o espaço geográfico rural

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Prof. Luiz Henrique Figueiredo Quinteiro

1 – AÇÃO HUMANA SOBRE O ESPAÇO GEOGRÁFICO:

Humanidade: Racionalidade, Linguagem,

Espaço Natural: Espaço da superfície terrestre que não sofreu

ação humana. Espaço Geográfico:

Espaço da superfície terrestre que sofreu ação humana, isto é, foi modificado. Velocidade das transformações. Organização do espaço:

Rural e Urbano.

2 - REVOLUÇÃO AGRÍCOLA E O ESPAÇO GEOGRÁFICO:

A ação humana é baseada numa economia predatória – ele busca na natureza tudo aquilo que NECESSITA.

Coleta de frutos e raízes, Caça e pesca de animais,

Período Paleolítico – Idade da Pedra Lascada. Descoberta da utilização do fogo. Evolução Humana – (machado, enxada etc.) Eram povos nômades.

Período Neolítico – Idade da Pedra Polida Primeiros agrupamentos humanos, Surgem as primeiras aldeias, Eram povos sedentários, Agricultura, Pecuária, Formavam os primeiros núcleos rurais, Áreas próximas a rios. Ex. Crescente Fértil no

Oriente Médio. Domesticação de animais, Este processo durou mais de 10 mil anos que

originou a economia produtiva em substituição a economia de coleta (predatória) a este fato damos o nome de REVOLUÇÃO AGRÍCOLA.

Humanidade passa a ter maior controle sobre a natureza.

3 – DEPENDÊNCIA HUMANA DA NATUREZA:

Tudo o que usamos, por mais artificial que pareça, é parte da natureza, transformada pela ação humana. Alta velocidade da exploração, Uso exagerado dos recursos naturais não

renováveis.

Problema : quantitativo. Crescimento populacional, Processo de urbanização acelerado, Grande sociedade de consumo, Deterioração ambiental.

4 – EVOLUÇÃO DA RELAÇÃO HOMEM – NATUREZA:

Inter relação entre Humanidade e Natureza. Ambos influenciam mutuamente. A humanidade desenvolve tecnologias para

se adaptar as condições naturais de cada região. Ex: áreas montanhosas, áreas com pouca água etc.

Capacidade de controlar e dominar a natureza não é homogênea.

Sociedades com maior poder aquisitivo – maior acesso a tecnologias.

Sociedades com menor poder aquisitivo – técnicas rudimentares.

5 – A NATUREZA IMPÕE LIMITES:

Técnicas de cultivo dos solos e criação de animais produzem grandes transformações na paisagem, criando a expansão da agricultura e da pecuária, aumentando a capacidade de produzir alimentos para a população cada vez maior.

Porém o homem depende da natureza – (fatores naturais) – clima, relevo, solo, hidrografia.

Ex. Banana, arroz, feijão, mandioca (tropical).

Áreas Ecúmenas: são regiões de fácil acesso e ocupação humana, nestas regiões destacam-se as atividades agrícolas, bem como, o desenvolvimento de urbanização.

Áreas Anecúmenas: são regiões de difícil acesso e ocupação humana. Como por exemplo: regiões de geleiras, desertos, altas altitudes etc. Nestas áreas, a natureza impõe seus limites ao homem.

6 – A HUMANIDADE COMO DISTRIBUIDORA DE ESPÉCIES:

Biopirataria de espécies – Ex. Látex (borracha) extraída da seringueira planta típica da floresta Amazônica – Hoje, os maiores produtores e exportadores do mundo estão no sudeste Asiático.

Isto ocorre graças ao desenvolvimento tecnológico e científico: Aumento das áreas cultivadas. Aumento da produtividade.

7 – O QUE É ESPAÇO GEOGRÁFICO RURAL: No espaço rural ocorrem também as

transformações feitas pelo homem. Matas e florestas são substituídas por

plantações e pastagens, estradas, casas e outras instalações foram construídas.

Maiores produções agrícolas alimentares no mundo:

Trigo, arroz, milho, batata,banana, centeio e feijão.

O trigo e a cevada são cultivadas há mais de 2 mil anos no vale do rio Nilo (Oriente Médio) – Crescente Fértil.

HABITAT RURAL:

Habitat rural tradicional: é comum em regiões onde a atividade rural ainda depende da força humana e animal.

Economia de subsistência.

Podem ser dispersos (comum no Brasil colônia) ou aglomerados (relativamente comum no sul da Ásia e África subsaariana).

Habitat Rural Moderno: é comum em países desenvolvidos ou em algumas regiões de países subdesenvolvidos industrializados, onde a atividade rural é mais moderna e mecanizada.

Integração econômica com a cidade.

Tem como função oferecer alimentos e fornecer matéria prima.

Empresas rurais.

Bom peso na economia.

8 – ESVAZIAMENTO DO ESPAÇO GEOGRÁFICO RURAL:

Êxodo rural .

Atualmente existem uma maior concentração populacional nas áreas urbanas, isto significa que o homem está deixando o campo para viver nas cidades.

Brasil – 83% urbana Bélgica – 97% urbana Timor Leste – 8 % urbana Etiópia – 16 % urbana

9 – AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA:

Produz o necessário para o agricultor e sua família.

Primitiva e rudimentar. Sem técnicas agrícolas. Trabalho manual. Baixa produtividade. Pequenas propriedades rurais. Policultura. Em algumas áreas montanhosas utiliza-se a

jardinagem (canteiros)

10 – AGRICULTURA DE PLANTATIONS:

Herança do colonialismo europeu. Grandes propriedades rurais. Destinadas ao mercado consumidor. Alta produtividade. Uso de técnicas e equipamentos agrícolas

modernos. Monocultora. Mercado externo. No passado – trabalho escravo. Cacau, café, cana-de-açúcar, banana,

amendoim, tabaco, chá, etc.

11 – AGROINDÚSTRIA:

Moderna agropecuária. Fornecer matéria-prima do campo para a

indústria. Uso de técnicas avançadas. Tecnologia de ponta. Altamente mecanizada e informatizada. Elevada produtividade. Logística. Ex. Cana-de-açúcar , laranja, café, soja,

carne,etc.

12 – APROPRIAÇÃO DO ESPAÇO RURAL:

Apropriação = tomar posse de algo abandonado ou sem ocupação.

Os colonizadores europeus se apropriaram das terras indígenas.

Desta formas as terras foram apropriadas por uma minoria social em detrimento da grande massa que vivia na zona rural.

13 – A QUESTÃO AGRÁRIA NO BRASIL:

Péssima distribuição das propriedades. Minoria rica (poucos proprietários – muitas

terras). Posse pelo uso. Grandes propriedades rurais (engenhos). Mão-de-obra escrava (início) Mão-de-obra de imigrantes (pós abolição). Madeira, cana-de-açúcar, ouro, café ...

Ocupação e organização do espaço sul do Brasil – texto complementar (apostila – pág. 21)

REFORMA AGRÁRIA X SITUAÇÃO ATUAL:

Texto págs. 22 e 23.

Debate.

Estrutura Fundiária.

14 – RELAÇÕES DE TRABALHO ULTRAPASSADAS:

Bóias-frias: trabalhadores temporários.

Arrendatários: arrendam terras de um proprietário por uma quantia predeterminada.

Parceiros: pagar pelo uso da terra de algum proprietário como parte da produção.

OS SEM-TERRA:

Causas: Eliminação de trabalhadores. Mecanização da produção. Concentração das propriedades.

MST – Movimento dos Sem Terra – os militantes acampam às margens das estradas, fazem manifestações de rua nas cidades, ocupam fazendas e órgão públicos para pressionar o governo e a opinião pública para conseguir terras para o seu assentamento.

15 – O QUE É SOLO?

Definição: camada mais superficial e fina da crosta terrestre, com espessura que varia de alguns centímetros até no máximo alguns metros.

Espessura: quanto mais espesso for o solo, mais tempo ele poderá ser explorado.

Fertilidade: é medido através de vários elementos minerais. Húmus: animais e vegetais que entram de processo

de decomposição forma este adubo natural.

16 – OCUPAÇÃO ADEQUADA DO SOLO:

Técnicas de produção: Curvas de nível.

Rotação de culturas.

Consorciação de culturas.

Adubação orgânica. Vegetal: camadas de restos vegetais. Composto: produzido como adubo vegetal, colocando-

se entre as camadas de vegetais o esterco animal.

17 – USO INADEQUADO DO SOLO:

Erosão – uso inadequado do solo, desmatamentos, queimadas criam crateras no solo que muitas vezes são irrecuperáveis.

Laterização – concentração de óxido de ferro e alumínio, facilitando o processo de erosão.

Lixiviação – lavagem do solo (regiões de clima equatorial e tropical) – chuvas abundante “lavam” o solo deixando-o ácido.

18 – OCUPAÇÃO RURAL NO MUNDO TEMPERADO: Zona climática entre trópicos e círculos polares; Área de menor insolação; Maior parte – nações desenvolvidas; América Anglo-Saxônica: médias e grandes

propriedades rurais; Europa e Japão: pequenas propriedades rurais; Elevado grau de mecanização; baixo uso de mão-de-obra rural; Trigo, centeio, aveia, arroz, soja, beterraba açucareira,

algodão, uvas, oliveiras e algumas frutas; Caráter comercial para abastecer o mercado interno

com alimentos e matérias-primas agroindustriais.

19 – OCUPAÇÃO RURAL NO MUNDO TROPICAL:

Zona climática intertropical, Área mais iluminada e aquecida da Terra, Temperaturas médias anuais são mais

elevadas, Pluviosidade determina a formação de climas

bem diversificados (dos equatoriais chuvosos até áridos com ausência de chuvas),

Invernos curtos e pouco acentuados, Fatores:

Naturais – aspecto social. Econômicos – propriedade da terra e volume de

investimento no campo.

AMÉRICA LATINA:

México – café e cana-de-açúcar, América Central Continental: café, cana-de-

açúcar, cacau, frutas cítricas, algodão e banana.

América Central Insular: Tabaco em Cuba e Cacau no Haiti.

América do Sul: café, cana-de-açúcar, cacau, banana e algodão e produção de alimentos para atender o mercado interno: arroz, milho e feijão.

Brasil: soja, milho, cana-de-açúcar, feijão, arroz, trigo, café, mandioca, laranja e banana.

ÁSIA E ÁFRICA:

África – café, cacau, cana-de-açúcar, amendoim, algodão e tabaco na agricultura de plantation (herança do colonialismo europeu)

Ásia – juta, algodão, chá, látex, tabaco e cana-de-açúcar O grande problema na Ásia é a diversidade

climática que vai desde o clima árido até o clima de monções.

BRASIL TROPICAL:

Muitos dos problemas do mundo tropical se originam de técnicas inadequadas de plantio, copiadas do mundo temperado.

Hoje o uso de técnicas avançadas controla-se pragas e amenizar os efeitos da seca conseguindo grandes produções com qualidade e quantidade exorbitante.

Brasil grande extensão territorial, Investimentos no campo, Ausência de extremos climáticos, Variedade de solos e rica hidrografia.

Modernização da agricultura brasileira já é uma realidade nas grandes propriedades rurais.

Rápida redução da PEA rural. Integração do campo / cidade

(interdependência): Fornecimento de mercadorias. Empréstimos de capitais. Consumo de mercadorias.

Principais produções se baseiam: Na área plantada. Na quantidade produzida. No valor da produção.

São eles: Milho, soja, algodão, feijão arroz, cana-de-açúcar, laranja e banana.

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