sita em 1-15-16
Toranomou, Minato-Ku, Tokio 105, Japão, com a finalidade de patrocínio de bolsas para apoio financeiro a
estudantes recém-licenciados com capacidade para a liderança que frequentem cursos de mestrado ou
doutoramento nas áreas das humanidades ou das ciências sociais.
VI. Informações relativas a determinadas rubricas
Nota 20 Rubricas «Despesas de instalação» e «Despesas de investigação e de desenvolvimento»
Os valores constantes das contas 431 ―Despesas de Instalação‖ e 432 ―Despesas de Investigação e
desenvolvimento‖ justificam-se da seguinte forma:
UC: os valores registados na rubrica de Imobilizado Incorpóreo - Propriedade Industrial e Outros Direitos
respeitam ao registo de patentes (305.043,74€); marcas (€134,50) e concessões (€108,47)
FCTUC: regista-se um aumento no montante de 47.548,13€ na conta 432 – ―despesas de I&D‖ motivada pela
conclusão dos trabalhos em curso de imobilizado incorpóreo, nomeadamente a conclusão de Equipamento de
ensaios do tipo deep drawing, Khepera III (3 unidades), Eratic e plataforma de dados.
ICNAS: a rubrica de despesas de investigação e desenvolvimento inclui essencialmente a utilização de matéria-
prima e de produto acabado para testes de qualidade e os custos suportados com pessoal afecto à produção no
decorrer de Projetos de investigação na área de Radiofármacos e obtenção de licenças.
SAS: o valor inscrito na conta 431 – Imobilizado Incorpóreo refere-se ao custo já suportado com trabalhos
relativos à elaboração de projetos de arquitetura que visam uma eventual expansão da atividade dos SASUC no
Polo II da Universidade de Coimbra, nomeadamente à construção, a médio prazo, de uma nova residência
universitária.
105
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Nota 22 Movimentos ocorridos nas rubricas do ativo imobilizado constantes do balanço consolidado
e nas respectivas amortizações e provisões
A rubrica amortizações e provisões analisa-se como se segue:
Rubricas Saldo Inicial Reforço Regularizações Saldo Final
Bens de domínio público
Terrenos e recursos naturais 0,00 0,00 0,00 0,00
Edifícios e outras construções 0,00 0,00 0,00 0,00
Outras construções e infraestruturas 0,00 0,00 0,00 0,00
Infraestruturas e equipamentos de natureza militar 0,00 0,00 0,00 0,00
Bens do património histórico, artístico e cultural 0,00 0,00 0,00 0,00
Imobilizações em curso 0,00 0,00 0,00 0,00
Adiantam. p/ conta de bens de domínio público 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00
Imobilizações incorpóreas
Despesas de instalação 0,00 0,00 0,00 0,00
Despesas de investigação e de desenvolvimento 20.536,23 54.135,90 0,00 74.672,13
Propriedade industrial e outros direitos 757.826,65 94.674,01 0,00 852.500,66
Imobilizações em curso 0,00 0,00 0,00 0,00
Adiantam. p/ conta de imob. incorpóreas 0,00 0,00 0,00 0,00
778.362,88 148.809,91 0,00 927.172,79
Imobilizações corpóreas
Terrenos e recursos naturais 0,00 0,00 0,00 0,00
Edifícios e outras construções 33.663.680,30 4.853.693,14 -22.624,58 38.494.748,86
Equipamento e material básico 43.763.989,12 5.626.764,02 -293.439,75 49.097.313,39
Equipamento de transporte 458.707,45 48.237,62 0,00 506.945,07
Ferramentas e utensílios 363.683,70 26.623,55 -5.264,58 385.042,67
Equipamento administrativo 12.403.677,12 1.229.263,75 -143.170,62 13.489.770,25
Taras e vasilhame 373,66 496,10 0,00 869,76
Bens de reduzido valor 2.276.427,96 352.201,88 -23.705,22 2.604.924,62
Outras imobilizações corpóreas 4.634.914,19 278.355,17 -17.297,21 4.895.972,15
Imobilizações em curso 0,00 0,00 0,00 0,00
Adiantam. p/ conta de imob. corpóreas 0,00 0,00 0,00
97.565.453,50 12.415.635,23 -505.501,96 109.475.586,77
Investimentos financeiros
Partes de capital 4.988,00 0,00 0,00 4.988,00
Obrigações e títulos de participação 109.747,55 0,00 0,00 109.747,55
Investimentos em imóveis 0,00 0,00 0,00 0,00
Outras aplicações financeiras 69.815,88 0,00 -59.219,06 10.596,82
Imobilizações em curso 0,00 0,00 0,00 0,00
184.551,43 0,00 -59.219,06 125.332,37
106
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
A rubrica ativo imobilizado analisa-se como se segue:
Rubricas Saldo Inicial Reavaliação /
Ajustamento Aumentos Alienações
Transferências
e abates Saldo Final
Bens de domínio público
Terrenos e recursos naturais 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Edifícios e outras construções 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Outras construções e infraestruturas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Infraestruturas e equipamentos de natureza militar 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Bens do património histórico, artístico e cultural 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Imobilizações em curso 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Adiantam. p/ conta de bens de domínio público 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Imobilizações incorpóreas
Despesas de instalação 141.661,22 0,00 0,00 0,00 0,00 141.661,22
Despesas de investigação e de desenvolvimento 179.842,11 0,00 158.762,82 0,00 0,00 338.604,93
Propriedade industrial e outros direitos 1.494.905,19 2.512,04 121.619,20 0,00 0,00 1.619.036,43
Imobilizações em curso 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Adiantam. p/ conta de imob. incorpóreas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
1.816.408,52 2.512,04 280.382,02 0,00 0,00 2.099.302,58
Imobilizações corpóreas
Terrenos e recursos naturais 93.807.508,72 0,00 0,00 0,00 0,00 93.807.508,72
Edifícios e outras construções 272.187.530,18 0,00 726.220,37 0,00 685.167,12 272.228.583,43
Equipamento e material básico 61.897.756,64 160.519,09 5.254.461,88 9.711,52 344.188,31 66.958.837,78
Equipamento de transporte 707.093,38 553,97 7.600,00 0,00 0,00 715.247,35
Ferramentas e utensílios 418.669,85 2.198,66 4.185,86 0,00 6.568,44 418.485,93
Equipamento administrativo 14.908.941,79 -465,58 1.828.574,03 0,00 141.272,25 16.595.777,99
Taras e vasilhame 3.014,32 0,00 0,00 0,00 0,00 3.014,32
Bens de reduzido valor 2.277.991,03 0,00 354.494,23 0,00 26.721,62 2.605.763,64
Outras imobilizações corpóreas 12.400.929,08 -468,42 1.348.674,93 0,00 8.267,22 13.740.868,37
Imobilizações em curso 23.754.499,45 0,00 4.773.281,02 0,00 82.054,79 28.445.725,68
Adiantam. p/ conta de imob. corpóreas 0,00 0,00 292.620,39 0,00 0,00 292.620,39
482.363.934,44 162.337,72 14.590.112,71 9.711,52 1.294.239,75 495.812.433,60
Investimentos financeiros
Partes de capital 831.402,98 66.009,63 0,00 0,00 0,00 897.412,61
Obrigações e títulos de participação 1.055.944,72 0,00 500,00 0,00 0,00 1.056.444,72
Investimentos em imóveis 2.219.046,68 0,00 0,00 0,00 0,00 2.219.046,68
Outras aplicações financeiras 855.499,60 0,00 107,40 0,00 0,00 855.607,00
Imobilizações em curso 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
4.961.893,98 66.009,63 607,40 0,00 0,00 5.028.511,01
Nota 25 Diferenças materialmente relevantes entre os custos de elementos do ativo circulante e os
respectivos preços de mercado
Não se considera existirem diferenças materialmente relevantes entre o valor contabilístico e o valor de mercado
dos elementos que integram o ativo circulante.
Nota 31 Repartição do valor líquido consolidado das vendas e das prestações de serviços
As vendas e prestações de serviços pelo Grupo Universidade de Coimbra totalizaram, em 2010, 11.668.095€,
distribuídos da seguinte forma:
107
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Total
Consolidado Ajustamentos SASUC FCTUC FMUC UC
FUNDAÇÃO
MUSEU DA
CIÊNCIA
FUNDAÇÃO
CULTURAL
ICNAS
PRODUÇÃO,
LDA.
1- VENDAS
Mercadorias 25.447€ 24.781€ 666€
Fotocópias, Impressos e Publicações 5.069€ 4.238€ 831€
Cadernos de Encargos 1.933€ 1.933€
Livros e Revistas 196.622€ 196.622€
Textos de Apoio ao Aluno 2€ 2€
Outros Bens 30.563€ 1.328€ 29.235€
Produtos Acabados 0€
Refeições 4.304.473€ 4.304.473€
Outros (75.595€) (76.286€) 691€
Total 1 4.488.514€ (76.286€) 4.305.164€ 5.566€ 0€ 228.623€ 24.781€ 666€ 0€
2 - PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS 0€
Alojamentos 837.768€ 837.768€
Apoio à Infância 209.853€ 209.853€
Serviços de Saúde 91.379€ 11.437€ 74.322€ 5.621€
Diversos 262.443€ 262.443€
Trabalhos Gráficos 464€ 464€
Realização de Estudos 4.009€ 2.959€ 1.050€
Serviço Docente 35.069€ 35.069€
Outros Serviços 1.622.818€ 39.673€ 958.069€ 54.951€ 570.125€
Acções de Formação 541.156€ 3.200€ 2.230€ 535.726€
Inscrições em Seminários e Cursos 261.457€ 183.482€ 4.210€ 73.765€
Colóquios 3.639€ 3.639€
Manifestações de Cultura 1.518€ 1.518€
Análises Clínicas 2.108.628€ 14.586€ 865.371€ 1.228.671€
Serviços Prestados ao exterior 232.080€ 169.796€ 62.284€
Reprodução e Microfilmagem 13.321€ 13.321€
Serviço de Fotocópias 24.710€ 1.670€ 23.040€
Protocolos e Acordos 888.834€ (673€) 37.006€ 852.501€
Outros Serviços 40.435€ (54.928€) 17.225€ 78.138€
Total 2 7.179.582€ (55.601€) 1.098.731€ 1.211.631€ 1.420.007€ 2.879.738€ 54.951€ 570.125€ 0€
Total (1+2) 11.668.095€ (131.887€) 5.403.894€ 1.217.197€ 1.420.007€ 3.108.361€ 79.732€ 570.791€ 0€
Nota 38 Valores comparativos
Em 2010, no que respeita às dívidas de terceiros, o saldo da subconta 212 «Alunos, c/c» não será comparável ao
do ano do exercício de 2009, uma vez que passou a refletir tanto a dívida vencida como a dívida não vencida. Para
o ano lectivo 2010/2011, a dívida vencida refere-se a proveitos reconhecidos no ano de 2010 e a dívida não
vencida a proveitos diferidos para o ano de 2011 os quais foram reconhecidos na conta 274 «proveitos diferidos».
O proveito é reconhecido no ano económico pelo valor proporcional dos meses lectivos do ano, isto é, 8/12
relativos aos estudantes inscritos no ano lectivo 2009/2010 e 4/12 aos inscritos no ano lectivo 2010/2011
Ao mesmo tempo, foram registadas as dívidas não reconhecidas no ano lectivo 2009/2010 e as do ano lectivo
2010/2011, relativas a cursos de Doutoramento, Mestrado e Pós-graduação.
Dívida 2009/2010
2010/2011
724 - 4/12 274 - 8/12
Licenciatura 483.776,93 2.277.494,74 6.063.772,97
Mestrado Integrado 69.689,30 1.271.625,70 4.637.632,42
Mestrado 320.493,00 424.289,28 2.878.158,01
Pós-Graduação 58.323,75 43.308,25 357.941,67
Doutoramento 177.173,91 458.290,77 2.354.565,05
A política contabilística foi adoptada de forma prospectiva com vista a harmonizar as práticas das diversas
entidades do grupo público UC que desenvolvem a atividade de ensino. A forma de contabilização adoptada
permite o reconhecimento, na sua totalidade, do direito a receber dos estudantes no momento da inscrição,
embora constitua receita orçamental de dois anos económicos.
108
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
A subconta 57 Reservas decorrentes da transferência de ativos não é comparável com o exercício anterior por se
terem efetuados correções contabilísticas decorrentes da cedência de bens móveis e imóveis pela entidade mãe
afectos às entidades consolidadas.
Nota 39 Demonstração consolidada dos resultados financeiros
Os resultados financeiros apurados no exercício de 2010 têm a seguinte composição:
Conta Custos e perdas Exercícios
Conta Proveitos e ganhos Exercícios
2010 2009 2010 2009
681 Juros suportados 655 12.902 781 Juros obtidos 159.771 309.420
682 Perdas em entidades ou sub-entidades 0 0 782 Ganhos em entidades ou subentidades 0 0
683 Amortizações de investim. em imóveis 0 0 783 Rendimentos de imóveis 4.265 4.156
684 Provisões para aplicações financeiras 0 21.289 784 Rendimentos de particip. capital 0 0
685 Diferenças de cambio desfavoráveis 570 383 785 Diferenças de cambio favoráveis * 1.609 139
686 Descontos de Pronto Pagamento concedidos 4.722 794 786 Descontos de Pronto Pagamento obtidos 124 8
687 Perdas na alienação de aplicações de tesouraria 0 0 787 Ganhos na alienação de aplicações de tesouraria 0 0
688 Outros custos e perdas financeiros 69.552 62.491 788 Outros proveitos e ganhos financeiros 54 319
Total custos e perdas financeiros 75.499 97.859
Resultados Financeiros 90.324 216.183 Total proveitos e ganhos Financeiros 165.823 314.043
Durante o ano de 2010, assistiu-se a uma redução nos proveitos e ganhos financeiros (148.220€) e uma redução
nos custos e perdas financeiras (22.360€). Os Resultados Financeiros somam 90.324€, e traduzem uma diminuição
de 58,22% em relação ao ano de 2009.
Nota 40 Demonstração consolidada dos resultados extraordinários, como segue:
Os resultados extraordinários apurados no exercício de 2010 têm a seguinte composição:
Conta Custos e perdas Exercícios
Conta Proveitos e ganhos Exercícios
2010 2009 2010 2009
691 Transf. de capital concedidas 950 0 791 Restituições de impostos 0 0
692 Dividas incobráveis 394 2.909 792 Recuperações de dividas 0 0
693 Perdas em existências 10.438 39.885 793 Ganhos em existências 10.425 21.171
694 Perdas em imobilizações 19.437 286.460 794 Ganhos em imobilizações 500 966
695 Multas e penalidades 16.872 24.761 795 Benefícios de penalidades contratuais 0 0
696 Aumentos de amortizações e provisões 67.422 16.167 796 Reduções de amortizações e provisões 164.953 406.626
697 Correcções relativas a exercícios anteriores 2.083.112 2.047.703 797 Correcções relativas a exercícios anteriores 995.544 631.341
698 Outros custos e perdas extraordinários 1.283 60.031 798 Outros proveitos e ganhos extraordinários 3.041.707 2.938.937
Total de Custos Extraordinários 2.199.907 2.477.916 799 Reposições Não Abatidas 0 2.231
Resultados Extraordinários 2.013.223 1.523.356 Total de Proveitos Extraordinários 4.213.130 4.001.272
Durante o ano de 2010, assistiu-se a um aumento nos proveitos e ganhos extraordinários de 211.858€ e uma
redução nos custos e perdas extraordinários (278.009€). Os Resultados Extraordinários somam 2.013.223€, e
traduzem um aumento de 32,16% em relação ao ano de 2009.
Nota 41 Movimentos ocorridos no exercício na rubrica provisões
Conta do razão Designação Saldo inicial Aumento Redução Saldo final
19 Provisões para aplicações de tesouraria 0 € 0 € 0 € 0 €
29 Provisões 5.225.352 € 1.428.211 € 101.504 € 6.552.059 €
291 Provisões para cobranças duvidosas 4.891.493 € 1.428.211 € 101.504 € 6.218.200 €
2911 Clientes cobrança duvidosa 193.267 € 128.613 € 144 € 321.736 €
2912 Alunos cobrança duvidosa 4.559.188 € 1.299.598 € 99.985 € 5.758.801 €
2913 Devedores UC cobrança duvidosa 139.038 € 0 € 1.375 € 137.662 €
292 Provisões para riscos e encargos 333.860 € 0 € 0 € 333.860 €
39 Provisões para depreciação de existências 0 € 0 € 0 € 0 €
49 Provisões para investimentos financeiros 184.551 € 0 € 59.219 € 125.332 €
109
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Nota 42 Bens utilizados no regime de locação financeira
Os bens em locação financeira analisam-se como se segue:
Designação Valor Aquisição Valor Amortizações Valor contabilístico
VOLVO S40 2.0 D NÍVEL 1 4P 136 CH 36.011 13.504 22.507
VOLKSWAGEN PASSAT 1.9 TDI BLUEMOTION - AZUL SHADOW 29.526 8.304 21.222
VOLKSWAGEN PASSAT 1.9 TDI BLUEMOTION 4P CINZENTO 29.526 8.304 21.222
Total 95.064 30.113 64.951
VII. Informações diversas
Nota 45 Outras informações consideradas relevantes para melhor compreensão da situação
financeira e dos resultados do conjunto das entidades incluídas na consolidação
Nesta nota inclui-se a informação adicional que se entende necessária para a compreensão das demonstrações
financeiras, de forma que as mesmas possam refletir adequadamente a posição orçamental, económica e financeira
da UC, o resultado das suas operações e a execução do respectivo orçamento.
a) Alunos c/c e clientes
As provisões para cobrança duvidosa de estudantes foram mensuradas pelo valor atual da dívida vencida dos anos
lectivos até 2008/2009, por o tempo de mora ser superior a um ano e terem sido desenvolvidas diligências para a
cobrança, mediante a revisão da estimativa dos anteriores períodos de relato que implicou um aumento do valor
da provisão.
No que se refere a clientes foram reconhecidos como de cobrança duvidosa as dívidas com mora superior a um
ano. Não foram provisionadas as dívidas relativas ao Estado em sentido lato.
b) Outros devedores e credores
No encerramento do ano económico foram efectuados lançamentos de regularização e rectificação de situações
pendentes em contas de depósitos à ordem, por se verificar que revelavam à data do Balanço situações de receita
e de despesa a adicionar e a subtrair aos movimentos em contas bancárias que não tinham sido reconhecidas em
anos anteriores. Para tal foram realizados procedimentos analíticos a cada classe de transação e movimentos, para
esclarecer as diversas situações. Assim, procedeu-se aos ajustamentos necessários em resultado dos
esclarecimentos obtidos. Para as situações que exigem um maior aprofundamento da análise com vista à
regularização ou rectificação dos valores pendentes foram reconhecidos em subconta específica 26896000
«Devedores e credores diversos a regularizar», que revela no balanço o saldo credor de 850.777,64€.
c) Caixa e equivalentes
Em 31 de Dezembro de 2010 o caixa e equivalentes do Grupo UC tinha a seguinte composição:
Designação Montante
Caixa 145.437 €
Depósitos à ordem 31.084.013 €
CGD 10.228.567 €
SANTANDER 4.378.654 €
BES 1.009.961 €
BCP 109.565 €
BPI 1.198.013 €
BPN 0 €
CAJA DUERO 2.492 €
IGCP 14.156.760 €
Depósitos Caução 10.000 €
CGD 10.000 €
Depósitos a prazo 1.255.609 €
CGD 1.230.000 €
SANTANDER 25.609 €
IGCP 0 €
Totais 32.495.059 €
110
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
d) Período Complementar
De acordo com o estabelecido no Decreto-Lei de Execução Orçamental a UC.Reitoria, FMUC e SASUC
procederam durante os primeiros 7 dias do ano de 2011 ao pagamento de despesas que à data de 31 de
Dezembro estavam a aguardar pagamento. De acordo com a Orientação – Norma Interpretativa nº.1/2001
(Período Complementar) emitida pela Comissão de Normalização Contabilística da Administração Pública, o
Balanço deverá refletir a situação de terceiros e disponibilidades antes da efetivação dos pagamentos relativos ao
período complementar, enquanto na execução orçamental, os mapas de fluxos de caixa e do controlo orçamental,
evidenciam a totalidade dos pagamentos do exercício do ano, incluindo os efectuados durante o período
complementar. Para efeitos contabilísticos no momento do pagamento no período complementar deviam ter
ocorrido, em simultâneo, movimentos a débito e a crédito da conta 25221 «período complementar». Assim a
diferença entre o saldo de disponibilidades que é evidenciada no balanço e no saldo para a gerência seguinte
constante no mapa de fluxos de caixa é a que a seguir se apresenta, que traduz o montante dos pagamentos
efectuados no período complementar:
Designação Montante
Saldo de gerência na posse do GPUC 30.630.371 €
Pagamentos efectuados durante o período complementar 1.864.688 €
Disponibilidades – Balanço 32.495.059 €
e) Acréscimos de proveitos e custos diferidos
Os acréscimos de proveitos analisam-se como se segue:
Acréscimo de Proveitos Saldo Final % 2009
Projetos de I&D 2.661.793 € 86,6% 743.072 €
SFA - Serviços e Fundos Autónomos 1.492.981 € 48,6% 414.236 €
ISFL - Instituições Com e Sem Fins Lucrativos 533.482 € 17,4% 675 €
Sociedades Não Financeiras 36.507 € 1,2% - €
União Europeia 588.166 € 19,1% 314.154 €
Resto do Mundo 10.657 € 0,3% 14.008 €
Colaborações Técnicas - € 0,0% 250 €
Outros Acréscimos de Proveitos 410.391 € 13,4% 588.420 €
Total 3.072.184 € 100,0% 1.331.743 €
Os custos diferidos analisam-se como se segue:
Custos Diferidos Saldo Final % 2009
Seguros 6.608 € 5,0% 14.256 €
Outros Custos Diferidos 125.239 € 95,0% 118.030 €
Total 131.847 € 100,0% 132.286 €
111
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
f) Acréscimos de custos
Os acréscimos de custos analisam-se como se segue:
Acréscimo de Custos Saldo Final % 2009
Seguros - € 0,0% - €
Remumerações e Encargos s/ Remumerações 13.791.932 € 93,9% 14.716.004 €
ADSE [RO's] 157.560 € 1,1% 290.376 €
Outros Acréscimos de Custos 742.749 € 5,1% 414.573 €
Total 14.692.241 € 100,0% 15.420.953 €
A diminuição da estimativa para férias e subsídio de férias resulta da redução remuneratória prevista na Lei do
Orçamento de Estado para 2011 (art.º 19.º da lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro). A estimativa inclui um
aumento relativo à contribuição de 2,5% das remunerações sujeitas a desconto por parte dos trabalhadores que
sejam beneficiários titulares da ADSE.
g) Proveitos diferidos
Os proveitos diferidos analisam-se como se segue:
Proveitos Diferidos Saldo Final % 2009
Propinas 16.313.945 € 14,3% 154.942 €
Propinas Licenciatura 6.063.773 € 5,3% 32.158 €
Propinas Mestrado Integrado 4.637.632 € 4,1% 74.637 €
Propinas Mestrado 2.883.533 € 2,5% 29.264 €
Propinas Doutoramento 2.371.065 € 2,1% 18.883 €
Propinas Pós-Graduação 357.942 € 0,3% - €
Subsídios para Investimento 92.481.748 € 81,2% 90.694.754 €
Transferências de Capital - PRODEP 14.339.914 € 12,6% 15.086.403 €
Transferências de Capital - PIDDAC 24.679.658 € 21,7% 25.382.461 €
Transferências de Capital - OE 1.930.669 € 1,7% 2.299.575 €
Financiamento FCT 17.128.225 € 15,0% 23.532.124 €
Financiamentos EU/Outros 34.403.283 € 30,2% 24.394.191 €
Projectos de I&D 4.135.773 € 3,6% 5.052.716 €
SFA - Serviços e Fundos Autónomos 2.698.662 € 2,4% 3.263.443 €
ISFL - Instituições Sem Fins Lucrativos 31.125 € 0,0% 13.326 €
União Europeia 1.405.987 € 1,2% 1.775.948 €
Outros 911.605 € 0,8% 1.024.224 €
Outros 911.605 € 0,8% 1.024.224 €
Total 113.843.072 € 100,0% 96.926.636 €
112
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
h) Subsídios ao investimento
Reconhecendo a importância crítica da manutenção do seu capital físico ao longo de muitas gerações, a
Universidade de Coimbra tem alocado, numa base consistente, fundos diretamente do seu orçamento operacional,
de fundos com origem no PIDDAC e contratualizado fundos com entidades financiadoras.
No que se refere a encargos resultantes de obrigações contratuais no âmbito de projetos de investimento a UC
tem assumido as seguintes responsabilidades:
Programa ou projeto de ação
Programação Plurianual Receita
recebida
acumulada
a 31-12-2010
Saldo de
gerência
a 31-12-
2010
Despesa
paga
acumulada
a 31-12-2010
Taxa
exec.
Despesa
programada
Anos seguintes Contratualizado Cofinanciamento Compart.
Nacional
Faculdade Medicina/Subunidade 3
8.722.374,00
5.761.448,00 2.803.675,00 645.519,00 2.158.153,00 24,74%
6.564.218,00
Museu da Ciência
16.593.149,00
11.181.769,00 1.313.219,00 33.014,00 1.280.205,00 7,72% 15.312.944,00
Colégio da Graça
10.952.195,00
5.011.241,00
240.000,00
358.488,00
227.845,00
130.643,00 1,19%
10.821.552,00
Cidade Univer(sc)idade
3.574.177,00
1.531.672,00
468.949,00
580.696,00
402.405,00
178.290,00 4,99%
3.395.886,00
PRAUC I
16.276.579,00
1.387.500,00
60.131,00
1.326.739,00 8,16%
14.949.211,00
HPC Ring
3.659.000,00
2.561.300,00 0,00%
3.659.000,00
BIOMED III
13.517.843,00
9.462.490,00 0,00%
13.517843,00
Infraestruturas Científicas e Tecnológicas das
Ciências Básicas da Universidade de Coimbra -
Edifício da Física e da Química
4.001.280,00
2.800.896,00
0,00%
4.001.280,00
Pólo II Terrenos e Infraestruturas
10.976.556,00
379.766,00
1.267.560,00
1.267.560,00
11,55%
9.708.996,00
Pólo III Terrenos e Infraestruturas
5.388.365,00
1.566.863,00
154.000,00 4.160.942,00 7.875,00 4.153.067,00 77,07%
1.253.298,00
Faculdade de Desporto
13.525.265,00
6.359.468,00
193.500,00 806.329,00 81,00 803.248,00 5,96%
12.719.017,00
Faculdade de Psicologia
16.384.383,00
7.851.644,00
110.000,00 681.095,00 18.884,00 662.211,00 4,04%
15.722.172,00
Faculdade de Medicina/Subunidade 2+4
15.454.571,00
7.607.959,00
100.000,00 334.733,00 69.221,00 265.512,00 1,72%
15.189.059,00
Total
139.025.737
61.697.750
1.646.215
13.694.236
1.464.974
12.229.261
8,80%
126.796.475
Relativamente aos projetos de investimento em curso a UC tem assumido as seguintes responsabilidades relativas
a contratos de construção:
Contratos de bens em construção Valor do
contrato
Despesa paga
no ano
Despesa paga
acumulada a 31-12-
2010
Valor no ativo #44
«imobilizações em
curso»
Taxa de
execução
Despesa
programada anos
seguintes
Elaboração do projeto do edifício Fac. Medicina
- Subunidade 3 281.334,17 8.531,69 261.661,92 261.661,92 93% 19.672,25
Serviços de acompanhamento arqueológico
empreitada do Pátio da Universidade 14.668,00 4.356,00 4.356,00 4.356,00 30% 10.312,00
Prospecção geofísica para cadastração das
infraestruturas pelo método de georadar no
Paço das Escolas
5.780,98 4.317,89 4.317,89 4.317,89 75% 1.463,09
Aquisição de serviços de arqueologia para
acompanhamento da empreitada da Rua Larga 7.545,40 4.876,30 4.876,30 4.876,30 65% 2.669,10
Empreitada de requalificação do pátio, escadas
minerva e acessibilidades Paço das Escolas 712.021,28 78.112,86 78.112,86 78.112,86 11% 633.908,42
Empreitada para a recuperação e qualificação
do Largo da Porta Férrea/Rua Larga 157.903,60 69.808,68 69.808,68 69.808,68 44% 88.094,92
Emp. Desmontes, demolições, fundações,
estruturas e drenagens do Colégio da Graça 560.657,62 81.226,50 81.226,50 81.226,50 14% 479.431,12
Elaboração do projeto relativo à 2ª fase do
Museu da Ciência da UC 1.085.362,32 510.640,95 510.640,95 510.640,95 47% 574.721,37
Reabilitação Fachadas do Colégio de Jesus 629.059,93 382.753,84 616.403,30 616.403,30 98% 12.656,63
Projeto do Edifício do CIDUC 59.197,64 35.346,03 35.346,03 60% 23.851,61
Elaboração projetos especialidades do edifício
do CIDUC 52.882,91 31.944,00 15.922,91 15.922,91 30% 5.016,00
Projeto de Reabilitação do Edifício do Colégio
da Trindade 275.486,59 162.678,09 162.678,09 59% 112.808,50
Empreitada Fundações e Estruturas Colégio
Trindade 613.916,59 356.913,79 583.365,91 583.365,91 95% 30.550,68
Total 4.455.817,03 1.533.482,50 2.428.717,34 2.428.717,34 1.995.155,69
113
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
i) Fundo de Investimento
A Universidade de Coimbra, tem alocado parte das suas propinas de licenciatura, para o desenvolvimento de
despesas em diversas áreas de intervenção. Neste contexto, o denominado Fundo de Investimento da UC,
registou no ano económico de 2010 a seguinte execução:
Fundo de Investimento 2010 Despesa Realizada
Área Social
Fundo de Apoio Social 150.000
Mínima 2º filho 168.447
Mínima funcionários 11.944
sub-total 330.390
Área Educativa
Certificação Pedagógica 15.585
Formação Desportiva (EU) 352.744
Formação Cultural 225.816
100 Bolsas Mobilidade 76.549
Bolsas melhores alunos 510.576
Conteúdos Educativos 157.235
Coleção Mapas Conde Nabais 150.000
Comunicação(captação de alunos) 121.460
subtotal 1.609.965
Área Investigação
10 bolsas doutoramento/ano 182.998
Programas de Investigação 129.725
SIIBUC - Modernização de suporte 46.766
Digitalização Direito/Letras 35.365
Millennium 63.634
subtotal 458.487
Infraestruturas
Santa Cruz 10.000
Política de Ambiente, Segurança e Saúde 132.606
S. Marcos 7.833
QREN&POCI 133.275
Biblioteca Letras 99.349
Inst. Coimbra + Salão Reitoria 10.873
Residência Observatório Astronómico 37.842
Candidatura UNESCO 174.811
Cidade Universidade 147.595
Pólo III - Terrenos e Infraestruturas 4.004
ICNAS 50.000
Subunidade 2+4 100.000
Instalações SAS 255.254
FCDEF (Fundações e Estruturas) 54.450
subtotal 1.217.892
Administração do Fundo
Recursos Humanos 87.192
subtotal 87.192
TOTAL 3.703.926
114
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Índice de Quadros
Quadro 1: Reuniões Realizadas pelo Conselho Geral ................................................................................................................ 11 Quadro 2: Equipa Reitoral ................................................................................................................................................................. 12 Quadro 3: Membros do Conselho de Gestão em 2010 ............................................................................................................ 12 Quadro 4: Comunicações à Provedoria do Estudante, por assunto ....................................................................................... 13 Quadro 5: Número de cursos, por grau ........................................................................................................................................ 15 Quadro 6: Número de alunos inscritos, por grau ....................................................................................................................... 16 Quadro 7: Número de alunos diplomados, por grau .................................................................................................................. 16 Quadro 8: Número de estudantes admitidos através de regimes especiais ......................................................................... 16 Quadro 9: Número de unidades e projetos de I&D por família .............................................................................................. 17 Quadro 10: Avaliação dos centros e unidades de investigação ................................................................................................ 17 Quadro 11: Número de bolseiros de investigação ...................................................................................................................... 17 Quadro 12: Correlação entre as orientações estratégicas e os programas ......................................................................... 20 Quadro 13: Estudantes estrangeiros, por origem ........................................................................................................................ 23 Quadro 14: Cooperação institucional ............................................................................................................................................. 25 Quadro 15: Projetos e programas ................................................................................................................................................... 26 Quadro 16: Evolução do n.º de formandos do Curso de Empreendedorismo de Base Tecnológica ............................ 29 Quadro 17: N.º de formandos do Curso de Empreendedorismo (não tecnológico) ........................................................ 29 Quadro 18: Evolução do número de visitantes ao Paço das Escolas ...................................................................................... 32 Quadro 19: Inquéritos no âmbito do Sistema de Gestão .......................................................................................................... 34 Quadro 20: Pedidos de Acreditação Preliminar de Ciclos de Estudo em Funcionamento ............................................... 34 Quadro 21: Pedidos de Acreditação Prévia para Novos Ciclos de Estudos ......................................................................... 35 Quadro 22: Dados globais dos edifícios ......................................................................................................................................... 36 Quadro 23: Bolsas concedidas pelos SASUC ................................................................................................................................ 39 Quadro 24: Dados relativos à alimentação.................................................................................................................................... 40 Quadro 25: Dados relativos ao alojamento .................................................................................................................................. 40 Quadro 26: Benefícios concedidos a estudantes .......................................................................................................................... 41 Quadro 27: Empréstimo domiciliário do SIBUC .......................................................................................................................... 60 Quadro 28: Públicos da Fundação Cultural ................................................................................................................................... 65 Quadro 29: Efetivos por género ....................................................................................................................................................... 68 Quadro 30: Distribuição dos docentes e investigadores (ETI), por grau .............................................................................. 68 Quadro 31: Distribuição do pessoal não docente por grupo profissional ............................................................................ 68 Quadro 32: Movimentos de pessoal – admissões / saídas ......................................................................................................... 69 Quadro 33: Movimentos de pessoal – motivo das saídas .......................................................................................................... 69 Quadro 34: Número de ações de formação profissional .......................................................................................................... 70 Quadro 35: Origem de Fundos – Atividades ................................................................................................................................ 73 Quadro 36: Origem de Fundos - Fundos ....................................................................................................................................... 74 Quadro 37: Origem de Fundos – Agrupamento Económico .................................................................................................... 75 Quadro 38: Aplicação de Fundos – Atividades ............................................................................................................................. 75 Quadro 39: Aplicação de Fundos – Fundos ................................................................................................................................. 76 Quadro 40: Aplicação de Fundos – Agrupamento Económico ................................................................................................ 76 Quadro 41: Saldos Orçamentais - Atividades ............................................................................................................................... 77 Quadro 42: Saldos Orçamentais - Fundos ..................................................................................................................................... 77 Quadro 43: Estrutura do Balanço .................................................................................................................................................... 80 Quadro 44: Estrutura Balanço Funcional ....................................................................................................................................... 82 Quadro 45: Mapa de Cash-Flows ..................................................................................................................................................... 82 Quadro 46: Estrutura e Evolução de Proveitos e Ganhos ........................................................................................................ 83 Quadro 47: Estrutura e Evolução de Custos e Perdas ............................................................................................................... 84 Quadro 48: Demonstração de Resultados Sintética ................................................................................................................... 86 Quadro 49: KPI’s Económico-Financeiros ..................................................................................................................................... 87
115
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Índice de Gráficos
Gráfico 1: Evolução do número de vagas e dos candidatos colocados na 1.ª fase do concurso geral ........................... 15 Gráfico 2: Evolução do n.º de candidatos e efetivos em programas de mobilidade - outgoing ......................................... 23 Gráfico 3: Evolução do n.º de candidatos e efetivos em programas de mobilidade - incoming ........................................ 23 Gráfico 4: Distribuição dos estudantes Erasmus, por país ........................................................................................................ 24 Gráfico 5: Distribuição dos estudantes, por país de origem ..................................................................................................... 24 Gráfico 6: N.º de pessoas registadas no Centro de Mobilidade, por grau de Ensino e Investigação ............................. 25 Gráfico 7: Evolução do n.º de docentes candidatos e efetivos a programas de mobilidade ............................................. 25 Gráfico 8: Distribuição dos acordos institucionais Erasmus, por países ................................................................................ 26 Gráfico 9: Número acumulado de patentes ativas no portfólio da UC ................................................................................. 28 Gráfico 10: Evolução do número de membros da Rede UC .................................................................................................... 31 Gráfico 11: Estrutura etária dos recursos humanos ................................................................................................................... 68 Gráfico 12: Estrutura etária dos pessoal docente/Investigador e do pessoal não docente .............................................. 69 Gráfico 13: Distribuição percentual do pessoal docente, por nível de escolaridade ......................................................... 70 Gráfico 14: Distribuição percentual do pessoal não docente, por nível de escolaridade ................................................. 70 Gráfico 15: Efetivos por nível de escolaridade e por género .................................................................................................... 71 Gráfico 16: Saldos de Orçamentais – Naturezas ......................................................................................................................... 78 Gráfico 17: Saldos de Gerência – Naturezas e Tipologia de Despesa ................................................................................... 79 Gráfico 18: Estrutura Patrimonial ..................................................................................................................................................... 80 Gráfico 19: Estrutura Funcional ........................................................................................................................................................ 81 Gráfico 20: Estrutura e Evolução de Proveitos e Ganhos ......................................................................................................... 84 Gráfico 21: Estrutura e Evolução de Custos e Perdas ................................................................................................................ 85 Gráfico 22: Peso Relativo da Estrutura de Custos 2010 - 2009............................................................................................... 85
116
Relatório de Gestão Consolidado | 2010
Índice de Figuras
Figura 1: Organograma ........................................................................................................................................................................ 10 Figura 2: Mapa de processos .............................................................................................................................................................. 33 Figura 3: Mapa de localização das instalações................................................................................................................................ 36 Figura 4: Modelo de relacionamento do CSC ............................................................................................................................... 43 Figura 5: Cronograma do CSC ......................................................................................................................................................... 44 Figura 6: Organograma do CSE ........................................................................................................................................................ 45
1
certificação legal das
contas consolidadas
2010
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