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Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
Campus Tecnológico e Nuclear
Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa
Octávia Monteiro GilOctávia Monteiro Gil
ARIAS- Aplicações da Radiação
Ionizante para um Ambiente Sustentável
3 de Outubro 2014
Curso em PSR WP4 “Educationand Training in Radioprotection”
Radiação solar Radiação cósmicaRaios XMedicina Nuclear
Produtos de consumo
Resíduos radioactivos
Radiação terrestreAlimentação
Energianuclear
Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
Representa cerca de 55% da exposição a radiaçãoionizante• Características
– Gás nobre (VIIIB da T.P.)– Incolor, insípido, inodoro– Ubiquitário– Forma-se a partir do decaimento do 226Ra– É radioactivo emissor de partículas α, 218Po,
tempo de semi-vida 3,8 dias– Afecta a qualidade do ar interior das casas– EUA (EPA-Environmental Protection Agency) é
considerado a 2ª causa mais frequente decancro do pulmão
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Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
• Representam cerca de 3-4% da exposição a radiação ionizante
• Água (222Rn), alimentos - batata (40K) e tabaco (218Po e Pb)
• Em toda a dieta existe sempre uma radioactividade residual
• Este tipo de exposição torna-se particularmente preocupanteapós acidentes/explosões nucleares
• Na Europa, após o acidente de Chernobyl os alimentos têm vindoa ser monitorizados em termos de radionuclídeos presentes(137Cs, 131I) e/ou em termos de radioactividade
• Alguns alimentos de origem vegetal (couves, cereais, batatas,fruta) bem como de origem animal (leite de vaca, carne de rena)sofreram aumentos de radioactividade de várias ordens degrandeza
Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
Estudo da acção das radiações ionizantes em tecidos
vivos • 1ª experiência em radiobiologia - Henry Becquerel:
2 semanas Becquerel andou com um “container” de rádio no bolso
eritema → ulceração → cicatrização
• 1901 Pierre Curie experiência semelhante com rádio, no seu antebraço
produziu uma queimadura
•1902 - 1º cancro de pele induzido pela radiação ionizante
•1911 - leucemia induzida por RI
•1920 - cancro ósseo, pintores de relógios de parede
•1930 - cancro de fígado e leucemia, administração de torotraste
•1940- leucemia entre os primeiros radiologistas
•Estudos nos sobreviventes japoneses da bomba atómica (Agosto1945)
•Estudos após acidente de Chernobyl (Abril 1986)
•Estudos após o acidente de Fukushima Daiichi (Março 2011)
Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
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Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
Não possui energia suficiente paracausar ionizações. A exposição a estesagentes não induz nem mutações,nem aberrações cromossómicas,contudo pode estar relacionada comalterações fisiológicas
Radiação ionizante Radiação não ionizante
Energia suficiente para retirarelectrões de um átomo, quebrandoligações químicas, causando ionizaçãode átomos e produção de radicaislivres que podem causar lesãobiológica (mutações, aberraçõescromossómicas, morte celular).
• Partículas carregadas: α, β, protões,electrões.• Partículas não carregadas: neutrões.• Radiação electromagnética - fotões:raios γ, raios X.
• Radiação UV• Radiação infravermelha• Laser• Microondas• Luz visível
Não possui energia suficiente paracausar ionizações. A exposição a estesagentes não induz nem mutações,nem aberrações cromossómicas,contudo pode estar relacionada comalterações fisiológicas
Radiação ionizante Radiação não ionizante
Energia suficiente para retirarelectrões de um átomo, quebrandoligações químicas, causando ionizaçãode átomos e produção de radicaislivres que podem causar lesãobiológica (mutações, aberraçõescromossómicas, morte celular).
• Partículas carregadas: α, β, protões,electrões.• Partículas não carregadas: neutrões.• Radiação electromagnética - fotões:raios γ, raios X.
• Radiação UV• Radiação infravermelha• Laser• Microondas• Luz visível
Absorção da radiação
Ionização
Alteração química
Reparação ou Lesão
Morte celularEfeitos em tecidos ou órgãosEfeitos corporais
Efeitos de alta dose
MutaçõesCancroEfeitos teratogénicos
Efeitos de baixa dose
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Átomo
Molécula
Célula
Tecido
Corpo
Orgão
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Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
- grande molécula em dupla hélice
- duas “fitas” unidas por pontes de hidrogénio
- ”coluna vertebral” constituída por um grupo fosfato e açúcares alternados
- 4 bases : adenina, guanina, timina e citosina
Acção directa
• Interacção directa com os átomos da molécula de DNA
• Predominante para radiação de alta transferência linear de energia (LET)
• Corresponde a cerca de 30% dos efeitos biológicos da radiação de baixa LET – raios X
ACÇÃO DIRECTA
ACÇÃO INDIRECTA
Fotão
Fotão
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Acção indirecta
• Interacção com as moléculas de água- radiólise da água
• Produção de espécies reactivas deoxigénio
• Corresponde a cerca de 70% dosefeitos biológicos da radiação debaixa LET – raios X
ACÇÃO DIRECTA
ACÇÃO INDIRECTA
Fotão
Fotão
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Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
• Radicais contendo oxigénio (têm pelo menos 1 electrão desemparelhado na orbitalde valência):
– OH. radical hidroxilo
– O2.- radical superóxido (via Haber-Weiss: Fe3+ � OH.)
– ROO. radical peroxilo
– RO. radical alcoxilo
• Espécies não radicalares que também contêm oxigénio:
– H2O2 peróxido de hidrogénio (via Fenton: Fe2+ � OH.)
– 1O2 oxigénio singleto
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Membranas
formação de peróxidos lipídicos
alterações das propriedades das membranas
alteração no potencialinactivação de substâncias
receptoras ligadas à membrana
mudança de permeabilidade
decréscimode fluidez
escoamento de Ca++
e outros iõesaumento da susceptibilidade da
membrana ao ataque enzimático
perda da integridade
LISE CELULAR
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Nível do organismo Efeitos principais
MolecularLesões em macromoléculas, enzimas, DNA,RNA,
interferência no processo metabólico
Sub-celularLesões em membrana celular, núcleo,
cromossomas, etc.
CelularAgudo - inibição da divisão e morte celular
Tardio - transformação maligna
Tecido e órgãoFalência ou lesão grave no SNC, medula óssea e
tubo digestivo podendo levar à morte; indução
de cancro
OrganismoDiminuição do tempo de vida
Morte
PopulaçãoAlterações nas características genéticas
(descendentes)
Mutações (no indivíduo)
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Aducto
(DSB)
(SSB)
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-Ocorrem em média 1016 divisões celulares num ser humano numa
vida (num ratinho ocorrem 1012 divisões celulares)
-Um adulto tem ~ 1014 células
-Mutações ocorrem espontaneamente a uma taxa de 0,0000001 (10-7)
por gene por divisão celular
-Numa vida, pode ocorrer uma mutação num gene em 109 ocasiões numa célula!!!
(Sem contar com exposição a agentes genotóxicos)
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Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
A detecção de lesões do DNA, provoca
a activação de sistemas de reparação
enzimática que permitem identificar,
suprimir ou reparar, muitas vezes em
menos de uma dezena de minutos, as
lesões provocadas por agentes
mutagéneos.
A actuação destes sistemas assegura,
definitivamente, a reparação da maior
parte das lesões do DNA, mantendo
deste modo a estabilidade das
informações por ele codificadas.
T C
A
desoxiribose
Bases
DNA
G
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Lesão do DNA
Remoção da lesão
Síntese do DNA reparado
1ª Etapa Excisão – a lesão é
eliminada por acção de nucleases,
cada qual especializada no tipo de
lesão.
2ª Etapa Re-síntese - a sequência
original do DNA é restaurada pela
DNA polimerase que preenche o
vazio criado pela excisão.
3ª Etapa - Ligação a DNA ligase sela
o “nick” deixado no açúcar/fosfato da
cadeia reparada refazendo-se a
ponte fosfodiéster entre os
nucleótidos adjacentes.
Morte celular, aberrações
cromossómicas, etc.
Viabilidade celular
Lesão no DNA
Reconhecimento da lesão DNA
Sem errosApoptoseCom erros
Cancro
Segundos
Anos
Tempo
Reparação do DNA Sem reparação do DNA
Activação génica
Paragem no ciclo celular
Mutações, aberrações cromossómicas, etc.
Sem erros Com erros
J.-P. Pouget, S. J. Mather, Eur J Nucl Med (2001) 28:541–561
Reparação do DNA
Instabilidade
cromossómica
Sem reparação do DNA
Viabilidade celular Morte mitótica Fixação da mutação
Minutos
1ª mitose1ª mitose
n mitosesn mitoses
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Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
A molécula de DNA é uma das poucas moléculas na célula que é reparada; outras moléculas são substituídas
Existem mais de 130 genes relacionados com a reparação de DNA
Uma reparação inadequada ou errada dá lugar a:
- Mutação- Transformação maligna → cancro- Morte celular ou tecidular - Envelhecimento precoce
A radiosensibilidade das espécies apresenta uma larga margem de variação.
Adaptado de UNSCEAR, 1996
Valores aproximados das doses letais agudas para os vários grupos taxonómicos.
101044101033101022101011101000
DOSE LETAL AGUDA (Gy)DOSE LETAL AGUDA (Gy)
MAMÍFEROSMAMÍFEROS
AVESAVES
PLANTAS SUPERIORESPLANTAS SUPERIORES
PEIXESPEIXES
ANFÍBIOSANFÍBIOS
RÉPTEISRÉPTEIS
CRUSTÁCEOSCRUSTÁCEOS
INSECTOSINSECTOS
MUSGOS, LÍQUENES, ALGAS MUSGOS, LÍQUENES, ALGAS
BACTÉRIABACTÉRIA
PROTOZOÁRIOSPROTOZOÁRIOS
MOLUSCOSMOLUSCOS
VIRUSVIRUS
104103102101100
DOSE LETAL AGUDA (Gy)
MAMÍFEROS
AVES
PLANTAS SUPERIORES
PEIXES
ANFÍBIOS
RÉPTEIS
CRUSTÁCEOS
INSECTOS
MUSGOS, LÍQUENES, ALGAS
BACTÉRIA
PROTOZOÁRIOS
MOLUSCOS
VIRUS
Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
Lei de Bergonié e Tribondeau :
A sensibilidade das células à radiação está na razão directa da sua
actividade proliferativa e na razão inversa do seu grau de
diferenciação.
As células cancerosas, que se dividem rapidamente e não são especializadas,são bastante sensíveis à radiação (base da radioterapia).As células nervosas, que se dividem mais lentamente e são altamenteespecializadas, são mais resistentes à radiação.
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Células muito radiosensíveis
Células radiosensíveis
Células pouco radiosensíveis
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Sensibilidade das células à radiação
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LinfócitosCélulas germinaisCélulas hematopoiéticasEpitélio intestinalPeleCélulas ósseasCélulas nervosasTecido muscular
Mais radiosensíveis
Menos radiosensíveis
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UNSCEAR: “não existe uma dose “segura” de exposição aradiação sob o ponto de vista genético, sendo quequalquer exposição à radiação pode envolver um certorisco de indução de efeitos hereditários e somáticos”
UNSCEAR- United Nations Scientific Committee on the Effects of Atomic Radiation
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Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
Efeitos estocásticos – efeitos que podem ocorrer segundouma lei probabilística. Tem de ser analisada umapopulação e não o indivíduo
Efeitos determinísticos – efeitos que ocorrem com toda acerteza quando o indivíduo está exposto a uma dose deradiação acima de um certo limiar
Efeitos biológicos
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• Podem resultar da exposição a baixas doses durante grandesperíodos de tempo - exposição crónica.
• A gravidade é independente da dose total e não existe um limiar dedose.
• Exemplo típico destes efeitos são as mutações: alterações no DNA .
• Muitas vezes o organismo não consegue reparar estas mutações, ouentão fá-lo de uma forma deficiente, criando novas mutações.
As mutações podem ocorrer nas células germinais ou nas célulassomáticas:
• As mutações nas células somáticas afectam apenas o próprioindivíduo que foi exposto – podem originar cancro
• As mutações nas células germinais podem ser transmitidas para adescendência – podem originar efeitos hereditários
• Surgem quando há exposição a elevadas doses de radiação, e tornam-se mais graves à medida que a exposição aumenta.
• Pequenos períodos de tempo com altas doses de radiação sãodesignados por exposição aguda.
• Existe um limiar de dose, ou seja, para valores de exposição acimadeste limiar observa-se necessariamente, para todos os indivíduos, umalesão. É um efeito certo.
• Muitos dos efeitos não cancerígenos provocados pela radiação são nãoestocásticos.
• Os efeitos determinísticos observam-se pouco tempo após a exposiçãoà radiação e observam-se na pele, nos órgãos reprodutores, na medulaóssea, e nos intestinos. Contudo há efeitos que só vem a serobservados mais tardiamente, como é o caso das cataratas.
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Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
Efeitos reprodutivos e no desenvolvimento fetal
Efeitos na fertilidade
Efeitos provocados por mutações somáticas e hereditárias
Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
Síndrome prodrómico
Sintomas neuromusculares – febre, fadiga, hipotensãoSintomas gastrointestinais – anorexia, vómitos, diarreiaSintomas neuromusculares – febre, fadiga, hipotensãoSintomas gastrointestinais – anorexia, vómitos, diarreia
15 minutos
Síndrome hematopoiético
Aplasia medular – anemia grave, infecções (ausência deleucócitos) e hemorragias incontroláveis (ausência deplaquetas)
Aplasia medular – anemia grave, infecções (ausência deleucócitos) e hemorragias incontroláveis (ausência deplaquetas)
> 3 semanas
Síndrome gastrointestinal
Destruição das células de revestimento do epitéliointestinal: incapacidade de absorção de água e nutrientes,diarreia e consequente desidratação
Destruição das células de revestimento do epitéliointestinal: incapacidade de absorção de água e nutrientes,diarreia e consequente desidratação
± 10 dias
Síndrome cerebrovascular
Náuseas, vómitos, diarreia, hipotensão. Desorientação, faltade coordenação muscular, falência respiratória, comaNáuseas, vómitos, diarreia, hipotensão. Desorientação, faltade coordenação muscular, falência respiratória, coma
24 – 48 horas
Morte
• A pele é o maior órgão do corpo humano,possuidora de múltiplas funções biológicas.
• Como facilmente se compreende, é o primeiroórgão a sofrer danos resultantes de exposiçãoa radiação externa.
• A gravidade das lesões cutâneas estádependente da dose recebida e do tempo deexposição.
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• Radiodermite precoce:– Aparece num curto espaço de tempo após a
exposição– Dose elevada (5 Gy)– Reversível
• Radiodermite tardia:– Aparece normalmente muito tempo após a
exposição (meses a anos)– Irreversível– Profissões típicas (radiologistas)
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Radiodermite precoce
Fotografia de dois sobreviventes de Nagasaki, 63 dias depois da explosão:
• Eritema cutâneo
• Queda de cabelo
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Homem de 40 anos, submetido a 2 angiografias coronárias
Maio de 1990, USA
Controlo fluoroscópico. Dose total desconhecida (mas > 20 Gy)
6 a 8 semanas após as angiografias
16 – 21 semanas: Úlcera da pele
18 – 21 meses: Necrose da pele
Resolução da úlcera após transplante de pele
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Lesões cutâneas crónicas induzidas pela radiação(Dose superior a 10 Gy)
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Catarata (opacificação) do cristalino induzida pela radiação
Doses acumuladas de 0,5 Gy (ICRP 2011)
Cristalino normal Catarata
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Esterilidade
0,25 GyAlteração no número e qualidade dos espermatozóides
6 GyPermanente
Esterilidade
3 Gy± 40 anos – permanente
± 20 anos – temporária
8 GyPermanente
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• Baixa dos glóbulos brancos
• Baixa dos glóbulos vermelhos
• Aplasia medular
A medula óssea é um órgão muito radiosensível
Leucemias
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• Exposição aguda a elevada dose de radiação:
– Náuseas e vómitos
– Período de latência
– Diarreia, cólicas intestinais
– Obstrução intestinal
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Exposição Efeito
Dose ExternaMonitorização Ambiental
Dose InternaMonitorização Biológica
Dose em locais críticosMonitorização de efeitos Biológicos
Efeitos Adversos PrecocesMonitorização Ambiental
Vigilância da saúde
Doença (Irreversível)Vigilância da saúde
Factores Genéticos Monitorização da
Susceptibilidade
Biomarcadores Citogenéticos
Rodrigues, AS et al., Radiation Protection Dosimetry (2005)
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Aberrações cromossómicas– alterações na estrutura normal dos cromossoma, ouno seu número, que podem ocorrer espontaneamente ou como resultado deexposição a agentes químicos e físicos
Dos diversos biomarcadores de exposição à radiação ionizante a utilização de ensaioscitogenéticos tem revelado especial interesseExistem biomarcadores citogenéticos que podem ser utilizados para avaliação do riscode exposição à RI:
Aberrações cromossómicas
Cromossomas dicêntricos anéis
Translocações
Micronúcleos
Outros biomarcadores: troca entre cromátides irmãs, Comet assay, γ-H2AX
Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
Aberrações cromossómicas estruturais podem ser induzidas por:
quebra directa do DNAreplicação num template alterado de DNAinibição da síntese de DNA
Classificação das aberrações cromossómicas:
cromatídicascromossómicas
Aberrações cromossómicas observadas em células em metafase
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G1
G2
G2
Irradiação
em G1
Irradiação
em G2
Quebra de
cromátide
Quebra simples
ou dupla de
cromátide
Replicadaem S e
passadaatravés de
G2
Replicadaem S e
passadaatravés de
G2
Observada
em M
Observada
em M
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Quebra de
cromátides
Irradiação
em G1
Unem-se
durante S
Observada
em M
+
anel
dicêntrico
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Anel
Dicêntrico
Fragmento
Tetraradial
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Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
Técnica com necessidade de operadores especializadasIneficaz para exposições passadas (anos)
Desvantagens
Eficaz para exposições recentesEficaz para exposições recentesEspecífico de exposição a RIBoa correlação com dosimetria físicaIndicador bem estudado
Vantagens
Exemplo: Uma pessoa exposta acidentalmente; Dose média ~5 Gy, distribuição não homogénea:
Cabeça: 2 GyPé esquerdo: 50 Gy
Dicêntricos:
Imediatamente após exposição - 63/100 célulasApós 24 meses - 20/ 100 célulasApós 99 meses - 7/ 100 célulasApós 227 meses - <1/ 100 células
Léonard et al., ICRS-RPS, 2004
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Translocação - quando há transferência de uma porção de um cromossomaou até um cromossoma inteiro, para outro não homólogo.
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Octávia Monteiro Gil
T
Octávia Monteiro Gil
T
Octávia Monteiro Gil
T
19
Octávia Monteiro Gil
T
Translocações numa pessoa exposta a plutónio no complexo militar Russo em MAYAK, detectadas com FISH
Hande et al., 2005
T(2)→T(13)T(9)→T(14)T(13)→T(9)T(14)→T(2)
Octávia Monteiro Gil
T
Técnica muito caraNecessita de pessoas com alguma experiência
Desvantagens
Eficaz para exposições passadasPossibilita a análise de aberrações estáveisPermite uma análise dos mecanismos envolvidosDe mais fácil visualização
Vantagens
Octávia Monteiro Gil
T
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Micronúcleo - estruturas (pequenos núcleos) que se encontramno citoplasma de células em divisão que possuemcaracterísticas semelhantes às do núcleo principal e sãoformados por fragmentos acêntricos ou por cromossomasinteiros
Observados em células em interfase
Radiação
Ionizante
CitocalasinaB
A
D C
B
Oliveira N., 2003
Radiação ionizante origina quebras de DNA
A
Quebras de DNA não reparadas originam quebras de cromátide e de cromossoma e respectivos fragmentos acêntricos nas células em metafase
B
Os fragmentos, por serem acêntricos, não migraram para os pólos do fuso mitótico durante a anafaseseguinte (efeito clastogénico – seta vermelha); cromossomas em que ocorreu alguma anomalia no processo de migração também não se deslocaram para os pólos do fuso mitótico (efeito aneugénico – seta verde)
CC
Os fragmentos /cromossomas inteiros foram envolvidos por uma membrana semelhante à membrana nuclear, formando pequenos núcleos –micronúcleos, os quais são visíveis em células binucleadas se for bloqueada a citocinese com citocalasina B.
DD
Octávia Monteiro Gil
T
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Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
Variabilidade de respostaIneficaz para exposições passadas (anos)Idade influência o seu aparecimento
Desvantagens
Eficaz para exposições recentesBoa correlação com dosimetria físicaNão é especifico de RIIndicador bem estudadoTécnica mais barataFácil visualização
Vantagens
É importante correlacionar os efeitos genéticos observados do biomarcadorestudado com a dose de radiação ionizante recebidaO cálculo desta dose é sempre aproximado e poderá dar uma ideia da ordem degrandeza da exposição a que a população foi sujeita
Várias curvas dose-resposta, obtidas em condições experimentais usualmentestandard, são descritas para o ensaio citogenético escolhido (dicêntricos,micronúcleos, etc)
Em relação a exposição a RI o biomarcador de excelência que é maiscomummente utilizado, é a formação de cromossomas dicêntricos nos linfócitosdo sangue periférico
Limitação – extrapolação para situações que ocorreram in vivo (exposição aguda oucrónica) doses obtidas através de parâmetros matemáticos resultantes de estudosde genotoxicidade elaborados in vitro
Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
Curva dose-resposta para aberrações cromossómicas em linfócitos humanosproduzida pela radiação gama (baixa LET) (adaptado de Hall, 1994).
Modelo linear-quadrático
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Y→Efeito observadoB→Backgroundα→parâmetro linear β→parâmetro quadrá^co
Y=B + αD + βD2
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Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
Y=B + αD + βD2
Curva dose-resposta para a população portuguesa usando comobioindicador o número de cromossomas dicêntricos.
Estudados 12 dadores → 8 400 metafases completas (46 cromossomas)
0
10
20
30
40
50
60
70
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5
% C
rom
oss
om
as
dic
ên
tric
os
Dose (Gy)
Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
Y=B + αD + βD2
Curva dose-resposta para a população portuguesa usando comobioindicador o número de cromossomas dicêntricos.
16 dadores → 11 200 metafases completas (46 cromossomas)
Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
Martins et al. (2013) Mutat Res 750 (1-2),50-54
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Y=B + αD + βD2
Curva dose-resposta para a população portuguesa usando comobioindicador o número de células binucleadas com micronúcleo.
Estudados 6 dadores → 42 000 células binucleadas
0
5
10
15
20
25
30
35
40
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5
% C
élu
las
bin
ucl
ea
da
s co
m m
icro
nú
cle
o
Dose (Gy)
Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
Y=B + αD + βD2
Curva dose-resposta para a população portuguesa usando comobioindicador o número de células binucleadas com micronúcleo.
16 dadores → 128 000 células binucleadas
y = 0.0193x2 + 0.0241x + 0.0122R² = 1
0.0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5.5
Mic
ronu
clei
/cel
l
Dose (Gy)
Grupo de Protecção e Segurança RadiológicaAntunes et al. (2014) Mutat Res 760 (Jan), 17–22
• Aumento significativo e persistente da frequência linfócitosmicronucleados (‰MNCB) por um período até 24 meses
Meses
**
*
Grupo de Protecção e Segurança RadiológicaMonteiro Gil et al. (2000) Mutagenesis, 15, 69-75
24
Meses
• Aumento significativo e persistente dafrequência de células aberrantes (%CAEG)até 24 meses
**
*
Monteiro Gil et al. (2000) Mutagenesis, 15, 69-75 Octávia Monteiro Gil
Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
Exposição acidental a
radiação ionizante
Recolha de sangue periférico
Cultura
+
Técnica das Aberrações
Cromossómicas
Análise de células em metafase:
microscópio óptico
Estimativa da Dose de
exposição através de uma
curva dose-resposta
y = 0.048x2 + 0.0105x + 0.0011
R² = 1
0.0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5
Dic
en
tric
s/ce
ll
Dose (Gy)
Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
� 100 metafasesanalisadas
� 7 cromossomas dicêntricos
Dose estimada:
1.094 Gy
25
Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
Muito obrigada!!
A
Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
A
Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
26
A
Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
A
Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
A
Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
27
A
Grupo de Protecção e Segurança Radiológica
A
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