produÇÃo didÁtico pedagÓgica · mesma, permite compreender que as atuais invenções na área...
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PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: Fotografia como formas de percepção do mundo e expressão artística.
Autor Ivani Batista de Oliveira
Escola de Atuação Col. Estadual Cruzeiro do Oeste- EFM
Município da escola Cruzeiro do Oeste- Paraná
Núcleo Regional de Educação Umuarama
Orientador Claudia Cirineo Ferreira Monteiro
Instituição de Ensino Superior UEM
Disciplina/Área (entrada no PDE)
Arte
Produção Didático-pedagógica Unidade Temática
Relação Interdisciplinar
(indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)
Uma imagem traz em si, conceitos que pode relacionar com diferentes áreas do conhecimento. O estudo de fotografia neste material didático estabelece interdisciplinaridade com as disciplinas de história, português e ciências.
Público Alvo
(indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...)
Alunos do Ensino Fundamental – 8ª série
Localização
(identificar nome e endereço da escola de implementação)
Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste– EFMP- Avenida Paraná, s/n Cruzeiro do Oeste- Paraná.
Apresentação: A fotografia conquistou um espaço enquanto arte, não é
(descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)
percebida no âmbito escolar pela maioria dos educando como tal fim. Fotografar com arte requer estudo e conhecimento dos elementos estéticos na composição da fotografia além de um exercício contínuo do ato de olhar o mundo ao redor. Por isso este projeto de intervenção pedagógica tem como objetivo geral estudar sobre a fotografia de maneira a promover o desenvolvimento da percepção do educando em relação ao seu mundo circundante e o reconhecimento da mesma como forma de expressão artística. O encaminhamento metodológico apresenta uma proposta de atividades teóricas e práticas sobre fotografia, de forma contextualizada que contempla os três conteúdos estruturantes de artes: elementos formais; composição; movimentos períodos; propostos pelas DCEs de arte.
Palavras-chave (3 a 5 palavras) Fotografia, arte, composição, percepção.
MATERIAL DIDÁTICO
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
TEMA: A ARTE DE FOTOGRAFAR
Autora: Ivani batista de Oliveira
Professora Orientadora: Claudia C. Ferreira Monteiro
MATERIAL DIDÁTICO apresentado pelo Programa
de Desenvolvimento Educacional – PDE –
Secretaria do Estado e Educação
CRUZEIRO DO OESTE
2011
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 - Riva Legli Schiavoni................................................................................06
Figura 02 - Desenho de um câmara escura .............................................................07
Figura 03 - Lês Jactard ............................................................................................08
Figura 04 - Como construir uma câmara escura.......................................................11
Figura 05 - Como construir uma câmara escura.......................................................12
Figura 06 - Câmara escura simplificada....................................................................13
Figura 07 - Câmara escura simplificada ...................................................................13
Figura 08 - Inversão de imagem ...............................................................................14
Figura 09 - Regra dos terços.....................................................................................21
Figura 10 - Centro de interesse.................................................................................22
Figura 11 - Regra dos terços.....................................................................................23
Figura 12 - Regra dos terços Contra luz...................................................................23
Figura 13 - Regra dos terços ...................................................................................24
Figura 14 - Linha do horizonte colocada abaixo da metade da foto........................25
Figura15 - Linha do horizonte colocada acima da metade da foto .......................25
Figura16 - Perspectiva linear...................................................................................26
Figura 17 - Justaposição .........................................................................................27
Figura 18 - Foco diferencial......................................................................................28
Figura 19 - Contra luz...............................................................................................29
Figura 20 - Cores, formas e contraste ...................................................................30
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO......................................................................................................04
2. UNIDADE I – A fotografia tem a sua história.............................................................05
.
3. UNIDADE II – Câmara escura – O mundo de ponta cabeça....................................10
.
4. UNIDADE III – Fotografia e sociedade......................................................................16
5. UNIDADE IV - Composições fotográficas..................................................................20
6. UNIDADE V – Fotografando......................................................................................31
7. UNIDADE VI – Fotografia é arte...............................................................................33
8. UNIDADE VII – Um novo olhar...................................................................................34
REFERÊNCIAS
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APRESENTAÇÃO :
Este material didático tem como objetivo direcionar ações docentes e discentes
para a implementação do projeto: A fotografia como forma de percepção do mundo e
expressão artística . O mesmo está distribuído em oito unidades e apresenta uma
metodologia com atividades teóricas e práticas sobre fotografia que levam a reflexões a
respeito do mundo das imagens sob um novo olhar fotográfico.
Fotografar não se limita a clicar um botão; é uma arte que pode ultrapassar a forma
automatizada de se obter imagens. Para tanto, são imprescindíveis conhecimentos mais
aprofundados do equipamento, das técnicas e regras de composições, além da
sensibilidade e contínuo exercício do olhar.
A fotografia é uma forma de composição artística, que pode ser trabalhada no
contexto escolar. Este material didático traz, por meio do seu encaminhamento
metodológico, os elementos estruturantes propostos pelas DCEs (2008) das artes visuais:
elementos formais (forma, luz, cor, perspectiva e outros); composição (regras, técnicas e
arte, formas de compor fotografia); movimento períodos (história da fotografia, fotografia
na sociedade). Busca através das atividades propostas, desenvolver a percepção e
aguçar os sentidos. Uma pessoa perceptiva se torna mais seletiva ao ser exposta a
influências externas, consegue perceber sobre o que é melhor para si e preserva sua
individualidade utilizando-se das tecnologias para ampliar sua capacidade de
discernimento sem se deixar mecanizar por elas.
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Conteúdo: História da fotografia
Objetivo: Compreender a evolução histórica da fotografia e do processo de captação da
imagem.
Justificativa: A história da fotografia proporciona um conhecimento histórico sobre a
mesma, permite compreender que as atuais invenções na área da fotografia, advêm de
um processo de evolução. As antigas máquinas fotográficas e o processo de captação de
imagem foram precursores no processo de transformação e do surgimento dos novos
equipamentos.
Metodologia : Leitura de textos, pesquisas, socialização de conhecimentos.
Recursos Materiais : Textos, internet, papel craft, canetas hidrocor.
Avaliação: Através da observação direta do professor em relação à participação dos
alunos e através da pesquisa sobre fotografia que deverá ser feita e apresentada pelos
mesmos.
Aula 1 – História da fotografia
A fotografia está tão presente na sociedade pós-moderna que para todos os lados
em que se olha, é possível se deparar com imagens fotográficas. Atualmente basta um
“clic” para se ter registrado um fragmento do tempo através de uma máquina fotográfica.
Mas o que é fotografia? Quando e onde surgiu a prim eira imagem fotográfica?
Tanto a máquina fotográfica, quanto o processo de captação de imagem, isto é a
fotografia, desde seu surgimento evoluíram e passaram por diversas transformações. A
data oficial do surgimento da fotografia é de 1826, quando Nicéphore Niépce (1787- 1851)
consegue pela primeira vez fixar imagem dentro de uma câmara escura. Porém se sabe
que Niépce não foi o único a trabalhar neste invento Na mesma época, em vários lugares
do mundo, inclusive no Brasil, outros pesquisadores vinham pesquisando e buscando
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fixar imagens dentro da câmara escura. Portando a origem da fotografia remonta séculos,
está nas antigas câmaras escuras, usadas para observar o eclipse solar, sem prejudicar a
visão.
Câmera escura??? O que é isso?!??
O princípio básico de uma câmara escura consiste numa caixa escura com um
orifício em um dos lados para entrada da luz. As antigas câmeras escuras eram enormes,
e de difícil transporte, poderia ter o tamanho de pequeno um quarto.
Na Renascença, Leonardo da Vinci e outros artistas usavam a câmara escura para
esboçar desenhos.
Observe a pintura abaixo de Riva degli Schiavoni de Antonio Canaletto(1697-1768)
Ele usava uma câmara escura para fazer desenhos.
Figura 1 - Riva Degli Schiavoni - Canaletto Antonio Fonte: Wikipédia
“Antônio Canaletto usava um dispositivo chamado câmara escura para fazer desenhos
de edifícios em perspectiva. Era uma caixa com um buraquinho de um lado, pelo qual a
luz entrava. A luz formava num pedaço de papel uma imagem da cena, que o artista
traçava. Ele usava esses desenhos para fazer suas pinturas” (NEWBERY, 2003).
Ilustração mais antiga que se tem de uma câmara escura é datada de 1544, como
mostra a figura 2.
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Figura 2 – Desenho de uma câmara escura. Coleção Gernsheim: Universidade do Texas Fonte: Fotografia, manual completo de arte e técnica. são paulo: abril cultural. 1978.
A câmera escura foi sendo aperfeiçoada e construída em tamanhos menores, com
lentes acopladas, espelho para refração da imagem e lentes que propiciavam uma
observação mais nítida das imagens do mundo circundante. Artistas as usavam para
observar e registrar, através de desenhos, pinturas de imagens da natureza. Dando sua
interpretação pessoal. Para os pesquisadores da época havia o grande desafio de captar
essas imagens tal como eram vistas através câmara escura. Muitas pesquisas a esse
respeito foram feitas. Porém, inúmeras observações e tentativas não obtiveram êxito.
Segundo Fotografia (1978), foi em 1826, que Joseph Nicéphore Niépce consegue
captar e fixar a primeira imagem permanente numa placa de metal recoberta por betume
branco da Judéia.
Na busca do aperfeiçoamento da heliografia, Niépce se alia a Louis Jacques
Mandé Daguerré (1787-1851), que também vinha fazendo pesquisa no processo de
captação e fixação da imagem. Os dois sócios, Niépce e Daguerre, fizeram vários
experimentos químicos na tentativa de diminuir o tempo de exposição e aperfeiçoar a
qualidade da imagem captada a partir câmara escura.
Segundo Turazzi (2004), as tentativas de fixar imagens na câmera escura atraíram
vários inventores que trabalharam arduamente para esta descoberta. Em agosto de
1839 Louis Jacques Mandé Daguerre (1787-1851), apresenta à Academia de Ciências
de Paris, uma imagem fixada em uma placa sensível a luz e requere a patente da
primeira máquina fotográfica , conhecida como daguerreótipo.
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“A técnica do daguerreótipo consistia de usar como material sensível a luz uma placa
revestida de prata e sensibilizada com o iodeto de prata, que depois de exposta era
revelada com vapor de mercúrio aquecido. E finalmente fixada com tiossulfato de sódio,
conhecido como o hipossulfito dos fotógrafos” (FRANÇA, 2000).
Figura 3 - “Les Jactard”, daguerréotype de DAGUERRE, vers 1845-1850. SAKALL, Sergio Fonte: Girafamania
Você sabia que:
A primeira imagem fotográfica, reconhecida como fotografia, levou oito horas de
exposição para a captação da imagem? Será que era possível tirar retratos de pessoas,
animais ou objetos em movimento? Pense a respeito!
. Através do Daguerreotipia não era possível reproduzir cópias de uma imagem
matriz, pois a imagem era vista em negativo ou positivo conforme o ponto de vista do
observador.
. William Henry Fox-Talbot, em 1841, patenteou um processo chamado de calotipia,
tornando possível a reprodução de várias cópias partindo de uma única matriz.
Outros processos de fixação da imagem foram pesquisados e desenvolvidos no
decorrer das décadas do século XIX. Segundo (Fotografia, 1978, p 13) foi no final do
século XIX, Eastman descobriu a emulsão de gelatina e brometo de prata e começou a
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trabalhar na criação de uma máquina fotográfica com filme em rolo, leve, acessível e
simples de manipular.
No século XX, novos equipamentos e processos fotográficos foram aperfeiçoados
através da indústria Kodak que buscava desenvolver máquinas cada vez mais
sofisticadas para atenderem os profissionais da área e máquinas de manuseio
simplificado para atender à população em geral.
Porém a maior revolução no que se refere à fotografia aconteceu na segunda
metade do século XX, com o surgimento da fotografia digital e comercialização de
máquinas digitais através da indústria Sony.
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Conteúdo : Câmara escura
Objetivo: Conhecer como se processa a imagem dentro de uma câmara e escura.
Justificativa: Através da câmara escura é possível visualizar mais concretamente, o processo de captação de imagem e a observação mais atentamente de imagens do cotidiano.
Metodologia : Confecção de uma câmara escura conforme orientações; observação da paisagem ao redor; pesquisas e questões para a reflexão e compreensão do processo da formação da imagem dentro da câmara escura.
Recursos Materiais: Textos de apoio, projetor de imagens, internet, cartolina americana, lápis, régua, cola, tesoura, papel vegetal e fita crepe.
Avaliação: Através da observação direta do professor em relação à participação dos alunos e a confecção da câmera escura e das conclusões a respeito das imagens vistas a partir da câmera escura.
Observe a ilustração abaixo de uma antiga câmera escura:
Aula 2 – Câmara escura: o mundo de ponta cabeça
Na unidade I vimos que câmara escura no decorrer dos séculos, foram sendo
aperfeiçoadas e usadas por artistas na observação da natureza e no esboço de
desenhos.
- Você sabia que para compreender como se processa uma imagem dentro de uma
câmara escura, é possível construí-la de forma simplificada?
- Que tal construirmos uma?
Você vai precisar de duas cartolinas americanas preta, 15 cm de papel vegetal, régua,
lápis, cola e tesoura papéis coloridos e seguir as orientações abaixo.
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ATIVIDADE 1 – Construir uma câmara escura.
Para se construir uma câmera escura de forma simplificada, são necessárias duas
caixas. Pegue uma cartolina para fazer a caixa externa. Siga as orientações indicadas
abaixo:
Figura 4 – Como construir uma câmara escura
Para fazer a caixa interna, use o verso da cartolina preta e o papel vegetal,
conforme as indicações na figura abaixo:
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Figura 5 – Como construir uma câmara escura.
Agora que já construiu a câmara escura, personalize-a, decorando-a com papéis
coloridos.
Na figura 7 há duas câmaras escuras: uma retangular e outra circular. A câmara
escura construída ficará parecida com a câmara escura retangular da imagem abaixo.
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Figura 6 – Câmara escura simplificada
Agora, basta encaixar a caixa mais clara com o papel vegetal dentro da caixa
escura.
Figura 7 – Câmara escura simplificada
A câmara escura está pronta! É só sair por aí e ver o mundo de ponta cabeça.
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Procure deslizar a caixa interna, aproximando-a e a distanciando do pequeno
orifício (de entrada de luz) contido na caixa externa.
Atividade 2 – Observação das imagens na câmara escura.
E então?
- Como você vê a imagem?
- Quando você aproxima ou distancia a caixa interna do orifício de entrada de luz da
caixa externa, o que acontece?
- A imagem visualizada é colorida?
As imagens dos objetos ou da paisagem observada são formadas, invertidas
dentro da câmara escura. Em Ciências ao estudar o olho humano, estuda-se também a
trajetória da luz, que se propaga em linha reta.
A passagem de luz para dentro da câmara escura, acontece através do pequeno
orifício.
Observe a figura abaixo que demonstra como acontece a trajetória da luz dentro
de uma câmara escura, produzindo a inversão da imagem.
Figura 8 – Iversão da imagem
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Atividade 3 – Pesquisa na internet de imagens do olho humano.
Você sabia que o processo de captação da imagem no olho humano é parecido
com uma câmara escura?
Pesquise imagens do olho humano na web e faça uma comparação com a câmara
escura e depois comente sobre as suas conclusões com seus colegas e professores.
Na câmara escura a trajetória da luz vai até onde é projetada a imagem, enquanto
no olho humano a luz continua sua trajetória até o nervo óptico que envia informações ao
cerébro que decodifica a imagem.
Para saber mais sobre a câmara escura você visite o s sites:
<http://www.all-art.org/history658_photography4-3.html>
<www.feiradeciencias.com.br/sala09/09_27.asp>
<www.youtube.com/watch?v=fVi8NhD8BAE>
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Conteúdo: Fotografia na sociedade moderna
Objetivo : Refletir sobre a fotografia na sociedade moderna e alguma das suas
funções sociais.
Justificativa: Ler estudar e refletir sobre fotografia e sociedade, permitirá ao educando olhar para fotografia sob um novo ângulo indo muito além da forma automatizada em que está acostumado. A fotografia exerceu e ainda exerce diferentes funções sociais, sendo importante conhecer as mesmas para compreender os diferentes papéis da fotografia na sociedade
Metodologia : Leitura e reflexão de textos; questões para reflexão e discussão; pesquisa na internet, criação de painéis, socialização de conhecimentos; análise e visualização de imagens.
Recursos Materiais: Textos de apoio; projetor de imagens, papel craft, internet, revistas e jornais.
Avaliação: Através da observação direta do professor em relação à participação dos alunos e através da pesquisa sobre funções sociais sobre a fotografia que deverá ser feita e apresentada pelos mesmos.
Aula 3 – Fotografia e sociedade
No mundo atual povoado de imagens televisivas, cinematográficas, fotográficas,
muitas pessoas se conformam em ser apenas espectadores passivos, se limitando a
contemplar de forma não reflexiva as imagens projetadas pelos meios de comunicação.
Você conhece o mito da caverna de Platão?
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“A alegoria da caverna dramatiza a ascese do conhecimento. Descreve um prisioneiro que
contempla, no fundo de uma caverna, os reflexos simulacros que – sem que ele possa ver –
são transportados á frente de um fogo artificial. Como sempre viu essas projeções de
artefatos, torna-se por realidade e permanece iludido. A situação desmonta-se e inverte-se
desde que o prisioneiro se liberta e reconhece o engano em que permanecera, descobre a
“encenação” que até então o enganara e, depois de galgar a rampa que conduz a saída da
caverna, pode lá fora começar a contemplar a verdadeira realidade. Aos poucos, ele, que
fora habituado á sombra, vai podendo olhar o mundo real: primeiro através de reflexos –
como o do céu estrelado, refletido na superfície das águas tranqüilas – até finalmente ter
condições para olhar diretamente o sol, fonte de toda luz e de toda realidade” (OS
PENSADORES, 1996, p.25-26)
No mito da Caverna de Platão, o sol é fonte de toda luz, representa a realidade, o
conhecimento, a verdade. Já a sombra é apenas a projeção da realidade, uma ilusão.
“A humanidade permanece, de forma impenitente, na caverna de Platão, ainda se
regozijando, segundo seu costume ancestral, com meras imagens da verdade”. (SONTAG
2004, p.13).
As imagens televisivas e cinematográficas, são processadas numa velocidade
muito rápida. A sensação de movimento criada pela superposição de imagens dificulta
que as pessoas visualizem e reflitam de forma consciente a respeito do que vêem.
Conforme Kubrusly (1998) o que é visto na televisão e no cinema é um fluxo
contínuo de imagens que envolvem as pessoas, como “personagem/espectador”,
diferente da imagem fotográfica, que é estática e permite uma maior percepção da
imagem e a sensação de poder reter um fragmento do tempo em um pedaço de papel,
para ser visto outras vezes. Mas nem sempre a imagem obtida por uma câmera
fotográfica é a realidade fiel de um determinado tempo, de um espaço de um objeto ou de
uma pessoa. Pode ser uma realidade manipulada ou registrada a partir do ponto de vista
do fotógrafo. A imagem fotográfica se difere da imagem televisiva, pela sua forma estática
que permite um tempo maior de apreciação e reflexão sobre a imagem.
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Questões para pensar, refletir e discutir com seus colegas e professor .
Atividade 1: Questões para serem refletidas .
Formem pequenos grupos para discutir e responder as questões abaixo e depois
socializem as respostas com todos.
a) se estabelecermos um paralelo entre a alegoria da caverna com o mundo das
imagens em que vivemos, encontraríamos semelhanças? de que forma?
b)você costuma passar muito mais tempo em frente a televisão ou em frente do
computador acessando a internet ou jogando, do que na frente ou no jardim da sua
casa?
c) Você costuma refletir sobre as imagens que você vê na televisão, no
computador, nas revistas, jornais, outdoor?
d) Há lugares na sua cidade ou região que você nunca viu ou só viu através de
DVD ou fotos e gostaria de ver pessoalmente?
e) Qual a diferença entre uma imagem na televisão e a fotografia?
f) Diante de uma fotografia você costuma olhar atentamente, refletindo sobre todas
as informações que ela traz?
g) Ao tirar uma foto, você costuma observar, estudar atentamente a cena que quer
fotografar?
h) Você acredita que através do ato de fotografar é possível fazer com que as
pessoas olhem mais atentamente o mundo ao seu redor?
i) Você acredita que a fotografia é uma imagem incontestável de uma realidade?
Por quê?
Atividade 2 – trabalho em grupo .
Vamos conhecer mais sobre outras funções da fotogra fia:
a) Pesquise sobre as diferentes funções sociais da fotografia: foto documentário,
publicidade e propaganda, moda.
b) Pesquise em jornais e revistas ou na internet, imagens sobre o tema e monte
um painel. Explique sobre o mesmo para os seus colegas.
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Sugestões de livro e sites:
A FOTOGRAFIA PROFISSIONAL. Rio de Janeiro: Rio Gráfica. 1981
<http://www.literario.com.br/abutre.htm>
<http://olhares.uol.com.br/>
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Conteúdos: Formas de composição fotográficas
Objetivo : Conhecer algumas das técnicas de composições fotográficas.
Justificativa: Estudar técnicas em composições fotográficas é fundamental para
compreender os elementos técnicos e de composições na arte de fotografar. Retoma
alguns conceitos estudados na pintura sobre composição em perspectiva, proporção, luz,
Cores, presentes também na fotografia.
Metodologia : Leitura de textos; visualização e análise dos elementos de
composição na fotografia.
Recursos Materiais: Texto de apoio, projetor.
Avaliação: Através da observação direta do professor em relação à participação
dos alunos durante a apresentação das regras de composições fotográficas feita pelo
professor ou algum profissional convidado.
Aula 4 – Regras de composições fotográficas
Uma obra de arte é composta a partir dos conhecimentos técnicos e de elementos
que estruturam a sua linguagem artística. Na pintura, por exemplo, além do artista
dominar a técnica e manuseio dos instrumentos que irá empregar para compor a sua
obra, ele precisa ter noções básicas sobre luz, cor, linha, forma, textura, perspectiva,
entre outras. Essas noções básicas na composição da pintura, também são importantes
na fotografia, além de outras, como: domínio de conhecimentos básicos sobre o
equipamento a ser utilizado; conhecimento das regras de composições fotográficas;
muita sensibilidade e percepção do fotógrafo.
Então! Vamos conhecer algumas das regras básicas, e mpregadas nas
composições fotográficas.
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Regra dos terços
Para compreender melhor a regra dos terços, observe o retângulo abaixo, dividido
por duas linhas na horizontal e duas linhas na vertical. Ignorando as linhas na vertical ele
fica dividido em três partes iguais, isto é, três terços. O mesmo acontece se ignorarmos
as linhas das horizontais. Observe que as linhas horizontais e verticais se encontram
formando quatro pontos de intersecções.
Figura 9 – Regra dos terços
Os pontos de interseção demonstrado na figura 11, são chamados de pontos de
ouro, pontos da regra dos terços ou ponto de interesse e são muitos usados numa boa
composição fotográfica.
Vamos entender o por quê?
Para tirar uma fotografia antes de disparar o obturador é importante observar bem
a cena que se quer fotografar e determinar o centro de interesse, a área que chama mais
atenção.
“O fotógrafo deve procurar compor de forma semelhante ao olhar humano que direciona
a sua atenção, para um determinado ponto de interesse, ignorando os detalhes menos
importantes ao redor” (HEDGECOE, 1980).
Estando definido o centro de interesse, este deve ser descentralizado para um dos
quatro pontos de ouro ou pontos da regra dos terços. Descentralizar o centro de
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interesse para um dos pontos de ouro é um fator importante, entre outros, para uma
pintura mais agradável da imagem. Produz uma sensação de ordem, que leva o
observador olhar a figura que está no primeiro plano, percorrendo o olhar por toda a
imagem.
”A composição nada mais é do que a arte de dispor o s elementos do tema, formas,
linhas, tons e cores – de maneira organizada e agra dável. Na maioria dos casos, não
só sentimos mais prazer em olhar uma fotografia org anizada, mas também, uma
maior facilidade em entendê-la”. (BUSSELE, 1979, p. 16)
Observe na imagem abaixo que o centro de interesse está colocado em um dos
ponto de ouro das regras dos terços:
Figura .10 – centro de interesse
Portando não esqueça, antes de bater uma foto, imagine as duas linhas na
horizontal e na vertical, escolha um dos pontos ouro para colocar o seu centro de
interesse ou então verifique se sua máquina a tem este recurso. Observe as imagens abaixo, e aponte em qual ou próximo de qual ponto de ouro,
estão o centro de interesse das mesmas:
23
Figura 11 – Regra dos terços
Figura 12 – Regra dos terços
Nas paisagens aéreas também pode ser usada regra dos terços, focalizando a
imagem dentro de um o centro de interesse: céu ou terra.
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Para conseguir uma imagem equilibrada, quando o céu é nosso centro de
interesse, o ideal é imaginar o visor dividido pelas regras dos terços e usar as linhas
horizontais, enquadrando a cena, deixando aproximadamente dois terços para o céu e
um terço para a terra ou, vise versa, se o centro de interesse for a terra.
Figura 13 – Regra dos terços na paisagem
Já numa paisagem em que conseguimos ver bem definida a linha do horizonte
(linha imaginária na altura dos olhos que nos dá a sensação de encontro entre céu e
terra), o ideal é que seja focalizada próxima a um ou dois terços e nunca exatamente no
meio.
A linha do horizonte, quando colocada acima ou abaixo da metade da foto, deve
ser mantida reta, para não causar a sensação de que a imagem esteja escorregando.
(HEDGECOE 1980).
A divisão da imagem em duas áreas pela linha do horizonte controla o equilíbrio e o
clima da imagem e determina o principal ponto de interesse; a terra ou o céu. Quando a
linha do horizonte divide a imagem exatamente ao meio – sem que haja intenção do
emprego da simetria - proporciona uma sensação de desequilíbrio. (BUSSELE 1979).
Observe nas imagens das figuras 16 e 17 a sensação de equilíbrio produzido pelas
linhas do horizonte colocadas abaixo e acima da metade da foto.
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Figura 14 – Linha do horizonte abaixo da metade da foto – Autor: Sullivan Jon (Sunset)
Fonte: public-domain-photos [20--]
Figura 15 – Linha do horizonte acima da metade da foto – Autor: Sullivan Jon (Point-loma) Fonte:public-domain-photos [20--]
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PERSPECTIVA E PROFUNDIDADE
A perspectiva pode ser outro elemento importante para se obter fotografias
interessantes.
“A perspectiva é o modo matemático de mostrar distância e escala. Na Europa, os
pintores usaram a perspectiva desde a Idade Média para fazer as pinturas parecerem
mais realista” (NEWBERRY, 2003).
A representação de uma imagem em perspectiva produz a sensação de
profundidade e tridimensionalidade numa imagem plana, que pode ser conseguida de
várias formas: através do ponto de fuga, quando as linhas convergem para um ponto
direcionando o olhar do observador para um mesmo ponto; através efeito de espaço,
volume e distância; através de formas sobrepostas, proporções diferentes entre os
objetos retratados ou ainda através de luz, sombra e cor.
As cores mais intensas proporcionam a sensação de proximidade enquanto as
mais suaves e difusas proporcionam a sensação de distância.
Os efeitos de profundidade empregados numa imagem podem ser observados
através das diferentes formas de perspectivas.
Na figura abaixo, a profundidade é demonstrada através da perspectiva linear:
Figura 16 – Perspectiva linear - Autor: Neo Paolo (Road-90). Disponível em: public-domain-photos [20]
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Justaposição ou sobreposição das formas:
Através da justaposição ou sobreposição dos objetos é possível obter efeito de
profundidade numa fotografia. Para Busselle (1979) é possível compreender melhor a
arte de fotografar ao exercitar e experimentar fotografar, através de vários ângulos,
objetos de diversos tamanhos e formas justapostos em diferentes posições.
Observe na figura o efeito de profundidade a partir do emprego da técnica acima
mencionada.
Figura 17 - Justaposição – Autor Sullivan Jon (Pint-of-beer) Fonte: public-domain-photos [20--]
Foco diferencial
No foco diferencial, os objetos focados e os desfocados devem estar a distâncias
diferentes da câmera (Hedgecoe, 1996). Na imagem abaixo, o foco se concentra na figura
da flor e da borboleta que estão no primeiro plano, onde as cores são mais intensas. As
figuras no fundo estão desfocadas e as cores são mais suaves.
28
Figura 18 - Foco diferencial - Autor Sullivan Jon (butterfly-flower-2-4) Fonte: public-domain-photos [20--]
LUZ E CONTRA LUZ
A iluminação, é um fator importante na produção de uma boa fotografia, seja ela
artificial ou natural. A luz natural se modifica ao longo do dia, podendo proporcionar
diferentes composições de uma mesma paisagem. O fotógrafo deve perceber a
quantidade de luz incidindo sobre o objeto e manipular a sua máquina para aumentar
ou diminuir o efeito da intensidade da mesma. Formas de composições podem ser
conseguidas a partir da iluminação. A luz também interfere na cor. A luz da manhã possui
mais suavidade nas imagens, já a luz do meio do dia acentua o contraste enquanto a luz
no final da tarde produz na imagem aspecto ardente e dourado. (COMO FOTOGRAFAR
VIAGENS, 1988 e HEDGECOE, 1996).
É possível obter composições maravilhosas através do contra luz natural ou
artificial. As formas expostas contra a luz permitem uma composição, onde não se
conseguem visualizar a cor, a textura do objeto, apenas as formas planas da cena.
29
Observe na imagem da figura 21 como as formas ficaram valorizadas através do
contra luz.
Figura 19 – Contra Luz – Autor – Autor Sullivan Jon – Sunset3 Disponível em; public-domain-photos
Antes de disparar o obturador da máquina, é fundamental observar os elementos
da cena em que se quer fotografar, saber qual a intenção naquela imagem. É necessário
treino para se ter olhar objetivo. A câmera só permite a visão de um determinado ângulo
da realidade, enquanto a visão é mais ampla e sofre influências de fatores externos que
levam o fotógrafo a fazer uma interpretação da realidade e enquadrá-la a partir do visor
da câmara fotográfica. As formas, as cores, o contraste pode ser valorizados de várias
maneiras. (COMO FOTOGRAFAR VIAGENS, 1988).
30
Figura 20 - Cores, formas e contraste . Autor:Jon Sullivan (Lime and kiwi) Disponível em; public-domain-photos
Para compor uma boa imagem fotográfica são necessários vários elementos, entre
eles conhecimento das regras compositivas da fotografia. No entanto uma boa imagem
fotográfica não é somente a que segue as regras compositivas da fotografia. Um
fotógrafo pode, de forma intencional, ousar e fugir das regras para criar sua obra. O olhar
é fundamental no processo compositivo da imagem fotográfica. Um bom observador tem
a possibilidade de compor de forma original uma imagem anteriormente fotografada. A
maneira como o fotógrafo utiliza o seu conhecimento na arte de fotografar, a sua
sensibilidade e habilidade em fotografar é que vai destacar suas obras em meio a tantas
as outras.
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Conteúdo: Prática em fotografia
Objetivo: Produzir fotografias empregando algumas das regras e composições
estudadas.
Justificativa: o trabalho com fotografia tem o intuito de formar novos conceitos no
educando sobre a fotografia, sendo fundamental o exercício e a experimentação para
compreender melhor as regras de composições da fotografia e o olhar fotográfico.
Metodologia : Pesquisa sobre recursos das câmaras digitais; conhecer e manipular
o equipamento fotográfico; pesquisa de campo (prática em fotografar).
Materiais : Máquina digital; celular com câmara.
Observação : Os alunos que não possuírem câmara digital ou celular com câmara
poderão fazer o seu trabalho junto com outros colegas.
Avaliação: Através da observação direta do professor em relação à participação
dos alunos ao realizar suas pesquisas de campo, com concentração e seriedade,
tentando empregar as regras compositivas estudadas.
Aula 5 – Exercício de fotografia
É fundamental o estudo teórico sobre composição fotográfica para aqueles que
querem entender melhor uma fotografia. Mas para os que querem exercer o ato de
fotografar é fundamental o exercício prático. Obedecer às regras de composição não é
uma tarefa fácil. É imprescindível a observância de alguns aspectos importantes, como
conhecer o equipamento.
Atividade 1 - Pesquisa
Pesquisa no Laboratório de Informática.
- Alguns recursos ou símbolos são comuns na maioria das máquinas digitas.
- Pegue a sua máquina digital ou o seu celular com câmara e leve até o laboratório de
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Informática.
- Pesquise os recursos disponíveis nas máquinas fotográficas digitais, nos sites abaixo
relacionados:
<http://www.kodak.com/BR/pt/consumer/fotografia_digital_classica/para_uma_boa_foto/
curso_fotografia comuns_cameras/recursos_ mais_comunscameras.shtml?primeiro=1>.
<http://pcworld.uol.com.br/dicas/2007/03/02/idgnoticia.2007-03-02.2920670692/>
Atividade 2 - Atividade de Campo:
- Use sua câmara digital faça algumas fotos.
- Não esqueça que para uma boa fotografia não basta técnica e equipamento, mas
também a observação atenta da cena a ser fotografada.
Atividade 3: Análise das imagens:
- Salve suas fotos no computador e observe atentamente quais ficaram de acordo com
as regras de composições fotográficas estudadas.
- Escolha cinco fotos para ser analisada junto com seus colegas e professor.
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Conteúdo : Foto arte
Objetivos: Reconhecer a fotografia como uma forma de arte.
Justificativa: A fotografia ainda não é vista como arte. As pessoas vêem uma
imagem fotográfica bem composta se sensibiliza com ela, mas ignora o papel do fotógrafo
no processo de composição, acreditando que a mesma é resultado de um bom
equipamento.
Metodologia: Leitura de textos de apoio; apreciação de imagens; pesquisas na
internet; trabalhos em grupos.
Materiais: texto de apoio, projetor de imagens, pesquisa na internet.
Avaliação: Através da observação direta do professor em relação à participação
dos alunos durante a aula; através da apresentação das pesquisas sobre os fotógrafos
indicados (Sebastião Salgado, Steve Mccurry, Haruo Ohara, Dewiit Jones), apontando
em suas obras os aspectos compositivos na arte de fotografar.
Aula 6 – A arte na fotografia
A fotografia conquistou um papel importante dentro da história da arte. Porém
desde o seu surgimento suscitou discussões sobre seu enquadramento ou não como arte.
Artistas desta época se sentiam ameaçados pela possibilidade de a fotografia substituir a
pintura, visto que a fotografia possibilitava retratar a realidade com maior fidelidade do
que a pintura, em tempo mais curto e com menos trabalho.
“Naquela época ocorreram acirradas polêmicas, que tentavam esclarecer se com a foto
fazia um mero registro técnico da realidade ou se era possível expressar, através dela,
uma sensação artística” (A FOTOGRAFIA PROFISSIONAL, 1981, p.21)
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À medida que a fotografia foi ganhando espaço e suas regras sendo
estabelecidas, as polêmicas foram sendo superadas.
“Para um fotografo, o visor representa o mesmo que uma tela vazia para um pintor. Apesar
de todos os elementos nele enquadrados dependerem exclusivamente da vontade do
fotógrafo, este, em comparação com o pintor, dispõe de um controle muito menor sobre
esses mesmos elementos. Na maioria dos casos, é obrigado a encontrar as suas cenas e
não a criá-las – assim podem registrar apenas aquilo que vê. O pintor por outro lado, tem a
possibilidade de efetuar ajustes e alterações concretas nas relações existentes entre os
componentes de seu quadro. Portando a essência da boa fotografia, consiste naquilo que é
visto pelo fotógrafo e sua capacidade para registrá-lo. (BUSSELE, 1979, p.11)
A arte de fotografar requer o conhecimento do equipamento, da técnica e das
regras da composição fotográfica, do conhecimento estético em arte, e da sensibilidade
e ousadia do fotógrafo.
Assim como na pintura, na escultura e em outras formas de arte, o conceito de belo
na fotografia não está relacionado ao que é considerado bonito por determinada cultura
ou grupo social, mas com a forma de composição que o fotógrafo utiliza para registrar a
imagem, associado à maneira como ele percebe esta imagem. Sendo assim, o que
distingue a fotografia, enquanto obra de arte, das fotografias tiradas mecanicamente por
milhões de pessoas, é o conhecimento, a técnica e a percepção do fotógrafo ao compô-
la. A fotografia, além de se firmar como arte e estar presente de diversas maneiras no
cotidiano das pessoas têm um papel importante dentro da História da Arte ao registrar
manifestações culturais artísticas de povos de diferentes épocas e lugares,
proporcionando conhecimentos através das imagens. No entanto, a maioria das pessoas
desconhece e a vêem como arte. (Eu quem quem escrevi , não é citação)
Atividade 1 - Trabalho em grupo
- Formem grupos e scolham um dos fotografos abaixo relacionado e façam uma
pesquisa sobre as obras e biografia do mesmo.
Sebastião Salgado, Steve Mccurry, Haruo Ohara, Dewi it Jones
- Selecionem junto com seu grupo, cinco imagens fotográficas produzidas pelo
fotógrafo pesquisado para serem apresentadas com a pesquisa bibiográfica. (os grupos
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poderão usar a TV pendrive ou projetor de imagens
Con teúdo: Composição fotográfica
Objetivo: Desenvolver a percepção através do exercício de fotografar com arte.
Justificativa: A percepção amplia a visão de mundo, podendo aguçar os sentidos
e estimular a curiosidade. Esta última unidade é relevante para o aluno refletir sobre a
importância do cuidado, da paciência, da sensibilidade ao olhar e perceber a cena antes
de fotografá-la.
Metodologia: Leitura de textos de apoio; Apreciação de vídeo; exercício prático de
fotografia. Montagem de exposição.
Materiais: Texto de apoio; projetor; vídeo; computador; máquina fotográfica;
celular com câmara; papel fotográfico.
Avaliação: Através da observação direta do professor em relação à participação
dos alunos ao realizar suas pesquisas de campo, com concentração e seriedade,
tentando fotografar com arte; serão avaliados, conjuntamente as composições realizadas
pelos mesmos; as opiniões com argumento sobre as escolhas das fotografias para
exposição.
Aula 7 - Exercícios de fotografia
De acordo com Bussele (1979) a arte de fotografar é essencial para a aquisição
de conhecimentos básicos nesta área, além de domínio prévio do manuseio do
equipamento a ser utilizado. A máquina fotográfica é somente um objeto. O registro e a
manipulação da imagem dependem do conhecimento e da ação do fotógrafo. Antes de
disparar o obturador, o fotografo sofre as influências dos fatores físicos e psíquicos do
ambiente, que determinam a sua interpretação da imagem ao registrá-la. A observação
da cena, um olhar mais profundo para a realidade circundante ou para o objeto antes de
fotografá-lo deve ser um exercício contínuo para quem quer dominar a técnica e a arte de
tirar fotos interessantes.
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Alguém que se propõe a fotografar deve estar atento a todas as possibilidades que
a tecnologia, o meio ambiente, a natureza e o tempo lhes oferecem, para compor
fotografias com arte. Animais, pessoas, flores, jardins, arquitetura, paisagens, além de
temas sociais e sentimentos humanos, podem ser temas explorados para quem queira
produzir fotografias com arte.
Atividade 1 - Apreciação de vídeo
- Assistam ao vídeo de Dewiit Jones - Everyday Creativity (A Criatividade de Todos
Nós). No filme Dewiit fala sobre paciência, o medo de errar, a persistência, o
enquadramento e a criatividade para se obter imagens fotográficas que fazem
diferença.
O filme está disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=Seghv-nrDDU>
Atividade 2 - Exercitando o olhar:
- Defina um tema: animais, flores, jardins, árvores, arquitetura, outros.
- Pegue a sua câmara fotográfica digital e exercite olhar e os conhecimentos técnicos
sobre composição fotográfica.
Não se esqueça das dicas vistas no filme. Tenha paciência! Use a criatividade! Não
tenha medo de errar!
Atividade 3 - Análise das imagens: - Salve suas fotos no computador.
- Escolha cinco fotos para ser analisada junto com seus colegas e professor para se
impressas para uma posterior exposição.
Atividade 4 – Exposição
- Organize junto com seus colegas e professor uma exposição no pátio da escola.
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REFERÊNCIAS:
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ANDRÉ, Richard. Gonçalves. Ícaro, 2010.
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