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Pedagogia do Desporto
António Rosado
Âmbito da Pedagogia do Desporto • A Pedagogia reflecte sobre
as questões:
• 1. O que é uma boa Educação?
• 2. Como consegui-la?
• A Pedagogia do Desporto
reflecte:
• 1. O que é uma boa Educação
Desportiva?
• 2. Como consegui-la?
Pedagogia do Desporto • A prática desportiva
assenta na crença de que é propícia para o desenvolvimento de competências e atitudes com considerável valor
• na vida adulta;
• na construção do carácter;
• no desenvolvimento psicosocial dos praticantes.
Para que serve o Desporto?
Desporto e desenvolvimento humano
e mais com a filosofia das organizações desportivas e dos seus agentes,
• a qualidade dos processos de orientação do treino,
• a natureza do envolvimento parental
• as experiências e recursos individuais dos participantes (Smith & Smoll, 2002).
Os seus efeitos sobre o desenvolvimento humano tem
menos a ver com a prática em si mesma...
a primeira tarefa de um treinador
Esclarecer a sua missão
A que valores consagra a sua vida
o que de si espera a sociedade,
o que fazer para a melhoria dos praticantes
o que fazer em prol da sua modalidade.
A missão e a congruência dos níveis lógicos 1. Espirituais (concepção de
mundo e de vida, de transcendência).
• 2. De missão e identidade (quem somos, o que fazer da nossa vida?)
• 3. Valores e Crenças (para quê?)
• 4. Capacidades ou competências (como é que faço?)
• 5.Comportamentos (o quê?)
• 6. Meio/contexto (onde? Com quem? Quando?)
Desporto
Abrangente e plural em referência a diferentes níveis e contextos de prática
visar a excelência
da performance e o
rendimento competitivo
proporcionar a todos
uma experiência
positiva
comprovação
COMPETÊNCIA
competição RENDIMENTO
superação
Tensão
SENTIDOS DO DESPORTO
KURZ, 1988
A sua importância ...estendendo-se...
aos domínios
afectivo
ético
social
Formação pessoal e social
1 Concorre para a busca da
excelência.
2 É um valor democrático.
Está ao alcance de
todos.
3 É fonte de realização.
•Dá sentido à vida.
•Permite ser autor da
nossa história de vida.
•É fonte de prazer.
A missão
Humanizar o Humano
Fazer bem
Democratizar a prática
Desporto em todas
as suas formas para toda a gente
Ao serviço do Desenvolvimento
Humano
Desenvolver princípios, linhas de actuação e
estratégias que fomentem seja o Desporto que está aos serviço dos atletas e não estes ao serviço do Desporto O desporto é um meio e não um fim
E NÃO DE ALERGIA
Promover experiências autênticas, comprometidas e contextualmente ricas
FONTE DE ALEGRIA ....
DESPORTO
Concepção de Desporto
FCDEF-UP
A relação que o treinador estabelece com os praticantes, expressa em actos e palavras interfere nas performances alcançadas
Optimizar a relação treinador-atleta
Relação treinador-atleta
“Mola” impulsionadora da forma como os praticantes
encaram a prática desportiva e a vivenciam
Se a vitória é objectivo prioritário... Se Ganhar é Tudo e só o que importa... Sentimentos
de ansiedade e
de insegurança
1º Desafio
Reformulação do conceito de sucesso no âmbito do treino de crianças e jovens
Banir a exclusão
Promover a harmonia entre inclusão e
competição
DESPORTO DE CRIANÇAS E JOVENS
Competências instrucionais
Capacidade de gerar aprendizagem e
promover desenvolvimento dos atletas
• Conhecimentos
• Capacidades
• Habilidades
• Disposições
formação
pessoal
saúde
aptidão física
proficiência
motora
cultura
motora
prazer
fruição
Treinador
Atletas
Treino competição
No processo de instrução
os treinadores
(1) avaliam as necessidades, os interesses e as respostas dos atletas no treino e na competição;
(2) concebem, seleccionam e adaptam exercícios para concretizar os objectivos de treino, optimizando os recursos disponíveis
(3) apresentam as tarefas, dão explicações, comunicam expectativas e exigências sobre o que deve ser feito e como deve ser feito no treino e na competição;
(4) supervisionam, orientam, regulam e apoiam a actividade dos atletas, o confronto dos atletas com as tarefas do treino e da competição.
Treinador
Atletas
Treino competição
No processo de instrução
Os atletas
(1) não são elementos passivos no direccionamento ou no desenvolvimento das actividades do treino e da competição;
(2) trazem consigo conhecimentos, capacidades e disposições, expectativas e motivações que condicionam o que se pode passar e o que efectivamente se passa no treino e na competição;
(3) interpretam e respondem às intervenções e solicitações dos treinadores, às exigências das tarefas de um modo concreto que vai condicionar a acção dos treinadores e a qualidade do treino;
(4) São co-autores do treino, que é uma construção conjunta de treinadores e atletas.
Papéis de Instrução Treinador
Atletas
Treino competição
Instrução directa
Centrada
no treinador
na transmissão
Exercitação
Reproduzir
Modelo correcto
predefinido
Descoberta Guiada
Centrada
no atleta
no processo
Exercitação
Descobrir soluções
convergentes
com a ajuda do treinador
Comunidade de aprendizes
Centrado
Na aprendizagem cooperativa
apoiada pelo treinador
Exercitação
Descobrir soluções para
problemas reais
da situação competitiva
Transmissor Tutor Coach
estimula busca de
soluções produtivas
em problemas reais
estimula outras
fontes de
ensino
cria um clima
de trabalho
responsabilizante
fomenta
trabalho cooperativo
pequenos grupos
trabalho de pares
Melhorar a
capacidade
instrucional
Os atletas
• partilham conhecimentos entre si
• não dependem de uma única fonte de
informação
Os mais experientes
• modelam comportamentos e habilidades
• fornecem feedback e apoio aos colegas
O treinador não centra
em si apenas as tarefas de treino
os atletas assumem os objectivos e as tarefas do
treino
pertinente
desafiadora
progressiva
calibrada
participativa
Proporcionar actividade
Para concretizar os
objectivos do treino
Proporcionar actividade
pertinente - apropriada ao nível
de capacidade,
interesse
experiência
dos atletas
Proporcionar actividade
desafiadora - atletas empenhados na tarefa num ambiente de trabalho seguro, mas exigente.
Proporcionar actividade
progressiva - fundamentos técnicos e tácticos organizados de maneira a propiciar uma aprendizagem sequencial
Proporcionar actividade
calibrada
actividades suficientemente difíceis para serem desafiantes mas propiciadoras de sucesso,
e a um ritmo de trabalho vivo e harmonioso
Proporcionar actividade
participativa
oportunidades de participação equitativa, significativa e consistente.
Proporcionar actividade
Aprende mais quem dedica mais tempo a uma boa exercitação
1ª Preocupação 1ª Preocupação
Variáveis critério para o sucesso da aprendizagem:
(1) ALT (Academic Learning Time) - o tempo
de empenhamento do atleta com uma taxa elevada de sucesso
(2) OTR (Opportunity To Respond) – taxa de respostas apropriadas do atleta
Siedentop e Tannehill (2000)
Proporcionar actividade
A exercitação deve ser ajustada aos objectivos de aprendizagem e a cada um dos atletas
Proporcionar actividade
Aprende mais quem obtém uma taxa razoavelmente elevada de sucesso na realização das tarefas
Experiência de Sucesso
Recomenda-se, normalmente, uma taxa de sucesso na ordem dos 80%, taxa que pode variar em função dos atributos pessoais dos alunos, nomeadamente, da persistência, do nível de orientação para a tarefa e da auto-competência, assim como das particularidades próprias da tarefa
Proporcionar sucesso
As tarefas demasiadamente difíceis são desajustadas porque o insucesso repetido e sistemático gera frustração, é desmotivador e perigoso para os sentimentos de confiança e competência.
Por outro lado, as tarefas demasiado fáceis, com desafio reduzido ou nulo, são insuficientes para estimular a aprendizagem.
Proporcionar sucesso
Aprende mais quem exercita a um nível de
processamento cognitivo mais elevado
É vital o desenvolvimento
dos processos de análise e
de interpretação das
situações sobre as quais
vão agir, facilitando a sua
compreensão e a adopção
de processos decisionais,
cada vez mais complexos.
Os treinadores eficazes criam um ambiente para a aprendizagem
Coordenação entre os sistemas operantes na ecologia do
treino, o sistema de instrução, o sistema de gestão e o sistema
de socialização dos atletas
Coordenação entre os sistemas de instrução e
gestão e a cooperação dos alunos • Cuidar eficazmente dos
problemas da disciplina e da ordem.
• Garantir a cooperação dos atletas e manter o fluxo/ritmo das actividades
• Para lidar com a ambiguidade implicada pela natureza das tarefas mais complexas e o risco de insucesso no início da aprendizagem é necessário criar um clima de confiança e de desdramatização do erro e do insucesso.
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