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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE ENGENHARIA AGRÍCOLA
MANGA PÓS
FÁBIO DEL
MATURAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE ‘TOMMY ATKINS’ SUBMETIDA À APLICAÇÃO -COLHEITA DE 1- METILCICLOPROPENO
MONTE COCOZZA
CAMPINAS, SP MARÇO DE 2003
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE ENGENHARIA AGRÍCOLA
MATURAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE MANGA ‘TOMMY ATKINS’ SUBMETIDA À APLICAÇÃO
PÓS-COLHEITA DE 1- METILCICLOPROPENO Tese de doutorado submetida à banca examinadora para obtenção do título de doutor em Engenharia Agrícola, na área de concentração em Tecnologia de Pós-Colheita
FÁBIO DEL MONTE COCOZZA Orientador: Prof. Dr. José Tadeu Jorge Co-orientadora: Dra. Heloísa Almeida Cunha Filgueiras
CAMPINAS, SP MARÇO DE 2003
À minha noiva Juliana Silva Diniz, Sempre presente Nessa trajetória....
E aos meus pais Tomas e Ana Lucia, pela paciência
E ao meu irmão Tomas
Dedico
ii
AGRADECIMENTOS
À Faculdade de Engenharia Agrícola (FEAGRI) pela oportunidade de realizar o
curso.
Ao CNPq pela concessão da bolsa de doutorado.
Ao Prof. Dr. Antonio Carlos de Oliveira Ferraz, pelo convite de iniciar esse curso
sem ter podido desenvolver em conjunto os projetos pretendidos.
Ao professor Dr. José Tadeu Jorge da Faculdade de Engenharia Agrícola e Vice-
reitor da UNICAMP, nossas considerações pela orientação e postura.
À Coordenadoria da Pós-graduação da FEAGRI, Professores Dr. Benedito Carlos
Benedetti e Dra. Raquel Gonçalves pelas condições proporcionadas e financiamento dos
recursos solicitados e secretárias Ana Paula Montagner e Marta Aparecida Rigonatto
Vechi pela presteza ao fornecer esclarecimentos pertinentes na realização do curso.
A secretária Rosemary Jardine Pacheco, assistente técnica do vice-reitor da
Unicamp, pela atenção dispensada em todos os momentos solicitados.
Ao Eng. Agro. Dr. Ricardo Elesbão Alves, amigo e pesquisador da EMBRAPA
AGROINDÚSTRIA TROPICAL em Pós-colheita, pelo incentivo e apoio que deu origem
a esta tese.
À Dra. Heloísa Almeida Cunha Filgueiras, amiga e pesquisadora da EMBRAPA
AGROINDÚSTRIA TROPICAL em Pós-colheita, exemplo de profissionalismo.
iii
À Dra. Déborah dos Santos Garrutti, pesquisadora da EMBRAPA
AGROINDÚSTRIA TROPICAL em Análise Sensorial, pela ajuda e infra-estrutura
fornecida para realização da análise sensorial do experimentos.
Ao meu grande amigo Engo Agrônomo Msc. Márcio Eduardo Canto Pereira,
pesquisador recém-contratado pela EMBRAPA MANDIOCA E FRUTICULTURA pela
colaboração imprescindível nas análises estatísticas, condução dos experimentos,
palavras de ânimo e oração.
A minha grande amiga, pesquisadora e doutora recém-contratada pelo Centro
Nacional de Pesquisa do Semi-árido de Petrolina – PE, Maria Auxiliadora de Coêlho
Lima, meus agradecimentos especiais.
Aos conselheiros membros da banca examinadora desta tese pelas sugestões.
À Profa. Msc Linda Vera Silva e Sousa do Instituto Luterano de Ensino Superior
de Itumbiara/ULBRA, pelo estímulo e convivência no curso da FEAGRI.
À Empresa AgroFresh Inc da Companhia Rohm and Haas Company representada
pelo Engo. Agronomo MSc e Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento para o Cone Sul Sr.
Walter S. P. Pereira pelo apoio técnico e financeiro à excecução deste trabalho.
Às empresas Maísa Mossoró Agroindustrial, Frunorte Ltda e Finobrasa
Agroíndustria S.A. pelo fornecimento dos frutos.
À Pesquisadora Maria Fátima Borges da pesquisadora da EMBRAPA
AGROINDÚSTRIA TROPICAL microbiologia de alimentos por conceder o ultrafreezer
para o armazenamento das amostras dos experimentos.
iv
À colega de curso de doutorado Eng (a) Agr(a). Lucimara Rogéria Antoniolli da
Faculdade de Engenharia Agrícola da UNICAMP, pela disposição no envio dos artigos
solicitados na conclusão da tese.
Aos funcionários Carlos Augusto, Rosane, Luzia e Célia da Biblioteca de
Ciências e Tecnologia da Universidade Federal do Ceará e Rose Meire da Silva, Maria
Solange Pereira Ribeiro e Raquel Cocatto Ribeiro da Biblioteca Central da Universidade
Estadual de Campinas, pela busca de artigos, teses e normatização bibliográfica.
A Coordenadoria de Assistência Técnica Integral – CATI em Campinas - SP e ao
Instituto de Tecnologia de Alimentos – ITAL pelo alojamento no início do curso.
À pesquisadora do ITAL/CETEA, Dra. Claire I.G.L. Sarantópoulos pela
caracterização da embalagem utilizada em um dos experimentos e esclarecimentos.
Aos estagiários Cynthia Rafaelle, Aline Veríssimo, Ana Paula, Daniela, Leandro,
Nágela Cristina, Amabélia, Cecília Aurea, Diogo Steffe, Mauro, Claísa, Tereza
Emanuelle, ao técnico de laboratório Francisco Sales de Oliveira, à funcionária Maria
Ferreira Silva e bolsista de desenvolvimento científico regional Rosaura Gazzola, ao
mestre Adriano da Silva Almeida, do Laboratório de Tecnologia e Fisiologia Pós-
colheita. Aos estagiários Viviane, Marcelo, Eutêmia, Sergimara e aos funcionários do
Laboratório de Físico Química e Análise Sensorial, Lucinha e Manoel da EMBRAPA
AGROINDÚSTRIA TROPICAL de FORTALEZA / CE. Todos pelos auxílios prestados
em laboratório, convivência e amizade.
À funcionária da TecnoCoco Eng(a). Alimentos, Maria José de Oliveira Campos,
pela ajuda na análise sensorial.
Aos estudantes de mestrado Suzy Anne Alves Pinto da Faculdade de Ciências
Agronômicas e Veterinárias de Jaboticabal/UNESP e de doutorado, Maria Raquel de
Alcântara e Carlos Farley Hebster de Moura do Departamento de Fitotecnia da
Universidade Federal do Ceará (UFC), todos conduzindo seus trabalhos no Laboratório
v
de Tecnologia e Fisiologia da EMBRAPA AGROINDUSTRIA TROPICAL,
compartilhando experiências nesse período.
À todos os funcionários da FEAGRI pela colaboração e acolhida, especialmente,
Vânia Aparecida Belloti S'antana Furlan, secretária do Depto. de Pré-processamento de
produtos agrícolas; Francisco Ferreira de Oliveira e Rosália da Silva Favoretto,
funcionários do Laboratório de Tecnologia Pós-Colheita de Matérias Primas e
Armazenagem de Produtos Agrícolas e Maria Aparecida Silaman de Freitas, funcionária
do setor de orçamento da FEAGRI/UNICAMP.
À Eng. Agra Ms Erneida Coelho de Araújo, estudante de doutorado da
Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), à Biologa Ruth Pantoja e à
Professora Assistente da Universidade Federal do Pará (UFPA), Marly Pedroso Costa
pela acolhida na cidade de Fortaleza.
vi
AGRADECIMENTO ESPECIAL
A Deus, que me deu a vida, energia e sabedoria nas horas difíceis e alegria em
muitos outros momentos.
vii
Quando acreditamos e amamos do fundo de nossa alma em algo, nos sentimos
mais fortes que o mundo, e somos tomados de uma serenidade que vem da certeza de
que nada poderá vencer nossa fé.
Esta força estranha faz com que sempre tomemos a decisão certa na hora exata
quando atingimos nosso objetivo, ficamos surpresos com nossa capacidade
Paulo Coelho
SUMÁRIO
viii
PáginaPÁGINA DE ROSTO.............................................................................................. i DEDICATÓRIA...................................................................................................... ii AGRADECIMENTOS............................................................................................ iii AGRADECIMENTO ESPECIAL............................................................................ vii
REFLEXÃO............................................................................................................ viii
SUMÁRIO.............................................................................................................. ix RESUMO................................................................................................................ xv ABSTRACT............................................................................................................ xvii LISTA DE TABELAS........................................................................................... xviii LISTA DE FIGURAS.............................................................................................. xx 1 INTRODUÇÃO.................................................................................................. 01 2 OBJETIVOS....................................................................................................... 03 3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA........................................................................... 04
3.1 Considerações sobre a manga........................................................................ 04
3.2 Características de Qualidade Pós-colheita da Manga................................. 06
3.2.1 Etileno e CO2............................................................................................... 07
3.2.2. Firmeza........................................................................................................ 08
3.2.3 Sólidos Solúveis........................................................................................... 09
3.2.4 Acidez Total Titulável.................................................................................. 09
3.2.5 Potencial Hidrogeniônico............................................................................. 10
3.2.6 Relação entre Sólidos Solúveis Totais e Acidez Total Titulável.................... 10
3.2.7 Vitamina C.................................................................................................. 10
3.2.8 Cor.............................................................................................................. 11
3.2.9 Análise sensorial.......................................................................................... 12
3.3 Tecnologia Pós-Colheita................................................................................. 14
3.3.1 Baixas Temperaturas...................................................................................... 14
ix
3.3.2 Tratamento Hidrotérmico............................................................................... 16
3.3.3 Atmosfera Controlada.................................................................................... 17
3.3.4 Atmosfera Modificada.................................................................................... 19
A)Uso de filmes plásticos................................................................................... 20
B) Uso de Ceras................................................................................................. 22
Ceras comestíveis.......................................................................................... 23
C) Embalagens Ativas........................................................................................ 24
3.3.5 Uso de Irradiação.......................................................................................... 26
3.3.6 Emprego do Calcio....................................................................................... 27
3.3.7 Reguladores de Crescimento......................................................................... 28
3.3.8 Inibidores do amadurecimento...................................................................... 29
3.4 Uso do 1-Metilciclopropeno (1-MCP).............................................................. 31
A) Produtos de padrão não climatérico.............................................................. 32
B) Produtos de padrão climatérico.................................................................... 34
C) Outros efeitos............................................................................................... 40
4 MATERIAL E MÉTODOS................................................................................ 42
4.1 Ensaio I - Maturação de manga ‘Tommy Atkins’ submetida a aplicação
pós-colheita de 1-MCP..........................................................................................
42
4.1.1 Frutos............................................................................................................. 42
4.1.2 Procedimento de Aplicação............................................................................ 44
4.2 Ensaio II - Armazenamento refrigerado de manga ‘Tommy Atkins’
submetida a diferentes doses e tempos de exposição a 1-MCP...........................
47
4.2.1 Frutos............................................................................................................ 47
4.2.2 Procedimento de Aplicação............................................................................ 47
4.3 Ensaio III - Armazenamento refrigerado sob atmosfera modificada de
manga ‘Tommy Atkins’ submetida a aplicação pós-colheita de 1-MCP.............
48
4.3.1 Frutos............................................................................................................ 48
4.3.2 Procedimento de Aplicação............................................................................ 48
4.3.3 Caracterização do filme Xtend®.................................................................... 48
4.4 Ensaio IV - Armazenamento refrigerado de manga ‘Tommy Atkins’
submetida a aplicação de 1-MCP a baixa temperatura......................................
50
x
4.4.1 Frutos............................................................................................................ 50
4.4.2 Procedimento de Aplicação............................................................................ 50
4.5 Avaliações......................................................................................................... 51
4.5.1 Físicas............................................................................................................ 51
4.5.1.1 Perda de Massa............................................................................................ 51
4.5.1.2 Firmeza........................................................................................................ 52
4.5.1.3 Componentes da cor da casca....................................................................... 52
4.5.1.4 Escala da Cor da casca................................................................................ 54
4.5.1.5 Componentes da cor polpa........................................................................... 54
4.5.1.6 Escala da Cor da polpa................................................................................ 54
4.5.2 Análise Sensorial........................................................................................... 55
4.5.3 Físico-Químicas e Químicas.......................................................................... 57
4.5.3.1 Sólidos Solúveis Totais................................................................................ 57
4.5.3.2 Acidez Total Titulável.................................................................................. 57
4.5.3.3 Potencial Hidrogeniônico............................................................................. 57
4.5.3.4 Relação Sólidos Solúveis Totais e Acidez Total Titulável............................. 57
4.5.3.5 Açúcares Solúveis Totais.............................................................................. 57
4.5.3.6 Vitamina C................................................................................................... 58
4.5.4 Análises Fisiológicas...................................................................................... 58
4.5.4.1 Taxa respiratória e produção de etileno........................................................ 58
4.5.5 Análises Bioquímicas.................................................................................... 59
4.5.5.1 ACC Oxidase............................................................................................... 59
4.5.6 Análise Estatística........................................................................................ 60
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................ 61
5.1 ENSAIO I - Maturação de manga ‘Tommy Atkins’ submetida a aplicação
pós-colheita de 1-MCP .........................................................................................
61
5.1.1 Taxa respiratória e produção de etileno........................................................... 61
5.1.2 Perda de Massa.............................................................................................. 63
5.1.3 Firmeza da polpa............................................................................................. 65
5.1.4 Atributos da cor da casca................................................................................ 67
5.1.5 Atributos da cor da polpa............................................................................... 73
xi
5.1.6 Sólidos Solúveis Totais................................................................................... 76
5.1.7 Acidez Total Titulável e Potencial hidrogeniônico........................................... 77
5.1.8 Relação Sólidos Solúveis Totais e Acidez Total Titulável................................ 79
5.2 ENSAIO II - Armazenamento refrigerado de manga ‘Tommy Atkins’
submetida a diferentes doses e tempos de exposição a 1-MCP...........................
82
5.2.1 Taxa respiratória e produção de etileno.......................................................... 82
5.2.2 Perda de Massa.............................................................................................. 83
5.2.3 Firmeza da polpa............................................................................................. 84
5.2.4 Atributos da cor da casca................................................................................ 86
5.2.5 Atributos da cor da polpa................................................................................ 89
5.2.6 Sólidos Solúveis Totais................................................................................... 92
5.2.7 Acidez Total Titulável e Potencial Hidrogeniônico.......................................... 93
5.2.8 Relação Sólidos Solúveis Totais e Acidez Total Titulável............................ 94
5.3 ENSAIO III - Armazenamento refrigerado sob atmosfera modificada de
manga ‘Tommy Atkins’ submetida a aplicação pós-colheita de 1-MCP.............
101
5.3.1 Taxa respiratória e produção de etileno.......................................................... 101
5.3.2 Perda de Massa.............................................................................................. 104
5.3.3 Firmeza da polpa............................................................................................ 106
5.3.4 Atributos da cor da casca............................................................................... 108
5.3.5 Atributos da cor da polpa................................................................................ 110
5.3.6 Sólidos Solúveis Totais e Açúcares Solúveis Totais......................................... 113
5.3.7 Acidez Total Titulável e Potencial Hidrogeniônico.......................................... 115
5.3.8 Relação Sólidos Solúveis Totais e Acidez Total Titulável................................ 116
5.3.9 Vitamina C..................................................................................................... 117
5.3.10 Análise Sensorial........................................................................................... 119
5.4 ENSAIO IV Armazenamento refrigerado de manga ‘Tommy Atkins’
submetida a aplicação de 1-MCP a baixa temperatura.......................................
129
5.4.1 Atributos de Qualidade................................................................................... 129
5.4.2 Análise Sensorial............................................................................................ 131
6 CONCLUSÕES.................................................................................................. 139
6.1 ENSAIO I - Maturação de manga ‘Tommy Atkins’ submetida a aplicação 139
xii
pós-colheita de 1-MCP.........................................................................................
6.2 ENSAIO II - Armazenamento refrigerado de manga ‘Tommy Atkins’
submetida a diferentes doses e tempos de exposição a 1-MCP...........................
139
6.3 ENSAIO III – Armazenamento refrigerado sob atmosfera modificada de
manga ‘Tommy Atkins’ submetida a aplicação pós-colheita de 1-MCP............
139
6.4 ENSAIO IV – Armazenamento refrigerado de manga ‘Tommy Atkins’
submetida a aplicação de 1-MCP a baixa temperatura.......................................
139
6.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................... 140
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................... 141
APÊNDICE............................................................................................................ 175
RESUMO
Um série de 4 ensaios foram realizados utilizando-se a infra-estrutura da Embrapa
– Agroindústria Tropical, em Fortaleza, Brasil para determinar o potencial do 1-MCP,
novo bloqueador. da sintese e ação do etileno, no controle do amadurecimento de mangas
‘Tommy Atkins’, variedade mais produzida e comercializada, oriundas de áreas de
cultivo próximas do local de estudo. No Ensaio I, frutos foram colhidos em dois estádios
de maturação (E2 e E3) baseados na cor da polpa, conforme padronização de alguns
xiii
exportadores e submetidos à aplicação pós-colheita de 1-MCP (0, 30, 120 e 240 nL.L-1)
por 12 horas em câmaras isoladas vedadas a temperatura ambiente e após abertura, os
frutos foram armazenados nas mesmas condições por 14 dias. As doses de 30 e 120 nL.L-
1 de 1-MCP (SmartFresh®) mostraram-se eficientes em retardar o amadurecimento em
temperatura ambiente do frutos colhidos no estádio de maturação E2 promovendo atraso
do pico climatérico, redução da taxa respiratória, da perda de peso e da firmeza,
manutenção da polpa mais ácida bem como tendência no retardo do ângulo hue da região
mais verde da casca do que os frutos não tratados. Nos frutos colhidos no estádio E3,
apenas a dose de 30 nL.L-1 foi eficiente em reduzir a taxa respiratória. Essa dose não
modificou o tempo entre a colheita e o pico respiratório dos frutos quando comparados à
testemunha, mas apresentou tendência de atrasar o amadurecimento. No Ensaio II,
mangas foram colhidas no estádio 2 de maturidade e tratadas no dia seguinte com 0; 40;
80 e 120 nL.L-1 de 1-MCP a temperatura ambiente em câmaras seladas por 12 e 20 horas
de exposição. As câmaras foram abertas e os frutos foram armazenados sob refrigeração
por 21 dias seguidos por 9 dias a temperatura ambiente. Os efeitos das doses do 1-MCP e
períodos de exposição foram avaliados no dia da colheita e após 21, 24, 27 e 30 dias. A
única diferença no efeito do tempo foi encontrada na luminosidade da polpa que foi
menor por 20 horas/80 nL.L-1 e maior por 12 horas/80 nL.L-1. Todos os frutos foram
tratados com 1-MCP perderam menos pesos durante armazenamento. Doses de 80 e 120
nL.L-1 de 1-MCP reduziram taxas respiratórias e os frutos tratados com 80 nL.L-1
permanceram mais firmes, ligeiramente ácidos e com menores valores de pH do que os
outros até os 21 dias em armazenamento. A redução do ângulo Hue na região verde da
casca foi retardada e na cor da polpa, acelerada nos frutos. No Ensaio III, mangas foram
colhidas no estádio 2 de maturidade e tratadas no dia seguinte com 1-MCP (0; 100 ou 500
nL.L-1 a temperatura ambiente em câmaras fechadas. Após 12 horas, as câmaras foram
abertas e os efeitos do 1-MCP e atmosfera modificada (Xtend®), isolados ou em
combinação foram avaliados durante armazenamento refrigerado por 25 dias, seguidos
por 7 dias a temperatura ambiente. Vitamina C e acidez total titulável em frutos tratados
com 1-MCP sem Xtend® foram maiores do que os frutos não tratados até os 20 dias de
armazenamento refrigerado, e tornou-se equivalente após transferir para a temperatura
ambiente. Os menores picos respiratórios foram equivalentes e detectados nos frutos
xiv
tratados com 100 nL.L-1 de 1-MCP sem Xtend® e 500 nL.L-1 de 1-MCP with Xtend®.
Luminosidade (L) medida na região verde da casca foi afetada pelo 1-MCP até os 25
dias, e os valores foram maiores nos frutos sem Xtend®. Valores de Luminosidade e
Croma da polpa foram menores e maiores respectivamente quando Xtend® foi usado.
Xtend® protegeu os frutos da perda de peso durante o armazenamento refrigerado. Frutos
sem Xtend® e tratados com 100 nL.L-1 de 1-MCP foram 25% mais firmes, mas não
foram percebidos pelos painelistas sensoriais. Análise sensorial realizada fora do
armazenamento refrigerado ao 32o dia, revelou que o amadurecimento foi acelerado em
frutos com Xtend® e em frutos tratados com 500 nL.L-1 de 1-MCP armazenados sem
Xtend®. Finalmente, no Ensaio IV mangas foram colhidas em maturidade fisiológica,
tratadas com água quente no dia seguinte e embaladas em caixas de papelão tipo
exportação. Frutos foram expostos a 100 nL.L-1 de 1-MCP a baixa temperatura em
câmaras fechadas por 12 horas, sendo armazenadas por até 35 dias sob refrigeração após
sua retirada. Após 21, 28 e 35 dias sob armazenamento refrigerado, frutos foram
transferidos para temperatura ambiente e avaliados no mesmo dia e após 4, 7 e 12 dias. O
efeito significativo do 1-MCP surgiu após os 35 dias de armazenamento sobre as
características de qualidade.
ABSTRACT
A sucession of experiments was carried out at Embrapa – Agroindústria Tropical,
in Fortaleza, Brazil, to determine the potential of 1-MCP (SmartFreshTM), a new blocker
of ethylene synthesis and action, in controlling the ripening of ‘Tommy Atkins’,
mangoes, a widely produced and comercialized variety in areas of cultivation near the
place of study. In the first experiment, fruits were harvested at two stages of maturity (S2
and S3) as defined by the growers’ standards, based on the pulp color, and exposed to 4
doses of 1-MCP (0, 30, 120 and 240 nL.L-1) for 12 hours in sealed containers,
xv
subsequently being stored for up to 14 days at room temperature. The respiration rate,
skin color, weight loss, pulp firmness, pH, titratable acidity (TA), soluble solids content
(SSC) and SSC/TA ratio were evaluated. Doses of 30 and 120 nL.L-1 of 1-MCP were
effective in controlling the ripening of mangoes harvested at S2, delaying the climacteric
peak, reduced the respiration rate, reduced fresh weight loss, producing firmer pulp,
higher titratable acidity and delayed skin color evolution as compared to non-treated
fruits. For mangoes harvested at S3 only the 30 nL.L-1 dose was effective in lowering the
respiration rate, although the time between harvest and the climacteric peak was the same
as compared to non-treated fruits. Nevertheless a trend to delay ripening could be
noticed. In the second experiment, mangoes were harvested at S2 and treated the day
after with 0; 40; 80 and 120 nL.L-1 of 1-MCP at room temperature in sealed chambers for
12 and 20 hours. The chambers were then opened and the fruits stored for 21 days under
refrigeration followed by 9 days at room temperature. The effects of the 1-MCP doses
and the times of exposition were evaluated on the day of harvest and after 21, 24, 27 and
30 days. The respiration rates were measured on the day of harvest and at daily intervals
after 21 days of storage. The only difference in the effect of time was found for the
Luminosity (L) values of the pulp, which were lower after 20 hours/80 nL.L-1 and higher
after 12 hours/80 nL.L-1. All fruits treated with 1-MCP lost less weight during storage.
Doses of 80 and 120 nL.L-1 1-MCP reduced the respiration rates, and fruits treated with
80 nL.L-1 remained firmer, slightly acid and with lower pH values than the others, up tol
21 days of storage. The reduction of the hue angle, which indicates a shift in skin color
from green to yellow, and in pulp color from light to dark yellow, was accelerated in 1-
MCP treated fruits. In the third experiment, mangoes were havested at S2 and treated in
the day after with gaseous 1-MCP (0; 100 or 500 nL.L-1) at room temperature in sealed
chambers. After 12 hours the chambers were opened and the effects of 1-MCP and
modified atmosphere (XtendTM), isolated or in combination, on controling ripening, were
evaluated during 25 days of cold storage, followed by 7 days at room temperature. The
vitamin C contents and total titrable acidity in 1-MCP treated fruits without XtendTM
were higher than in non-treated fruits up to 20 days of cold storage, and became
equivalent after transfer to room temperature. The soluble sugars content were not
affected. The lowest respiratory peaks were equivalent and found in fruits treated with
xvi
100 nL.L-1 1-MCP without XtendTM and 500 nL.L-1 1-MCP with XtendTM. Sensory
analyses were carried out after cold storage on the 32nd day. Luminosity (L) was
measured for the green part of the skin, and was affected by 1-MCP doses up to 25 days,
and the values were higher in fruits without XtendTM. The only effects of XtendTM were
seen in L and Chroma (C) characteristics of the pulp color. The L values being lower and
the C values the higher when XtendTM was used. XtendTM protected the fruits from
weight loss during cold storage. Fruits without XtendTM and treated with 100 nL.L-1 were
25% firmer but this was not perceived by the sensory panel. A sensory analysis on the
32nd day without cold storage, revealed that ripening was accelerated in fruits stored with
XtendTM and in 500 nL.L-1 treated fruits, stored without XtendTM. Finally, in the fourth
experiment, the mangoes were harvested at physiological maturity, treated with hot water
the following day and packed to cardboard boxes. The fruits were exposed to 100 nL.L-1
of 1-MCP at low temperature in sealed chambers for 12 hours. Non-treated fruits were
used for comparison. The chambers were opened and the fruits cold stored for 35 days.
After 21, 28 and 35 days of cold storage, the fruits were transferred to room temperature
and evaluated on the same day and after 4, 7 and 12 days. After 35 days of cold storage,
the significant effect of 1-MCP on the ripening process of the mangoes started to appear
in the quality characteristics.
xvii
LISTA DE TABELAS
Tabela
No. Página 01 Taxas de permeabilidade (cm3. m-2. dia) (TP), intervalo de variação, média e
coeficiente de variação de oxigênio (O2), gás carbônico (CO2) a 23oC, seco e 1 atm de pressão parcial de gás permeante e de vapor de água (g água. m-2. dia) a 38oC e 90% de UR e espessura (µm)......................................................
49
02 Cor da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ (Notas de 1 a 4)............................... 54
03 Coloração da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ (Notas de 1 a 5)..................... 55
04 Perda de massa (%) e ATT (% ácido cítrico) em mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas no estádio 2 e armazenadas a 27,5 ± 1,2oC e 65,5 ± 4 % UR, após exposição a diferentes doses de 1-MCP. Embrapa Tropical Agroindústria, Fortaleza, CE, 2000.........................................................................................
62
05 Firmeza da Polpa (N), pH and ATT (% ácido cítrico) em mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas no estádio 3 e armazenadas temperatura ambiente de 27,5 ± 1,2oC e 65,5 ± 4 % UR, após exposição a diferentes doses de 1-MCP. Embrapa Tropical Agroindústria, Fortaleza, CE, 2000......................................
66
06 Efeito de doses de 1-MCP na relação entre Sólidos Solúveis Totais e Acidez Total Titulável de mangas ‘Tommy Atkins’ nos estádios 2 e 3. Embrapa Tropical Agroindústria, Fortaleza, CE, 2000....................................................
80
07 Taxa respiratória (mg CO2 .kg-1.h-1) e Perda de massa (%) de mangas ‘Tommy Atkins’ submetidas a doses de 1-MCP e armazenadas sob refrigeração por 21 dias (12 ± 1oC e 99 ± 1% UR) seguidos por 6 dias a temperatura ambiente (25,1 ± 0,8 oC e 65,3 ± 0,6 % UR). Embrapa Tropical Agroindústria, Fortaleza, CE, 2000.........................................................................................
82
08 Influência do tempo de exposição (horas) às doses de 1-MCP na Luminosidade da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% de umidade relativa seguido de 9 dias de armazenamento a 25,1 ± 0,8 oC e 65,3 ± 0,6 % de umidade relativa. Fortaleza – CE, 2000......
91
xviii
09 Efeitos entre embalagem e doses de 1-MCP na produção de CO2 (mg . kg-1.h-
1) em mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 25 dias (11,5 ± 1,7 o C e 86,1 ± 8,4% UR) e transferidas para a temperatura ambiente por 7 dias sem influência da embalagem (25,4 ± 0,2 o C e 97,6 ± 1,2 % UR). Fortaleza, CE. 2001................................................................................................................
103
10 Efeitos entre doses de 1-MCP (nL.L-1) e embalagem na Firmeza (N) de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 25 dias (11,5 ± 1,7 o C e 86,1 ± 8,4% UR) transferidas para o ambiente por 7 dias sem a influência da embalagem (25,4 ± 0,2 o C e 97,6 ± 1,2 % UR). Fortaleza, CE. 2001...............
107
11 Coloração da casca (Notas 1 - 4), Luminosidade e Croma da região verde da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 25 dias a 11,5 ± 1,7 oC e 86,1 ± 8,4% UR com e sem filme Xtend® mais 7 dias a 25,4 ± 0,2 o C e 97,6 ± 1,2 % UR, sem a influência do filme Xtend®. Embrapa Agroindústria Tropical, Fortaleza, CE, 2001.........................................................................................
109
12 Efeitos de doses de 1-MCP e embalagem sobre Sólidos Solúveis Totais (oBrix) em mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 25 dias (11,5 ± 1,7 o C e 86,1 ± 8,4% UR) e transferidos para o ambiente por 7 dias sem a influência da embalagem (25,4 ± 0,2 o C e 97,6 ± 1,2 % UR). Fortaleza, CE. 2001..............
113
13 Percentuais de frequência de categorias de aroma da polpa atribuídos pelos julgadores de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas ao ambiente por 32 dias que receberam ou não doses de 1-MCP (nL.L-1) com Xtend® (Filme) ou sem Xtend® (Controle) um dia após a colheita. Fortaleza, CE. 2001........................
119
14 Percentuais de frequência categorias de cor da polpa atribuídos pelos julgadores de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas ao ambiente por 32 dias que receberam ou não doses de 1-MCP (nL.L-1) com Xtend® (Filme) ou sem Xtend® (Controle) um dia após a colheita. Fortaleza, CE. 2001........................
120
15 Percentuais de frequência de categorias de firmeza da polpa atribuídos pelos julgadores de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas ao ambiente por 32 dias que receberam ou não doses de 1-MCP (nL.L-1) com Xtend® (Filme) ou sem Xtend® (Controle) um dia após a colheita. Fortaleza, CE. 2001........................
120
xix
16 Influência da dose de 100 nL.L-1 de 1-MCP na produção de CO2, Sólidos Solúveis Totais (SST), Açúcares Solúveis Totais (AST), Vitamina C Total (Vit C), Acidez total titulável (ATT), potencial hidrogeniônico (pH), Relação Sólidos Solúveis Totais e Acidez Total Titulável (SST/ATT), Perda de massa (PM), Firmeza da polpa (F), Coloração da casca (CC), Luminosidade, Cromaticidade e Angulo hue das regiões verde e vermelha (Lvd, Cvd, Hvd, Lvm, Cvm e Hvm), Coloração e Luminosidade, Cromaticidade e Angulo hue da região da polpa (CI e Lint, Cint e Hint) em mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 21, 28 e 35 dias a 11,1 ± 1,4oC e 86,2 ± 3,6% UR e transferidas para o ambiente aos 0, 4, 7 e 12 dias a 25,8 ± 0,6oC e 96 ± 4% UR. Embrapa Agroindústria Tropical, Fortaleza – CE, 2002............................
130
xx
LISTA DE FIGURAS
Figura
No. Página
01 Produção de mangas pelos principais países produtores em 2001..................... 04
02 Estrutura do 1-MCP (C4H6), antagonista do etileno (C2H4)................ .......... 31
03 Estádio de maturação 2 de manga ‘Tommy Atkins’.......................................... 43
04 Estádio de maturação 3 de manga ‘Tommy Atkins’.......................................... 43
05 Mangas ‘Tommy Atkins’ no interior de um container aberto............................ 44
06 Introdução de um frasco contendo 1-MCP no interior de um container com mangas ‘Tommy Atkins’ sob temperatura ambiente de 25oC e 75% UR............
45
07 Abertura de um frasco contendo 1-MCP no interior de um container com mangas ‘Tommy Atkins’ sob temperatura ambiente de 25oC e 75% UR............
45
08 Exemplo de um container vedado sob temperatura ambiente de 25oC e 75% UR com frutos sob exposição ao 1-MCP.........................................................
46
09 Coordenadas ou Atributos de cor: X = Saturação ou Cromaticidade; Y = Luminosidade ou Brilho e Z = Ângulo Hue......................................................
53
10 Ficha de avaliação de aroma, cor e firmeza em polpa de mangas ‘Tommy Atkins’.............................................................................................................
56
11 Amostras de polpa de manga ‘Tommy Atkins’ tratadas com 1-MCP e armazenadas a temperatura ambiente, apresentadas aos provadores para análise sensorial...............................................................................................
56
xxi
12 Recipiente e seringa utilizados para determinação de atividade respiratória em mangas ‘Tommy Atkins’..................................................................................
59
13 Taxa respiratória (mg CO2 kg-1.h-1) de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas no estádio 2 (A) e 3 (B) de maturação, submetidas a diferentes doses de 1-MCP e armazenadas em 27,5 ± 1,2 oC e umidade relativa de 65,5 ± 4 %. Fortaleza – CE, 2000.........................................................................................................
62
14 Perda de massa (%) de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas nos estádios 2 (A) e 3 (B) de maturação, armazenadas em 27,5 ± 1,2 oC e umidade relativa de 65,5 ± 4 %. Fortaleza – CE, 2000...........................................................................
65
15 Firmeza da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas nos estádios 2 de maturação, submetidas a diferentes doses de 1-MCP e armazenadas a temperatura ambiente de 27,5 ± 1,2 oC e umidade relativa de 65,5 ± 4 %. Fortaleza – CE, 2000.......................................................................................
66
16 Firmeza da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas no estádio 3 de maturação, e armazenadas em temperatura de 27,5 ± 1,2 oC e umidade relativa de 65,5 ± 4 %. Fortaleza – CE, 2000...............................................................
67
17 Coloração da casca (Notas de 1 a 4) de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas no estádio 2 (A) e 3 (B) de maturação, armazenadas a temperatura ambiente de 27,5 ± 1,2 oC e umidade relativa de 65,5 ± 4 %. Fortaleza – CE, 2000.............
68
18 Luminosidade, Cromaticidade e Ângulo Hue da região verde casca de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas nos estádios 2 (A, B e C) de maturação, e armazenadas em 27,5 ± 1,2oC e umidade relativa de 65,5 ± 4%. Fortaleza – CE, 2000........................................................................................................
70
19 Luminosidade, Cromaticidade e Ângulo Hue da região verde da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas no estádio 3 (A, B e C) de maturação, submetidas a diferentes doses de 1-MCP e armazenadas em 27,5 ± 1,2oC e umidade relativa de 65,5 ± 4%. Fortaleza – CE, 2000......................................
71
20 Luminosidade, Cromaticidade e Ângulo Hue da região vermelha da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas nos estádios 2 (A e B) e 3 (C, D e E) de maturação, e armazenadas 27,5 ± 1,2oC e umidade relativa de 65,5 ± 4%. Fortaleza – CE, 2000.......................................................................................
72
21 Luminosidade da região vermelha da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas nos estádios 2 de maturação, submetidas a diferentes doses de 1-MCP e armazenadas 27,5 ± 1,2oC e umidade relativa de 65,5 ± 4%. Fortaleza – CE, 2000......................................................................................................
73
xxii
22 Luminosidade, Cromaticidade e Ângulo Hue da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas nos estádios 2 (A, B e C) e 3 de maturação (D, E e F), submetidas a diferentes doses de 1-MCP e armazenadas em 27,5 ± 1,2 oC e umidade relativa de 65,5 ± 4 %. Fortaleza – CE, 2000.....................................
75
23 Sólidos Solúveis Totais (oBrix) de mangas ‘Tommy Atkins’ no estádio 2 de maturação armazenadas em 27,5 ± 1,2 oC e umidade relativa de 65,5 ± 4 %. Fortaleza – CE, 2000........................................................................................
76
24 Efeito de doses de 1-MCP no estádio 3 de maturação nos Sólidos Solúveis Totais (oBrix) de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas em 27,5 ± 1,2 oC e umidade relativa de 65,5 ± 4,0 %. Fortaleza – CE, 2000....................................
76
25 Efeito de doses de 1-MCP nos estádios 2 no potencial hidrogeniônico (pH) em mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas em 27,5 ± 1,2 oC e umidade relativa de 65,5 ± 4%. Fortaleza – CE, 2000......................................................................
78
26 Potencial hidrogeniônico (pH) em mangas ‘Tommy Atkins’ no estádio 3 de maturação (C) armazenadas em 27,5 ± 1,2 oC e umidade relativa de 65,5 ± 4%. Fortaleza – CE, 2000........................................................................................
78
27 Acidez Total Titulável (% ácido cítrico) de mangas ‘Tommy Atkins’ nos estádios 2 (A) e 3 (B) armazenadas em 27,5 ± 1,2 oC e umidade relativa de 65,5 ± 4 %. Fortaleza – CE, 2000....................................................................
79
28 Relação entre Sólidos Solúveis Totais e Acidez Total Titulável de mangas ‘Tommy Atkins’ nos estádios 2 (A) e 3 (B) armazenadas em 27,5 ± 1,2 oC e umidade relativa de 65,5 ± 4 %. Fortaleza – CE, 2000.....................................
80
29 Produção de CO2 (mg..kg-1.h-1) de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% de umidade relativa, seguido de 6 dias de armazenamento ambiente a 25,1 ± 0,8 oC e 65,3 ± 0,6 % de umidade relativa. Fortaleza – CE, 2000.......................................................................................
83
30 Perda de massa (%) de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC de temperatura e 99 ± 1% de umidade relativa, seguido de 9 dias de armazenamento ambiente a 25,1 ± 0,8 oC e 65,3 ± 0,6 % de umidade relativa. Fortaleza – CE, 2000..........................................................................
84
31 Efeitos de doses de 1-MCP na Firmeza (N) de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% de umidade relativa, seguido de 9 dias de armazenamento a 25,1 ± 0,8 oC e 65,3 ± 0,6 % de umidade relativa. Fortaleza – CE, 2000...........................................................................
85
xxiii
32 Efeitos de doses de 1-MCP na Coloração da casca (Notas de 1 a 4) de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% de umidade relativa, seguido de 9 dias de armazenamento a temperatura ambiente de 25,1 ± 0,8 oC e 65,3 ± 0,6 % de umidade relativa. Fortaleza – CE, 2000................
87
33 Efeitos de doses de 1-MCP na Luminosidade (A,D), Cromaticidade (B) e Ângulo Hue (C,E) das regiões verde e vermelha da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% de umidade relativa, seguido de 9 dias de armazenamento a 25,1 ± 0,8 oC e 65,3 ± 0,6 % de umidade relativa. Fortaleza – CE, 2000............................................................
88
34 Cromaticidade da região vermelha da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% de umidade relativa, seguido de 9 dias de armazenamento a 25,1 ± 0,8 oC e 65,3 ± 0,6 % de umidade relativa. Fortaleza – CE, 2000..........................................................................
89
35 Efeito de doses de 1-MCP (nL.L-1) no Ângulo Hue (D) na polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% de umidade relativa, seguido de 9 dias de armazenamento a 25,1 ± 0,8 oC e 65,3 ± 0,6 % de umidade relativa. Fortaleza – CE, 2000.......................................................
89
36 Coloração (Notas de 1 a 5) (A), Luminosidade (B), Cromaticidade (C) na polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% de umidade relativa, seguido de 9 dias de armazenamento a 25,1 ± 0,8 oC e 65,3 ± 0,6 % de umidade relativa. Fortaleza – CE, 2000...............................
90
37 Sólidos solúveis totais (oBrix) de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% de umidade relativa, seguido de 9 dias de armazenamento a 25,1 ± 0,8 oC e 65,3 ± 0,6 % de umidade relativa. Fortaleza – CE, 2000.......................................................................................
93
38 Influência de doses de 1-MCP no Potencial hidrogeniônico (A) e na acidez total titulável (% ácido cítrico) (B) de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% de umidade relativa, seguido de 9 dias de armazenamento a 25,1 ± 0,8 oC e 65,3 ± 0,6 % de umidade relativa. Fortaleza – CE, 2000.......................................................................................
94
39 Influência de 12 horas (A) e 20 horas (B) de exposição às doses de 1-MCP na Relação SST/ATT da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% de umidade relativa seguido de 9 dias de armazenamento a 25,1 ± 0,8 oC e 65,3 ± 0,6 % de umidade relativa. Fortaleza – CE, 2000.......................................................................................
95
40 Coloração da casca (A) e da polpa (B) de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas no estádio 2 de maturidade. Fortaleza – CE, 2000............................................
96
xxiv
41 Influência dos tempos de exposição na coloração da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas no estádio 2, armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% UR. Fortaleza – CE, 2000................................................................................
97
42 Influência dos tempos de exposição na coloração da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas no estádio 2, armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% UR. Fortaleza – CE, 2000...............................................................................
97
43 Influência dos tempos de exposição na coloração da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas no estádio 2, armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% UR e transferidas a 25,1 ± 0,8 e 65,3 ± 0,6 % UR por 3 dias. Fortaleza – CE, 2000................................................................................................................
98
44 Influência dos tempos de exposição na coloração da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas no estádio 2, armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% UR e transferidas a 25,1 ± 0,8 e 65,3 ± 0,6 % UR por 3 dias. Fortaleza – CE, 2000................................................................................................................
98
45 Influência dos tempos de exposição na coloração da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas no estádio 2 armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% UR e transferidas a 25,1 ± 0,8 e 65,3 ± 0,6 % UR por 5 dias. Fortaleza – CE, 2000................................................................................................................
99
46 Influência dos tempos de exposição na coloração da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas no estádio 2 armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% UR e transferidas a 25,1 ± 0,8 e 65,3 ± 0,6 % UR por 5 dias. Fortaleza – CE, 2000................................................................................................................
99
47 Influência dos tempos de exposição na coloração da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas no estádio 2, armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% UR e transferidas a 25,1 ± 0,8 e 65,3 ± 0,6 % UR por 8 dias. Fortaleza – CE, 2000................................................................................................................
100
48 Influência dos tempos de exposição na coloração da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas no estádio 2, armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% UR e transferidas a 25,1 ± 0,8 e 65,3 ± 0,6 % UR por 8 dias. Fortaleza – CE, 2000................................................................................................................
100
xxv
49 Efeitos de embalagem (A) e doses de 1-MCP (B) na produção de CO2 (mg.kg-
1.h-1) de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas a 25 dias a (11,5 ± 1,7 oC e 86,1± 8,4% UR) e transferidas para a temperatura ambiente por 7 dias seminfluência da embalagem a (25,4 ± 0,2 oC e 97,6 ± 1,2 % UR). Fortaleza, CE.2001.................................................................................................................
102
50 Perda de massa (%) para manga ‘Tommy Atkins’ com Xtend® (F) e sem Xtend® (C) armazenadas a 25 dias a (11,5 ± 1,7 oC e 86,1 ± 8,4% UR) e transferidas para o ambiente por 7 dias sem a influência da embalagem (25,4 ± 0,2 o C e 97,6 ± 1,2 % UR). Fortaleza, CE. 2001.............................................
104
51 Firmeza da polpa (N) de manga ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 25 dias (11,5 ± 1,7 o C e 86,1 ± 8,4% UR) transferidas para o ambiente por 7 dias sem a influência da embalagem (25,4 ± 0,2 o C e 97,6 ± 1,2 % UR). Fortaleza, CE. 2001................................................................................................................
107
52 Efeitos de doses de 1-MCP na Luminosidade da região verde da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 25 dias (11,5 ± 1,7oC e 86,1 ± 8,4% UR) transferidas para o ambiente por 7 dias sem a influência da embalagem (25,4 ± 0,2oC e 97,6 ± 1,2 %UR). Fortaleza, CE. 2001..................
109
53 Coloração da casca (Notas de 1 – 4) (A); Cromaticidade (B) e Ângulo Hue (C) da região verde da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 25 dias (11,5 ± 1,7 o C e 86,1 ± 8,4% UR) transferidas para o ambiente por 7 dias sem a influência da embalagem (25,4 ± 0,2 o C e 97,6 ± 1,2 % UR). Fortaleza, CE. 2001.........................................................................................................
110
54 Coloração (Notas de 1 a 5) (A) e Angulo Hue (B) da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 25 dias (11,5 ± 1,7 oC e 86,1 ± 8,4% UR) e transferidas para a temperatura ambiente por 7 dias (25,4 ± 0,2 o C e 97,6 ± 1,2 % UR) sem a influencia da embalagem. Fortaleza, CE. 2001.
111 55 Efeitos de embalagem na Luminosidade (A) e Cromaticidade (B) da polpa de
mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 25 dias (11,5 ± 1,7 oC e 86,1 ± 8,4% UR) e transferidas para a temperatura ambiente por 7 dias (25,4 ± 0,2 o C e 97,6 ± 1,2 % UR) sem a influencia da embalagem. Fortaleza, CE. 2001................................................................................................................
112
56 Sólidos Solúveis Totais (oBrix) (A) e Açúcares Solúveis Totais (%) (B) de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 25 dias (11,5 ± 1,7 o C e 86,1 ± 8,4% UR) transferidas para o ambiente por 7 dias sem a influência da embalagem (25,4 ± 0,2 o C e 97,6 ± 1,2 % UR). Fortaleza, CE - 2001.............
113
xxvi
57 Acidez total titulável (% de ácido cítrico) (A) e pH (B) para doses de 1-MCP aplicadas em mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas a 25 dias a (11,5 ± 1,7 oC e 86,1 ± 8,4% UR) e transferidas para o ambiente por 7 dias (25,4 ± 0,2 o C e 97,6 ± 1,2 % UR). Fortaleza, CE - 2001...........................................................
115
58 Relação entre Sólidos Solúveis Totais e Acidez Total Titulável em mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas a 25 dias a (11,5 ± 1,7 oC e 86,1 ± 8,4% UR) e transferidas para o ambiente por 7 dias (25,4 ± 0,2 o C e 97,6 ± 1,2 % UR). Fortaleza, CE - 2001.........................................................................................
116
59 Vitamina C total (mg.100-1g polpa) para manga ‘Tommy Atkins’ com Xtend® (CE) e sem Xtend® (SE) (A) e doses de 1- MCP (B) armazenadas a 25 dias a (11,5 ± 1,7 oC e 86,1 ± 8,4% UR) e transferidas para temperatura ambiente por 7 dias (25,4 ± 0,2 o C e 97,6 ± 1,2 % UR) sem a influencia da embalagem. Fortaleza, CE. 2001.........................................................................................
117
60 Coloração da casca (A) e da polpa (B) de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas no estádio 2. Fortaleza – CE, 2001...................................................................
122
61 Efeito de doses de 1-MCP (A, C, E), de embalagem associada a doses de 1-MCP (B, D, F) na coloração da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas sob refrigeração por 10 dias a 11,5 ± 1,7oC e 86,1 ± 8,4% UR. Fortaleza, CE. 2001.........................................................................................
123
62 Efeito de doses de 1-MCP (A, C, E), de embalagem associada a doses de 1-MCP (B, D, F) na coloração da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas sob refrigeração por 20 dias a 11,5 ± 1,7oC e 86,1 ± 8,4% UR. Fortaleza, CE. 2001........................................................................................
124
63 Efeito de doses de 1-MCP (A, C, E), de embalagem associada a doses de 1-MCP (B, D, F) na coloração da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas sob refrigeração por 25 dias a 11,5 ± 1,7oC e 86,1 ± 8,4% UR. Fortaleza, CE. 2001.........................................................................................
125
64 Efeito de doses de 1-MCP (A, C, E), de embalagem associada a doses de 1-MCP (B, D, F) na coloração da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas sob refrigeração por 25 dias a 11,5 ± 1,7oC e 86,1 ± 8,4% UR e transferidas para o armazenamento a temperatura ambiente a 25,4 ± 0,2oC e 97,6 ± 1,2% UR por 3 dias. Fortaleza, CE. 2001.............................................
126
65 Efeito de doses de 1-MCP (A, C, E), de embalagem associada a doses de 1-MCP (B, D, F) na coloração da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas sob refrigeração por 25 dias a 11,5 ± 1,7oC e 86,1 ± 8,4% UR e transferidas para o armazenamento a temperatura ambiente a 25,4 ± 0,2oC e 97,6 ± 1,2% UR por 5 dias. Fortaleza, CE. 2001.............................................
127
xxvii
xxviii
66 Efeito de doses de 1-MCP (A, C, E), de embalagem associada a doses de 1-MCP (B, D, F) na coloração da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas sob refrigeração por 25 dias a 11,5 ± 1,7oC e 86,1 ± 8,4% UR e transferidas para o armazenamento a temperatura ambiente a 25,4 ± 0,2oC e 97,6 ± 1,2% UR por 7 dias. Fortaleza, CE. 2001.............................................
128
67 Percentuais de frequência de categorias para aroma (A); cor (B) e firmeza (C) atribuídos pelos julgadores de amostras de polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas sob refrigeração por 21 dias a 11,3 ± 1,8oC e 85,5 ± 4,4 % de UR e avaliados ao ambiente aos 0, 4, 7 e 12 dias a 26,0 ± 0,4 oC e 96,7 ± 4,4 % de UR nas doses de 0 e 100 nL.L-1 de 1-MCP. Fortaleza – CE, 2002................................................................................................................
133
68 Percentuais de frequência de categorias para aroma (A); cor (B) e firmeza (C) atribuídos pelos julgadores de amostras da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas sob refrigeração por 28 dias a 11,2 ± 1,5oC e 85,9 ± 4,0 % de UR e avaliados ao ambiente por 0, 4, 7 e 12 dias a 25,7 ± 0,2 oC e 96,3 ± 5,2 % de UR nas doses de 0 e 100 nL.L-1 de 1-MCP. Fortaleza – CE, 2002..........
134
69 Percentuais de frequência de categorias para aroma (A); cor (B) e firmeza (C) atribuídos pelos julgadores de amostras da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas sob refrigeração por 35 dias a 11,1 ± 1,4oC e 86,2 ± 3,6 % de UR e avaliados ao ambiente por 0, 4, 7 e 12 dias a 25,5 ± 0,2 oC e 97,5 ± 3,8 % de UR nas doses de 0 e 100 nL.L-1 de 1-MCP. Fortaleza – CE, 2002.................................................................................................................
135
1. INTRODUÇÃO
A manga é considerada uma importante fruta tropical por seu excelente sabor, aroma e
exótica coloração, com volume de exportação crescente no Brasil nos últimos dez anos. Em
1999, o Brasil passou a ocupar a 2ª posição depois do México, principal exportador mundial,
no ranking das exportações (Lucafó e Boteon, 2001). Essa posição deve-se ao fato de quase
não haver concorrentes no mercado europeu entre setembro e dezembro, além de ter-se
mostrado competitiva tanto em termos de preços (especialmente depois da desvalorização
cambial), como em termos de qualidade no comércio internacional. A utilização de técnicas de
indução floral e pós-colheita também permitiu explorar brechas de mercado, no momento em
que se reduz a oferta dos países concorrentes por causa da entressafra (Filgueiras et al. 2000).
O Japão figura como promissor importador das mangas brasileiras, quando o Brasil
cumprir as últimas etapas do processo de suspensão do embargo imposto por aquele país há
mais de 30 anos, por resguardar os produtos agrícolas japoneses da praga das moscas-do-
mediterrâneo (O ESTADO DE SÃO PAULO, 2002). Assim, a exportação desse fruto vem-se
destacando ao lado de outros produtos tropicais brasileiros.
Dentre os vários fatores que prejudicam o aumento da exportação de manga estão
aqueles relacionados à sua alta perecibilidade, inviabilizando a competitividade do produto
brasileiro no exterior. Para satisfazer esse ponto, os importadores exigem que esses frutos
cheguem aos seus destinos com a máxima vida útil possível, o que obriga os exportadores, nas
remessas por via aérea, a efetuarem ao longo da semana múltiplos embarques de pequenas
quantidades para seus clientes (Marques e Nogueira, 2000), cujo custo é proibitivo. Como
alternativa, a utilização do transporte marítimo sob refrigeração é a opção para esse fruto
resistir a 14 dias de viagem para os mercados europeu e americano. No entanto, os atuais
tratamentos de pré e pós-colheita não possibilitam o aumento de sua vida útil pós-colheita para
mais de 5 dias, após esse transporte.
Apesar de o estado de São Paulo ser um grande produtor, é um pequeno exportador,
situando-se em quarto lugar, com cerca de 2,12 % do volume total exportado pelo país, de
94,2 mil toneladas em 2001. Sendo assim, estima-se que 10% da produção do estado de São
Paulo seja destinada ao mercado externo. A produção paulista do fruto está concentrada em
cidades da região de São José do Rio Preto (EMBRAPA, 2000). Em alguns municípios,
como Limeira e Mogi-Mirim, a produção tem aumentado de forma a ocupar o espaço da
citricultura (O ESTADO DE SÃO PAULO, 1998). A Bahia e Pernambuco, juntos
participaram com 90% (93,559 mil toneladas) da exportação brasileira (103,598 mil
toneladas), (SECEX, 2003). Só a região do rio São Francisco exportou 34,7% da produção
local, da ordem de 270 mil toneladas, em 2002 (informação colhida junto a VALEXPORT1), o
restante foi enviado para outros estados da federação.
Dos cultivares exportados pelo Brasil, destacam-se ‘Haden’, ‘Keitt’ e ‘Tommy Atkins’.
Esta última ganhou importância comercial desde a década de 80, principalmente devido a sua
maior tolerância à antracnose (Donadio, 1996). A variedade ‘Tommy Atkins’ responde por
aproximadamente 80 % de toda a área plantada com manga, no Brasil. No entanto, Leite et al.,
(1998) relatam que os aspectos culturais exercem forte influência na escolha de variedades. Os
Estados Unidos e a maioria dos países europeus, por exemplo, têm preferência pela ‘Tommy
Atkins’ por reunir características de melhor resistência ao manuseio, armazenamento pós-
colheita, coloração intensa e bom rendimento físico. A ‘Kent’ e a ‘Haden’ são mais procuradas
nos mercados japonês e francês. Por ser considerada um fruta exótica, nesses países
importadores, estima-se que 5% dos europeus conhecem o fruto. Nos Estados Unidos, maior
mercado mundial da fruta, e no Japão, a situação não é diferente. Ainda que a variedade
‘Toomy Atkins’ não seja a preferida dos consumidores internacionais de forma geral, é a que
possui maior participação no mercado mundial (Guerreiro et al. 2001).
A maioria das tecnologias pós-colheita para mangas tem sido desenvolvida para
controlar doenças, pragas e para proteção contra injúrias durante transporte e embalagem.
Métodos de armazenamento como atmosfera controla e modificada têm sido caracterizados
por resultados variáveis em função da variedade, com altos custos para implantação e
ocorrência de desordens fisiológicas (Miller et al. 1986; Gonzalez-Aguilar et al.1997),
respectivamente Entre as modernas técnicas aplicadas na pós-colheita de frutos está a
aplicação de inibidores de etileno que promovem retardo na maturação, fator importante para
o aumento do prazo de comercialização.
Dos inibidores de etileno utilizados atualmente, destaca-se o 1-metilciclopropeno (1-
MCP), composto gasoso que inibe a percepção de etileno por ligar-se de maneira irreversível à
proteína receptora do etileno (Sisler et al., 1996), reduzindo severamente as mudanças
associadas ao amadurecimento (Faubion, 2000). Este composto tem sido aplicado com sucesso
em alguns frutos climatéricos, tais como banana (Golding et al., 1998; Jiang et al., 1999;
2
Harris et al., 2000), maçã (Fan et al., 1999; Fan e Mattheis, 1999; Rupasinghe et al., 2000;
Mir et al., 2001a,b; DeEll et al., 2002), damascos (Fan et al., 2000); abacates (Jeong et al.,
2001; Kluge et al., 2001); melões (Almeida et al., 2001); tomates (Wills e Ku, 2001; Moretti et
al., 2001); mamões (Jacomino et al., 2001); graviolas (Lima et al., 2001); pinhas (Benassi et
al., 2002); goiabas vermelhas (Kluge et al., 2000), inibindo a perda de firmeza dos frutos,
retardando a mudança de cor, reduzindo a taxa respiratória e a produção de etileno e
proporcionando, portanto, aumento da vida útil pós-colheita.
Poucos estudos têm sido realizados sobre o efeito da aplicação pós-colheita de 1-MCP
em algumas variedades de mangas (Jiang e Joyce, 2000; Garcia-Estrada, 2001; Hofman et al.,
2001), sendo que para a variedade ‘Tommy Atkins’, estudos são inexistentes.
Diante do exposto e pela importância das demandas dentro do sistema produtivo de
fruteiras e do contexto de conservação pós-colheita da manga, propõe-se neste trabalho
desenvolver uma nova tecnologia pós-colheita, de forma a controlar o amadurecimento da
manga ‘Tommy Atkins’, permitindo um aumento maior na sua vida útil pós-colheita após o
transporte marítimo ou que sua comercialização possa ser feita também no mercado interno
com a manutenção da qualidade.
2. OBJETIVOS
Em vista da região semi-árido nordestino possuir as melhores condições climáticas,
menor incidência de doenças como a antracnose, menores distâncias no transporte marítimo,
volume constante de produção e setor mais organizado com vistas à exportação, optou-se por
trabalhar com frutos desse cultivar, oriundos dessa região. Os objetivos desse projeto foram
avaliar:
1. A maturação de manga ‘Tommy Atkins’ submetida à aplicação pós-colheita de 1-MCP.
2. O armazenamento refrigerado de manga ‘Tommy Atkins’ submetida a diferentes doses e
tempos de exposição a 1-MCP.
3. O armazenamento refrigerado sob atmosfera modificada de manga ‘Tommy Atkins’
submetida à aplicação pós-colheita de 1-MCP.
4. O armazenamento refrigerado de manga ‘Tommy Atkins’ submetida à aplicação de 1-
MCP a baixa temperatura.
3
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1 Considerações sobre a manga
Ocupando, em 2001, uma área de 2,948 milhões de hectares e com uma produção de
23,124 milhões de toneladas, a manga é cultivada em 85 países, sendo a Índia o principal
produtor, com 43,08 % do total. A China é o segundo produtor com 13,04 %, seguida do
México com 6,49 % e da Tailândia com 5,84 %. Os países asiáticos: Índia, China, Paquistão,
Indonésia, Tailândia e Filipinas foram responsáveis por 73,96 % da produção mundial. O
Brasil, com uma produção de 500 mil toneladas e uma área plantada de 68 mil hectares, é o
nono produtor segundo estimativas da FAO (2002), conforme Figura 01.
10,00
3,02
1,50 1,350,95 0,94 0,85 0,73 0,50
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
India China México Tailândia Indonésia Paquistão Filipinas Nigéria Brasil
Milh
ões
de T
onel
adas
Figura 01. Produção de mangas pelos principais países produtores em 2001. (Fonte: FAO, 2002).
De acordo com dados obtidos no AGRIANUAL (2003), a produção de manga no
Brasil durante o ano de 2000 foi de 2.153,2 mil frutos o que corresponderia a 968,9 mil
toneladas com base na conversão de 1 fruto igual a 0,45 kg. É preciso enfatizar que essas
4
bases, por apresentarem os dados de produção brasileira em grandezas diferentes, podem
gerar dados imprecisos, uma vez que não existe uma padronização do fator de conversão
oficial.
A região Nordeste destacou-se como principal produtora com 60,1% da produção
brasileira, seguida pelas regiões Sudeste e Norte. O principal estado produtor passou a ser a
Bahia (23,3%), seguido de São Paulo (22,6%), Pernambuco (10,8%) e Minas Gerais (10,1%).
Verifica-se, portanto, que os estados de São Paulo e Bahia concentram quase metade da
produção brasileira (IBGE, 2000). Em função do plantio tecnificado, confirma-se uma
produção crescente na ordem de 5 a 10% ao ano na região de Juazeiro/Petrolina (informação
colhida junto à VALEXPORT1), sobretudo nos estados de Pernambuco e na Bahia, podendo
em médio prazo serem os maiores estados em produção. Em outros estados como Rio Grande
do Norte, Ceará e Piauí, observa-se a mesma tendência (Leite et al, 1998). A época de
produção na região Nordeste ocorre no ano todo o que ajuda a aumentar essa estimativa,
enquanto na região Sudeste, concentra-se nos meses de setembro a janeiro (EMBRAPA,
2000).
A mangueira (Mangifera indica L.) produz fruto dicotiledôneo da família
Anacardiaceae. É originada da Índia na região ‘Indo-Burmese’, sendo o segundo fruto tropical
mais importante cultivado no mundo (Lizada, 1993). Nesse país existem mais de 1.000
variedades, enquanto no Brasil são mais de 300. A ‘Tommy Atkins’ é uma variedade
americana obtida na Flórida, através de cruzamentos.
O estádio de maturação no qual o fruto é colhido determina sua qualidade e potencial
de armazenamento. Medlicott et al., (1988) relataram que frutos de mangueiras atingem seu
completo desenvolvimento em tempos diferentes, o que dificulta a determinação de seu ponto
ideal de colheita. Em função disso, têm-se estabelecido métodos destrutivos e não destrutivos,
nem sempre de aplicabilidade prática no campo, para determinar o estádio adequado de
maturação para colheita.
As variáveis químicas são estritamente associadas com a maturação dos frutos, no
entanto têm a desvantagem de serem destrutivas. Em mangas tem-se utilizado o índice de
degradação do amido para o cultivar ‘Tommy Atkins’ (Rocha, 2000), relação peso
específico/amido (Sommer, 1985), percentagens isoladas de acidez titulável e sólidos solúveis
(Báez-Sañudo et al., 1997). A medição da firmeza não é praticável em campo, mas a coloração
da polpa é um parâmetro de grande confiabilidade, no México (Galán-Sauco, 1999).
51 Associação dos Produtores do Vale do São Francisco - Pernambuco
Até hoje, não se conhece nenhum método não destrutivo que determine a maturidade
exata da manga. Entretanto, aspectos externos da casca como fechamento das lenticelas, o
ápice mais cheio e arredondado, formação de bico em algumas variedades, ausência de pruína
(cêra) (Filgueiras et al., 2000), unidade de calor (Shinde et al., 2001), forma (Medlicott et al.,
1988; Galan-Sauco, 1999), número de dias após floração para o cultivar ‘Tommy Atkins’
(Salles e Tavares, 1999) e (Medina, 1981) para os cultivares ‘Haden’ e ‘Alphonso’, firmeza
(compressão entre os dedos) e tamanho, que fornecem uma indicação aproximada. Entretanto,
indíces tais como componentes da cor obtidos por colorímetro para os cultivares ‘Haden’ e
‘Julie’ (Malevski et al., 1977; Medlicott et al., 1992), atenuação ultrassônica (Mizrach et al.,
1999) para o cultivar ‘Tommy Atkins’, gravidade específica (Kapse e Katrodia, 1997) para o
cultivar ‘Kesar’, peso da matéria seca e o peso fresco estimados com precisão a partir do
volume ou produto dos diâmetros para a ‘Tommy Atkins’ (Morais, 2001) têm oferecido meios
de determinar com maior exatidão a maturidade em mangas.
Todavia esses índices variam entre todos os cultivares, como em função do cultivo e
das condições climáticas do ano de crescimento, não podendo ser generalizados para todos os
genótipos existentes. Geralmente, o método considerado adequado varia em função da região
produtora e constitui-se de mais de uma variável (Lederman et al., 1998; Galan-Sauco, 1999).
3.2 Características de Qualidade Pós-colheita da Manga
O desenvolvimento do fruto da mangueira segue um padrão de crescimento sigmoidal
simples inicialmente rápido (Chitarra e Chitarra, 1990), evoluindo para um mais lento. No
início, ocorrem sucessivas divisões celulares, alargamento celular, seguidos de maturação,
amadurecimento e finalmente senescência, fazendo com que os frutos adquiram qualidade
desejável para o consumo.
Durante a maturação, os frutos sofrem grandes transformações físicas e químicas que
representam um extenso espectro de processos degradativos simultâneos ou seqüenciais,
conduzindo ao aprimoramento dos atributos de qualidade, notadamente da pigmentação, da
textura e do flavor (Tucker, 1993).
6
3.2.1 Etileno e CO2
O etileno é o hormônio do amadurecimento de frutos. Uma das características mais
marcantes de frutos climatéricos é a sua capacidade de exibir produção autocatalítica de
etileno (Pech et al., 1994). Em geral, frutos climatéricos possuem altas taxas respiratórias em
estádios iniciais de desenvolvimento que rapidamente declinam. Taxas respiratórias de
produtos climatéricos também são altas no início do desenvolvimento e declinam até ocorrer
um aumento, que coincide com o amadurecimento ou senescência (Fonseca et al., 2002).
Mitcham e McDonald (1992) observaram maior taxa respiratória para a ‘Tommy
Atkins’ (em torno de 157,14 mg CO2 . kg-1.h-1) e menor taxa para a ‘Keitt’ (em torno de 137,5
mg CO2 .kg-1.h-1) assim que o pico climatérico ocorreu, ambas no estádio firme e armazenadas
a 20oC. Diáz-Sobac et al., (1996) encontraram em mangas ‘Manila’, armazenadas durante
doze dias a 25oC, taxa respiratória variando de 54 a 78 mg de CO2 . kg-1.h-1.
Cua e Lizada (1990) encontraram 125000 nL.L-1.h-1 de etileno em mangas ‘Carabao’
antes da completa maturidade no mesocarpo mais externo, embora os níveis de etileno tenham
sido comparáveis ao mesocarpo integro. Burg e Burg (1962) reportaram para mangas maturas
níveis de etileno (1870 nL.L-1.h-1) antes da colheita.
A produção de etileno pode ocorrer antes, depois ou coincidente ao pico climatérico.
Essa característica depende da variedade de manga estudada (Trinidad et al., 1997).
As enzimas, chave na biossíntese de etileno, são a ACC-oxidase e ACC-sintase,
reguladas e expressas em resposta a diversos fatores bióticos e abióticos, entre eles os
estresses ambientais (Yang e Hoffman, 1994). A produção de etileno não é uniforme em todas
as porções do fruto. Estudos com a manga ‘Carabao’ revelaram diferenças no padrão de
produção de etileno entre a porção mais interna e a mais externa do mesocarpo e a casca (Cua
e Lizada, 1990). Mitcham e McDonald (1997) encontraram em mangas ‘Keitt’, maior
atividade de ACC-oxidase no mesocarpo mais externo do que no interno. Reddy e Srivastava
(1999) por sua vez constataram que a produção de etileno nas variedades de manga ‘Amrapali’
e ‘Dashehari’ não seguiu o padrão climatérico. O exame em diferentes tecidos revelou que a
evolução do etileno começa a declinar com o avanço do amadurecimento. Um segundo pico
de etileno foi encontrado no estádio maduro das duas variedades, o que foi atribuído ao
caroço, uma vez que o amadurecimento ocorre do mesocarpo mais interno para o mais
externo. Esse autores também encontraram níveis muito mais altos de etileno e ACC-oxidase
7
na casca do que no mesocarpo. Hulme (1971) citou que a casca possui células maiores e com
maior atividade metabólica o que poderia explicar a maior produção de etileno nessa região.
Lederman et al., (1997) concluíram que alterações na capacidade de sintetizar etileno
via ACC-oxidase na casca de mangas ‘Keitt’ não foram relacionadas a alterações nos
parâmetros de amadurecimento na polpa do fruto.
Tovar et al., (2001) encontraram taxa de 131,35 mg CO2. kg-1.h-1 assim que o pico
climatérico ocorreu no 8o dia de armazenamento a 24oC em mangas ‘Kent’. A taxa de
produção de etileno foi menor que 550 nL.L-1.h-1 no 12º dia de armazenamento o que
coincidiu com a maior atividade de ACC-oxidase. A atividade dessa enzima foi inibida em pH
ácido. Rosa et al., (2001) citaram para a variedade ‘Tommy Atkins’, produção de até 10 nL.L-1
de etileno a 12ºC de armazenamento.
A concentração de etileno variou entre 0,2-0,3 µL.L-1 e 0,9-1,2 µL.L-1 entre 14 e 27
dias de armazenamento em filmes plásticos com e sem aprisionadores de CO2,
respectivamente (Illeperuna e Jayasurya, 2002).
Silva (2000), estudando o perfil de respiração e de etileno em variedades de mangas,
concluiu que a ‘Haden’ e a ‘Van Dyke’ parecem apresentar um padrão respiratório típico de
frutos climatéricos, o que não ocorreu com a manga ‘Tommy Atkins’. Já em relação à
produção de etileno, essa foi baixa nos sete primeiros dias após a colheita, seguindo-se um
aumento de produção de etileno que parece estar mais relacionado com a senescência do fruto.
3.2.2 Firmeza
O manuseio e o processamento de frutos exigem cuidados especiais, visto que o
consumidor tem opinião bem formada e expectativas a respeito da textura, determinada
basicamente pela pectina. Em manga, ocorre o amaciamento durante a maturação e o
armazenamento, sendo este processo de especial interesse para a conservação e o
processamento industrial. Estas modificações estão correlacionadas à hidrólise dos
polissacarídeos da parede celular, à degradação enzimática da protopectina e à solubilização
de conteúdos celulares e da parede celular (Brinson et al., 1988).
Com o amadurecimento de mangas, observa-se diminuição da firmeza dos frutos (Roe
e Bruemmer, 1981; Bissoli Júnior, 1992; Mitcham e McDonald, 1992; El-Zoghbi, 1994; Lima,
1997; Lederman et al., 1997; Ketsa et al., 1998; Evangelista, 1999; Freire Júnior e Chitarra,
1999; Valente et al., 2000 e Báez-Sañudo et al., 2001).
8
3.2.3 Sólidos Solúveis Totais (SST)
A determinação do teor de sólidos solúveis totais (SST) normalmente é feita com o
objetivo de se ter uma estimativa da quantidade de açúcares presentes nos frutos, embora,
medidos através de refratômetro, incluam principalmente açúcares solúveis, além das pectinas,
sais e ácidos. Normalmente é expressa em (o Brix), podendo-se converter em percentagem.
A porcentagem de SST na manga varia de 6,65 a 21,9%, dependendo do cultivar e do
estádio de maturação do fruto (Awasthi e Pandey, 1980: Natividad Ferrer, 1987). Alguns
cultivares apresentam teores mais baixos como a ‘Tommy Atkins’, com aproximadamente
12,0% (Lima, 1997) no início da maturação, ou mais elevados como os cultivares ‘Dashehari’,
‘Fazli’, ‘Langra’ e ‘Chousa’, com teores de até 20%, e Mallika com até 22 a 24 %
(Lakshminarayana, 1980: Medlicott et al., 1986).
Silva et al., (1986) determinaram para mangas brasileiras das variedades ‘Rosa’,
‘Coité’, ‘Jasmin’, ‘Espada’ e ‘Itamaracá’, nos estádios ‘de vez’ e ‘maduro’ valores de SST
compreendidos entre 4,10 a 15,8%. Lederman et al., (1998) encontraram para manga ‘Tommy
Atkins’ em idades variando de 95 a 125 dias após antese, sólidos solúveis totais variando de
7,5 a 10,9%.
3.2.4 Acidez Total Titulável (ATT)
Segundo Chitarra e Chitarra (1990) ocorre uma diminuição na acidez com o
amadurecimento dos frutos, pois os ácidos orgânicos voláteis e não voláteis estão entre os
constituintes celulares mais metabolizados no processo de amadurecimento.
O’Hare (1995) avaliando o efeito da temperatura na qualidade e composição de
mangas ‘Kensington’, verificou que os teores de acidez titulável diminuíram conforme o
amadurecimento dos frutos, de 1,3 para até 0,3 (% de ácido cítrico) em 20 dias de
armazenamento a 13oC, e de 1,2% para até 0,1% em 20 dias de armazenamento a 22oC.
Jerônimo (2000) armazenando a ‘Palmer’ em diferentes embalagens nas temperaturas de 13oC
e 24oC encontrou valores de 1,10 a 0,118% de acido cítrico. Kaneshiro et al., (1995)
encontraram valores em torno de 0,5% em polpa de mangas verdes e de 0,15% em mangas
maduras ‘Tommy Atkins’.
9
Silva et al., (1986) determinaram para mangas brasileiras das variedades ‘Rosa’,
‘Coité’, ‘Jasmin’, ‘Espada’ e ‘Itamaracá’, nos estádios ‘de vez’ e ‘maduro’ valores de ATT
compreendidos entre 2,97 a 0,18.
Lederman et al., (1998) encontraram para manga ‘Tommy Atkins’ em idades variando
de 95 a 125 dias após antese, acidez total titulável variando de 1,14 a 0,62%.
3.2.5 pH
A manga é considerada um fruto ácido, com a maioria dos cultivares apresentando
valores de pH abaixo de 4,5 (Berniz, 1984). Durante o amadurecimento há diminuição da
acidez e conseqüentemente aumento do pH.
Silva et al., (1986) determinaram para mangas brasileiras das variedades ‘Rosa’,
‘Coité’, ‘Jasmin’, ‘Espada’ e ‘Itamaracá’, nos estádios ‘de vez’ e ‘maduro’ valores de pH
compreendidos entre 2,8 a 4,4.
Rocha et al., (2001) encontraram valores de pH variando entre 3,23 a 4,51 para mangas
‘Tommy Atkins’ nos estádios ‘verde’ a ‘traços de verde’.
3.2.6. Relação Sólidos Solúveis Totais e Acidez Total Titulável (SST/ATT)
A relação SST/ATT é indicativa do sabor. Como em outros frutos, em mangas essa
relação aumenta em função do aumento de SST e diminuição de ATT. Geralmente os valores
podem variar em função do estádio de maturação, como observado por Salles e Tavares
(1999) em cv. ‘Tommy Atkins’ que encontraram um mínimo de 5,1 nos frutos colhidos aos 75
dias, após indução floral, até um máximo de 87,0 nos frutos colhidos aos 120 dias e
armazenados por 39 dias, sendo 30 dias sob condições de refrigeração e por Moraes et al.,
(2000) em mangas ‘Ubá’, desde a 15ª semana após a floração até o completo amadurecimento.
3.2.7 Vitamina C
As mangas quando verdes são adstringentes, ácidas e ricas em vitamina C, entretanto
quando amadurecem são doces, ricas em pro-vitamina A, moderadas em vitamina C e
altamente aromáticas (Lakshminarayana, 1980). O solo, o clima, o regime pluvial, o grau de
maturação e a temperatura de armazenamento influem na composição vitamínica do alimento.
10
Fonseca et al., (1969), analisando o teor vitamínico de seis variedades de mangas maduras
cultivadas no Brasil, encontraram variações de 11 a 73 mg.100-1 g, enquanto em 50 variedades
de mangas maduras produzidas na Flórida, os teores variaram entre 13 e 178 mg.100-1 g
(Singh, citado por Hulme, 1974), em cultivares produzidos em Porto Rico entre 6 e 63
mg.100-1 g (George et al., citado por Hulme, 1974).
O teor de vitamina C em mangas pode aumentar ou diminuir durante o
armazenamento.
Lima (1997) encontrou para as mangas ‘Tommy Atkins’ concentrações de vitamina C
variando de 47,9 a 9,3 mg.100-1 g de polpa quando armazenadas durante 28 dias sob
temperatura de 12 ± 2oC e umidade de 88 ± 3%. Yamashita et al., (1999) observaram redução
do teor dessa vitamina em condições refrigeradas em mangas ‘Keitt’. Silva et al., (1986)
determinaram para mangas brasileiras das variedades ‘Rosa’, ‘Coité’, ‘Jasmin’, ‘Espada’ e
‘Itamaracá’, nos estádios ‘de vez’ e ‘maduro’ valores de vitamina C compreendidos entre
66,28 e 5,48 mg.100-1g.
Evangelista (1999) observou em mangas ‘Tommy Atkins’, aumento no teor de
vitamina C do início (52,33 mg.100-1g) ao 28o dia (98,98 mg.100-1g), seguido de diminuição
no 35o dia (92,43 mg.100-1 g) de armazenamento refrigerado. Comportamento semelhante foi
detectado por Sousa (2001).
3.2.8 Cor
A cor é considerada um dos fatores externos mais importantes da qualidade de frutos e
influencia os consumidores no momento em que esse fruto é adquirido.
A casca da manga madura mostra uma ampla variação de mistura de cores, do verde
para o vermelho, violeta e amarelo. A coloração externa do fruto é um importante fator para a
preferência do consumidor. Os principais pigmentos no fruto são clorofila, carotenos,
xantofilas e antocianinas, que são sintetizadas pela via dos fenilpropanóides. Durante o
amadurecimento da ‘Tommy Atkins’, clorofila é rapidamente degradada, enquanto acumulam
antocianinas (Medlicott et al., 1986). Entretanto, carotenóides da polpa continuam a aumentar
nos frutos destacados quando o amadurecimento inicia (John et al., 1970). A composição de
carotenóides em mangas pode alterar-se durante o processo de amadurecimento sendo o β-
caroteno, o caroteno mais abundante no fruto imaturo e o fitoflueno no fruto maduro, porém γ-
caroteno é a forma predominantemente presente em todos os estádios de amadurecimento
11
(Lakshminarayana, 1980). Mitcham e McDonald (1992) verificaram que mangas ‘Tommy
Atkins’ desenvolveram coloração avermelhada e amarelada na casca, durante o
amadurecimento, em comparação às mangas ‘Keitt’.
Essa variável pode ser determinada através extração por solventes orgânicos e
correlacionada com o uso de componentes da cor pelo colorímetro (Zambrano e Materano,
1998;1999) e escalas subjetivas (Medlicott et al., 1992).
O risco de erros humanos quanto a diferenças na percepção da escala de cores e o fato
de que essas pessoas precisam ser treinadas acuradamente para quantificar essa medida, têm
obrigado o desenvolvimento de instrumentos automatizados que permitam registrar as
modificações dos componentes que definem a cor durante o amadurecimento. Como os
colorímetros que não diferenciam os pigmentos que incluem as clorofilas, carotenóides e
antocianinas, presentes na casca da manga, os fluorômetros são considerados mais específicos
para quantificar o desverdecimento da casca dos frutos, através da fluorescência da clorofila
(Jacobi et al., 1998). No uso do colorímetro, são considerados parâmetros como claridade ou
brilho representados pela Luminosidade (L) e a relação entre a/b no qual é obtido tanto o
Ângulo Hue (Ângulo da Cor) como a Cromaticidade (Saturação ou Intensidade da Cor), os
quais têm sido relatados para mangas de diversas variedades (O’Hare e Prassad, 1993; Bender
et al., 1994; 1995; Trinidad et al., 1997; Jacobi, 1998; Jerônimo, 2000; Morais, 2000; Valor,
2000; Zambrano et al., 2000; Manzano e Cañizares, 2001).
3.2.9 Análise sensorial
Os testes sensoriais que utilizam os órgãos dos sentidos humanos como ‘instrumentos’
devem ser incluídos como garantia de qualidade, por ser uma medida multidimensional
integrada, que possui importantes vantagens como, por exemplo, determinar a aceitação de um
produto por parte dos consumidores. Se por um lado, os instrumentos são efetivos em detectar
o surgimento de problemas durante a produção e o armazenamento de alimentos, muitas
vezes são incapazes de medir alterações perceptíveis que afetam a aceitação de um produto
(Cardello e Cardello, 1998). A preocupação de uma empresa com os aspectos sensoriais de seu
produto deve ser um fator primordial, pois muitos fatores sensoriais individuais contribuem
para a percepção total de um alimento. A aceitação de certos produtos por parte dos
consumidores é afetada por uma variedade de características. Entre elas, destacam-se a
12
funcionalidade, características nutricionais, conveniência, segurança, custo e, especialmente,
as características sensoriais (Cardello e Moraes, 1997).
A qualidade de um fruto in natura é definida pelo consumidor final e nada melhor do
que uma avaliação sensorial realizada por uma equipe que o represente. A análise sensorial de
frutos tem sido uma técnica decisiva para detectar preferências, principalmente quando são
desconhecidos dos consumidores. Tem-se verificado considerável literatura sobre análise
sensorial em pós-colheita de hortifrutícolas. Em mangas, Malundo et al., (2001a;b) citam
vários autores que relacionam efeitos do cultivar, estádio de maturidade, tratamentos pós-
colheita e condições de armazenamento, determinantes nessa avaliação, como muito eficazes
para programas de melhoramento e que conduziram estudos para identificar, quantificar e
caracterizar a maioria dos açúcares, ácidos, compostos voláteis e propriedades sensoriais que
contribuem para o sabor. Tem sido objeto de estudo, por exemplo, o caso específico das
mangas, consideradas frutas exóticas e nobres na Espanha, onde o consumo vem aumentando
em escala logarítmica nos últimos 30 anos (Calatrava et al., 1997;2000) com o objetivo de
eleger quais as variedades preferidas para importação entre os consumidores.
O seu uso é muito rotineiro para produtos alimentícios processados ou industrializados
antes de serem lançados no mercado. Os atributos mais freqüentemente usados em frutos in
natura têm sido o aroma e sabor ou flavor, a cor, a textura, a acidez ou a doçura muitas vezes
correlacionados com instrumentos que confirmem essas alterações durante o amadurecimento
ou detectem, conforme Muñoz et al., (1992), pequenas alterações perceptíveis sensorialmente,
as quais muitas vezes não são detectadas através de outros procedimentos analíticos.
Em mangas, o aroma muitas vezes tem sido correlacionado com a análise
cromatográfica do perfil dos voláteis mais presentes: a cor, por comparação de escala de
cores; a textura, pela compressão entre os dedos das mãos e a resistência que o tecido oferece
à força máxima de ruptura. A acidez, pela predominância de ácidos orgânicos. A doçura, pela
presença de açúcares solúveis totais. O flavor, tem sido correlacionado com a relação entre os
sólidos solúveis totais, acidez total titulável (Malundo et al., 2001b) e taninos da polpa
(Medlicott e Thompson, 1985; Awad, 1993), mas Alavoine et al., (1990) relatam que essa
relação é mais indicativa do estádio de maturação dos frutos do que as propriedades do sabor.
E por último, o tamanho dos frutos e a presença de fibras são levados em consideração,
quando novas variedades de mangas são obtidas por meio do melhoramento genético.
13
3.3 Tecnologia pós-colheita
Susceptibilidade a doenças, sensibilidade a baixas temperaturas de armazenamento e
alta perecibilidade no manuseio da manga, limitam o transporte desse fruto a mercados
distantes, o que conduziram ao desenvolvimento de pesquisas (Mitra, 1997), que
proporcionassem condições que retardem ou inibam tanto o amadurecimento como a
senescência, prolongando o período de armazenamento e outros aspectos relacionados à
qualidade de frutos.
3.3.1 Baixas temperaturas
A conservação de manga tem sido amplamente estudada e o uso da refrigeração foi o
primeiro tratamento empregado e atualmente continua sendo o tratamento mais eficiente que
prolonga sua vida pós-colheita durante o armazenamento, permitindo a exportação por meios
de transporte menos onerosos, possibilitando, dessa forma, a sua competição com os demais
frutos no mercado internacional (Sampaio, 1980). Qualquer tratamento adicional a este, é
benéfico no objetivo de aumentar a sua vida útil pós-colheita, quando se pretende alcançar o
consumidor final.
A manga, sendo um fruto tropical, é altamente sensível a danos causados pelo frio
(Chilling Injury), mesmo a temperaturas refrigeradas acima do ponto de congelamento, que
são ligeiramente negativas para tecidos vegetais. Uma faixa de segurança é recomendada para
sua refrigeração que é de 10 a 13ºC (Medina, 1995), mas uma temperatura específica de
armazenamento é recomendada para cada variedade de manga.
Seymour et al., (1990) armazenaram mangas ‘Amélie’, ‘Kent’ e ‘Sensation’ a 12ºC por
períodos superiores a 21 dias, colhidas em diferentes fases de maturação e observaram que a
resposta dependeu do cultivar, do ponto de colheita e também da data de colheita. Verificaram
que o amadurecimento foi retardado mais efetivamente nos frutos mais maduros
principalmente para os ‘Amélie’. Chada e Pal (1993) relataram que mangas ‘Dashehari’
colhidas no estádio pré-climatérico e armazenadas por 30 dias a 10ºC desenvolveram
escurecimento das fibras da polpa.
A faixa de temperatura para o amadurecimento de manga com melhor qualidade varia
de 19 a 24ºC (Medlicott et al., 1986). No entanto, para ampliar o período de conservação,
recomenda-se o emprego de temperaturas em torno de 13ºC e umidade relativa variável de 85
14
a 90%, como condições ideais para um grande número de cultivares, principalmente quando
colhidos no pré-climatério ; Esguerra e Lizada, 1980; Bleinroth, 1981; Peacock et al., 1986).
O grau de maturação, segundo Medlicott et al., (1990), exerce influência na
conservação do fruto. Quando colhidos e estocados verdes, à 12ºC, durante 21 dias,
apresentam melhor capacidade de armazenamento que os medianamente maturos e maduros.
Os autores observaram ainda que a transferência de frutos verdes, após o armazenamento, para
temperaturas de 25ºC torna-os impróprios para a comercialização, devido a desordens
causadas pelo excesso de frio. Salles e Tavares (1999) avaliaram a vida útil pós-colheita de
‘Tommy Atkins’ colhidas em quatro estádios de maturação sob refrigeração e ambiente, onde
somente aqueles frutos colhidos a partir de 105 dias tiveram o amadurecimento mais
evidenciado; para os de 75 e 90 dias da colheita, a perda de massa foi maior. Mas, em geral,
para aqueles mantidos sob refrigeração por 30 dias, o período de conservação foi estendido até
35 dias, levando-se em conta, o armazenamento ambiente.
Jerônimo (2000), avaliando o efeito de baixas temperaturas de armazenamento em
mangas ‘Tommy Atkins’ e ‘Parvin’, verificou que frutos sem embalagem e armazenados a
13ºC tiveram a vida útil prolongada por 8 dias em relação aos frutos armazenados sob
condição ambiente, mas aqueles armazenados a 5ºC não amadureceram e apresentaram
sintomas de danos ao frio.
De modo geral, frutos submetidos a baixa temperatura apresentam a maioria dos
constituintes químicos com teores semelhantes aos frutos não refrigerados, com exceção feita
ao β-caroteno e carotenóides totais, que apresentam teores menores nos frutos refrigerados e
certa depreciação no flavor (Salunkhe e Desai, 1984; Vasquez-Salinas e Lakshminarayana,
1985; Medlicott et al., 1986).
Garcia et al., (2000) avaliaram alguns parâmetros fisiológicos da manga ‘Ataulfo’,
segunda variedade de manga exportada pelo México, sob refrigeração, e observaram que a
mesma diminuiu a velocidade de respiração, produção de etileno e perda de massa, embora
houvesse acentuação dos danos pós-colheita, especialmente as causadas por látex.
Zambrano et al., (2000) analisaram o efeito do armazenamento refrigerado a 13ºC
sobre a qualidade pós-colheita das variedades ‘Palmer’, ‘Keitt’, ‘Springfels’, ‘Kent’ e
‘Anderson’ e concluíram que o amadurecimento de cada uma delas é afetado pelo tempo de
armazenamento.
15
Sankat et al., (1994), armazenando mangas ‘Julie’ nas temperaturas de 6ºC, 10ºC,
14ºC e 28ºC por até 42 dias, determinaram que sob 21 dias de armazenamento a 10ºC, as
mangas se apresentaram com qualidade satisfatória sem mostrar sintomas excessivos de
injurias pelo frio.
Ketsa et al., (1999b), armazenando mangas ‘Nam Dokmai’ por 21 dias a 4ºC,
observaram que os frutos com danos pelo frio apresentaram-se mais firmes do que aqueles que
não sofreram esse dano, após sua remoção para o ambiente.
3.3.2 Tratamento hidrotérmico
A manga precisa ser aquecida a temperaturas e tempos específicos para desinfestação
da mosca das frutas. Atualmente, três métodos são usados: o tratamento com vapor a quente; o
tratamento com ar forçado a quente e o tratamento com imersão em água quente. Este último
tratamento representa apenas 10% do custo do sistema com vapor a quente, segundo Jordan
(1993), além de fácil instalação, com pequena duração do tratamento; monitoramento real e
acurado das temperaturas do fruto e da água; morte de todos os organismos que causam a
podridão e limpeza dos exudatos da superfície do fruto (Sharp, 1994, citado por Jacobi et al.,
2001).
Além de o tratamento com imersão a água quente ser freqüentemente usado para a
desinfestação de mosca das frutas (Jacobi et al., 1995) e controle de doenças (Kaneshiro et al.,
1995; Zambrano e Materano, 1999; Acedo et al., 2001), aumenta a resistência dos frutos ao
dano pelo frio (Chilling Injury) a baixas temperaturas de armazenamento (McCollum et al.,
1993; Zambrano e Materano, 1999; Ketsa et al., 2000), mas pode resultar em perdas de
qualidade (Jacobi e Wong, 1991; Evangelista et al., 1996; Mitcham e McDonald, 1997;
Zambrano e Materano, 1998; Ketsa et al., 1998).
Pennock e Maldonado (1962) foram os primeiros a usarem o tratamento térmico em
mangas e obtiveram resultados satisfatórios quando imergiram os frutos em água quente a
51oC durante 15 minutos. Segundo esses autores, a temperatura deve ser inferior a 52oC para
se evitar a escaldadura. O uso isolado do tratamento térmico, se não for bem controlado, pode
favorecer a ocorrência de certos tipos de podridões, principalmente a peduncular (Quimio e
Quimio, 1974; Sampaio et al., 1980; Sampaio et al., 1981).
O uso de tratamento térmico associado à aplicação de fungicidas (Gayet, 1994) tem
sido estudado como uma maneira de melhorar a eficiência da desinfecção dos frutos para
16
melhor conservação pós-colheita. O uso de tratamento térmico, associado ou não ao uso de
fungicidas remove a fina camada de cera natural dos frutos, deixando-os sem brilho e
extremamente susceptíveis à transpiração e ao enrugamento. Para evitar a desidratação tem-se
utilizado embalagens plásticas e ceras (Ramos, 1994; Munuera, 1996) ou somente ceras
(Evangelista, 1996). Um tratamento combinando pulverização com água quente e escovação
por 15-20 segundos foi desenvolvido por Prusky et al., (1999) para reduzir a incidência de
uma doença pós-colheita causada pela Alternaria alternata e mantendo, portanto, a qualidade
de diversas variedades de mangas, entre elas, a ‘Tommy Atkins’ em Israel. A adição de cera
ao tratamento tornou os frutos com qualidade superior e com menor desenvolvimento dessa
podridão.
Para a exportação de manga aos países europeus é adotado um esquema que consiste
em mergulhar os frutos provenientes de regiões úmidas em água quente a 55ºC por cinco
minutos para controle fitossanitário, associado à aplicação de cera por imersão ou aspersão
(opcional). Já os frutos provenientes de regiões secas dispensam esse tratamento. Para a
exportação aos Estados Unidos, o Brasil adota obrigatoriamente um tratamento que consiste
em mergulhar as mangas a uma profundidade mínima de 0,12 m em relação à superfície da
água, que é mantida a 46,1ºC durante 70 a 90 minutos, dependendo do cultivar e do peso,
sempre acompanhado de técnicos dos dois países (Gorgatti Netto et al., 1994).
O efeito do tratamento hidrotérmico no amadurecimento de mangas pode causar
resultados variáveis (Jacobi et al., 2001). Freire Júnior e Chitarra (1999) não obtiveram efeito
com o tratamento hidrotérmico associado ao cálcio no atraso do amadurecimento, mas tiveram
bom controle da antracnose em mangas ‘Tommy Atkins’. Batista (2001), avaliando o efeito
dos tratamentos hidrotérmicos (água e vapor) pós-colheita na variedade ‘Tommy Atkins’,
concluiu que os mesmos não apresentaram danos aparentes com relação à composição
química. A mesma conclusão foi obtida por Valor e Manzano (2000), Manzano e Cañizares
(2001), Acedo et al., (2001) em mangas tratadas com água quente e Nair et al., (2001) com
água quente e vapor.
3.3.3 Atmosfera controlada
O uso de atmosfera controlada (AC) para conservação de frutos e hortaliças tem sido
objeto de estudos. A técnica consiste, basicamente, em se reduzir o teor de oxigênio e elevar o
teor de gás carbônico na câmara a níveis conhecidos. Porém, deve-se ter em mente que podem
17
existir diferentes requerimentos de concentrações dos gases componentes da atmosfera, entre
espécies e cultivares da mesma espécie.
Atmosferas modificadas e controladas não têm sido usadas comercialmente durante o
armazenamento de frutos tropicais, mas são usadas para transporte marítimo. Tempos de
viagens são longos: por exemplo, o tempo mínimo requerido para uma viagem marítima do
leste da Austrália para o leste da Ásia é de 21 dias, 28 dias para o Japão e América do Norte e
42 dias para a Europa (McGlasson, 1989). O tempo mínimo de viagem do México para a
Europa é de 18 dias e 21 dias para o Japão (Yahia, 1995) citado por (Yahia, 1998). O tempo
mínimo de uma viagem do Brasil (Porto do Pecém-CE) para a Europa é de 11 dias (Porto de
Roterdam - Holanda) e para o Leste da América do Norte (Porto de Phyladelfia), de 10 dias.
Portanto, é necessário assegurar uma vida suficientemente mais longa pós-colheita desses
frutos para serem distribuídos para os mercados distantes. Yahia (1998) sinalizam que
atmosferas controladas e modificadas podem ser de enorme benefício para preservar a
qualidade desses frutos e para prolongar sua vida pós-colheita.
A eficácia do armazenamento sob atmosfera controlada em manga é ainda um assunto
controvertido. Embora tenha sido efetivo no prolongamento do armazenamento das mangas
‘Tommy Atkins’ e ‘Kent’ do Chile (Lizana e Ochagavia, 1997), não o foi para as mangas
‘Kent’ do México (Trinidad et al., 1997). Pesis et al., (2000), aplicando 5 kPa CO2 e 10 kPa
de O2, foram efetivos em reduzir o desenvolvimento da coloração da casca e os sintomas de
dano pelo frio em mangas ‘Keitt’.
Noomhorn e Tiasuwan (1995), estudando seis diferentes combinações entre níveis de
O2 (4, 6 e 8%) e níveis de CO2 (4 e 6%), concluíram que a atmosfera contendo 4% de CO2 e
de 6% de O2 possibilitou a melhor aceitação da manga ‘Rad’, em painel de análise sensorial,
além de menor incidência de antracnose, sob armazenamento a 13ºC por 25 dias.
Bender et al., (1994), determinando níveis ótimos de atmosfera controlada,
armazenaram mangas ‘Tommy Atkins’ e ‘Kent’ por 21 dias, a 12ºC, em 25, 45, 50 e 70% de
CO2 mais 3 ou 20,8% de O2. Os frutos foram transferidos para o ambiente por 5 dias a 20oC.
Entre as diferentes condições de atmosfera controlada, as de 50 e 70% resultaram em elevadas
concentrações de etanol. Sintomas de dano pelo frio e cores anormais apareceram em mangas
expostas a 50 e 70% de CO2.
Bender et al., (1995) armazenaram mangas ‘Tommy Atkins’ a 12ºC por 21 dias em 10,
25 e 45 % de CO2 combinados com 5 % de O2. Após três semanas de atmosfera controlada, os
frutos foram transferidos para o ar a 20ºC por 5 dias. Taxas de produção de etileno de mangas
18
armazenadas em 10 e 25 % de CO2 ficaram abaixo dos níveis detectáveis, mas se
recuperaram aos níveis do controle após transferência ao ar, sendo o processo de
amadurecimento normal. Mangas armazenadas em 45% de CO2 foram severamente
danificadas no final do período de armazenamento sob esse tipo de atmosfera.
Bender et al., (2000) demonstraram benefícios no uso da atmosfera controlada para
mangas ‘Haden’ e ‘Tommy Atkins’ no estádio verde maturo, tais como manutenção da
qualidade e retardamento do amadurecimento, sendo o tratamento mais eficaz a pressão de
3Kpa O2 por 2 ou 3 semanas a 12 ou 15ºC, período mínimo requerido para transporte
marítimo.
Gonzalez-Aguilar et al., (1997), utilizando atmosfera controlada por 6 dias a 20ºC com
0,3% O2, antes da combinação com filmes plásticos de baixa densidade ou não, sob 10 ou
20ºC, por 20 e 30 dias para mangas ‘Keitt’ obtiveram aumento na vida útil pós-colheita.
Lalel et al., (2001) mostraram que armazenamento sob atmosfera controlada (2% O2 e
6% CO2) a 13ºC pareceu ser promissor para estender a vida de útil pós-colheita de mangas
‘Kensington Pride’.
3.3.4 Atmosfera modificada
Para melhor conservação dos frutos pode-se utilizar a técnica do armazenamento sob
atmosfera modificada, que consiste no envolvimento dos frutos em filmes plásticos,
acondicionamento dos mesmos em embalagens ou através de produtos químicos que formam
uma película protetora sobre eles, como a cera e a parafina, visando à modificação da
atmosfera ao seu redor (Cabral et al., 1984). Dependendo do mecanismo pelo qual se
estabelece a atmosfera no interior da embalagem pode-se ter armazenamento em atmosfera
passiva (sem controle rígido das concentrações de O2 e CO2) ou (com controle) em atmosfera
ativa (Lana e Finger, 2000).
A redução do oxigênio e o aumento do dióxido de carbono, além de causarem uma
diminuição da respiração e, conseqüentemente, do metabolismo das frutas, também inibem a
produção autocatalítica do etileno (Kader, 1979). Segundo Kader et al., (1989), conforme a
espessura do material de embalagem, pode ocorrer o desenvolvimento de off flavors (sabores
estranhos ou fermentação), em conseqüência da respiração anaeróbica, que leva a um acúmulo
de etanol e de acetaldeído, geralmente em teores de O2 abaixo de 2% e teores de CO2 acima de
20%.
19
Segundo Awad (1993), no interior das embalagens, a respiração dos frutos reduz a
concentração de O2 e aumenta a de CO2, até níveis que dependem, sobretudo, do tipo,
variedade, peso, estádio de maturação, temperatura dos frutos e das características da película
plástica (estrutura, densidade e espessura) que determinam sua permeabilidade aos diferentes
gases (CO2, O2, C2H4).
A combinação de armazenagem frigorificada com embalagem é uma técnica para
aumentar o tempo de armazenamento e a vida útil pós-colheita de produtos frescos perecíveis,
como é o caso da manga, inclusive para que possam ser transportados via marítima
(McGlasson, 1992).
Tamanho de perfurações em caixas plásticas e controle da umidade relativa no interior
das mesmas, associados ao peso de frutos, podem influenciar o aumento da vida útil pós-
colheita de mangas australianas ‘Kensington Pride’, através da redução da perda de massa,
concluíram Macnish et al.,(1997).
A) Uso de filmes plásticos
Church (1994) relata diversos filmes plásticos, incluindo principalmente em função de
sua permeablidade a gases, O2, CO2 e vapor d’água, os de alta, baixa e média permeabilidade.
Análises físicas (textura e coloração da polpa e casca) e químicas (sólidos solúveis,
acidez total titulável e pH) indicaram um retardamento do processo de amadurecimento das
mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas sob refrigeração em atmosfera modificada (Alves et al.,
1998).
Mangas ‘Tommy Atkins’ foram individualmente envolvidos com filmes plásticos
esticáveis, armazenados por 2 semanas a 12ºC e, em seguida, amadurecidos a 21ºC. A perda
de massa dos frutos envolvidos em filmes plásticos Cryovac® D955 e Clysar® EHC-50 foi
significativamente menor que a dos frutos não envolvidos, sem haver diferença significativa
na textura e no desenvolvimento da cor (Miller et al., 1986).
A utilização de filmes plásticos de baixa densidade em mangas ‘Keitt’, a 20ºC com
67% de UR, por 4 semanas, foi estudada por Gonzalez-Aguilar et al., (1997), onde verificaram
que sua utilização foi eficiente na redução da perda de massa, firmeza e coloração, mas não no
conteúdo de sólidos solúveis totais e acidez total titulável.
20
Com o objetivo de avaliar a qualidade de mangas ‘Haden’ durante o armazenamento
refrigerado a 12ºC durante 10 e 20 dias, sob atmosfera modificada através do uso de filme
plástico de cloreto de polivinila, Lima et al., (1996) observaram que o uso do filme não
alterou as características químicas dos frutos, mas manteve os teores de vitamina C e a textura
mais elevados.
Jerônimo (1997) verificou que a perda de massa de mangas ‘Parvin’, acondicionadas
em bandejas de isopor, recobertas com filme plástico de cloreto de polivinila esticável,
armazenadas a 13 e 25ºC, foi reduzida em até 9,86 e 5,72%, respectivamente, em 10 dias de
armazenamento, em relação à perda de massa dos frutos sem proteção.
Jerônimo (2000) concluiu que a embalagem que melhor manteve as características de
qualidade das mangas foi a bandeja de acetato revestida com filme plástico de cloreto de
polivinila, que prolongou a vida útil da ‘Tommy Atkins’ de 22 para 26 dias e da ‘Palmer,’ de
22 para 24 dias em condições de refrigeração. Em condições ambientais, a mesma embalagem
prolongou a vida útil da ‘Tommy Atkins’ de 8 para 16 dias e da ‘Palmer’, de 8 para 12 dias.
O armazenamento de mangas ‘Tommy Atkins’, sob refrigeração associada à atmosfera
modificada por filmes de cloreto de polivinila, polietileno de alta e baixa densidade, reduziu a
perda de massa, proporcionou a manutenção dos teores de sólidos solúveis totais, açúcares
solúveis totais e acidez total titulável. A atmosfera modificada pelos filmes de polietileno
reduziu as perdas na firmeza da polpa, possibilitando uma vida útil pós-colheita de 42 dias.
Somente os filmes de cloreto de polivinila e de polietileno de baixa densidade retiveram a
coloração da casca dos frutos até o final do armazenamento (Sousa, 2000).
Yamashita et al., (1997), estudando o comportamento fisiológico de mangas ‘Keitt’,
embaladas individualmente em filme de copolímero termoencolhível (D-955) e filmes
plásticos de polietileno de baixa densidade, verificaram que os frutos armazenados por cinco
semanas a 12 e 17ºC e então amadurecidos a 22ºC, apresentaram menor perda de massa em
relação aos frutos sem proteção. O filme D-955 foi mais efetivo que o de baixa densidade, em
aumentar a vida útil dos frutos (de 21 para 33 dias), devido provavelmente à maior
permeabilidade.
Singh et al., (1998) conduziram estudo com embalagem perfurada de polietileno em
mangas ‘Amrapali’ e concluíram haver controle da perda de massa, sólidos solúveis totais,
açúcares solúveis totais, vitamina C e β-caroteno, com esse tratamento.
Ramos (1994), utilizando embalagens de saco plástico de polietileno associadas ao
tratamento hidrotérmico e a refrigeração na conservação pós-colheita de mangas ‘Tommy
21
Atkins’, verificou que a vida útil dos frutos aumentou de 13 dias (frutos sem embalagem e
sem tratamento térmico) para 17 dias e que o uso de refrigeração permitiu aumentar a vida útil
para 21-24 dias, sem prejudicar o metabolismo dos frutos, cujo amadurecimento ocorreu
normalmente.
Mercado-Ruiz et al., (2001), embalando mangas da variedade ‘Kent’ em bolsas de
polietileno, observaram atraso no amadurecimento com vida útil de 3 semanas a 13ºC mais 3
dias a 20ºC.
Melo Neto (1999) verificou a combinação de armazenagem frigorificada com sacos
plásticos na conservação e aumento da vida útil pós-colheita da manga ‘Palmer’ e concluiu
que o filme de polipropileno perfurado foi o que apresentou melhor resultado, pois não afetou
as características de qualidade do produto durante o período de armazenamento.
A embalagem de mangas do cultivar ‘Kensington Pride’ em atmosfera modificada por
sacos de polietileno encolhíveis, após tratamento com cloreto de cálcio 4%, aumentou
significativamente a incidência de danos na casca do fruto, em relação aos frutos que
receberam esse tipo de embalagem sem o tratamento de cloreto de cálcio (Yuen et al., 1993).
Armazenamento de mangas com atmosfera modificada com filmes de polietileno e
filme Xtend® retardaram o amadurecimento expresso pelo reduzido amolecimento e retardação
da cor das variedades ‘Tommy Atkins’ e ‘Keit’t (Rosa et al., 2001). A mesma observação foi
obtida por Pesis et al., (2001) quando utilizaram somente filme Xtend® na mesma variedade de
mangas.
B) Uso de ceras
Apesar de bem sucedido em nível científico, comercialmente o uso de atmosferas
modificadas tem sido dificultado devido aos distúrbios fisiológicos que podem provocar nos
frutos; limitado número de filmes com taxas de permeabilidade que atendam a variedades de
frutos em geral e preocupação com o meio ambiente, são as principais razões econômicas
quanto aos benefícios que podem trazer (Pesis et al., 2000; Kittur et al., 2001). Dessa forma
tem-se investigado o uso de ceras de composição artificial, natural e comestível.
Díaz-Sobac et al., (1996) utilizaram cobertura hidrofóbica e verificaram que houve
extensão do armazenamento pós-colheita de mangas por pelo menos 20 dias mais do que os
frutos que não receberam a cobertura.
22
Castrillo e Bermudez (1992) mostraram que o uso de duas ceras comerciais
(Primafresh C e Primafresh 31) na concentração de 20 % e 10 % de sólidos (p/v) reduziram a
perda de massa, degradação da clorofila no exocarpo e pH no mesocarpo de mangas
‘Carabao’.
Tratamento de mangas ‘Julie’ com 0,75 % (p/v) de uma solução aquosa de Pro-long e
armazenadas a 25ºC e 85-95% de umidade relativa, reduziu a perda de massa, retardou o
amadurecimento e aumentou a vida de armazenamento para mais seis dias, sem causar
qualquer efeito adverso na qualidade (Dhalla e Hanson, 1988).
Um tratamento na concentração de 1,0 % de sólidos solúveis (Pro-long) aumentou a
concentração de etanol na polpa do fruto, sendo que o tratamento com 0,8-2,4% de sólidos
solúveis retardou o amadurecimento do cultivar ‘Haden’ (Carrillo-Lopez et al., 1996).
Yuniarti e Suhardi (1992) avaliaram o efeito de diferentes métodos para retardar o
amadurecimento de mangas da variedade ‘Arumanis durante o transporte e concluíram que o
tratamento à base de emulsão de cera a 6 ou 7% retardou o amadurecimento com menor perda
de massa e sólidos solúveis.
Alache e Muñoz (1998), armazenando mangas chilenas ‘Piqueño’ com ou sem
tratamento hidrotérmico, com ou sem cera Primafresh 50-E, concluíram que a perda de massa
foi drasticamente reduzida com o uso da cera, o que permitiu ultrapassar os 21 dias de
armazenamento ambiente.
Ceras comestíveis
Baldwin et al., (1998) testaram dois tipos de ceras em mangas ‘Tommy Atkins’ sob
armazenamento a 10 ou 15ºC com 90-99% de UR, seguidos de condições simuladas de
comercialização a 56% de UR e a 20ºC. Somente a cera à base de polissacarídeos (Natural
Seal) pareceu retardar o amadurecimento e aumentar as concentrações de voláteis. A produção
de etanol foi aumentada cerca de 30 vezes na cera à base de polissacarídeos comparados ao
controle e 6 vezes mais do que a cera à base de carnaúba (Tropical Fruit Coating). Análise
sensorial mostrou que os frutos que receberam a cera à base de polissacarídeos foram mais
ácidos e análises químicas revelaram que os mesmos tiveram pH menor e elevada acidez
titulável, comparados aos outros tratamentos. Comportamento semelhante foi obtido por
Baldwin et al., (1999) na mesma variedade de manga.
23
Ceras derivadas de polissacarídeos resultaram em desenvolvimento retardado da cor,
menor acidez, sólidos solúveis totais, menor perda de massa e CO2, e maiores valores de
firmeza, com destaque a cera baseada em chitosana, para mangas ‘Alphonso’, armazenadas ao
ambiente (Kittur et al., 2001).
Báez-Sañudo et al., (1997), avaliando ceras comestíveis em mangas ‘Haden’ sob 20ºC,
observaram atraso do pico climatérico em relação aos frutos que não receberam esse
tratamento. Depois de 15 dias de vida útil, observaram também menor perda de massa e
melhor aparência, concluindo que a mistura de 2% de ácidos graxos, 1% de carboidratos e
0,1% de caseína manteve por mais tempo os frutos com melhor aparência. Báez-Sañudo et al.,
(2001), aplicando cera comestível logo após tratamento térmico, visualizaram menor perda de
massa em relação ao tratamento térmico, sem cera, mas amadureceram atipicamente.
Carrillo-Lopez et al., (2000), utilizaram três concentrações de cera comestível
‘Semperfresh’ (8, 16 e 24 g.L-1) em mangas ‘Haden’, armazenadas a 13ºC e 85% UR. Acidez,
firmeza e coloração verde foram maiores em frutos encerados, enquanto perda de massa,
sólidos solúveis totais e pH foram maiores nos frutos não encerados. Menor redução de
vitamina C ocorreu nos frutos encerados. Não houve diferenças entre as concentrações
empregadas para as características avaliadas. A partir de 24 dias de armazenamento, notou-se
aparecimento de podridão.
C) Embalagens ativas
No acondicionamento de frutas, são aplicados dentro ou de forma parcial em
embalagens absorvedores de etileno, excesso de CO2, água e O2, que recebem o nome de
embalagens ativas (Thompson, 1998).
Sarantópoulos et al., (1996) mencionaram que os filmes poliméricos, geralmente na
forma de polietileno, contendo dispersões de minerais, são comercializados como
absorvedores de etileno. Um exemplo desse tipo de embalagem é o Fresh Paper. O produto é
um papel impregnado com substâncias absorvedoras de gases, como o etileno, a ser
empregado na caixeta envolvendo os frutos, em substituição ao papel comum de embalagem.
Por ser um material de confecção discreta, sem demonstrar a presença de nenhuma substância
química, não afeta a apresentação comercial dos frutos. Sarantópoulos (1993) cita, como
vantagem de uma embalagem ativa, a alteração da atmosfera no interior da embalagem de
vegetais, sem que seja feita a aplicação de vácuo ou injeção de gases.
24
Lee et al., (1992) afirmaram que a eficiência desses filmes na embalagem de vegetais,
deve-se não somente à capacidade de absorver o etileno como também pelas características
desejáveis em uma embalagem para vegetais frescos, como: taxa de permeabilidade ao CO2 e
ao etileno superiores às dos filmes convencionais, maior relação entre a taxa de
permeabilidade ao CO2 e a taxa de permeabilidade ao O2.
O etileno liberado pelo produto pode ser eliminado pelo uso de absorventes -
permanganato de potássio (KMnO4) (Chitarra e Chitarra, 1990) e alumina (Al2O3) em
substituição ao primeiro (Jayaraman e Raju, 1992) no interior de embalagens. O etileno é um
produto indesejável do próprio metabolismo da fruta, pois funciona como acelerador de
maturação.
Esguerra et al., (1978) acrescentando perlita-KMnO4 a frutos de mango ‘Carabao’,
conseguiram reduzir a concentração de etileno de forma moderada. Briceño et al., (1999)
misturaram solução aquosa saturada de KMnO4 com absorventes tais como vermiculita e silica
gel (absorventes de etileno), a frutos de manga ‘Keitt’ e ‘Palmer’ durante armazenamento a
10ºC e 15ºC. No armazenamento a 10ºC, os frutos apresentaram os maiores valores das
variáveis estudadas.
Wavhal e Athale (1989), estudando o prolongamento da vida útil pós-colheita de
mangas ‘Keshar’, utilizando sacos de polietileno contendo sachês de vermiculita (30g)
saturados com permanganato de potássio, verificaram que houve redução na perda de massa
dos mesmos, em relação aos frutos embalados sem o sachê de permanganato de potássio.
Mangas do cultivar ‘Himsagar’ foram armazenadas em caixas de madeira revestidas ou
não, internamente, com papéis embebidos com permanganato de potássio por 14 dias, após o
tratamento com água corrente ou água quente, onde se observou que a perda de massa foi
minimizada com o tratamento de água quente mais permanganato de potássio, sem afetar a
qualidade dos frutos (Chattopadhyay, 1989).
Adição de absorvedores de etileno em filmes de polietileno e filmes Xtend® reduziram
os níveis de etileno e CO2, melhorando a qualidade de mangas (Rosa et al., 2001). A adição de
absorvedores de etileno (Conserver 21) em bolsa ou em câmaras frigorificadas, por Castro-
López et al., (2001), mostrou maiores níveis de firmeza nos mesmos frutos.
Illeperuna e Jayasuriya (2002) armazenando mangas ‘Karuthacolomban’ a 13oC e
94%UR utilizaram filmes plásticos de baixa permeabilidade de 50 µm de espessura com
aprisionadores de CO2, obtiveram 21 dias enquanto, os mesmos filmes sem esses
aprisionadores, 16 dias e os frutos controle, apenas 12 dias. de vida útil pós-colheita.
25
3.3.5 Uso de irradiação
A maioria das pesquisas com irradiação γ em mangas visa à erradicação da infestação
de mosca das frutas. Entretanto, tem-se dado muita ênfase ao prolongamento da vida útil
através da manutenção da qualidade. A seguir são relatados alguns resultados.
Bande et al., (1990) enfatizaram que frutas irradiadas apresentaram o mesmo valor
nutritivo que as processadas por outros métodos, visando à conservação pós-colheita dos
frutos.
Há diferenças quanto às respostas pelos cultivares a uma mesma dose de radiação,
assim como do ponto de colheita. Boag et al., (1990) aplicaram radiação γ em mangas
‘Kensington Pride’ em diferentes estádios. No estádio pré-climatérico, aumentou a respiração
dos frutos; imediatamente após o tratamento, atrasou o pico respiratório e a produção de CO2
foi reduzida. O amolecimento da fruta não foi afetado, mas o desenvolvimento da cor da casca
foi fortemente inibido por doses acima de 0,20 kGy. Exposição ao etileno não reverteu essa
inibição. Os frutos mais verdes foram mais afetados pela irradiação, ao contrário dos maduros.
Castanharo (1993) armazenou frutos do cultivar ‘Tommy Atkins’ e constatou que a
aplicação de cera foi muito eficaz para evitar a perda de massa e que sua associação com
irradiação gama ou com tratamento térmico, antes de serem conservadas sob refrigeração,
permitiu conservar estes frutos entre 25 e 28 dias, o que correspondeu a um aumento na vida
útil de até 12 dias, quando comparados aos frutos testemunha, que estavam amadurecidos em
16 dias e foram descartados ao 23º dia.
El-Samahy et al., (2000) mostraram que mangas ‘Zebda’ irradiadas com doses até 1,0
kGy após hidrotermia (55ºC por 5 minutos) podem ser armazenadas 50 dias a 12 ± 1ºC e 80-
85% UR, sem qualquer alteração indesejável quanto aos nutrientes e qualidade sensorial
quando comparadas a mangas sem irradiação por 25 dias na mesma temperatura de
armazenamento.
Pérez et al., (2001a;b), combinando tratamento com água quente e irradiação com
doses entre 0,75 a 1 kGy, atrasaram o amadurecimento de mangas ‘Keitt’, permitindo
aumentar seu período de armazenamento a 14ºC até 21 dias, sem aparecimento de antracnose.
Exposição de mangas ‘Tommy Atkins’ sob 10 e 20 minutos de irradiação ultravioleta
(190 - 280 nm), antes de armazenamento refrigerado sob 5ºC ou 20ºC por 14 dias e 7 dias a
20ºC de armazenamento ambiente, revelou que o tempo de 10 minutos foi o melhor, em
26
termos de maior firmeza, na eliminação da podridão e sem danos em função do tratamento,
quando as mangas foram armazenadas a 5ºC (Gonzalez-Aguilar et al., 2001).
3.3.6 Emprego do cálcio
O amadurecimento de mangas tem sido retardado pela infiltração de cálcio a vácuo
pós-colheita a 4% (Tirmazi e Wills, 1981; Wills et al., 1988; Yuen et al., 1993). Dano à casca
do fruto, verificada por estes autores, resultante dessa aplicação foi o maior problema,
limitando o uso do cálcio como um tratamento viável pós-colheita. Zambrano e Manzano
(1995) realizaram tratamento por imersão e infiltração à base de cálcio em mangas ‘Haden’ e
obtiveram retardamento da maturação através da medição de alguns atributos de qualidade
entre eles: amido, etileno, ácido ascórbico e sólidos insolúveis em álcool. Yuniarti e Suhardi
(1992) avaliaram o efeito de diferentes métodos para retardar o amadurecimento de mangas
da variedade ‘Arumanis’ durante o transporte e concluíram que o tratamento à base de CaCl2
nas concentrações de 2, 4, 6 e 8% foram os menos efetivos e retardaram o amadurecimento em
apenas dois dias, em relação ao uso de cera, onde se prolongou até 11 dias, todos comparados
ao controle que foi de 7 dias . O teor de cálcio nos frutos tratados com cloreto de cálcio na pré-
colheita retardou a evolução da maturação de mangas ‘Tommy Atkins’ segundo Bissoli Júnior
(1992) e mangas do cultivar ‘Dashehari’ (Singh et al., 1993).
Entretanto, Freire Júnior e Chitarra (1999) concluíram que a aplicação de cálcio não se
mostrou efetiva no aumento do período de conservação dos frutos de manga ‘Tommy Atkins’.
A mesma conclusão foi obtida por Joyce et al., (2001) para as variedades ‘Kensington’ e
‘Sensation’ sugerindo que melhores resultados seriam obtidos por aplicação foliar.
Cardenas et al., (2001), aplicando cálcio na fertilização, observaram manutenção da
consistência da polpa depois dos 7 dias da colheita de mangas ‘Haden’.
Evangelista (1999) verificou que mangas ‘Tommy Atkins’ submetidas a tratamento
pré-colheita com cloreto de cálcio a 5% apresentaram menor perda de massa, textura mais
firme, menor atividade das enzimas poligalacturonase, polifenoloxidase e Beta-galactosidase,
sem ter observado colapso interno.
Arizaleta et al., (2001) concluíram que o tratamento à base de sulfato de cálcio
contribuiu para conservar a cor verde da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas a
10ºC, mas não foi efetivo em manter a consistência das mesmas.
27
Singh et al., (1998) conduziram estudo com cloreto de cálcio e nitrato de cálcio na
pré-colheita de mangas ‘Amrapali’ e concluíram haver controle da perda de massa, sólidos
solúveis totais, açúcares solúveis totais, vitamina C, beta-caroteno com esses tratamentos na
vida útil pós-colheita.
3.3.7 Reguladores de crescimento Diversos produtos têm sido utilizados para retardar o amadurecimento na pós-colheita
de manga.
Khader (1991) aplicou ácido giberélico como pulverização foliar em mangas do
cultivar ‘Dashehari’ a 100, 200, 300 ou 400 µL.L-1 após o vingamento do fruto, seguido de
uma outra pulverização dez dias mais tarde e verificou que o mesmo retardou o
amadurecimento por até 6 dias de armazenamento sob temperatura ambiente entre 36 ± 2ºC e
40 ± 3ºC. Frutos que receberam 200 µL.L-1 de ácido giberélico exibiram menos sólidos
solúveis e carotenóides, menores relações SST/ATT, atividades da amilase e peroxidase na
colheita além da acidez total, o ácido ascórbico e a clorofila total na casca terem sido
significativamente maiores nesses frutos.
A aplicação pós-colheita de ácido giberélico (200 µL.L-1) e Vapor Gard a 2,5%
combinados retardaram o amadurecimento de mangas ‘Mallika’ por 20 dias a 15ºC (Khader,
1992).
Tratamento com água quente, escovação e fungicida procloraz seguidos de ácido 2,4-
diclorofenoxiacético (2,4-D), diluídos em cera, reduziram doenças pós-colheita em 50-70%
sugerindo amadurecimento retardado de mangas ‘Tommy Atkins’ e ‘Keitt’ durante
armazenamento por 3 semanas a 14ºC mais 1 semana a 20ºC (Kobiler et al., 2001).
Tratamentos à base de ácido giberélico (250 µL.L-1), bavistin (500 µL.L-1) sozinhos ou
combinados foram efetivos em retardar o amadurecimento de mangas ‘Sipia’ (Kumar, 1998).
Tratamento com ácido salicílico, na concentração de 2000 µL.L-1, eliminou o
desenvolvimento de doenças com aumento de 2 dias na vida útil pós-colheita de mangas
australianas ‘Kensington Pride’, conforme Zainuri et al., (2001) avaliaram.
Mangas ‘Tommy Atkins’ obtiveram maiores índices de firmeza e menores aumentos
de sólidos solúveis totais e pH após aplicação de ácido giberélico, sem afetar o
desenvolvimento e amadurecimento das mesmas, cuja estratégia principal era impedir o ataque
da mosca das frutas (Macedo, 1997).
28
3.3.8 Inibidores do amadurecimento
O amadurecimento de frutos climatéricos é acompanhado pelo aumento da produção
de etileno que coordena o processo de amadurecimento. O passo final na biossíntese do etileno
é catalisado pela ACC-oxidase. Métodos biotecnológicos têm sido usados para inibir a
biossíntese de etileno e amadurecimento em tomates pela regulação da expressão dos genes da
ACC-sintase e ACC-oxidase, usando-se a técnica do RNA antisense (Hamilton, 1990; Oeller
et al., 1991). Assim, por mais de uma década, a manipulação genética tem sido restrita
exclusivamente ao tomate. Mas além do tomate, os melões nobres têm merecido atenção não
só pela pobre capacidade de armazenamento, mas também pela pequena acumulação de
açúcares e produção de abundantes compostos voláteis. Através dessa técnica, pretende-se
lançar variedades de melão antisense que permaneçam mais tempo na planta, alcançando
melhor qualidade na colheita e maior tempo de armazenamento, inibindo-se a atividade da
ACC-oxidase (Ayub et al., 1996).
Outras técnicas menos dispendiosas têm sido pesquisadas, a fim de inibir o
amadurecimento de frutos e hortaliças. O amadurecimento tem sido inibido em tomates
quando expostos a vapores de etanol (Ritenour et al., 1997), mas não em bananas, melões
Cantaloupe e Honeydew, nectarinas, peras, pêssegos e ameixas que apresentaram
amadurecimento normal. Em mangas ‘Keitt’, tratamentos à base de acetaldeído e etanol nas
concentrações de 0,1, 0,5 e 1,0 % foram aplicados para inibir a produção de etileno. Somente
o tratamento à base de acetaldeído foi capaz de inibir completamente a produção de etileno
através da determinação da atividade da ACC-oxidase (Burdon et al., 1996).
A produção de etileno em frutos tem sido inibida a altas temperaturas, mas, após a
remoção, a capacidade de produzir esse gás foi recuperada em mangas ‘Nam Dok Mai’ (Ketsa
et al., 1999a) e ‘Tommy Atkins’ (McCollum et al., 1993).
A transição da fase imatura para o estádio maduro pode ocorrer em diferentes fases do
desenvolvimento. Por exemplo, frutos que permanecem na árvore tendem a amadurecer mais
tarde em função da provável existência de inibidores (Bufler, 1986) tais como as auxinas,
capazes de inibir o amadurecimento desses órgãos (Vendrell, 1969; Tingwa e Young, 1975;
Cordenunsi e Lajolo, 1995).
Concentrações recomendadas para a indução do amadurecimento de abacates, bananas,
melões Honeydew, kiwis, mangas e frutos de caroços situam-se entre 10000 e 100000 nL.L-1
29
de etileno (Saltveit, 1999). Baixos níveis de etileno podem retardar o amadurecimento de
frutos climatéricos, aumentando portanto a vida pós-colheita. Em mangas, sob temperatura de
20oC, diminuindo a concentração de etileno de 10000 para menos de 5 nL.L-1, o tempo para
amadurecer foi 1,7 vezes (Wills et al., 2001).
O difícil controle do etileno exógeno permitiu a investigação de compostos que
prevenissem o amadurecimento de frutos climatéricos, através de novos compostos tais como
o 1-metilciclopropeno (Sisler e Serek, 1997) e óxido nítrico (Leshem e Wills, 1998) que
inibissem tanto a produção do etileno dos frutos como a ação do etileno presente na atmosfera.
A concentração de etileno presente na atmosfera é menor que 0,005 nL.L-1, mas
suficientemente capaz de amadurecer um fruto climatérico (Wills et al., 2001).
A ação do etileno pode ser bloqueada por uma variedade de compostos que incluem o
dióxido de carbono (Mathooko, 1995), íons tiossulfato de prata e um número de oleofinas
cíclicas insaturadas (Abeles et al., 1992). Íons tiossulfato de prata são usados para promover a
longevidade de flores de corte sensíveis ao etileno, no melhoramento e produção de sementes
de pepino e na pesquisa. Entretanto, esses íons são incompatíveis com culturas alimentícias
(Saltveit, 1999).
Vários compostos têm sido desenvolvidos bloqueando o receptor de etileno, causando
portanto a inibição dos efeitos desse hormônio (Faubion, 1999; Sisler et al., 1990; Sisler,
1991). Por exemplo, compostos como a aminoetoxivinilglicina (AVG), aplicada na pré-
colheita em pêssegos (Byers, 1997), peras (Clayton et al., 2000), caquis (Danieli et al., 2000),
maçãs (Waclawovsky e Brackmann, 2001) e na inibição do desenvolvimento da zona de
abscisão de melões (Shellie, 1999). Outro inibidor da biossíntese do etileno, o ácido salicílico,
considerado um hormônio vegetal (Raskin, 1992), inibiu tanto a atividade da ACC-oxidase
como a respiração em maçãs (Fan et al., 1996) e retardou o amadurecimento em bananas
(Srivastava et al., 2000). Compostos como o 2,5 – Norbornadieno e diazociclopentadieno
utilizados na pós-colheita de maçãs (Blankenship e Sisler, 1989, 1993) e tomates (Sisler e
Lallu, 1994), foram utilizados como inibidores do etileno. Entretanto, eles não eram
comercialmente aceitáveis por requerer exposição contínua, causando toxidez, razão pela qual,
foram os precursores imediatos do 1-MCP.
30
3.4 Uso do 1-Metilciclopropeno (1-MCP)
O 1-MCP (1-metilciclopropeno), um potente inibidor da produção e ação do etileno, é
responsável por bloquear respostas do etileno nos sítios receptores em plantas, incluindo flores
de corte (Sisler et al., 1996; Serek et al., 1995) e frutos (Sisler e Serek, 1997). O 1-MCP é um
pó, quando misturado à água ou uma base diluída quentes libera um gás, cujas características
são: inodoro, anti-corrosivo e atóxico. Sisler et al., (2001) citam que esse composto é mais
estável na fase gasosa do que na líquida, por isso aplicado sempre na forma gasosa, em doses
extremamente baixas (ppm = µL.L-1 ou ppb = nL.L-1) e com rápida difusão pelos tecidos, o
que implica menores tempos de aplicação na pós-colheita. Já é registrado em muitos países
como Argentina, Colômbia, Equador, Estados Unidos, Africa do Sul, por exemplo. No Brasil,
está em vias de registro. Para flores, o registro recebeu o nome de Ethylbloc® e para produtos
alimentícios, o nome de Smartfresh®. A Figura 02, representa a estrutura plana, do 1- MCP.
Figura 02. Estrutura do 1-MCP (C4H6), antagonista do etileno (C2H4). (Fonte: Manual
do Fabricante)
Os efeitos diversos do 1-MCP na qualidade de frutos são associados com respostas
específicas entre espécies (Abdi et al., 1998; Fan et al., 1999; Watkins et al., 2000;
Rupasinghe et al., 2000; Able et al., 2002), o estádio de maturidade do fruto (Fan et al., 1999;
Harris et al., 2000; Jacomino et al., 2001; Kluge et al., 2000; Watkins et al., 2000; Freitas et
al., 2001; Pelayo et al., 2003; Kluge e Jacomino, 2002; Dong et al., 2002; Mir et al.,
2000;2001a;), temperatura de aplicação (Sisler et al., 1999; Macnish et al., 2000; Ku e Wills,
2000; Pelayo et al., 2001; Pesis et al., 2002; Wills et al., 2002; DeEll et al., 2002;), freqüência
de aplicação (Mir et al., 2001a; Pesis et al., 2002) e duração da aplicação (Golding et al., 1999;
Pelayo et al., 2001; DeEll et al., 2002; Ku e Wills, 1999, 2002; Jeong et al., 2002; Pesis et al.,
31
2002; Jiang e Joyce, 2002; Wills et al., 2002), temperatura de armazenamento (Ku and Wills,
1999; Watkins et al., 2000; Brackmann et al., 2000; Kim et al., 2000; Rupasinghe et al., 2000;
Mir et al., 2001a,b; Argenta et al., 2001b; Fan et al., 2000; 2001; Pesis et al., 2002; Jiang et al.,
2002), taxa de síntese dos receptores do etileno (Hofman et al., 2001; Jiang et al., 2002), bem
como período entre a colheita e aplicação do tratamento e a concentração do composto.
Tem sido revisado por Blankeship e Dole (2003), que o 1-MCP possui diferentes
efeitos no amadurecimento e qualidade de frutos e hortaliças, de comportamento climatérico
ou não.
A) Produtos de padrão não climatérico
Mullins et al., (2000), encontraram que, embora o tratamento com 1-MCP prevenisse
em pomelos, o desverdecimento induzido pela infecção, não impediu a proliferação do
Penicillium digitattum sobre o hospedeiro. Porat et al., (1999), observaram que o
desverdecimento foi retardado em laranjas ‘Shamouti’, mas aumentou o desenvolvimento de
podridões e odores. Efeitos da temperatura de armazenamento (2, 6, 12 ou 20ºC), ácido
giberélico, etileno e 1-metilciclopropeno no desverdecimento de pomelos foram examinados
por Porat et al., (2001). Temperatura de armazenamento a 2ºC reteve a coloração verde dos
frutos por até 5 semanas, mas com temperaturas de 6, 12 e 20ºC, houve um progressivo
aumento na taxa de desverdecimento. Aplicações de ácido giberélico na pré-colheita (10000
nL.L-1) ou pós-colheita (100000 nL.L-1) resultaram na retenção da cor verde do fruto.
Exposições de etileno até 100000 nL.L-1 por 3 dias tiveram ligeiro efeito no desverdecimento
da casca dos frutos, em função do pequeno efeito na indução da atividade da clorofilase, e
tratamentos de 1-MCP até 200 nL.L-1 por 16 horas não tiveram efeito. Uma ligeira influência
do etileno e a ineficiência do 1-MCP nas alterações da coloração do fruto não podem ser
atribuídas a dificuldades da aplicação, visto que, em experimentos realizados anteriormente, o
etileno induziu abscisão do pedúnculo e 1-MCP efetivamente inibiu seu efeito,
respectivamente. Jomori et al., (2001) estudaram o efeito do 1-MCP sob baixas temperaturas
(5 e 10ºC) de lima ácida ‘Tahiti’, concluindo que o desverdecimento e taxas respiratórias
foram menores em ambas as temperaturas.
32
Ku et al., (1999) observaram que o tratamento com 1-MCP estendeu a vida pós-
colheita de morangos em 35 % quando mantidos a 20ºC e em 150 % quando mantidos a 5ºC
com redução da podridão a baixas concentrações (5 a 15 nL.L-1). Mas concentrações a 500 e
1000 nL.L-1 aceleraram o desenvolvimento de doenças em morangos ‘Tioga’ e ‘Seascape’.
Jiang et al., (2001), empregando concentrações entre 500 e 1.000 nL.L-1 de 1-MCP em
morango ‘Everest’ encontraram inibição da atividade da Fenil Amonia Liase e teores de
fenólicos e antocianinas reduzidos, fazendo com que esse fruto ficasse vulnerável ao ataque de
patógenos.
Efeitos de 1-metilciclopropeno (200, 1000 e 2000 nL.L-1) na síntese de etileno, em
tecidos injuriados de abóboras ‘Bulam’, foram investigados por Roh et al., (2000a). Um
aumento anormal na produção de etileno na fase inicial foi atribuído à destruição do tecido. O
1-MCP estimulou a atividade da ACC-sintase nas primeiras 12 horas do tratamento, cuja
atividade cresceu com o aumento da aplicação do 1-MCP, aumentando a produção de ACC.
Entretanto, a atividade da ACC-oxidase foi inibida, o que causou a redução da produção de
etileno no fruto.
Kim et al., (2001) relataram que kiwis apresentam amolecimento prematuro a 0oC,
indesejável sob o ponto de vista econômico. Frutos tratados com altas concentrações de 1-
MCP antes ou após a remoção, nessa temperatura, e colocados em contato com o etileno
tiveram taxas de amolecimento reduzidas a um nível semelhante ao do controle e aqueles
tratados com 1-MCP sozinho. Já aqueles tratados com 1-MCP após a colheita e mantidos a
20ºC, tiveram menor produção de etileno e amolecimento. A falta de resposta dos frutos ao 1-
MCP sob baixa temperatura pode estar relacionada à presença dos pêlos na superfície do fruto,
segundo esses autores.
Outros trabalhos foram desenvolvidos em Santa Catarina com esse fruto. A
concentração de 1000 nL.L-1 de 1-MCP em kiwis ‘Bruno’ apresentou uma eficiência
ligeiramente superior à concentração de 500 nL.L-1. Após o tratamento à base de 1-MCP por
um período de 48 horas a 0ºC, os kiwis foram acondicionados em câmaras frias a 0ºC e 95%
UR. As análises foram realizadas 12 e 96 horas após 0, 45, 90 e 135 dias de armazenamento.
Antes das análises, os frutos permaneceram em 20 ± 0,5ºC e 85 ± 2% de UR. O 1-MCP
reduziu a respiração em todas as épocas de avaliação. A perda da firmeza de polpa e da acidez
titulável foi diminuída pelo 1-MCP (Waclawovsky et al., 2001).
Kiwis das variedades ‘Bruno’ e ‘Monty’ armazenados ao ambiente (25ºC) por 7 dias
apresentavam maior firmeza do que os frutos controle e aqueles armazenados por 14 dias,
33
apresentavam-se com qualidade comestível, enquanto os frutos controle, senescentes.
Portanto, aqueles armazenados por 7 dias mostraram maior atraso no amadurecimento quando
tratados com 1-MCP (Argenta et al., 2000b).
B) Produtos de padrão climatérico
O 1-MCP bloqueia totalmente o processo de amadurecimento intermediado pelo
etileno em frutos climatéricos como o tomate (Nakatsuka et al., 1997; 1998), peras de inverno
(Leliévre et al., 1997), maçãs ‘Fuji’ (Fan e Mattheis, 1999) e pêssegos (Mathooko et al., 2001;
Kluge e Jacomino, 2002).
O 1-MCP retardou o amadurecimento em ameixas (Abdi, 1998), bananas e tomates
(Serek et al., 1994) e o retardamento do amarelecimento dos brotos de brócolos (Ku e Wills,
1999; Fan e Mattheis, 2000a).
Frutos de caroço, tais como pêssegos, nectarina, ameixas e damascos podem
beneficiar-se dos efeitos inibidores do 1-MCP contra os efeitos indesejáveis do etileno. O 1-
MCP inibiu a síntese de etileno após a refrigeração de nectarinas ‘Flavortop’ a 0ºC por 30 dias
(Dong et al., 2001b). Ameixas japonesas ‘Laetitia’ foram tratadas um dia após a colheita com
1-MCP nas concentrações de 0, 10, 100 e 1000 nL.L-1 por 24 horas a 20ºC. Após o tratamento,
frutos foram mantidos a 25oC por 15 dias ou a 0oC por 44 dias mais 4 dias a 25ºC. O 1-MCP
substancialmente retardou a perda de firmeza da polpa, sólidos solúveis totais e acidez total
titulável durante a vida útil pós-colheita e concentrações superiores a 100 nL.L-1 por 24 a 20ºC
não resultaram em retardamento do amadurecimento e da produção de etileno (Argenta e
Amarante, 2001). Dong et al., (2001a), armazenando ameixas japonesas ‘Red Rosa’ a 0ºC,
após aplicação de 1000 nL.L-1 de 1-MCP a 20ºC por 18 horas observaram que protegeu os
frutos do etileno, contra o aparecimento de desordens fisiológicas e a manutenção da firmeza,
enquanto, armazenando ameixas ‘Royal Zee’ (2002), constataram grande redução da taxa
respiratória com 1-MCP, o que refletiu na extensão da vida útil desses frutos.
Peras ‘Conference’ tratadas sob a concentração de 1720 nL.L-1 tiveram sua produção
de etileno e taxa respiratória (Wild et al., 1999). Fan et al., (2000) tratando damascos a 1000
nL.L-1, observaram o mesmo, além de maior firmeza, maior perda de massa, ATT, menor
alteração da coloração, tornando os frutos mais verdes. Dong et al., (2002) concluíram que
damascos ‘Canino’ responderam favoravelmente após armazenamento ao 1-MCP, mas não
34
antes do armazenamento a 0ºC, demonstrando que cuidados como maturidade de frutos,
cultivar e momento de aplicação influem na eficiência do 1-MCP.
O 1-MCP inibiu o amadurecimento de maçãs (Fan et al., 1999; Watkins et al., 2000;
DeEll et al., 2000; 2002). Baritelle et al., (2001) trabalhando com peras e maçãs, concluíram
que o tratamento com 1-MCP não interrompeu o processo de amadurecimento completamente,
mas pequenas alterações nas propriedades mecânicas ocorreram com maior intensidade nas
amostras de peras do que nas de maçãs tratadas como a desidratação e as medidas de força
realizadas pelo penetrômetro Magness-Taylor.
Maçãs ‘Gala’ tratadas com 500 nL.L-1 de 1-MCP, seguido de irradiação, tiveram maior
firmeza e acidez comparadas a frutos irradiados sem o tratamento com 1-MCP, indicando que
o tratamento com 1-MCP, em combinação com a irradiação, e controle adequado da
temperatura de armazenamento minimizam a perda de firmeza e acidez bem como os danos
causados pela irradiação, como escurecimento e colapso da polpa (Fan et al., 2001).
Krammes et al., (2001) trataram um lote de maçãs ‘Gala’, com 1-MCP na concentração
de 4000 nL.L-1 enquanto o outro lote não foi tratado. Cada lote foi dividido em três grupos
com cera à base de carnaúba, nas concentrações de 0, 50 e 100% (v/v). O 1-MCP retardou a
perda da coloração da casca, perda da acidez total titulável, amolecimento da polpa e aumento
dos sólidos solúveis durante a vida útil pós-colheita. Concentrações da cera e a interação entre
as concentrações da cera e o 1-MCP não foram significantes em retardar o amadurecimento
dos frutos. Entretanto, o aumento da concentração da cera tendeu a retardar e suprimir o
aumento de sólidos solúveis totais. Trabalhando com o mesmo cultivar, Brackmann et al.,
(2000) trataram sob temperatura ambiente (20ºC) por 24 horas com 1-MCP, armazenaram por
60 dias em intervalos de 15 dias, a 20ºC e 90%UR e concluíram que o efeito do 1-MCP
diminuiu com o tempo de armazenamento, sendo que a dose de 1120 nL.L-1 propiciou melhor
qualidade após 60 dias, evidenciada por maior firmeza de polpa, teor de sólidos solúveis totais
e acidez total titulável, além de cor de fundo da epiderme mais verde e menores perda de
massa, incidência de polpa farinácea e podridões.
Efeitos do 1-MCP sobre a qualidade de maçãs ‘Fuji’ foram reduzidos com o tempo e
temperatura de armazenamento (Argenta et al., 2001b) quando trataram os frutos a 1,4 nL.L-1
do composto, um dia após a colheita e então armazenadas a 0, 10 ou 20ºC por 70 dias.
Rupasinghe et al., (2000) realizaram tratamento à base de 1-MCP a 20oC por 18 horas,
inibindo completamente a produção de etileno em maçãs ‘McIntosh’ e ‘Delicious’ por 6-10
dias a 20ºC, seguido de armazenamento a 0ºC, ao ar ou atmosfera controlada, por 60 e 120
35
dias. Maçãs tratadas com 1-MCP foram mais firmes (13 a 20 N) do que as não tratadas e
armazenadas por 7-14 dias a 20ºC. Sólidos solúveis totais não foram afetados pelo tratamento
com 1-MCP.
Mir et al., (2001a;b) estudaram os efeitos de diferentes aplicações de 700 nL.L-1 de 1-
MCP (uma vez por semana, uma vez por duas semanas, uma vez por mês, uma vez por ano ou
foram deixadas sem tratar), maturidades (uma semana antes de climatérico, no início do
climatérico e uma semana após o climatérico) e temperaturas de armazenamento (0, 5, 10, 15
ou 20ºC) na retenção da firmeza e fluorescência da clorofila em maçãs ‘Redchief Delicious’.
O composto retardou o amolecimento em todas as temperaturas em relação ao fruto não
tratado. Entretanto, quando a temperatura diminuiu, os benefícios da aplicação de 1-MCP
tornaram-se menos pronunciados. A eficiência do 1-MCP declinou ligeiramente quando a
maturidade dos frutos evoluiu e aumentou com a maior freqüência de aplicações a 5, 10, 15 e
20ºC, mas não a 0ºC. Frutos armazenados sem refrigeração (20ºC) por mais de 100 dias não
amoleceram significativamente, quando tratados uma vez por semana com 1-MCP. Entretanto,
podridão foi um problema significativo para todos os frutos, armazenados a temperaturas
maiores de 5ºC. A aplicação de 1-MCP reduziu, mas não preveniu o aparecimento das
podridões. O declínio da acidez titulável aumentou com a temperatura de armazenamento e 1-
MCP não teve efeito significativo em retardar o declínio dessa variável. A freqüência de
tratamento de 1-MCP mais efetiva foi (uma vez por semana) em todas as temperaturas
elevadas (5, 10, 15 e 20ºC), retardando a perda de firmeza em maior intensidade do que a
refrigeração sozinha (0ºC). A aplicação de 1-MCP resultou em maior retenção de firmeza do
que a atmosfera controlada com O2 e CO2 a 1,5 kPa e 3 kPa, respectivamente. Dados sugerem
que a aplicação de 1-MCP tem o potencial de reduzir a dependência da refrigeração e a
atmosfera controlada, por manter a firmeza de maçãs ‘Redchief Delicious’ por durações
relativamente curtas de armazenamento (menor do que 50 dias), quando frutos são colhidos
antes de uma semana do climatérico.
O tratamento de 1-MCP a 450 nL.L-1 por 24 horas a 20ºC retardou o amadurecimento
de abacates ‘Simmonds’ por 4 dias a 20ºC. Esta redução foi caracterizada por uma redução
significativa na taxa de amolecimento, na produção de etileno e CO2, menor perda de massa,
retenção da cor verde, atividades reduzidas das enzimas ligadas à parede tais como
poligalacturonase (PG), pectinametilesterase (PME), celulase, β e α-galactosidases e menores
mudanças no peso molecular de poliuronídeos (Jeong et al., 2002).
36
O 1-MCP reteve o desenvolvimento da coloração da casca e da polpa e proporcionou
maior firmeza da polpa e menor incidência de podridões em abacates ‘Quintal’. Frutos não
tratados apresentaram início do amadurecimento após 4 dias a 24ºC, enquanto para os tratados
com 270 nL.L-1 de 1-MCP o início do amadurecimento ocorreu após 7 dias. Frutos tratados
com 1-MCP (270 nL.L-1) apresentaram menor taxa respiratória e menor produção de etileno
(Kluge et al., 2001). Feng et al., (2000), tratando abacates de várias espécies com 1-MCP a 24
horas com 30-70 nL.L-1 a 22ºC retardaram o amadurecimento por 10-12 dias a 22ºC, induzido
pelo etileno. Jeong et al., (2000) reportaram para abacate que o 1-MCP, além de reduzir a
respiração, também atrasou o aparecimento do pico climatérico.
Melões Cantaloupe tipo ‘Acclaim’, tratados e armazenados com 100 nL.L-1 de 1-MCP
pós-colheita, conservaram-se com boa aparência até 12 dias e os que receberam doses mais
altas até 15 dias; aqueles não tratados foram aceitáveis até 5 dias (Almeida et al., 2001). Lima
et al., (2002b), tratando melões Gália, tipo ‘Solar King’ à temperatura ambiente, sob influência
de doses de 1-MCP, concluíram que a dose de 300 nL.L-1 permitiu melhor aparência interna,
além de ter possibilitado menor atividade respiratória.
Exposição de tomates verdes tratados na concentração de 5000 nL.L-1 de 1-MCP por 1
hora, resultou em 70 % de aumento de tempo para amadurecer, enquanto tomates maduros
tratados com concentração de 20000 nL.L-1 por 2 horas, propiciou um aumento de apenas 25
% na vida útil pós-colheita. Frutos tratados com 1-MCP mostraram uma reduzida perda da
acidez no amadurecimento, que resultou numa baixa relação SST/ATT e redução significativa
da respiração quando comparados aos frutos controle (Wills e Ku, 2002).
Após a colheita, tomates ‘Santa Clara’ no estádio breaker foram tratados com 1-MCP
por 12 horas em quatro diferentes concentrações: 0, 250, 500 e 1000 nL.L-1. Frutos foram
mantidos em condições ambientais por 2 dias e então armazenados em câmaras frias a 20
±1ºC; UR de 85-95%. Frutos tratados com 1000 nL.L-1 tiveram sua firmeza, 85 % maior do
que os frutos controle após 17 dias. Diferenças não significativas foram observadas para
sólidos solúveis totais. Frutos controle armazenados por 17 dias tiveram ao redor de 190 %
mais carotenóides totais do que frutos tratados com 1000 nL.L-1 de 1-MCP. Aplicação pós-
colheita de 1-MCP foi um método eficiente em retardar o amadurecimento de tomates. A
partir do momento em que as doses aumentavam, o amadurecimento foi proporcionalmente
sendo retardado. Tomates tratados com 250, 500 e 1000 nL.L-1 de 1-MCP tiveram atraso de
amadurecimento de 8 para 11, 11 para 13 e 15 para 17 dias, respectivamente (Moretti et al.,
2001).
37
Mamões ‘Sunrise Solo’ foram colhidos em dois estádios de maturação (verde e
maduro) e tratados com o 1-MCP nas concentrações de 0, 30, 90 e 270 nL.L-1 durante 12
horas a 20ºC. Após os tratamentos, os frutos foram armazenados em condições ambientais
(20ºC) durante 8 dias. A aplicação do 1-MCP (90 e 270 nL.L-1) retardou a perda de coloração
verde dos frutos e a incidência de podridões. Frutos verdes tratados com 1-MCP (270 nL.L-1)
apresentaram maior firmeza do que os frutos controle. O 1-MCP não afetou o conteúdo de
sólidos solúveis dos frutos. A taxa respiratória e a produção de etileno foram reduzidas nos
frutos tratados com 1-MCP (90 e 270 nL.L-1) em ambos estádios de maturação. O 1-MCP (90
e 270 nL.L-1) aumentou a vida útil pós-colheita dos frutos do estádio verde de 4 para 6 dias,
dos frutos maduros de 2 para 4 dias (Jacomino et al., 2001). Hofman et al., (2001) relataram
que o maior tempo para amadurecimento de mamões ‘Solo’ (20,4 dias) em relação à manga
‘Kensington Pride’ (18,7 dias), pinhas ‘African Pride’ (9,3 dias), abacates ‘Hass’ (15,6 dias),
estaria relacionado à menor taxa de síntese de receptores de etileno, quando tratados a 25
µL.L-1 de 1-MCP e temperatura de armazenamento.
Caquis ‘Fuyu’ colhidos em pomares de Santa Catarina, tratados no ambiente com 1-
MCP e armazenados tanto ao ambiente (20 dias a 20ºC) quanto sob refrigeração (40 dias a 0ºC
mais 3 dias a 20ºC), tiveram maior firmeza e maior acidez. Os efeitos do 1-MCP foram
mínimos quando os frutos foram armazenados por 20 dias a 0ºC mais 3 dias a 20ºC (Argenta
et al., 2000b).
Em bananas, a combinação bolsas de polietileno e 1-MCP atrasou as mudanças de cor
na casca e o amolecimento, estendendo a vida de armazenamento (Jiang, 1999b). Jiang
(1999a) demonstrou que uma exposição de 24 horas a 500 e 1000 nL.L-1 de 1-MCP a 20ºC
estendeu a vida pós-colheita de bananas ‘Cavendish’ na faixa de 16-31 dias na ausência de
etileno comparado com os frutos controle. Macnish et al., (2000) observaram que o aumento
da temperatura de exposição ao produto, antes do armazenamento ambiente de bananas
‘Willians’, permitiu para esse fruto um atraso mais significativo do amadurecimento. Aumento
da concentração do 1-MCP em temperaturas mais baixas resultou em amadurecimento mais
lento desse fruto. Botrel et al., (2002) armazenando bananas ‘Prata Anã’, encontraram atraso
no amadurecimento de 4 e 8 dias nas doses de 30 e 90 nL.L-1 de 1-MCP, respectivamente.
Taxas respiratórias, produção de etileno e degradação de clorofila na casca de bananas
diminuíram com tratamento de 1-MCP de 0,6 nL.L-1 por 12 horas, anterior à exposição de 10
nL.L-1 de etileno por 12 horas, promovendo atraso no amadurecimento. Concentração superior
a 40 nL.L-1 não atrasou o amadurecimento. Quando bananas foram expostas simultaneamente
38
a 1-MCP e etileno, somente 9 nL.L-1 de 1-MCP foi requerido para inibir o amadurecimento
(Roh et al., 2000b).
A eficácia do 1-MCP variou entre estádios de maturidade de bananas ‘Willians’
conforme relatado por Harris et al., (2000), pêssegos (Kluge e Jacomino, 2002), mamões
(Jacomino et al., 2001), ao contrário do verificado em maracujás (Freitas et al., 2000).
Frutos da família das anonáceas, de amadurecimento rápido, foram submetidos ao 1-
MCP. A aplicação na dose de 200 nL.L-1 foi a mais eficiente em retardar e reduzir a produção
de etileno em graviolas ‘Crioula’ ou ‘Nordestina’. Frutos tratados com 1-MCP mostraram
maiores valores de firmeza e ATT nessa dose até o 6º dia sob armazenamento ambiente (Lima
et al., 2001). Em frutos de ata ou pinha, expostos ao 1-MCP por 12 horas por 25ºC, e
armazenados a 25oC, observou-se que a concentração de 810 nL.L-1 de 1-MCP mostrou maior
firmeza do que o controle durante 4 dias. Frutos tratados a 0, 30 ou 90 nL.L-1 de 1-MCP,
amadureceram mais rápido do que a maiores concentrações (Benassi et al., 2002).
Goiabas vermelhas tratadas por 12 horas a 24-25ºC, com 1-MCP nas doses de 120 e
240 nL.L-1, apresentaram desverdecimento mais lento e menor porcentagem de podridões do
que os frutos não tratados, sendo que frutos no estádio verde nas doses de 120 e 240 nL.L-1
apresentaram vida útil pós-colheita aumentada de 4 para 6 dias, enquanto aqueles de estádio
meio maduro, de 2 para 4 dias de conservação (Kluge et al., 2000).
Poucos estudos têm sido realizados sobre o efeito da aplicação pós-colheita de 1-MCP
em algumas variedades de mangas, sendo que para a variedade mais comercializada, ‘Tommy
Atkins’, nenhum estudo ainda foi feito.
Garcia-Estrada et al., (2001) avaliaram a susceptibilidade à antracnose e mudanças
físicas, químicas e fisiológicas de mangas Kent nas concentrações de 10, 30, 62, 125 e 250
nL.L-1 sob temperatura de armazenamento a 23ºC. As concentrações de 62, 125 e 250 nL.L-1
apresentaram menor incidência e severidade de antracnose e as de 125 e 250 nL.L-1 foram as
melhores para manter a qualidade física e química dos frutos. A aplicação de 1-MCP não
atrasou a aparição do pico de CO2, mas reduziu a velocidade de respiração dos frutos, exceção
feita à dose de 62 nL.L-1.
A aplicação de 1-MCP em combinação com o uso de bolsas de polietileno pode
estender a vida útil pós-colheita em mangas ‘Zihua’ no ambiente, como substituto da cadeia
do frio, concluíram Jiang e Joyce (2000), mas atenção deve ser considerada quanto ao risco de
doenças que essas bolsas de polietileno podem proporcionar.
39
Hofman et al., (2001), estudando as respostas na qualidade e amadurecimento de
manga ‘Kensington Pride’, entre outros frutos, verificaram que o aparecimento leve de
doenças, associado ao emprego do 1-MCP, deve ser minimizado, se esse produto for utilizado
comercialmente.
C) Outros efeitos do 1-MCP
O 1-MCP reduziu fortemente os danos pelo frio em pós-colheita de frutos climatéricos
como melão (Ben-Amor et al., 1999) e maçã (Rupasinghe et al., 2000; Watkins et al., 2000) e
não climatéricos como o abacaxi (Selvarajah et al., 2001), ao contrário de laranjas (Porat et
al., 1999).
O 1-MCP impede a produção de muitos compostos voláteis em frutos climatéricos
(Abdi et al., 1998; Golding et al., 1998 e 1999; Harris et al., 2000; Fan e Matheis, 1999; Fan et
al., 2000; Rupasinghe et al., 2000) ou associados à irradiação (Fan e Mattheis, 2001; Fan et al.,
2001) por inibir a produção de etileno e taxa respiratória.
Desverdecimento desigual foi encontrado em bananas ‘Willians’ (Golding, 1998;
Harris et al., 2000). O 1-MCP controlou a escaldadura superficial de maçãs (DeEll et al., 2000;
Rupasinghe et al., 2000; Watkins et al., 2000). O 1-MCP inibiu a síntese de etileno após a
refrigeração de nectarinas ‘Flavortop’ a 0ºC por 30 dias, conduzindo a um amolecimento
anormal com inibição de enzimas e ocorrência de severas desordens fisiológicas como, por
exemplo, esfarinhamento, avermelhamento da polpa e menor quantidade de suco (Dong et al.,
2001b).
Etileno é importante no desenvolvimento de russet spoting (escurecimento na região
do corte em folhas de alface minimamente processadas) e em conferir sabor amargo em
cenoura devido à formação de isocumarinas. O 1-MCP foi empregado antes da exposição ao
etileno nesses produtos, sendo verificada a inibição dessas desordens fisiológicas (Fan e
Mattheis, 2000b; Manleitner et al., 2001; Wills et al., 2002). Machado et al., (2002), avaliando
a vida útil de melões Cantaloupe tipo ‘Hy-Mark’ minimamente processados submetidos à
aplicação pós-colheita de 1-MCP, observaram aparência das amostras, próxima daquelas
amostras analisadas após o processamento, ao 15º dia. A firmeza das amostras foi
positivamente afetada por todas as doses administradas em relação à testemunha, com
destaque para aquelas de 300 e 900 nL.L-1 de 1-MCP. Nenhuma diferença foi observada para a
coloração, SST e pH. Jiang e Joyce (2002) compararam maçãs ‘Golden Delicious’
40
4 MATERIAL E MÉTODOS O desenvolvimento experimental de todos os ensaios foram realizados na Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Agroindústria Tropical, utilizando-se o Laboratório de
Fisiologia e Tecnologia Pós-Colheita, situado no município de Fortaleza-CE.
4.1 ENSAIO I - Maturação de manga ‘Tommy Atkins’ submetida à aplicação pós-
colheita de 1-MCP
4.1.1 Frutos
As mangas do cultivar ‘Tommy Atkins’ foram colhidas dia 12 de junho de 2000 em
pomar comercial da Fazenda “Água Branca” da empresa Frunorte Ltda após as 15:00h,
situado no município de Carnaubais, estado do Rio Grande do Norte, em dois estádios de
maturação definidos a partir da coloração da polpa, conforme padronização de alguns
exportadores (Figuras 03 e 04).
A região localiza-se a 5o 13’de latitude e 44o28’de longitude oeste, com altitude de 15
metros, clima quente e seco, e semi-árido com precipitação média de 423 mm, temperatura
máxima de 33oC e mínima de 29oC. O solo é latossolo padronizado com textura arenosa
classificação climática Cwb de Koopen, irrigado periodicamente por gotejamento e com tratos
culturas regulares de capina, tratamentos fitossanitários e adubações convencionais de N, P, K.
As mangueiras selecionadas, foram plantadas em espaçamento de 8,0 m x 6,0 m.
Após a colheita os frutos foram transportados por via terrestre até o laboratório
(viagem de 4 horas), onde foram selecionados, lavados e deixados secar sob a bancada nas
condições ambientais do laboratório. Em seguida foram imersos em solução de Procloraz a
300 µL.L-1 por 3 minutos, contra a ocorrência de fungos e expostos novamente ao ar para
secar.
Figura 03. Estádio de maturação 2 de manga ‘Tommy Atkins’.
Figura 04. Estádio de maturação 3 de manga ‘Tommy Atkins’.
43
4.1.2 Procedimento de Aplicação do 1-MCP
As mangas foram colocadas em containers plásticos de 186 L (Figura 05). Para a
obtenção de 1-MCP gasoso, forma na qual foi aplicado o produto, foram utilizados frascos
com septos nas tampas. Nestes frascos pesaram-se em balança analítica 8,256; 33,024 e
66,048 mg de Smartfresh® (0,14% de ingrediente ativo de 1-MCP (1-metilciclopropeno) na
formulação pó) (Rohm & Haas Company Philadelphia EUA) para as doses de 30, 120 e 240
nL.L-1 de 1-MCP, respectivamente. Injetou-se através dos septos 50 mL de solução aquosa
morna (40-60oC) contendo 1000 mg.L-1 de lauril sulfato de sódio e agitou-se até a completa
dissolução do Smartfresh®. Os frascos foram introduzidos através de abertura lateral (Figura
06), as tampas retiradas (Figura 07) e a câmara vedada imediatamente, para evitar a perda do
gás, permanecendo em temperatura ambiente a 25oC por 12 horas, conforme mostrado para
goiabas como exemplo ilustrativo (Figura 08). Após retirados dos containers, em que
receberam os respectivos tratamentos, os frutos foram levados ao armazenamento ambiente
com amostragens no mesmo dia (dia zero) e aos 4, 7, 9, 12 e 14 dias.
Figura 05. Mangas ‘Tommy Atkins’ no interior de um container aberto.
44
Figura 06. Introdução de um frasco contendo 1-MCP no interior de um container com mangas ‘Tommy Atkins’ sob temperatura ambiente de 25oC e 75% UR.
Figura 07. Abertura de um frasco contendo 1-MCP no interior de um container com mangas ‘Tommy Atkins’ sob temperatura ambiente de 25oC e 75% UR.
45
Figura 08. Exemplo de um container vedado sob temperatura ambiente de 25oC e 75% UR com frutos sob exposição ao 1-MCP.
As características físicas, físico-químicas, químicas e fisiológicas determinadas foram
as seguintes: perda de massa, firmeza, coloração da casca, Luminosidade (L), Cromaticidade
(C) e ângulo Hue da polpa e das regiões verde e vermelha da casca, sólidos solúveis totais,
pH, acidez total titulável, relação entre sólidos solúveis totais e acidez total titulável, taxa
respiratória e produção de etileno (Procedimentos descritos nos itens 4.5.1; 4.5.3 e 4.5.4).
Para as análises de taxa respiratória e produção de etileno, foram utilizados os mesmos
frutos, sendo que as análises dos mesmos foram feitas aos zero e 4 dias e depois diariamente
até os 12 dias de armazenamento ambiente sob temperatura de 27,5 ± 1,2oC e 65,5 ± 4%.
O ensaio foi instalado utilizando-se delineamento inteiramente casualizado (DIC),
sendo os tratamentos organizados num esquema fatorial 4 x 6 para cada estádio de maturidade,
ou seja, estádios 2 (E2) e 3 (E3), 4 doses de 1-MCP (0, 30, 120 e 240 nL.L-1) e 6 épocas de
avaliação (0, 4, 7, 9, 12 e 14 dias). A parcela experimental foi composta por um fruto e foram
utilizadas cinco repetições.
46
4.2 ENSAIO II - Armazenamento refrigerado de manga ‘Tommy Atkins’ submetida a
diferentes doses e tempos de exposição a 1-MCP
4.2.1 Frutos
As mangas da cultivar ‘Tommy Atkins’ foram colhidas após as 15:00 hs do dia 05 de
setembro de 2000, na empresa Frunorte Ltda, situado no município de Carnaubais, estado do
Rio Grande do Norte, no estádio 2 de maturação definido a partir da coloração da polpa e
transportadas por via terrestre para o laboratório (viagem de 4 horas) onde as mangas foram
selecionadas, lavadas e secas. Em seguida foram imersas em solução de Procloraz a 300 µL.L-
1 por 3 minutos, contra a ocorrência de fungos, e expostas novamente ao ar para secar.
4.2.2 Procedimento de Aplicação do 1-MCP
O procedimento de aplicação do 1-MCP foi o mesmo do Ensaio I, diferindo apenas a
pesagem de 11,904; 23,808 e 35,712 mg, correspondentes às doses de 40, 80 e 120 nL.L-1 do
produto e os containers foram vedados na temperatura ambiente de 25,5oC e 75% por 12 e 20
horas. Após retirados os frutos dos containers, em que receberam os respectivos tratamentos,
foram levados para a câmara refrigerada à temperatura de 12 ± 1oC e 99 ± 1% UR, sendo
colhidos para análises aos 0 e 21 dias e transferidos para o ambiente na temperatura de 25,1oC
± 0,8oC e 65,3 ± 0,6% UR aos 24, 27 e 30 dias.
Foram avaliadas as mesmas características do Ensaio I. Para as análises de taxa de
respiração e de produção de etileno, foram utilizados os mesmos frutos. Os frutos mantidos
inicialmente sob refrigeração foram analisados aos 0, 7, 14 e 21 dias e transferidos ao
ambiente aos 23, 24, 25, 26 e 27 dias, nas mesmas temperaturas e umidades relativas citadas
anteriormente neste ensaio.
O ensaio foi instalado utilizando-se delineamento inteiramente casualizado (DIC),
sendo os tratamentos organizados num esquema fatorial 2 x 4 x 4 , em que estudou-se os dois
tempos de exposição (12 e 20 horas), doses de 1-MCP (0, 40, 80, 120 nL.L-1) e tempos de
armazenamento (0, 21, 24, 26 e 29 dias). A parcela experimental foi composta por um fruto e
foram utilizadas quatro repetições.
47
4.3 ENSAIO III – Armazenamento refrigerado sob atmosfera modificada de manga
‘Tommy Atkins’ submetida a aplicação pós-colheita de 1-MCP
4.3.1 Frutos
As mangas da cultivar ‘Tommy Atkins’ foram colhidas no final da tarde no estádio de
maturação 2 conforme Ensaio I no dia 09 de março de 2001 na empresa Mossoró
Agroindustrial Ltda, situado no município de Mossoró, estado do Rio Grande do Norte.
No dia seguinte à colheita, os frutos foram transportados por via terrestre para o
laboratório (viagem de 4 horas) onde foram selecionados, lavados e secos. Em seguida foram
imersos em solução de Procloraz a 300 µL.L-1 por três minutos para controlar infecções pós-
colheita, e expostos ao ar novamente para secar.
4.3.1 Procedimento de Aplicação de 1-MCP
O procedimento de aplicação de 1-MCP foi o mesmo do ensaio I, exceções feitas às
pesagens de 29,8 mg e 149 mg, correspondentes às doses de 100 e 500 nL.L-1 do produto e
injeção através dos septos de 50 mL de água morna sem o Lauril Sulfato de Sódio.
A decisão de excluir o Lauril Sulfato de Sódio (Base), é que a água morna, por si só, já
proporcionava a completa dissolução do produto. Os frutos de cada tratamento foram retirados
dos containers e levados para a câmara refrigerada à temperatura de 11,5 ± 1,7oC e 86,1 ±
8,4% UR sendo colhidos para análises aos 10, 20, 25 dias e transferidos para o ambiente na
temperatura de 25,4 ± 0,2oC e 97,6 ± 1,2% UR sem o Xtend® aos 28, 30 e 32 dias.
4.3.2 Caracterização do filme Xtend®
A embalagem Xtend® (Stepac, Israel) foi caracterizada pelo Centro de Tecnologia em
Embalagens (CETEA) do ITAL, quanto à taxa de permeabilidade ao oxigênio (cm3 .m-2 . dia),
ao dióxido de carbono (cm3 .m-2 . dia), ao vapor de água (cm3 .m-2 . dia), espessura (µm), cujos
resultados estão apresentados na Tabela 01. A identificação da amostra foi feita por
espectroscopia no infravermelho e calorimetria exploratória diferencial e as taxas de
permeabilidade (exceto a de vapor de água), cujas metodologias estão descritas em detalhes
48
por Oliveira et al., (1996). A taxa de permeabilidade ao vapor de água foi determinada com
base na metodologia ASTM E 96-00 – Standard test methods for water transmission of
materials, procedimento E. A relação entre a taxa de permeabilidade entre o CO2 e O2 no
intervalo de variação, variou de 2,48 a 2,51. A taxa de permeabilidade de CO2 da região
microperfurada foi de 6448 (cm3 .m-2 . dia). Todos os resultados de taxa de permeabilidade
foram baseados nas condições normais de temperatura e pressão, a 23oC e 1 atm (CNPT). A
embalagem na forma de saco possuía capacidade de 4,5 a 5 kg, com dimensões de 0,15 m de
largura por 0,24 m de comprimento, específicos para essa variedade de manga. O código da
embalagem foi o de lote No. 580/4.
Tabela 01. Taxas de permeabilidade (cm3 . m-2 . dia) (TP), intervalo de variação, média e coeficiente de variação de oxigênio (O2), gás carbônico (CO2) a 23oC, seco e 1 atm de pressão parcial de gás permeante e de vapor de água (g água . m-2. dia) a 38oC e 90% de UR e espessura (µm).
Análises Intervalo de variação
Média CV (%)
TP O2 73,5 –119,2 94,2* 25,0 TP CO2 182,3 – 299,1 249,3* 24,0
TP Vapor de água 83,3 – 136,1 103,3** 17,5 Espessura 21-31 26*** 11,0
Médias referentes a (*) três; (**), oito e (***) vinte e cinco repetições.
Foram avaliadas nos frutos as seguintes características físicas, físico-químicas e
químicas, fisiológicas do Ensaio I, excluindo a Luminosidade (L), Cromaticidade (C) e ângulo
Hue da região vermelha da casca, mais incluindo os açúcares solúveis totais, vitamina C total
e atividade da enzima ACC oxidase (análise bioquímica, procedimento descrito no item 4.5.5).
A análise sensorial (procedimento descrito no item 4.5.2) das características cor, firmeza e
aroma foram realizadas após a refrigeração, aos 32 dias de armazenamento na temperatura de
25,4 ± 0,2oC e 97,6 ± 1,2%UR, sendo apresentadas seis amostras de polpa (Cada amostra, um
tratamento) para cada julgador.
Para as análises de taxa de respiração e produção de etileno, os frutos foram mantidos
sob refrigeração e avaliados aos 0, 20, 25 dias e aos 26, 27, 28, 29, 30, 31 e 32 dias de
armazenamento, sendo realizada apenas uma determinação ao dia, nas mesmas temperaturas e
umidades relativas citadas anteriormente neste ensaio.
49
O ensaio foi instalado utilizando-se delineamento inteiramente casualizado (DIC)
seguindo o esquema fatorial com três fatores: Embalagem (com e sem Xtend®), doses de 1-
MCP (0, 100 e 500 nL.L-1) e tempos de armazenamento (0, 10, 20, 25, 28, 30 e 32 dias) com
quatro repetições, sendo um fruto por repetição.
4.4 ENSAIO IV – Armazenamento refrigerado de manga ‘Tommy Atkins’ submetida a
aplicação de 1-MCP a baixa temperatura
4.4.1 Frutos
As mangas ‘Tommy Atkins’ foram colhidas após as 15:00h do dia 13 de dezembro de
2001, em estádio comercial de aproximadamente 110 dias após a antese, de plantas com idade
de 6 anos e espaçamento de 8 m x 5 m em pomar comercial da empresa Finobrasa Ltda,
situada no município de Ipanguassu, estado do Rio Grande do Norte. Na manhã seguinte os
frutos foram levados ao packing house e submetidos ao tratamento pós-colheita, que consistiu
de uma imersão em tanques com água clorada a 200 mg . L-1 para eliminar os resíduos do
campo. Frutos sadios foram selecionados manualmente, os pedúnculos retirados
mecanicamente, e em seguida imersos em tanques a 50oC por 6 minutos. Em seguida foram
novamente lavados em água contendo Thiabendazol (1500 mg. L-1) por 5 minutos a 25oC. Por
ultimo, os frutos foram separados mecanicamente por peso, coletados manualmente e
classificados em caixas para exportação (0,345 m x 0,28 m x 0,10 m) de tipos 9 e 10, ou seja
de 9 e de 10 mangas, e transportadas por via terrestre para o laboratório (4 horas de viagem).
4.4.2 Procedimento de Aplicação de 1-MCP
O procedimento de aplicação do 1-MCP foi o mesmo que o ensaio III, com a exceção
de que, no mesmo dia após o transporte, metade das mangas contidas nas caixas para
exportação foram tratadas no interior dos containers plásticos, pesando 13 mg do produto na
concentração de 3,13% de ingrediente ativo) correspondente a 100 nL.L-1 do mesmo. Os
frascos foram introduzidos através de abertura lateral (Figura 06), as tampas retiradas (Figura
07) próximo das caixas com as mangas e os containers vedados imediatamente, permanecendo
por 12 horas no interior da câmara refrigerada na temperatura de 11,1 ± 1,4oC e 86,2 ± 3,6%
50
UR juntamente com as outras caixas com os frutos não tratados. Após retiradas as caixas com
os frutos dos containers, estes foram mantidos na câmara refrigerada na mesma temperatura e
umidade relativa por 35 dias, sendo colhidos para análises em intervalos de sete dias. Ao
término de 21, 28 e 35 dias os frutos foram transferidos para o ambiente na temperatura de
25,8 ± 0,6oC e 96 ± 4% UR com amostragens aos 0, 4, 7 e 12 dias para todas as análises
excetuando para a taxa respiratória e produção de etileno que foram diárias após cada retirada
de frutos da refrigeração.
A definição em aplicar o 1-MCP a baixa temperatura deveu-se ao fato deste
procedimento já ser adotado em frutas de clima temperado, e principalmente para ser possível
a aplicação do produto na linha de processo comercial, visando a aplicação no container
refrigerado, no trânsito entre o packing e o porto, durante o qual a fruta está refrigerada.
Quanto à concentração de ingrediente ativo usada neste ensaio, será a recomendada para uso
comercial, se aprovado o produto.
As características físicas, físico-químicas, químicas, fisiológicas e bioquímicas
avaliadas foram as mesmas do ensaio III, com as exceções da análise sensorial (procedimento
adotado no item 4.5.2), onde foram apresentadas duas amostras de polpa (cada mostra, um
tratamento) a cada julgador e da reinclusão dos componentes da cor da região vermelha da
casca.
O ensaio foi instalado utilizando-se delineamento inteiramente casualizado (DIC)
seguindo um esquema fatorial com dois fatores: Doses (0 e 100 nL.L-1) e tempos de
armazenamento: (0, 7, 14, 21, 25, 28 e 33); (0, 7, 14, 21, 28, 32, 35, 40 dias) e (0, 7, 14, 21,
28, 35, 39, 42, 47 dias) com quatro repetições, sendo quatro frutos por repetição.
4.5 AVALIAÇÕES
4.5.1 ANÁLISES FÍSICAS 4.5.1.1 Perda de Massa A perda de massa para cada fruto foi determinada em balança semi-analítica com
precisão de ± 0,01g. Os resultados foram expressos em perdas percentuais, utilizando-se a
relação entre o peso em cada dia de avaliação e o peso inicial.
51
4.5.1.2 Firmeza Foi determinada como sendo a resistência à penetração, usando-se o texturômetro
digital Stable Micro Systems, modelo TA.XT2i equipado com plunger de 6 mm de diâmetro,
tomando-se duas medidas por fruto, em faces opostas, após a remoção de porções da casca. A
profundidade requerida para a ponteira atingir a força máxima foi 13 mm e a taxa de
deformação, de 5 mm.s-1. Os resultados foram expressos em Newtons (N).
4.5.1.3 Componentes da cor da casca Foi usado o colorimetro CR-300 Minolta para a avaliação do Ângulo Hue (Ângulo da
cor; 0o – Vermelha; 90o amarelo; 180o verde; 270o Azul e 360o negro); Croma (Saturação ou
intensidade da cor - C; 0 – Cor impura e 60 – Cor pura) e Luminosidade (Brilho, Claridade ou
Reflectância –L; 0 – Escuro/ Opaco e 100 - Branco) representados na (Figura 09) das regiões
verde e vermelha da casca. Duas leituras por cada região de cada fruto foram realizadas,
obtendo-se uma média para cada componente.
52
53
4.5.1.4 Escala da cor da casca Foi usada a escala de notas variando de 1 a 4, da carta de cores elaborada pelos
exportadores de manga do México conforme Tabela 02.
Tabela 02. Cor da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ (Notas de 1 a 4).
A cor normal do fruto depois da colheita é principalmente verde escuro, com umacoloração vermelha nos ombros e uma coloração verde-clara que tende ao amarelona ponta. Este estado corresponde ao mínimo de maturidade e a máxima vida entre oexportador e o consumidor
Quando a maturidade se faz presente, os frutos são de uma cor verde-clara tendendopara o amarelo e dependendo da variedade, apresenta uma coloração vermelha. Sãofrutos ainda firmes e é um estado ideal para os distribuidores
A cor do fruto é predominantemente amarelo com poucas tonalidades verdes.Algumas variedades contrastam perfeitamente com a coloração vermelha. O frutocomeça a perder a firmeza e é a melhor condição para a sua venda ao consumidor
É a etapa ideal para seu consumo. O fruto é predominantemente amarelo que emalgumas variedades contrasta perfeitamente com a coloração vermelha.
Desenvolvimento da cor da casca durante o amadurecimento do fruto
Fonte: Sañudo et al., (1998)
4.5.1.5 Componentes da cor da polpa
Retirou-se uma fatia lateral paralela à orientação da semente do fruto com uma faca de
aço inoxidável, na região mais espessa da polpa e em cada porção mais central de cada face
realizou-se uma leitura do Ângulo Hue, Cromaticidade e Luminosidade, usando-se o
colorimetro CR-300 Minolta, descritos no item 4.5.1.4
4.5.1.5 Escala de cor da polpa Na mesma fatia retirada para avaliação dos componentes da cor, utilizou-se a escala de
notas variando de 1 a 5, onde registrou-se a nota correspondente ao estádio de maturação
através da carta de cores elaborada pelos exportadores de manga do México conforme Tabela
03.
54
Tabela 03. Coloração da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ (Notas de 1 a 5).
Branca Creme Amarelo Alaranjado Laranja
Fonte: Sañudo et al., (1998)
4.5.2 ANÁLISE SENSORIAL Para avaliar se as características sensoriais da fruta estavam de acordo com o padrão
mental que o consumidor possui em relação ao que seja ideal para uma manga madura, foi
realizado um Diagnóstico de Atributos utilizando-se a Escala do Ideal (Just right scale)
segundo Meilgaard et al (1987).
Trinta julgadores não treinados, recrutados dentre os funcionários e pesquisadores da
Embrapa Agroindustria Tropical, avaliaram o aroma, cor e firmeza das amostras, em cabines
individuais, através da ficha de avaliação apresentada na (Figura 10). O sabor não foi avaliado,
uma vez que o produto ainda não foi registrado no Brasil para uso comercial.
As amostras codificadas foram apresentadas na forma de cubos de aproximadamente 2
cm3, à temperatura ambiente, (Ensaios III e IV) em copinhos com tampa, (Figura 11), no
interior de cabines individuais. Foram fornecidos também pratos e garfos descartáveis para
avaliação da cor e firmeza de cada amostra.
A ordem de apresentação das amostras foi balanceada segundo Macfie et al., (1989).
Os resultados foram expressos em percentual de freqüencia de respostas em cada
categoria da escala do ideal para aroma, firmeza e cor. Somente para o Ensaio IV aplicou-se
do Teste do Qui-Quadrado para verificar se houve diferença entre os tratamentos ao nível de
significância de 1% na distribuição das frequências.
55
NOME ___________________ DATA__________ TESTE _____AMOSTRA: _______Você está recebendo uma amostra de manga.4 Cheire a amostra e indique o que você achou do AROMA, utilizando a escala:
( ) muito fraco, característico de manga verde( ) ligeiramente fraco, característico de manga de vez( ) forte, ideal de manga madura( ) ligeiramente passado( ) passado muito forte
5 Agora coloque a amostra no prato e indique o que você achou da COR, utilizando a escala abaixo:( ) característica de manga verde( ) característica de manga de vez( ) ideal de manga madura( ) característica de manga ligeiramente passada( ) característica de manga passada
6 Fure e pressione a amostra com o garfo indicando o que você achou da FIRMEZA:
( ) muito dura ( ) ligeiramente ( ) ideal de manga ( ) ligeiramente ( ) muito mole dura madura moleCOMENTÁRIOS:_____________________________________________________________________
Figura 10. Ficha de avaliação de aroma, cor e firmeza em polpa de mangas ‘Tommy Atkins’.
Figura 11. Amostras de polpa de manga ‘Tommy Atkins’ tratadas com 1-MCP e armazenadas ao ambiente, apresentadas aos provadores para análise sensorial.
56
4.5.3 ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E QUÍMICAS
As características químicas e físico-químicas foram determinadas após desintegração
da polpa em centrífuga doméstica.
Para o Ensaio I trabalhou-se com cinco repetições de 1 fruto, para os Ensaios II e III
trabalhou-se com quatro repetições de um fruto (uma amostra composta da pola de um fruto) e
para o Ensaio IV, utilizaram-se quatro repetições de quatros frutos (Cada amostra composta da
polpa de 4 frutos) para as determinações a seguir:
4.5.3.1 Sólidos Solúveis Totais Determinou-se o conteúdo de sólidos solúveis totais (SST) em filtrado da polpa
triturada, por leitura em refratômetro digital, modelo PR – 100 Palette (Attago Co., LTD.
Japão) com compensação automática de temperatura (AOAC, 1992). Os conteúdos de SST
foram expressos em (o Brix) .
4.5.3.2 Acidez Total Titulável A acidez total titulável (ATT) foi obtida por titulação com NaOH 0,1 N de 1g de polpa
triturada e diluída em 50 mL de água destilada e expressa em percentagem de ácido cítrico.
4.5.3.3 pH O pH foi determinado na polpa triturada, utilizando potenciômetro digital (AOAC,
1992).
4.5.3.4 Relação Sólidos Solúveis Totais (SST) / Acidez Total Titulável (ATT)
Esta relação foi obtida dividindo-se o conteúdo de SST pela ATT.
4.5.3.5 Açucares Solúveis Totais
Para extração, pesou-se em torno de 1 g de amostra e diluiu-se para 100 mL de álcool a
80%. Filtrou-se em seguida a amostra em papel qualitativo e retirou-se 10 mL do filtrado,
completando-se o volume para 100 mL de água destilada. Doseou-se através do reagente de 57
antrona, segundo (Yemn e Willis, 1954). A leitura da absorbância foi feita a 620 nm. Os
resultados foram expressos em g . 100-1g de polpa.
4.5.3.6 Vitamina C
Diluiu-se aproximadamente 2 g de amostra triturada para 100 mL de solução de ácido
oxálico a 0,5% refrigerada a 8oC. Tomou-se alíquota de 5 mL para doseamento através da
solução de Tillman, segundo técnica preconizada por Strohecker e Henning (1967). Os
resultados foram expressos em mg . 100-1g de polpa.
4.5.4 ANÁLISES FISIOLÓGICAS 4.5.4.1 Taxa respiratória e produção de etileno
A taxa respiratória dos frutos (mg CO2. kg-1. h-1) foi avaliada através de cromatografia
gasosa em (CG, modelo Dani 86.10), utilizando-se detector de condutividade térmica (DCT) e
a produção de etileno (µL C2H4. kg-1. h-1), através do detector de ionização de chama (DIC).
Para a análise dos dois gase foi utilizada coluna PORAPAK N, diâmetro de 1/8’’ com 4
metros de comprimento. O fluxo de gases em mL.min-1 foram de 30; 30 e 300 para o gás de
arraste ou Hidrogênio, Nitrogênio e Ar sintético, respectivamente. Os padrões usados foram o
CO2 a 5% e etileno a 10 µL.L-1. As temperaturas da coluna e injetores DCT e DIC, foram
respectivamente de 60oC; 150oC e 200oC. O programa para registro e integração dos picos, foi
o modelo PeakSimple II – PK-2, da empresa Ciola & Gregori – CG.
Os frutos previamente pesados em balanças semi-analíticas, foram colocados
individualmente (exceto ensaio IV, onde foram colocados 4 frutos por recipiente) em
recipientes herméticos de volume conhecido (Figura 10) sendo que após vinte minutos de
acondicionamento foram tomadas, com seringa descartável, amostras de 5 mL do ar no
interior do recipiente, e injetadas no cromatógrafo para as leituras de CO2 e etileno,
respectivamente. O volume vazio foi calculado pela estimativa do volume do fruto via
deslocamento da água. Com exceção do Ensaio I, a retirada das amostras foram feitas quando
os frutos eram mantidos sob refrigeração (no interior das câmaras).
58
Figura 12. Recipiente e seringa utilizados para determinação de taxa respiratória em mangas ‘Tommy Atkins’ 4.5.5 ANÁLISES BIOQUÍMICAS
As amostras em forma de fatias do fruto com a polpa para análises bioquímicas foram
armazenadas a –80oC e acondicionadas em sacos de polietileno de baixa densidade.
4.5.5.1 Atividade de ACC Oxidase (ACCo)
A determinação da atividade da ACC-oxidase foi realizada pela metodologia descrita
por Lederman et al., (1997), com modificações. Foram retirados, 6 discos da casca com
diâmetro de 10 mm e espessura de 2 mm, somando ao todo (0,9 a 1,2 g de tecidos) e pesados
sobre placas de Petri. Colocou-se os discos de tecido sob discos de papel de filtro embebidos
em água destilada, no interior de erlenmeyers de 25 mL, adicionando-se 10 µL do substrato
ácido 1-carboxílico 1-aminociclopropano (Sigma) de cada concentração (10, 50 e 100 mM)
em cada disco. Os mesmos foram vedados por 2 horas e fechados imediatamente por 1 hora
com rolhas de borracha, todos incubados a 25oC. Mesma operação foi realizada usando 10 µL
de água destilada sobre os discos, como controle para evitar possível síntese de etileno.
Tomou-se 5 mL de amostra gasosa em seringa descartável no interior do erlenmeyer e injetou-
se em cromatógrafo a gás (CG, modelo Dani 86.10), com detector de ionização de chama.
59
60
4.6 Análise Estatística
Para todos os ensaios, os dados foram submetidos a análise de variância através do
programa SISVAR 4.0 (Ferreira, 2000). A partir dos resultados das análises de variância, e
verificando a interação entre os fatores, o tempo de armazenamento foi desdobrado dentro de
cada tratamento e os resultados submetidos a regressão polinomial, considerando-se as
equações até 3o grau, de acordo com o proposto por Banzatto e Kronka (1992). O coeficiente
de determinação mínimo para utilização das curvas foi de 70%. Após a análise de variância,
quando constatada a significância pelo teste F, os níveis dos fatores doses e embalagens foram
comparados através do teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade (Gomes, 1987).
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 5.1 ENSAIO I - Maturação de manga ‘Tommy Atkins’ submetida a aplicação pós-
colheita de 1-MCP Os Quadros 01 a 08 de análise de variância deste ensaio estão no apêndice deste
ensaio. 5.1.1 Taxa respiratória e produção de etileno Houve interação entre doses de 1-MCP e tempo de armazenamento no estádio 2 de
maturação, pela análise de variância (p ≤ 0,01) da taxa respiratória.
Os dados de produção de CO2 estão superestimados devido à pequena sensibilidade do
cromatógrafo durante o período experimental deste ensaio, não invalidando o comportamento
dos resultados aqui encontrados.
Os frutos colhidos no estádio 2 e não tratados com 1-MCP atingiram o pico climatérico
9 dias após a colheita (Figura 13A). Baez-Sañudo et al (2001) observaram pico climatérico na
variedade ‘Tommy Atkins’ nos primeiros cinco dias sob temperatura de 20oC. Essa alteração
na mesma cultivar, depende do local onde é produzido o fruto, condições de colheita,
temperatura de armazenamento (Krishnamurthy e Subranamyan, 1970) e estádio de
maturidade. Durante todo o período experimental, o 1-MCP reduziu as taxas respiratórias com
destaque para as doses de 30 e 120 nL.L-1 estando em acordo com outros frutos climatéricos
tais como damascos (Fan et al., 2000), maçãs (Watkins et al., 2000), abacates (Jeong et al.,
2000), graviola (Lima et al., 2001) e em especial nas mangas ‘Kent’ (Garcia-Estrada et al.,
2000) nas doses de 125 e 250 nL.L-1 armazenadas ao ambiente, que neste caso estiveram
acima das doses utilizadas nesta variedade estudada.
A aplicação de 1-MCP nas mangas colhidas no estádio 2 gerou um atraso na evolução
do amadurecimento, em relação à testemunha, destacando-se também as doses de 30 e 120
nL.L-1. Porém, a dose de 240 nL.L-1 antecipou em 1 dia o pico climatérico nos frutos desse
estádio. O atraso da ascensão climatérica tem sido observado quando se aplica 1-MCP em
frutos climatéricos como bananas (Golding et al., 1998), ameixas (Abdi et al., 1998) e
abacates (Jeong et al., 2000). No entanto, as reduções são mais efetivas se a aplicação ocorrer
na fase pré-climatérica. Após o início da produção autocatalítica de etileno, o 1-MCP torna-se
muitas vezes ineficaz, como verificado em banana por (Golding et al., 1998; Jiang et al.,
1999), maçã por Mir et al., (2001a) e tomate (Wills e Ku, 2002).
0,00
100,00
200,00
300,00
400,00
500,00
600,00
700,00
800,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14Dias após a colheita
CO
2 (m
g. k
g-1.
h-1
)
0 30 120 240
Y0 = 68,763 - 0,8786x + 19,45x2 -1,403x3 R2 = 0,8355** Y30 = 67,614 – 9,9825x + 14, 095x2 – 0,8957x3 R2 = 0,9110** Y120 = 73,999 – 23,8x + 16, 565x2 – 1, 0265x3 R2 = 0,9480** Y240 = 57,049 + 30,737x + 10,265x2 – 0,8952x3 R2 = 0,8103**
0,00
100,00
200,00
300,00
400,00
500,00
600,00
700,00
800,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14Dias após a colheita
mg
CO
2.kg-1
.h-1
0 30 120 240
Y0 = Não Ajustável R2< 0,70 Y30 = Não Ajustável R2< 0,70 Y120 = Não Ajustável R2< 0,70 Y240 = Não Ajustável R2< 0,70
( A )
( B )
Figura 13. Taxa respiratória (mg CO2 kg-1.h-1) de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas no estádio 2 (A) e 3 (B) de maturação, submetidas a diferentes doses de 1-MCP e armazenadas a temperatura ambiente de 27,5 ± 1,2 oC e umidade relativa de 65,5 ± 4 %. Fortaleza – CE, 2000.
Para mangas no estádio 3 (p ≤ 0,05) somente foi verificado efeito do tempo de
armazenamento após a colheita (Quadro 08), havendo tendência para a dosagem de 30 nL.L-1
de 1-MCP em atrasar o amadurecimento por apresentar as menores taxas respiratórias em
62
relação aos outros tratamentos até o 7o dia (Figura 13B). Notou-se entre a testemunha e a dose
de 30 nL.L-1 haver uma pequena diferença, observando-se a ocorrência do pico respiratório 8
dias após a colheita em ambas. Nesse estádio de maturação, observou-se aceleração do
amadurecimento com as doses de 120 e 240 nL.L-1, as quais anteciparam os picos climatéricos
em dois dias em relação a testemunha.
Acredita-se que as pequenas diferenças no aumento das taxas respiratórias entre os dois
estádios pode ser devido ao fato de que no estádio 2, haveria um metabolismo mais intenso do
que no estádio 3, uma vez que o fruto estava próximo da transição entre o final da fase da
maturação e o início do amadurecimento.
Os níveis de etileno produzidos por esta variedade de manga não foram detectados nas
condições em que foi realizado este experimento. A produção de etileno foi inferior à
quantidade mínima detectável pelo cromatógrafo. Produção de etileno detectável foi
encontrada ao nivel de 50 nL.L-1 para mangas dessa variedade (Silva, 2000) colhidas em
estádio comercial, armazenadas a 20oC e 90% de umidade relativa.
5.1.2 Perda de massa Conforme análise de variância do apêndice, houve efeitos significativos para doses de
1-MCP (p ≤ 0,01) (Tabela 04).
Tabela 04. Perda de massa (%) e ATT (% ácido cítrico) em mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas no estádio 2 após exposição a diferentes doses de 1-MCP. Embrapa Tropical Agroindústria, Fortaleza, CE, 2000.
1-MCP (nL.L-1) Perda de Massa (%)
ATT (% ácido citrico)
0 6,63a 0,61a 30 5,61b 0,67a 120 5,72b 0,71a 240 5,95b 0,66a
Médias seguidas pela mesma letra não diferem pelo Teste de Tukey ao nível de 5 %.
Os Quadros 01 e 05 do apêndice mostram a análise de variância para perda de massa
de mangas nos estádios 2 e 3, onde somente o tempo de armazenamento foi significativo (p ≤
0,01) (Figuras 14A e 14B). No estádio 3, não houve diferença significativa entre as doses e o
63
controle pelo teste de Tukey a 5% (p ≥ 0,05), sendo que os frutos tratados apresentaram a
tendência de possuir menor perda de massa em relação ao controle.
O 1-MCP reduziu a perda média de massa em todas as doses, sendo significativamente
menor em relação ao controle (Tabela 04) no estádio 2 de maturação. A perda de massa com a
dosagem de 30 nL.L-1 de 1-MCP se mostrou ligeiramente menor em relação aos outros
tratamentos, embora a diferença não tenha sido significativa pelo teste de Tukey a 5%. O
controle da perda de massa por meio da redução do diâmetro dos orífícios de containers
plásticos refletiu no atraso do amadurecimento como reportado para mangas ‘Kensington
Pride’ (Macnish et al., 1997). Assim, o 1-MCP influindo na redução da perda de massa,
certamente contribuiu no controle do amadurecimento.
A diminuição da taxa respiratória ocasionada pelo 1-MCP (Figura 13A) pode estar
provavelmente relacionada a menor perda de massa (Tabela 04) no estádio 2. No estádio 3,
não houve diferença significativa entre as doses e o controle pelo teste de Tukey a 5% (p≥
0,05) apesar de os frutos tratados apresentarem a tendência de possuir menor perda de massa
em relação ao controle. Frutos que receberam 1-MCP, tais como maçã (Brackman et al.,
2000), abacaxi (Selvarajah et al., 2001) armazenado sobre refrigeração e abacate (Jeong et al.,
2002) armazenado sob temperatura ambiente, apresentaram semelhante comportamento. De
acordo com Yamashita et al., (1997b), em mangas embaladas a respiração contribui com cerca
de 3% da perda de massa total, sendo que o restante é perdido por transpiração. Atividade
metabólica reduzida é muito notada pelo decréscimo das taxas respiratórias e é uma das razões
da baixa perda de peso. Pode ser que o 1-MCP, potencialize esse efeito. De acordo com as Figuras 14A e 14B, com o decorrer do amadurecimento, houve
aumento na porcentagem da perda de massa, independente do estádio de maturação,
influenciada pela umidade relativa do ambiente. Ao fim do armazenamento as mangas nos
estádios 2 e 3, apresentavam 11,89 % e 12,32 % de perda de massa respectivamente.
64
0
2
4
6
8
10
12
14
0 2 4 6 8 10 12Dias após a colheita
Perd
a de
Mas
sa (%
)
140
2
4
6
8
10
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14
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14Dias após a colheita
Perd
a de
Mas
sa (%
)
Y = - 0,0338 + 0,3091x + 0,0764 x2- 0,00273 x3 R2 = 0,9987**
Y = - 0,1398 + 0,5965x + 0,0207x2 R2 =0,9947**
( A ) ( B )
Figura 14. Perda de massa (%) de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas nos estádios 2 (A) e 3 (B) de maturação, armazenadas em 27,5 ± 1,2 oC e umidade relativa de 65,5 ± 4 %. Fortaleza – CE, 2000.
A perda de massa nessa variedade de manga armazenada em temperatura ambiente é
variável em decorrência das condições experimentais utilizadas (Salles e Tavares, 1999;
Morais, 2000; González-Aguillar et al., 2001; Báez-Sañudo et al., 2001). A redução da perda
de massa é atribuída à transpiração de água pelo tecido da casca em diversas variedades de
mangas (Gowda e Huddar, 2001; Yamashita et al., 1997b).
5.1.3 Firmeza da polpa Houve interação significativa entre doses de 1-MCP e tempo de armazenamento para
firmeza da polpa de mangas colhidas no estádio 2 (p ≤ 0,01), conforme Quadro 01 do
apêndice, no entanto, para o estádio 3, somente observou-se efeito das doses de 1-MCP (p ≤
0,01) Quadro 05 do apêndice.
As doses de 30 e 120 nL.L-1 foram mais eficazes no estádio 2, provocando menor
diminuição da firmeza ao longo do armazenamento (Figura 15). Para o estádio 3, a dose de 30
nL.L-1 foi a que teve melhor efeito (Tabela 05). Em alguns frutos climatéricos colhidos num
estádio mais precoce, o 1-MCP foi mais efetivo como reportados para goiaba vermelha com
120 e 240 nL.L-1 (Jacomino et al., 2000), mamão tratado com 90 e 270 nL.L-1 (Jacomino et
al., 2002), pêssego tratado com 100 nL.L-1 (Kluge et al., 2002) durante armazenamento
ambiente.
65
Tabela 05. Firmeza da Polpa (N), pH and ATT (% ácido cítrico) em mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas no estádio 3 após exposição a diferentes doses de 1-MCP. Embrapa Tropical Agroindústria, Fortaleza, CE, 2000.
1-MCP (nL.L-1) Firmeza da Polpa (N)
pH ATT
(% ácido citrico) 0 54,33ab 4,51ab 0,53ab 30 64,45a 4,39b 0,56a 120 46,58b 4,62a 0,45b 240 55,06ab 4,45ab 0,51ab
Médias seguidas pela mesma letra não diferem pelo Teste de Tukey ao nível de 5 %
0
20
40
60
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100
120
140
160
0 2 4 6 8 10 12 14Dias após a colheita
Firm
eza
da P
olpa
(N)
0 30 120 240Y0 Y30 Y120 Y240
Y0 = 130,115 – 3,7843x – 1,633x2 + 0,095 x3 R2 = 0,9856** Y30 = 129,2271 + 10,2626x – 4,0873x2 + 0,1984x3 R2 = 0,9799** Y120 = 129,8207 + 11,3215x – 4,1265x2 + 0,1946x3 R2 = 0,9925**
Y240 = 131,7788 + 4,2324x –3,2864x2+0,1711x3 R2 = 0,9350** Figura 15. Firmeza da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas nos estádios 2 de maturação, submetidas a diferentes doses de 1-MCP e armazenadas a temperatura ambiente de 27,5 ± 1,2 oC e umidade relativa de 65,5 ± 4 %. Fortaleza – CE, 2000.
Observou-se ainda que houve efeito do tempo de armazenamento, independente das
doses de 1-MCP para o estádio 3, Quadro 05 do apêndice (p ≤ 0,01) para essa característica,
conforme Figura 16.
66
0
20
40
60
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100
120
140
0 2 4 6 8 10 12Dias após a colheita
Firm
eza
(N)
14
Y = 129,7422 + 4,5088 x – 3,4343 x2 + 0,1808 x3 R2 = 0,9680 **
Figura 16. Firmeza da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas no estádio 3 de maturação, e armazenadas em temperatura de 27,5 ± 1,2 oC e umidade relativa de 65,5 ± 4 %. Fortaleza – CE, 2000.
Deve-se salientar que a alteração na firmeza de manga é um importante indicador de
amadurecimento. A perda da consistência em mangas é consequência da solubilização das
susbtâncias pécticas por ação enzimática, principalmente a poligalacturonase e β-
galactosidase (Roe e Brummer, 1981; Ali e Lazan, 1995; Ketsa et al., 1998). 5.1.4 Atributos da cor da casca
Houve efeito do tempo de armazenamento, independente da dose de 1-MCP, sobre a
cor da casca nas mangas nos estádios 2 e 3 (p≤ 0,01), Quadros 02 e 03 do apêndice.
A evolução da coloração da casca sob condições ambientais iniciou-se com a
tonalidade verde escuro (Nota próxima de 2) no primeiro dia de avaliação, acentuando-se para
uma tonalidade alaranjada (Nota 4) para ambos os estádios de maturação (Figuras 17A e
17B). Diferenças não ocorreram em nivel estatístico, por tratar-se de uma avaliação muito
subjetiva, ao contrário dos atributos determinados pelo colorímetro, que são medidas
objetivas, conforme resultados relatados a seguir.
67
0
1
2
3
4
0 2 4 6 8 10 12 14Dias após a colheita
Col
oraç
ão E
xter
na (N
otas
: 1 -
4)
0
1
2
3
4
0 2 4 6 8 10 12 14Dias após a colheita
Col
oraç
ão e
xter
na (N
otas
: 1-4
)
Y = 1,971 + 0,4616x – 0,1014x2 + 0,0056x3 R2 = 0,9084**
Y = 1,9489 + 0,4053x – 0,0637x2 + 0,0031x3 R2 = 0,7264**
( B ) ( A )
Figura 17. Coloração da casca (Notas de 1 a 4) de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas no estádio 2 (A) e 3 (B) de maturação, armazenadas a temperatura ambiente de 27,5 ± 1,2 oC e umidade relativa de 65,5 ± 4 %. Fortaleza – CE, 2000.
Observou-se efeito do tempo de armazenamento sobre as características:
Luminosidade (L), Cromaticidade (C) e Ângulo Hue da região verde da casca das mangas
colhidas no estádio 2 (p ≤ 0,01), conforme Figuras 18A, 18B e 18C. As medidas do Ângulo
Hue na região verde da casca mostraram uma tendência do efeito das doses de 1-MCP (p ≥
0,05) em retardar o avanço da tonalidade amarela da casca (maior Ângulo Hue). Jeong et al.,
(2002) em abacates ‘Simmonds’ tratados com 1-MCP durante armazenamento ambiente e
Carrilo-Lopez et al., (2000) em mangas ‘Haden’ enceradas sob refrigeração, obtiveram valores
significativos (Ângulo Hue maior).
Porém, interações significativas entre as doses de 1-MCP e tempo de armazenamento
foram constatadas para Luminosidade (p ≤ 0,05), Cromaticidade e Ângulo Hue da região
verde da casca (p ≤ 0,01) das mangas colhidas no estádio 3, conforme Figuras 19A, 19B e
19C. Observou-se na região verde da casca das mangas no estádio 3 das mangas uma
tendência das doses de 30 e 240 nL.L-1 retardarem a evolução da tonalidade amarela, ao
contrário da dose de 120 nL.L-1 de 1-MCP (ângulo Hue). Com relação a luminosidade e
cromaticidade nessa região, os efeitos não foram claros .
Os resultados dessas medidas não destrutivas na região verde, seguiram o mesmo
comportamento observado por Morais (2000), ou seja, de aumento da luminosidade e
cromaticidade e diminuição do Ângulo Hue, quando foram comparados vários estádios de
68
maturação da mesma variedade de manga mantida sob refrigeração e em seguida sob
temperatura ambiente.
Os resultados de medidas de Luminosidade na região vermelha da casca do estádio 2
mostraram interação significativa entre doses e tempo de armazenamento (p ≤ 0,05) (Figura
21). No entanto para Cromaticidade e Ângulo Hue houve somente efeito do tempo de
armazenamento (p ≤ 0,01) (Figuras 20A e 20B).
Provavelmente, a explicação para o aumento seguido de descréscimo do Ângulo Hue
da região vermelha da casca no estádio 2 é que nessa região pode ter havido acúmulo e
degradação de carotenóides, conforme relatado por (Rodriguez et al., 1993), e de antocianinas,
o que explicaria em parte o comportamento apresentado pela Cromaticidade dessa região. Na
colheita, os frutos apresentavam tonalidade roxa (Ângulo Hue maior), sendo que no final do
armazenamento o tom vermelho (Ângulo Hue menor) prevaleceu, resultado do
amadurecimento. As doses de 1-MCP começaram a perder o efeito no atraso do avanço da
pigmentação a partir do 7o dia, com relação a Luminosidade dessa região.
Para Ângulo Hue da região vermelha da casca do estádio 3 de mangas ‘Tommy Atkins’
não houve significância para nenhum dos fatores de variação (p ≥ 0,05), Quadro 06 do
apêndice, havendo apenas uma tendência do tempo de armazenamento em aumentar o ângulo
hue (roxo para vermelho) o que explicaria em parte a maior cromaticidade e luminosidade
dessa tonalidade (vermelho vivo) no final do armazenamento (Figura 20E).
Verifica-se na região vermelha da casca, uma alteração menor nos valores do do
Ângulo Hue, em relação ao mesmo ângulo da região verde da casca da manga ‘Tommy
Atkins’, característica dessa variedade, classificada como vermelha do ponto de vista
comercial (Guerreiro et al. 2001), representada por sua máxima intensidade da coloração
vermelha, representada pela maior Luminosidade e Cromaticidade dessa região, em ambos os
estádios de matuação. A dose de 240 nL.L-1 no estádio 2 (Figura 21), diminuiu a luminosidade
dessa região no início do armazenamento, aumentando no final do mesmo, tornando os frutos
com uma coloração vermelha mais clara, o que pressupõe que essa dose de 1-MCP favoreceu
um menor acúmulo de antocianinas e carotenóides.
69
40
45
50
55
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14Dias após colheita
Lum
inos
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e (R
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o ve
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da c
asca
)
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Cro
mat
icid
ade
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ião
verd
e da
cas
ca)
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80
90
100
110
120
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14Dias após colheita
Âng
ulo
Hue
(Reg
ião
verd
e da
cas
ca)
Y = 45,0848 + 0,3984 x R2 = 0,9531**
Y = 27,31 + 1,1764x – 0,0488x2 R2 = 0,8568**
Y = 114,4344 + 0,205x – 0,1498 x2
R2 = 0,9884** Figura 18. Luminosidade, Cromaticidade e Ângulo Hue da região verde casca de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas nos estádios 2 (A, B e C) de maturação, e armazenadas em 27,5 ± 1,2oC e umidade relativa de 65,5 ± 4%. Fortaleza – CE, 2000.
(C) (A) (B)
70
40
45
50
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0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14Dias após colheita
Lum
inos
idad
e (R
egiã
o ve
rde
da C
asca
)
0 30 120240 0 30
20
25
30
35
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0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14Dias após colheita
Cro
mat
icid
ade
(Reg
ião
verd
e da
cas
ca)
0 30 120 240240 30 120
60
70
80
90
100
110
120
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14Dias após colheita
Âng
ulo
Hue
(Reg
ião
verd
e da
cas
ca)
0 30 120 240
0 30 120 240
Y0 = 46,0371 – 0,3425x + 0,0582x2 R2 = 0,8570* Y30 = 46,2063 – 1,7365x + 0,3902 – 0,0173x3 R2 = 0,8765* Y120 = Não ajustável R2 < 0,70 Y240 = Não ajustável R2 < 0,70
Y0= Não ajustável R2 < 0,70 Y30= 26,0339 + 2,4353x – 0,1142x2 R2 = 0,8452** Y120= 27,8535 – 1,0979x + 0,5721x2 – 0,0349x3 R2 = 0,7075** Y240= 26,566 + 3,7326x – 0,2511x2 R2 =0,8409 **
Y0=117,0937 – 2.059x R2=0.9222** Y30=117.1559 – 1,913x R2=0,8935**
Y120=113,9423+0,6616x- 0,2688x2 R2=0,935** Y240=114,8185 – 1,6004x R2=0.9580**
Figura 19. Luminosidade, Cromaticidade e Ângulo Hue da região verde da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas no estádio 3 (A, B e C) de maturação, submetidas a diferentes doses de 1-MCP e armazenadas em 27,5 ± 1,2oC e umidade relativa de 65,5 ± 4%. Fortaleza – CE, 2000.
(A) (C)
(B)
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10
15
20
25
30
35
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0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14Dias após colheita
Cro
mat
icid
ade
(Reg
ião
verm
elha
da
casc
a)
25
30
35
40
45
50
55
60
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14Dias após colheita
Âng
ulo
Hue
(Reg
ião
verm
elha
da
casc
a)
Y = 17,9834 – 4,4035x + 1,0993x2 – 0,0494x3 R2 = 0,9787**
Y = Não Ajustável R2 < 0,70
30
35
40
45
50
55
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14Dias após colheita
Lum
inos
idad
e (R
egiã
o ve
rmel
ha d
a ca
sca)
10
15
20
25
30
35
40
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14Dias após colheita
Cro
mat
icid
ade
(Reg
ião
verm
elha
da
casc
a)
25
30
35
40
45
50
55
60
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14Dias após colheita
Âng
ulo
Hue
(Reg
ião
verm
elha
da
casc
a)
Y= 35,6424 – 0,8018 x + 0,0961x2 R2 = 0,9898 **
Y = 14,425 + 2,5433x – 0,0745x2 R2 = 0,8454**
Y = Não Ajustável R2 < 0,70
Figura 20. Luminosidade, Cromaticidade e Ângulo Hue da região vermelha da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas nos estádios 2 (A e B) e 3 (C, D e E) de maturação, e armazenadas 27,5 ± 1,2oC e umidade relativa de 65,5 ± 4%. Fortaleza – CE, 2000.
(B)
(E)
(A)
(D) (C)
30
35
40
45
50
55
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14Dias após colheita
Lum
inos
idad
e (R
egiã
o ve
rmel
ha d
a ca
sca)
0 30 120 240
0 120 240 30
Y0 = 34,0754 + 0,8320x Y30 = 32,5404 + 1,0009x
Y120 = 34,3135 – 1,8684x + 0,5528x2 – 0,02558x3
Y240 = 33,7414 – 0,1502x + 0,0961x2
R2 = 0,8625** R2 = 0,8784** R2 = 0,7400** R2 = 0,9827**
Figura 21. Luminosidade da região vermelha da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas nos estádios 2 de maturação, submetidas a diferentes doses de 1-MCP e armazenadas 27,5 ± 1,2oC e umidade relativa de 65,5 ± 4%. Fortaleza – CE, 2000.
Observa-se portanto na casca da manga, existir alterações mais significativas na região
verde (maior ângulo Hue) do que na região vermelha (menor ângulo Hue) de ambos os
estádios de mangas ‘Tommy Atkins’, sobretudo quando se aplica o 1-MCP, retardando o
avanço da tonalidade amarela, sugerindo ser nessa região, um critério seguro em detectar
diferenças de amadurecimento.
5.1.5 Atributos de cor da polpa A análise de variância dos Quadros 03 e 07 do apêndice revelaram efeitos
significativos da interação entre doses de 1-MCP e tempo de armazenamento para
Luminosidade, Cromaticidade e Ângulo Hue da polpa (p ≤ 0,01) no estádio 2 (Figuras 22A,
22B e 22C) e estádio 3 (Figuras 22D, 22E, 22D).
No estádio 2, até 7 dias de armazenamento, as doses de 1-MCP reduziram em menor
intensidade a luminosidade da polpa em relação a testemunha, sendo observado após esse
período diminuição mais intensa dessa característica (Figura 22A). No estádio 3, as doses
reduziram a luminosidade da polpa por todo o período (Figura 22D). O comportamento de
diminuição dessa característica concorda com (Valente et al. 2000) quando armazenaram
73
74
mangas ‘Keitt’ a 13oC e 90 % UR por 26 dias e com Zambrano et al. (2000) quando
armazenaram diferentes variedades de manga sob refrigeração.
Para Cromaticidade dos estádios 2 e 3 , não se observou nenhuma tendência (Figura
22B e 22E), comportamento análogo ao observado por Zambrano et al. (2000).
O Ângulo Hue do estádio 2 até o 5o dia foi maior, porém a partir desse período,
observou-se alguma tendência do 1-MCP, de acelerar a coloração nas doses de 30 e 240 nL.L-1
(Figura 21C). Já para o Ângulo Hue do estádio 3, a redução ocorreu até os 11 dias, sendo
revertido no final do armazenamento, com a exceção da dose de 30 nL.L-1 (Figura 22F) em
retardar a coloração da polpa.
Para ambos os estádios, parece existir então uma relativa aceleração da coloração
interna desses frutos, indicando que o 1-MCP não retardou o desenvolvimento da coloração
nessa região, coloração essa, causada pelo acúmulo de carotenóides.
50
55
60
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0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14Dias após colheita
Lum
inos
idad
e (P
olpa
)
0 30 120 2400 30 120 120
50
55
60
65
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0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14Dias após colheita
Cro
mat
icid
ade
(Pol
pa)
0 30 120 240
70
75
80
85
90
95
100
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14Dias após colheita
Âng
ulo
Hue
(Pol
pa)
0 30 120 2400 30 120 240
Y0= 77,2752 – 1,06x R2 = 0.8515** Y30= 76,7793+1,5103x – 0,5483x2+0,0270x3 R2 = 0.9477** Y120= 77,0929+1,1519x – 0,5132x2+0,0259x3 R2 = 0.9681** Y240=77,3924+0,8792x – 0,4994x2+0,0259x3 R2 = 0.9046**
Y0 = Não ajustável R2 < 0,70 Y30 = Não ajustável R2 < 0,70 Y120 = Não ajustável R2 < 0,70 Y240 = Não ajustável R2 < 0,70
Y0= 94,5844 – 1,4321x R2 = 0,9451** Y30= 94,8450 – 0,3488x – 0,2522x2 + 0,0131x3 R2 = 0,9574** Y120 = 95,3157-1,4191x R2= 0,9847** Y240 = 95,3004 – 0,0476x – 0,4211x2 + 0,0238x3 R2= 0,9466**
50
55
60
65
70
75
80
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14Dias após colheita
Lum
inos
idad
e (P
olpa
)
0 30 120 2400 30 120 240
50
55
60
65
70
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14Dias após colheita
Cro
mat
icid
ade
(Pol
pa)
0 30 120 240
70
75
80
85
90
95
100
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14Dias após colheita
Âng
ulo
Hue
(Pol
pa)
0 30 120 2400 30 120 240
Y0= 76,8594 – 0,9825x R2 = 0,8497** Y30= 75,8053x – 1,0979x R2 = 0,9501** Y120=75,9438 – 2,7778x+ 0,1410x2 R2 = 0,9723** Y240=76,5568 – 1,9123x+0,0637x2 R2 = 0,8877**
Y0 = Não ajustável R2 < 0,70 Y30 = Não ajustável R2 < 0,70 Y120 = Não ajustável R2 < 0,70 Y240 = Não ajustável R2 < 0,70
Y0=92,0110+0,7321x- 0,4025x2+0,0191x3 R2= 0,9364** Y30= 92,5907 – 1,3602x R2= 0,9405** Y120=92,6100 – 2,5903x + 0,1091x2 R2= 0,9648** Y240=93,1419 – 2,4335x + 0,0917x2 R2= 0,9271**
Figura 22. Luminosidade, Cromaticidade e Ângulo Hue da polpa de mangas Tommy Atkins colhidas nos estádios 2 (A, B e C) e 3 de maturação (D, E e F), submetidas a diferentes doses de 1-MCP e armazenadas em 27,5 ± 1,2 oC e umidade relativa de 65,5 ± 4 %. Fortaleza – CE, 2000.
( A ) ( B )
( C )
(D) (E) (F)
75
5.1.6 Sólidos Solúveis Totais Houve efeito significativo do tempo de armazenamento em (p ≤ 0,01) Quadro 01 do
apêndice, no acúmulo dessa característica (Figura 23) no estádio 2.
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
0 2 4 6 8 10 12Dias após a colheita
Sólid
os S
olúv
eis
Tota
is (o B
rix)
14
Y= 6,775+0,1765x+0,1190x2 – 0,0076x3 R2= 0,9495**
Figura 23. Sólidos Solúveis Totais (oBrix) de mangas ‘Tommy Atkins’ no estádio 2 de maturação armazenadas em 27,5 ± 1,2 oC e umidade relativa de 65,5 ± 4 %. Fortaleza – CE, 2000. Para essa variável, nas mangas do estádio 3 verificou-se efeito significativo da
interação entre doses de 1-MCP e tempo de armazenamento (p ≤ 0,05) (Figura 24), Quadro 05
do apêndice.
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
0 2 4 6 8 10 12 14Dias após colheita
Sólid
os S
olúv
eis
Tota
is (º
Brix
)
0 Y0 30 Y30120 Y120 240 Y240
Y0= 6,6273 + 1,0865x – 0,0417x2 R2 = 0,9586** Y30= 6,7270 – 0,3048 x + 0,2630x2 – 0,0152 x3 R2 = 0,9310** Y120= 6,6544 + 1,5694x – 0,0787x2 R2 = 0,9794** Y240= 6,7781+0,4997x+0,1350x2 – 0,0102x3 R2 = 0.9440**
76
Figura 24. Efeito de doses de 1-MCP no estádio 3 de maturação nos Sólidos Solúveis Totais (oBrix) de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas em 27,5 ± 1,2 oC e umidade relativa de 65,5 ± 4,0 %. Fortaleza – CE, 2000.
Ao contrário do estádio 2, as mangas do estádio 3 que receberam 1-MCP apresentaram
teores de SST mais altos ao longo do armazenamento em relação aos frutos não tratados
(Figura 24), provavelmente em função do estádio avançado de maturação não ter respondido
mais ao tratamento, e por isso o amadurecimento foi acelerado.
Para esta característica, ao nível de significância de 5%, o 1-MCP não teve efeito
significativo em retardar o acúmulo tanto no estádios 2 ou 3 de mangas ‘Tommy Atkins’,
concordando com outros frutos climatéricos, tomate (Ku e Wills, 2002), mamão (Jacomino et
al., 2002), de que o 1-MCP ou seu antagonista, o etileno, não tem influência no acúmulo dessa
característica. Os teores de SST variaram entre os estádios, com valores próximos ao
encontrados nesta variedade por (Jerônimo, 2000; Ramos, 1994; Sousa, 2001).
5.1.7 Acidez Total Titulável e pH Em mangas do estádio 2, foi verificado efeito da interação entre doses de 1-MCP e
tempo de armazenamento (p ≤ 0,05) (Figura 25); efeito isolado das doses (p ≤ 0,05) (Tabela
05) e tempo de armazenamento no estádio 3 (Figura 26), para pH – Quadros 01 e 05 do
apêndice.
Em todas as doses de 1-MCP os valores de pH das mangas foram menores, com maior
destaque para a dose de 120 nL.L-1 durante o armazenamento (Figura 25) no estádio 2. Já no
estádio 3, os frutos tratados não diferiram significativamente da testemunha, sendo a menor
dose, a que apresentou tendência de menor pH (Tabela 05).
Da mesma forma que para o pH, a dose de 120 nL.L-1 teve efeito sobre a acidez,
retendo maior percentagem de ácido cítrico (0,71%), embora esta não fosse significativamente
diferente (p ≥ 0,05) dos demais tratamentos com 1-MCP para o estádio 2 (Tabela 04). Frutos
que não receberam 1-MCP, tiveram menor percentagem de ácido cítrico (0,60%). Mangas
tratadas neste estádio de maturação tiveram ligeiro declínio retardado da acidez
semelhantemente ao ocorrido com outros frutos climatéricos como damascos (Fan et al., 2000)
e tomates (Wills e Ku, 2002), possivelmente por ter favorecido a redução da taxa respiratória,
que influi em maiores níveis de acidez.
77
A dose de 30 nL.L-1 de 1-MCP apresentou menor valor de pH e maior valor de acidez
em relação aos outros tratamentos coincidindo assim com a maior firmeza obtida no estádio 3
de maturação (Tabela 05). Essa dose possibilitou um atraso no acúmulo dos sólidos solúveis
totais até seis dias de armazenamento assim como para taxa respiratória, sendo que após esse
período os valores das mesmas aumentaram consideravelmente nesse estádio. Na mesma
tabela, observa-se que com o aumento das doses de 1-MCP, não houve efeito significativo nos
teores de acidez, pH e firmeza ficando abaixo do controle, sugerindo que o produto possa ter
acelerado o amadurecimento nesse estádio.
3
4
5
6
7
0 2 4 6 8 10 12 14Dias após a colheita
pH
0 Y0 30 Y30
120 Y120 240 Y240
Y0 =3,4649 – 0,1058x + 0,0446x2 – 0,0019x3 R2 = 0,9937** Y30 =3,4812 – 0,1700x + 0,0468x2 – 0,0018x3 R2 = 0,9509** Y120 =3,4507 – 0,0584x + 0,0153x2 R2 = 0,9388 ** Y240 =3,4584 – 0,1025x + 0,0347x2 – 0,0013x3 R2 = 0,9978**
Figura 25. Efeito de doses de 1-MCP nos estádios 2 no potencial hidrogeniônico (pH) em mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas em 27,5 ± 1,2 oC e umidade relativa de 65,5 ± 4%. Fortaleza – CE, 2000.
3
4
5
6
7
0 2 4 6 8 10 12Dias após a colheita
Pote
ncia
l Hid
roge
niôn
ico
14
Y = 3,5671 – 0,1564x +0,0526x2 – 0,0023x3 R2 = 0,9928** Figura 26. Potencial hidrogeniônico (pH) em mangas ‘Tommy Atkins’ no estádio 3 de maturação (C) armazenadas em 27,5 ± 1,2 oC e umidade relativa de 65,5 ± 4%. Fortaleza – CE, 2000.
Em geral nos estádios 2 e 3, foi observado efeito do tempo de armazenamento (p ≤
0,01), com redução dos teores de acidez conforme Figuras 27A e 27B.
78
Ácidos orgânicos diminuem com o amadurecimento na maioria dos frutos, entre eles o
ácido cítrico, predominante em mangas (Mitra e Baldwin, 1997). Independente do estádio de
maturação, esse declínio da acidez ocorreu de forma acentuada. Este comportamento decorre
do consumo dos ácidos orgânicos e/ou sua conversão em açúcares no processo respiratório
(Chitarra e Chitarra, 1990). Gowda e Huddar (2001) encontraram em mangas indianas,
diminuição da acidez expressa em ácido cítrico, variando de 2,71 a 0,04%.
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
1,60
0 2 4 6 8 10 12Dias após a colheita
Aci
dez
Tota
l Titu
láve
l (%
áci
do c
ítric
o)
140,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
1,60
0 2 4 6 8 10 12 1Dias após a colheita
Aci
dez
tota
l Titu
láve
l (%
áci
do c
ítric
o)4
Y = 1,2188 + 0,1452x – 0,0431x2 + 0,0019x3 R2 = 0,9791**
Y= 1,0501 + 0,0939x – 0,0358x2 + 0,0018x3 R2 = 0,9844**
( A ) ( B )
Figura 27. Acidez Total Titulável (% ácido cítrico) de mangas ‘Tommy Atkins’ nos estádios 2 (A) e 3 (B) armazenadas em 27,5 ± 1,2 oC e umidade relativa de 65,5 ± 4 %. Fortaleza – CE, 2000.
5.1.8 Relação Sólidos Solúveis Totais e Acidez Total Titulável No estádio 2, foi verificado efeito isolado das doses de 1-MCP (p ≤ 0,05) (Tabela 06) e
tempo de armazenamento (p ≤ 0,01) para a relação SST/ATT (Figura 28A). No entanto no
estádio 3, foi observado somente efeito significativo do tempo de armazenamento (Figura
28B) (p ≤ 0,01) (Figura 25C), com discreto efeito das doses sobre esta característica (Tabela
06) – Quadros 01 e 05 do apêndice.
O estádio de maturação do fruto desempenha um papel importante no desenvolvimento
do sabor, particularmente nos frutos climatéricos, onde a maturação é regulada pelo etileno.
Observa-se que tanto os frutos dos estádios 2 e 3 atingiram a mesma relação de SST/ATT nas
condições experimentais realizadas (Figuras 28A e 28B). Chitarra e Chitarra (1990)
estabelecem que essa relação é indicativa do sabor, que se acentua a medida que ocorre o
79
amadurecimento conforme verificados por (Wickman e Mohammed, 1999; Medlicott et al.,
1986; Souza, 1984) em mangas.
0
20
40
60
80
100
120
0 2 4 6 8 10 12Dias após a colheita
Rel
ação
SST
/ATT
14 -20
0
20
40
60
80
100
120
0 2 4 6 8 10 12
Dias após a colheita
Rel
ação
SST
/ATT
14
Y = 4,9225 – 1,9653x + 0,6370x2 R2 = 0,9890**
Y = 7,2626 – 12,5999x + 3,7828x2 – 0,1706x3 R2= 0,9853**
( A ) ( B )
Figura 28. Relação entre Sólidos Solúveis Totais e Acidez Total Titulável de mangas ‘Tommy Atkins’ nos estádios 2 (A) e 3 (B) armazenadas em 27,5 ± 1,2 oC e umidade relativa de 65,5 ± 4 %. Fortaleza – CE, 2000.
As doses de 30 e 120 nL.L-1 foram estatísticamente iguais pelo Teste de Tukey a 5%,
enquanto a dose de 240 nL.L-1 apresentou o melhor resultado para esta característica no
estádio 2 dessa variedade de manga, refletindo em frutos com sabor mais ácido do que
adocicado (Tabela 06).
Tabela 06. Efeito de doses de 1-MCP na relação entre Sólidos Solúveis Totais e Acidez Total Titulável de mangas ‘Tommy Atkins’ nos estádios 2 e 3. Embrapa Tropical Agroindústria, Fortaleza, CE, 2000
1-MCP (nL.L-1) Estádio 2 Estádio 3 0 47,11 a 59,95 a 30 41,31 ab 51,00 a 120 41,17 ab 64,03 a 240 36,22 b 55,53 a
Médias seguidas pela mesma letra não diferem pelo Teste de Tukey ao nível de 5 %.
Wills e Ku (2002) reportaram para tomates armazenados ao ambiente, redução da
relação SST/ATT mediante o aumento das doses de 1-MCP. Sem dúvida, o retardo do declínio
da acidez pelo 1-MCP, contribuiu decisivamente no sabor dos frutos neste estádio de
maturação, discordando de Hofman et al., (2001) para mangas ‘Kensington Pride’ onde não
80
81
encontraram influência do 1-MCP isoladamente sobre ATT e SST, colhidas em estádio de
maturidade comercial e armazenadas sobre temperatura ambiente, sem estabelecer essa
relação.
As doses de 1-MCP podem variar entre espécies de frutos e entre variedades de uma
mesma espécie de fruto. (Jiang e Joyce, 2000) utilizaram em mangas ‘Zihua’ até 200 µL.L-1 de
1-MCP durante o armazenamento ambiente. Hofman et al., (2001) aplicaram 25 µL.L-1 de 1-
MCP para mangas ‘Kensington Pride’. Garcia-Estrada et al., (2001) definiram para mangas
‘Kent’, concentrações ao nível de 125 e 250 nL.L-1. Face aos resultados obtidos, a variedade
‘Tommy Atkins’ parece requerer uma dose compreendida entre 30 e 120 nL.L-1 de 1-MCP no
estádio 2, para que a eficiência desse produto seja alcançada. Assim será possível aumentar a
extensão da vida útil pós-colheita no ambiente como alternativa à independência do uso do
frio à semelhança das mangas ‘Zihua’ (Jiang e Joyce, 2000) e maçãs ‘Redchief Delicious’
(Mir et al., 2001), uma vez que os sítios receptores de etileno parecem estar em síntese
permanente nessa fase.
5.2 ENSAIO II - Armazenamento refrigerado de manga ‘Tommy Atkins’ submetida a
diferentes doses e tempos de exposição a 1-MCP
5.2.1. Taxa respiratória e produção de etileno Os Quadros 09 a 12 de análise de variância deste ensaio encontram-se no apêndice
deste trabalho.
Houve efeitos isolados e significativos das doses de 1-MCP (p ≤ 0,01) (Tabela 07) e
tempo de armazenamento (p ≤ 0,01) na variável taxa respiratória (Figura 29).
Tabela 07. Taxa respiratória (mg CO2 .kg-1.h-1) e Perda de massa (%) de mangas ‘Tommy Atkins’ submetidas a doses de 1-MCP. Fortaleza, CE, 2000.
1-MCP (nL.L-1) CO2 (mg. kg-1.h-1) Perda de Massa (%) 0 91,22a 4,52a 40 85,61ab 4,00b 80 80,24b 4,13b 120 80,53b 4,09b
Médias seguidas pela mesma letra não diferem pelo Teste de Tukey ao nivel de 5%
O aumento das doses de 1-MCP reduziu a taxa respiratória em relação ao controle
durante todo o período experimental, destacando-se as doses de 80 e 120 nL.L-1 (Tabela 07).
Garcia-Estrada et al., (2001) reportaram para mangas ‘Kent’ armazenadas sob ambiente,
redução da velocidade respiratória com 1-MCP. Porém sob armazenamento refrigerado,
Argenta et al., (2001) verificaram em maçãs ‘Fuji’ redução da taxa respiratória com o 1-MCP.
Independente da temperatura de armazenamento, é notório o efeito do 1-MCP na redução da
taxa respiratória.
82
0
20
40
60
80
100
120
140
160
0 7 14 21 28Armazenamento (Dias)
CO
2 (m
g.kg
-1.h
-1)
Y = 37,9896 – 5,8913x + 0,3837x2 R2 = 0,7588**
(B)
Figura 29. Produção de CO2 (mg..kg-1.h-1) de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% de umidade relativa, seguido de 6 dias de armazenamento ambiente a 25,1 ± 0,8 oC e 65,3 ± 0,6 % de umidade relativa. Fortaleza – CE, 2000. De forma geral, ao longo do armazenamento, houve aumento da taxa respiratória
(Figura 26). Os valores variaram de 36,79 a 130,80 mg CO2.kg-1.h-1 estando acima dos
reportados por (Gonzalez-Aguilar et al., 2000) para manga ‘Tommy Atkins’.
Produção de etileno não foi detectada sob refrigeração e nem sob armazenamento
ambiente, como já observado no ensaio I. nesta variedade de manga. Quantidades ao nível de
0,01 µL.L-1 têm sido encontradas em mangas de mesma variedade (Rosa et al., 2001) sob
armazenamento ambiente seguido do refrigerado. Neste caso, sugere-se a quantificação desse
hormônio em cromatógrafo de alta sensibilidade ou em espectrômetro fotoacústico a laser
como recomendado por (Oliveira et al., 2001).
5.2.2 Perda de massa
Houve efeitos isolados e significativos das doses de 1-MCP (Tabela 07) e tempo de
armazenamento (p ≤ 0,01) para esta variável (Figura 30).
83
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
0 5 10 15 20 25 30Armazenamento (Dias)
Perd
a de
Mas
sa (%
)
Y = Não ajustável R2 < 0,70 Figura 30. Perda de massa (%) de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC de temperatura e 99 ± 1% de umidade relativa, seguido de 9 dias de armazenamento ambiente a 25,1 ± 0,8 oC e 65,3 ± 0,6 % de umidade relativa. Fortaleza – CE, 2000. Em função de taxas respiratórias mais baixas após a aplicação do 1-MCP, observou-se
em consequência, redução da perda de massa. Para todas as doses, a perda de massa foi menor
que o controle, sem diferenças estatísticas entre as mesmas (Tabela 07). Houve uma redução
em quase 10% em média (4,07%) em relação aos frutos controle (4,50%) nessa característica.
Em geral, a perda de massa até o final do armazenamento foi de 8,73%.
Redução da perda de massa por influência do 1-MCP tem sido registrada em abacaxi
‘Queen’ (Selvarajah et al., 2001), maçãs ‘Golden Delicious’ e ‘Bartlett’ e pêras D’anjou
(Baritelle et al., 2001) sob refrigeração e abacates ‘Simmonds’ (Jeong et al., 2002)
armazenados sob temperatura ambiente. A redução da perda de massa por meio da redução do
diâmetro de oríficios dos containers plásticos influiu no controle do amadurecimento
(Macnish et al., 1997) em mangas ‘Kensington Pride’. Assim, o tratamento com 1-MCP
influindo na redução da perda de massa, certamente contribuiu no controle do
amadurecimento. 5.2.3 Firmeza da Polpa
Houve efeito significativo entre as doses de 1-MCP e tempo de armazenamento para
esta característica (p ≤ 0,05) (Figura 31).
84
-5
15
35
55
75
95
115
135
155
0 7 14 21 28Armazenamento (Dias)
Firm
eza
da P
olpa
(N)
0 Y0 40 Y40
80 Y80 120 Y120
Y0=118,6297- 1,4891x – 0,0862x2 R2 = 0,9407**
Y40=118,4498 – 1,4498x – 0,0849x2 R2 = 0,9619** Y80= 118,9777 – 0,5139x – 0,1199x2 x3 R2 = 0,8444** Y120=118,3974 – 3,5643x – 0,0111x2 R2 = 0,9767**
Figura 31. Efeitos de doses de 1-MCP na Firmeza (N) de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% de umidade relativa, seguido de 9 dias de armazenamento a 25,1 ± 0,8 oC e 65,3 ± 0,6 % de umidade relativa. Fortaleza – CE, 2000. Aos 21 dias de refrigeração, os frutos que receberam a dose de 80 nL.L-1 apresentavam
maior firmeza (79,9N) em relação aos demais tratamentos (Figura 31), independente do tempo
de exposição. Após transferência para o ambiente e passado o pico climatérico, aos 6 dias, as
doses de 40 e 80 nL.L-1 ainda mostravam tendência a manter a firmeza nos níveis de 15,1 N e
13,4 N enquanto os outros tratamentos atingiram completo amaciamento. Ao final do período
experimental, todos os frutos apresentaram diminuição da firmeza, característica observada
com a passagem do pico climatérico. Manutenção da firmeza foi também observada para
melões Cantaloupe (Almeida et al., 2001) e Galia (Lima et al., 2002) em condições
semelhantes de armazenamento. Argenta et al., (2001) armazenando maçãs ‘Fuji’ a 10oC,
observaram frutos tratados mais firmes até os 70 dias, sendo que após esse período, o efeito
do 1-MCP foi diminuindo, de forma similar à encontrada neste trabalho.
Deve-se salientar que alteração na firmeza de manga é um importante índice de
amadurecimento. A perda da consistência de um fruto é devido a presença em maior parte das
substâncias pécticas que são hidrolisadas por enzimas de mesmo nome, cujas as mais
relacionadas têm sido a poligalacturonase e β-galactosidase para manga (Roe e Brummer,
1981; Ali e Lazan, 1995; Ketsa et al., 1998).
85
5.2.4 Atributos da cor da casca
Independente da dose de 1-MCP e tempo de exposição utilizados, observou-se redução
crescente do retardamento da coloração da casca, conforme avaliação subjetiva (Figura 32),
apesar das pequenas diferenças entre as notas de cada tratamento principalmente após saída da
refrigeração, evidenciando uma tonalidade mais verde do que amarela. Os maiores valores do
ângulo Hue (Figura 33C) e menores valores de Luminosidade e Cromaticidade sobretudo na
região verde da casca (Figuras 33A e 33B), assim como os menores valores do ângulo Hue
(Figura 33E) e Luminosidade da região vermelha (Figura 30D) em relação ao controle,
sustentam esta afirmação. A cromaticidade da região vermelha da casca foi o único atributo
que não sofreu influencia do 1-MCP, sendo aumentada conforme (Figura 34) em função
também do provável acúmulo de antocianinas, o que refletiria possivelmente no poder de
compra de consumidores, por julgarem no momento da aquisição dessa variedade, a
intensidade máxima da coloração vermelha dos frutos.
Componentes da cor vermelha alteraram pouco em relação à cor verde da casca,
indicando ser essa coloração pouco influenciada pelo 1-MCP. Mesmo assim, foram detectadas
diferenças significativas na região vermelha, indicando ter havido possivelmente um pequeno
retardamento \no acúmulo de antocininas. Deve-se considerar que os colorímetros não
discriminam os pigmentos, entre eles as clorofilas, carotenóides e antocianinas como foi o
caso do instrumental utilizado neste experimento para quantificar as alterações dos atributos
Luminosidade, Cromaticidade e ângulo Hue em ambas as regiões da casca. Recomenda-se o
uso de fluorômetros, específicos para quantificar o desverdecimento da casca dos frutos, como
já realizado para manga ‘Kensington Pride’, através da fluorescência da clorofila (fo) (Jacobi
et al.,, 1998), assim eliminaria provável interferência dos dois últimos pigmentos.
Jeong et al., (2002) em abacates ‘Simmonds’ tratados com 1-MCP durante
armazenamento ambiente e Carrilo-Lopez et al., (2000) em mangas ‘Haden’ enceradas
mantidas sob refrigeração, obtiveram valores significativos (Ângulo Hue maior).
Provavelmente, a atividade da clorofilase neste experimento foi diminuída sob a influência do
1-MCP, resultando em frutos de coloração mais verde. Fan e Mattheis (2001), tratando maçãs
‘Gala’ com doses crescentes de 1-MCP e armazenando ao ambiente seguido de refrigeração
encontraram, valores menores de Cromaticidade, sugerindo que o acúmulo de antocianinas na
superfície da casca foi retardado, semelhantemente ao encontrado neste experimento (Figura
86
33). Porém Hofman et al., (2001) registraram influência significativa do 1-MCP, sobre a
luminosidade da casca em mangas ‘Kensington Pride’ colhidas em estádio comercial e
armazenadas a temperatura ambiente, encontrando menores valores dessa característica,
concordando com o comportamento encontrado neste experimento.
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
0 7 14 21 28Armazenamento (Dias)
Cor
da
Cas
ca (N
otas
1-4
)
0 Y0 40 Y4080 Y80 120 Y120
Y 0 = 2,0032+0,0685x R2 = 0,9814** Y40 =1,9379+0,0606x R2 = 0,9289** Y80 = 1,9378+0,0606x R2 = 0,9289** Y120 =1,9554 + 0,0622x R2 = 0,9811**
Figura 32. Efeitos de doses de 1-MCP na Coloração da casca (Notas de 1 a 4) de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% de umidade relativa, seguido de 9 dias de armazenamento a temperatura ambiente de 25,1 ± 0,8 oC e 65,3 ± 0,6 % de umidade relativa. Fortaleza – CE, 2000.
Observa-se nas fotos das Figuras 44 e 46 (B, C, D, E, F e G) durante 21 dias
armazenamento refrigerado seguidos de 5 dias a temperatura ambiente que a coloração da
casca dos frutos tratados com 1-MCP independente do tempo de exposição, foi retardada em
relação ao controle (Figuras 44A e 46A), estando de acordo com o retardamento da coloração
verde para amarela (Figura 32), com maior intensidade nas doses de 40 e 120 nL.L-1 sob todo
o período de estudo.
87
45
50
55
60
0 7 14 21 28Armazenamento (Dias)
Lum
inos
idad
e (R
egiã
o ve
rde
da c
asca
)
0 40 80
120 120
25
30
35
40
45
0 7 14 21 28Armazenamento (Dias)
Cro
mat
icid
ade
(Reg
ião
verd
e da
cas
ca)
0 40 80
120 0 120
90
100
110
120
0 7 14 21 28Armazenamento (Dias)
Ang
ulo
Hue
(Reg
ião
Verd
e da
Cas
ca)
0 40
80 120
0
Y0= Não ajustável R2 < 0,70 Y40= Não ajustável R2 < 0,70 Y80= Não ajustável R2 < 0,70 Y120= 50,3997+0,1269x R2 = 0,7141**
Y0 = 31,8821 – 0,2981x + 0,0198x2 R2 = 0,9758* Y40 = Não ajustável R2 < 0,70 Y80 = Não ajustável R2 < 0,70 Y120 = 31,7905 – 0,4826x + 0,0220x2 R2 = 0,7847*
Y0 = 116,3045 – 0,6250x R2 = 0,8559** Y40 = Não ajustável R2 < 0,70 Y80 = Não ajustável R2 < 0,70 Y120 = Não ajustável R2 < 0,70
35
40
45
50
0 7 14 21 28Armazenamento (Dias)
Lum
inos
idad
e (R
egiã
o ve
rmel
ha d
a ca
sca)
0 40 80 120
15
20
25
30
35
40
0 7 14 21 28Armazenamento (Dias)
Âng
ulo
Hue
(Reg
ião
Verm
elha
da
Cas
ca)
0 40 80 120
Y0 = Não ajustável R2 < 0,70 Y40 = Não ajustável R2 < 0,70 Y80 = Não ajustável R2 < 0,70 Y120 = Não ajustável R2 < 0,70
Y0 = Não ajustável R2 = < 0,70 Y40 = Não ajustável R2 = < 0,70 Y80 = Não ajustável R2 = < 0,70
Y120 = Não ajustável R2 = < 0,70
Figura 33. Efeitos de doses de 1-MCP na Luminosidade (A,D), Cromaticidade (B) e Ângulo Hue (C,F) das regiões verde e vermelha da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% de umidade relativa, seguido de 9 dias de armazenamento a 25,1 ± 0,8 oC e 65,3 ± 0,6 % de umidade relativa. Fortaleza – CE, 2000.
(B)
(A) (C)
( E ) (D)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
0 7 14 21 28Armazenamento (Dias)
Cro
ma
(Reg
ião
verm
elha
da
casc
a)
Y = 15,701 + 0,7119x R2 = 0,9306**
Figura 34. Cromaticidade da região vermelha da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% de umidade relativa, seguido de 9 dias de armazenamento a 25,1 ± 0,8 oC e 65,3 ± 0,6 % de umidade relativa. Fortaleza – CE, 2000. 5.2.2 Atributos da cor da polpa
Pela análise de variância foram verificados efeitos isolados do tempo de
armazenamento para Coloração (p ≤ 0,01) e Luminosidade (p ≤ 0,01) e Cromaticidade na
polpa (p ≤ 0,01) (Figura 36). Somente para Ângulo Hue da polpa foi verificada interação entre
doses de 1-MCP e tempo de armazenamento (p ≤ 0,05) (Figura 35).
70
75
80
85
90
95
100
0 4 8 12 16 20 24 28Armazenamento (Dias)
Ang
ulo
Hue
(o) P
olpa
0 Y0 40 Y40
80 Y80 120 Y120
Y0 = 94,1878 + 0,7621x – 0,0450x2 R2 = 0,9212** Y40 = 94,1180 + 0,5201x – 0,0360x2 R2 = 0,9861** Y80 = 94,1597+ 0,3463x – 0,0293x2 R2 = 0,9321** Y120 = 94,1047+0,1793x – 0,0233x2 R2 = 0,9705**
Figura 35. Efeito de doses de 1-MCP (nL.L-1) no Ângulo Hue (D) na polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% de umidade relativa, seguido de 9 dias de armazenamento a 25,1 ± 0,8 oC e 65,3 ± 0,6 % de umidade relativa. Fortaleza – CE, 2000. 89
1
2
3
4
5
0 7 14 21 28Armazenamento (Dias)
Col
oraç
ão P
olpa
(Not
as 1
-5)
60
62
64
66
68
70
72
74
76
78
0 7 14 21 28Armazenamento (Dias)
Lum
inos
idad
e (P
olpa
)
Y = 1,7449 – 0,0782x + 0,0049x2
R2 =0,9679**
Y = 76,155 + 0,2099x – 0,0209x2 R2
=0,8746**
50
52
54
56
58
60
62
0 7 14 21 28Armazenamento (Dias)
Cro
ma
(pol
pa)
Y= 51,3673+0,0284x+0,0092x2 R2= 0,9059**
( A )
( B )
( C )
Figura 36. Coloração (Notas de 1 a 5) (A), Luminosidade (B), Cromaticidade (C) na polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% de umidade relativa, seguido de 9 dias de armazenamento a 25,1 ± 0,8 oC e 65,3 ± 0,6 % de umidade relativa. Fortaleza – CE, 2000.
A coloração da polpa evoluiu de próxima a creme (Nota inferior a 2) para uma
tonalidade alaranjada (Nota inferior a 4) (Figura 36A). A Luminosidade diminuiu (76,05 a
65,04) (Figura 36B) em decorrência da evolução da coloração (1,75 a 3,75) com aumento da
Cromaticidade (51,33 – 60,63) (Figura 36C). O comportamento de diminuição da
Luminosidade concorda com (Valente et al., 2000) quando armazenaram mangas ‘Keitt’ a
13oC e 90%UR por 26 dias e com Zambrano et al., (2000) quando armazenaram diferentes
variedades de manga sob refrigeração.
Com a aplicação do 1-MCP, verificou-se redução do Ângulo Hue da polpa após 21
dias de refrigeração, resultando em coloração mais intensa nas doses de 40 e 120 nL.L-1, 90
91
(113,33 e 113,90) independente do tempo de exposição (Figura 35). Esse comportamento, já
havia ocorrido no Ensaio I quando os frutos nos estádios 2 e 3 foram armazenados em
temperatura ambiente, indicando que o 1-MCP não tem nenhum efeito sob o retardamento do
desenvolvimento da cor da polpa, provavelmente pelo fato da síntese de carotenóides ser mais
dependente do aumento da temperatura (Medlicott et al., 1986). Comportamento semelhante
ocorreu com Bananas ‘Willians’ tratadas ao ambiente com 1-MCP e armazenadas a altas
temperaturas, as quais amadureceram mais depressa, sugerindo que a taxa de sintese de etileno
é maior com o aumento da temperatura, reforçando a necessidade de se aplicar mais de uma
vez o produto nessas condições (Jiang et al. 2002). Por outro lado, Ayub et al.(1996) aplicando
a tecnica antisense em melões Cantaloupe ‘Charantais’ para retardar o amadurecimento,
observaram que a biossíntese de carotenóides na polpa é independente do etileno, o que
também pode explicar o efeito negativo do 1-MCP neste aspecto.
Verificou-se somente para Luminosidade da polpa, interação entre tempos de
exposição e doses de 1-MCP (p ≤ 0,05), Tabela 08.
Tabela 08. Influência do tempo de exposição (horas) às doses de 1-MCP na Luminosidade da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’. Fortaleza – CE, 2000.
Tempos de exposição ao 1-MCP (horas) Doses de 1-MCP (nL.L-1) 12 20
0 69,81 aAB 69,79aA 40 68,60 aB 68,65aA 80 71,25 aA 68,47bA 120 69,45aAB 68,50aA
Letras iguais minúsculas nas linhas e maiúsculas nas colunas não diferem entre si pelo Teste de Tukey a 5%. A luminosidade da polpa de manga ‘Tommy Atkins’ neste trabalho foi a única
característica que apresentou diferença entre os tempos de exposição. Analisando os dados da
Tabela 08, mangas expostas por 12 horas à dose de 80 nL.L-1, a cor da polpa foi menos escura/
menos amarela) (71,25), enquanto que sob 20 horas, a mesma ficou mais escura /mais amarela
(68,47), sugerindo haver um retardamento do desenvolvimento da coloração da polpa no
menor tempo de exposição da polpa, não sendo perceptível nas fotos da Figuras 42, 44, 46 e
48 (A, B, C, D, E, F e G), sendo o uso do colorímetro fortemente recomendado para esta
avaliação. Trinidad et al., (1997) avaliando a combinação de atmosfera controlada com
refrigeração, encontraram menor escurecimento da polpa (Luminosidade maior), indicando
92
menor nível de amadurecimento. Visualmente, essas informações passariam despercebidas,
pois a avaliação da coloração da polpa, muito subjetiva, não permite separar o efeito de cada
tratamento, dando indícios de que a escala mexicana de coloração da polpa não seja a mais
adequada em condições brasileiras, reforçando a recomendação de (Morais, 2000), de que uma
escala própria seja adotada para cada região de cultivo.
Em trabalho realizado com mangas ‘Zihua’ (Jiang e Joyce, 2000), a aplicação de 1-
MCP de 100 µL.L-1 sob 1,3,6,12 ou 24 horas, atingiu o ponto de saturação com 12 horas de
exposição, conduzindo a um menor amaciamento. Sob este aspecto parece haver uma
coincidência na resposta de variedades diferentes de manga, quanto ao tempo de exposição, ou
seja, quanto maior o tempo de exposição ao 1-MCP, menor o controle que ele exerce sobre o
escurecimento da polpa, reflexo do avanço do amadurecimento. Portanto, a dosagem de 1-
MCP aplicada naquele trabalho e no atual diferiram, indicando haver doses específicas para
cada variedade de manga. Pode ser que para esta variedade estudada, o ponto de saturação
ocorra num período menor de exposição, o que merece ser investigado futuramente. 5.2.3 Sólidos Solúveis Totais Houve efeito significativo do tempo de armazenamento nessa variável (p ≤ 0,01)
Figura 37.
Em geral, observou-se o acúmulo dessa característica (Figura 37), desde a colheita
(6,9oBrix) até (12,2 oBrix), no final do armazenamento, estando em conformidade com
(Morais, 2000) nesta variedade de manga. Um pouco acima desse nível de significância,
houve uma tendência do 1-MCP (p ≥ 0,05) em retardar o acúmulo dessa variável nas doses de
40 e 80 nL.L-1. Porém Hofman et al., (2001) não registraram influência significativa do etileno
ou seu antagonista, o 1-MCP, sobre essa característica para mangas ‘Kensington Pride’
colhidas em estádio comercial e armazenadas a temperatura ambiente.
5
6
7
8
9
10
11
12
13
0 7 14 21 28Armazenamento (Dias)
Sólid
os S
olúv
eis
Tota
is (o B
rix)
Y = 6,8744 – 0,3874x+ 0,0528x2 – 0,0011x3 R2 = 0,9964** Figura 37. Sólidos solúveis totais (oBrix) de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% de umidade relativa, seguido de 9 dias de armazenamento a 25,1 ± 0,8 oC e 65,3 ± 0,6 % de umidade relativa. Fortaleza – CE, 2000. 5.2.4 Acidez Total Titulável e Potencial hidrogeniônico
Houve efeito significativo das doses de 1-MCP e do tempo de armazenamento no nas
variável potencial hidrogeniônico (Figura 38A) (p ≤ 0,05). Porém, não houve efeito
significativo das doses de 1-MCP e tempo de armazenamento na acidez total titulável (p ≥
0,05) (Figura 38B), apresentando apenas uma tendência da dose de 80 nL.L-1 apresentar maior
acidez (1,53% ácido cítrico), o mesmo ocorrendo para pH (2,88) aos 21 dias de refrigeração.
No ambiente, houve um decréscimo da acidez sendo a dose de 40 nL.L-1 a que melhor
se destacou, com a maior concentração de ácido cítrico. No ultimo dia de avaliação, a
diferença foi muito pequena entre os tratamentos. Retardamento do declínio da acidez durante
refrigeração tem sido registrada em maçãs ‘Fuji’ (Argenta et al., 2001) quando submetidas a
doses de 1-MCP. Porém Hofman et al., (2001) não registraram influência significativa do
etileno ou seu antagonista, o 1-MCP, sobre essa característica para mangas ‘Kensington
Pride’ colhidas em estádio comercial e armazenadas a temperatura ambiente para esta
característica.
93
2,0
3,0
4,0
5,0
0 7 14 21 28Armazenamento (Dias)
pH
04080120
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
0 7 14 21 28Armazenamento (Dias)
Aci
dez
Titu
láve
l Tot
al (
% a
cido
cítr
ico)
04080120
Y0 = Não ajustável R2 < 0,70 Y40 = Não ajustável R2 < 0,70 Y80 = Não ajustável R2 < 0,70 Y120 = Não ajustável R2 < 0,70
Y0 = Não ajustável R2 < 0,70 Y40 = Não ajustável R2 < 0,70 Y80 = Não ajustável R2 < 0,70 Y120 = Não ajustável R2 < 0,70
( A )
( B )
Figura 38. Influência de doses de 1-MCP no Potencial hidrogeniônico (A) e na acidez total titulável (% ácido cítrico) (B) de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% de umidade relativa, seguido de 9 dias de armazenamento a 25,1 ± 0,8 oC e 65,3 ± 0,6 % de umidade relativa. Fortaleza – CE, 2000.
A dose de 80 nL.L-1 de 1-MCP apresentou o melhor resultado aos 21 dias de
refrigeração (2,88), baseada na tendência das curvas para pH, concordando com a maior
acidez apresentada nesta dose (1,53% de ácido cítrico). No ambiente, houve um decréscimo da
acidez sendo a dose de 40 nL.L-1 a que melhor se destacou, com a maior concentração de
ácido cítrico. No ultimo dia de avaliação, a diferença foi muito pequena entre os tratamentos.
5.2.8 Relação entre Sólidos Solúveis Totais e Acidez Total Titulável (SST/ATT)
Houve interação tripla envolvendo os fatores tempo de armazenamento, tempos de
exposição e doses de 1-MCP na variável Relação entre Sólidos Solúveis Totais e Acidez Total
Titulável (p ≤ 0,05).
Independente do tempo de exposição, os frutos tratados com 1-MCP atingiram sempre
valores menores em relação ao controle (Figuras 39A e 39B), sugerindo que o menor tempo
seria o mais adequado, por razões econômicas. Assim a dose de 80 nL.L-1 seria a mais
recomendável em termos comerciais, conferindo um atraso na evolução do sabor desses frutos.
Por ter influído na redução do declínio da acidez e pouca influência no acúmulo de sólidos
solúveis, era se esperar algum efeito do 1-MCP nesta característica. Em termos fisiológicos, o
94
fato do 1-MCP contribuir na redução das taxas respiratórias, repercute em todos os aspectos
fisiológicos, refletindo em frutos mais ácidos e consequentemente com sabor menos
acentuado de fruto maduro. Hofman et al., (2001) apesar de não terem determinado essa
relação, não encontraram nenhuma diferença nos sólidos solúveis totais e acidez total titulável
nas mangas ‘Kensington Pride’ colhidas em estádio de maturidade comercial e armazenadas
sobre temperatura ambiente.
0
20
40
60
80
100
0 7 14 21 28Armazenamento (Dias)
Rel
ação
SST
/ATT
0 40 80 120
0
20
40
60
80
100
0 7 14 21 28Armazenamento (Dias)
Rel
ação
SST
/ATT
0 40 80 120
Y0 = Não ajustável R2 < 0,70 Y40 = Não ajustável R2 < 0,70 Y80 = Não ajustável R2 < 0,70 Y120 = Não ajustável R2 < 0,70
Y0 = Não ajustável R2 < 0,70 Y40 = Não ajustável R2 < 0,70 Y80 = Não ajustável R2 < 0,70 Y120 = Não ajustável R2 < 0,70
( A ) ( B )
Figura 39. Influência de 12 horas (A) e 20 horas (B) de exposição às doses de 1-MCP na Relação SST/ATT da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% de umidade relativa seguido de 9 dias de armazenamento a 25,1 ± 0,8 oC e 65,3 ± 0,6 % de umidade relativa. Fortaleza – CE, 2000.
Diante do exposto, observa-se que o 1-MCP, foi eficiente em controlar o
amadurecimento durante o armazenamento a temperatura ambiente a nível de coloração da
casca, ao contrário da coloração da polpa. Mesmo assim, pesquisas devem ser conduzidas, no
sentido de verificar se uma dose maior de 1-MCP seria mais eficiente sob armazenamento
refrigerado de forma a proteger os frutos no ambiente, dos efeitos do etileno exógeno presente
na atmosfera, pois de acordo com (Watkins et al., 2001) uma dose baixa de 1-MCP produziu
pouco efeito sob armazenamento refrigerado em maçãs; reduzir o intervalo de avaliações
sobretudo quando o frutos estão no auge de suas alterações organolépticas. Além do mais, a
associação com a atmosfera modificada merece ser considerada.
95
Figura 40. Coloração da casca (A) e da polpa (B) de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas no estádio 2 de maturidade. Fortaleza – CE, 2000.
( A )
( B )
96
( A )
( C )( B ) ( D )
( E ) ( F ) ( G )
Figura 41. Influência dos tempos de exposição na coloração da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas no estádio 2, armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% UR. Fortaleza – CE, 2000.
( A )
( B ) ( C ) ( D )
( E ) ( F ) ( G )
Figura 42. Influência dos tempos de exposição na coloração da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas no estádio 2, armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% UR. Fortaleza – CE, 2000.
97
( A )
( D )( B ) ( C )
( E ) ( F ) ( G )
Figura 43. Influência dos tempos de exposição na coloração da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas no estádio 2, armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% UR e transferidas a 25,1 ± 0,8 e 65,3 ± 0,6 % UR por 3 dias. Fortaleza – CE, 2000.
( A )
( D )( B ) ( C )
( E ) ( F ) ( G )
98
Figura 44. Influência dos tempos de exposição na coloração da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas no estádio 2, armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% UR e transferidas a 25,1 ± 0,8 e 65,3 ± 0,6 % UR por 3 dias. Fortaleza – CE, 2000.
( A )
( B ) ( C ) ( D )
( F ) ( G )( E )
Figura 45. Influência dos tempos de exposição na coloração da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas no estádio 2 armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% UR e transferidas a 25,1 ± 0,8 e 65,3 ± 0,6 % UR por 5 dias. Fortaleza – CE, 2000.
( A )
( B ) ( C ) ( D )
( E ) ( F ) ( G )
Figura 46. Influência dos tempos de exposição na coloração da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas no estádio 2 armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% UR e transferidas a 25,1 ± 0,8 e 65,3 ± 0,6 % UR por 5 dias. Fortaleza – CE, 2000. 99
( A )
( B ) ( C ) ( D )
( E ) ( F ) ( G )
Figura 47. Influência dos tempos de exposição na coloração da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas no estádio 2, armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% UR e transferidas a 25,1 ± 0,8 e 65,3 ± 0,6 % UR por 8 dias. Fortaleza – CE, 2000.
( A )
( B ) ( C ) ( D )
( F ) ( G )( E )
Figura 48. Influência dos tempos de exposição na coloração da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas no estádio 2, armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% UR e transferidas a 25,1 ± 0,8 e 65,3 ± 0,6 % UR por 8 dias. Fortaleza – CE, 2000.
100
5.3 ENSAIO III - Armazenamento refrigerado sob atmosfera modificada de manga
‘Tommy Atkins’ submetida a aplicação pós-colheita de 1-MCP
Os Quadros 13 a 17 de análise de variância deste ensaio encontram-se no apêndice
deste trabalho.
5.3.1 Taxa respiratória e produção de etileno
Foram verificados efeitos significativos das interações entre embalagem e tempo de
armazenamento (p ≤ 0,05) (Figura 49A), doses de 1-MCP e tempo de armazenamento (p ≤
0,05) (Figura 49B) e entre doses de 1-MCP e embalagem (p ≤ 0,05) (Tabela 09) sobre a
produção de CO2.
Com o uso da embalagem e/ou do 1-MCP isolados não houve diferença estatística
entre os tratamentos, exceto para o tratamento de 500 nL.L-1 com Xtend® que apresentou
tendência à menor produção, porém, o seu uso não seria recomendável por questões
operacionais e econômicas. A dose de 100 nL.L-1 sem Xtend® apresentou maior tendência a
produzir menor produção de CO2, porém com o filme, parece ter havido algum distúrbio
(Tabela 09). A menor produção de CO2 ocorreu aos 27 dias de armazenamento ambiente sob a
dose de 100 nL.L-1, que foi de 224,94 mg CO2.kg-1.h-1, não havendo diferença entre os frutos
que receberam a dose de 500 nL.L-1 de 1-MCP e aqueles não tratados (Figura 48B). Sob
embalagem Xtend®, a menor produção de CO2 ocorreu no mesmo período, de 226,82 mg
CO2.kg-1.h-1 (Figura 48A). Em geral, os padrões de respiração e o comportamento de
amadurecimento variam entre as variedades, condições climáticas, locais onde os frutos são
cultivados (Krishnamurthy e Subranamyan, 1970) e condições de armazenamento.
Estudos realizados com essa embalagem por Pesis et al., (2000) em mangas ‘Keitt’,
assim como outras embalagem usadas em outros frutos como em romãs (Nanda et al., 2001),
mostram claramente redução da produção de CO2.
Tanto o 1-MCP nas doses aplicadas como a embalagem não promoveram atraso dos
picos climatéricos ao longo do armazenamento. Características da atmosfera modificada e do
fruto podem controlar o tempo que leva para atingir o pico climatérico (Lana e Finger, 2000)
assim como da própria aplicação do 1-MCP. Em mangas ‘Kent’, Garcia Estrada et al., (2001)
após aplicação de 1-MCP, não observaram atraso na aparição do pico de CO2, apesar do
produto ter reduzido a velocidade de respiração dessas mangas nas doses de 30, 125 e 250
nL.L-1, armazenadas ao ambiente. Semelhantemente, Argenta et al., 2001 armazenando maçãs
‘Fuji’ a 10oC, observaram frutos com maior acidez sob efeito do 1-MCP em relação ao
controle.
Supõe-se que no estádio senescente de frutos climatéricos, o pequeno aumento da
respiração como verificado nas Figuras 49A e 49B aos 30 dias, favoreceria a obtenção de mais
energia para os processos metabólicos, como sugere (Fonseca et al., 2002).
0
50
100
150
200
250
300
0 4 8 12 16 20 24 28 32Armazenamento (Dias)
CO
2 (m
g.kg
-1.h
-1)
CF
0
50
100
150
200
250
300
0 4 8 12 16 20 24 28 32Armazenamento (Dias)
CO
2 (m
g.kg
-1.h
-1)
0
100
500
( B ) ( A )
YC = Não ajustado R2< 0,70 YF = Não ajustado R2 < 0,70
Y0 = Não ajustado R2 < 0,70 Y100 = Não ajustado R2 < 0,70 Y500 = Não ajustado R2 < 0,70
Figura 49. Efeitos de embalagem (A) e doses de 1-MCP (B) na produção de CO2 (mg . kg-1.h-1) de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas a 25 dias a (11,5 ± 1,7 oC e 86,1 ± 8,4% UR) e transferidas para a temperatura ambiente por 7 dias sem influência da embalagem a (25,4 ± 0,2 oC e 97,6 ± 1,2 % UR). Fortaleza, CE. 2001.
As menores produções de CO2 médias (Tabela 09) em frutos tratados com 100 nL.L-1
de 1-MCP sem Xtend® e 500 nL.L-1 de 1-MCP com Xtend® diferiram entre si, do qual pode-
se depreender que a dose de 100 nL.L-1, pode ser o melhor tratamento em favorecer o controle
do amadurecimento dessa variedade de manga, pelos motivos citados anteriormente.
Produção de etileno não foi detectada sob refrigeração e nem ao ambiente nesses
frutos. Quantidades ao nível de 0,01 µL.L-1 têm sido encontradas em mangas de mesma
variedade mantidas a 12oC e sob temperatura ambiente (Rosa et al., 2001) mas indetectáveis
em cromatografia gasosa realizada neste ensaio, mesmo com a adição do substrato 1-
aminociclopropano 1-carboxílico (ACC) para medir a atividade da enzima formadora de
102
etileno (ACC oxidase) em discos da casca conforme condições realizadas por Lederman et al.,
(1997) para mangas ‘Keitt’. Neste caso, sugere-se a quantificação desse hormônio em
espectrômetro fotoacústico a laser (Oliveira et al., 2001) ou cromatógrafo de alta
sensibilidade.
Tabela 09. Efeitos entre embalagem e doses de 1-MCP na produção de CO2 (mg . kg-1.h-1) em mangas ‘Tommy Atkins’ Fortaleza, CE. 2001
Embalagem Doses de 1-MCP (nL.L-1) Sem Xtend® Com Xtend® 0 154,24Aa 150,65BAa
100 147,98Aa 157,13 Aa 500 154,73Aa 139,73B b
Letras minúsculas nas linhas e maiúsculas nas colunas não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade.
Hofman et al., (2001) relatam que o maior tempo para amadurecimento de mamões
‘Solo’, está relacionado à menor produção de síntese de receptores de etileno. Diante do
exposto, nas mangas deste trabalho, a produção de síntese de receptores de etileno deve ser
muito alta, principalmente após transferência para o ambiente, sugerindo ser insuficiente para
o 1-MCP bloquear todos os sítios receptores de etileno, o que reforça a hipótese da
necessidade de se aplicar mais de uma vez esse produto quando da transferência da câmara
para esse ambiente, visando garantir maior vida útil pós-colheita nessa variedade de manga, o
que não foi o caso neste ensaio. Isso torna a eficiência do 1-MCP questionável quando frutos
são transportados em longas distâncias em caminhões sem refrigeração e expostos ao sol,
como apontaram (Jiang et al., 2002).
O nível de etileno presente no ar atmosférico é menor do que 0,1 µL.L-1 (Peacock et
al., 1986), suficientemente capaz de induzir o amadurecimento de mangas dessa variedade,
pois estes frutos produzem quantidades inferiores de etileno em relação à anteriormente citada.
Além do 1-MCP proteger os frutos da ação do etileno exógeno, verifica-se outra vantagem no
uso do mesmo para esse fruto em particular, que seria a proteção do etileno produzido por
outros frutos quando transportados ou comercializados em conjunto ou de outros frutos mais
sensíveis ao etileno que a manga.
103
5.3.2 Perda de massa
Verificou-se efeitos significativos da interação entre embalagem e tempo de
armazenamento em perda de massa (p ≤ 0,01).
Houve influência da embalagem na redução da perda de massa, que por sua vez foi
influenciada pela menor produção de CO2 citado anteriormente ao longo do armazenamento.
Aos 25 dias, os frutos com filme perderam 2,24% enquanto aqueles sem filme, 5,05 %, com
redução de 50%. Aos 32 dias, a perda de massa para a testemunha foi da ordem de 7%,
enquanto que para os frutos que receberam a embalagem, o valor ficou em 4,7% (Figura 50),
com redução menor, de quase 33%. Independente do tratamento, o aumento da perda de perda
foi crescente.
A perda de massa é fortemente reduzida por meio do uso de filmes plásticos, como
encontrado em mangas de mesma variedade (Rodov et al., 1997; Miller et al., 1983;
Yamashita et al., 2001; Rosa et al., 2001; Sousa, 2001) e em diversos frutos, como por
exemplo em romãs (Nanda et al., 2001); tangerinas (Pérez Guzmán et al., (1999); goiabas
(Carvalho, 1999) e em maracujás (Rezende et al., 2001).
0
1
2
3
4
5
6
7
8
0 4 8 12 16 20 24 28 32Armazenamento (Dias)
Perd
a de
mas
sa (%
)
C YCF YF
YC = 0,1427 + 0,1252x + 0,0027x2 R2 = 0,989*
YF = 0,0088 + 0,1511x – 0,0089x2 + 0,00028x3 R2 = 0,9846* Figura 50. Perda de massa (%) para manga ‘Tommy Atkins’ com Xtend® (F) e sem Xtend® (C) armazenadas a 25 dias a (11,5 ± 1,7 oC e 86,1 ± 8,4% UR) e transferidas para o ambiente por 7 dias sem a influência da embalagem (25,4 ± 0,2 o C e 97,6 ± 1,2 % UR). Fortaleza, CE. 2001
A perda de massa depende principalmente da cultivar e das condições de
armazenamento, tais como temperatura, umidade relativa e velocidade do ar (Yamashita et al.,
1997b). O mesmo autor explica que quando um produto é embalado, o controle da
104
transpiração é responsável pela menor perda de massa e apenas 3% da mesma é influenciada
pela respiração. Porém no Xtend® a produção ao vapor de água de acordo com o item 4.3.1,
foi maior em relação às produçãos encontradas em outros filmes (Schlime e Rooney, 1994)
não sendo observada condensação de água na superfície nesse filme, o que representa uma
inovação tecnológica em relação às outras embalagens convencionais. Pesis et al., (2000)
encontraram redução no nível de vapor de água no interior desse tipo de embalagem (90%
UR) quando comparado com o polietileno (99%), comprovando esta observação. A
identificação da amostra indicou em sua composição, uma mistura de poliamida e polietileno,
ambos de baixa densidade, sendo apontada por Roberts (1990) citado por Thompson (1998)
em favorecer o aumento da transmissão desses gases.
Muitos filmes usados em atmosfera modificada possuem baixa permeabilidade ao
vapor de água, resultando em atmosfera interna com alta umidade (Lana e Finger, 2000). Por
ísso, estudos precisam ser desenvolvidos de forma a permitir o uso do Xtend® no ambiente
também, pois sabe-se que o aumento da temperatura, ocasiona diferenças na produção
respiratória dos frutos como também do filme, se este fosse o mesmo utilizado para
refrigeração (Fonseca et al., 2001). Foi sugerido (comunicação pessoal, Ivo Tunchel, Starfit)
deixar a embalagem entre aberta, ao invés de retirá-la quando da transferência para o
ambiente, para permitir que o CO2 saia, mas que seria dificil estabelecer o quanto a
embalagem deveria ficar aberta pois teria variação de uma para outra, porém testes realizados
pelo fabricante, esse procedimento resultou favorável, permitindo sua recomendação em
futuros ensaios. Neste caso, um desenvolvimento matemático levando-se em conta essa
condição, nesse filme de igual composição desde que em condições ambiente poderia ser
investigada, de igual modo realizado por Fishman et al., (1996) para manga ‘Tommy Atkins’
e Yamashita et al., (1997b) para manga ‘Keitt’ testando outros tipos de embalagem, de forma a
ocorrer sincronismo dos parâmetros de qualidade com aumento de vida útil pós-colheita.
Com base nesses resultados, conclui-se que o uso do Xtend® em mangas dessa
variedade poderia trazer melhores benefícios quanto a extensão da vida útil, se fossem
medidas as produções de CO2 e O2 do fruto no interior da embalagem, de forma a comparar
com a produção de permeabilidade dos mesmos gases no filme. Assim, poderíamos prever os
limites de tolerância desta variedade de manga e recomendar produções um pouco superiores
para esses gases na fabricação do Xtend® atendendo se não condições brasileiras, condições
105
regionais de cultivo, colheita e armazenamento. A relação entre esses gases encontrada para
este filme foi baixa, de 2,48 a 2,51, conforme item 4.3.1 o que pode ter desfavorecido a
extensão da vida útil pós-colheita como sugere (Thompson, 1998). Não existe uma faixa para
se afirmar qual a relação seria ideal entre gases para o Xtend®, mas por exemplo, Gonzalez
Aguilar et al., (1997) utilizaram filmes plásticos de baixa densidade, com relação entre CO2 e
O2 variando de 3,63 a 4,23, com aumento da vida útil pós-colheita de mangas ‘Keitt’. Tal
relação poderia ser investigada em termos também de uma modelagem matemática em se
tratando de armazenamento refrigerado. Enquanto isso não se verifica, o uso desta atmosfera
modificada para ‘Tommy Atkins’, recai naquela premissa de que a adoção desta tecnologia
pode produzir muitos benefícíos mas ocasiona alguns prejuízos como observados para a
mesma variedade estudada por (Alves et al., 1998 e Miller et al., 1983;1986) e a variedade
‘Palmer’ (Jerônimo et al., 2000).
A redução da perda de massa por meio da redução do diâmetro de oríficios dos
containers plásticos influiu no controle do amadurecimento (Macnish et al., 1997) em mangas
‘Kensington Pride’. Assim, o de Xtend® influindo na redução da perda de massa, certamente
contribuiu no controle do amadurecimento dessa variedade de manga, em algum momento.
5.3.3 Firmeza da polpa
Verificaram-se efeitos significativos da interação entre embalagem e doses de 1-MCP
(p ≤ 0,05) em firmeza (Tabela 10). Houve efeito significativo do tempo de armazenamento
para esta característica (p ≤ 0,01) (Figura 51).
Tanto o uso isolado de 1-MCP na dose de 100 nL.L-1 como o uso combinado do 1-
MCP a 500 nL.L-1 com a embalagem Xtend®, apresentaram valores estatísticamente iguais de
firmeza da polpa, conforme (Tabela 10), sugerindo que a dose de 100 nL.L-1 de 1-MCP seja
uma alternativa viável economicamente em manter os frutos 25% mais firmes em relação
àqueles que não receberam nenhum tratamento. Na dose de 100 nL.L-1 com filme, parece ter
havido um distúrbio, por influência do filme, concordando com o maior valor de produção de
CO2 conforme (Tabela 09) anterior, com frutos com menor valor de firmeza. Garcia Estrada
et al., (2001) em mangas ‘Kent’ tratadas com 1-MCP nas doses de 125 e 250 nL.L-1
possibilitaram maior firmeza durante armazenamento ambiente, sugerindo que variedades de
manga necessitam de dose específicas para que o uso da tecnologia com o 1-MCP seja
106
dominada. Esses melhores resultados foram influenciados provavelmente pela menor
atividade de enzimas que degradam a parede celular da polpa, principalmente as que atuam
sobre as substâncias pécticas, como a β-galactosidade e a poligalacturonase em manga (Ali e
Lazan, 1995; Roe e Brummer, 1981; Ketsa et al., 1998).
Tabela 10. Efeitos entre doses de 1-MCP (nL.L-1) e embalagem na Firmeza (N) de mangas ‘Tommy Atkins’. Fortaleza, CE. 2001.
Embalagem Doses de 1-MCP (nL.L-1) Sem Xtend® Com Xtend® 0 45,25 Ba 48,02 Aa
100 61,55 Aa 46,96 Ab 500 54,55 ABa 60,07 Aa
Letras minúsculas nas linhas e maiúsculas não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade.
-5
15
35
55
75
95
115
0 4 8 12 16 20 24 28 3Armazenamento (Dias)
Firm
eza
da P
olpa
(N)
2
Y = 98,1667 + 2,3244x – 0,1709x2 R2 = 0,9887 Figura 51. Firmeza da polpa (N) de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 25 dias (11,5 ± 1,7 o C e 86,1 ± 8,4% UR) transferidas para o ambiente por 7 dias sem a influência da embalagem (25,4 ± 0,2 o C e 97,6 ± 1,2 % UR). Fortaleza, CE. 2001.
Em geral, houve redução da firmeza durante o armazenamento, evidenciado na Figura
50. Os valores variaram de 96,21 N a 3,08 N. Aos 25 dias de armazenamento refrigerado os
frutos apresentavam, 51,58 N. Um dia após ocorrer o pico respiratório sob temperatura
ambiente, os mesmos apresentavam 22,41 N, ponto no qual o fruto está em sua melhor
condição em ser consumido (Krishnamurty e Subramanyan, 1973). Os valores em geral, estão
107
em conformidade aos apresentados por (Sousa, 2001; Lima, 1997; Morais, 2001) para esta
variedade de manga.
5.3.4 Atributos da cor da casca
Houve efeitos isolados significativos das embalagem para coloração da casca,
Luminosidade e Cromaticidade da região verde (p ≤ 0,01) e das doses de 1-MCP para
Luminosidade da região verde da casca (p ≤ 0,01).
O uso do filme Xtend® reduziu a evolução da coloração da casca (Tabela 11) de forma
similar a encontrada por Pesis et al., (2001) em manga ‘Keitt’ e por Pesis et al., (2001) e Rosa
et al., (2001) em manga ‘Tommy Atkins’ quando utilizaram embalagem de embalagem de
mesma composição à utilizada no presente trabalho. Esse resultado concorda com os menores
valores de Cromaticidade e Luminosidade da região verde da casca, na mesma tabela. O uso
da atmosfera modificada durante a refrigeração além de ter propiciado menor perda de massa,
proporcionou frutos de coloração mais atrasada, supondo ter havido um menor
amadurecimento, aspectos importantes na comercialização de grande quantidade de frutos.
Fonseca et al., (2002) e Mathooko (1996) relatam que o acúmulo de CO2 no interior de
embalagens plásticas inibem a produção de etileno, assim como o 1-MCP e a própria
refrigeração contribuíram, o que podem explicar as diferenças encontradas a nível de
coloração da casca na primeira fase do armazenamento, através principalmente das fotos das
Figuras 62 e 63 (D, E, F) e das Figuras 64 a 66 (D, E, F ) na segunda fase do armazenamento.
A inibição da produção de etileno desfavoreceu a enzima que atua sobre a degradação de
clorofila, devido ao fato de existir pouco O2 no meio. Por outro lado, a Luminosidade da
região verde, ocorreu um atraso no desverdecimento em função da diminuição dos valores
durante a refrigeração na dose de 100 nL.L-1 (Figura 52) concordando com Hofman et al.,
(2001) quando trabalharam com 1-MCP em manga ‘Kensington Pride’, porém numa dose
superior.
108
Tabela 11. Coloração da casca (Notas 1 - 4), Luminosidade e Croma da região verde da casca de mangas ‘Tommy Atkins’. Fortaleza, CE, 2001.
Embalagem ATRIBUTOS Sem Xtend® Com Xtend®
Coloração Casca (Notas) 2,78a 2,53b Luminosidade 52,45a 48,79b Croma 33,05a 29,22b
Médias seguidas pela mesma letra não diferem pelo Teste de Tukey ao nível de 5 %.
40
45
50
55
60
0 4 8 12 16 20 24 28 32Armazenamento (Dias)
Lum
inos
idad
e (C
asca
Ver
de)
0 Y0100 Y100500 Y500
Y0 = 48,5478 + 0,1281x R2 = 0,7346*
Y100 = 49,3049 – 1,9330x + 0,1327x2 – 0,0021x3 R2 = 0,9145** Y500 = 49,6694 – 0,6211x + 0,0255x2 R2 = 0,8827 **
Figura 52. Efeitos de doses de 1-MCP na Luminosidade da região verde da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 25 dias (11,5 ± 1,7oC e 86,1 ± 8,4% UR) transferidas para o ambiente por 7 dias sem a influência da embalagem (25,4 ± 0,2oC e 97,6 ± 1,2 %UR). Fortaleza, CE. 2001.
Houve efeitos significativo do tempo de armazenamento (p ≤ 0,01) sobre Coloração da
casca, Cromaticidade e ângulo Hue da região verde da casca (Figuras 53A, 53B e 53C).
Durante o armazenamento refrigerado e logo em seguida sob condições ambiente,
verificou-se aumento da cromaticidade (Intensidade da cor) de 21,68 a 36,90 (Figura 53B) e
diminuição do ângulo Hue de 118,28 a 84, 36 (Figura 53C) da região verde da casca,
indicando que o amadurecimento ocorreu, em função da coloração da casca ter evoluído do
verde escuro para o predominantemente amarelo com poucas tonalidades verdes (Figura 53A),
como consequência da síntese de carotenóides. À semelhança disso, o mesmo comportamento
109
foi observado em mangas de mesma variedade durante o armazenamento por (Morais, 2000;
Arizaleta et al., 2001; Bender et al., 2000).
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
0 4 8 12 16 20 24 28 3Armazenamento (Dias)
Col
oraç
ão C
asca
(1-4
)
2
Y = 0,9699 – 0,0085x + 0,0089x2 – 0,0002x3 R2 = 0,9651**
20
25
30
35
40
0 4 8 12 16 20 24 28 3Armazenamento (Dias)
Cro
ma
(Cas
ca V
erde
)
2
80
85
90
95
100
105
110
115
120
0 4 8 12 16 20 24 28 32Armazenamento (Dias)
Âng
ulo
Hue
(Cas
ca V
erde
)
Y = 21,5843 + 0,7898x – 0,0124x2 R2 = 0,8245**
Y = 118,3049 – 2,5947x +0,1791x2 – 0,0041x3
R2 = 0,9515**
( A )
( C ) ( B )
Figura 53. Coloração da casca (Notas de 1 – 4) (A); Cromaticidade (B) e Ângulo Hue (C) da região verde da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 25 dias (11,5 ± 1,7 o C e 86,1 ± 8,4% UR) transferidas para o ambiente por 7 dias sem a influência da embalagem (25,4 ± 0,2 o C e 97,6 ± 1,2 % UR). Fortaleza, CE. 2001.
5.3.5 Atributos de cor da polpa
Verificaram-se efeitos significativos entre embalagem e tempo de armazenamento
sobre a Luminosidade (p ≤ 0,01) e Cromaticidade (p ≤ 0,01) da polpa (Figura 55A e 55B).
110
Houve efeitos significativos do tempo de armazenamento para Coloração da polpa (p ≤ 0,01) e
para ângulo Hue da polpa (p ≤0,01) (Figuras 54A e 54B), respectivamente.
A coloração da polpa, evoluiu de creme (nota 1) para alaranjada (Nota próxima de 4)
(Figura 54A), em consequência da síntese de carotenóides. Coincidentemente, o ângulo Hue
diminuiu de 95,45 para 82,19, com maior estabilidade entre 8 a 25 dias de refrigeração (Figura
54B). Não houve portanto nenhuma influência da embalagem e do 1-MCP nessas
características, relativas ao retardamento da coloração da polpa.
0
1
2
3
4
5
0 4 8 12 16 20 24 28 3Armazenamento (Dias)
Col
oraç
ão P
olpa
(1-5
)
280
82
84
86
88
90
92
94
96
98
0 4 8 12 16 20 24 28 3Armazenamento (Dias)
Âng
ulo
Hue
(Pol
pa)
2
Y = 0,9807 + 0,1858x – 0,0101x2 + 0,00022x3
R2 = 0,9784** Y = 95,5140 – 1,2417x + 0,0864x2 – 0,00189x3
R2 = 0,9887 **
( B ) ( A )
Figura 54. Coloração (Notas de 1 a 5) (A) e Angulo Hue (B) da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 25 dias (11,5 ± 1,7 oC e 86,1 ± 8,4% UR) e transferidas para a temperatura ambiente por 7 dias (25,4 ± 0,2 o C e 97,6 ± 1,2 % UR) sem a influencia da embalagem. EMBRAPA Agroindústria Tropical, Fortaleza, CE. 2001.
A Figura 55A, indica que os frutos mantidos sob refrigeração, sob efeito da
embalagem, independente das doses de 1-MCP, tiveram a Luminosidade (Brilho) da polpa
diminuída, indicando uma possível aceleração do amadurecimento nessa região, concordando
com (Shewfelt, 1993) em sua discussão de medidas de qualidade e maturidade para produtos
hortícolas. Após transferência para o ambiente aos 25 dias, essa diferença desapareceu, porém
a diminuição foi acentuada, evidenciando que o amadurecimento foi acelerado em ambos os
tratamentos. Mesmo comportamento foi observado em polpa de bananas inteiras ou
descascadas sob atmosfera modificada e armazenadas a temperatura ambiente até o 4o dia
(Tovar et al., 2000), porém após esse dia, foi revertido. Provavelmente, a baixa relação entre o
111
CO2 e O2 dessa embalagem tenha acarretado algum distúrbio fisiológico nos frutos acentuando
a síntese acelerada de carotenóides. Paralelamente, a intensidade da cor (Cromaticidade) da
polpa de frutos que receberam embalagem foi também acentuada até o final do
armazenamento, principalmente após retirada da mesma, revelando um aspecto residual de
seus efeitos sobre esse atributo de cor (Figura 55B).
60
65
70
75
80
85
90
0 4 8 12 16 20 24 28 32Armazenamento (Dias)
Lum
inos
idad
e (P
olpa
)
C YC F YF
45
50
55
60
65
0 4 8 12 16 20 24 28 32Armazenamento (Dias)
Cro
ma
(Pol
pa)
C F
YC = 81,6229 – 1,6856x + 0,1187x2 – 0,0025x3
R2 = 0,8207** YF = 81,3097 – 2,5238x + 0,1781x2 – 0,0036x3
R2 = 0,9821**
YC = Não ajustável R2 < 0,70 YF = Não ajustável R2 < 0,70
( B ) ( A )
Figura 55. Efeitos de embalagem na Luminosidade (A) e Cromaticidade (B) da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 25 dias (11,5 ± 1,7 oC e 86,1 ± 8,4% UR) e transferidas para a temperatura ambiente por 7 dias (25,4 ± 0,2 o C e 97,6 ± 1,2 % UR) sem a influencia da embalagem. EMBRAPA Agroindústria Tropical, Fortaleza, CE. 2001
Sob efeito do aumento da temperatura (Medlicott et al., 1986) reportam haver maior
síntese de carotenóides. Porém, as mudanças nos carotenóides totais dos frutos são bastantes
diversas, podendo haver síntese ou degradação durante o amadurecimento (Rodriguez-Amaya,
1993). Daí, pode-se explicar, a maior redução da luminosidade e aumento da cromaticidade da
polpa principalmente sob armazenamento ambiente. O comportamento de diminuição de
luminosidade concorda com (Valente et al., 2000) quando armazenaram mangas ‘Keitt’ a 13oC
e 90%UR por 26 dias e com Zambrano et al., (2000) quando armazenaram diferentes
variedades de manga sob refrigeração.
Essas diferenças de atributos de cor da polpa foram pequenas quando medidas pelo
colorímetro, mas seriam imperceptíveis quando detectadas visualmente ao longo do
armazenamento. Por ísso, o uso do colorímetro é mais uma vez fortemente recomendável, para
112
avaliação dessas alterações de cor na polpa desses frutos.
5.3.6 Sólidos Solúveis Totais e Açúcares Solúveis Totais
Houve efeitos significativos entre doses de 1-MCP e embalagem (p ≤ 0,05) para
sólidos solúveis totais (Tabela 12). Foram verificados somente efeitos do tempo de
armazenamento sobre sólidos solúveis totais (p ≤ 0,01) (Figura 56A) e açúcares solúveis totais
(p ≤ 0,01) (Figura 56B).
Tabela 12. Efeitos de doses de 1-MCP e embalagem sobre Sólidos Solúveis Totais (oBrix) em mangas ‘Tommy Atkins’. Fortaleza, CE. 2001
Embalagem Doses de 1-MCP (nL.L-1) Sem Xtend® Com Xtend® 0 13,36 Aa 12,41 Bb
100 13,20 Aa 13,54 Aa 500 12,91 Aa 12,52 Ba
Letras minúsculas nas linhas e maiúsculas nas colunas não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade.
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
0 4 8 12 16 20 24 28 3Armazenamento (Dias)
Sólid
os S
olúv
eis
Tota
is (o B
rix)
2
4
5
6
7
8
9
10
11
12
0 4 8 12 16 20 24 28 3Armazenamento (Dias)
Açú
care
s So
lúve
is T
otai
s (%
)
2
Y = 7,6375 + 0,4920x – 0,0088x2 R2 = 0,9720**
Y = 4,4893 + 0,2771x + 0,0089x2 – 0,0004x3 R2 = 0,9509**
( A ) ( B )
Figura 56. Sólidos Solúveis Totais (oBrix) (A) e Açúcares Solúveis Totais (%) (B) de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 25 dias (11,5 ± 1,7 o C e 86,1 ± 8,4% UR) transferidas para o ambiente por 7 dias sem a influência da embalagem (25,4 ± 0,2 o C e 97,6 ± 1,2 % UR). Fortaleza, CE - 2001.
113
Em geral, não houve diferença estatística na redução do teor de sólidos solúveis totais
com ou sem 1-MCP, na presença ou não de Xtend® ao longo do armazenamento (Figura 56A).
Em mangas ‘Kensington Pride’ e ‘Kent’, Hofman et al., (2001) e Garcia Estrada et al., (2001)
respectivamente, relataram a não influência do 1-MCP sobre essa característica, indicando que
o aumento da mesma, não é influenciada pelo seu antagonista, ou seja o etileno. Em outros
frutos tratados com 1-MCP, o mesmo comportamento é verificado em maçã (Rupasinghe et
al., 2000; Fan et al., 1999), tomate (Moretti et al., 2001), mamão (Jacomino et al., 2001),
banana (Golding et al., 1998), porém em abacaxi e graviola, foram observados efeitos
transitórios do 1-MCP em inibir o acúmulo dos sólidos solúveis totais (Selvarajah et al., 2002)
e (Lima et al., 2001), frutos considerados não climatéricos respectivamente, o que explicaria
essa diferença entre frutos de comportamentos respiratórios distintos.
Por influência da dose de 100 nL.L-1 de 1-MCP com Xtend®, houve um acúmulo maior
de sólidos solúveis totais, indicando haver algum distúrbio provocado mais pelo filme (Tabela
12) concordando com o maior valor de produção de CO2 conforme (Tabela 09), com frutos de
menor valor de firmeza (Tabela 10). A aplicação de 500 nL.L-1 de 1-MCP com Xtend®
resultou estatísticamente igual ao uso de Xtend® sem nenhum tratamento com 1-MCP,
indicando que a atmosfera modificada se utilizada como única opção, retardaria o acúmulo
desse constituinte, provavelmente por influência do maior controle da perda de massa.
Os sólidos solúveis totais e açúcares solúveis totais acumularam ao longo do
armazenamento, em provável causa da hidrólise do amido (Vasquez-Salinas e
Lakshminarayana, 1985; Selvaraj et al., 1989; Castrillo et al., 1992; Rocha et al., 2001). Por se
tratar de frutos colhidos para exportação, o teor mínimo está dentro da faixa entre 7oBrix e
8oBrix (Sañudo et al., 1997). Os teores de SST aumentaram de 7,7oBrix do início até
14,7oBrix aos 25 dias de armazenamento refrigerado, com estabilidade até 32 dias, cujo teor
foi de 14,74oBrix, sob armazenamento ambiente.
Já para os açúcares solúveis totais, os teores aumentaram de 4,44 % do início até
11,33 % aos 25 dias de armazenamento refrigerado, com posterior redução, sob
armazenamento ambiente de 9,64 % até os 32 dias (Figura 56B), indício de início da
senescência. Acúmulo de açúcares solúveis totais foi verificado em mangas por ‘Amrapali’
114
(Singh et al., 1998), independente de tratamentos com Cloreto de Cálcio e Nitrato de Cálcio,
aplicados na pré-colheita e envolvidos em embalagem de polietileno perfurado na pós-
colheita, como retardadores do amadurecimento.
5.3.7 Acidez Total Titulável e pH
Verificou-se efeitos significativos das doses de 1-MCP e tempo de armazenamento em
pH (p ≤ 0,05) (Figura 57A) e acidez total titulável (p ≤ 0,05) (Figura 57B).
Ao longo do tempo de armazenamento, os frutos tratados com 1-MCP permaneceram
mais ácidos que a testemunha, sendo a dose de 500 nL.L-1 mais efetiva que a de 100 nL.L-1 até
os 25 dias sob armazenamento refrigerado e mais 3 dias sob armazenamento ambiente (Figura
57A), com pH menor (Figura 57B). Portanto os maiores valores de acidez concordam com os
menores valores de pH encontrados para a dose de 500 nL.L-1. Após esse período, os
tratamentos se igualaram a valores constantes.
-0,1
0,3
0,7
1,1
1,5
1,9
2,3
0 4 8 12 16 20 24 28 32Armazenamento (Dias)
Aci
dez
titul
ável
Tot
al (%
aci
do c
itric
o) 0 Y0 100
Y100 500 Y500
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
5,5
0 4 8 12 16 20 24 28 32Armazenamento (Dias)
pH
0 Y0100 Y100500 Y500
Y0 = 1,4367 – 0,0008x + 0,0009x2 – 0, 000069x3
R2 = 0,9743* Y100 = 1,4255 – 0,0566x +0,0059x2 – 0,00017x3
R2 = 0,9367** Y500 = 1,4201 –0,0551x + 0,0072x2 – 0,00022x3
R2 = 0,9333**
Y0 = 3,2571 + 0,0795x – 0,0093x2 + 0,0003x3 R2 = 0,9818**
Y100 = 3,2662 + 0,0908x – 0,0104x2 + 0,00028x3 R2 =0,9914**
Y500 = 3,2630 + 0,0996x – 0,0125x2 + 0,00035x3 R2 = 0,9740**
( A ) ( B )
Figura 57. Acidez total titulável (% de ácido cítrico) (A) e pH (B) para doses de 1-MCP aplicadas em mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas a 25 dias a (11,5 ± 1,7 oC e 86,1 ± 8,4% UR) e transferidas para o ambiente por 7 dias (25,4 ± 0,2 o C e 97,6 ± 1,2 % UR). Fortaleza, CE - 2001.
115
Teores mais altos de acidez pelo uso do 1-MCP, têm sido descritos para frutos
climatéricos (Wills e Ku, 2002), maçãs (Argenta et al., 2000b; Krames et al., 2001) e graviolas
(Lima et al., 2001). Para mangas ‘Kent’ (Garcia Estrada et al., 2000) tratadas com diferentes
doses de 1-MCP armazenadas sob temperatura ambiente, verificaram que as doses de 125 e
250 nL.L-1 foram mais eficazes na manutenção de teores mais elevados de acidez.
Acredita-se que as menores perdas na acidez durante armazenamento sejam devidas à
diminuição da atividade de enzimas relacionadas ao metabolismo respiratório.
5.3.8 Relação Sólidos Solúveis Totais e Acidez Total Titulável
Foi verificado somente efeito do tempo de armazenamento sobre essa característica (p
≤ 0,01) (Figura 58), não havendo influência dos tratamentos nesta relação, indicativa do sabor,
apesar das diferenças encontradas nos teores de acidez pelo 1-MCP, anteriormente.
-5
15
35
55
75
95
115
0 4 8 12 16 20 24 28 3Armazenamento (Dias)
Rel
ação
(SST
/ATT
)
2
Y = 4,2515 + 5,6989x – 0,6368x2 + 0,0170x3 R2 = 0,9546**
Figura 58. Relação entre Sólidos Solúveis Totais e Acidez Total Titulável em mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas a 25 dias a (11,5 ± 1,7 oC e 86,1 ± 8,4% UR) e transferidas para o ambiente por 7 dias (25,4 ± 0,2 o C e 97,6 ± 1,2 % UR). Fortaleza, CE - 2001.
O aumento no teor de sólidos solúveis totais e de diminuição no de acidez total
titulável elevou a relação SST/ATT, ao longo do tempo de armazenamento, indicando um
sabor adocicado nos frutos, em função do amadurecimento (Figura 58). Esse comportamento é
igual ao descrito por (Jerônimo, 2000; Ramos, 1994, Munuera 1996; Medlicott, 1986) para
116
mangas da mesma variedade estudada.
No início do armazenamento refrigerado essa relação foi de 5,46 e aos 32 dias de
armazenamento ambiente, de 100,28. Esse valor foi superior ao de Salles e Tavares (1999) que
encontraram relação máxima (de 87) nos frutos colhidos aos 120 dias e armazenados por 39
dias, sendo 30 dias sob condições de refrigeração, na mesma variedade. A diferença nos
valores encontrados, deve-se provavelmente aos estádios de maturação e condições climáticas
diferentes quando os frutos foram colhidos.
5.3.9 Vitamina C Total
Verificou-se efeitos significativos das interações entre doses e tempo (p ≤ 0,01) e entre
embalagem e tempo (p ≤ 0,01) em vitamina C total (Figuras 59A e 59B).
20
25
30
35
40
0 4 8 12 16 20 24 28 32Armazenamento (Dias)
Vita
min
C T
otal
(m
g.10
0-1g)
CF
20
25
30
35
40
0 4 8 12 16 20 24 28 32Armazenamento (Dias)
Vita
min
a C
Tot
al (
mg.
100-1
g)
0 100
500 500
YC = Não ajustável R2< 0,70 YF = Não ajustável R2< 0,70
Y0 = Não ajustável R2 < 0,70 Y100 = Não ajustável R2 < 0,70 Y500 = 25,5591 – 1,0626x + 0,1457x2 – 0,0036x3
R2 = 0,7483**
( A )
( B )
Figura 59. Vitamina C total (mg.100-1g polpa) para manga ‘Tommy Atkins’ com Xtend® (CE) e sem Xtend® (SE) (A) e doses de 1- MCP (B) armazenadas a 25 dias a (11,5 ± 1,7 oC e 86,1 ± 8,4% UR) e transferidas para temperatura ambiente por 7 dias (25,4 ± 0,2 o C e 97,6 ± 1,2 % UR) sem a influencia da embalagem. Fortaleza, CE. 2001
Sob efeito de 1-MCP, os teores de vitamina C apresentaram-se maiores em relação à
testemunha até os 20 dias de armazenamento refrigerado (38,32 mg. 100–1 g polpa), com
destaque para a dose de 100 nL.L-1. Após transferência para o ambiente os valores de vitamina
117
C decresceram, independente do tratamento (Figura 59B). O fato do 1-MCP ter reduzido a
produção de CO2 (Tabela 09), pode sinalizar um maior acúmulo de glicose utilizada na
respiração do fruto favorecendo a síntese do ácido ascórbico, conforme sugeriu Evangelista
(1997) quando tratou mangas da mesma cultivar com cloreto de cálcio na pré-colheita.
Semelhantemente, abacaxis ‘Queen’ tratados com 1-MCP, possuíram maiores teores de
vitamina C quando armazenados a 10oC, seguidos de 3 dias a 20oC, porém sem avaliar a
produção de CO2 (Selvarajah et al., 2001).
Um acúmulo de ácido ascórbico em mangas ‘Alphonso’ armazenadas a 10oC e em
mangas ‘Kent’ armazenadas a 8oC, 10oC e 13oC, também foram constatados por Thomas e
Joshi (1988) e por Veloz et al., (1977). A glicose e a 1 galactona-1,4-lactona são os principais
precursores na sintese de ácido ascórbico. Acredita-se que a formação de altos níveis destes
precursores, indicado pelos Sólidos Solúveis Totais, possa iniciar o acúmulo de ácido
ascórbico em algum frutos. Uma explicação similar tem sido sugerida para goiabas (Carvalho,
1999).
Por outro lado, sob efeito da embalagem observou-se maior tempo na síntese de
vitamina C durante refrigeração até os 25 dias (Figura 59A) (36,69 mg.100-1 g polpa).
Carvalho (1999), armazenando goiabas em embalagem selada e Sousa (2001) armazenando
mangas ‘Tommy Atkins’ sob embalagem de polietileno de baixa densidade (PEBD)
observaram o mesmo comportamento. Provavelmente, pelo acúmulo de umidade no interior
das mesmas, possa ter contríbuído na manutenção de níveis mais elevados dessa vitamina.
O efeito do 1-MCP na dose de 100 nL.L-1 foi um pouco superior ao da embalagem
durante refrigeração, da ordem de 38,32 mg.100-1 g e naquela, de 36,69 de mg.100-1 g
vitamina C na polpa, traduzindo-se em frutos de maior valor nutricional.
Frutos amadurecidos à temperatura ambiente apresentaram perdas consideráveis no
teor desta vitamina. O declínio no teor de vitamina C pode ser explicado pelo aumento da
atividade da ácido ascórbico oxidase (AAO) (Thomas e Oke, 1980). Ao final do
armazenamento ambiente frutos com embalagem, apresentavam menor teor de vitamina C em
relação ao controle, possivelmente a um efeito de diluição de modo similar ao sugerido por
Pérez Guzmán et al., (1999) em tangerinas ‘Dancy’ quando utilizaram filmes de PVC e
poliolefina. Seymour (1993), atribuem a queda do teor de vitamina C como verificado em
goiabas, como um indicador de senescência.
118
Em geral, os valores encontrados para esta característica estão semelhantes aos de
Sousa (2001) que trabalharam com filmes de alta e baixa densidade e inferiores aos de
Evangelista (1997), quando trabalharam com mangas da mesma variedade com o objetivo de
retardar o amadurecimento com atmosfera modificada e cloreto de cálcio na pré-colheita,
respectivamente.
5.3.10 Análise Sensorial Os percentuais de frequências de categorias de aroma, cor e textura de amostras de
polpa de manga ‘Tommy Atkins’ atribuídos pelos julgadores estão apresentadas nas Tabelas
13, 14 e 15, respectivamente.
Tabela 13. Percentuais de frequência de categorias de aroma da polpa atribuídos pelos julgadores de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas ao ambiente por 32 dias que receberam ou não doses de 1-MCP (nL.L-1) com Xtend® (Filme) ou sem Xtend® (Controle) um dia após a colheita. Fortaleza, CE. 2001.
Controle Filme Categoria Doses de 1-MCP (nL.L-1) Doses de 1-MCP (nL.L-1)
0 100 500 0 100 500 Muito fraco,
característica da manga verde
13
10
0
7
10
0
Ligeiramente fraco, característica de
manga de vez
40
47
40
33
34
30
Forte, ideal de manga madura
33 27 30 57 38 47
Ligeiramente passado
14 16 27 3 14 23
Passado muito forte 0 0 3 0 4 0
119
Tabela 14. Percentuais de frequência categorias de cor da polpa atribuídos pelos julgadores de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas ao ambiente por 32 dias que receberam ou não doses de 1-MCP (nL.L-1) com Xtend® (Filme) ou sem Xtend® (Controle) um dia após a colheita. Fortaleza, CE. 2001. Controle Filme
Categoria Doses de 1-MCP (nL.L-1) Doses de 1-MCP (nL.L-1) 0 100 500 0 100 500
Manga verde 7 10 0 9 13 0 Manga de vez 53 57 10 27 17 20
Manga madura 30 23 77 47 43 57 Ligeiramente
passada 7 8 13 17 23 20
Manga passada 3 4 0 0 4 3 Tabela 15. Percentuais de frequência de categorias de firmeza da polpa atribuídos pelos julgadores de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas ao ambiente por 32 dias que receberam ou não doses de 1-MCP (nL.L-1) com Xtend® (Filme) ou sem Xtend® (Controle) um dia após a colheita. Fortaleza, CE. 2001. Controle Filme
Categoria Doses de 1-MCP (nL.L-1) Doses de 1-MCP (nL.L-1) 0 100 500 0 100 500
muito dura 3 3 7 0 0 0 Ligeiramente dura 47 43 30 27 27 27
Ideal de manga madura
30 37 50 37 43 30
Ligeiramente mole 20 13 13 27 30 27 muito mole 0 3 0 10 0 17
Frutos sem Xtend® e tratados com 100 nL.L-1 de 1-MCP foram mais firmes mas não
foram percebidos pelos paneilistas sensoriais. Análises sensorial revelou que amadurecimento
foi acelerado nos frutos armazenados com Xtend® e naqueles tratados com 500 nL.L-1 de 1-
MCP, armazenados sem Xtend®. Julgadores não perceberam diferenças no aroma, cor e
firmeza do frutos controle e tratados com 100 nL.L-1 de 1-MCP, frutos esses, característicos de
transição de maturidade fisiológica.
Verifica-se pelos percentuais de frequência de aroma (Tabela 13), um atraso na
produção de voláteis em mangas. Julgadores perceberam aroma ligeiramente fraco,
120
característica de manga de vez, porém não distiguiram diferenças com o controle, ao contrário
das mangas que receberam embalagem, onde perceberam aroma forte, ideal de manga madura.
Comportamento semelhante se deu nas avaliações de cor e textura (Tabelas 14 e 15), incluindo
o tratamento de 500 nL.L-1 sem Xtend®. Atraso na produção de voláteis, pelo 1-MCP foram
reportados em bananas (Golding et al., 1998) e ameixas (Abdi et al., 1998).
Instrumentalmente, a dose de 100 nL.L-1 de 1-MCP sem Xtend® apontou maior firmeza
como verificado na Tabela 10 durante armazenamento, coincindindo com o atraso nesta
característica (Tabela 15). Para a cor, os julgadores perceberam um atraso com 100 nL.L-1 de
1-MCP sem a embalagem, mas uma aceleração com a embalagem, indicando que após retirada
da refrigeração, invariavelmente com ou sem Xtend® não houve diferença.
Por fim, a baixa produção de permeabilidade a gases CO2 e O2 do filme,
provavelmente tenha provocado uma aceleração do amadurecimento em todos os atributos.
121
( A )
( B )
Figura 60. Coloração da casca (A) e da polpa (B) de mangas ‘Tommy Atkins’ colhidas no estádio 2. Fortaleza – CE, 2001.
122
( A ) ( D )
( B ) ( E )
( C ) ( F )
Figura 61. Efeito de doses de 1-MCP (A, C, E), de embalagem associada a doses de 1-MCP (B, D, F) na coloração da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas sob refrigeração por 10 dias a 11,5 ± 1,7oC e 86,1 ± 8,4% UR. Fortaleza, CE. 2001.
123
( A ) ( D )
( E ) ( B )
( C ) ( F )
Figura 62. Efeito de doses de 1-MCP (A, C, E), de embalagem associada a doses de 1-MCP (B, D, F) na coloração da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas sob refrigeração por 20 dias a 11,5 ± 1,7oC e 86,1 ± 8,4% UR. Fortaleza, CE. 2001.
124
( A ) ( D )
( B ) ( E )
( C ) ( F )
Figura 63. Efeito de doses de 1-MCP (A, C, E), de embalagem associada a doses de 1-MCP (B, D, F) na coloração da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas sob refrigeração por 25 dias a 11,5 ± 1,7oC e 86,1 ± 8,4% UR. Fortaleza, CE. 2001.
125
( A ) ( D )
( B ) ( E )
( C ) ( F )
Figura 64. Efeito de doses de 1-MCP (A, C, E), de embalagem associada a doses de 1-MCP (B, D, F) na coloração da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas sob refrigeração por 25 dias a 11,5 ± 1,7oC e 86,1 ± 8,4% UR e transferidas para o armazenamento a temperatura ambiente a 25,4 ± 0,2oC and 97,6 ± 1,2% UR por 3 dias. Fortaleza, CE. 2001.
126
( A ) ( D )
( B ) ( E )
( C ) ( F )
Figura 65. Efeito de doses de 1-MCP (A, C, E), de embalagem associada a doses de 1-MCP (B, D, F) na coloração da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas sob refrigeração por 25 dias a 11,5 ± 1,7oC e 86,1 ± 8,4% UR e transferidas para o armazenamento a temperatura ambiente a 25,4 ± 0,2oC and 97,6 ± 1,2% UR por 5 dias. Fortaleza, CE. 2001.
127
( A ) ( D )
( E ) ( B )
( C ) ( F )
Figura 66. Efeito de doses de 1-MCP (A, C, E), de embalagem associada a doses de 1-MCP (B, D, F) na coloração da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas sob refrigeração por 25 dias a 11,5 ± 1,7oC e 86,1 ± 8,4% UR e transferidas para o armazenamento a temperatura ambiente a 25,4 ± 0,2oC and 97,6 ± 1,2% UR por 7 dias.. Fortaleza, CE. 2001.
128
129
5.4 ENSAIO IV – Armazenamento refrigerado de manga ‘Tommy Atkins’ submetida a
aplicação de 1-MCP a baixa temperatura
5.4.1 Atributos de Qualidade
Os Quadros 18 a 36 de análise de variância deste ensaio encontram-se no apêndice
deste trabalho.
O amadurecimento de frutos climatéricos como a manga é caracterizado pelo
amolecimento, aumento da relação SST/ATT, aumento ou diminuição do conteúdo de
vitamina C, diminuição da acidez na polpa, desenvolvimento da cor da polpa e da casca e
aumento das taxas de CO2, modificações atribuídas à temperatura e períodos de
armazenamento.
O efeito do 1-MCP foi melhor notado a temperatura ambiente em todos os períodos de
avaliação. Um sumário desses resultados por 12 dias de armazenamento ambiente é mostrado
na Tabela 16. Níveis de produção de etileno não foram detectados com as condições de
análises empregadas, semelhantemente ao ocorrido nos ensaios II e III.
A produção de CO2 nos frutos tratados com 1-MCP foi significativamente menor que o
controle aos 21 e 35 dias de armazenamento refrigerado. A aplicação do 1-MCP mostrou uma
tendência em retardar as alterações na região verde (aos 35 dias), onde o ângulo Hue foi maior
(mais verde) do que os frutos controle e alterações da cor da polpa, onde o croma, que indica a
intensidade da cor, foi menor do que o controle aos 21 dias.
Perda de firmeza, sólidos solúveis totais, relação sólidos solúveis totais, açúcares
solúveis totais, acidez total titulável, pH, vitamina C total foram menores nos frutos tratados
com 1-MCP e armazenados por 35 dias.
130
Tabela 16. Influência da dose de 100 nL.L-1 de 1-MCP na produção de CO2, Sólidos Solúveis Totais (SST), Açúcares Solúveis Totais (AST), Vitamina C Total (Vit C), Acidez total titulável (ATT), potencial hidrogeniônico (pH), Relação Sólidos Solúveis Totais e Acidez Total Titulável (SST/ATT), Perda de massa (PM), Firmeza da polpa (F), Coloração da casca (CC), Luminosidade, Cromaticidade e Angulo hue das regiões verde e vermelha (Lvd, Cvd, Hvd, Lvm, Cvm e Hvm), Coloração e Luminosidade, Cromaticidade e Angulo hue da região da polpa (CI e Lint, Cint e Hint) em mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 21, 28 e 35 dias a 11,1 ± 1,4oC e 86,2 ± 3,6% UR e transferidas para o ambiente aos 0, 4, 7 e 12 dias a 25,8 ± 0,6oC e 96 ± 4% UR. Embrapa Agroindústria Tropical, Fortaleza – CE, 2002. Épocas (Dias) 21+12 28+12 35+12
Doses de 1-MCP
Controle 100 nL.L-1 Controle 100 nL.L-1 Controle 100 nL.L-
1 CO2 (mg. kg-1.h-1) 154,78a 140,94b 151,92a 146,63b 134,43a 125,36b
SST(oBrix) 14,49a 14,63a 15,08a 14,23b 15,61a 15,06b
AST (%) 10,66a 10,95a 11,13a 11,02a 11,36a 10,74b
Vit C (mg. 100g1 ) 39,71a 40,11a 39,26a 38,94a 41,61a 39,20b
ATT (%) 0,59a 0,57a 0,61a 0,60a 0,63a 0,65a
pH 3,94a 3,90a 3,87a 3,87a 3,84a 3,78b
Relação SST/ATT 48,61a 51,11a 42,41a 41,50a 44,17a 37,46b
PM (%) 5,08a 5,07a 5,58a 5,63a 6,78a 5,84b
F (N) 50,52a 50,41a 51,66a 53,57a 49,89b 55,13a
CC 2,95a 2,89a 3,01a 2,90b 3,09a 2,95b
Lverde 55,44a 54,46a 55,31a 54,34a 55,53a 54,74a
Cverde 37,53a 36,57a 38,29a 35,57b 38,94a 37,25b
Hverde 89,57a 91,01a 89,35a 90,79a 88,38b 89,99a
Lvermelha 42,66a 42,90a 41,77a 42,39a 42,20a 41,81a
Cvermelha 32,58a 33,47a 31,97a 32,46a 33,71a 33,64a
Hvermelha 37,62a 36,57a 36,41a 34,55a 36,83a 34,42a
CI 3,05a 3,07a 3,22a 3,20a 3,21a 3,10a
Linterna 71,81a 71,44a 70,95a 70,60a 71,72a 72,05a
Cinterna 55,80a 54,52b 55,51a 55,54a 55,28a 55,24a
Hinterna 86,39a 85,86a 84,38b 86,10a 83,35b 86,30a
Médias seguidas das mesmas letras nas linhas não diferem entre si a 5% pelo teste de Tukey.
131
5.4.1 Analise Sensorial
A distribuição das respostas dos julgadores para as amostras tratadas com 1-MCP
foram comparadas àquelas das amostras controle para os frutos armazenados sob refrigeração
por 21, 28 e 35 dias, e são ilustradas nas Figuras 67 a 69. A diferença estatística para aroma,
firmeza e cor durante temperatura ambiente de cada tempo de armazenamento é mostrada nos
Quadros 34 a 36 do apêndice.
Aroma Frutos tratados e armazenados por 21 dias alcançaram o aroma típico de manga madura
após 4 dias de temperatura ambiente, enquanto amostras-controle apresentaram aroma de
manga madura somente no 7o dia (Figura 67A). Em geral, não houve diferenças estatísticas na
distribuição de respostas para aroma, entre os tratamentos, tanto aos 28 (Figura 68A) como aos
35 dias (Figura 69A) de armazenamento, atingindo aroma típico de manga madura
simultaneamente, ao 7o dia de armazenamento ambiente.
Cor
A característica cor de manga madura desenvolveu mais cedo nas amostras tratadas (7o
dia) do que as amostras não tratadas (12o dia) para frutos armazenados sobre refrigeração por
21 dias (Figura 67B), assim como aquelas armazenadas por 28 dias (Figura 68B). Quando os
frutos foram armazenados sobre refrigeração por um período de 35 dias (Figura 69B),
amostras do controle e tratadas alcançaram coloração de madura ao mesmo tempo (7 dias de
temperatura ambiente) mostrando nenhuma diferença estatística pelo Teste do Qui-quadrado
(ao nível de 1%), mas a cor das amostras controle após 12 dias foram indicativas de que as
mangas ficaram super-maduras (40% das respostas na categora 4).
Firmeza
No início do armazenamento a temperatura ambiente ( frutos armazenados por 21 dias
a frio) (Figura 67C), julgadores sentiram um pouco de confusão sobre a avaliação da firmeza,
mas eles concordaram que ambas as amostras controle e tratadas estiveram com firmeza ideal
após 12 dias a temperatura ambiente. O efeito do 1-MCP não foi significante e ambos os
tratamentos, aos 28 (Figura 68C) e 35 dias (Figura 69C) de armazenamento refrigerado,
132
alcançaram a firmeza ideal de manga madura após 7 dias de temperatura ambiente. Altas
percentagens de respostas nas categorias 4 e 5 de firmeza poderiam ser indicativas de
senescência.
Características sensoriais de aroma e cor mostraram que a aplicação de 1-MCP nos
frutos armazenados sob refrigeração por 21 dias acelerou o amadurecimento ao invés de
reduzi-lo. Quando os frutos foram armazenados por um período maior sobre refrigeração, este
efeito foi reduzido quando os frutos de ambos os tratamentos aos 28 dias de armazenamento
sob refrigeração desenvolveram um aroma pleno de amadurecimento ao mesmo tempo. Após
armazenamento refrigerado por 35 dias, o efeito positivo do 1-MCP sobre o processo de
amadurecimento de mangas comerça a aparecer. Embora, os tratamentos alcançaram a
coloração típica de mangas maduras ao mesmo tempo, as amostras controle, mostraram
coloração de super-madurecimento mais cedo do que os frutos tratados. 1-MCP não teve efeito
significante sobre a firmeza.
0102030405060708090
100
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
Freq
uênc
ia (%
)
Controle100 nL.L-1
1= Aroma fraco2= Ligeiramente fraco 3= Forte4= Ligeiramente passado5= Passado
(A)
0 dias 4 dias 7 dias 12 dias
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
Freq
uênc
ia (%
)
Controle100 nL.L-1
1= Manga Verde2= Manga de vez3= Manga madura4= Manga Ligeiramente passada5= Passada
(B)
0 dias 4 dias 7 dias 12 dias
0102030405060708090
100
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
Freq
uênc
ia (%
)
Controle100 nL.L-1
(C)1= Muito dura2= Ligeiramente dura3= Manga dura4= Manga Ligeiramente mole5= Muito mole
0 dias 4 dias 7 dias 12 dias Figura 67. Percentuais de frequência de categorias para aroma (A); cor (B) e firmeza (C) atribuídos pelos julgadores de amostras de polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas sob refrigeração por 21 dias a 11,3 ± 1,8oC e 85,5 ± 4,4 % de UR e avaliados ao ambiente aos 0, 4, 7 e 12 dias a 26,0 ± 0,4 oC e 96,7 ± 4,4 % de UR nas doses de 0 e 100 nL.L-1 de 1-MCP. Fortaleza – CE, 2002. 133
0102030405060708090
100
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
Freq
uênc
ia (%
)
Controle100 nL.L-1
1= Aroma fraco2= Ligeiramente fraco 3= Forte4= Ligeiramente passado5= Passado
(A)
0 dias 4 dias 7 dias 12 dias
0102030405060708090
100
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
Freq
uênc
ia (%
)
Controle100 nL.L-1
1= Manga Verde2= Manga de vez3= Manga madura4= Manga Ligeiramente passada5= Passada
(B)
0 dias 4 dias 7 dias 12 dias
0102030405060708090
100
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
Freq
uênc
ia (%
)
Controle100 nL.L-1
1= Muito dura2= Ligeiramente dura3= Manga dura4= Manga Ligeiramente mole5= Muito mole
(C)
0 dias 4 dias 7 dias 12 dias Figura 68. Percentuais de frequência de categorias para aroma (A); cor (B) e firmeza (C) atribuídos pelos julgadores de amostras da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas sob refrigeração por 28 dias a 11,2 ± 1,5oC e 85,9 ± 4,0 % de UR e avaliados ao ambiente por 0, 4, 7 e 12 dias a 25,7 ± 0,2 oC e 96,3 ± 5,2 % de UR nas doses de 0 e 100 nL.L-1 de 1-MCP. Fortaleza – CE, 2002.
134
0102030405060708090
100
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
Freq
uênc
ia (%
)
Controle100 nL.L-1
1= Aroma fraco2= Ligeiramente fraco 3= Forte4= Ligeiramente passado5= Passado
(A)
0 dias 4 dias 7 dias 12 dias
0102030405060708090
100
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
Freq
uênc
ia (%
)
Controle100 nL.L-1
1= Manga Verde2= Manga de vez3= Manga madura4= Manga Ligeiramente 5= Passada
(B)
0 dias 4 dias 7 dias 12 dias
0102030405060708090
100
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
Freq
uênc
ia (%
)
Controle100 nL.L-1
1= Muito dura2= Ligeiramente dura3= Manga dura4= Manga Ligeiramente mole5= Muito mole
(C)
0 dias 4 dias 7 dias 12 dias Figura 69. Percentuais de frequência de categorias para aroma (A); cor (B) e firmeza (C) atribuídos pelos julgadores de amostras da polpa de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas sob refrigeração por 35 dias a 11,1 ± 1,4oC e 86,2 ± 3,6 % de UR e avaliados ao ambiente por 0, 4, 7 e 12 dias a 25,5 ± 0,2 oC e 97,5 ± 3,8 % de UR nas doses de 0 e 100 nL.L-1 de 1-MCP. Fortaleza – CE, 2002.
135
136
O uso do tratamento hidrotérmico acelerou parcialmente o processo de
amadurecimento dos frutos em geral (aspecto da cor da casca e da polpa mais amarelada do
que o comum), causou manchas de escaldadura confundindo com as de injuria pelo frio
(Lurie 1998b) em 20% deles, além do estádio de colheita, típico para exportação, ter se
mostrado um pouco avançado para o tratamento com 1-MCP surtir efeito. Lurie (1998a)
explica que a resposta de um fruto ou hortaliça ao calor resulta de número de fatores
incluindo, condições do ambiente pré-colheita, idade fisiológica do produto na data da
colheita, temperatura e duração do tratamento hidrotérmico, condições do tratamento pós-
colheita e se o tratamento hidrotérmico causou danos ao produto. Em geral (Alves et al.,
1999), consideram que frutos em estádio de maturação mais adiantados são mais sensíveis do
que os frutos em estádio de maturação mais adiantados razão a ser considerada neste ensaio.
Possívelmente, respostas ao amadurecimento ao tratamento hidrotérmico podem estar
associadas às diferenças entre variedades da mesma espécie.
Medeiros (2001), avaliando os pontos críticos no manuseio de frutos exportados via
Porto de Natal – RN, observou desuniformidade na coloração e no estádio de maturação das
mangas, o que pode acarretar perdas no pós-colheita com prejuízos econômicos. Esse fato
também foi observado neste ensaio, sendo provavelmente outro fator de influência para os
frutos não terem respondido favoravelmente ao 1-MCP, semelhantemente ao ocorrido em
maracujás provavelmente com estádio avançado de maturação (Freitas et al., 2001). O porto
de Natal é o canal de escoamento de todas as mangas produzidas para exportação no RN, o
que requer a adoção de índices precisos não destrutivos e de avaliação rápida, já investigados
em laboratório e em campo, tais como componentes da cor obtidos por colorímetro para as
cultivares ‘Haden’ e ‘Julie’ (Malevski et al., 1977; Meddlicott et al., 1992), atenuação
ultrasônica (Mizrach et al., 1999), peso da matéria seca e o peso fresco estimados com
precisão a partir do volume ou produto dos diâmetros para a cultivar ‘Tommy Atkins’
(Morais, 2001), reduzindo ou eliminando essa variação.
Durante o período em que os frutos permaneceram em água quente, pode ter ocorrido
uma perda ou inativação dos receptores do etileno, como sugere Lurie (1998a), impedindo a
atuação posterior do 1-MCP em todos ou na maior parte dos receptores. Mas todos os frutos
amadureceram normalmente em todas as épocas, o que dá sugere que tenha havido, sim, a
recuperação da capacidade dos frutos em sintetizar novos receptores de etileno, após o
tratamento hidrotérmico conforme relatado para outras variedades de mangas (Ketsa, 1999;
137
McCollum et al., 1993; Mitcham e McDonald, 1997), antes, coincidente ou após o pico
climatérico.
O diferencial deste ensaio é que o 1-MCP foi aplicado a baixa temperatura, no qual
sabe-se que sua eficiência é nula, conforme observado em maçãs armazenadas a 0oC (Mir e
Beaudry, 2001; Mir et al., 2001; Argenta et al., 2001) ou reduzida em brócolis tratados com 1-
MCP a 5oC e armazenados na mesma temperatura (Ku e Wills, 1999) e em frutos tropicais
sensíveis ao frio, como bananas armazenadas a temperatura ambiente e tratadas com 1-MCP a
2oC (Macnish et al., 2000). Assim, esses autores sugeriram que o 1-MCP é mais efetivo com o
aumento da temperatura na aplicação, por ser capaz de alcançar os sítios receptores do etileno.
Isto gera um relativo suporte a este ensaio, pois a temperatura média de aplicação do 1-MCP
foi 11,1 ± 1,4oC, estando na zona de segurança mínima para armazenamento de produtos de
origem tropical, cuja temperatura é de 10oC (Chitarra e Chitarra, 1990), que é a usada para
exportação. Então, diferentemente do que ocorre para frutas de clima temperado, haveria a
necessidade de incluir uma etapa a mais na linha de processo comercial, no trânsito entre o
packing e o porto, antes da entrada para o container refrigerado destinado à exportação.
Entretanto, Pesis et al., (2002) aplicaram 100 ou 300 nL.L-1 de 1-MCP a 5oC por 24 horas em
abacates uma ou duas vezes e armazenaram durante 5 semanas de armazenamento refrigerado,
e concluíram que a 2a aplicação de 300 nL.L-1, permitiu que os frutos ficassem mais firmes
até 7 dias a 20oC em relação aos demais tratamentos, sugerindo como no caso dos abacates, a
viabilidade deste processo em escala comercial.
O armazenamento a baixa temperatura foi suficiente para conter o amadurecimento até
28 dias, independente do tratamento com 1-MCP. Já os frutos armazenados por 35 dias sob
refrigeração e transferidos para o ambiente aos 0, 4, 7 e 12 dias, apresentaram um atraso no
amadurecimento. Este atraso no amadurecimento teria sido parcialmente controlado, com
base nas análises das variáveis estudadas, pelo 1-MCP (poucos sítios remanescentes ligados
irreversivelmente). Verifica-se que mesmo tendo ocorrido essas diferenças, estas foram muito
pequenas, o que dá idéia de que o 1-MCP teve pouco efeito, em função de quanto maior o
tempo de armazenamento, menor ou nenhuma, a eficiência do 1-MCP, face a formação de
novos sítios de ligação do etileno; metabolismo do complexo receptor/proteína 1-MCP ou
dissociação do 1-MCP dos sítios receptores, conforme sugerem (Sisler e Serek, 1999).
O 1-MCP liga-se irreversivelmente aos receptores do etileno (Sisler e Serek, 1997),
conhecido por ETRs, genes que expressam a ação do etileno (Ecker, 1995). Esse mecanismo
138
de ligação ainda não está elucidado completamente. Entretanto, análises da estrutura cristalina
do ETR (Muller et al., 1999), citadas por Zhong et al., (2001) podem fornecer um caminho
para uma elucidação do complexo 1-MCP-ETR. A identificação de genes que permitam o
estudo da expressão do receptor do etileno em diferentes tecidos e estádios de
desenvolvimento já iniciadas para o melão (Nara et al., 1999), pêssegos (Mathooko et al.,
2001), e recentemente para manga (Gutierrez-Martinez et al., 2001), merecem ser
considerados. Sisler e Serek (1999) postulam que é necessário mostrar que os ETRs além de
serem genes que expressam a ação do etileno, possuiriam atividade fisiológica. Para tratar do
assunto, seriam necessários estudos de biologia molecular no sentido de quantificar os
compostos envolvidos na via de síntese do etileno, em quais momentos são ativados os genes
das enzimas formadoras de etileno e começam a se expressar, para então tentar usar o 1-MCP
no momento exato. O que mais desafia o conhecimento é que a manga produzindo tão pouco
etileno, passa por tantas e tão drásticas mudanças, sugerindo que algumas delas não seriam
dependentes do etileno, o que seria mera especulação.
Compostos da família dos ciclopropenos, análogos e/ou mais potentes que o 1-MCP
(Goren et al., 2001) estão sendo pesquisados como marcadores do receptor (Sisler, 1991), com
vistas ao lançamento de um produto que possa ser aplicado na forma de spray no futuro (Sisler
et al., 2001), com fins comerciais, evitando-se as perdas por volatilização através de Testes de
Hermeticidade nas câmaras ou diferenças na dose no início e final quando medido por
cromatografia, com maior tempo de meia vida, que no caso do 1-MCP é estimado ser de 7 a
12 dias (Sisler e Serek, 1999) em bloquear a ação do etileno, como também seria desejável
também encontrar compostos que fossem mais solúveis em água e menos voláteis (Sisler et
al., 1996) com o objetivo de proporcionar um melhor manejo desse gás.
139
6 CONCLUSÕES 6.1 ENSAIO I - Maturação de manga ‘Tommy Atkins’ submetida a aplicação pós-
colheita de 1-MCP Verificou-se maior eficiência da aplicação de 1-MCP nos frutos colhidos em estádio de
maturação menos avançado (E2). As doses de 30 e 120 nL.L-1 de 1-MCP mostraram-se
eficientes em retardar o amadurecimento em temperatura ambiente das mangas colhidas no
estádio 2, promovendo atraso do pico respiratório e maior firmeza, e tendência a retardar o
ângulo hue da região verde da casca. Os resultados proporcionaram uma extensão de pelo
menos dois dias a temperatura ambiente.
Nos frutos colhidos no estádio E3, apenas a dose de 30 nL.L-1 foi eficiente em reduzir a
taxa respiratória, embora o tempo entre a colheita e o pico respiratório não foi retardado
quando comparado aos frutos controle. Esta dose manteve os frutos mais firmes, com retenção
dos ácidos orgânicos e menor pH.
Para ambos os estádios, notou-se aceleração da coloração interna da polpa, com a
aplicação do 1-MCP.
6.2 ENSAIO II – Armazenamento refrigerado de mangas ‘Tommy Atkins’ submetida a
diferentes doses e tempo de exposição a 1-MCP
1-MCP nas doses de 40, 80 e 120 nL.L-1 reduziram a taxa respiratória e a perda de
massa, atraso das alterações de coloração da casca e aceleração da coloração da polpa. A dose
de 80 nL.L-1 de 1-MCP retardou a perda de firmeza, pH e acidez durante a refrigeração. Porém
a exposição a 1-MCP por 20 horas na dose de 80 nL.L-1, resultou em polpa mais escura
(alaranjada).
6.3 ENSAIO III – Armazenamento refrigerado sob atmosfera modificada de manga
‘Tommy Atkins’ submetida a aplicação pós-colheita de 1-MCP
A embalagem (Xtend®) foi eficiente na redução da perda de massa, retardo na evolução
da cor da casca e na acumulação reduzida do conteúdo de sólidos solúveis totais. O uso do 1-
MCP, na dose de 100 nL.L-1 propiciou um controle mais efetivo do amadurecimento durante o
140
armazenamento dessa variedade de manga, resultando em maior vitamina C e firmeza, apesar
da dose de 500 nL.L-1 ter sido superior à anterior na manutenção dos teores de acidez. Ambos
os tratamentos tiveram redução da taxa respiratória, com maior redução quando a embalagem
foi combinada com 500 nL.L-1 de 1-MCP. Não foi verificado efeito do 1-MCP sobre sólidos
solúveis totais, relação entre os sólidos solúveis totais e acidez total titulável e açúcares
solúveis totais. A análise sensorial realizada nas amostras de polpa dos frutos, em condições
de armazenamento ambiente, revelou que o produto não retardou o amadurecimento. O 1-
MCP, por causa de sua natureza volátil, representa um custo pós-colheita muito menor ao uso
associado à embalagem XtendTM, propiciando um tratamento muito maior de frutos, além de
reduzir o número de operações no manuseio pós-colheita.
6.4 ENSAIO IV – Armazenamento refrigerado de manga ‘Tommy Atkins’ submetida a
aplicação de 1-MCP a baixa temperatura
O armazenamento a baixa temperatura foi suficiente para conter o amadurecimento até
28 dias, independente do tratamento com 1-MCP. Após 35 dias de armazenamento
refrigerado, o efeito positivo do 1-MCP sobre o atraso do amadurecimento começou a
aparecer sobre os atributos de qualidade avaliados.
6.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O uso do 1-MCP ofereceu pouco controle da maturação sobre algumas características
avaliadas nos ensaio III e IV, sugerindo a necessidade de uma nova aplicação antes da
transferência da refrigeração para o ambiente. Já aquele realizado sob condições ambiente
(Ensaio I), mostrou melhores benefícios, podendo provavelmente substituir a necessidade de
refrigeração em regiões carentes desse recurso. O estádio 2 de maturidade dessa variedade de
manga foi reconhecido como o melhor estádio para o tratamento com 1-MCP na dose de 100
nL.L-1 surtir efeito, se etapas e custos do manuseio pós-colheita forem considerados.
Definitivamente, a aplicação do 1-MCP em condições ambiente aumenta a sua eficiência em
relação à aplicação realizada em baixa temperatura. Uma dose maior que 100 nL.L-1 ou uma
segunda aplicação de 1-MCP na mesma dose por mais 12 horas, podem garantir sua maior
eficiência, quando frutos colhidos em maturidade comercial são tratados a baixa temperatura.
Portanto, o uso dessa tecnologia, possue grande potencial, se observadas essas condições.
Estudos precisam continuar nesse objetivo, de forma a garantir a eficácia do 1-MCP.
141
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABDI, N. et al. Responses of climateric and supressed-climateric plums to treatment with propylene and 1-methylcyclopene. Postharvest Biology and Technology, Amsterdam, v.14, n.1, p.29-39, Set.1998.
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APÊNDICE
QUADRO 01. Resumo dos quadrados médios e níveis de significância da análise de variância do ENSAIO I para as características Perda de Massa – PM (%), Firmeza – F (N), pH, Acidez Total Titulável - ATT (% ácido cítrico), Sólidos Solúveis Totais – SST (%) e Relação Sólidos Solúveis Totais e Acidez Total Titulável - Rel de mangas ‘Tommy Atkins’ expostas a várias doses de 1-MCP no estádio 2 durante armazenamento ambiente sob 27,5 ± 1,2 oC e umidade relativa de 65,5 ± 4 %. Fortaleza – CE, 2000.
Fatores de Graus de Quadrados Médios Variação Liberdade PM Firm pH ATT SST Rel
D 3 6,3176** 320,9970ns 0,2728** 0,0519ns 1,7949ns 594,5086*T
5 407,1038** 51903,3033** 13,5646** 5,1724** 117,7059** 30622,1175**D x T 15 0,5771ns 415,3220** 0,1090** 0,0353ns 1,1912ns 291,4926ns
Resíduos 96 0,8816 146,4033 0,0497 0,0379 0,7742 197,6092CV (%) 15,71 20,00 5,16 29,52 8,25 33,91
D = Doses de 1-MCP; T = Tempo de Armazenamento; CV = Coeficiente de Variação *, **, ns = F significativo ao nível de 5%, 1% ou não significativo respectivamente. QUADRO 02. Resumo dos quadrados médios e níveis de significância da análise de variância do Ensaio I para as características Luminosidade da região verde da casca – Lvd, Cromaticidade da região verde da casca - Cvd, Ângulo Hue da região verde da casca – Hvd, Luminosidade da região vermelha da casca – Lvm, Cromaticidade da região vermelha da casca – Cvm, Ângulo Hue da região vermelha da casca – Hvm, CC - Coloração da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ expostas a várias doses de 1-MCP no estádio 2 durante armazenamento ambiente sob 27,5 ± 1,2 oC e umidade relativa de 65,5 ± 4 %. Fortaleza – CE, 2000.
Quadrados Médios Fatores de Variação
Graus de Liberdade L vd Cvd Hvd Lvm Cvm Hvm CC
D 3 0,9185ns 7,4282ns 52,6590ns 2,2968ns 1,9812ns 202,2758ns 0,0972nsT
5 88,8114** 174,8824** 2191,1869** 610,0181** 1900,2544** 1390,4562** 11,1683**D x T 15 6,2117ns 12,7533ns 22,9795ns 33,1215* 19,6118ns 192,7476ns 0,0972ns
Resíduos
96 6,6278 9,3773 21,3140 16,0113 20,4848 320,0699 0,1292CV (%) 5,35 9,46 4,45 9,89 16,71 37,11 14,33
D = Doses de 1-MCP; T = Tempo de Armazenamento; CV = Coeficiente de Variação *, **, ns = F significativo ao nível de 5%, 1% ou não significativo respectivamente.
176
QUADRO 03. Resumo dos quadrados médios e níveis de significância da análise de variância do Ensaio I para as características Luminosidade da região interna da polpa – Lint, Cromaticidade da região interna da polpa - Cint, Ângulo Hue da região interna da polpa – Hint, de mangas ‘Tommy Atkins’ expostas a várias doses de 1-MCP no estádio 2 durante armazenamento ambiente sob 27,5 ± 1,2 oC e umidade relativa de 65,5 ± 4 %. Fortaleza – CE, 2000.
Fatores de Graus de Quadrados Médios Variação Liberdade Lint Cint Hint
D 3 11,5169ns 62,8447** 10,4800nsT
5 765,5415** 224,8054** 1141,2028**D x T 15 22,6678** 54,2640** 13,4423**
Resíduos 96 7,5278 10,2962 5,5776CV (%) 4,00 5,62 2,82
D = Doses de 1-MCP; T = Tempo de Armazenamento; CV = Coeficiente de Variação *, **, ns = F significativo ao nível de 5%, 1% ou não significativo respectivamente.
QUADRO 04. Resumo do quadrado médio e níveis de significância da análise de variância do Ensaio I para a característica Taxa Respiratória – TR (mg CO2.kg-1.h-1), de mangas ‘Tommy Atkins’ expostas a várias doses de 1-MCP no estádio 2 durante armazenamento ambiente sob 27,5 ± 1,2 oC e umidade relativa de 65,5 ± 4 %. Fortaleza – CE, 2000.
Fatores de Graus de Quadrado Médio Variação Liberdade TR
D 3 890,79852**T
9 1535,50789**D x T 27 96,75814**
Resíduos 160 44,39702CV (%) 21,73
D = Doses de 1-MCP; T = Tempo de Armazenamento; CV = Coeficiente de Variação *, **, ns = F significativo ao nível de 5%, 1% ou não significativo respectivamente.
177
QUADRO 05. Resumo dos quadrados médios e níveis de significância da análise de variância do Ensaio I para as características Perda de Massa – PM (%), Firmeza – F (N), pH, Acidez Total Titulável - ATT (% ácido cítrico), Sólidos Solúveis Totais – SST (%) e Relação Sólidos Solúveis Totais e Acidez Total Titulável - Rel de mangas ‘Tommy Atkins’ expostas a várias doses de 1-MCP no estádio 3 durante armazenamento ambiente sob 27,5 ± 1,2 oC e umidade relativa de 65,5 ± 4 %. Fortaleza – CE, 2000.
Fatores de Graus de Quadrados Médios Variação Liberdade PM Firm pH ATT SST Rel
D 3 2,1299ns 1606,9689** 0,2960* 0,0720* 4,5634* 901,1828nsT
5 427,256** 55238,6316** 13,0,5032** 3,5921** 177,0583** 41141,0585**D x T 15 1,9244ns 423,8614ns 0,0925ns 0,0411ns 2,3436* 287,5259ns
Resíduos 96 1,4544 280,7556 0,0955 0,0253 1,1558 412,7453CV (%) 19,75 30,41 6,88 31,13 9,08 35,26
D = Doses de 1-MCP; T = Tempo de Armazenamento; CV = Coeficiente de Variação *, **, ns = F significativo ao nível de 5%, 1% ou não significativo respectivamente. QUADRO 06. Resumo dos quadrados médios e níveis de significância da análise de variância do Ensaio I para as características Luminosidade da região verde da casca – Lvd, Cromaticidade da região verde da casca - Cvd, Ângulo Hue da região verde da casca – Hvd, Luminosidade da região vermelha da casca – Lvm, Cromaticidade da região vermelha da casca – Cvm, Ângulo Hue da região vermelha da casca – Hvm, CC – Coloração da casca de mangas ‘Tommy Atkins’ expostas a várias doses de 1-MCP no estádio 3 durante armazenamento ambiente sob 27,5 ± 1,2 oC e umidade relativa de 65,5 ± 4 %. Fortaleza – CE, 2000.
Quadrados Médios Fatores de Variação
Graus de Liberdade L vd Cvd Hvd Lvm Cvm Hvm CC
D 3 10,882ns 48,4815* 188,0747* 9,2839ns 2,4247ns 38,3920ns 0,0972nsT
5 86,4183** 429,4946** 2695,6019** 256,3311** 1468,6323** 451,5742ns 7,655**D x T 15 17,3614ns 46,6593** 136,0121** 21,8430ns 20,4377ns 103,7249ns 0,3972ns
Resíduos
96 9,3290 17,7686 52,0843 12,4096 23,7263 213,8731 0,2542CV (%) 6,37 12,37 7,15 9,45 17,46 40,89 18,17
D = Doses de 1-MCP; T = Tempo de Armazenamento; CV = Coeficiente de Variação *, **, ns = F significativo ao nível de 5%, 1% ou não significativo respectivamente.
178
QUADRO 07. Resumo dos quadrados médios e níveis de significância da análise de variância do Ensaio I para as características Luminosidade da região interna da polpa – Lint, Cromaticidade da região interna da polpa - Cint, Ângulo Hue da região interna da polpa – Hint, de mangas ‘Tommy Atkins’ expostas a várias doses de 1-MCP no estádio 3 durante armazenamento ambiente sob 27,5 ± 1,2 oC e umidade relativa de 65,5 ± 4 %. Fortaleza – CE, 2000.
Fatores de Graus de Quadrados Médios Variação Liberdade Lint Cint Hint
D 3 56,0067** 116,6340** 9,0982nsT
5 542,0559** 268,4675** 838,5225**D x T 15 26,3920** 30,7124** 23,6256**
Resíduos 96 11,2269 13,1006 8,1739CV (%) 4,97 6,32 3,48
D = Doses de 1-MCP; T = Tempo de Armazenamento; CV = Coeficiente de Variação *, **, ns = F significativo ao nível de 5%, 1% ou não significativo respectivamente.
QUADRO 08. Resumo do quadrado médio e níveis de significância da análise de variância do Ensaio I para a característica Taxa Respiratória – TR (mg CO2. kg-1.h-1), de mangas ‘Tommy Atkins’ expostas a várias doses de 1-MCP no estádio 3 durante armazenamento ambiente sob 27,5 ± 1,2 oC e umidade relativa de 65,5 ± 4 %. Fortaleza – CE, 2000. .
Fatores de Graus de Quadrado Médio Variação Liberdade TR
D 3 92,74844nsT
9 1399,14926**D x T 27 61,88008ns
Resíduos 160 35,10081CV (%) 19,74
D = Doses de 1-MCP; T = Tempo de Armazenamento; CV = Coeficiente de Variação *, **, ns = F significativo ao nível de 5%, 1% ou não significativo respectivamente.
179
QUADRO 09. Resumo dos quadrados médios e níveis de significância da análise de variância do Ensaio II para as características Perda de Massa – PM (%), Firmeza – F (N), Cor da Casca – CC, Coloração Interna – CI, pH – Potencial hidrogeniônico, ATT – Acidez Total Titulável, SST – Sólidos Solúveis Totais, Rel – Relação entre Sólidos Solúveis Totais e Acidez Total Titulável de mangas ‘Tommy Atkins’ sob doses de 1-MCP em dois tempos de exposição, armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% de umidade relativa seguido de 9 dias de armazenamento ambiente a 25,1 ± 0,8 oC e 65,3 ± 0,6 % de umidade relativa. Fortaleza – CE, 2000.
Quadrados Médios Fatores de Variação
Graus de Liberdade PM F CC CI pH ATT SST Rel
Exp 1 0,2117ns 287,7223ns 0,0250ns 0,0250ns 0,0644ns 0,00001ns 1,0081ns 7,1748nsD
3 2,1232** 204,4595ns 0,3833* 0,0167ns 0,0782ns 0,0997ns 2,4019ns 447,5787*T 4 392,3530** 73117,12** 19,2719** 20,7406** 14,7399** 9,2015** 182,2237** 20290,47**
Exp x D 3 0,1610ns 35,2593ns 0,0417ns 0,0417ns 0,1061ns 0,0183ns 1,2087ns 353,58ns Exp x T 12 0,0737ns 154,9120ns 0,0406ns 0,0094ns 0,0148ns 0,0058ns 0,4087ns 14,153ns D x T 12 0,5425ns 449,05291* 0,2844* 0,3865ns 0,3110** 0,1023ns 0,9468ns 296,096*
Exp x D x T 120 0,2669ns 29,6086ns 0,0365ns 0,0469ns 0,0264ns 0,0054ns 1,7210ns 248,221* Resíduos 0,4101 231,0523 0,1292 0,2292 0,0996 0,0581 0,9645 135,02CV(%) 15,31 35,46 10,97 17,57 8,01 29,14 8,87 41,76
Exp = Tempos de exposição; D = Doses de 1-MCP; T = Tempo de Armazenamento; CV = Coeficiente de Variação *, **, ns = F significativo ao nível de 5%, 1% ou não significativo respectivamente,
180
QUADRO 10. Resumo dos quadrados médios e níveis de significância da análise de variância do Ensaio II para as características Luminosidade da região verde da casca – Lvd, Cromaticidade da região verde da casca - Cvd, Ângulo Hue da região verde da casca – Hvd, Luminosidade da região vermelha da casca – Lvm, Cromaticidade da região vermelha da casca – Cvm, Ângulo Hue da região vermelha da casca – Hvm de mangas ‘Tommy Atkins’ sob doses de 1-MCP em dois tempos de exposição, armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% de umidade relativa seguido de 9 dias de armazenamento ambiente a 25,1 ± 0,8 oC e 65,3 ± 0,6 % de umidade relativa, Fortaleza – CE, 2000,
Fatores de Graus de Quadrados Médios Variação Liberdade Lvd Cvd Hvd Lvm Lvm Hvm
Exp 1 4,5091ns 0,8585ns 91,1587ns 0,5029ns 2,7301ns 52,7851nsD
3 6,3552ns 65,2147** 215,7116* 23,6992ns 62,9421ns 159,6537nsT 4 161,4551** 232,3033** 1652,5322** 224,3393** 2462,3976** 169,7654*
Exp x D 3 12,7638ns 15,4685ns 21,8342ns 4,7411ns 24,2038ns 7,6351nsExp x T 4 18,7307ns 32,8870ns 13,7491ns 5,8733ns 38,9000ns 40,3983ns D x T 12 26,3895* 42,0866** 157,2006** 32,556* 41,7351ns 172,9605**
Exp x D x T 12 12,5297ns 26,1816ns 43,2227ns 11,3534ns 23,8060ns 70,1523ns Resíduos 120 12,4995 16,2935 64,1879 16,8003 38,0789 67,2256CV (%) 6,61 11,75 7,53 10,29 20,42 32,27
Exp = Tempos de exposição; D = Doses de 1-MCP; T = Tempo de Armazenamento; CV = Coeficiente de Variação *, **, ns = F significativo ao nível de 5%, 1% ou não significativo respectivamente,
181
QUADRO 11. Resumo dos quadrados médios e níveis de significância da análise de variância do Ensaio II para as características Luminosidade da região interna da polpa – Lint, Cromaticidade da região interna da polpa - Cint, Ângulo Hue da região interna da polpa – Hint de mangas ‘Tommy Atkins’ sob doses de 1-MCP em dois tempos de exposição armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% de umidade relativa seguido de 9 dias de armazenamento ambiente a 25,1 ± 0,8 oC e 65,3 ± 0,6 % de umidade relativa, Fortaleza – CE, 2000,
Fatores de Graus de Quadrados Médios Variação Liberdade Lint Cint Hint
Exp 1 32,1844* 5,2708ns 2,4950ns D 3 13,3623ns 7,6497ns 1,6681ns T 4 834,1943** 422,0890** 1331,3473**
Exp x D 3 17,0056* 1,2138ns 2,2133ns Exp x T 4 13,8478ns 18,8508ns 4,3513ns D x T 12 10,2330ns 24,8345ns 11,6174*
Exp x D x T 12 6,4235ns 5,0968ns 2,5044ns Resíduos 120 6,0593 5,0968 5,2841 CV (%) 3,55 6,70 2,68
Exp = Tempos de exposição; D = Doses de 1-MCP; T = Tempo de Armazenamento; CV = Coeficiente de Variação *, **, ns = F significativo ao nível de 5%, 1% ou não significativo respectivamente,
QUADRO 12. Resumo dos quadrados médios e níveis de significância da análise de variância do Ensaio II para as características Taxa Respiratória – TR (mg CO2, Kg-1,h-1) de mangas ‘Tommy Atkins’ sob doses de 1-MCP em dois tempos de exposição, armazenadas por 21 dias a 12 ± 1oC e 99 ± 1% de umidade relativa seguido de 9 dias de armazenamento ambiente a 25,1 ± 0,8 oC e 65,3 ± 0,6 % de umidade relativa, Fortaleza – CE, 2000,
Fatores de Graus de Quadrado Médio Variação Liberdade TR
Exp 1 580,1837ns D 3 1928,6051** T 8 90242,2717**
Exp x D 3 619,9604ns Exp x T 8 196,8270ns D x T 24 452,1683ns
Exp x D x T 24 111,1166ns Resíduos 216 444,8688 CV (%) 24,99
Exp = Tempos de exposição; D = Doses de 1-MCP; T = Tempo de Armazenamento; CV = Coeficiente de Variação *, **, ns = F significativo ao nível de 5%, 1% ou não significativo respectivamente,
182
QUADRO 13C. Resumo dos quadrados médios e níveis de significância da análise de variância do Ensaio III para as características Perda de Massa – PM (%), Firmeza – F (N), Cor da Casca – CC, Coloração Interna – CI, Sólidos Solúveis Totais – SST (%) de mangas ‘Tommy Atkins’ expostas a doses de 1-MCP com ou sem atmosfera modificada por 25 dias a 11,5 ± 1,7 oC e 86,1 ± 8,4 % de umidade relativa, seguidos de 7 dias sob armazenamento ambiente a 25,4 ± 0,2 oC e 97,6 ± 1,2 % de umidade relativa sem a influência da atmosfera modificada, Fortaleza – CE, 2001,
Fatores de Graus de Quadrados Médios Variação Liberdade PM F CC AI SST
Em 1 133,2725** 147,8897ns 2,5765** 0,0091ns 4,4323nsD
2 0,2826ns 1747,9259* 0,6686ns 0,1839ns 6,4026*T 6 110,1326** 42035,7926** 23,8497** 20,8948** 163,0064**
Em x D 2 3,0865** 713,1338ns 0,0793ns 0,2068ns 1,9661ns E x T 6 1,4542ns 1678,9158* 0,4973ns 0,4722ns 2,4491ns D x T 12 0,5337ns 689,8583ns 0,3994ns 0,2018ns 5,9194*
Em x D x T 12 0,4786ns 565,0618ns 0,3142ns 0,5625ns 2,7075ns Resíduos
126 0,9612 489,3516 0,2527 0,5279 1,8599
CV (%) 29,04 41,97 18,96 27,74 10,50
Em = Embalagens; D = Doses de 1-MCP ; T = Tempo de Armazenamento; CV = Coeficiente de Variação *, **, ns = F significativo ao nível de 5%, 1% ou não significativo respectivamente,
183
QUADRO 14. Resumo dos quadrados médios e níveis de significância da análise de variância do Ensaio III para as características Acidez Total Titulável – ATT (% ácido cítrico), pH, Relação Sólidos Solúveis Totais e Acidez Total Titulável – Rel, Açúcares Solúveis Totais – AST (g/100g), Vitamina C – Vit C (mg/100g) de mangas ‘Tommy Atkins’ expostas a doses de 1-MCP por 25 dias a 11,5 ± 1,7 oC e 86,1 ± 8,4 % de umidade relativa, seguidos de 7 dias sob armazenamento ambiente a 25,4 ± 0,2 oC e 97,6 ± 1,2 % de umidade relativa sem a influência da atmosfera modificada, Fortaleza – CE, 2001,
Fatores de Graus de Quadrados Médios Variação Liberdade ATT pH Rel AST Vit C
Em 1 0,1241ns 0,0640ns 6,0910ns 0,7468ns 87,3438**D
2 0,0886ns 0,0382ns 192,3540ns 5,9567ns 29,7687nsT 6 7,3608** 10,3133** 28466,7324** 130,9972** 472,8312**
Em x D 2 0,0503ns 0,0444ns 180,1427ns 4,6684ns 39,1688** E x T 6 0,0826* 0,0724* 134,4337ns 3,0830ns 28,8744** D x T 12 0,0661ns 0,0579ns 153,3212ns 1,4043ns 0,9512ns
Em x D x T 12 0,0289ns 0,0585ns 117,7731ns 2,5987ns 15,0339ns Resíduos
126 0,0389 0,0358 145,8783 2,1691 11,0793
CV (%) 21,97 5,01 37,96 16,19 11,55
Em = Embalagens; D = Doses de 1-MCP ; T = Tempo de Armazenamento; CV = Coeficiente de Variação *, **, ns = F significativo ao nível de 5%, 1% ou não significativo respectivamente,
184
QUADRO 15. Resumo dos quadrados médios e níveis de significância da análise de variância do Ensaio III para as características Luminosidade da região verde da casca – Lvd, Cromaticidade da região verde da casca - Cvd, Ângulo Hue da região verde da casca – Hvd, de mangas ‘Tommy Atkins’ expostas a doses de 1-MCP por 25 dias a 11,5 ± 1,7 oC e 86,1 ± 8,4 % de umidade relativa, seguidos de 7 dias sob armazenamento ambiente a 25,4 ± 0,2 oC e 97,6 ± 1,2 % de umidade relativa sem a influência da atmosfera modificada, Fortaleza – CE, 2001,
Fatores de Graus de Quadrados Médios Variação Liberdade Lvd Cvd Hvd
Em 1 560,6040** 615,7492** 680,8288nsD
2 24,0151ns 12,6790ns 63,9817nsT 6 253,8443** 643,2143** 2810,1916**
Em x D 2 50,9370ns 48,8056ns 7,1610nsE x T 6 40,2192ns 38,2699ns 100,9396nsD x T 12 37,1539* 22,5558ns 136,2699ns
Em x D x T 12 24,9350ns 22,2729ns 229,9349ns Resíduos 126 18,8441 22,1883 188,6624CV (%) 8,58 15,13 13,59
Em = Embalagens; D = Doses de 1-MCP ; T = Tempo de Armazenamento; CV = Coeficiente de Variação *, **, ns = F significativo ao nível de 5%, 1% ou não significativo respectivamente,
185
QUADRO 16. Resumo dos quadrados médios e níveis de significância da análise de variância do Ensaio III para as características Luminosidade da região interna da polpa – Lint, Cromaticidade da região interna da polpa - Cint, Ângulo Hue da região interna da polpa – Hint de mangas ‘Tommy Atkins’ expostas a doses de 1-MCP por 25 dias a 11,5 ± 1,7 oC e 86,1 ± 8,4 % de umidade relativa, seguidos de 7 dias sob armazenamento ambiente a 25,4 ± 0,2 oC e 97,6 ± 1,2 % de umidade relativa sem a influência da atmosfera modificada, Fortaleza – CE, 2001,
Fatores de Graus de Quadrados Médios Variação Liberdade Lint Cint Hint
Em 1 56,0175ns 239,4066** 12,5679ns D 2 37,6499ns 9,8249ns 16,0945ns T 6 591,8076** 314,0769** 440,3653**
Em x D 2 36,2448ns 61,6553* 20,9156ns E x T 6 35,4143* 94,0852** 11,9174ns D x T 12 14,4231ns 28,8031ns 7,1236ns
Em x D x T 12 15,0284ns 25,3785ns 6,1577ns Resíduos 126 15,2367 19,4501 8,2221 CV (%) 5,37 8,13 3,25
Em = Embalagens; D = Doses de 1-MCP ; T = Tempo de Armazenamento; CV = Coeficiente de Variação *, **, ns = F significativo ao nível de 5%, 1% ou não significativo respectivamente,
QUADRO 17. Resumo do quadrado médio e níveis de significância da análise de variância do Ensaio III para a característica Taxa Respiratória – TR de mangas ‘Tommy Atkins’ expostas a doses de 1-MCP por 25 dias a 11,5 ± 1,7 oC e 86,1 ± 8,4 % de umidade relativa, seguidos de 7 dias sob armazenamento ambiente a 25,4 ± 0,2 oC e 97,6 ± 1,2 % de umidade relativa sem a influência da atmosfera modificada, Fortaleza – CE, 2001,
Fatores de Graus de Quadrado Médio Variação Liberdade TR
Em 1 590,6030ns D 2 735,0594ns T 9 131335,4211**
Em x D 2 2915,0320* E x T 9 1706,4627* D x T 18 1384,3842*
Em x D x T 18 830,7864ns Resíduos 180 682,2887 CV (%) 17,33
Em = Embalagens; D = Doses de 1-MCP; T = Tempo de Armazenamento; CV = Coeficiente de Variação *, **, ns = F significativo ao nível de 5%, 1% ou não significativo respectivamente,
186
Quadro 18. Resumo da análise de variância do ensaio IV para Taxa Respiratória (TR), Sólidos Solúveis Totais (SST), Açúcares Solúveis Totais (AST), Vitamina C Total (Vit C), Acidez total titulável (ATT), potencial hidrogeniônico (pH), Relação Sólidos Solúveis Totais e Acidez Total Titulável (SST/ATT), Perda de massa (PM), Firmeza (F), Coloração da casca (CC), Luminosidade, Cromaticidade e Angulo hue das regiões verde e vermelha (Lvd, Cvd, Hvd, Lvm, Cvm e Hvm), Coloração e Luminosidade, Cromaticidade e Angulo hue da região da polpa (CI e Lint, Cint e Hint) em mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas por 21, 28 e 35 dias sob refrigeração e transferidas para o ambiente aos 0, 4, 7 e 12 dias, V1 = Doses de 1-MCP (0 e 100 nL.L-1)
V2 = Tempo de armazenamento (Dias)
Épocas (Dias)
21+12 28+12 35+12
TR V1*V2 V2 V1; V2
SST V2 V1; V2 V1; V2
AST V2 V2 V1;V2
Vit C V2 V2 V1;V2
ATT V2 V2 V2
PH V2 V2 V1;V2
Relação SST/ATT V2 V2 V1;V2
PM V2 V2 V1;V2
F V2 V2 V1;V2
CC V2 V1;V2 V1;V2
Lverde V2 V2 V2
Cverde V2 V1 x V2 V1;V2
Hverde V2 V2 V1;V2
Lvermelha V2 (V2 Tendência) (V2 Tendência)
Cvermelha V2 V2 V2
Hvermelha (V2 Tendência) V2 (V2 Tendência)
CI V2 V2 V2
Linterna V2 (V1 x V2 Tendência) V2
Cinterna V1;V2 (V1 x V2 Tendência) V2
Hinterna V2 V1 x V2 V1*V2
187
QUADRO 19. Resumo dos quadrados médios e níveis de significância do Ensaio IV para as características Perda de Massa – PM (%), Firmeza – F (N), Cor da Casca – CC, Coloração Interna – CI, Sólidos Solúveis Totais – SST (%) de mangas ‘Tommy Atkins’ submetidas às doses de 0 e 100 nL.L-1 e armazenadas sob refrigeração por 21 dias a 11,1 ± 1,4oC e 86,2 ± 3,6 % de UR e avaliados ao ambiente por 0, 4, 7 e 12 dias a 25,8 ± 0,6 oC e 96 ± 4 % de UR. Fortaleza – CE, 2001.
Fatores de Graus de Quadrados Médios Variação Liberdade PM F CC AI SST
D 1 0,0016ns 0,1349ns 0,0378ns 0,00326ns 0,2002nsT
6 64,6895** 8894,2125** 4,9517** 4,92083** 55,5155**D x T 6 0,2240ns 8,8194ns 0,0475ns 0,04159ns 1,1458ns
Resíduos 28 0,3718 21,0400 0,0369 0,04294 1,2426CV (%) 12,0137 9,09 6,57 6,78 7,65
D = Doses de 1-MCP; T = Tempo de Armazenamento; CV = Coeficiente de Variação *, **, ns = F significativo ao nível de 5%, 1% ou não significativo respectivamente.
QUADRO 20. Resumo dos quadrados médios e níveis de significância do Ensaio IV para as características Acidez Total Titulável – ATT (% ácido cítrico), pH, Relação Sólidos Solúveis Totais e Acidez Total Titulável – Rel, Açúcares Solúveis Totais – AST (g/100g), Vitamina C – Vit C (mg/100g) de mangas ‘Tommy Atkins’ submetidas às doses de 0 e 100 nL.L-1 e armazenadas sob refrigeração por 21 dias a 11,1 ± 1,4oC e 86,2 ± 3,6 % de UR e avaliados ao ambiente por 0, 4, 7 e 12 dias a 25,8 ± 0,6 oC e 96 ± 4 % de UR. Fortaleza – CE, 2001
Fatores de Graus de Quadrados Médios Variação Liberdade ATT pH Rel AST Vit C
D 1 0,0036ns 0,0184ns 65,6500ns 0,4133ns 0,7437nsT
6 0,7627** 2,7221** 16604,1616** 0,0000** 0,0005**D x T 6 0,0019ns 0,0068ns 66,42164ns 0,5951ns 0,5589ns
Resíduos 28 0,004 0,0072 250,8448 1,2307 15,84CV (%) 10,94 2,17 31,77 10,27 9,97
D = Doses de 1-MCP ; T = Tempo de Armazenamento; CV = Coeficiente de Variação *, **, ns = F significativo ao nível de 5%, 1% ou não significativo respectivamente.
188
QUADRO 21. Resumo dos quadrados médios e níveis de significância do ensaio IV para as características Luminosidade da região verde da casca – Lvd, Cromaticidade da região verde da casca - Cvd, Ângulo Hue da região verde da casca – Hvd, Luminosidade da região vermelha da casca – Lvm, Cromaticidade da região vermelha da casca – Cvm, Ângulo Hue da região vermelha da casca – Hvm de mangas ‘Tommy Atkins’ submetidas às doses de 0 e 100 nL.L-1 e armazenadas sob refrigeração por 21 dias a 11,1 ± 1,4oC e 86,2 ± 3,6 % de UR e avaliados ao ambiente por 0, 4, 7 e 12 dias a 25,8 ± 0,6 oC e 96 ± 4 % de UR. Fortaleza – CE, 2001.
Fatores de Graus de Quadrados Médios Variação Liberdade Lvd Cvd Hvd Lvm Cvm Hvm
D 1 10,0744ns 9,64802ns 21,71524ns 0,63149ns 8,41524ns 11,62881nsTempo
6 83,8328** 173,62848** 1358,91413** 55,85557** 230,52720** 293,43992nsD x T 6 3,1619ns 7,53153ns 5,46190ns 4,21454ns 8,81128ns 67,53659ns
Resíduos 28 3,1333 6,92881 6,78643 14,24807 12,32985 132,49357CV (%) 3,22 7,11 2,89 8,82 10,63 31,03
D = Doses de 1-MCP ; T = Tempo de Armazenamento; CV = Coeficiente de Variação *, **, ns = F significativo ao nível de 5%, 1% ou não significativo respectivamente. QUADRO 22. Resumo dos quadrados médios e níveis de significância do ensaio IV para as características Luminosidade da região interna da polpa – Lint, Cromaticidade da região interna da polpa - Cint, Ângulo Hue da região interna da polpa – Hint de mangas ‘Tommy Atkins’ submetidas às doses de 0 e 100 nL.L-1 e armazenadas sob refrigeração por 21 dias a 11,1 ± 1,4oC e 86,2 ± 3,6 % de UR e avaliados ao ambiente por 0, 4, 7 e 12 dias a 25,8 ± 0,6 oC e 96 ± 4 % de UR. Fortaleza – CE, 2001.
Fatores de Graus de Quadrados Médios Variação Liberdade Lint Cint Hint
D 1 1,41901ns 17,39574* 2,98667nsT
6 99,3715** 46,1973* 16,07548**D x T 6 1,5844ns 3,6719ns 1,42278ns
Resíduos 28 2,08485 3,00005 1,31714CV (%) 2,02 3,14 1,33
D = Doses de 1-MCP; T = Tempo de Armazenamento; CV = Coeficiente de Variação *, **, ns = F significativo ao nível de 5%, 1% ou não significativo respectivamente.
189
QUADRO 23. Resumo dos quadrados médios e níveis de significância do Ensaio IV para a característica Taxa Respiratória - TR (mg CO2 kg-1. h-1) de mangas ‘Tommy Atkins’ submetidas às doses de 0 e 100 nL.L-1 e armazenadas sob refrigeração por 21 dias a 11,3 ± 1,8oC e 85,5 ± 4,4 % de UR e avaliados ao ambiente por 11,1 ± 1,4oC e 86,2 ± 3,6 % de UR e avaliados ao ambiente por 0, 4, 7 e 12 dias a 25,8 ± 0,6 oC e 96 ± 4 % de UR. Fortaleza – CE, 2001.
Fatores de Graus de Quadrado Médio Variação Liberdade TR
D 1 4546,18686**T
15 28133,94671**D x T 15 921,44523*
Resíduos 63 418,52861CV (%) 13,83
D = Doses de 1-MCP; T = Tempo de Armazenamento; CV = Coeficiente de Variação *, **, ns = F significativo ao nível de 5%, 1% ou não significativo respectivamente.
QUADRO 24. Resumo dos quadrados médios e níveis de significância do Ensaio IV para as características Perda de Massa – PM (%), Firmeza – F (N), Cor da Casca – CC, Coloração Interna – CI, Sólidos Solúveis Totais – SST (%) de mangas ‘Tommy Atkins’ submetidas às doses de 0 e 100 nL.L-1 e armazenadas sob refrigeração por 28 dias a 11,1 ± 1,4oC e 86,2 ± 3,6 % de UR e avaliados ao ambiente por 0, 4, 7 e 12 dias a 25,8 ± 0,6 oC e 96 ± 4 % de UR. Fortaleza – CE, 2001.
Fatores de Graus de Quadrados Médios Variação Liberdade PM F CC AI SST
D 1 0,02803ns 43,81159ns 0,1452* 0,00630ns 8,7552**T
7 72,68314** 7488,60415** 4,17135** 6,65259** 51,3276**D x T 7 0,34889ns 28,57335ns 0,05145ns 0,03203ns 1,5881ns
Resíduos 32 0,63039 19,25984 0,02675 0,02634 0,9929CV (%) 14,17 8,34 5,54 5,05 6,80
D = Doses de 1-MCP; T = Tempo de Armazenamento; CV = Coeficiente de Variação *, **, ns = F significativo ao nível de 5%, 1% ou não significativo respectivamente.
190
QUADRO 25. Resumo dos quadrados médios e níveis de significância do Ensaio IV para as características Acidez Total Titulável – ATT (% ácido cítrico), pH, Relação Sólidos Solúveis Totais e Acidez Total Titulável – Rel, Açúcares Solúveis Totais – AST (g/100g), Vitamina C – Vit C (mg/100g) de mangas ‘Tommy Atkins’ submetidas às doses de 0 e 100 nL.L-1 e armazenadas sob refrigeração por 28 dias a 11,2 ± 1,5oC e 85,9 ± 4 % e avaliados ao ambiente por 11,1 ± 1,4oC e 86,2 ± 3,6 % de UR e avaliados ao ambiente por 0, 4, 7 e 12 dias a 25,8 ± 0,6 oC e 96 ± 4 % de UR. Fortaleza – CE, 2001.
Fatores de Graus de Quadrados Médios Variação Liberdade ATT pH Rel AST Vit C
D 1 0,0025ns 0,00010ns 9,96452ns 0,7124ns 0,7356nsT
7 0,70622** 2,73906** 8984,85341** 0,0000** 0,0000**D x T 7 0,00604ns 0,00559ns 12,31582ns 0,2083ns 0,8842ns
Resíduos 32 0,00508 0,00458 43,77278 1,0182 10,5661CV (%) 11,75 1,75 15,77 9,11 8,31
D = Doses de 1-MCP; T = Tempo de Armazenamento; CV = Coeficiente de Variação *, **, ns = F significativo ao nível de 5%, 1% ou não significativo respectivamente.
QUADRO 26. Resumo dos quadrados médios e níveis de significância do Ensaio IV para as características Luminosidade da região verde da casca – Lvd, Cromaticidade da região verde da casca - Cvd, Ângulo Hue da região verde da casca – Hvd, Luminosidade da região vermelha da casca – Lvm, Cromaticidade da região vermelha da casca – Cvm, Ângulo Hue da região vermelha da casca – Hvm de mangas ‘Tommy Atkins’ submetidas às doses de 0 e 100 nL.L-1 e armazenadas sob refrigeração por 28 dias a 11,1 ± 1,4oC e 86,2 ± 3,6 % de UR e avaliados ao ambiente por 0, 4, 7 e 12 dias a 25,8 ± 0,6 oC e 96 ± 4 % de UR. Fortaleza – CE, 2001.
Fatores de Graus de Quadrados Médios Variação Liberdade Lvd Cvd Hvd Lvm Cvm Hvm
D 1 11,1747ns 88,4547** 24,65333ns 4,60660ns 2,81785ns 41,4966nsT
7 62,07978** 132,7148** 1205,40179** 18,32129ns 232,69063** 309,49313*D x T 7 3,74537ns 9,65456* 8,85048ns 8,31937ns 8,59946ns 54,14147ns
Resíduos 32 3,19482 3,44555 9,88 9,98789 9,84044 108,53837CV (%) 3,26 5,02 3,49 7,51 9,74 29,36
D = Doses de 1-MCP; T = Tempo de Armazenamento; CV = Coeficiente de Variação *, **, ns = F significativo ao nível de 5%, 1% ou não significativo respectivamente.
191
QUADRO 27. Resumo dos quadrados médios e níveis de significância do ensaio IV para as características Luminosidade da região interna da polpa – Lint, Cromaticidade da região interna da polpa - Cint, Ângulo Hue da região interna da polpa – Hint de mangas ‘Tommy Atkins’ submetidas às doses de 0 e 100 nL.L-1 e armazenadas sob refrigeração por 28 dias a 11,1 ± 1,4oC e 86,2 ± 3,6 % de UR e avaliados ao ambiente por 0, 4, 7 e 12 dias a 25,8 ± 0,6 oC e 96 ± 4 % de UR. Fortaleza – CE, 2001.
Fatores de Graus de Quadrados Médios Variação Liberdade Lint Cint Hint
D 1 1,45603ns 0,01235ns 35,53521**T
7 157,02802** 50,30954** 55,53735**D x T 7 3,72066ns 6,60467ns 33,30664**
Resíduos 32 1,87744 3,08823 1,20458CV (%) 1,94 3,15 1,29
D = Doses de 1-MCP; T = Tempo de Armazenamento; CV = Coeficiente de Variação *, **, ns = F significativo ao nível de 5%, 1% ou não significativo respectivamente.
QUADRO 28. Resumo dos quadrados médios e níveis de significância do Ensaio IV para a característica Taxa Respiratória – TR (mg CO2. Kg-1.h-1) de mangas ‘Tommy Atkins’ submetidas às doses de 0 e 100 nL.L-1 e armazenadas sob refrigeração por 28 dias a 11,1 ± 1,4oC e 86,2 ± 3,6 % de UR e avaliados ao ambiente por 0, 4, 7 e 12 dias a 25,8 ± 0,6 oC e 96 ± 4 % de UR. Fortaleza – CE, 2001.
Fatores de Graus de Quadrado Médio Variação Liberdade TR
D 1 712,43122nsT
16 37446,88244**D x T 16 225,15852ns
Resíduos 68 252,08288CV (%) 10,63
D = Doses de 1-MCP; T = Tempo de Armazenamento; CV = Coeficiente de Variação *, **, ns = F significativo ao nível de 5%, 1% ou não significativo respectivamente.
192
QUADRO 29. Resumo dos quadrados médios e níveis de significância do Ensaio IV para as características Perda de Massa – PM (%), Firmeza – F (N), Cor da Casca – CC, Coloração Interna – CI, Sólidos Solúveis Totais – SST (%) de mangas ‘Tommy Atkins’ submetidas às doses de 0 e 100 nL.L-1 e armazenadas sob refrigeração por 35 dias a 11,1 ± 1,4oC e 86,2 ± 3,6 % de UR e avaliados ao ambiente por 0, 4, 7 e 12 dias a 25,8 ± 0,6 oC e 96 ± 4 % de UR. Fortaleza – CE, 2001.
Fatores de Graus de Quadrados Médios Variação Liberdade PM F CC AI SST
D 1 11,88301** 414,46821** 0,23865* 0,1664ns 4,12309*T
8 88,16993** 6944,94411** 4,02791** 4,99925** 59,68042**D x T 8 0,31822ns 8,37468ns 0,0221ns 0,00205ns 1,03826ns
Resíduos 36 1,04891 41,54283 0,03952 0,04608 0,86613CV (%) 16,20 12,26 6,57 6,80 6,07
D = Doses de 1-MCP; T = Tempo de Armazenamento; CV = Coeficiente de Variação *, **, ns = F significativo ao nível de 5%, 1% ou não significativo respectivamente.
QUADRO 30. Resumo dos quadrados médios e níveis de significância do ensaio IV para as características Acidez Total Titulável – ATT (% ácido cítrico), pH, Relação Sólidos Solúveis Totais e Acidez Total Titulável – Rel, Açúcares Solúveis Totais – AST (g/100g), Vitamina C – Vit C (mg/100g) de mangas ‘Tommy Atkins’ submetidas às doses de 0 e 100 nL.L-1 e armazenadas sob refrigeração por 35 dias a 11,1 ± 1,4oC e 86,2 ± 3,6 % de UR e avaliados ao ambiente por 0, 4, 7 e 12 dias a 25,8 ± 0,6 oC e 96 ± 4 % de UR. Fortaleza – CE, 2001.
Fatores de Graus de Quadrados Médios Variação Liberdade ATT pH Rel AST Vit C
D 1 0,00611ns 0,064** 606,87229** 0,0159* 0,0397*T
8 0,63967** 2,30258** 10248,31665** 0,0000** 0,0196*D x T 8 0,00786ns 0,00079ns 7,33237ns 0,6723ns 0,2735ns
Resíduos 36 0,00579 0,00438 55,80085 8,1482 17,1816CV (%) 11,95 1,74 18,25 8,14 10,27
D = Doses de 1-MCP; T = Tempo de Armazenamento; CV = Coeficiente de Variação *, **, ns = F significativo ao nível de 5%, 1% ou não significativo respectivamente.
193
QUADRO 31. Resumo dos quadrados médios e níveis de significância do Ensaio IV para as características Luminosidade da região verde da casca – Lvd, Cromaticidade da região verde da casca - Cvd, Ângulo Hue da região verde da casca – Hvd, Luminosidade da região vermelha da casca – Lvm, Cromaticidade da região vermelha da casca – Cvm, Ângulo Hue da região vermelha da casca – Hvm de mangas ‘Tommy Atkins’ submetidas às doses de 0 e 100 nL.L-1 e armazenadas sob refrigeração 35 dias a 11,1 ± 1,4oC e 86,2 ± 3,6 % de UR e avaliados ao ambiente por 0, 4, 7 e 12 dias a 25,8 ± 0,6 oC e 96 ± 4 % de UR. Fortaleza – CE, 2001.
Fatores de Graus de Quadrados Médios Variação Liberdade Lvd Cvd Hvd Lvm Cvm Hvm
D 1 8,30414ns 38,30942** 34,92865* 2,1452ns 0,0638ns 78,50901nsT
8 68,2053** 156,90471** 1189,69833** 24,92741ns 223,55097** 274,63167nsD x T 8 3,45797ns 4,06467ns 10,76038ns 9,56586ns 11,02589ns 78,58762ns
Resíduos 36 3,40690 3,49801 7,58602 13,57943 8,95897 127,76602CV (%) 3,35 4,91 3,09 8,77 8,89 31,69
D = Doses de 1-MCP; T = Tempo de Armazenamento; CV = Coeficiente de Variação *, **, ns = F significativo ao nível de 5%, 1% ou não significativo respectivamente. QUADRO 32. Resumo dos quadrados médios e níveis de significância do Ensaio IV para as características Luminosidade da região interna da polpa – Lint, Cromaticidade da região interna da polpa - Cint, Ângulo Hue da região interna da polpa – Hint de mangas ‘Tommy Atkins’ submetidas às doses de 0 e 100 nL.L-1 e armazenadas sob refrigeração por 35 dias a 11,1 ± 1,4oC e 86,2 ± 3,6 % de UR e avaliados ao ambiente por 0, 4, 7 e 12 dias a 25,8 ± 0,6 oC e 96 ± 4 % de UR. Fortaleza – CE, 2001.
Fatores de Graus de Quadrados Médios Variação Liberdade Lint Cint Hint
D 1 1,48063ns 0,01688ns 117,60684**T
8 123,2263** 33,82476** 79,80519**D x T 8 2,28115ns 5,88653ns 56,97248**
Resíduos 36 2,51904 4,20320 1,14134CV (%) 2,21 3,71 1,26
D = Doses de 1-MCP; T = Tempo de Armazenamento; CV = Coeficiente de Variação *, **, ns = F significativo ao nível de 5%, 1% ou não significativo respectivamente.
194
QUADRO 33. Resumo dos quadrados médios e níveis de significância do Ensaio IV para a característica Taxa Respiratória – TR (mg CO2. Kg-1. h-1) de mangas ‘Tommy Atkins’ submetidas às doses de 0 e 100 nL.L-1 e armazenadas sob refrigeração por 35 dias a 11,1 ± 1,4oC e 86,2 ± 3,6 % de UR e avaliados ao ambiente por 0, 4, 7 e 12 dias a 25,8 ± 0,6 oC e 96 ± 4 % de UR. Fortaleza – CE, 2001.
Fatores de Graus de Quadrado Médio Variação Liberdade TR
D 1 2223,32963*T
17 28535,48621**D x T 17 170,60875ns
Resíduos 72 318,97496CV (%) 13,75
D = Doses de 1-MCP; T = Tempo de Armazenamento; CV = Coeficiente de Variação *, **, ns = F significativo ao nível de 5%, 1% ou não significativo respectivamente.
195
QUADRO 34. Resultados do ensaio IV da análise sensorial para as características aroma, firmeza e cor de mangas ‘Tommy Atkins’ submetidas às doses de 0 e 100 nL.L-1 e armazenadas sob refrigeração por 21 dias a 11,1 ± 1,4oC e 86,2 ± 3,6 % de UR e avaliados ao ambiente por 0, 4, 7 e 12 dias a 25,8 ± 0,6 oC e 96 ± 4 % de UR. Fortaleza – CE, 2001. Tempo Xc Xt (0,01) Resultado
0 - - -Aroma 4
81,88 13,3 *7 294,97 13,3 *12 325,97 13,3 *0 - - -
Cor 4
3,65 13,3 ns7 13,73 13,3 *12 14,90 13,3 *0 - - -
Firmeza 4
201,35 13,3 *7 43,28 13,3 *12 3,89 13,3 ns
Para o tempo zero, o tratamento 100 nL.L-1 de 1-MCP foi perdido. * = significativo; ns = não significativo
196
QUADRO 35. Resultados da análise sensorial do Ensaio IV para a característica Aroma de mangas ‘Tommy Atkins’ submetidas às doses de 0 e 100 nL.L-1 e armazenadas sob refrigeração por 28 dias a 11,1 ± 1,4oC e 86,2 ± 3,6 % de UR e avaliados ao ambiente por 0, 4, 7 e 12 dias a 25,8 ± 0,6 oC e 96 ± 4 % de UR. Fortaleza – CE, 2001. Tempo Xc Xt (0,01) Resultado
0 0,27 - nsAroma 4
4,75 13,3 ns7 1,80 13,3 ns12 3,41 13,3 ns0 3,55 - ns
Cor 4
2,64 13,3 ns7 17,95 13,3 *12 20,76 13,3 *0 5,61 - ns
Firmeza 4
2,52 13,3 ns7 10,17 13,3 ns12 5,95 13,3 ns
* = significativo; ns = não significativo
197
198
QUADRO 36. Resultados da análise sensorial do Ensaio IV para a característica Aroma de mangas ‘Tommy Atkins’ submetidas às doses de 0 e 100 nL.L-1 e armazenadas sob refrigeração por 35 dias a 11,1 ± 1,4oC e 86,2 ± 3,6 % de UR e avaliados ao ambiente por 0, 4, 7 e 12 dias a 25,8 ± 0,6 oC e 96 ± 4 % de UR. Fortaleza – CE, 2001. Tempo Xc Xt (0,01) Resultado 0 15,33 - *
Aroma 4
4,05 13,3 ns7 9,94 13,3 ns12 4,14 13,3 ns0 0,22 - ns
Cor 4
8,17 13,3 ns7 10,86 13,3 ns12 31,99 13,3 *0 14,13 - *
Firmeza 4
9,47 13,3 ns7 11,69 13,3 ns12 4,20 13,3 ns
* = significativo; ns = não significativo
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