relatório de actividade ld - 2010
Post on 09-Mar-2016
232 Views
Preview:
DESCRIPTION
TRANSCRIPT
1
RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2010
1. Introdução
O ano de 2010 foi um ano de grandes desafios para a ONGD – Leigos para o
Desenvolvimento (LD). De um ponto de vista organizacional, ocorreram eleições
antecipadas para renovação dos órgãos sociais, distinguiram-se os papéis executivo e
não executivo dos dirigentes, deixou de existir a figura de secretário-geral, contratou-
se uma nova directora executiva e mudou ainda o Assistente Espiritual Nacional dos
Leigos. Com a total renovação dos responsáveis pela governação, foi naturalmente
um período de adaptação à transição, de recuperação de informação relevante sobre
a situação presente da Organização, mas também de tomada de decisões
estratégicas fundamentais para o futuro.
Uma das principais conquistas de 2010 foi a elaboração do Plano Estratégico 2011-
2015 que proporcionou uma reflexão participada sobre a história, a identidade e o
impacto da intervenção dos Leigos para o Desenvolvimento, capitalizados na definição
dos pilares de crescimento e de transformação da Organização. Além do resultado
concreto do Plano Estratégico, o processo desenvolvido foi em si mesmo uma
importante ferramenta de dinamização da vida associativa, já que permitiu a
participação activa de voluntários, anciãos e associados.
A situação de crise económica e financeira vivida a nível nacional e internacional,
naturalmente que afectou as organizações sem fins lucrativos, como é o caso dos LD,
que passaram a encarar o exercício de gestão e de sustentabilidade financeira de uma
forma bastante mais exigente. O ano de 2009 tinha terminado com resultados bastante
negativos (custos acima de proveitos em cerca de 61%), obrigando a uma revisão
orçamental, a uma contenção de despesas e a um esforço extra e estratégico de
angariação de fundos. Esta abordagem rigorosa permitiu terminar o ano de 2010 com
uma boa recuperação ao nível dos resultados financeiros que, apesar de ainda
2
serem ligeiramente negativos, passaram a ter um diferencial entre proveitos e custos
de apenas 3%.
O ano de 2010 foi igualmente um tempo de mudança de paradigma ao nível dos
processos de tomada de decisão relativamente às missões, aos projectos e ao envio
dos voluntários. Promoveram-se avaliações sobre a presença dos LD em cada país e
em cada projecto, identificaram-se pontos fortes e fracos da nossa intervenção,
sinalizaram-se oportunidades e analisaram-se riscos. No seguimento deste exercício,
foram passados definitivamente projectos aos parceiros locais e concluídas
colaborações que se prolongavam há vários anos. Foram reconhecidas questões-
chave sobre a viabilidade de cada missão, foram definidas prioridades à luz de
princípios metodológicos do desenvolvimento local e foi reduzido o número de
voluntários às necessidades actuais e fundamentais de cada projecto.
Fruto dessa reflexão aprofundada e por constrangimentos de natureza financeira, a
missão de Timor deixou de contar com a presença de uma comunidade de
voluntários e passou a contar com a presença de uma técnica contratada para
coordenar o único projecto que se manteve da responsabilidade dos LD, a Pré-Escola
Santo Inácio. Também a missão de Lichinga sofreu fortes alterações, tendo sido
concluída em Maio, por não se reunirem no terreno as condições na estrutura
humana da Organização para continuar com a missão.
2. Projectos e Áreas de Intervenção
Ao nível das missões e dos projectos foram implementadas ao longo de 2010 várias
alterações. Na primeira metade do ano e no seguimento das missões iniciadas no
último trimestre de 2009, estiveram no terreno 6 missões e 22 voluntários: S. Tomé
(4 voluntários), Benguela (4 voluntários), Uíge (4 voluntários), Lichinga (3 voluntários),
Cuamba (4 voluntários) e Dili (3 voluntários). Com a reflexão estratégica sobre a
sustentabilidade da Organização e as decisões de fundo que foram tomadas tendo em
conta as prioridades e oportunidades de cada país e comunidade local, passaram a
existir apenas 5 missões, 13 voluntários e 1 técnico contratado: S. Tomé (3
voluntários), Benguela (3 voluntários), Uíge (4 voluntários), Cuamba (3 voluntários) e
Dili (1 técnica).
3
Atendendo ao facto de várias missões se apresentarem com projectos em final de
ciclo, foram priorizadas visitas ao terreno por parte da nova directora executiva e das
gestoras de projecto, às missões que apresentavam mais dúvidas e dilemas sobre
opções de futuro. Nesse sentido, foram realizadas visitas a Benguela e a S. Tomé, em
Maio e Junho, e a Lichinga e a Cuamba, em Agosto. Nesta última, a deslocação a
Moçambique incluiu ainda a visita à Angónia, Tete e Beira com o objectivo de fazer um
balanço mais global da presença dos LD nesse país e de pré-sinalizar possíveis locais
para missões futuras em Moçambique.
Para o exercício de avaliação dos projectos e de análise dos seus potenciais, foram
consultados anciãos e estabelecidos diálogos e negociações com os parceiros locais
de cada um dos territórios, de maneira a melhor definir os objectivos estratégicos da
presença dos LD em cada um dos contextos. Para orientar essa avaliação, a análise
teve em conta a aplicação de princípios metodológicos como o trabalho em parceria, a
abordagem integrada, a participação, a sustentabilidade e a capacitação.
2.1. Missão de S. Tomé
Como foi referido, em Maio decorreu uma visita a S. Tomé onde se realizou, com a
comunidade de voluntários, um balanço geral da intervenção dos LD em São Tomé e
Príncipe, desde 1988 a 2010. Na sequência desta reflexão, tornou-se clara a
necessidade de iniciar um processo de reposicionamento estratégico dos LD neste
país. Neste sentido, e tendo em conta a fase final de ciclo dos projectos, teve lugar a
conclusão da intervenção dos LD em dois projectos em curso: a Cozinha Social de
Água Izé e a leccionação no Instituto Diocesano de Formação João Paulo II (IDF).
A responsabilidade da gestão e funcionamento da Cozinha Social foi integralmente
assumida pela Santa Casa da Misericórdia de São Tomé e Príncipe (SCMSTP),
que passou a garantir a continuidade de resposta aos idosos de Água Izé desde
Setembro de 2010. Foi assinado um protocolo de passagem com a SCMSTP e a
Diocese de S. Tomé, tendo sido feita a transferência do saldo existente no projecto e
assegurada igualmente a passagem de financiamento directo do GEP/MTSS –
Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho e da Solidariedade
Social para a Santa Casa da Misericórdia.
4
Figura 1: Assinatura do Protocolo de Passagem
COZINHA SOCIAL DE ÁGUA IZÉ
Início de implementação 1993
Final de implementação Setembro 2010
Parceiro local Santa Casa da Misericórdia de S. Tomé e Príncipe
Nº de beneficiários directos 30 idosos/ano;
2 funcionários/ano.
Actividades em 2010
Disponibilização de refeições;
Prestação de cuidados de saúde;
Dinamização de actividades recreativas;
Negociação de passagem do projecto com
SCMSTP e com GEP/MTSS.
Resultados
Idosos assistidos na satisfação das suas
necessidades básicas nomeadamente, alimentação e
cuidados de saúde.
Cozinha Social com funcionamento regular diário.
Protocolo de passagem assinado.
Ficha de projecto 1: Cozinha Social de Água Izé | S. Tomé e Príncipe
No caso do IDF, há já vários anos que as responsabilidades assumidas pelos LD se
situavam apenas no plano da leccionação. Após conversas com o Sr. Bispo, D.
Manuel António dos Santos, e também com o actual administrador do IDF, entendeu-
se, não obstante a importância do testemunho ali dado pelos LD, concluir a
colaboração dos LD no IDF. Neste momento o IDF já consegue encontrar e recrutar
directamente professores para todas as disciplinas e todos os níveis, tanto em S.
Tomé e Príncipe como em Portugal. Ao concluir a sua missão no IDF, os LD não
deixaram contudo de manter actividade na área da educação formal, mas passaram a
reforçar a aposta no Ensino Público.
5
IDF – INSTITUTO DIOCESANO DE FORMAÇÃO JOÃO PAULO II
Início de implementação Outubro 19931
Final de implementação Julho 2010
Parceiro local IDF – Instituto Diocesano de Formação João Paulo II
Nº de beneficiários directos
(2010)
113 alunos Língua Portuguesa;
97 alunos Educação Física;
20-30 alunos Área de Projecto;
49 alunos de Formação Humana.
Actividades em 2010
Leccionação de aulas de Língua Portuguesa;
Leccionação de aulas de Educação Física;
Leccionação de aulas de Área de Projecto;
Leccionação de aulas de Formação.
Ficha de projecto 2: IDF – Instituto Diocesano de Formação João Paulo II | S. Tomé e Príncipe
Percebendo que São Tomé e Príncipe continua a apresentar preocupantes
indicadores ao nível do Desenvolvimento Humano e que há um aparente
desinvestimento ao nível da Ajuda ao Desenvolvimento por parte da comunidade
internacional, faz pois sentido dar continuidade à presença LD neste país. Para isso, e
numa lógica de promoção de projectos de desenvolvimento comunitário, entendeu-se
ser necessário dar início a um processo profundo de diagnóstico de necessidades
para redefinição da missão a médio/longo prazo. Identificaram-se três potenciais
territórios sobre os quais incide o trabalho de diagnóstico: Distrito de Lembá, Distrito
de Caué e bairros periféricos da Cidade Capital.
Dado ao facto da comunidade de voluntários continuar a residir na Madre Deus mas já
sem intervenção nessa zona, o diagnóstico ao definir o(s) território(s) prioritário(s) de
intervenção, determinará igualmente a (re)localização da residência dos LD em S.
Tomé.
DIAGNÓSTICO DE NECESSIDADES E OPORTUNIDADES
Início de implementação 15 Outubro 2010
Final de implementação Abril 2011 (previsão)
Nº de pessoas envolvidas
Populações do distrito de Caué: Ponta Baleia (145),
Vila Malanza (448) e Porto Alegre (525).
Populações dos distritos de Lembá: Santa Catarina
(1470) e comunidades circundantes (750).
Populações do distrito de Água Grande – bairros
periféricos: Riboque (4232), Boa-Morte (2945), S.
Marçal (2746) e Pantufo (1119).
1 Data de início de funcionamento do IDF em regime diurno.
6
Actividades em 2010
Identificação de líderes e actores-chave;
Visitas guiadas aos bairros e comunidades;
Reuniões com responsáveis de ONGs ou
financiadores.
Resultados
Identificação de associações/projectos culturais e
recreativos, desportivos e religiosos existentes ou
extintos.
Identificação de potenciais parceiros para projectos
futuros.
Ficha de projecto 3: Diagnóstico de necessidades e oportunidades | S. Tomé e Príncipe
Face aos compromissos já assumidos em Neves e à colaboração em curso no
Projecto de Desenvolvimento Integrado de Lembá (PDIL) e na Escola Secundária de
Neves (ESN), redefiniram-se, em conjunto com os parceiros locais, os objectivos da
intervenção LD nestes projectos para o ano 2010/11. Neste contexto, assumiu-se uma
focalização provisória em Neves.
No seguimento das actividades em curso desde 2009, a dinamização do CAE –
Centro de Apoio Escolar de Neves, uma das valências do PDIL, passou a ser
realizada em parceria estreita com a ESN, priorizando o apoio escolar aos alunos da
2ª e da 9ª classes e envolvendo directamente os professores titulares das turmas
envolvidas na identificação dos alunos a beneficiar desse apoio e também nas
próprias actividades de apoio escolar.
Privilegiando uma abordagem integrada e de desenvolvimento local, decidiu-se, no
segundo semestre de 2010, apostar na capacitação da equipa técnica e do
coordenador do PDIL, reforçando a autonomia e a sustentabilidade do projecto.
Simultaneamente, e também como resposta aos apelos do Sr. Bispo e da
Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição
(CONFHIC) de Neves, iniciou-se em Santa Catarina um projecto de formação e
empreendedorismo para mulheres, estendendo aqui as actividades de costura já
existentes em Neves.
7
PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DE LEMBÁ (PDIL)
Início de implementação Setembro 20092
Final de implementação Setembro 2011 (previsão)
Parceiro local Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras
da Imaculada Conceição de Neves
Nº de beneficiários directos
Nº de beneficiários indirectos
91 funcionários; 8 responsáveis.
250 crianças; 200 idosos.
Actividades em 2010
Acompanhamento da equipa do CAE;
Formação sobre ciclo de projecto;
Diagnóstico de necessidades organizacionais;
Definição participada de plano de acção;
Promoção de reuniões de Mesa Administrativa;
Capacitação do contabilista, da secretária e da
responsável técnica do projecto.
Resultados
Capacitação da Equipa do CAE (6 professores e 6
animadores).
Diagnóstico organizacional realizado.
Plano de Acção de Capacitação delineado.
Formação em contexto iniciada.
Ficha de projecto 4: Projecto de Desenvolvimento Integrado de Lembá (PDIL) | S. Tomé e Príncipe
PROJECTO DE COSTURA EM SANTA CATARINA
Início de implementação Outubro 2010
Final de implementação Setembro 2011 (previsão)
Parceiro local Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras
da Imaculada Conceição de Neves
Nº de beneficiários directos
Nº de beneficiários indirectos
5 formandos; 3 formadores.
64 pessoas.
Actividades em 2010
Recuperação do espaço;
Definição das regras de funcionamento;
Elaboração dos acordos de formação e
distribuição das tarefas;
Aquisição de equipamentos e mobiliário;
Aquisição matérias-primas;
Formação sobre trabalho em equipa e auto-
sustentabilidade económica do projecto.
Resultados Espaço de formação montado.
Regulamento elaborado.
Ficha de projecto 5: Projecto de Costura em Santa Catarina | S. Tomé e Príncipe
2 Apesar dos LD actuarem no CAEB de Neves desde 2004, só em 2009 se deu início a uma colaboração com o PDIL
numa perspectiva organizativa e numa abordagem integrada.
8
Integrado no PDIL, em 2010 continuaram a ser promovidos os Campos de Férias em
roças da ilha de S. Tomé, com o objectivo de proporcionar actividades lúdico-
pedagógicas a crianças que vivem em zonas mais isoladas e de formar jovens em
animação infanto-juvenil.
CAMPOS DE FÉRIAS
Início de implementação 19923
Final de implementação Dezembro de 2010
Parceiro local Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras
da Imaculada Conceição de Neves
Nº de beneficiários directos 420 crianças; 25 animadores
Actividades em 2010
Dinamização de 4 campos de férias;
Promoção de formação de líderes;
1 RIA (Reciclagem e Integração de Animadores).
Resultados
25 animadores capacitados.
420 crianças com ocupação dos tempos livres em
período de férias escolares.
Ficha de projecto 6: Campos de Férias | S. Tomé e Príncipe
Na Escola Secundária de Neves (ESN) os LD continuam a assegurar a leccionação
de Língua Portuguesa a duas turmas, e começaram a investir ainda na criação de
espaços de apoio ao estudo (biblioteca e sala de informática) e na capacitação dos
quadros da escola ao nível da organização de actividades extra-curriculares.
INTERVENÇÃO NA ESCOLA SECUNDÁRIA DE NEVES
Início de implementação Setembro 2009
Final de implementação Setembro 2011 (previsão)
Parceiro local Escola Secundária de Neves
Nº de beneficiários directos
Nº de beneficiários indirectos
Cerca de 100 alunos do 9º ano.
10 Pessoas na formação de biblioteconomia.
1.100 alunos e professores da Escola.
Actividades em 2010
Leccionação aulas Língua Portuguesa (9ª
classe);
Criação de condições para lançamento da
biblioteca;
Diagnóstico de necessidades formativas do
corpo docente;
Elaboração e apresentação de projecto
„Biblioteca Viva‟ a potenciais financiadores;
Planificação de actividades extra-curriculares.
3 Projecto iniciado pelo CAMTIL, associação de campos de férias sediada em Coimbra e com o apoio espiritual da
Companhia de Jesus, em colaboração com o projecto dos CAEB – Centros de Apoio Escolar e Bibliotecas.
9
Resultados
30-40 alunos aprovados a Língua Portuguesa.
Espaço para funcionamento da biblioteca
identificado e disponibilizado.
Oportunidades de formação identificadas.
Plano anual de actividades elaborado.
Plano de formação TIC definido.
Ficha de projecto 7: Intervenção na Escola Secundária de Neves | S. Tomé e Príncipe
2.2. Missão de Benguela
Os LD têm no Bairro da Graça, um bairro periférico da cidade de Benguela, uma
intervenção ininterrupta desde 2004. Naturalmente, e com a conclusão progressiva
dos projectos no seio da cidade e no Bairro da Damba Maria, a intervenção dos LD foi-
se focando na Graça, sendo que durante o ano de 2010 se tratou do único território de
intervenção. Na visita efectuada pela Equipa Executiva ao terreno, percebeu-se a
necessidade de aprofundar e actualizar o conhecimento que os LD têm do Bairro
e repensar a estratégia de intervenção.
Partindo das acções já existentes, nomeadamente, o Projecto de Alfabetização e
Formação de Jovens e Adultos e o Centro Juvenil da Graça (CJG), redefiniu-se a
abordagem do trabalho no Bairro, adoptando uma prática integrada dos projectos
numa perspectiva de desenvolvimento comunitário. Neste sentido, deu-se início, ainda
em 2010, à criação do Grupo Comunitário da Graça que inclui alguns dos agentes
com quem os LD já trabalham, mas também outros actores-chave do Bairro, de modo
a identificar as reais e prioritárias necessidades da comunidade e criar novas sinergias
que dêem resposta a novos problemas identificados. Partindo também da experiência
com os jovens no âmbito do CJG, projectou-se a dinamização de iniciativas
promotoras de empregabilidade e empreendedorismo. Este trabalho apenas teve
início com o envio dos novos voluntários, pelo que em 2010 apenas se procedeu à
identificação dos jovens que podem vir a integrar o programa.
10
ALFABETIZAÇÃO E FORMAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA GRAÇA
Início de implementação 2006
Final de implementação Setembro 2011 (previsão)
Parceiros locais Paróquia Nossa Sra. da Graça
DPE – Direcção Provincial de Educação
Nº de beneficiários directos
Nº de beneficiários indirectos
26 monitores de alfabetização.
628 alunos 1ª classe; 294 alunos 2ª classe.
6.454 Beneficiários (famílias).
Actividades em 2010
Seminários de Formação e Reciclagem de
Monitores;
Formação contínua dos monitores,
coordenadores e assistente de direcção;
Capacitação em contexto da supervisão dos
cursos de alfabetização;
Capacitação da equipa de administração e
logística do projecto;
Dinamização actividades de enriquecimento
curricular.
Resultados
186 alunos alfabetizados.
140 alunos formados na 2ª classe.
21 monitores integrados no projecto.
Processo de passagem consolidado,
nomeadamente, ao nível administrativo e gestão
financeira.
Ficha de projecto 8: Projecto de Alfabetização e Formação de Jovens e Adultos na Graça
Benguela | Angola
CENTRO JUVENIL DA GRAÇA
Início de implementação 20084
Final de implementação 1º semestre 2012 (previsão)5
Parceiros locais Paróquia Nossa Sra. da Graça
INEFOP – Instituto Nacional de Formação Profissional
Nº de beneficiários directos
Nº de beneficiários indirectos
9 colaboradores CJG.
18 animadores de crianças.
14 jovens mobilizadores.
Cerca de 1150 jovens.
Cerca de 600 crianças.
4 As actividades tiveram início em 2007, mas só em 2008 se inauguraram as actuais infra-estruturas.
5 Um recente volte face no decorrer do projecto – saída do actual coordenador local – levam a prolongar o tempo de
passagem do projecto.
11
Actividades em 2010
Capacitação em contexto de colaboradores e
coordenadores do CJG;
Acompanhamento e supervisão das valências do
CJG (cursos de informática, biblioteca, ludoteca);
Formação de animadores de actividades para
crianças;
Dinamização de campos de férias;
Dinamização de serões culturais;
„Observatório Juvenil da Graça‟ - formação e
mobilização juvenil;
Certificação dos cursos pelo INEFOP;
Avaliação do contexto para implementação de
programa de empreendedorismo e
empregabilidade.
Resultados
Cursos do CJG certificados pela entidade oficial.
8 Colaboradores do CJG com autonomia reforçada.
215 pessoas certificadas em TIC.
114 sócios da biblioteca.
18 animadores de crianças capacitados;
14 jovens mobilizadores capacitados;
600 crianças com ocupação de tempos livres;
720 participantes em eventos culturais.
Ficha de projecto 9: Centro Juvenil da Graça | Benguela | Angola
GRUPO COMUNITÁRIO DA GRAÇA
Início de implementação 2010
Final de implementação 2012-13 (previsão)
Nº de beneficiários directos 25-30 actores locais
Actividades em 2010
Identificação de actores para integrar o grupo;
Visitas e reuniões para aprofundamento do
conhecimento do Bairro.
Resultados Identificados e mobilizados actores do Bairro.
Aprofundado o conhecimento sobre o Bairro.
Ficha de projecto 10: Grupo Comunitário da Graça | Benguela | Angola
Ao longo do ano transacto esteve em Benguela uma voluntária LD de enfermagem
que desenvolveu trabalho de capacitação no Centro Materno-Infantil da Graça, fez
um novo Curso de Formação Permanente para os Técnicos de Saúde (dos postos
da Diocese, mas também do Estado) e dinamizaram-se diversas acções, sobretudo
com os jovens, ao nível da Educação para a Saúde e Prevenção da Doença.
12
PROJECTOS DE SAÚDE
Início de implementação Outubro 20096
Final de implementação Novembro 20107
Parceiros locais
Centro Materno Infantil da Graça (CMI)
Caritas Diocesana de Benguela
Direcção Provincial de Saúde de Benguela
Hospital Diocesano do Cubal (HDC)
Nº de beneficiários directos
Nº de beneficiários indirectos
30-35 Técnicos de saúde; 13 Jovens mobilizadores.
650 pessoas acções de Educação para a Saúde.
Utentes do hospital do Cubal e do CMI.
Actividades em 2010
Apoio na assistência de enfermagem ao serviço
de Pediatria no Hospital Diocesano do Cubal
(HDC);
Acompanhamento dos Técnicos do CMI;
Curso de Formação Permanente (CFP) de
Técnicos de Saúde;
Acções de Educação para a Saúde e Prevenção
da Doença
Resultados
21 Técnicos de unidades de saúde com autonomia
reforçada.
13 Técnicos formados (CFP).
13 Jovens mobilizadores capacitados.
Ficha de projecto 11: Projectos de Saúde | Benguela | Angola
Não obstante a forte aposta no Bairro da Graça e o reposicionamento da nossa
intervenção neste Bairro, percebeu-se também, aquando da reflexão feita com os
voluntários no terreno, que seria necessário ir fazendo trabalho de diagnóstico
noutros contextos, designadamente, em bairros periféricos da cidade do Lobito e no
interior da província, com particular destaque para o Cubal. Durante o ano de 2010
foi possível realizar uma breve uma visita ao Cubal para detectar potenciais pistas de
trabalho e espera-se que ao longo de 2011 este trabalho seja aprofundado nos dois
territórios referidos.
Em 2010 foi ainda iniciada uma parceria com a Fundación CEAR no âmbito de uma
assessoria técnica ao projecto de alfabetização dinamizado por esta entidade no
Bairro da Damba Maria. Fruto da longa experiência dos LD na implementação de
cursos de alfabetização segundo o método de Dom Bosco e dada a rede de
alfabetizadores existente na Damba Maria capacitados no passado pelos próprios LD,
6 Tratando-se de um projecto cuja maioria das actividades está dependente da permanência de um técnico de saúde
no terreno, os seus tempos de implementação são por este factor determinados. Não obstante, é importante ter presente que os LD têm desenvolvido, em Benguela, de forma quase contínua desde há 15 anos, trabalho nesta área. 7 As actividades de Educação para a Saúde e Prevenção da Doença prosseguirão ainda durante 2011 mas agora
integradas no plano de actividades do CJG.
13
o actual papel dos voluntários foi apenas ao nível da supervisão e da capacitação da
coordenação do projecto, o que permitiu relançar cursos de alfabetização no bairro.
Figura 2: Noite Cultural no CJG Figura 3: Educação para a Saúde
2.3. Missão do Uíge
Em 2010 o Centro Cultural de Santa Cruz (CCSC) deu por terminada a construção e
equipamento das suas infra-estruturas. Os Recursos Humanos do CCSC revelam já
um elevado grau de autonomia permitindo que desde a segunda metade de 2010 a
grande aposta se situasse ao nível da sustentabilidade operacional e financeira. Neste
sentido efectuou-se uma análise de rentabilidade com base na qual se fez
reprogramação financeira e definiram-se as áreas prioritárias de capacitação dos
colaboradores, de um modo especial, do Coordenador Geral Local. O CCSC contou
ainda em 2010 com o financiamento do IPAD – Instituto Público de Apoio ao
Desenvolvimento.
Admitindo então que o ano de 2011 seria um ano de passagem do Projecto, novos
desafios se colocaram a este Centro, nomeadamente, a disseminação das suas boas
práticas a outras bibliotecas e salas de informática de escolas da cidade do Uíge e do
Negage. Deu-se então início a uma colaboração entre o CCSC e algumas Escolas no
sentido de optimizar e revitalizar espaços de apoio educativo e criar entre eles uma
dinâmica de rede, promovendo a itinerância do CCSC.
14
CENTRO CULTURAL DE SANTA CRUZ
Início de implementação 20068
Final de implementação Agosto de 2011
Parceiros locais
Missionários Passionistas
Paróquia de Santa Cruz
Seminário Maior Diocesano S. Paulo
Escola de Formação de Professores “Cor Mariae” do
Uíge (IMNE)
Centro Padre Pedro Leonardi (Congregação das
Irmãs Filhas de Jesus) - Negage
Instituto Médio de Saúde
Nº de beneficiários directos
Nº de beneficiários indirectos
12 colaboradores e coordenadores do CCSC
12 bibliotecários
12 jovens Brigadas Vida
20-30 jovens Clube Juvenil
2.000 pessoas
Actividades em 2010
Capacitação em contexto dos colaboradores e
coordenadores do CCSC;
Acompanhamento e supervisão das valências
do CCSC (cursos de informática, cursos de
culinária e decoração, cursos de inglês,
biblioteca, centro de cópias, ludoteca);
Acompanhamento e capacitação do Clube
Juvenil e Brigadas Vida;
Formação de educação para a saúde;
Certificação dos cursos pelo INEFOP;
Negociação das parcerias com escolas no
âmbito da itinerância do CCSC.
Resultados
Cursos do CCSC certificados pela entidade oficial.
12 Colaboradores com autonomia reforçada.
Estudo de viabilidade económica CCSC realizado.
121 pessoas certificadas em TIC.
12 bibliotecários capacitados.
29 pessoas certificadas em culinária e decoração.
18 pessoas certificadas em inglês.
12 pessoas capacitadas em educação para a saúde.
1.000 serviços de cópias prestados.
12 jovens capacitados para dinamização de acções
de sensibilização.
70 jovens activos na dinamização cultural.
Recursos bibliográficos disponibilizados a mais de
1000 pessoas.
Ficha de projecto 12: Centro Cultural de Santa Cruz | Uíge | Angola
Estando este projecto em fim de ciclo, um novo se abriu num outro território: o Bairro
do Papelão. Trata-se de um bairro periférico da cidade do Uíge que pertence também
8 Data de início das obras.
15
à Paróquia de Santa Cruz, sob a alçada da comunidade Passionista. O levantamento
efectuado pela ONGD Rosto Solidário9, em conjunto com os Passionistas e a
comunidade LD, permitiu desenhar um novo projecto de promoção da mulher e de
geração de rendimento com os membros do Grupo ‘Ajuda Mútua’. Formalizou-se
então uma nova parceria expressa na candidatura em consórcio feita ao IPAD e
aprovada no final de 2010. Ainda durante o segundo semestre de 2010, os LD
intensificaram a sua presença neste Bairro, aprofundando o conhecimento e relação
com este grupo de mulheres, mas também fazendo um reconhecimento prévio do
território para detecção de outras pistas de trabalho.
EMPOWERMENT DAS MULHERES DA ‘AJUDA MÚTUA’
Início de implementação 2º Semestre de 2010
Final de implementação 1º Semestre de 2013
Parceiros locais Missionários Passionistas
Paróquia de Santa Cruz
Nº de beneficiários directos
Nº de beneficiários indirectos
30 mulheres
240 familiares das mulheres
Actividades em 2010
Formação em Educação para a Saúde;
Participação nas reuniões do Grupo „Ajuda
Mútua‟.
Resultados 30 Mulheres formadas em Educação para a Saúde.
Aprofundamento do conhecimento do Grupo.
Ficha de projecto 13: projecto Empowerment das Mulheres da „Ajuda Mútua‟ | Uíge | Angola
Figuras 4 e 5: Grupo de Mulheres da „Ajuda Mútua‟ – Bairro do Papelão
9 ONGD dos Missionários Passionistas
16
Durante 2010 os LD leccionaram ainda aulas de matemática e língua portuguesa no
Seminário de S. Paulo e na Escola de Catequistas.
LECCIONAÇÃO SEMINÁRIO E ESCOLA CATEQUISTAS
Início de implementação 2003
Final de implementação 2011 (previsão)
Parceiros locais Seminário de S. Paulo
Escola de Catequistas
Nº de beneficiários directos 93 alunos
Actividades em 2010
Leccionação da disciplina de Matemática –
Seminário;
Leccionação da disciplina de Língua Portuguesa –
Seminário e Escola de Catequistas.
Resultados
24 alunos aprovados a Matemática (Seminário)
14 alunos aprovados a Língua Portuguesa (Seminário)
60 alunos capacitados (Escola Catequistas)
Ficha de projecto 14: Leccionação no Seminário S. Paulo e Escola de Catequistas | Uíge | Angola
2.4. Missão de Cuamba
No final de 2010, registou-se a conclusão da colaboração dos LD na Escola
Secundária Padre Menegon (ESPM), tendo sido finalizado o processo de
capacitação dos recursos humanos responsáveis pela área administrativa.
Após a decisão de redução do número de voluntários e atendendo à evolução da
intervenção na ESPM registada ao longo de 2010, os LD decidiram sair da escola um
ano mais cedo do que o previsto inicialmente, sendo inclusive uma opção reforçada
pela opinião do bispo de Lichinga, Dom Elio Greselin, que entendeu estarem reunidas
condições para os LD deixarem de ter um papel activo na escola. Nesse sentido, e a
partir de Julho, foi feito um esforço para deixar os manuais de procedimentos criados e
passar todo o material para o Director Adjunto Administrativo contratado pela ESPM.
Essa contratação efectuou-se em inícios de Outubro, o que permitiu efectuar uma
passagem de testemunho, e a partir de Novembro os LD deixaram de assegurar
responsabilidades na escola.
Entre Agosto e início de Novembro foi realizado um relatório de avaliação do projecto,
no qual foram também envolvidos anciãos de anos distintos que participaram no
17
projecto. Este relatório, numa versão preliminar, foi entregue ao Sr. Bispo Dom Elio
Greselin. A versão final será entregue apenas em 2011.
ESCOLA SECUNDÁRIA PADRE MÉNEGON
Início de implementação 1997
Final de implementação Outubro de 2010
Parceiros Locais Diocese Católica de Lichinga-Niassa
Direcção Provincial da Educação
Nº de beneficiários directos
Nº de beneficiários indirectos
3 funcionários da área administrativa
600 estudantes
20 docentes
7 funcionários não-docentes
Actividades em 2010
Formação em contexto de cada funcionário da
área administrativa;
Supervisão do trabalho de contabilidade
efectuado por RH local;
Participação em reuniões semanais da Direcção
da escola na qualidade de Directora Adjunta
Administrativa;
Acompanhamento das obras das novas casas-
de-banho e das fundações de uma nova sala de
aulas;
Gestão dos recursos humanos não-docentes;
Avaliação final do projecto no momento da
passagem;
Leccionação de aulas de Formação Humana.
Resultados
Todas as tarefas administrativas são executadas
pelos Recursos Humanos formados.
Nova Directora Adjunta Administrativa contratada.
Relatório global do projecto elaborado e entregue à
Diocese.
Ficha de projecto 15: Escola Secundária P. Menegon | Cuamba | Moçambique
Ao nível do Centro Semente, 2010 foi um ano decisivo para a sua consolidação como
estrutura unificada e integrada das várias valências. Iniciou-se um trabalho de
capacitação de coordenadores das valências (Biblioteca, Infoteca, Clube de Jogos e
Centro de Apoio Escolar - CAE), tendo sido recrutados um coordenador para a
Biblioteca e outro para a Infoteca. O Clube de Jogos foi entregue à Paróquia e está a
ser dinamizado directamente pelas Irmãs Capuchinhas que agora são responsáveis
pelo grupo de voluntários. Relativamente ao CAE, não houve muita adesão por parte
da população e por isso, no último trimestre não se desenvolveram actividades nesta
valência.
18
Todo o trabalho efectuado foi no sentido de negociar cada vez de forma mais próxima
com a paróquia a passagem do centro. Assim, o protocolo assinado em 2009 está a
ser implementado na íntegra e perspectiva-se que até finais de 2011 a estrutura
operacional do Centro Semente fique autónoma. O Centro Semente contou em 2010
com o apoio financeiro do IPAD, que se prolongará até Setembro de 2011.
CENTRO SEMENTE
Início de implementação Janeiro de 200910
Final de implementação Setembro de 2011
Parceiros Locais Diocese de Lichinga-Niassa – Paróquia de São
Miguel
Nº de beneficiários directos 350 jovens
200 crianças
Actividades em 2010
Leccionação de cursos de Informática;
Realização de dias temáticos na Biblioteca;
Realização de Formação de Bibliotecários;
Realização de Formação de Reciclagem para os
Monitores da Infoteca;
Selecção e recrutamento de explicadores para o
CAE.
Resultados
206 novos sócios na Biblioteca.
153 alunos inscritos na Infoteca.
300 crianças inscritas no Clube Jogos.
10 cursos de Informática leccionados.
Média dos cursos leccionados na Infoteca de 13
valores.
10 jovens com formação de Bibliotecários.
1 coordenador da Infoteca formado.
1 coordenador da Biblioteca formado.
Ficha de projecto 16: Centro Semente | Cuamba | Moçambique
2010 foi ainda um ano de imensos desafios para o projecto das Escolinhas
Comunitárias do Niassa (ECN). Em meados de 2009 terminou o financiamento da
Fundação Van Leer, que apoiava o projecto desde 1998 o que conduziu a que toda a
questão da sustentabilidade do projecto precisasse de ser assumida de outra forma.
Durante parte do ano de 2010, os monitores das escolinhas não receberam qualquer
incentivo financeiro.
Já desde 2000 que se trabalha a dimensão da sustentabilidade financeira com as
comunidades, investindo-se na criação de pequenos negócios comunitários que
produzam rendimentos para garantir o funcionamento operacional de cada escolinha.
10
Data em que as várias valências passaram a ser integradas num centro com uma identidade única.
19
Mas 2010 colocou à prova os vários projectos comunitários existentes e o resultado
final foi a constatação de que os micro-negócios não têm conseguido garantir
proveitos necessários mensalmente para o pagamento dos monitores.
Em Agosto de 2010, o projecto funcionava em 15 comunidades espalhadas de
Sanga, no norte da Província, a Nipepe, junto à fronteira com a Tanzânia, a
comunidades muito perto da cidade de Cuamba. Destas 15 comunidades, apenas 3
tinham tido projectos comunitários a funcionar durante 2010 e em Agosto nenhum
dos projectos estava activo.
Nestas 15 comunidades, 4 eram escolinhas-piloto ao nível pedagógico – Mbemba,
Nansenhenje, Muheia e Cruzamento. Aqui houve um investimento forte ao nível do
acompanhamento pedagógico dos monitores e das temáticas e dinâmicas utilizadas
nas aulas.
Partindo destes dados e tendo por base a visita ao terreno da Equipa Executiva em
Agosto de 2010, foi começada uma avaliação estratégica do projecto, que tem por
base as seguintes questões chave:
Sustentabilidade financeira comunitária
Sustentabilidade operacional comunitária
O Estado como parceiro essencial
A integração do projecto dentro de um Programa Diocesano de Educação
Equilíbrio de sustentabilidade entre organização comunitária e projecto(s) de
empreendedorismo sócio-económico(s) diocesano
Abrangência territorial do projecto e focalização da intervenção
ESCOLINHAS COMUNITÁRIAS DO NIASSA
Início de implementação 1998
Final de implementação Em avaliação
Parceiros Locais
Diocese Católica de Lichinga-Niassa
Direcção Distrital da Saúde de Cuamba
Universidade Católica de Moçambique
Nº de beneficiários directos
Nº de beneficiários indirectos
27 monitores
7 supervisores
450 crianças dos 3 aos 6 anos de idade
60 mamãs
Cerca de 160 elementos Comissões das Escolinhas
20
Actividades em 2010
Apoio pedagógico a 4 escolinhas-piloto;
Realização de visitas de supervisão e
coordenação às várias escolinhas;
Formações gerais para os monitores;
Formação de supervisores;
Construção e reabilitação de 3 escolinhas –
Mpuhua (Nipepe), Mbemba (Sanga) e Etatara-
Sede (Etatara);
Apetrechamento da Escolinha de Muheia com
mobiliário;
Acompanhamento bimensal dos projectos de
sustentabilidade;
Formação a mamãs das Escolinhas sobre
Cuidados de Alimentação;
Avaliação estratégica do projecto.
Resultados
Escolinha de Etatara-Sede reconstruída.
Escolinhas de Mbemba e de Mpuhua em processo
de reconstrução.
5 novas Escolinhas iniciadas na zona de Massamba.
2 escolinhas da Paróquia de Maúa e 1 em Nipepe
encerradas.
Supervisores recrutados para todas as zonas de
intervenção.
Relatório de avaliação prospectiva do projecto
elaborado e entregue ao Sr. Bispo.
Ficha de projecto 17: Escolinhas Comunitárias do Niassa | Cuamba | Moçambique
Figura 6 e 7: Escolinhas Comunitárias do Niassa
2.5. Missão de Lichinga
Em meados de Maio de 2010, estando no terreno apenas duas voluntárias, tornou-se
insustentável a continuidade da missão devido a incumprimento no compromisso
estabelecido com a Organização por parte de uma das voluntárias. Foi assim
21
encerrada a missão de Lichinga, tendo regressado antecipadamente a Portugal uma
das voluntárias e sido transferida para Cuamba outra voluntária.
Fruto do encerramento imprevisto da missão, fez-se um esforço acrescido de
passagem dos projectos à Diocese. Uma vez que o futuro da acção dos LD em
Lichinga já vinha igualmente a ser equacionado, a maioria dos projectos teve
oportunidade de continuar.
Nesse sentido, entregou-se a responsabilidade da Ludoteca e do Centro de Apoio
Escolar ao Coordenador do Centro Pastoral Paulo VI.
LUDOTECA DO CENTRO PASTORAL PAULO VI
Início de implementação Março de 2007
Final de implementação Maio 2010
Parceiros Locais Centro Pastoral Paulo VI
Nº de beneficiários directos 25 crianças
Actividades em 2010 Acompanhamento dos monitores;
Apoio à planificação do funcionamento mensal.
Resultados 25 crianças apoiadas.
Ficha de projecto 18: Ludoteca do Centro Pastoral Paulo VI | Lichinga | Moçambique
CENTRO DE APOIO ESCOLAR DO CENTRO PASTORAL PAULO VI
Início de implementação Setembro de 2007
Final de implementação Maio 2010
Parceiros Locais Centro Pastoral Paulo VI
Nº de beneficiários directos
Nº de beneficiários indirectos
20 explicadores
40 jovens e crianças
Actividades em 2010
Recrutamento de 10 novos explicadores para
leccionar as disciplinas de 5ª à 11ª classe;
Gestão e organização dos horários e dos
espaços;
Organização e planificação das explicações.
Resultados 76 jovens e crianças inscritas nas explicações.
14 turmas formadas.
Ficha de projecto 19: Centro de Apoio Escolar do Centro Pastoral Paulo VI | Lichinga | Moçambique
O apoio aos órfãos da Sanjala, a Educação para a Saúde, o Apoio Comunitário
Domiciliário e a Animação Desportiva e Cultural da Sanjala foram projectos que não
22
tiveram oportunidade de continuar, já que não existiam parceiros locais com
capacidade para os assumir. Os materiais que sobraram dos projectos foram
entregues à Diocese e os financiamentos, nomeadamente do Rotary Club Portugal,
foram sub-executados.
Relativamente ao apoio dado à Casa de Betânia, um orfanato que pertence às Irmãs
Servas de Maria, o impacto da saída dos LD foi mais reduzido, visto que não
garantíamos nenhuma função essencial para o funcionamento diário do mesmo.
ORFANATO ‘CASA DE BETÂNIA’
Início de implementação Janeiro de 2007
Final de implementação Maio 2010
Parceiros Locais Irmãs Servas de Maria
Nº de beneficiários directos
40 meninas dos 3 aos 19 anos
7 irmãs
2 monitores
Actividades em 2010
Leccionação de apoio escolar diário;
Realização de formação sobre Economia
Doméstica;
Recrutamento e formação em contexto de
monitores do apoio escolar;
Realização de ateliês de dança e teatro;
Apoio na elaboração de regulamento interno e
de estatutos da Casa de Betânia.
Resultados 2 monitores recrutados e formados.
40 crianças com apoio escolar.
Ficha de projecto 20: Orfanato „Casa de Betânia‟ | Lichinga | Moçambique
2.6. Missão de Dili
Tal como já foi referido, a missão de Dili sofreu uma alteração substancial em 2010.
No último trimestre do ano, a presença dos LD passou a ser assumida por uma
técnica directamente contratada para um projecto específico e deixou de ter
voluntários expatriados no terreno. Atendendo à necessidade de redução do
número total de voluntários e à situação dos projectos e actividades que os LD tinham
à sua responsabilidade, decidiu-se manter apenas a Pré-Escola Santo Inácio e passar
ou concluir a participação nos restantes. Uma das grandes razões que levou a esta
opção prendeu-se com o fraco envolvimento do parceiro local, a Fundação Amigos de
Jesus, na resolução dos problemas e na definição de compromissos para futuro.
23
Em 2010 iniciou-se uma nova fase no projecto da Pré-Escola Santo Inácio. Este foi o
primeiro ano em que o projecto funcionou com dois turnos, passando a apoiar 70
crianças, o dobro do número anterior. Esta alteração também coincidiu com uma
mudança no calendário escolar timorense que passou a ser de Janeiro a Novembro,
deixando de estar alinhado com os trimestres escolares portugueses.
Esta alteração de fundo levou a mudanças no funcionamento do projecto. Foi
contratada mais uma monitora, aumentaram-se as inscrições, continuou-se com o
investimento na formação pedagógica dos recursos humanos da pré-escola,
desenvolveram-se parcerias com a cooperação portuguesa para integrar estagiários
do Curso de Educadores Não-formais e, por último, mas com um peso muito forte na
sustentabilidade do projecto, foram dados passos sólidos no sentido da acreditação da
instituição junto do estado timorense.
Com o apoio da GNR estacionada em Dili, foi possível recuperar toda a infra-estrutura
da Pré-Escola e o ano terminou com a aprovação da candidatura pelo IPAD para o
ano de 2011. Começou ainda a ser desenvolvido um trabalho com um grupo de mães
das crianças, funcionando como uma experiência de empreendedorismo social –
produção e venda de presépios.
Figura 8: Clube de Mães – Klube Inan Sira Figura 9: Festa encerramento ano lectivo 2010
PRÉ-ESCOLA SANTO INÁCIO
Início de implementação 2005
Final de implementação Dezembro de 2012
Parceiros Locais
Direcção Distrital da Educação
UNTL – Curso de Educadores Não-Formais
Fundação Amigos de Jesus (em negociação)
24
Nº de beneficiários directos
35 crianças entre 4 e 5 anos
35 crianças entre 5 e 6 anos
2 monitoras
2 estagiários
18 professoras de pré-escolar
30 mães/encarregadas de educação
Actividades em 2010
Funcionamento diário de 2 turnos de ensino
pré-escolar (planificação da semana,
acompanhamento das aulas, avaliação das
crianças; reuniões com os pais);
Dinamização de actividades em dias especiais;
Realização de visitas de estudo;
Formação pedagógica em Língua Portuguesa
com outras pré-escolas;
Dinamização de acções de formação;
Intercâmbios com outras pré-escolas;
Acções de angariação de fundos;
Apetrechamento do espaço com materiais
didácticos;
Dinamização do Clube de Mães.
Resultados
70 crianças com avaliação trimestral realizada, de
acordo com o curriculum timorense.
2 monitoras com frequência no curso de Língua
Portuguesa.
2 estagiários da UNTL a realizarem estágio
curricular na Pré-Escola.
Pré-Escola com infra-estruturas reabilitadas.
Grupo de mães envolvidas em projecto de
empreendedorismo social.
Ficha de projecto 21: Pré-Escola Santo Inácio | Dili| Timor
Seguindo o trabalho realizado nos anos anteriores, os LD continuaram a estar
disponíveis para a Direcção do Centro Juvenil Padre António Vieira (CJPAV) no
sentido de capacitar os seus recursos humanos em língua portuguesa e/ou pedagogia.
Assim sendo, as monitoras do Espaço Criança participaram na formação pedagógica
que existiu para monitoras de pré-escolar. Ao nível do Espaço Jovem não foi
realizado nenhum tipo de apoio contínuo, dado que a própria estrutura organizacional
do grupo não o permitiu.
APOIO AO CJPAV
Início de implementação 2002
Final de implementação Abril de 2010
Parceiros Locais Centro Juvenil Padre António Vieira (CJPAV)
Nº de beneficiários directos 7 Animadoras do Espaço Criança
Actividades em 2010 Realização de formação pedagógica
25
Resultados 7 Animadoras capacitadas
Ficha de projecto 22: Apoio ao Centro Juvenil Padre António Vieira | Dili | Timor
No seguimento do trabalho de capacitação dos recursos humanos locais realizado nos
dois anos anteriores, foi efectuada uma avaliação do GME – Gabinete de Micro-
Empresas e concluída a assessoria ao projecto em Setembro de 2010. Elaborou-se
um relatório onde se reuniu informação relevante sobre a sustentabilidade operacional
e financeira do GME e se recuperaram dados de relatórios anteriores relativos ao
impacto e ao estudo de sustentabilidade do projecto.
ASSESSORIA AO GABINETE DE MICRO-EMPRESAS
Início de implementação Setembro de 2003
Final de implementação Setembro de 2010
Parceiros Locais Centro Juvenil Padre António Vieira (CJPAV)
Nº de beneficiários directos
Nº de beneficiários indirectos
1 Coordenador do GME
1 Técnico do GME
24 micro-empresários
Actividades em 2010
Acompanhamento em contexto dos recursos
humanos do GME;
Apoio na implementação de procedimentos
para diagnósticos de necessidades, grupos e
formações.
Resultados Finalização da assessoria e autonomização do GME.
Relatório de Avaliação do Projecto elaborado
Ficha de projecto 23: Assessoria ao Gabinete de Micro-Empresas | Dili | Timor
Em Setembro de 2010 os LD concluíram a leccionação de aulas de Economia em
Língua Portuguesa no Externato São José, tendo disponibilizado ao externato todos
os materiais pedagógicos utilizados.
LECCIONAÇÃO DE AULAS – EXTERNATO SÃO JOSÉ
Início de implementação Setembro de 2005
Final de implementação Setembro de 2010
Parceiros Locais Externato São José
Nº de beneficiários directos 84 alunos/3 turmas (9º ao 11º ano)
Actividades em 2010
Leccionação de aulas de economia;
Produção de Manuais de Economia;
Realização de visita de estudo ao PNUD em Dili;
Organização e arrumação da biblioteca.
26
Resultados
36% de aproveitamento escolar dos alunos até ao
segundo trimestre.
3 Manuais de Economia elaborados e entregues ao
Externato.
Ficha de projecto 24: Leccionação no Externato São José | Dili | Timor
Terminou ainda a colaboração com a Escola Amigos de Jesus.
APOIO À ESCOLA AMIGOS DE JESUS
Início de implementação Janeiro de 2007
Final de implementação Setembro de 2010
Parceiros Locais Fundação Amigos de Jesus
Nº de beneficiários directos
Nº de beneficiários indirectos
1 Directora da Escola
Cerca de 200 alunos
Actividades em 2010
Produção de documentos de apoio ao
funcionamento administrativo (contabilidade e
gestão escolar);
Apoio à elaboração de pedidos de
financiamento.
Resultados Cerca de 26 documentos e procedimentos
administrativos criados e em implementação.
Ficha de projecto 25: Apoio à Escola Amigos de Jesus | Dili | Timor
Finalmente, as actividades que os LD dinamizavam em Bazartete, em parceria com
as Escravas do Sagrado Coração de Jesus, concluíram igualmente em 2010. Uma
vez que nunca se chegou a avançar no aprofundamento de diagnóstico e não se
definiram novos projectos de intervenção, acabou por se concluir a colaboração com a
Escola Secundária de Bazartete e a Escola Primária de Metagou ao nível das aulas de
ginástica em língua portuguesa, que eram os únicos compromissos regulares que os
LD mantinham.
ACÇÃO EM BAZARTETE
Início de implementação Outubro de 2009
Final de implementação Setembro de 2010
Parceiros Locais
Escravas do Sagrado Coração de Jesus
Escola Secundária de Bazartete
Escola Primária de Metagou
Nº de beneficiários directos
40 meninas (3 aos 19 anos)
7 irmãs
2 monitores
27
Actividades em 2010
Leccionação de aulas práticas de desporto;
Dinamização de actividades mensais na
Biblioteca da Escola Primária de Metagou.
Ficha de projecto 26: Leccionação aulas de desporto | Bazartete | Timor
2.7. Portugal
Em Portugal os LD são responsáveis pelo Centro S. Pedro Claver (CSPC), em
Lisboa, que disponibiliza apoio escolar a estudantes imigrantes e descendentes de
imigrantes do ensino secundário e universitário, através da participação
comprometida de 24 professores voluntários. Do total dos alunos inscritos, foi
possível apoiar de forma regular 130 alunos em 14 disciplinas distintas, sendo a
matemática e o português as disciplinas mais solicitadas (51% e 21% das frequências,
respectivamente).
O CSPC promoveu ainda em 2010 cinco Cursos de Português para Estrangeiros,
de níveis de aprendizagem diferentes, que beneficiaram 43 alunos.
CENTRO S. PEDRO CLAVER
Início de implementação 1993
Final de implementação 2012 – 2013 (previsão)
Parceiros locais Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
Nº de beneficiários directos
Nº de beneficiários indirectos
173 alunos
24 professores voluntários
Actividades em 2010
Apoio escolar a alunos de ensino secundário e
universitário;
Cursos de português para estrangeiros;
Visitas de estudo;
Acções de educação para a saúde;
Participação no Grupo Comunitário da Alta de
Lisboa.
Ficha de projecto 27: Centro S. Pedro Claver | Lisboa | Portugal
28
3. Formação, Acompanhamento e Acolhimento de Voluntários
3.1. Formação de Voluntários
No ano de 2009-2010 o plano de formação foi desenvolvido de acordo com os
conteúdos e cronograma previstos. Em matéria de actividades, foi semelhante ao ano
anterior, tendo sido possível melhorar a última actividade de calendário de formação
dos voluntários, a “Formação Específica de Projectos”.
O percurso da formação, ao longo de quatro etapas, contou com as seguintes
actividades:
Reuniões Quinzenais que se realizaram nos Centros Universitários de Lisboa,
Coimbra e Porto/Braga;
Encontros Temáticos (4) subordinados a temas específicos: „A Missão‟, „Auto-
Conhecimento e Relação‟, „Como vivemos/Como nos relacionamos‟, „Como
trabalhamos/Metodologia de Projecto‟;
Acompanhamento Personalizado do formando pelo Padrinho/Madrinha
(formador) e pelo Assistente Espiritual de cada núcleo;
Curso de Iniciação à Fé (CIF) ou Curso de Aprofundamento da Fé (CaFé);
Mini-Campo de Trabalho durante um fim-de-semana, organizado localmente por
cada Equipa regional;
Formação Específica de Projectos (FEP): experiência aprofundada de vida em
comunidade, de estudo e planeamento dos projectos que serão desenvolvidos no
terreno. Nesta actividade os formandos reuniram-se de acordo com o local de
missão, durante 7 dias. Decorreu no final de Julho, princípio de Agosto, de acordo
com os locais de missão;
Exercícios Espirituais inacianos de 7 dias: tempo de discernimento e de união ao
Senhor. Estes Exercícios são precedidos de Exercícios Espirituais de 3 dias.
Em termos de percurso de formação, o documento ‘Vida em Missão’ foi apresentado
aos formandos como uma orientação da vida em missão de cada Leigo para o
Desenvolvimento e, portanto, um documento a ser interiorizado, rezado e vivido, tanto
no percurso de formação como em missão.
29
Apresentam-se na tabela seguinte os dados referentes aos formandos que, durante
2009/10 estiveram associados aos Leigos para o Desenvolvimento.
Porto Coimbra Lisboa Nacional
Nº de inscritos11
11 7 20 38
Nº de formandos até EE12
4 4 19 27
Nº de formandos na selecção 4 3 12 19
Nº de formandos seleccionados 2 3 7 12
Tabela 1: Número de voluntários em formação 2009/10
Tal como foi referido anteriormente, o ano de 2010 foi bastante exigente do ponto de
vista de sustentabilidade, o que obrigou a reduzir o número de voluntários no
terreno. Aos 12 formandos seleccionados juntou-se a renovação de uma voluntária
para o segundo ano de missão, perfazendo 13 voluntários no total.
De forma resumida, chegaram à fase de selecção 50% dos formandos que
iniciaram a formação e, destes, 63% foram seleccionados para partir em missão.
O ano de 2010 foi um ano experimental em matéria de envolvimento dos
formandos em actividades de divulgação e angariação de fundos. Um destaque
especial para a iniciativa que evidenciaram e imprimiram nas suas actividades na
prossecução deste objectivo, o que permitiu angariar cerca de 25.000€. É de destacar
especialmente os apoios disponibilizados pelos ‘padrinhos’ das missões que
contribuíram com cerca de 70% dos fundos angariados pelos formandos antes de
partir em missão.
As Equipas de Formação em 2009/10 foram constituídas por 20 formadores e 3
assistentes espirituais que asseguraram a formação de forma voluntária. Foi
possível contar ainda pontualmente com a colaboração generosa de outros
formadores nos Encontros Temáticos.
Núcleo de Formação Braga Porto Coimbra Lisboa Total
Formadores 1 7 4 813
20
Assistentes 1 1 1 3
Total 9 5 9 23
Tabela 2: Equipas de Formação 2009/10
11
Inscrições efectivas com processo aberto. 12
Formandos que completam o percurso da formação até aos Exercícios Espirituais. 13
Um dos formadores saiu da Equipa no final da 1ª Etapa de Formação.
30
Os Leigos para o Desenvolvimento desejam expressar um agradecimento especial
aos formadores que integraram as Equipas de Formação e, particularmente, aqueles
que este ano passaram o seu testemunho de formador: à Mariana Abranches Pinto, à
Daniela Vieitas, ao Pe. Luís Ferreira do Amaral, à Filipa Marques, à Leonor Queiroz e
Mello, à Rita Marques, à Sara Borges e ao P. Hermínio Rico, sj. Assim, para 2011, fica
o desafio de novas equipas de formação levarem a cabo este projecto de formação
LD.
Figura 9: Formação de voluntários 2010
3.2. Acompanhamento de Voluntários e das Missões
Uma das grandes mudanças de 2010 verificou-se ao nível do acompanhamento
humano dos voluntários, dada a particular dedicação disponibilizada pelas Gestoras
de Projecto. Procurou estabelecer-se uma relação de proximidade e de confiança
com os voluntários, numa abordagem preventiva e colaborativa, de maneira a
criar condições para a tomada de decisões mais informadas, adequadas e em tempo
útil. Para isso, contribuiu o alargamento da banda larga a várias missões, o que
permitiu o recurso ao skype como forma de comunicação entre a sede e as missões.
Ao nível do acompanhamento espiritual, além do acompanhamento à distância com
o envio de pistas de oração, foi possível contar mais uma vez com a colaboração de
jesuítas para orientar os retiros nas missões, ajudando os voluntários no seu
discernimento face à hipótese de renovação. Em Angola as comunidades de
voluntários contaram com o apoio do P. Casimiro Gaspar, em São Tomé e Príncipe
com o P. Luís Ferreira do Amaral e em Cuamba com o P. Miguel Almeida. A missão
31
de Timor realizou o seu retiro com o apoio das Escravas do Sagrado Coração de
Jesus. A todos, os LD expressam o seu agradecimento sincero.
No que respeita ao acompanhamento dos projectos, foi desenvolvida uma reflexão
aprofundada sobre os projectos em curso e definidos próximos passos a curto e
médio prazo. Para isso, contribuíram as visitas ao terreno da equipa executiva e o
acompanhamento regular efectuado à distância pelas Gestoras de Projecto. Também
neste aspecto as novas tecnologias facilitaram imenso este acompanhamento. Apesar
de se feito uma revisão do modelo de relatório, ainda é necessário melhorar o
processo de monitorização e de recolha periódica de indicadores.
Em 2010 foram realizadas as seguintes visitas de acompanhamento e de avaliação:
Janeiro e Fevereiro – visita da Gestora de Projecto à missão de Dili.
Fevereiro e Março – visita da Gestora de Projecto às missões de Lichinga e
Cuamba.
Maio e Junho – visita da Directora Executiva e da Gestora de Projecto às missões
de Benguela e São Tomé e Príncipe.
Agosto – visita da Directora Executiva e da Gestora de Projecto às missões de
Lichinga e Cuamba.
3.3. Acolhimento dos Voluntários
Em 2010 foram „acolhidos’ 18 voluntários que regressaram no final de 2009 e
concluíram missão, 21 voluntários.
Porto Coimbra Lisboa Total
Voluntários 2008/09 „acolhidos‟ em 2010 7 2 9 18
Voluntários 2009/10 regressados em 2010 3 3 15 21
Tabela 3: Voluntários acolhidos e regressados em 2010
Além do acolhimento efectuado aos voluntários pela equipa executiva, existe em cada
núcleo um Grupo de Acolhimento constituído por anciãos que tem o objectivo de
apoiar os voluntários no processo de reintegração pós missão, facilitando a
participação na vida associativa da Organização. Este acolhimento é apenas
32
concretizado aos voluntários que manifestarem interesse em participar nas acções
propostas pelo Grupo, existindo vários LD que optaram por não recorrer a esse apoio.
As actividades de acolhimento/reintegração assumiram uma natureza mais informal e
personalizada, de acordo com as necessidades de cada voluntário. No Porto e em
Lisboa consolidou-se o hábito de oração mensal dos anciãos que facilitou a integração
dos voluntários recém-chegados. Dos voluntários chegados recentemente, cinco foram
integrados nas equipas de formação.
4. Gestão e Funcionamento
Ao nível da gestão e funcionamento da Organização, em 2010 foi feito um esforço
para definir procedimentos e orientações estratégicas, tanto ao nível directivo
como executivo. Para isso foi fundamental a separação e a clarificação de papéis,
da mesma forma que a elaboração do Plano Estratégico para os próximos cinco anos
foi um resultado de extra relevância.
Ao nível da direcção, desde a sua eleição em Maio e tendo como princípio uma
abordagem mais estratégica e menos operacional, o seu funcionamento assentou
numa metodologia mais flexível e rentabilizando as novas tecnologias. Foram
realizadas reuniões numa base quinzenal, intercalando reuniões presenciais
itinerantes com e-reuniões, resolvendo muitos assuntos via correio electrónico. Além
dos membros eleitos em assembleia-geral e do Assistente Espiritual Nacional,
participaram nas reuniões de direcção e nos processos de decisão a Responsável
Nacional da Formação, a Representante Nacional dos Anciãos14 e a Directora
Executiva.
Em Maio terminou funções a anterior direcção, depois de vários anos na liderança da
Organização. Os agradecimentos especiais ao António Hilário David, à Ana Martins
Simões, à Leonor Queiroz e Mello e ao Ricardo Goulão, bem como ao P. Hermínio
Rico que cessou a sua acção como Assistente Espiritual Nacional dos LD. Os
14
A Representante Nacional dos Anciãos esteve ausente desde Agosto de 2010 por licença de
maternidade.
33
agradecimentos estendem-se aos restantes órgãos sociais que também concluiram
funções nessa data.
Ao nível executivo, registaram-se enormes progressos de organização, de
focalização, de coesão e de motivação da equipa. Passaram a existir reuniões
semanais de equipa para partilha de informações, articulação do trabalho e
coordenação/avaliação das actividades. Em 2010 a equipa executiva foi reforçada em
Setembro com um estágio profissional15 na área da angariação de fundos e contou
com a ausência16 da responsável pela área da comunicação e imagem desde Julho de
2010. Foi ainda muita positiva a colaboração comprometida de três voluntárias, a
quem os LD agradecem reconhecidamente: Guilhermina Rebelo de Andrade na área
logística e administrativa, Isabel Costa na manutenção da base de dados dos
benfeitores e, mais recentemente, Sofia Goes na angariação de fundos.
5. Anciãos e Dinâmica Associativa
5.1. Anciãos
Com a chegada no final do ano dos voluntários recém-regressados, em 2010
passaram a ser mais de 320 os anciãos17 da Organização. Se por um lado, os
voluntários que estão no terreno são a força activa e permanente dos LD, por outro, os
anciãos são a força viva que permite garantir a sustentabilidade e o futuro dos Leigos
para o Desenvolvimento. Da capacidade de envolvimento e participação
comprometida dos anciãos, depende em grande parte o sucesso e a qualidade da
acção dos LD.
Na verdade, analisando as equipas com actividade mais regular e com maiores
responsabilidades, a constituição dos órgãos sociais, da equipa executiva e das
equipas de formação revela bem a importância fulcral que os anciãos têm na
Associação. Mesmo valorizando a participação de elementos sem experiência de
missão, é um facto que 80% dos colaboradores é ancião.
15
Estágio no âmbito da medida INOV SOCIAL. 16
A responsável pela área da comunicação e imagem encontra-se de baixa desde 19 de Julho de 2010. 17
Anciãos – estatuto adquirido pelos voluntários LD após terminada a sua experiência de missão.
34
Anciãos Não Anciãos Total
Órgãos Sociais18
10 1 11
Equipa Executiva 4 3 7
Equipas de Formação 19 1 20
RH Timor 1 0 1
Centro S. Pedro Claver 0 3 3
Total 3419
8 42
Tabela 4: Participação de Anciãos em 2010
Uma das importantes formas de participação e de envolvimento dos anciãos acontece
através das novas tecnologias, numa mailing list dinamizada, desde 2000, com o
objectivo de promover o debate interno sobre aspectos importantes da vida da
Associação. Actualmente estão inscritos 268 membros. Em 2010, circularam 1.202
mensagens sobre a vida da associação (encontros, notícias, informação sobre
momentos chave) para além de ofertas de trabalho, estágios, conferências e
workshops, casas para venda ou aluguer, cursos de formação, pedidos de apoio, entre
outros. O grupo de anciãos do Norte dinamiza também uma mailing list de carácter
regional que inclui 57 membros.
Além da participação on line, os vários grupos de anciãos a partir dos núcleos do
Norte, Coimbra e Lisboa, foram organizando iniciativas com o objectivo de promover o
encontro, a partilha, a colaboração, a oração e a reflexão. De forma resumida,
ocorreram as seguintes actividades:
Acções de Angariação de Fundos: Ofertórios de missas em Abril pelo
aniversário dos LD; participação/organização em eventos (ex: Feira „A Cidade no
Jardim‟, Fim de Semana „Rosto Solidário‟, Festa Cantanhede); jantares e
cerimónias solidárias; venda de rifas; venda de presépios e livros. Destas acções
resultaram cerca de 24.000€.
Acções de Divulgação: Sessões de Apresentação LD (Braga, Coimbra, Porto,
Lisboa, Santa Comba Dão), participação em feiras e eventos (ex: Dias do
Desenvolvimento, II Feira Voluntariado da Faculdade Economia); partilha de
testemunhos (ex: Vigília Pascal); entrevistas (ex: Canal UP).
18
Contabilizados apenas os novos membros eleitos. 19
No total devem ser contabilizados apenas 30 anciãos já que quatro pessoas acumularam funções.
35
Encontro e confraternização: LD Day Timor (celebração do 10º aniversário da
missão de Timor); Passeio Nacional de Anciãos (Carvalhais / S. Pedro do Sul).
Participação: Assembleias-gerais LD; Conselho Nacional de Anciãos;
Planeamento Estratégico LD; Reflexão sobre 25º Aniversário; Missas da Lina;
Missa do Envio LD.
Oração: oração mensal no CUPAV, em Lisboa (1ª terça-feira do mês); oração
mensal nas Escravas do Sagrado Coração de Jesus, no Porto (3ª terça-feira do
mês).
Em 2010, funcionaram os seguintes grupos de anciãos:
Grupo de Acolhimento do Norte (Concha Tello e Zeza Campos)
Grupo de Acolhimento de Lisboa (Andreia Carvalho)
Grupo de Divulgação do Porto (Concha Tello, Diogo Carneiro e Vera Costa)
Grupo de Divulgação de Braga (Margarida Corsino, Sofia Moura e Pedro Malheiro)
Comissão 25 Anos (Concha Tello, Maria Manuel Urbano, Lourenço Sassetti)
Comissão Organizadora da „Missa da Lina‟ (Mª Jesus; Ana Joel)
GAGA – Grupo de Reflexão (Andreia Carvalho, Filipa Marques, Pedro Silva e
Isabel Oliveira)
A Representante Nacional de Anciãos interrompeu funções em Agosto de 2010 por
licença de maternidade.
5.2. Vida Associativa
Em 2010 foram promovidas duas assembleias-gerais ordinárias e uma assembleia
extraordinária para eleição de novos corpos dirigentes. As assembleias contaram em
média com a participação presencial de trinta membros.
Actualmente existem 100 associados com quotas regularizadas. Sem corresponder,
apesar de tudo, a um número muito expressivo, em 2010 o pagamento de quotas
ultrapassou as expectativas já que recuperou membros com quotas em atraso,
correspondendo o valor angariado a 173% dos associados efectivos.
36
6. Angariação de Fundos e Sustentabilidade
O ano de 2010 foi um ano de grandes mudanças na abordagem aos financiamentos. A
sensibilidade da nossa sustentabilidade financeira aos comportamentos do IPAD –
Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, fez com que o conceito de
angariação de fundos ganhasse outra importância e, consequentemente, uma
abordagem diferente em 2010. A necessidade de diversificarmos as fontes de
financiamento tornou-se vital, em particular, a redução do peso dos financiamentos
públicos, nomeadamente do IPAD (25% dos proveitos).
26%
25%19%
16%
14%
Benfeitores Particulares
IPAD
Outras instituições
Empresas
Receitas projectos / serviços
Gráfico 1: Fontes de Financiamento 2010
Este desafio obrigou-nos a investir na mobilização de outras fontes de
financiamento, nomeadamente de benfeitores particulares (26% dos proveitos), de
empresas (16% dos proveitos) e de outras instituições e agências internacionais
(19% dos proveitos).
Para esta orientação estratégica, foi importante o contributo prestado pela empresa
Labora, uma consultora em angariação de fundos, que fez um breve estudo sobre o
historial de financiamentos dos últimos cinco anos dos LD, uma análise das forças e
fraquezas da base de dados (BD) de benfeitores dos LD e uma proposta de melhoria
na BD.
37
Tornou-se óbvio que para esta nova abordagem era imprescindível um RH dedicado
à angariação de fundos (AF) a tempo inteiro, que complementaria a acção de
mobilização de financiamentos levada a cabo pelas gestoras de projecto. Nesse
sentido, foi aprovada uma candidatura à medida INOV SOCIAL que permitiu o
recrutamento de um estágio para esta área, com responsabilidades especiais na
angariação de fundos junto de particulares e empresas. No final do ano, juntou-se
ainda à equipa uma voluntária que veio reforçar a área de AF.
No que respeita aos Benfeitores Particulares houve um esforço por parte de toda a
Organização – órgãos sociais, voluntários e anciãos – na mobilização da rede de
contactos para reforçar o apoio à causa e aos projectos LD.
Com este esforço a Organização cresceu 25% no número de doações de
particulares em comparação com 2009, chegando às 1.053 doações, que em termos
financeiros significou um aumento em cerca de 70% do valor dos donativos
particulares. Os gráficos 2 e 3 ilustram bem a oscilação de doações nos últimos três
anos.
Gráfico 2: Número de Doações | 2008-2010
38
Gráfico 3: Doações em euros | 2008-2010
Os últimos 4 meses do ano são particularmente expressivos, seguindo-se o mês de
Julho e de Abril, o que reflecte as acções desenvolvidas – apadrinhamento das
missões, „Carta Aberta‟, Boletins Informativos, RSF de Envio de Voluntários e RSF de
Natal. Em 2010 foram enviados 3 Boletins Informativos – Março, Junho e Setembro –
seguidos de dois RSF, um em Outubro e outro em Dezembro. Para além disso, a
Direcção dos LD lançou uma „Carta Aberta‟, que circulou sobretudo via WEB e que
apelava de uma maneira muito incisiva ao donativo. Enviada em Outubro, cremos que
terá tido um impacto forte, pois, não só, aumentaram significativamente o número de
doações em Outubro e Novembro, como aumentou o valor médio doado.
Em relação às empresas e instituições sem fins lucrativos, foram apresentadas
diversas candidaturas e projectos, tanto a partir de Portugal como a partir dos países
de missão. Este esforço permitiu fidelizar apoios (ex. BPI, Alves Ribeiro,
Entreculturas, Rotary Club Internacional, Listas Telefónicas de Moçambique, Lupral,
ACIDI, etc.), obter novos financiadores/parceiros (ex. IEFP, Embaixada Francesa
em S. Tomé e Príncipe, ESSO 100%, Fundación CEAR, etc.) e iniciar
negociações/relações com potenciais novos parceiros financeiros (ExxonMobil
Foundation, Fundação PT, BFA, Embaixada Portuguesa em Angola, Fundación
Profesor Uria, CEPSA, etc.)
0 €
5.000 €
10.000 €
15.000 €
20.000 €
25.000 €
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2008
2009
2010
39
A disponibilização de livros, presépios, entre outros bens, teve especial retorno em
acções de divulgação e de AF como: Missa do Envio, Missas do aniversário LD, Feira
„Cidade no Jardim‟ em S. João da Madeira, Feira no Tagus Park, Festa de Natal na
Escola „Sol dos Pequeninos‟ e LDay Timor.
7. Imagem e Comunicação Externa
O ano de 2010 tinha como objectivo solidificar a forma de apresentação e grafismo
dos LD, no entanto ainda não foi possível fazer grandes alterações e estabilizar
procedimentos ao nível da imagem e comunicação externa. Atendendo à mudança de
estrutura organizacional e da própria direcção, à ausência da colaboradora
responsável pela comunicação e às prioridades definidas para 2010, esta área não
teve oportunidade de sofrer desenvolvimentos significativos, funcionando a partir do
contributo pontual e partilhado dos restantes membros da equipa e de alguns anciãos.
Ainda assim, em 2010 foram elaborados e enviados via CTT 3 Boletins Informativos
e 2 RSF:
Peça Quando Quantidades
Boletim Informativo Fevereiro 7.577
Boletim Informativo Junho 7.781
Boletim Informativo Outubro 8.000
RSF Outubro 8.000
RSF Dezembro 8.000
Tabela 5: Peças de comunicação enviadas por CTT em 2010
Quanto à presença dos LD na comunicação social, continua a ser assegurada pela
parceria estabelecida com a agência de comunicação „C&C, Consultores e
Comunicação‟, ao abrigo da responsabilidade social da empresa. Fruto desta parceria,
através da „Mediagate’, foi possível contar com 8 inserções na RTP1, 20 inserções na
RTP2, 34 inserções na SIC, 20 inserções na RTPN e 20 inserções na RTP Memória.
Para além disso, a C&C tem feito diariamente o tracking da imprensa escrita
nacional e regional reportando-nos as notícias detectadas de acordo com a nossa
sugestão de pesquisa de palavras. A C&C é ainda um forte apoio na escrita e no envio
40
de comunicados de imprensa dos LD, sempre que a Associação organiza ou está
presente em algum evento ou iniciativa. Para 2011, reiteraram já a sua disponibilidade
e interesse em continuar a colaborar com os LD e a serem parceiros activos na
estratégia de comunicação e activação da marca Leigos para o Desenvolvimento.
Quanto às acções de mobilização de potenciais voluntários, são especialmente
relevantes as Sessões de Apresentação “És uma peça Fundamental” levadas a
cabo em Outubro/Novembro, antes da formação iniciar.
Local Presenças Pré-
Inscrições
Pré-Inscrições
vs
Presenças
Presenças
vs
2009
Pré-Inscrições
vs
2009
Lisboa 40 31 78% -22% -9%
Coimbra 19 9 47% 36% -25%
Porto 24 12 50% -25% -20%
Braga 28 8 29% 47% -20%
Total 111 60 54% -12% -15%
Tabela 6: Presenças nas sessões de apresentação e pré-inscrições na formação em 2010
É interessante salientar ainda que os Leigos para o Desenvolvimento foram bastante
solicitados a participar em eventos, como oradores e com exposição. Destacam-se as
participações na XXVII Semana da Pastoral Social, no 1º Congresso Português do
Voluntariado, no Seminário „Fé e Cooperação‟, nos „Dias do Desenvolvimento‟ e nas
Jornadas da „Feira do Voluntariado‟.
Por último, os Leigos para o Desenvolvimento voltaram a contar com o envolvimento
activo do fundador e ex-assistente espiritual dos LD, o P. António Vaz Pinto, agora na
condição de Embaixador LD. No advento da celebração do 25º aniversário, a figura
de Embaixador pretende ajudar a projectar o (re)conhecimento e a credibilidade da
Organização junto da opinião pública e da sociedade em geral.
8. Parcerias e Redes
O ano de 2010 foi um ano de grandes transformações internas, pelo que a relação
externa e a participação em fóruns e plataformas temáticas e/ou territoriais não foram
muito desenvolvidas. Para colocar a Organização em posição de vir a fazê-lo no
41
futuro, optou-se inicialmente por estabelecer novas parcerias estratégicas,
identificadas em função dos objectivos traçados para cada país de missão.
Nesse sentido, em 2010 foi estabelecida parceria com a ONGD – Rosto Solidário no
âmbito de um consórcio para implementação do projecto de apoio ao Grupo de „Ajuda
Mútua‟ no Bairro do Papelão, no Uíge. Iniciou-se também uma parceria com a
Fundação Gonçalo da Silveira com vista à implementação futura de uma possível
nova missão em Moçambique que inclui a elaboração de um diagnóstico sócio-
territorial nas províncias de Tete e Beira.
Os LD celebraram ainda um Acordo de Colaboração com o Colégio Pedro Arrupe
com o objectivo de promover uma relação de cooperação e apoio mútuo no âmbito de
um Projecto de Formação Humana.
No âmbito da Rede Xavier20, os LD assumiram a responsabilidade de dinamização de
um grupo de trabalho sobre ‘voluntariado’ com o objectivo de promover a partilha
de experiências entre as entidades da rede e da organização de acções conjuntas. No
encontro efectuado em Maio, em Nuremberga, o grupo sinalizou possíveis actividades,
tendo ficado previsto para 2011 a realização de uma acção de formação de
formadores conjunta que será organizada pelos LD.
Com o objectivo de reforçar os laços entre organizações que partilham a
espiritualidade inaciana, têm objectivos comuns e convivem no mesmo espaço físico,
os Leigos para o Desenvolvimento associaram-se ao CUPAV – Centro Universitário
Padre António Vieira e à Fundação Gonçalo da Silveira para a organização do
Ciclo Documental ‘Volta ao Mundo’ que teve lugar em Janeiro e Fevereiro de 2010.
Por fim, resta reforçar e agradecer genuinamente a relação estreita que os LD têm
com a Companhia de Jesus, antes de mais como inspiradores e assistentes na
dimensão humana, ética e espiritual. A colaboração que os jesuítas continuam a
disponibilizar aos LD é estruturante ao nível da formação e do acompanhamento dos
voluntários, do suporte ao nível das decisões em direcção, do apoio no
estabelecimento de contactos e do aconselhamento em situações delicadas.
20
Rede das ONGD da Companhia de Jesus da Europa Meridional.
42
9. Conclusões
Em jeito de conclusão, os Leigos para o Desenvolvimento gostariam de exprimir a sua
gratidão a todos os que fizeram de 2010 um ano especial. Aos voluntários, anciãos,
equipa executiva e órgãos sociais um agradecimento genuíno por darem vida à
Organização e por fazerem dela um instrumento de desenvolvimento e de esperança.
Aos parceiros, financiadores, benfeitores, amigos e colaboradores um bem-haja por
acreditarem em nós e por fazerem caminho connosco. E ao Pai, graças pela presença,
o discernimento, a confiança e a amizade. Os Leigos para o Desenvolvimento só
continuam a fazer sentido enraizados na Palavra.
Para 2011 o desafio continua grande. Mas como dizemos no Plano Estratégico,
“importa saber que a palavra crise significa a acção, a faculdade de distinguir ou a
decisão. (..) Sem nos deixarmos levar pela ingenuidade que desvaloriza a situação
crítica que vivemos, com os seus perigos, olhamos com grande ânimo e esperança
para a oportunidade de futuro que este mesmo tempo nos oferece”. Estamos Juntos!
top related