lups caso-clínico. identificaÇÃo: j., 50 anos, sexo masculino, cor branca, casado, 3º grau...
Post on 16-Apr-2015
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LUPS
Caso-clínico
•IDENTIFICAÇÃO:
J., 50 anos, sexo masculino, cor branca, casado, 3º grau completo, ex-militar.
•QUEIXA PRINCIPAL:
“Tenho vergonha de falar em público”.
• HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL:
• Paciente relata que sempre teve dificuldade para relacionar-se com outras pessoas por ser muito tímido.
• Informou que ao iniciar os estudos não conseguia ler em voz alta em público, suava e gaguejava, suas mãos começavam a tremer, e que, por causa disso, seus professores o protegiam, não sendo chamado nessas situações.
• Posteriormente, quando ingressou numa força armada, apresentou dificuldades com a rotina militar, em que várias vezes tinha de comandar um grupo de pessoas. Disse que tinha vontade de sumir do local e seu “coração batia mais rápido”, mas, como necessitava do emprego, arrumou uma transferência para um serviço burocrático.
• Com o nascimento de seu primeiro filho, observou a piora dos sintomas, pois começou a ser exposto a novas situações, como participar de festas ou reuniões no colégio. Sua esposa aconselhou-o a procurar ajuda, mas ele recusou, até que começou a prejudicar socialmente sua família porque se recusava a fazer passeios, viajar nas férias, ir a restaurantes, com vergonha de ser observado em público.
• O paciente procurou um psiquiatra e relatou sentimento de inferioridade e tristeza devido às suas limitações. Apresentava insônia inicial, aumento do apetite e diminuição da libido, o que gerava brigas conjugais.
• Conduta inicial: fluoxetina 20 mg/dia e clonazepam 2,5 mg/dia,• Havendo melhora do padrão do sono após 1 semana.
Após 5 semanas de tratamento houve melhora dos sintomas fóbicos, conseguindo fazer programas como ir a restaurantes com a família e conversar com pessoas desconhecidas.
•HISTÓRIA FISIOLÓGICA: Nascido de PN desejado, sem intercorrências
durante a gestação e pós-parto. Nega atrasos no desenvolvimento psicomotor.
•HISTÓRIA PESSOAL: Na infância e adolescência relata ter tido
dificuldades na sua vida social devido à diminuição da auto-estima e da confiança.
Na fase adulta teve prejuízo profissional gerado pela antecipação ansiosa das situações de desempenho.
•HISTÓRIA SOCIAL: Reside em casa própria, que possui cinco
cômodos, com boas condições sanitárias.•HISTÓRIA FAMILIAR: Pai falecido por complicações de D.M. Mãe viva, saudável. Nega doenças psiquiátricas nos familiares
próximos.•HÁBITOS: Nega uso de substâncias ilícitas, bebidas
alcoólicas e tabaco. Nega alergia medicamentosa.
Exame PsicopatológicoCONSCIÊNCIA: vígil, orientado auto e
alopsiquicamente.MEMÓRIA: preservada.HUMOR: eutímico.PRAGMATISMO: hipopragmático.VONTADE: hipobúlico.AFETO: preservado.SENSOPERCEPÇÃO: sem alterações.LINGUAGEM: sem alterações.PENSAMENTO: curso sem alterações, idéias
sobrevalorizadas relacionadas ao medo de passar por situações de exposição social.
JUÍZO CRÍTICO: preservado.PSICOMOTRICIDADE: sem alterações.
Hipótese Diagnóstica?
Fobia Social Generalizada
Hipótese Diagnóstica?
Quais dados nos Quais dados nos permitiram chegar à permitiram chegar à essa HD?essa HD?
HDA:
• Paciente relata que sempre teve dificuldade para relacionar-se com outras pessoas por ser muito tímido.
• Informou que ao iniciar os estudos não conseguia ler em voz alta em público, suava e gaguejava, suas mãos começavam a tremer, e que, por causa disso, seus professores o protegiam, não sendo chamado nessas situações.
• Posteriormente, quando ingressou numa força armada, apresentou dificuldades com a rotina militar, em que várias vezes tinha de comandar um grupo de pessoas. Disse que tinha vontade de sumir do local e seu “coração batia mais rápido”, mas, como necessitava do emprego, arrumou uma transferência para um serviço burocrático.
HDA:
• Paciente relata que sempre teve dificuldade para dificuldade para relacionar-se com outras pessoas por ser relacionar-se com outras pessoas por ser muito tímido.muito tímido.
• Informou que ao iniciar os estudos não conseguia ler em voz alta em público, suava e gaguejava, suas mãos começavam a tremer, e que, por causa disso, seus professores o protegiam, não sendo chamado nessas situações.
• Posteriormente, quando ingressou numa força armada, apresentou dificuldades com a rotina militar, em que várias vezes tinha de comandar um grupo de pessoas. Disse que tinha vontade de sumir do local e seu “coração batia mais rápido”, mas, como necessitava do emprego, arrumou uma transferência para um serviço burocrático.
HDA:
• Paciente relata que sempre teve dificuldade para dificuldade para relacionar-se com outras pessoas por ser muito relacionar-se com outras pessoas por ser muito tímido.tímido.
• Informou que ao iniciar os estudos não conseguia ler em não conseguia ler em voz alta em públicovoz alta em público, suava e gaguejava, suas mãos começavam a tremer, e que, por causa disso, seus professores o protegiam, não sendo chamado nessas situações.
• Posteriormente, quando ingressou numa força armada, apresentou dificuldades com a rotina militar, em que várias vezes tinha de comandar um grupo de pessoas. Disse que tinha vontade de sumir do local e seu “coração batia mais rápido”, mas, como necessitava do emprego, arrumou uma transferência para um serviço burocrático.
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• Paciente relata que sempre teve dificuldade para dificuldade para relacionar-se com outras pessoas por ser relacionar-se com outras pessoas por ser muito tímido.muito tímido.
• Informou que ao iniciar os estudos não conseguia ler em não conseguia ler em voz alta em públicovoz alta em público, suava e gaguejava, suas suava e gaguejava, suas mãos começavam a tremermãos começavam a tremer, e que, por causa disso, seus professores o protegiam, não sendo chamado nessas situações.
• Posteriormente, quando ingressou numa força armada, apresentou dificuldades com a rotina militar, em que várias vezes tinha de comandar um grupo de pessoas. Disse que tinha vontade de sumir do local e seu “coração batia mais rápido”, mas, como necessitava do emprego, arrumou uma transferência para um serviço burocrático.
HDA:
• Paciente relata que sempre teve dificuldade para dificuldade para relacionar-se com outras pessoas por ser relacionar-se com outras pessoas por ser muito tímido.muito tímido.
• Informou que ao iniciar os estudos não conseguia ler em não conseguia ler em voz alta em públicovoz alta em público, suava e gaguejava, suas suava e gaguejava, suas mãos começavam a tremermãos começavam a tremer, e que, por causa disso, seus professores o protegiam, não sendo chamado nessas situações.
• Posteriormente, quando ingressou numa força armada, apresentou dificuldades com a rotina militar, em que várias vezes tinha de comandar um grupo de pessoas. Disse que tinha vontade de tinha vontade de sumir do local e seu “coração batia mais sumir do local e seu “coração batia mais rápidorápido”, mas, como necessitava do emprego, arrumou uma transferência para um serviço burocrático.
• Com o nascimento de seu primeiro filho, observou a piora dos sintomas, pois começou a ser exposto a novas situações, como participar de festas ou reuniões no colégio. Sua esposa aconselhou-o a procurar ajuda, mas ele recusou, até que começou a prejudicar socialmente sua família porque se recusava a fazer passeios, viajar nas férias, ir a restaurantes, com vergonha de ser observado em público.
• O paciente procurou um psiquiatra e relatou sentimento de inferioridade e tristeza devido às suas limitações. Apresentava insônia inicial, aumento do apetite e diminuição da libido, o que gerava brigas conjugais.
• Conduta inicial: fluoxetina 20 mg/dia e clonazepam 2,5 mg/dia,• Havendo melhora do padrão do sono após 1
semana. Após 5 semanas de tratamento houve melhora dos sintomas fóbicos, conseguindo fazer programas como ir a restaurantes com a família e conversar com pessoas desconhecidas.
• Com o nascimento de seu primeiro filho, observou a piora dos sintomas, pois começou a ser exposto a começou a ser exposto a novas situações, como participar de festas ou novas situações, como participar de festas ou reuniões no colégio. reuniões no colégio. Sua esposa aconselhou-o a procurar ajuda, mas ele recusou, até que começou a começou a prejudicar socialmente sua família porque prejudicar socialmente sua família porque se recusava a fazer passeios, viajar nas se recusava a fazer passeios, viajar nas férias, ir a restaurantesférias, ir a restaurantes, com vergonha de ser observado em público.
• O paciente procurou um psiquiatra e relatou sentimento de inferioridade e tristeza devido às suas limitações. Apresentava insônia inicial, aumento do apetite e diminuição da libido, o que gerava brigas conjugais.
• Havendo melhora do padrão do sono após 1 semana. Após 5 semanas de tratamento houve melhora dos sintomas fóbicos, conseguindo fazer programas como ir a restaurantes com a família e conversar com pessoas desconhecidas.
• Com o nascimento de seu primeiro filho, observou a piora dos sintomas, pois começou a ser exposto a começou a ser exposto a novas situações, como participar de festas ou novas situações, como participar de festas ou reuniões no colégio. reuniões no colégio. Sua esposa aconselhou-o a procurar ajuda, mas ele recusou, até que começou a começou a prejudicar socialmente sua família porque prejudicar socialmente sua família porque se recusava a fazer passeios, viajar nas se recusava a fazer passeios, viajar nas férias, ir a restaurantesférias, ir a restaurantes, com vergonha de ser observado em público.
• O paciente procurou um psiquiatra e relatou sentimento de inferioridade e tristeza sentimento de inferioridade e tristeza devido às suas limitaçõesdevido às suas limitações. Apresentava insônia inicial, aumento do apetite e diminuição da libido, o que gerava brigas conjugais.
• Havendo melhora do padrão do sono após 1 semana. Após 5 semanas de tratamento houve melhora dos sintomas fóbicos, conseguindo fazer programas como ir a restaurantes com a família e conversar com pessoas desconhecidas.
• Com o nascimento de seu primeiro filho, observou a piora dos sintomas, pois começou a ser exposto a começou a ser exposto a novas situações, como participar de festas ou novas situações, como participar de festas ou reuniões no colégio. reuniões no colégio. Sua esposa aconselhou-o a procurar ajuda, mas ele recusou, até que começou a começou a prejudicar socialmente sua família porque prejudicar socialmente sua família porque se recusava a fazer passeios, viajar nas se recusava a fazer passeios, viajar nas férias, ir a restaurantesférias, ir a restaurantes, com vergonha de ser observado em público.
• O paciente procurou um psiquiatra e relatou sentimento de inferioridade e tristeza sentimento de inferioridade e tristeza devido às suas limitaçõesdevido às suas limitações. Apresentava insônia inicial, aumento do apetite e insônia inicial, aumento do apetite e diminuição da libidodiminuição da libido, o que gerava brigas conjugais.
• Havendo melhora do padrão do sono após 1 semana. Após 5 semanas de tratamento houve melhora dos sintomas fóbicos, conseguindo fazer programas como ir a restaurantes com a família e conversar com pessoas desconhecidas.
•HISTÓRIA FISIOLÓGICA: Nascido de PN desejado, sem intercorrências
durante a gestação e pós-parto. Nega atrasos no desenvolvimento psicomotor.
•HISTÓRIA PESSOAL: Na infância e adolescência relata ter tido
dificuldades na sua vida social devido à diminuição da auto-estima e da confiança.
Na fase adulta teve prejuízo profissional gerado pela antecipação ansiosa das situações de desempenho.
•HISTÓRIA FISIOLÓGICA: Nascido de PN desejado, sem intercorrências
durante a gestação e pós-parto. Nega atrasos no desenvolvimento psicomotor.
•HISTÓRIA PESSOAL: Na infância e adolescência infância e adolescência relata ter tido
dificuldades na sua vida social dificuldades na sua vida social devido à diminuição da auto-estima e da confiançadiminuição da auto-estima e da confiança.
Na fase adulta teve prejuízo profissional gerado pela antecipação ansiosa das situações de desempenho.
Critérios Diagnósticos
Tratamento
• Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS)
• Inibidores da monoaminoxidase (IMAOs)• Antidepressivos tricíclicos• Benzodiazepínicos• Venlafaxina• B-bloqueadores
Tratamento Caso-clínico
Escolhida a fluoxetina devido à comprovada eficácia para o tratamento farmacológico da fobia social.
Não houve prescrição de tricíclicos porque o paciente apresentava sintomas somáticos e poderia haver aumento dos tremores e sudorese.
Diagnósticos Diferenciais
•Transtorno de ansiedade generalizada (TAG)
•Transtorno de despersonalização•Esquizofrenia•Transtorno de personalidade esquizóide•Depressão
Referência Bibliográfica:
•SILVEIRA, D.G. FOBIA SOCIAL:CLÍNICA E TRATAMENTO, A R Q . B R A S I L E I R O S D E P S I Q U I AT R I A , N E U R O L O G I A E M E D I C I N A L E G A L — V O L 9 9 N º 0 2 ; A B R / M A I / J U N 2 0 0 5
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