manual de instruções rgr - procel sanear - agosto-2010
Post on 07-Jul-2016
225 Views
Preview:
DESCRIPTION
TRANSCRIPT
agosto/2010
Manual de Instruçõespara Utilização da RGR
ELETROBRASAv. Presidente Vargas, 409 - 13º andar - CentroRio de Janeiro - RJ - Brasil CEP 22210-030Tel: (21) 2514-5151www.eletrobras.comeletrobr@eletrobras.com
PROCEL – Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica Av. Rio Branco, 53 / 14º, 15º, 19º e 20º andares - Centro Rio de Janeiro - RJ - Brasil CEP 20090-004 www.eletrobras.com/procel procel@eletrobras.com Ligação Gratuita – 0800 560 506
PROCEL SANEAR – Efi ciência Energética no Saneamento Ambiental Av. Rio Branco, 53 / 15º andar - Centro Rio de Janeiro - RJ - Brasil CEP 20090-004 www.eletrobras.com/procel procel@eletrobras.com Ligação Gratuita – 0800 560 506
TODOS OS DIREiTOS RESERVADOS - É proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio. A
violação dos direitos de autor (Lei no. 9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal.
ELETROBRAS/PROCEL
PresidênciaJosé Antônio Muniz Lopes
Diretoria de TecnologiaUbirajara Rocha Meira
Departamento de Projetos de Efi ciência EnergéticaFernando Pinto Dias Perrone
Divisão de Efi ciência Energética na Industria e ComércioMarco Aurélio Ribeiro Gonçalves Moreira
EQUIPE TÉCNICA
ELETROBRAS/PROCEL
Equipe PROCEL SANEARDenise Pereira BarrosEduardo Ramos DuarteLuciana Dias Lago MachadoMarco Aurélio Ribeiro Gonçalves MoreiraMarcus Paes BarretoSimone Ribeiro Matos
Equipe CEPELAirton Sampaio GomesOsvaldo Luiz Cramer de OteroPaulo da Silva Capella
DiagramaçãoKelli Cristine Mondaini
ImpressãoGráfi ca da Eletrobras
SumárioAPRESENTAÇÃO.................................................................................................................................................................7
1. O PROGRAMA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NO SANEAMENTO AMBIENTAL – PROCEL SANEAR .......................7
1.1. OBJETIVO E CARACTERÍSTICAS GERAIS ................................................................................................................................. 7
1.2. ARTICULAÇÃO DO PROCEL SANEAR COM OS PRESTADORES DE SERVIÇO DE SANEAMENTO ....................................... 7
2. CONDIÇÕES GERAIS DE FINANCIAMENTO ..............................................................................................................8
2.1. APLICAÇÃO DOS RECURSOS ................................................................................................................................................. 8
2.2. CONDIÇÕES FINANCEIRAS ..................................................................................................................................................... 8
3. ETAPAS DO PROCESSO DE FINANCIAMENTO.........................................................................................................10
3.1. CONDIÇÕES PARA A HABILITAÇÃO ..................................................................................................................................... 10
3.2. ANÁLISE DOS PROJETOS ....................................................................................................................................................... 10
3.2.1. ANÁLISE TÉCNICA ...................................................................................................................................................... 11
3.2.2. ANÁLISE ORÇAMENTÁRIA ......................................................................................................................................... 11
3.2.3. ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA ....................................................................................................................... 11
3.3. LIBERAÇÃO DOS RECURSOS ................................................................................................................................................. 12
4. ACOMPANHAMENTO E SUPERVISÕES DO PROGRAMA .......................................................................................14
4.1. ACOMPANHAMENTO ............................................................................................................................................................ 14
4.2. SUPERVISÃO FÍSICA ................................................................................................................................................................ 14
4.3. SUPERVISÃO FINANCEIRA...................................................................................................................................................... 15
ANEXO I - CARTA MODELO ............................................................................................................................................16
ANEXO II - MODELO DOS FORMULÁRIOS ......................................................................................................................17
ANEXO III - TIPOS DE PROJETOS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM SANEAMENTO FINANCIÁVEIS PELA RGR ...........19
1. TIPOS DE PROJETOS ACEITOS .............................................................................................................................................. 19
1.1. PROJETOS PARA OTIMIZAÇÃO DE SISTEMAS DE BOMBEAMENTO ........................................................................ 19
1.1.1. PROJETOS QUE REDUZEM A ALTURA MANOMÉTRICA DE BOMBEAMENTO ...............................................19
1.1.2. PROJETOS QUE MELHORAM O RENDIMENTO DE EQUIPAMENTOS .............................................................20
1.1.3. PROJETOS DE MODULAÇÃO DE CARGA COM O USO DE INVERSORES DE FREQÜÊNCIA ......................21
1.2. PROJETOS DE MODULAÇÃO DE CARGA QUE DESLOCAM OU REDUZEM A DEMANDA DO HORÁRIO DA PONTA ......................................................................................................................................................................... 22
1.2.1. PROJETOS QUE OTIMIZAM A RESERVAÇÃO COM AUMENTO DO BOMBEAMENTO FORA DO HORÁRIO DA PONTA ........................................................................................................................................................22
1.3. OUTROS ....................................................................................................................................................................... 23
1.3.1. INOVAÇÃO TECNOLÓGICA ...........................................................................................................................23
ANEXO IV – ROTEIRO PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS .......................................................................................24
1. GENERALIDADES ................................................................................................................................................................... 24
2. APRESENTAÇÃO DOS PROJETOS ......................................................................................................................................... 25
2.1. PROJETOS PARA OTIMIZAÇÃO DE SISTEMAS DE BOMBEAMENTO (ITENS 1.1.1. E 1.1.2. DO ANEXO III) ............. 25
2.2. PROJETOS PARA MODULAÇÃO DE CARGA COM O USO DE INVERSORES DE FREQÜÊNCIA (ITEM 1.1.3. DO ANEXO III) ................................................................................................................................................................... 31
2.3. PROJETOS PARA DESLOCAMENTO DA DEMANDA DA PONTA PELA OTIMIZAÇÃO DA RESERVAÇÃO SETORIAL EXISTENTE COM AUMENTO DA TAXA DE BOMBEAMENTO FORA DA PONTA (ITEM 1.2.1. DO ANEXO III) .......... 37
3. SÍNTESE DO PROGRAMA ....................................................................................................................................................... 42
ANEXO V - CRITÉRIOS PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DOS PROJETOS .....................................................................45
1. CÁLCULO DA RELAÇÃO BENEFÍCIO/CUSTO - RBC ............................................................................................................ 45
1.1. PREMISSAS .................................................................................................................................................................. 45
ANEXO VI - MODELO DE RELATÓRIO DO ANDAMENTO DA EXECUÇÃO FÍSICA.......................................................51
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................................................... 51
2. RELATÓRIO DE ANDAMENTO DO CRONOGRAMA FÍSICO ................................................................................................ 51
3. CONTEÚDO DO RELATÓRIO DA EXECUÇÃO DE CADA ETAPA ......................................................................................... 52
4. SUPERVISÕES ........................................................................................................................................................................... 52
5. COMENTÁRIOS GERAIS (CASO A EMPRESA JULGUE NECESSÁRIO).................................................................................. 52
Anexos
7Manual de Instruções para Utilização da RGR
APRESENTAÇÃO
Este Manual apresenta os critérios e os procedimentos destinados a orientar as Concessionárias de
Energia Elétrica na apresentação de projetos de efi ciência energética em sistemas de abastecimento
de água e de esgotamento sanitário, no âmbito do Programa de Efi ciência Energética no Saneamento
Ambiental - PROCEL SANEAR através da utilização de recursos da Reserva Global de Reversão – RGR1.
1. O PROGRAMA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NO SANEAMENTO AMBIENTAL – PROCEL SANEAR
1.1. OBJETIVO E CARACTERÍSTICAS GERAIS
A Eletrobras, através do Programa de Efi ciência Energética no Saneamento Ambiental – PROCEL
SANEAR tem incentivado a apresentação de projetos, em nível nacional, de efi ciência energética
no setor de saneamento ambiental por meio da sinergia do polinômio água, energia, meio ambiente
e saúde. O PROCEL SANEAR tem como principais objetivos:
• Promover ações que visem ao uso efi ciente de energia elétrica e água em sistemas de
saneamento ambiental, incluindo os consumidores, segundo uma visão integrada de
utilização desses recursos;
• Incentivar o uso efi ciente dos recursos hídricos, como estratégia de prevenção à escassez
de água destinada à geração hidroelétrica;
• Contribuir para a universalização dos serviços de saneamento ambiental, com menores
custos para a sociedade e benefícios adicionais nas áreas de saúde e de meio ambiente.
Os projetos de efi ciência energética em sistemas de abastecimento de água ou esgotamento sanitário
deverão apresentar ações que resultem em redução do consumo de energia elétrica e da demanda
na ponta por meio de intervenções no processo produtivo. Para assegurar esses requisitos, tecnologias
e processos mais efi cientes deverão ser utilizados, observando os princípios de conservação de
energia e as normas técnicas específi cas vigentes, além dos critérios e procedimentos técnicos e
econômicos estabelecidos pelo PROCEL SANEAR.
1.2. ARTICULAÇÃO DO PROCEL SANEAR COM OS PRESTADORES DE SERVIÇO DE SANEAMENTO
Os projetos serão implementados pelas concessionárias de energia elétrica através de contratos com
os entes prestadores de serviços de saneamento municipais ou estaduais em sua área de abrangência.
Caberá aos prestadores de serviços de saneamento a iniciativa de enviar a proposta para realização
do projeto à concessionária de energia elétrica, de acordo com os critérios estabelecidos neste
Manual.
Os recursos a serem aportados para a implementação dos projetos serão provenientes da RGR, com
uma contrapartida das concessionárias de energia elétrica e/ou outros agentes envolvidos.
1 Reserva Global de Reversão - RGR – fundo federal constituído com recursos provenientes de quotas incidentes sobre os investimentos em instalações e serviços da Concessionária de Energia Elétrica, de acordo com as leis nº 10.438 de 26.04.2002 e nº 5.655 de 20.05.1971. Esta fonte de fi nanciamento é administrada pela ELETROBRÁS.
8 Manual de Instruções para Utilização da RGR
2. CONDIÇÕES GERAIS DE FINANCIAMENTO
Os projetos serão fi nanciados às concessionárias de energia elétrica e poderão contemplar uma ou
mais modalidades de projetos de efi ciência energética oferecidas pelo PROCEL SANEAR, conforme
descrito no Anexo III.
Caberá à concessionária de energia elétrica o envio da proposta do projeto à Eletrobras para a
análise da viabilidade técnica e fi nanceira, de acordo com os critérios estabelecidos neste Manual.
O valor do fi nanciamento corresponderá a até 75% do valor total do projeto. O restante constituirá a
contrapartida das concessionárias, que poderá ser feita por meio de serviços próprios como: obras
civis, mão de obra e outros necessários à execução do projeto.
2.1. APLICAÇÃO DOS RECURSOS
Os recursos da RGR destinam-se a cobrir parte (até 75%) dos custos totais dos projetos apresentados
e devem ser destinados preferencialmente para aquisição de equipamentos e materiais.
Os recursos também podem ser utilizados para serviços necessários à consecução do projeto tais
como medições hidráulicas e elétricas, cadastro técnico, cursos, treinamentos e capacitações.
Não serão fi nanciados projetos de geração de energia elétrica, exceto:
• os que utilizem micro turbinas associadas ao aproveitamento de pressão em sistemas
adutores;
• os que estejam relacionados aos tipos de projetos em efi ciência energética em saneamento
descritos no Anexo III e que não gerem excedentes de energia para comercialização.
2.2. CONDIÇÕES FINANCEIRAS
• Taxa de Juros - 5% (cinco por cento) ao ano, calculada “pro rata temporis” sobre o saldo
devedor corrigido, com vencimento mensal e paga no dia 30 (trinta) de cada mês e
incorporada ao saldo devedor durante o período de carência;
• Taxa de Administração - 1,5% (um e meio por cento) ao ano, calculada “pro rata temporis”
sobre o saldo devedor corrigido, com vencimento mensal e paga no dia 30 (trinta) de cada
mês, a partir da liberação da parcela de assinatura;
• Comissão de Reserva de Crédito – A Concessionária pagará uma comissão de reserva de
crédito de 1% (um por cento) ao ano, com vencimento mensal e paga no dia 30 (trinta) de
cada mês, até o encerramento do crédito, calculada sobre o saldo não desembolsado do
crédito, contada a partir da liberação da parcela de assinatura;
FONTE DOS RECURSOS PARTICIPAÇÃO
ELETROBRÁS – RGR Até 75%
Concessionárias Pelo menos 25%
9Manual de Instruções para Utilização da RGR
• Carência - até 24 (vinte e quatro) meses, ajustada ao cronograma de execução dos projetos
e contada a partir da efetiva liberação da parcela de assinatura. Em caso de encerramento
antecipado do crédito, o vencimento da carência deverá ser antecipado para 60 (sessenta)
dias contados a partir da data efetiva do encerramento do crédito determinado pela
Eletrobras;
• Amortização – O saldo devedor do contrato será amortizado em 60 (sessenta) parcelas
mensais, iguais e sucessivas, representadas por igual número de Notas Promissórias,
vencendo-se a primeira no dia 30 (trinta) do mês subseqüente ao do término da carência.
A Concessionária emitirá, no ato de cada liberação de recursos, Nota Promissória, no valor
da respectiva parcela liberada, vencível no dia 30 (trinta) do mês subseqüente ao término
da carência. Essas Notas Promissórias serão restituídas à Concessionária quando da entrega
à Eletrobras das Notas Promissórias referentes à amortização;
• Juros de Mora e Multa – No caso de atraso de pagamento por parte da Concessionária,
esta fi cará, na data do vencimento do pagamento devido, imediatamente constituído
em mora, independentemente de interpelação ou notifi cação judicial ou extrajudicial ou
protesto, pelo que pagará a Eletrobras juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, mais
multa de 10% (dez por cento), ambas calculadas sobre a parcela em atraso devidamente
corrigida monetariamente;
• Reajuste do Saldo Devedor – Será efetivado anualmente, na data de aniversário do contrato,
com base na variação “pro rata temporis” do índice estabelecido pela legislação vigente
para correção dos débitos de fi nanciamento de recursos da RGR. No caso de extinção do
índice adotado, este será substituído por outro ofi cial, devidamente aprovado pelo Conselho
de Administração da Eletrobras - CAE;
• Encerramento do Crédito – A parcela do crédito contratual não utilizada até o vencimento
da carência será cancelada sem necessidade de comunicação prévia à Concessionária.
Se a utilização do crédito for interrompida por 6 (seis) meses consecutivos, contados a partir
da última liberação dos recursos, o crédito poderá ser encerrado e o saldo contratual,
não liberado, cancelado pela Eletrobras, independente de comunicação prévia à
Concessionária.
10 Manual de Instruções para Utilização da RGR
3. ETAPAS DO PROCESSO DE FINANCIAMENTO
O fi nanciamento para a execução dos projetos incluídos no PROCEL SANEAR se dará através da
formalização de Contratos de Financiamento entre Eletrobras e a Concessionária de Energia Elétrica,
com recursos oriundos da Reserva Global de Reversão – RGR, nos quais as aberturas de crédito serão
defi nidas com base em projeto(s) executivo(s) e documentos apresentados pela Concessionária.
A Concessionária poderá se habilitar a mais de um contrato de fi nanciamento, ao longo do período
do programa de gestão energética por ela traçado, desde que o objeto do novo projeto apresentado
seja diferente do(s) anterior(es).
Satisfeitas todas as exigências do PROCEL SANEAR para a concessão do fi nanciamento, descritas
em 3.1, inclusive as análises de viabilidade técnica, orçamentária e econômica-fi nanceira do(s)
projeto(s) apresentado(s) e a defi nição do montante a ser fi nanciado, a solicitação da concessionária
será submetida à aprovação da Diretoria Executiva e do Conselho de Administração da Eletrobras,
instâncias superiores de deliberação.
3.1. CONDIÇÕES PARA A HABILITAÇÃO
Para se habilitar ao fi nanciamento, no âmbito do PROCEL SANEAR, a Concessionária de Energia
Elétrica terá que apresentar, previamente, à Eletrobras:
• Solicitação de Participação no PROCEL SANEAR, através de carta, conforme modelo
apresentado no ANEXO I deste Manual, informando à Eletrobras o objetivo em que se
fundamenta o pedido, os resultados a serem alcançados com a implantação do(s) projeto(s)
e o valor do fi nanciamento pretendido para cada uma das modalidades fi nanciáveis:
redução do consumo/demanda e/ou deslocamento da demanda na ponta e/ou inovação
tecnológica.
• Documentação que constitui o ANEXO II deste Manual:
- Informações Cadastrais;
- Declaração de Adimplência;
• Projetos detalhados de acordo com o ANEXO IV deste Manual “Roteiro para Elaboração
de Projetos de Efi ciência Energética em Saneamento”.
Todos os documentos citados acima devem ser apresentados em papel timbrado da
concessionária e encaminhados à Diretoria de Tecnologia da Eletrobras.
3.2. ANÁLISE DOS PROJETOS
O(s) projeto(s) apresentado(s) será(ão) analisado(s) sob o ponto de vista técnico e econômico-
fi nanceiro, de acordo com os critérios, procedimentos e metodologia descritos no Anexo III -
“Roteiro para Elaboração de Projetos de Efi ciência Energética em Saneamento”. Será(ão) também
analisado(s) sob o ponto de vista orçamentário.
11Manual de Instruções para Utilização da RGR
3.2.1. ANÁLISE TÉCNICA
A análise técnica dos projetos tem como principal objetivo verifi car a observância dos requisitos de
efi ciência energética e o atendimento dos critérios básicos recomendados pelas normas técnicas,
incluindo:
• consistência técnica e adequação do projeto com relação aos objetivos do Procel Sanear
descritos no item 1.1;
• utilização de materiais e equipamentos que proporcionem a melhoria da efi ciência do uso
da energia elétrica no saneamento, sem prejuízo dos níveis satisfatórios de qualidade. Para
orientação, são também apresentadas no ANEXO III informações técnicas de procedimentos
de efi ciência energética para o setor de saneamento;
• adequação dos prazos para a execução dos projetos, de acordo com a estrutura e os
recursos técnico-operacionais propostos.
3.2.2. ANÁLISE ORÇAMENTÁRIA
A análise orçamentária tem como fi nalidade verifi car a composição dos custos das ações fi nanciáveis
com recursos da RGR estabelecidas no item 2.1. e compará-los com os valores de mercado.
Havendo discrepância signifi cativa entre os preços apresentados no projeto, a concessionária terá
um prazo, estipulado pela Eletrobras, para apresentar justifi cativas, sob pena de glosa no valor a ser
fi nanciado.
3.2.3. ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA
Os projetos de efi ciência energética nos sistemas de saneamento terão que resultar em benefícios
tangíveis de redução de demanda e de economia de energia elétrica, parâmetros necessários aos
estudos de viabilidade econômico-fi nanceira.
Somente serão recomendados como aptos ao fi nanciamento, os projetos que se apresentarem
viáveis economicamente, através da relação benefício/custo favorável a sua implantação (RBC>1),
de acordo com a metodologia adotada pela Eletrobras, apresentada no ANEXO V deste Manual.
A relação benefício-custo é obtida com a comparação do investimento evitado na expansão do
sistema elétrico, com base nas reduções de demanda e energia obtidas na implantação do(s)
projeto(s) com investimento total em efi ciência energética, anualizado, considerando a vida útil de
cada equipamento.
12 Manual de Instruções para Utilização da RGR
3.3. LIBERAÇÃO DOS RECURSOS
Os recursos do fi nanciamento serão liberados às Concessionárias em conformidade com as condições
descritas no quadro a seguir:
Percentual de liberação
do valor do contrato
Condições a serem cumpridas para liberação de recursos nos limites
do Cronograma Financeiro do Projeto
10%Parcela de assinatura contratual, correspondente à primeira etapa estabelecida no cronograma físico e fi nanceiro.
11% até 90%
As demais parcelas a serem liberadas devem corresponder às demais etapas estabelecidas nos cronogramas físico e fi nanceiro.Para solicitação da liberação de cada parcela, a concessionária deverá comprovar à ELETROBRÁS a conclusão da etapa anterior por meio dos seguintes documentos:(i) Prestação de Contas com o Relatório de Utilização de Recursos, demonstrando a aplicação no projeto dos recursos já liberados pela ELETROBRÁS e dos recursos de contrapartida;(ii) Relatório de Andamento Físico do projeto;(iii) Solicitação de supervisão física e fi nanceira.A liberação dos recursos ocorrerá após análise e aceitação dos itens (i) e (ii) e execução do item (iii) por parte da ELETROBRÁS.
91% até 100%(ajuste fi nal)
Para solicitação da liberação dessa última parcela, a concessionária deverá comprovar à ELETROBRÁS a conclusão do projeto por meio dos seguintes documentos:(i) Prestação de Contas Final com o Relatório de Utilização de Recursos, demonstrando a aplicação no projeto dos recursos já liberados pela ELETROBRÁS e dos recursos de contrapartida;(ii) Relatório de Andamento Físico Final do projeto;(iii) Solicitação de supervisão física e fi nanceira.A liberação dos recursos ocorrerá após análise e aceitação dos itens (i) e (ii) e execução do item (iii) por parte da ELETROBRÁS.A liberação dessa parcela, se houver, será destinada ao ressarcimento à concessionária dos recursos fi nanceiros aplicados no projeto acima de 90% e limitados a 100%, devidamente comprovados pelas supervisões física e fi nanceira fi nais. Este mecanismo destina-se a levar em conta eventuais diferenças que podem ocorrer entre os orçamentos previsto e realizado.
Observação: A assinatura do instrumento contratual para a obtenção de fi nanciamento utilizando
recursos da RGR durante o período eleitoral poderá acarretar o adiamento do início do repasse dos
seus respectivos recursos, nos termos da legislação e regulamentação eleitoral vigente.
13Manual de Instruções para Utilização da RGR
Além destes requisitos, as liberações estarão sujeitas ao cumprimento das seguintes condições:
• A liberação da parcela de assinatura contratual, pela Eletrobras, está condicionada à efetiva
apresentação, pela Concessionária, de autorização da Secretaria do Tesouro Nacional, que
ateste a capacidade de endividamento dos Entes Federativos a serem benefi ciados pelo
programa contratado, quando os mesmos fi rmarem com a Concessionária instrumentos
contratuais que gerem obrigações de natureza pecuniária;
• Adimplência com os compromissos especifi cados no artigo 6º da Lei 8.631/93 e legislação
subseqüente , inclusive perante à Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, de acordo
com o inciso III do artigo 1º da Resolução nº 164/98 e inexistência de registro de obrigação
junto ao Cadastro Informativo (Cadin), nos termos do artigo 6º da Lei 10.522/02;
• A emissão, em favor e a critério da Eletrobras, de nota promissória correspondente ao valor
da parcela liberada;
• Apresentação das garantias contratuais e sua complementação, se necessária;
• Registro do Contrato de Financiamento em Cartório de Registro de Títulos e Documentos
de domicílio da Concessionária ou na cidade do Rio de Janeiro;
• Disponibilidade de recursos da RGR para atendimento ao programa fi nanciado de acordo
com as prioridades aprovadas;
• Comprovação da execução física, de acordo com o projeto aprovado pela Eletrobras;
• Comprovação do aporte de recursos próprios e de outras fontes para os projetos, conforme
a estrutura fi nanceira prevista;
• Comprovação da aplicação no projeto dos recursos liberados pela Eletrobras. A não
comprovação da aplicação integral de qualquer parcela no prazo de 6 (seis) meses
contados a partir da data de sua liberação, ou sua aplicação indevida, importará na
restituição, no prazo de 72 (setenta e duas) horas do recebimento de aviso, por escrito, da
Eletrobras, independentemente de interpelação judicial ou extrajudicial, da importância
a ela correspondente, corrigida pela variação do IGP-M no período, ou em caso de sua
extinção outro índice elaborado pelo Governo Federal e adotado pelo Conselho de
Administração da Eletrobras, acrescida de multa de 10% (dez por cento) e de juros de mora
de 12% (doze por cento) ao ano.
Além de atender as condições acima a Concessionária deverá abrir uma conta corrente específi ca
para movimentação dos créditos decorrentes do contrato, servindo esta conta como um instrumento
de destinação dos recursos liberados à execução do projeto aprovado pela Eletrobras.
14 Manual de Instruções para Utilização da RGR
4. ACOMPANHAMENTO E SUPERVISÕES DO PROGRAMA
4.1. ACOMPANHAMENTO
Durante a realização das atividades constantes no cronograma físico do projeto, a Eletrobras/PROCEL
SANEAR efetuará contatos regulares com a concessionária visando acompanhar os resultados obtidos
de modo a garantir o(s) objetivo(s) contratado(s). O acompanhamento será a atividade sinalizadora,
para a Eletrobras, da necessidade de realização de supervisão(ões) local(ais), com vistas à nova
liberação de recursos.
4.2. SUPERVISÃO FÍSICA
A supervisão física é uma exigência contratual da Eletrobras para a liberação das parcelas do
fi nanciamento, consecutivas à da assinatura do contrato, e tem como principal fi nalidade comprovar,
“in loco,” a realização parcial/fi nal das metas contratadas.
A supervisão física visa:
• Comprovar a instalação dos materiais/equipamentos em conformidade com suas
características especifi cadas contratualmente;
• Verifi car as trocas/instalações das tecnologias adotadas e a qualidade do serviço alcançado,
apurado por meio de leituras realizadas com equipamentos apropriados;
• Verifi car a adequação do projeto aos critérios e parâmetros estabelecidos pelas normas
técnicas vigentes e pelo PROCEL SANEAR;
• Atestar o cumprimento de todas as condições estabelecidas no contrato de fi nanciamento;
• Comprovar a fi xação da(s) placa(s) da Eletrobras com a logomarca do PROCEL SANEAR
conforme especifi cado no Contrato de Financiamento.
Para ser agendada uma supervisão física, a concessionária tem que formalizar o pedido, préviamente
à Eletrobras, através de carta, anexando o Relatório de Acompanhamento da Execução Física do(s)
projeto(s), conforme modelo constante do Anexo VI deste Manual, e encaminhá-lo ao Departamento
de Projetos de Efi ciência Energética - DTP.
Independentemente do pedido de supervisão física pela concessionária, essa terá, a qualquer
tempo durante a vigência do contrato, que prestar informações sobre o desenvolvimento físico do(s)
projeto(s), à satisfação da Eletrobras.
15Manual de Instruções para Utilização da RGR
4.3. SUPERVISÃO FINANCEIRA
A supervisão fi nanceira também é uma exigência contratual da Eletrobras para a liberação das
parcelas do fi nanciamento consecutivas à da assinatura do contrato, e tem como principal fi nalidade,
analisar, “in loco”, a documentação comprobatória dos gastos efetuados pela concessionária no
contrato fi nanciado (notas fi scais, faturas, recibos, etc.), alocados conforme distribuição constante
na tabela orçamentária do(s) projeto(s).
Para ser agendada uma supervisão fi nanceira a concessionária tem que formalizar o pedido,
préviamente à ELETROBRAS, através de carta, anexando relatório de utilização parcial ou total dos
recursos demonstrando a execução fi nanceira do(s) projeto(s), e encaminhá-lo ao Departamento
de Administração de Investimentos - DFI.
Independentemente do pedido de supervisão fi nanceira pela concessionária, essa terá, a qualquer
tempo, que prestar informações sobre a utilização dos recursos liberados, à satisfação da Eletrobras.
16 Manual de Instruções para Utilização da RGR
ANEXO I - CARTA MODELO
SOLICITAÇÃO DE PARTICIPAÇÃO DA CONCESSIONÁRIA
Ao Senhor(Nome do Diretor de Tecnologia da Eletrobras)Diretor de Tecnologia da EletrobrasAv. Presidente Vargas, 409 – 13º AndarCEP: 20071-003 – Centro, Rio de Janeiro/RJAssunto: Participação da (concessionária) em projetos com recursos da RGR no PROCEL SANEAR.
Senhor Diretor,
Estamos encaminhando as informações e os documentos necessários para participação da
(concessionária) em projetos com utilização dos recursos da RGR no PROCEL SANEAR.
Dos(s) projeto(s) detalhado(s), ora anexado(s), e constante(s) de nosso programa, é(são) previsto(s):
(informar o(s) tipo(s) de projeto(s) proposto(s), conforme defi nido(s) no anexo III, e a(s) melhoria(s)
provida(s) por este(s))
Para a realização deste(s) projeto(s) é necessário um investimento de R$ (valor por extenso), para
o(s) qual(is) solicitamos o fi nanciamento de (...) %.
O cumprimento do(s) projeto(s) acima citado(s) proporcionará(ão) uma redução de (...) kW de
demanda no horário da ponta do sistema elétrico e, conseqüentemente, uma economia no consumo
de energia elétrica de (...) MWh/ano.
Na expectativa de pronunciamento favorável de Vossa Senhoria, colocamo-nos à disposição para
quaisquer esclarecimentos adicionais que se fi zerem necessários.
Atenciosamente,
(informar nome do signatário e cargo)
Anexos: Documentos de participação da concessionária e Projeto(s) detalhado(s).
17Manual de Instruções para Utilização da RGR
ANEXO II - MODELO DOS FORMULÁRIOS
INFORMAÇÕES CADASTRAIS
Denominação ou Razão Social do proponente (por extenso): Sigla:
Insc. Estadual:
C.G.C.:
Endereço para contato:
Bairro: Cidade: UF: CEP:
Telefone: Ramal: Fax:
Nome(s) para contato: Cargo(s): Telefone:
18 Manual de Instruções para Utilização da RGR
DECLARAÇÃO DE ADIMPLÊNCIA
Declaramos que a empresa está adimplente com todos os compromissos especifi cados no
Artigo 6º da Lei Nº 8.631/93 e legislação subseqüente e não possui inadimplências registradas, nesta
data, no Cadastro Informativo (CADIN) criado pelo Decreto Nº 1.006 de 09.12.1993.
Declaramos também, que estamos cientes da obrigatoriedade da consulta prévia ao CADIN,
pelos órgãos e entidades que o integram, como parte do processo de aprovação das operações
descritas no Artigo 3º do decreto supracitado.
___________________, ____ de _________________ de _____.
Diretor
Diretor
19Manual de Instruções para Utilização da RGR
ANEXO III - TIPOS DE PROJETOS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM SANEAMENTO FINANCIÁVEIS PELA RGR
Este anexo destina-se a orientar as Concessionárias de Energia Elétrica na elaboração de projetos
efi cientes tendo em vista a concessão de fi nanciamento, com recursos da Reserva Global de
Reversão – RGR, pela Eletrobras, no âmbito do Programa de Efi ciência Energética no Saneamento
Ambiental – PROCEL SANEAR.
1. TIPOS DE PROJETOS ACEITOS
1.1. PROJETOS PARA OTIMIZAÇÃO DE SISTEMAS DE BOMBEAMENTO
Este tipo de projeto tem com principal objetivo reduzir o consumo de energia elétrica em instalações
de bombeamento por meio da melhoria da efi ciência dos processos envolvidos nos sistemas de
bombeamento tais como a substituição de tubulações, conexões e acessórios, válvulas, motores,
bombas, por outros de efi ciência mais elevada; utilização de inversores de freqüência e/ou
otimização operacional por automação. As medidas adotadas para redução de consumo poderão
eventualmente propiciar a redução de demanda no horário da ponta e fora da ponta.
1.1.1. PROJETOS QUE REDUZEM A ALTURA MANOMÉTRICA DE BOMBEAMENTO
Sendo a altura manométrica uma grandeza que impacta de forma diretamente proporcional na
potência demandada pelo sistema (assim como a vazão), sua manutenção nos menores patamares
possíveis deve ser convenientemente estudada. Boa parte dos bombeamentos existentes nos sistemas
de saneamento no Brasil foi projetada e construída sem que os gastos com energia constituíssem
uma preocupação fundamental, uma vez que este custo era subsidiado e a energia mais barata
e abundante que atualmente.
Nos casos em que a tubulação de recalque passa por uma cota superior à cota do ponto de
destino da água bombeada, a construção de um caminho alternativo que possa reduzir a altura
geométrica de recalque deve ser considerada em termos de viabilidade técnica e econômica.
Os estudos devem ser apoiados por medições topográfi cas e análise das difi culdades e possíveis
interferências no novo percurso.
Para reduzir as perdas de carga nos sistemas de bombeamento, algumas das seguintes medidas
podem se tornar factíveis, técnica e economicamente:
a) Reforço ou troca das tubulações de recalque, por outras de menor aspereza e/ou maior
diâmetro;
b) Limpeza ou revestimento de tubulações;
c) Eliminação de ar do sistema, pela introdução de dispositivos anti-vórtice nos tanques de
sucção e de ventosas em pontos adequados do sistema de recalque;
d) Eliminação de perdas de carga singulares em barriletes de entrada e saída das elevatórias,
por meio de reconfi guração geométrica das tubulações; aumento de diâmetro; substituição
de peças e válvulas de controle por outras mais efi cientes ou tecnologias mais efi cientes;
20 Manual de Instruções para Utilização da RGR
e) Redução da vazão bombeada pelo sistema, acarretando menor custo energético
específi co, seja devido à incorporação de suprimentos alternativos de água mais econômicos
ou redução das perdas reais de água;
f) Automação, para assegurar a confi abilidade e a racionalidade da operação.
A redução das perdas de carga no sistema de bombeamento em estudo deve ser demonstrada
tendo como base medições confi áveis de vazão nas linhas de recalque; medições de todos os
parâmetros elétricos individualizados por equipamento da instalação em estudo; pressão na sucção
e no recalque da(s) bomba(s) e na linha de recalque imediatamente a jusante do barrilete, e em
outros pontos cabíveis, na perfeita caracterização dos desníveis geométricos e com a utilização
de cálculos hidráulicos pertinentes e adequados ao caso. As medidas de vazão e pressão e dos
parâmetros elétricos devem ter registros simultâneos não superiores a 15 minutos entre as medidas,
preferencialmente por meios eletrônicos e durarem um ciclo não inferior a sete dias contínuos.
1.1.2. PROJETOS QUE MELHORAM O RENDIMENTO DE EQUIPAMENTOS
Os conjuntos moto bombas são os equipamentos cujo consumo de energia é o mais signifi cativo
em instalações de abastecimento de água. São utilizados tanto na captação da água bruta, para
levar a água até a estação de tratamento, como nas elevatórias de água tratada, para alimentar
a rede de distribuição diretamente ou através de reservatórios estrategicamente localizados.
O dimensionamento dos conjuntos deve ser feito a partir dos requisitos de vazão e altura manométrica
dos sistemas, do que decorre a necessidade de executar medições das grandezas hidráulicas como
etapa fundamental da atividade.
O rendimento do conjunto é a relação entre a potência hidráulica de saída (função da vazão e da
altura manométrica na bomba) e a potência elétrica de entrada (função da tensão de alimentação,
da corrente e do fator de potência) no motor. Medições elétricas e hidráulicas simultâneas garantem
a precisa determinação do rendimento do conjunto, porém a medição dos rendimentos do motor
e da bomba isoladamente exige meios não disponíveis usualmente no campo; dados de catálogo
dos fabricantes são então utilizados, e os rendimentos dos componentes são multiplicados e podem
ser comparados ao valor medido.
Baixos rendimentos do conjunto são atribuíveis a: rotores mal dimensionados ou desgastados; motores
sub ou superdimensionados; motores já rebobinados; projeto obsoleto dos componentes etc..
Convém observar que a simples substituição de equipamentos não garante necessariamente os
ganhos, visto que as condições do sistema podem ser limitantes da efi ciência do equipamento,
seja por questões operacionais, seja por questões físicas decorrentes do estado, especifi cação
e dimensionamento das tubulações. Por este motivo, projetos deste tipo só serão aceitos se for
comprovada a otimização do sistema como um todo.
Quando as medições dos parâmetros hidráulicos não indicarem valores constantes, o cálculo da
economia projetada deverá levar em conta os valores efetivos da potência elétrica correspondente
e o rendimento do conjunto para cada situação, uma vez que o rendimento é função do ponto
de operação.
21Manual de Instruções para Utilização da RGR
As medições elétricas e hidráulicas para verifi cação dos resultados deverão ter registros simultâneos
não superiores a 15 minutos entre as medidas, preferencialmente por meios eletrônicos e durarem
um ciclo não inferior a sete dias contínuos.
Para melhorar o rendimento de equipamentos, algumas das seguintes medidas podem se tornar
factíveis, técnica e economicamente:
• Troca de motores por outros de rendimento superior;
• Troca ou intervenções de melhoria nas características de bombas;
• Automação para assegurar confi abilidade e precisão da operação;
Da mesma forma, equipamentos para partida de motores (chaves compensadoras, soft-starters etc.)
são considerados passíveis de inclusão nesta modalidade, reduzindo o estresse dos equipamentos
e da rede. Outro aspecto a considerar é o dimensionamento dos transformadores das subestações
alimentadoras em Média ou Alta Tensão, visando a obter o correto equilíbrio entre custo e
confi abilidade.
A reforma das instalações elétricas (subestações; quadros de comando, medição e proteção;
cablagem; aterramento), mesmo sem atribuição específi ca de economia de energia, é também
considerada elegível, desde que justifi cada por motivos de segurança, qualidade da energia,
confi abilidade e continuidade do suprimento e associada a medidas de efi ciência energética.
Medidas administrativas, assim chamadas, dentre outras, as medidas de adequação tarifária e
instalação de bancos de capacitores para melhoria do fator de potência, não são passíveis de
fi nanciamento nesta modalidade.
1.1.3. PROJETOS DE MODULAÇÃO DE CARGA COM O USO DE INVERSORES DE FREQÜÊNCIA
A pressurização direta das redes de distribuição de água por meio de boosters é bastante freqüente
nos sistemas públicos de abastecimento de água, nem sempre com reservatórios de jusante. Este
tipo de situação pode indicar o uso de inversores como mecanismos de modulação de carga, já
que normalmente a demanda de água varia ao longo das horas do dia. Assim, com um mecanismo
de feed-back como a pressão de saída, pode-se variar a potência demandada pela instalação de
modo a evitar a pressurização além daquela necessária ao sistema. A eliminação do excesso de
pressão no sistema reduz proporcionalmente as perdas reais, obtendo-se assim um duplo ganho com
o uso do inversor: redução da demanda e consumo elétricos e redução das perdas reais de água.
Da mesma forma, em elevatórias de esgoto, pode-se regular a vazão de bombeamento conforme
a vazão de chegada do afl uente ao poço de sucção, evitando-se o excesso de partidas e paradas
e reduzindo o custo de energia pela redução da componente de altura manométrica decorrente
de perdas de carga no sistema de tubulações.
22 Manual de Instruções para Utilização da RGR
A utilização de inversores de freqüência em uma área de estudo deve ser demonstrada tendo como
base medições confi áveis de vazão nas linhas de recalque (e de chegada ao poço de sucção,
no caso de elevatórias de esgoto); medições de todos os parâmetros elétricos individualizados por
equipamento para a instalação em estudo; pressão na sucção e no recalque da(s) bomba(s) e na
linha de recalque imediatamente à jusante do barrilete, e em outros pontos cabíveis, na perfeita
caracterização dos desníveis geométricos e com a utilização de cálculos hidráulicos pertinentes e
adequados ao caso. As medidas de vazão, pressão e de parâmetros elétricos devem ter registros
simultâneos não superiores a 15 minutos entre as medidas, preferencialmente por meios eletrônicos
e durarem um ciclo não inferior a sete dias contínuos.
Inversores de freqüência podem introduzir harmônicos no sistema elétrico, causando interferências
em equipamentos de comunicação. Somente serão aprovados os projetos em que os inversores
sejam fornecidos com fi ltros de harmônicos que mantenham a distorção harmônica dentro dos
limites recomendados. As especifi cações dos inversores de freqüência devem também exigir que
seus controles possam operar com subtensões temporárias, causadas por faltas no sistema.
A estimativa de economia gerada pela utilização dos inversores deverá ser baseada na comparação
das curvas de vazão e pressão anteriores ao projeto e as projetadas, verifi cando-se simultaneamente
os valores das grandezas elétricas e hidráulicas.
1.2. PROJETOS DE MODULAÇÃO DE CARGA QUE DESLOCAM OU REDUZEM A DEMANDA DO HORÁRIO DA PONTA
Os reservatórios de distribuição são projetados para atender a variação da demanda que ocorre
ao longo do dia e sazonalmente, ao longo do ano. É demonstrável que o cálculo do volume útil
necessário para um reservatório é na verdade uma combinação de duas variáveis básicas: a taxa
com a qual a água é demandada no setor abastecido pelo reservatório e; a taxa com o qual é
alimentado, normalmente por um sistema de estação(ões) elevatória(s) mais adutora(s).
A norma brasileira estipula critérios para dimensionamento de reservatórios que acarretam muitas
vezes reservatórios com capacidade ociosa. A utilização desta margem de ociosidade pode propiciar
uma otimização operacional que resulte na eliminação total ou parcial do bombeamento no horário
da ponta do sistema elétrico, mesmo em sistemas antigos.
1.2.1. PROJETOS QUE OTIMIZAM A RESERVAÇÃO COM AUMENTO DO BOMBEAMENTO FORA DO HORÁRIO DA PONTA
Em um dado sistema, caso seja possível otimizar a reservação existente, deslocando os bombeamentos
para fora do horário da ponta por meio da modulação da vazão bombeada fora da ponta, talvez
seja viável que os ganhos com a demanda evitada na ponta justifi quem os investimentos necessários
para conseguir tal deslocamento.
23Manual de Instruções para Utilização da RGR
Para este tipo de projeto deverão ser apresentados:
• A curva de demanda média horária do setor abastecido pelo reservatório, para o dia de
maior consumo;
• As confi gurações possíveis para o bombeamento (1 bomba, 2 bombas, etc.), com ou sem
o uso de inversor de freqüência e as respectivas vazões bombeadas, hora a hora;
• Os consumos e demandas de energia, na ponta e fora da ponta, com a situação atual;
• Os consumos e demandas de energia, na ponta e fora da ponta, para a situação prevista
no projeto;
• As especifi cações e curvas características do bombeamento atual e a curva do sistema;
• As especifi cações e curvas características para o bombeamento proposto e do sistema
proposto.
1.3. OUTROS
1.3.1. INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
Outros projetos não tipifi cados neste Manual poderão ser propostos desde que confi gurem inovação
tecnológica e possam ter seus ganhos adequadamente avaliados.
24 Manual de Instruções para Utilização da RGR
ANEXO IV – ROTEIRO PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS
1. GENERALIDADES
Os projetos a serem apresentados pelas concessionárias à Eletrobras deverão atender aos critérios
propostos neste Manual.
Os custos indiretos, não são fi nanciáveis e deverão ser no máximo de 15% do custo total do projeto,
podendo ser compostos por: Projeto, Engenharia, Consultoria, Administração, Acompanhamento,
Fiscalização, Ensaio de Equipamentos e Placa de Obra.
Gastos com equipamentos, fundamentalmente àqueles destinados a macromedição, micromedição,
controle de pressões; ou compra de tubulações e acessórios para remanejamento de adutoras,
redes e ramais em condições precárias de serviço, serão aceitos na medida em que não inviabilizem
a relação benefício / custo. Os gastos com mão-de-obra e serviços necessários para a instalação
deste tipo de equipamentos ou tubulações não poderão ser fi nanciados pela RGR.
O grau de complexidade e a abrangência do projeto defi nirão as participações dos custos de
transporte e indiretos no total do projeto, a critério da Eletrobras.
Os custos referentes a Ensaio de Equipamentos (se houver) e Placa de Obra, caso não estejam explícitos
no orçamento do projeto serão considerados como incluídos nos custos indiretos, respectivamente.
A Placa de Obra deverá ser elaborada conforme modelo constante do Guia de Referência Procel
Sanear e afi xada em posição visual de destaque, no logradouro benefi ciado pelo Procel Sanear
de maior fl uxo de pessoas, na quantidade mínima de uma unidade por município. O quantitativo
de placas a serem afi xadas é função direta do número de unidades operacionais contempladas
com recursos do programa. Entendam-se como unidades operacionais os locais de bombeamento;
estações de tratamento; centros de reservação e; centros de controle operacional.
Não serão fi nanciados projetos de geração de energia elétrica, exceto:
• os que utilizem micro turbinas associadas ao aproveitamento de pressão em sistemas
adutores, neste caso se enquadrando na categoria “Outros”;
• os que estejam relacionados aos tipos de projetos em efi ciência energética em saneamento
descritos no Anexo III e que não gerem excedentes de energia para comercialização.
25Manual de Instruções para Utilização da RGR
2. APRESENTAÇÃO DOS PROJETOS
2.1. PROJETOS PARA OTIMIZAÇÃO DE SISTEMAS DE BOMBEAMENTO (ITENS 1.1.1. E 1.1.2. DO ANEXO III)
Estes tipos de projetos deverão apresentar no mínimo os seguintes tópicos:
Informações Gerais
• Informar título do projeto; local de execução; responsável pelo projeto ou contato na
concessionária / município (nome; endereço; cargo; telefone; fax; e-mail);
Objetivos
• Descrever os principais objetivos do projeto, destacando aqueles vinculados à efi ciência
energética e à melhoria da qualidade dos sistemas.
Descrição detalhada
• Apresentar as medições dos parâmetros elétricos (tensão, corrente, potência, fator de
potência) e medições das grandezas hidráulicas (vazão, pressões, coefi ciente C das linhas de
recalque; perdas de carga localizadas nos barriletes de sucção e recalque) e de rendimento
dos conjuntos moto-bomba, individualmente e em conjunto. OBS: Não serão aceitos dados
tirados de catálogos de fabricantes ou de contas de energia da concessionária.
• Apresentar as confi gurações atuais e propostas para os sistemas elétrico (diagrama unifi lar) e
hidráulico (esquemático), detalhando o modo como serão reduzidas as alturas manométricas
e/ou melhorados os rendimentos, localizando os medidores elétricos e hidráulicos.
• Apresentar a proposta das melhorias a serem executadas por tipo e potência de conjunto
moto bomba conforme o modelo apresentado no Quadro IV.1. – Proposta de Otimização
de Sistemas de Bombeamentos.
• Apresentar as quantidades e características técnicas dos equipamentos existentes e dos
equipamentos a serem instalados, incluindo os conjuntos moto bomba e seus rendimentos
respectivos; válvulas de controle, barriletes e linhas de recalque e suas características de
perdas de carga.
• No caso de automação, apresentar as confi gurações atuais e propostas para os sistemas
elétrico (diagrama unifi lar) e hidráulico (esquemático), localizando os sensores e medidores
elétricos e hidráulicos, unidades a serem monitoradas e/ou operadas remotamente, centro
de controle operacional. Apresentar ainda a descrição do modo operacional atual e do
proposto com diagrama lógico das funções, descrição de hardware, sistema de proteção
contra surtos, canais de comunicação e transmissão de dados, software supervisório, banco
de dados, relatórios etc..
• Apresentar todos os desenhos referentes aos projetos executivos civil, elétrico e hidráulico
com as respectivas listas detalhadas de materiais, instrumentos e equipamentos.
26 Manual de Instruções para Utilização da RGR
Abrangência do projeto
• Informar as unidades do sistema diretamente benefi ciadas com o projeto.
Metas e benefícios esperados
• Detalhar as metas previstas no projeto, ou seja, a redução de demanda (kW) e a energia
economizada (MWh/ano). Os cálculos desses parâmetros deverão ser efetuados de acordo
com a metodologia e as premissas apresentadas no Anexo V.
• Descrever os benefícios para a concessionária e a sociedade, decorrentes da implementação
do projeto, incluindo: investimentos evitados no sistema elétrico, redução de perdas e
redução do custo do serviço.
Outros Benefícios
• Redução da conta de energia do prestador de serviço.
• Benefícios sociais: universalização do uso da água e melhoria das condições de saúde da
população.
• Benefícios ambientais: preservação de recursos hídricos e redução das emissões de gases
de efeito estufa.
Orçamento
• Apresentar o orçamento de acordo com o modelo apresentado no Quadro IV.2. Orçamento
do Projeto de Otimização de Sistemas de Bombeamento.
Cronogramas
• Informar o prazo de execução física do projeto, em meses, e apresentar os cronogramas
físico e fi nanceiro detalhados, conforme os modelos constantes dos Quadros IV.3. e IV.4,
respectivamente, nos quais os prazos indicados são meramente ilustrativos. As atividades e
etapas poderão ser desmembradas e/ou modifi cadas em função da natureza do projeto.
27Manual de Instruções para Utilização da RGR
QUADRO IV.1. PROPOSTA DE OTIMIZAÇÃO DE SISTEMAS DE BOMBEAMENTO
MB-01 MB-02 MB-03 MB-04Q vazão
bombeada (m³/s)
H altura manométrica
(mca)
Rendimento medido dos conjuntos
motobomba
Potência demandada
(kW)
Horas de Funcionamento
Anual(horas/ano)
Volume Bombeado Anual
(m³/ano)
Energia Consumida (MWh/ano)
00:00 - 01:0001:00 - 02:0002:00 - 03:0003:00 - 04:0004:00 - 05:0005:00 - 06:0006:00 - 07:0007:00 - 08:0008:00 - 09:0009:00 - 10:0010:00 - 11:0011:00 - 12:0012:00 - 13:0013:00 - 14:0014:00 - 15:0015:00 - 16:0016:00 - 17:0017:00 - 18:0018:00 - 19:0019:00 - 20:0020:00 - 21:0021:00 - 22:0022:00 - 23:0023:00 - 24:00
0 0 0 0
MB-01 MB-02 MB-03 MB-04Q vazão
bombeada (m³/s)
H altura manométrica
(mca)
Rendimento dos conjuntosmotobomba
Potência demandada
(kW)
Horas de Funcionamento
Anual(horas/ano)
Volume Bombeado Anual
(m³/ano))
Energia Consumida (MWh/ano)
00:00 - 01:0001:00 - 02:0002:00 - 03:0003:00 - 04:0004:00 - 05:0005:00 - 06:0006:00 - 07:0007:00 - 08:0008:00 - 09:0009:00 - 10:0010:00 - 11:0011:00 - 12:0012:00 - 13:0013:00 - 14:0014:00 - 15:0015:00 - 16:0016:00 - 17:0017:00 - 18:0018:00 - 19:0019:00 - 20:0020:00 - 21:0021:00 - 22:0022:00 - 23:0023:00 - 24:00
0 0 0 0
REDUÇÃO DE DEMANDA
(kW)
ENERGIA ECONOMIZADA
(MWh/ano)
0 0
SISTEMA EXISTENTE
ESTAÇÃO DE BOMBEAMENTO A (preencher para cada estação de bombeamento)
NO HORÁRIO FORA PONTA
TOTAIS
TOTAL
SISTEMA PROPOSTO
ESTAÇÃO DE BOMBEAMENTO A (preencher para cada estação de bombeamento)
TOTALRESULTADOS
NOTA
Preencher um quadro para cada estação de bombeamento e depois fazer um quadro resumo de resultados
IDENTIFICAÇÃO
NO HORÁRIO DA PONTA
GRUPOS OPERANTESassinalar
Parâmetros
IDENTIFICAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO
GRUPOS OPERANTESassinalar Parâmetros
28 Manual de Instruções para Utilização da RGR
QUADRO IV.2. ORÇAMENTO DO PROJETO DE OTIMIZAÇÃO DE SISTEMAS DE BOMBEAMENTO
* No caso de empresa pública deverá ser respeitada a Lei 8.666/93, ou seja, deverão ser apresentados,
juntamente com o projeto proposto, pelo menos 3 orçamentos para cada material/equipamento,
devidamente datados e especifi cados.
Título do Projeto
Concessionária: Nº
Município(s):
ECF nº: Data:
Especifi cação Unid. Quant. Total(R$) Fonte consultada, data*
1. CUSTOS DIRETOS1.1 EQUIPAMENTOS E MATERIAIS
Equipamentos (especifi car)
Materiais (especifi car)
Subtotal
1.2 MÃO DE OBRA
Própria (especifi car)
Contratada (especifi car)
Subtotal
Total-CUSTOS DIRETOS
2. CUSTOS INDIRETOS2.1 ENGENHARIA, PROJETO E CONSULTORIA
2.2 ADMINISTRAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO
Total-CUSTOS INDIRETOS
TOTAL GERAL
29Manual de Instruções para Utilização da RGR
QUADRO IV.3. CRONOGRAMA FÍSICO DO PROJETO
Cronograma Físico
ETAPA ATIVIDADEMeses
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
IElaboração do edital para licitação de
materiais e equipamentosX X
IILicitação e aquisição de materiais e
equipamentosX X X
III Licitação e contratação de serviços X X X
IV Obras civis, instalação e montagem X X X X X
V
Comissionamento X X
Medições hidráulicas e elétricas
posteriores à implementaçãoX X
VI Relatório Final X
30 Manual de Instruções para Utilização da RGR
QUADRO IV.4. CRONOGRAMA FINANCEIRO DO PROJETO
Cronograma Financeiro
ETAPA ATIVIDADE
ORIGEM DOS
RECURSOS (R$)Meses
RGR EXECUTORA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
I
Elaboração do edital para
licitação de materiais e
equipamentos R$ R$
TOTAL ETAPA I
IILicitação e aquisição de
materiais e equipamentos R$ R$ R$
TOTAL ETAPA II
IIILicitação e contratação
de serviços R$ R$ R$
TOTAL ETAPA III
IV
Obras civis, instalação e
montagem R$ R$ R$ R$ R$
ComissionamentoR$ R$
TOTAL ETAPA IV
V
Medições hidráulicas e
elétricas posteriores à
implementação R$ R$
TOTAL ETAPA VI
VI Relatório FinalR$
TOTAL ETAPA VI
TOTAL DO PROJETO
31Manual de Instruções para Utilização da RGR
2.2. PROJETOS PARA MODULAÇÃO DE CARGA COM O USO DE INVERSORES DE FREQÜÊNCIA (ITEM 1.1.3. DO ANEXO III)
Este tipo de projeto deverá apresentar no mínimo os seguintes tópicos:
Informações Gerais
• Informar título do projeto; local de execução; responsável pelo projeto ou contato na
concessionária / município (nome; endereço; cargo; telefone; fax; e-mail);
Objetivos
• Descrever os principais objetivos do projeto, destacando aqueles vinculados à efi ciência
energética e à melhoria da qualidade dos sistemas.
Descrição detalhada
• Apresentar as confi gurações atuais e propostas para os sistemas de bombeamento,
detalhando o modo como serão moduladas as cargas, inclusive a curva de demanda
média horária de água característica do setor de abastecimento levantada no recalque
do(s) grupos(s) comandado(s) pelo(s) inversor(es).
• Apresentar a proposta das melhorias a serem executadas por tipo e potência de unidade
modulada conforme o modelo apresentado no Quadro IV.5. Proposta de Modulação de
Carga com o Uso de Inversores de Freqüência.
• Apresentar as quantidades e características técnicas dos equipamentos existentes e dos
equipamentos a serem instalados, incluindo os conjuntos motobomba e seus rendimentos
respectivos; válvulas de controle, barriletes e linhas de recalque e suas características de
perdas de carga;
• Apresentar medições consistentes de altura manométrica e de volume bombeado pela(s)
instalação(ões) existentes, de coefi ciente C de Hazen Williams das tubulações; das perdas
de carga medidas nos barriletes e válvulas de controle.
• No caso de automação, apresentar as confi gurações atuais e propostas para os sistemas
elétrico (diagrama unifi lar) e hidráulico (esquemático), localizando os sensores e medidores
elétricos e hidráulicos, unidades a serem monitoradas e/ou operadas remotamente, centro
de controle operacional. Apresentar ainda a descrição do modo operacional atual e do
proposto com diagrama lógico das funções, descrição de hardware, sistema de proteção
contra surtos, canais de comunicação e transmissão de dados, software supervisório, banco
de dados, relatórios etc..
• Apresentar todos os desenhos referentes aos projetos executivos civil, elétrico e hidráulico
com as respectivas listas detalhadas de materiais, instrumentos e equipamentos.
32 Manual de Instruções para Utilização da RGR
Abrangência do projeto
• Informar as unidades do sistema diretamente benefi ciadas com o projeto.
Metas e benefícios esperados
• Detalhar as metas previstas no projeto, ou seja, a redução de demanda (kW) e a energia
economizada (MWh/ano). Os cálculos desses parâmetros deverão ser efetuados de acordo
com a metodologia e as premissas apresentadas no Anexo V.
• Descrever os benefícios para a concessionária e a sociedade, decorrentes da implementação
do projeto, incluindo: investimentos evitados no sistema elétrico, redução de perdas e
redução do custo do serviço.
Outros Benefícios
• Redução da conta de energia do prestador de serviço.
• Benefícios sociais: universalização do uso da água e melhoria das condições de saúde da
população.
• Benefícios ambientais: preservação de recursos hídricos e redução das emissões de gases
de efeito estufa.
Orçamento
• Apresentar o orçamento de acordo com o modelo apresentado no Quadro IV.6. Orçamento
do Projeto de modulação de carga com o uso de inversor de freqüência.
Cronogramas
• Informar o prazo de execução física do projeto, em meses, e apresentar os cronogramas
físico e fi nanceiro detalhados, conforme os modelos constantes dos Quadros IV.7. e IV.8,
respectivamente, nos quais os prazos indicados são meramente ilustrativos. As atividades e
etapas poderão ser desmembradas e/ou modifi cadas em função da natureza do projeto.
33Manual de Instruções para Utilização da RGR
QUADRO IV.5. PROPOSTA DE MODULAÇÃO DE CARGA COM O USO DE INVERSORES DE FREQUÊNCIA
MB-01 MB-02 MB-03 MB-04Q vazão
bombeada (m³/s)
H altura manométrica
(mca)
Rendimento medido dos conjuntos
motobomba
Potência demandada
(kW)
Horas de Funcionamento
Anual(horas/ano)
Volume Bombeado Anual
(m³/ano)
Energia Consumida (MWh/ano)
00:00 - 01:0001:00 - 02:0002:00 - 03:0003:00 - 04:0004:00 - 05:0005:00 - 06:0006:00 - 07:0007:00 - 08:0008:00 - 09:0009:00 - 10:0010:00 - 11:0011:00 - 12:0012:00 - 13:0013:00 - 14:0014:00 - 15:0015:00 - 16:0016:00 - 17:0017:00 - 18:0018:00 - 19:0019:00 - 20:0020:00 - 21:0021:00 - 22:0022:00 - 23:0023:00 - 24:00
0 0 0 0
MB-01 MB-02 MB-03 MB-04Q vazão
bombeada (m³/s)
H altura manométrica
(mca)
Rendimento dos conjuntosmotobomba
Potência demandada
(kW)
Horas de Funcionamento
Anual(horas/ano)
Volume Bombeado Anual
(m³/ano))
Energia Consumida (MWh/ano)
00:00 - 01:0001:00 - 02:0002:00 - 03:0003:00 - 04:0004:00 - 05:0005:00 - 06:0006:00 - 07:0007:00 - 08:0008:00 - 09:0009:00 - 10:0010:00 - 11:0011:00 - 12:0012:00 - 13:0013:00 - 14:0014:00 - 15:0015:00 - 16:0016:00 - 17:0017:00 - 18:0018:00 - 19:0019:00 - 20:0020:00 - 21:0021:00 - 22:0022:00 - 23:0023:00 - 24:00
0 0 0 0
REDUÇÃO DE DEMANDA
(kW)
ENERGIA ECONOMIZADA
(MWh/ano)
0 0
SISTEMA EXISTENTE
ESTAÇÃO DE BOMBEAMENTO A (preencher para cada estação de bombeamento)
NO HORÁRIO FORA PONTA
TOTAIS
TOTAL
SISTEMA PROPOSTO
ESTAÇÃO DE BOMBEAMENTO A (preencher para cada estação de bombeamento)
TOTALRESULTADOS
NOTA
Preencher um quadro para cada estação de bombeamento e depois fazer um quadro resumo de resultados
IDENTIFICAÇÃO
NO HORÁRIO DA PONTA
GRUPOS OPERANTESassinalar
Parâmetros
IDENTIFICAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO
GRUPOS OPERANTESassinalar Parâmetros
34 Manual de Instruções para Utilização da RGR
QUADRO IV.6. ORÇAMENTO DO PROJETO DE MODULAÇÃO DE CARGA COM INVERSOR DE FREQÜÊNCIA
* No caso de empresa pública deverá ser respeitada a Lei 8.666/93, ou seja, deverão ser apresentados,
juntamente com o projeto proposto, pelo menos 3 orçamentos para cada material/equipamento,
devidamente datados e especifi cados.
Título do Projeto
Concessionária: Nº
Município(s):
ECF nº: Data:
Especifi cação Unid. Quant. Total(R$) Fonte consultada, data*
1. CUSTOS DIRETOS1.1 EQUIPAMENTOS E MATERIAIS
Equipamentos (especifi car)
Materiais (especifi car)
Subtotal
1.2 MÃO DE OBRA
Própria (especifi car)
Contratada (especifi car)
Subtotal
Total-CUSTOS DIRETOS
2. CUSTOS INDIRETOS2.1 ENGENHARIA, PROJETO E CONSULTORIA
2.2 ADMINISTRAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO
Total-CUSTOS INDIRETOS
TOTAL GERAL
35Manual de Instruções para Utilização da RGR
QUADRO IV.7. CRONOGRAMA FÍSICO DO PROJETO
Cronograma Físico
ETAPA ATIVIDADEMeses
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
IElaboração do edital para licitação de
materiais e equipamentosX X
IILicitação e aquisição de materiais e
equipamentosX X X
III Licitação e contratação de serviços X X X
IV Obras civis, instalação e montagem X X X X X
V
Comissionamento X X
Medições hidráulicas e elétricas
posteriores à implementaçãoX X
VI Relatório Final X
36 Manual de Instruções para Utilização da RGR
QUADRO IV.8. CRONOGRAMA FINANCEIRO DO PROJETO
Cronograma Financeiro
ETAPA ATIVIDADE
ORIGEM DOS
RECURSOS (R$)Meses
RGR EXECUTORA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
I
Elaboração do edital para
licitação de materiais e
equipamentos R$ R$
TOTAL ETAPA I
IILicitação e aquisição de
materiais e equipamentos R$ R$ R$
TOTAL ETAPA II
IIILicitação e contratação
de serviços R$ R$ R$
TOTAL ETAPA III
IV
Obras civis, instalação e
montagem R$ R$ R$ R$ R$
ComissionamentoR$ R$
TOTAL ETAPA IV
V
Medições hidráulicas e
elétricas posteriores à
implementação R$ R$
TOTAL ETAPA VI
VI Relatório FinalR$
TOTAL ETAPA VI
TOTAL DO PROJETO
37Manual de Instruções para Utilização da RGR
2.3. PROJETOS PARA DESLOCAMENTO DA DEMANDA DA PONTA PELA OTIMIZAÇÃO DA RESERVAÇÃO SETORIAL EXISTENTE COM AUMENTO DA TAXA DE BOMBEAMENTO FORA DA PONTA (ITEM 1.2.1. DO ANEXO III)
Reservatório setorial é todo aquele que alimenta diretamente um ou mais setores de distribuição. O
Volume Útil de Reservação Setorial é o volume existente entre os níveis mínimo e máximo operacional.
O nível mínimo operacional delimita o volume reservado para emergências, que, para os fi ns da
análise deste tipo de projeto, deverá ser especifi cado e justifi cado pelo proponente.
Este tipo de projeto deverá apresentar no mínimo os seguintes tópicos:
Informações Gerais
• Informar título do projeto; local de execução; responsável pelo projeto ou contato na
concessionária / município (nome; endereço; cargo; telefone; fax; e-mail);
Objetivos
• Descrever os principais objetivos do projeto, destacando aqueles vinculados à efi ciência
energética e à melhoria da qualidade dos sistemas.
Descrição detalhada
• Informar a quantidade de conjuntos moto bomba que estarão envolvidos no projeto,
suas confi gurações e características técnicas, inclusive vazões e rendimentos medidos e
coefi cientes C de Hazen Williams das linhas de recalque;
• Informar as características técnicas do reservatório setorial envolvido na operação, como
geometria, áreas, volumes e níveis.
• Informar as taxas de alimentação atual ao longo do dia de maior consumo bem como a
curva de demanda horária na(s) saída(s) do reservatório, conforme o Quadro IV.9. Cálculo
do Volume Útil de Reservação Setorial.
• Apresentar a proposta das intervenções a serem executadas conforme o modelo
apresentado no Quadro IV.10. Proposta de deslocamento da demanda da ponta pela
otimização da reservação setorial existente com aumento da taxa de bombeamento fora
da ponta;
• No caso de automação, apresentar as confi gurações atuais e propostas para os sistemas
elétrico (diagrama unifi lar) e hidráulico (esquemático), localizando os sensores e medidores
elétricos e hidráulicos, unidades a serem monitoradas e/ou operadas remotamente, centro
de controle operacional. Apresentar ainda a descrição do modo operacional atual e do
proposto com diagrama lógico das funções, descrição de hardware, sistema de proteção
contra surtos, canais de comunicação e transmissão de dados, software supervisório, banco
de dados, relatórios etc..
• Apresentar todos os desenhos referentes aos projetos executivos civil, elétrico e hidráulico
com as respectivas listas detalhadas de materiais, instrumentos e equipamentos.
Abrangência do projeto
38 Manual de Instruções para Utilização da RGR
• Informar as unidades do sistema diretamente benefi ciadas com o projeto.
Metas e benefícios esperados
• Detalhar as metas previstas no projeto, ou seja, a redução de demanda (kW) e a energia
economizada (MWh/ano). Os cálculos desses parâmetros deverão ser efetuados de acordo
com a metodologia e as premissas apresentadas no Anexo V. Caso haja o deslocamento
da demanda na ponta e o aumento do consumo de energia (devido ao aumento das
perdas de carga na adução), este aumento deverá ser indicado como um valor negativo
no Quadro IV.10. Resultados, diminuindo o ganho total do projeto.
• Descrever os benefícios para a concessionária e a sociedade, decorrentes da implementação
do projeto, incluindo: investimentos evitados no sistema elétrico, redução de perdas e
redução do custo do serviço.
Outros Benefícios
• Redução da conta de energia do prestador de serviço.
• Benefícios sociais: universalização do uso da água e melhoria das condições de saúde da
população.
• Benefícios ambientais: preservação de recursos hídricos e redução das emissões de gases
de efeito estufa.
Orçamento
• Apresentar o orçamento de acordo com o modelo apresentado no Quadro IV.11. Orçamento
do Projeto para deslocamento de demanda da ponta pela otimização de reservação
existente com aumento da taxa de bombeamento fora da ponta.
Cronogramas
• Informar o prazo de execução física do projeto, em meses, e apresentar os cronogramas
físico e fi nanceiro detalhados, conforme os modelos constantes dos Quadros IV.12. e IV.13,
respectivamente, nos quais os prazos indicados são meramente ilustrativos. As atividades e
etapas poderão ser desmembradas e/ou modifi cadas em função da natureza do projeto.
39Manual de Instruções para Utilização da RGR
QUADRO IV.9. CÁLCULO DO VOLUME ÚTIL DE RESERVAÇÃO SETORIAL
VAZÃO DE ENTRADA
VAZÃO DE SAÍDA
MB 01 MB 02 ... MB n Qe (m³/h) Qs (m³/h) + - inicial total00:00 - 01:00 0,00 001:00 - 02:00 0,00 002:00 - 03:00 0,00 003:00 - 04:00 0,00 004:00 - 05:00 0,00 005:00 - 06:00 0,00 006:00 - 07:00 0,00 007:00 - 08:00 0,00 008:00 - 09:00 0,00 009:00 - 10:00 0,00 010:00 - 11:00 0,00 011:00 - 12:00 0,00 012:00 - 13:00 0,00 013:00 - 14:00 0,00 014:00 - 15:00 0,00 015:00 - 16:00 0,00 016:00 - 17:00 0,00 017:00 - 18:00 0,00 018:00 - 19:00 0,00 019:00 - 20:00 0,00 020:00 - 21:00 0,00 021:00 - 22:00 0,00 022:00 - 23:00 0,00 023:00 - 24:00 0,00 0
0 0 0,00 0,00
Qs média 0
VAZÃO DE ENTRADA
VAZÃO DE SAÍDA
MB 01 MB 02 MB 03 Qe (m³/h) Qs (m³/h) + - inicial total00:00 - 01:00 0,00 001:00 - 02:00 0,00 002:00 - 03:00 0,00 003:00 - 04:00 0,00 004:00 - 05:00 0,00 005:00 - 06:00 0,00 006:00 - 07:00 0,00 007:00 - 08:00 0,00 008:00 - 09:00 0,00 009:00 - 10:00 0,00 010:00 - 11:00 0,00 011:00 - 12:00 0,00 012:00 - 13:00 0,00 013:00 - 14:00 0,00 014:00 - 15:00 0,00 015:00 - 16:00 0,00 016:00 - 17:00 0,00 017:00 - 18:00 0,00 018:00 - 19:00 0,00 019:00 - 20:00 0,00 020:00 - 21:00 0,00 021:00 - 22:00 0,00 022:00 - 23:00 0,00 023:00 - 24:00 0,00 0
0 0 0,00 0,00
Qs média 0
TOTAIS VOLUME ÚTIL NECESSÁRIO
TOTAIS VOLUME ÚTIL NECESSÁRIO
DEPOIS
HORA
GRUPOS OPERANTES(assinale)
SALDOentrada - saída
VOLUME ACUMULADO (m³)
ANTES
HORA
GRUPOS OPERANTES(assinale)
SALDOentrada - saída
VOLUME ACUMULADO (m³)
40 Manual de Instruções para Utilização da RGR
QUADRO IV.10. PROPOSTA DE DESLOCAMENTO DA DEMANDA DA PONTA PELA OTIMIZAÇÃO DA RESERVAÇÃO
SETORIAL EXISTENTE COM AUMENTO DA TAXA DE BOMBEAMENTO FORA DA PONTA
MB-01 MB-02 MB-03 MB-04Q vazão
bombeada (m³/s)
H altura manométrica
(mca)
Rendimento dos conjuntos
Potência demandada
(kW)
Horas de Funcionamento
Anual(horas/ano)
Volume Bombeado Anual
(m³/ano))
Energia Consumida (MWh/ano)
00:00 - 01:0001:00 - 02:0002:00 - 03:0003:00 - 04:0004:00 - 05:0005:00 - 06:0006:00 - 07:0007:00 - 08:0008:00 - 09:0009:00 - 10:0010:00 - 11:0011:00 - 12:0012:00 - 13:0013:00 - 14:0014:00 - 15:0015:00 - 16:0016:00 - 17:0017:00 - 18:0018:00 - 19:0019:00 - 20:0020:00 - 21:0021:00 - 22:0022:00 - 23:0023:00 - 24:00
0 0 0 0
MB-01 MB-02 MB-03 MB-04Q vazão
bombeada (m³/s)
H altura manométrica
(mca)
Rendimento dos conjuntos
Potência demandada
(kW)
Horas de Funcionamento
Anual(horas/ano)
Volume Bombeado Anual
(m³/ano))
Energia Consumida (MWh/ano)
00:00 - 01:0001:00 - 02:0002:00 - 03:0003:00 - 04:0004:00 - 05:0005:00 - 06:0006:00 - 07:0007:00 - 08:0008:00 - 09:0009:00 - 10:0010:00 - 11:0011:00 - 12:0012:00 - 13:0013:00 - 14:0014:00 - 15:0015:00 - 16:0016:00 - 17:0017:00 - 18:0018:00 - 19:0019:00 - 20:0020:00 - 21:0021:00 - 22:0022:00 - 23:0023:00 - 24:00
0 0 0 0
REDUÇÃO DE DEMANDA
(kW)
ENERGIA ECONOMIZADA
(MWh/ano)
0 0
ESTAÇÃO DE BOMBEAMENTO A (preencher para cada estação de bombeamento)
SISTEMA PROPOSTO
IDENTIFICAÇÃO
GRUPOS OPERANTESassinalar Parâmetros
GRUPOS OPERANTESassinalar
Parâmetros
TOTAL
ESTAÇÃO DE BOMBEAMENTO A (preencher para cada estação de bombeamento)
TOTAIS
TOTALRESULTADOS
IDENTIFICAÇÃONOTA
Preencher um quadro para cada estação de bombeamento e depois fazer um quadro resumo de resultadosNO HORÁRIO DA PONTA
NO HORÁRIO FORA PONTA
SISTEMA EXISTENTE
IDENTIFICAÇÃO
41Manual de Instruções para Utilização da RGR
QUADRO IV.11. ORÇAMENTO DO PROJETO DE ECONOMIA DE ENERGIA
* No caso de empresa pública deverá ser respeitada a Lei 8.666/93, ou seja, deverão ser apresentados,
juntamente com o projeto proposto, pelo menos 3 orçamentos para cada material/equipamento,
devidamente datados e especifi cados.
Título do Projeto
Concessionária: Nº
Município(s):
ECF nº: Data:
Especifi cação Unid. Quant. Total(R$) Fonte consultada, data*
1. CUSTOS DIRETOS1.1 EQUIPAMENTOS E MATERIAIS
Equipamentos (especifi car)
Materiais (especifi car)
Subtotal
1.2 MÃO DE OBRA
Própria (especifi car)
Contratada (especifi car)
Subtotal
Total-CUSTOS DIRETOS
2. CUSTOS INDIRETOS2.1 ENGENHARIA, PROJETO E CONSULTORIA
2.2 ADMINISTRAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO
Total-CUSTOS INDIRETOS
TOTAL GERAL
42 Manual de Instruções para Utilização da RGR
QUADRO IV.12. CRONOGRAMA FÍSICO DO PROJETO
Cronograma Físico
ETAPA ATIVIDADEMeses
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
IElaboração do edital para licitação de
materiais e equipamentosX X
IILicitação e aquisição de materiais e
equipamentosX X X
III Licitação e contratação de serviços X X X
IV Obras civis, instalação e montagem X X X X X
V
Comissionamento X X
Medições hidráulicas e elétricas
posteriores à implementaçãoX X
VI Relatório Final X
43Manual de Instruções para Utilização da RGR
QUADRO IV.13. CRONOGRAMA FINANCEIRO DO PROJETO
Cronograma Financeiro
ETAPA ATIVIDADE
ORIGEM DOS
RECURSOS (R$)Meses
RGR EXECUTORA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
I
Elaboração do edital para
licitação de materiais e
equipamentos R$ R$
TOTAL ETAPA I
IILicitação e aquisição de
materiais e equipamentos R$ R$ R$
TOTAL ETAPA II
IIILicitação e contratação
de serviços R$ R$ R$
TOTAL ETAPA III
IV
Obras civis, instalação e
montagem R$ R$ R$ R$ R$
ComissionamentoR$ R$
TOTAL ETAPA IV
V
Medições hidráulicas e
elétricas posteriores à
implementação R$ R$
TOTAL ETAPA VI
VI Relatório FinalR$
TOTAL ETAPA VI
TOTAL DO PROJETO
44 Manual de Instruções para Utilização da RGR
3. SÍNTESE DO PROGRAMA
QUADRO IV.14. SÍNTESE DO PROGRAMA APRESENTADO
QUADRO IV.15. ORÇAMENTO GLOBAL
* Valor atribuído ao transporte de pessoal e de materiais entre o almoxarifado e o local da obra
Projetos ......
InvestimentoRedução da
Demanda (kW)
Energia Conservada (MWh/ano)
Total(R$)
Financiamento pretendido
R$ %
......
.......
TOTAL GERAL
Item Descrição Total
CUSTOS DIRETOS
MATERIAIS / EQUIPAMENTOS
Projeto de .....
Projeto de .....
Subtotal Materiais
MÃO DE OBRA
Própria – informar por projeto
Contratada - informar por projeto
Subtotal – Mão de Obra
Total – Custos Diretos
CUSTOS INDIRETOS
...
...
Total – Custos Indiretos
TOTAL GERAL
45Manual de Instruções para Utilização da RGR
ANEXO V - CRITÉRIOS PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DOS PROJETOS
Os projetos para melhoria da eficiência energética de sistemas serão analisados técnica e
economicamente pela Eletrobras, considerando os custos e benefícios refl etidos para a sociedade
e o setor elétrico. Para que o projeto seja considerado atrativo a relação benefício/custo deverá
ser maior que a unidade.
1. CÁLCULO DA RELAÇÃO BENEFÍCIO/CUSTO - RBC
1.1. PREMISSAS
Custos Evitados
Conceitua-se a economia como Custos Evitados em decorrência da implantação de um projeto de
incremento de efi ciência energética, a economia anual proporcionada nos custos dos sistemas a
montante do segmento considerado através da postergação de investimentos (custo de demanda
evitado) e/ou da redução de despesas operacionais (custo de energia evitado).
Para quantifi car os custos totais evitados, multiplica-se a quantidade da demanda e da energia
evitadas, pelos respectivos “custos unitários evitados”.
Serão considerados como custos (de potência/demanda e de energia) para o atendimento de
uma unidade consumidora, conectada a um determinado nível de tensão, os incorridos em todo o
sistema eletricamente a montante da unidade consumidora, inclusive aqueles do segmento onde
o mesmo encontra-se ligado.
46 Manual de Instruções para Utilização da RGR
a) Método de Cálculo do Custo Evitado
Na determinação dos “custos unitários evitados”, considerar a seguinte estrutura de valores da tarifa
horo-sazonal azul para cada subgrupo tarifário, homologadas por concessionária de energia elétrica
pela ANEEL, vigentes à data da apresentação do projeto:
C1 - custo unitário da demanda no horário de ponta [R$/kW.mês];
C2 - custo unitário da demanda fora do horário de ponta [R$/kW.mês];
C3 - custo unitário da energia no horário de ponta de períodos secos [R$/MWh];
C4 - custo unitário da energia no horário de ponta de períodos úmidos [R$/MWh];
C5 - custo unitário da energia fora do horário de ponta de períodos secos [R$/MWh];
C6 - custo unitário da energia fora do horário de ponta de períodos úmidos [R$/MWh]
Os custos unitários das perdas são calculados pelas seguintes expressões:
Custo Unitário de Demanda Evitada (CP)
(R $/Kw.ano)
Custo Unitário de Energia Evitada (CE)
Sendo:
LP ⇒ constante de perda de demanda no posto fora de ponta, considerando 1 kW de perda de
demanda no horário de ponta.
LE1, LE2, LE3 e LE4 ⇒ constantes de perdas de energia nos postos de ponta e fora de ponta para os
períodos seco e úmido, considerando 1kW de perda de demanda no horário de ponta.
Onde:
LE = LE1+LE2+LE3+LE4
Sendo os valores de LP e LE constantes, calculados a partir dos postos horários da tarifa horo-sazonal
azul, apresenta-se no Quadro V.1. os valores de LP e LE a partir de uma série de Fatores de Carga
(FC) e Fatores de Perdas (Fp), calculados segundo a fórmula abaixo.
Fp = K x FC + (1 - K) x FC2 Onde: K ⇒ 0,15
O Fator de Carga para o cálculo do Custo Unitário Evitado será o FC do segmento elétrico,
imediatamente a montante daquele considerado ou, que sofreu a intervenção, ou ainda, na falta
deste, admitir-se-á o médio da concessionária dos últimos 12 meses.
)(12 21 LPCCCP ×+×=
4321
46352413
LELELELE
LECLECLECLECCE
+++×+×+×+×=
47Manual de Instruções para Utilização da RGR
QUADRO V.1. Valores de LP e LE
Utilizando-se os valores homologados para cada subgrupo tarifário horo-sazonal azul da concessionária/
permissionária, vigentes à data da apresentação do projeto, aplicando-se as expressões e o valor
de k = 0,15, obtém-se os custos unitários de perdas de demanda e de energia, que devem
ser utilizados no cálculo do Benefício (B) em decorrência da implantação do projeto de combate
ao desperdício de energia.
b) Aplicação da Metodologia de Cálculo
Para projetos nas Tensões de Alta, Média e Sistema de Baixa Tensão Subterrâneo:
Nestes casos aplicam-se diretamente os valores dos custos unitários evitados, calculados e aplicados
conforme a metodologia apresentada.
Para projetos em Baixa Tensão de Sistema Aéreo:
Consideram-se, neste caso, apenas aqueles projetos com intervenções na unidade consumidora
conectada diretamente à rede de baixa tensão da concessionária / permissionária, com objetivo
de melhoria de sua efi ciência energética, com refl exo direto no sistema da empresa.
Diante da inexistência de tarifa horo-sazonal azul aplicada ao fornecimento de baixa tensão, não
foi possível, de forma direta, determinar os custos unitários evitados para este segmento, através da
metodologia anteriormente apresentada.
k = 0,15
Fator de Carga LP# LE# LE1# LE2# LE3# LE4#
0,10 0,1444 0,20586 0,23139 0,16197 -0,10990 -0,077600,15 0,1681 0,36464 0,24102 0,16871 -0,02643 -0,018670,20 0,1936 0,56064 0,25119 0,17583 0,07832 0,055300,25 0,2209 0,79388 0,26190 0,18333 0,20435 0,144300,30 0,2500 1,06434 0,27315 0,19121 0,35166 0,248320,35 0,2809 1,37204 0,28494 0,19946 0,52026 0,367380,40 0,3136 1,71696 0,29727 0,20809 0,71014 0,501460,45 0,3481 2,09912 0,31014 0,21710 0,92130 0,650570,50 0,3844 2,51850 0,32355 0,22649 1,15375 0,814720,55 0,4225 2,97512 0,33750 0,23625 1,40748 0,993890,60 0,4624 3,46896 0,35199 0,24639 1,68249 1,188080,65 0,5041 4,00004 0,36950 0,25865 1,97632 1,395570,70 0,5476 4,56834 0,38516 0,26961 2,29381 1,619770,75 0,5929 5,17388 0,40136 0,28095 2,63258 1,858990,80 0,6400 5,81664 0,41810 0,29267 2,99264 2,113240,85 0,6889 6,49664 0,43538 0,30476 3,37398 2,382520,90 0,7396 7,21386 0,45320 0,31724 3,77660 2,66683
48 Manual de Instruções para Utilização da RGR
Entretanto, é no conceito de custo agregado que se pode afi rmar ser o custo unitário de demanda
evitada na baixa tensão aquele incorrido no subgrupo A4, acrescido de uma parcela imputável
ao mesmo. Procurou-se um coefi ciente linear que ajustasse o custo unitário de demanda evitada
do subgrupo A4, calculado segundo a metodologia anterior. Após várias análises de sensibilidade,
chegou–se a um fator multiplicador de 1,20, determinado por diferença entre os custos marginais
da média e da baixa tensão.
Quanto ao custo unitário de energia evitada, este deverá ser determinado, multiplicando-se o custo
unitário de energia evitada no subgrupo A4 pelo fator (1 + IeBT), onde IeBT é o índice de perdas de
energia no segmento de baixa tensão, no qual a unidade consumidora encontra-se conectada.
Um valor inicial de referência para IeBT seria de 0,08 (8%), podendo, no entanto, a empresa adotar,
caso disponha, um outro valor que expresse com realismo as perdas elétricas nas suas redes de
distribuição secundária.
Para Projetos nas Tensões de Distribuição em Sistema Térmicos Isolados:
O custo evitado de demanda será dado pelo produto entre a demanda evitada na ponta pelo
custo marginal de média tensão, ou deste mais os da baixa tensão, dependendo do nível em que
esteja conectado.
A parcela do custo evitado de energia deverá ser obtida pelo produto entre a energia evitada pelo
custo de produção apropriado na usina termelétrica, que supre diretamente o segmento da rede
de distribuição onde ocorrerá a intervenção.
Para Projetos nas Tensões de Distribuição em Sistemas Mistos Isolados:
Considerando-se que na maioria das empresas com este tipo de sistema, a tarifa adotada é a do
tipo convencional, o que impossibilita a determinação do custo unitário evitado, recomenda-se a
adoção da mesma metodologia apresentada para o item Sistemas Térmicos Isolados.
Taxa de Desconto
Na avaliação econômico-fi nanceira do projeto, a taxa de desconto a ser considerada é de no
mínimo 12% a.a.
Vida Útil
Na avaliação econômico-fi nanceira do projeto deverá ser utilizada a vida útil específi ca a cada
projeto, a qual poderá estar vinculada à vida útil do equipamento ou à persistência das medidas
implementadas (vida útil do projeto).
No caso do projeto englobar equipamentos com vidas úteis diferentes, o investimento anualizado
do projeto será composto pelo somatório dos investimentos anualizados correspondentes a cada
equipamento e a sua respectiva vida útil.
49Manual de Instruções para Utilização da RGR
Avaliação Econômica
Todos os projetos deverão ter sua relação benefício / custo- (RBC) calculada sob a ótica da sociedade
a partir da metodologia a seguir:
RBC = Benefícios / Investimento Anualizado
• Cálculo do Investimento Anualizado
K = FRC(i,n) x CT, onde
K: Investimento anualizado do projeto
FRC: Fator de recuperação de capital considerando a vida útil
i: taxa de juros (taxa de desconto)
n: vida útil
CT: Custo total do projeto
• Cálculo do Custo Anualizado para Cada Tipo de Equipamento (CAequip):
CA equip = CPE x FRC
Onde:
CPE → Custo dos equipamentos com a mesma vida útil, acrescido da parcela correspondente aos
outros custos diretos e indiretos.
Esta parcela é proporcional ao percentual do custo do equipamento em relação ao custo total
com equipamentos.
FRC → Fator de recuperação de capital, considerando a vida útil do equipamento em questão.
Onde:
CT → Custo Total do Projeto
CE → Custo do Equipamento com a mesma vida útil
CTE → Custo Total com Equipamentos
( )( ) 11
1
−++=
n
n
i
iiFRC
( ) ⎥⎦⎤
⎢⎣⎡ −+=
CTE
CExCTECTCECPE
50 Manual de Instruções para Utilização da RGR
• Cálculo do Custo Anualizado Total do Projeto (CATotal) = Somatório dos Custos Anualizados de
Todos os Tipos de Equipamentos
CATotal = Σ CAequip1 + CAequip2 + CAequip3 + ... + CAequipN
Como alternativa, o custo dos equipamentos com a mesma vida útil (CPE) pode ser calculado
utilizando os custos unitários de mão de obra e indiretos (administração, acompanhamento e
avaliação), desde que estes estejam disponíveis desagregadamente. O CPE deverá então ser
calculado pela soma dos custos unitários de equipamento, mão de obra e indiretos multiplicada
pela quantidade total do equipamento correspondente.
O custo anualizado pode também ser calculado considerando a menor vida útil. Se a relação
benefício / custo for maior que 1,00, não é necessário o cálculo dos custos anualizados por tipo de
equipamento.
Cálculo dos Benefícios
Y = (EE x CE) + (RDP x CP), onde:
EE: Energia Economizada (MWh/ano)
CE: Custo Evitado de Energia (R$/MWh)
RDP: Redução de Demanda na Ponta (kW)
CP: Custo Evitado de Demanda (R$/kW)
A relação benefício / custo deverá ser maior que 1,00 para que o projeto seja considerado viável.
51Manual de Instruções para Utilização da RGR
ANEXO VI - MODELO DE RELATÓRIO DO ANDAMENTO DA EXECUÇÃO FÍSICA
1. INTRODUÇÃO
Por ocasião da conclusão de cada etapa, deverá ser apresentado relatório descritivo da execução
do projeto, detalhando as atividades pertinentes à etapa concluída, conforme os quadros adiante
apresentados. Este relatório deve ser apresentado de forma cumulativa, ou seja, incluindo as etapas
anteriormente executadas e indicando a situação das que ainda se encontram em andamento.
Em todas as etapas deverão ser apresentadas justifi cativas para as discrepâncias observadas entre
os quantitativos previstos e realizados.
As liberações financeiras só acontecerão mediante a realização completa da(s) etapa(s)
correspondentes.
2. RELATÓRIO DE ANDAMENTO DO CRONOGRAMA FÍSICO
QUADRO VI.1. RELATÓRIO DE ANDAMENTO DO CRONOGRAMA FÍSICO
RELATÓRIO DE ANDAMENTO DO CRONOGRAMA FÍSICO
ETAPA ATIVIDADEPrevisto / Realizado
P/R 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
IElaboração do edital para licitação de materiais e equipamentos
P
R
II Licitação e aquisição de materiais e equipamentos
P
R
III Licitação e contratação de serviços
P
R
IV
Obras civis, instalação e montagem
P
R
ComissionamentoP
R
V Medições hidráulicas e elétricas posteriores à implementação
P
R
VI Relatório FinalP
R
52 Manual de Instruções para Utilização da RGR
3. CONTEÚDO DO RELATÓRIO DA EXECUÇÃO DE CADA ETAPA
QUADRO VI.2. QUADRO RESUMO PARA CONTEÚDO DOS RELATÓRIOS
4. SUPERVISÕES
A Concessionária deverá informar, para cada etapa já concluída, a data da supervisão física
realizada em conjunto com a Eletrobras e as pessoas que participaram. Para cada etapa concluída
a concessionária deverá solicitar à Eletrobras o agendamento da respectiva supervisão.
5. COMENTÁRIOS GERAIS (CASO A EMPRESA JULGUE NECESSÁRIO)
Comentar sobre outras questões e eventos ocorridos, não tratados nos demais itens deste relatório
e que tenham sido considerados signifi cativos pela empresa.
QUADRO RESUMO PARA CONTEÚDO DOS RELATÓRIOS
ATIVIDADEPARA CADA UMA DAS ETAPAS REALIZADAS APRESENTAR RELATÓRIO CONTENDO NO
MÍNIMO:
IElaboração do edital para licitação de materiais e equipamentos
Apresentação dos projetos na sua conformação fi nal.
II Licitação e aquisição de materiais e equipamentos
Especifi cações, quantitativos e preços dos materiais e equipamentos adquiridos e as propostas dos fornecedores apresentados no(s) processo(s) licitatório(s); relatórios de inspeções de recebimento.
III Licitação e contratação de serviços
Especifi cações, quantitativos e preços dos serviços adquiridos e as propostas dos fornecedores apresentados no processo licitatório.
Obras civis, instalações e montagens
Relatório fotográfi co da execução das obras civis, instalações e montagens executadas; comparação dos quantitativos previstos com os efetivamente utilizados.
IV ComissionamentoRelatórios do comissionamento: testes realizados, pré-operação, regulagens realizadas, calibrações etc..
V Medições hidráulicas e elétricas posteriores à implementação
Descrição da metodologia e dos equipamentos utilizados, dados obtidos em forma de gráfi cos e tabelas sintéticas; arquivos em meio magnético contendo os dados da memória de massa dos equipamentos de medição.
VI Relatório Final Apresentação da revisão “as built” dos projetos; Relatório dos resultados alcançados;
top related