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Mananciais de abastecimento público:
Algumas experiências
Lúcia Vidor de Sousa Reisluciar@cetesbnet.sp.gov.br
Paula Lima (1986) e Chansheng et al. (2000):
Princípio básico em hidrologia florestal: produção de
água de uma bacia hidrográfica é significativamente
influenciada pela presença da cobertura florestal
Licenciamento DUSM Departamento de Uso do Solo
Metropolitano
Área de Atuação:Região Metropolitana de São Paulo, abrangendo 39 municípios.
Legislações aplicadas: Leis Estaduais 898/75 e
1.172/76, regulamentadas pelo Decreto 9.714/77
Documentos emitidos:Parecer de Viabilidade
Licença Metropolitana
Projeto Guarapiranga -1992Agravamento da qualidade da represa Guarapiranga, em 1992
o Programa Guarapiranga, com o objetivo de reduzir os efeitos da degradação do manancial e melhorar a qualidade de vida dos 622 mil habitantes que vivem no entorno da represa.
O projeto foi financiado pelo Banco Mundial e o total de investimentos alcançou US$ 336 milhões. A Sabesp, uma das executoras do projeto, aplicou US$ 94 milhões para realizar várias ações:
• ligações domiciliares de esgoto• estações de tratamento de esgotos • um sistema de remoção de nutrientes• melhoria e aperfeiçoamento tecnológico no tratamento das águas
para o abastecimento Outros órgãos SMA, PMSP (criação de parques, urbanização de favelas)
• Como forma de obter volumes na represa Guarapiranga que ofereçam garantias adequadas ao abastecimento público da Região Metropolitana de São Paulo, a Sabesp opera, desde meados de 2000, o bombeamento de águas do Braço Taquacetuba - reservatório Billings.
Custo do tratamento da Água R$/1000 m³ (produtos químicos)
Sistema produtor de água 1998 2003
Guarapiranga 23,21 54,03
Alto Tietê 29,24 35,10
Cantareira 6,78 8,59
Fonte: Jornal Folha de São Paulo, abril de 2004
Custo da água do município de Ubatubax
Custo da água do município de Piracicaba
(Estado de São Paulo)
Tabela 1 - Custo específico do tratamento de água para abastecimento público em bacias hidrográficas com
cobertura florestal diferentes
Bacia Município Abastecido Área Percentual de Cobertura custo da água
Florestal tratada/m³ Corumbataí Piracicaba 1.700 Km² 7 % R$ 61,6 / 1000m3 Rio Grande Ubatuba 28 Km² 80 % R$ 0,13/1000m3
Tratar as água do rio Corumbataí em Piracicaba é 474 vezes mais caro do
que o rio Grande em Ubatuba.
Obs: em Ubatuba, o tratamento da água não era exatamente o tratamento convencional, mas a água servida atendia aos padrões legais de qualidade.
Custo do tratamento da água de abastecimentox
Cobertura florestal
7 ETAs estudadas6 na bacia do rio Piracicaba
1 na bacia do rio Cotia
Bacias e rios formadoresBacias e rios formadores
ETAs e Captações estudadasETAs e Captações estudadas
Captação de água do Alto Cotia, fora da bacia
Áreas das bacias
• Bacia do rio Piracicaba: 12.400 Km²• Sub-bacia do rio Corumbataí: 1.710 Km²• Sub-bacia do rio Atibaia: 2.820 Km²• Sub-bacia do rio Jaguari: 2.180 Km²• Sub-bacia do rio Camanducaia: 860 Km²• Sub-bacia do rio Piracicaba: 3.770 Km²
Captação de Nova Odessa no rio Jaguaricidade à jusante de Campinas
Rio Atibaia mais próximo da cidade de nova Odessa
Município de Piracicaba(330.000 habitantes)
Mudança da captação do rio Piracicaba para o rio Corumbataí
Preocupação do Município de Piracicaba com o novo manancial
• gerou Ação Concreta: contratação do IPEF para elaboração de um Plano Diretor para Conservação dos Recursos Hídricos por meio da Conservação da Cobertura Florestal da Bacia do rio Corumbataí (1700 km2)
O plano infelizmente não saiu do papel...
A motivação para investigar outras captações foi a rejeição do rio
Piracicaba como manancial principal de abastecimento público de
Piracicaba
Município/ Manancial
Custo Especifico Produtos Químicos
ETA ***
Hierarquia do custo
de produtos químicos
% Cobertura Florestal Da bacia
Hierarquia do % de
cobertura florestal
Analândia /afluente do Rio
Corumbataí 18,30 2º 17,68 3º
Rio Claro/Rio Corumbataí 47,47 4º 12,26 5º
Piracicaba**/ Rio Corumbataí 62,62 5º 12,33 4º
Piracicaba**/ Rio Piracicaba 92,61 7º 4,30 7º
Campinas/Rio Atibaia 81,69 6º 8,22 6º
RMSP/ Sistema Cantareira (Represa)
7,20 1º 27,16 2º
Cotia e outros/ Rio Cotia (Alto Cotia)
(Represa) 19,22 3º 92 1º
% de Cobertura Florestal x Custo Produtos % de Cobertura Florestal x Custo Produtos QuímicosQuímicos
Fonte: Reis (2004) – Tese de Doutorado ESALQ – Depto Ciências Florestais
Uso do solobacia piracicaba e bacia Corumbataí
Bacia Culturas
Temporárias (%)
Culturas Perenes
(%)
Cobertura Florestal
Nativa (%)
Reflorestamento (%)
Pastagens e campos
(%)
Áreas urbanas e industriais
(%) Corumbataí
(IPEF&SEMAE, )٢٠٠١
,٢٥ ٢, ٥٧ ١٢, ٨٢ ٧, ٣٦ ٤٣, ٣٣ ٢, ٦٨ ٧٧
Corumbataí (CBH-PCJ,
)٢٠٠٠ ,٢٢ ٢, ٠٥ ٧, ١٠ ٥, ٤٥ ٦٠, ١٨ ٢, ٨ ٤٣
Piracicaba (CBH-PCJ,
)٢٠٠٠ ,٣٧ ٥, ٤٧ ٤, ٥٧ ٠, ٣٠ ٤٥, ٩٥ ٦, ٦٥ ١٠
Obs: Os dados referem-se apenas à área da bacia situada no Estado de São Paulo. Obs: A cana-de-açúcar está inserida em culturas temporárias, apesar de não relatado na fonte de pesquisa. Obs: Foram desprezados usos com percentual pouco significativo
Uso do solobacia piracicaba e bacia Corumbataí
• Uso e ocupação do solo Uso e ocupação do solo
Bacia Culturas
Temporárias (%)
Culturas Perenes
(%)
Cobertura Florestal
Nativa (%)
Reflorestamento (%)
Pastagens e campos
(%)
Áreas urbanas e industriais
(%) Corumbataí
(IPEF&SEMAE, 2001)
25,57 2,82 12,36 7,33 43,68 2,77
Corumbataí (CBH-PCJ,
2000) 22,05 2,10 7,45 5,18 60,8 2,43
Piracicaba (CBH-PCJ,
2000) 37,47 5,57 4,30 0,95 45,65 6,10
Obs: Os dados referem-se apenas à área da bacia situada no Estado de São Paulo. Obs: A cana-de-açúcar está inserida em culturas temporárias, apesar de não relatado na fonte de pesquisa. Obs: Foram desprezados usos com percentual pouco significativo
Demanda/disponibilidade hídricabacia piracicaba e bacia Corumbataí
• Demanda/disponibilidade Hídrica Demanda/disponibilidade Hídrica
Demanda/Disponibilidade Hídrica (%) 2000 2005 2010 2020
Bacia Q 7,10 Q 95% Q 7,10 Q 95% Q 7,10 Q 95% Q 7,10 Q 95%
Corumbataí 76,7 45,6 82,0 48,8 87,2 51,9 92,7 55,2 Piracicaba
(Incluindo todas sub-bacias)
112,5 75,2 120,2 80,3 128,2 85,7 142,0 94,9
Fonte: Adaptado de São Paulo (2000)
Custo do tratamento da Água R$/1000 m³ (produtos químicos)
Sistema produtor de
água
1998 2003
Guarapiranga 23,21 54,03
Alto Tietê 29,24 35,10
Cantareira 6,78 8,59
Fonte: SABESP/ Jornal Folha de São Paulo, abril de 2004
Lagoas (duas) fora da sub-bacia do Complexo, na bacia do córrego Santa Gertrudes, que possuem qualidade da água com características diferentes (melhores) do que as três lagoas sob a influência da área do Complexo, apesar da mesma ocupação do uso do solo.
COMPLEXOCOMPLEXOHORTO RIO CLAROHORTO RIO CLARO
Córrego Sta.Gertrudes
Imagens da bacia do rio Corumbataí ( Santa Gertrudes)
nascente
Nascente em afluente do córrego Santa Gertrudes, único manancial de abastecimento do município Santa Gertrudes
CONFLITOS• Município tem o córrego Santa Gertrudes com
bacia de 21,92 Km² , responsável por 80 % do abastecimento dos 16.000 hab
• A extração de argila é fundamental para o desenvolvimento do município
• A argila mais nobre para os mineradores está nas cabeceiras do córrego Santa Gertrudes
• Os mineradores solicitam ampliação da área do Complexo hoje de 36,5 ha ( 1,7% da área da bacia)
Reflexo da extração desordenada no manancial
• Turbidez das águas no Córrego Santa Gertrudes situava-se na faixa de 20 a 70 UNT e após o início da operação do Complexo Argileiro, a turbidez chegava a valores de 2000 UNT em época chuvosa ;
• Houve paralisação da ETA municipal por 3 vezes pela impossibilidade de tratar a água;
Como está atualmente?Ampliação com EIA-RIMA
• Lavra paralisada• Consulta ao Comitê de Bacias • As Câmaras técnicas estão se
manifestando quanto às suas restrições: espaço para manifestação da Prefeitura e de outros órgãos
• O Comitê se manifesta para o DAIA – órgão da Agência Ambiental Paulista que expede o parecer
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