reino protoctista

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SITE: www.tioronni.com.br E-MAIL: tio_ronni@hotmail.com

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Reino Protoctista

Prof.: Tio Ronni

Site: www.tioronni.com.br

Em sistemas de classificação mais antigos, os

protozoários foram considerados um filo do reino

Animalia - Protozoa -, e as algas unicelulares foram

colocadas entre várias divisões de plantas.

Muitas formas foram colocadas em ambos os reinos e

pesquisadas por zoólogos e botânicos.

Eventualmente o reino Protista foi criado para colocar

estas formas, com as classes de Protozoários referidas

acima sendo promovidas a filos.

Características Gerais

Unicelulares;

Eucariontes;

Heterotróficos;

Isolados ou coloniais.

Classificação

Quatro classes: Sarcodina, Flagellata, Ciliata e

Sporozoa.

Critério: estrutura de locomoção

Filo Sarcodina ou Rhizopoda

Locomovem-se por meio

de pseudópodes.

Podem ser de vida livre

ou parasitas.

Os pseudópodes também

são utilizados para

realizar a fagocitose.

Ex. Entamoeba coli,

Amoeba proteus,

radiolários, foraminíferos

e heliozoários.

Filo Ciliophora

Podem apresentar cílios

durante toda vida ou apenas

quando jovens.

Esses cílios servem para a

locomoção e auxiliam na

captura de alimento,

podendo ser substituídos por

tentáculos.

A maioria é de vida livre.

Ex.: Paramecium,Vorticella.

Filo Actinopoda

Apresentam pseudópodes

afilados, retos e finos;

A Classe dos Radiolários

têm exoesqueleto de quitina

e SrSO4. Já os Heliozoários

com ou sem exoesqueleto;

Vivem em simbiose com

zooxantelas (algas

endossimbióticas);

Vivem em água doce e com

algumas raízes de plantas.

Filo Foraminifera

Exoesqueleto de CaCO3 e

constituem o plâncton;

Foram muito abundantes no

passado, hoje podemos

observá-los nas rochas da

Pirâmides do Egito,

indicando regiões

petrolíferas e formando

vasas, placas calcárias

oceânicas.

Filo Apicomplexa

Podem se chamar de

Esporozoários ou

Apicomplexos.

Causam doenças como a

malária, toxoplasmose e

pneumonia em pessoas

infectadas com o HIV.

Filo Zoomastigophora ou Flagelados

Movimentam-se com um ou mais flagelos e, às vezes, com uma membrana ondulante.

Podem ser de vida livre, comensais, mutualísticos (intestino dos cupins) ou parasitas (Trypanosoma cruzi, Trichomonas vaginalis, Leishmania brasiliensis, Leishmania donovani).

Reprodução

REPRODUÇÃO ASSEXUADA:

Cissiparidade (divisão

binária ou bipartição)

Esporulação (divisão múltipla)

REPRODUÇÃO SEXUADA

Conjugação: 2 indivíduos

estabelecem uma ponte

citoplasmática, através da

qual trocam materiais

genéticos.

No final do processo, os

conjugantes se separam e

sofrem reprodução

assexuada.

Meiose dos

micronúcleos

Degeneração de

3 micronúcleos

Conjugação

Fusão dos

micronúcleos e

recombinação

Mitoses e

degeneração de 4

micronúcleos

Reprodução

assexuada

União de 2

Paramécios

Protozooses

Doenças causadas por protozoários

Disenteria Amebiana ou Amebíase

Agente etiológico: Entamoeba histolytica (Classe Sarcodina), a popular ameba.

Contágio: ingestão de água ou alimentos contaminados por cistos de E. histolytica.

Os cistos são dotados de uma parede espessa e pode sobreviver por muito tempo fora do intestino do hospedeiro.

Eles duram em média 30 dias na água, 12 dias em fezes frescas, 24 horas em pães e bolos e 20 horas em laticínios.

Os cistos atravessam a parede gástrica e na cavidade intestinal sofrem desencistamento e liberam os trofozoítos.

Os trofozoítos se alimentam de sangue e continuar parasitando o intestino.

Alguns trofozoítos sofrem encistamento originando cistos que serão eliminados com as fezes.

Eventualmente, os trofozoítos podem, através da corrente sanguínea, atingir e causar lesões em outros órgãos, como pulmões, fígado e cérebro.

Ciclo da E. histolytica

Profilaxia

Saneamento básico (construção de fossas, tratamento e distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto, coleta e tratamento de lixo).

Lavar bem as mãos antes e após as refeições;

Lavar bem frutas e hortaliças e deixá-las de molho em uma solução de água com água sanitária (1 colher de sopa de água sanitária de boa qualidade para cada litro de água);

Ferver (por pelo menos 20 min) e filtrar águas de poço ou rios antes de bebê-las;

Evitar o contato direto e indireto com fezes humanas (use luvas!).

DOENÇA DE CHAGAS ou TRIPANOSSOMÍASE AMERICANA

AGENTE ETIOLÓGICO: Trypanosoma cruzi Chagas, 1909.

HOSPEDEIROS VERTEBRADOS: homem, gambás, morcegos, roedores, tatus, tamanduás, macacos,

HOSPEDEIROS INVERTEBRADOS: Triatoma infestans, Panstrogylus megistus, Rhodnius prolixus,... (popularmente chamados de barbeiros ou chupanças)

Triatoma infestans Panstrogilus megistus

Rhodinus prolixus

Morfologia do T. cruzi

AMASTIGOTA

Forma arredondada ou oval, com flagelo que não se exterioriza.

Realiza cissiparidade nas células dos hospedeiros vertebrados.

Antes do rompimento da célula hospedeira, transforma-se em tripomastigota metacíclico.

EPIMASTIGOTA

Forma alongada com

cinetoplasto justanuclear

e anterior ao núcleo;

possui pequena

membrana ondulante

lateralmente.

Encontrada no intestino

do barbeiro, onde sofre

cissiparidade e

transforma-se em

tripomastigota.

TRIPOMASTIGOTA

forma alongada com

cinetoplasto posterior ao

núcleo; o flagelo forma

uma extensa membrana

ondulante e torna-se livre

na porção anterior da

célula.

Infectante tanto para os

hospedeiros vertebrados

quanto invertebrados.

Ciclo de vida do T. cruzi

Mecanismos de transmissão

Transmissão pelo vetor (triatomíneo): a infecção ocorre pela penetração de T.cruzi eliminados nas fezes ou urina, durante o repasto sanguíneo.

Transfusão sanguínea.

Transmissão congênita: de mãe para filho através da placenta.

Transmissão oral: amamentação (fase aguda), alimentos contaminados com fezes ou urina de barbeiros.

Transplante.

Sintomas da fase aguda

Pode ser sintomática ou assintomática.

Manifestações locais: sinal de Romanã ou

chagoma de inoculação, que regridem em 1 ou

2 meses.

Febre, edema localizado, hepatomegalia,

esplenomegalia e, ás vezes insuficiência

cardíaca e perturbações neurológicas.

Miocardite aguda, que pode levar a morte.

Sintomas da fase crônica

Fase indeterminada ou latente: 10 a 30 anos

assintomático.

Cardiopatia chagásica crônica: insuficiência

cardíaca, arritmias, tromboembolia.

Megaesôfago e megacólon.

Perda ou diminuição de neurônios que pode

levar à isquemia.

Profilaxia

Melhoria das habitações rurais;

Combate ao barbeiro no interior dos domicílios e no peridomicílio;

Controle do doador de sangue e de órgãos;

Controle de transmissão congênita.

NÃO HÁ VACINA.

Tratamento

Continua parcialmente ineficaz.

Alguns medicamentos são utilizados para amenizar os

sintomas.

Malária, impaludismo, maleita ou febre intermitente

Doença causada por protozoários esporozoários.

A malária é uma doença que acomete o homem desde a pré-história.

Chegou as Américas em viagens transpacíficas em tempos remotos, bem como viagens de colonizadores espanhóis e portugueses a partir do século XVI.

Agentes etiológicos no Brasil:

Plasmodium vivax: acessos febris de 48 em 48 horas (febre terçã benigna – ocorre de 3 em 3 dias).

Plasmodium malariae: acessos febris de 72 em 72 horas (febre quartã benigna – ocorre de 4 em 4 dias).

Plasmodium falciparum: acessos febris irregulares, de 36 a 48 horas (febre terçã maligna, pois as hemácias paraitadas aglutinam-se e provocam a obstrução de vasos, podendo levar o indivíduo à morte).

Espécies transmissoras no Brasil

Anopheles aquasalis

Anopheles albitarsis

Anopheles darlingi

Ciclo de vida do Plasmodium

Modos de Transmissão

Natural: através da fêmea do Anopheles

contaminada.

Induzida: transfusão de sangue; uso

compartilhado de agulhas e/ou seringas

contaminados; malária adquirida no momento

do parto(congênita) e acidentes de trabalho em

pessoal de laboratório ou hospital.

Cerca de 40% da população mundial vive em áreas com risco de transmissão de malária, resultando em não menos que 300 milhões de pessoas infectadas no mundo a cada ano.

Mais de três mil crianças morrem de malária por dia na África, segundo um relatório da OMS e da Unicef divulgado no Dia Mundial da Malária.

PROFILAXIA

Tratamento dos doentes.

Medidas de controle populacional dos mosquitos.

Não há vacina eficiente.

TRATAMENTO

Medicamentos à base de quinino, que destrói os protozoários presentes no sangue, mas não afeta aos alojados no fígado.

Uso contínuo de quinino tem selecionado cepas resistentes ao medicamento.

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA (úlcera-

de-Bauru)

Agente etiológico:o

protozoário flagelado

Leishmania braziliensis

Transmissor: fêmea do

mosquito do gênero

Lutzomyia (Phebotomus),

conhecido popularmente

como mosquito-palha,

cangalhinha ou birigüi.

O mosquito é silvestre, podendo ser encontrados em tocas de animais.

Gostam de lugares com pouca luz, úmidos, sem vento e que tenham alimento por perto. Para seu desenvolvimento requerem temperaturas entre 20 e 30ºC, umidade superiores a 80% e matéria orgânica.

Picam a partir do por do Sol até de madrugada.

A doença originariamente estava restritra ao ambiente silvestre ou em pequenas localidades rurais.

Todavia, as transformações ocorridas no meio ambiente, como desmatamento, expansão das áreas urbanas e condições precárias de habitação e saneamento, estão causando uma incidência crescente desta enfermidade em centros urbanos de médio porte, em área domiciliar ou peri-domiciliar.

É um crescente problema de saúde pública no país e em outras áreas do continente americano, sendo uma endemia em franca expansão geográfica.

Reservatórios naturais: São mamíferos silvestres como roedores, gambás, raposas, tamanduá, bicho-preguiça e mamíferos domésticos como cães e gatos.

Ciclo evolutivo da úlcera-de-Bauru

Sintomas

Há o aparecimento de pequena lesão no local da picada do vetor, onde há multiplicação do protozoário.

Posteriormente há formação de um nódulo que dá origem a uma úlcera.

A lesão inicial pode ser única ou múltipla, dependendo do número de picadas infectantes.

Podem ocorrer lesões mucosas, na maioria das vezes secundária às lesões cutâneas, surgindo geralmente meses ou anos após a resolução das lesões de pele.

São mais frequentemente acometidas as cavidades nasais, seguidas da faringe, laringe e cavidade oral.

Leishmaniose Mucocutânea

Leishmaniose Visceral

Parasita, vetor e ferida típica da

leishmaniose tegumentar

Úlcera

Profilaxia

Proteção individual, quando freqüentar a mata (usar

roupas adequadas e repelentes);

Tratamento dos doentes;

Eliminação dos cães com feridas suspeitas;

Controle dos mosquitos nas habitações, através de

inseticida e tela nas casas.

Construção de casas a 100 m da orla da mata.

Controle da população canina errante.

Há vacina.

Toxoplasmose

Agente etiológico: o protozoário esporozoário Toxoplasma gondii.

Hospedeiro definitivo: gato.

Hospedeiros intermediários: mamíferos e aves.

Os gatos se tornam infectados após a ingestão de animais caçados, ou de carne crua contendo os trofozoítos.

Após a infecção, os gatos eliminam oocistos em suas fezes, durante uma ou duas semanas.

Os oocistos se tornam infectantes em dois ou três dias, e podem sobreviver no ambiente por diversos meses.

Mecanismos de transmissão:

Ingestão direta dos oocistos infectantes existentes no

solo (crianças com as mãos sujas de terra) ou através

de alimentos (saladas mal lavadas, moscas);

Ingestão de carne crua ou mal passada de animais

infectados (bois, carneiros e porcos);

De mãe para filho, por via transplacentária;

Transplante de órgãos.

Sintomas

Em pessoas com defesas imunes normais, até 90% de casos de toxoplasmose não causam qualquer sintoma, assim a infecção frequentemente não é reconhecida.

Nos relativamente poucos casos nos quais os sintomas se desenvolvem, os mais comuns são: inchaço indolor dos linfonodos, dores de cabeça, mal-estar, cansaço, febre baixa.

Bebê com hidrocefalia deorrente da

infecção da mãe por toxoplasmose

No entanto alguns pacientes podem apresentar febre, dores nos músculos e articulações, cansaço, dores de cabeça e alterações visuais, quando ocorre comprometimento da retina,dor de garganta, surgimento de pontos avermelhados difusos por todo o corpo ( como uma alergia, urticária) e aumento do fígado e do baço; menos comumente ocorre inflamação do músculo do coração.

A corioretinite pode provocar visão borrada e pontos cegos no campo visual que podem permanecer ou até levar à cegueira do olho comprometido se não adequadamente tratado.

Após uma fase aguda de infecção, a doença fica latente, como se estivesse “adormecida” assim permanecendo para sempre ou podendo reapresentar-se mais adiante espontaneamente ou como decorrência de uma queda do nível de imunidade.

Toxoplasmose congênita

A importância da doença durante a gestação é o risco elevado de comprometimento fetal.

Pode ocorrer: abortamento, crescimento intra-uterino retardado (o feto cresce menos que o normal), morte fetal (morte após 20 semanas de gestação), prematuridade (nascimento antes de 37 semanas);

malformações diversas: microftalmia (olhos pequenos), micro-encefalia (cabeça pequena), hidrocefalia, retardo mental, pneumonite, hepato-esplenomegalia (aumento com alteração da função do fígado e do baço), lesões de pele e calcificações dentro do cérebro.

Profilaxia

Atenção médico-veterinária a animais domésticos e de criação;

Remoção cuidadosa de fezes de gatos, com o uso de luvas e desinfecção de locais em que foram depositadas;

Não consumir carnes cruas ou malcozidas, (deve ser submetida a um tratamento térmico de no mínimo 60°C por 20 min, garantindo que o calor penetre igualmente por todo o alimento).

(Unicamp-SP) O processo de regeneração pode ocorrer tanto em organismos

uni como pluricelulares, conforme já demonstrado em vários experimentos. A

apresentação do resultado de um desses experimentos pode ser observado na

figura A, que mostra a regeneração de apenas um fragmento da alga unicelular

acetabulária. A figura B mostra a regeneração de todos os fragmentos de uma

planária (platelminto).

a) Por que no experimento com acetabulária não houve regeneração de todos os

segmentos?

b) Explique por que o processo de regeneração das planárias difere do ocorrido

na acetabulária.

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